domingo, 22 de abril de 2012

A Onisciência de Jesus



Parece haver contradição entre Marcos 13:32 e João 21:17. O último texto proclama a onisciência de Jesus, e o primeiro a nega. Como explicar isto?

O primeiro texto declara: “Mas a respeito daquele dia ou da hora n i n g u é m sabe; nem os anjos no Céu, nem o Filho, senão somente o Pai”. O outro diz: “Senhor, Tu sabes todas as coisas. Tu sabes que eu Te amo” (resposta de Pedro). 

Afinal, Jesus “sabe todas as coisas” (é onisciente, como diz Pedro), ou Ele apenas tem um conhecimento parcial das coisas, do presente, passado e futuro? Como explicar a aparente contradição entre o que os dois textos afirmam sobre Ele? 

Em primeiro lugar, é preciso situar bem a ocasião em que essas declarações foram feitas. Quando o apóstolo Pedro declarou que Jesus conhecia todas as coisas, Jesus já havia ressuscitado. Havia passado a fase de Sua humanidade, Sua humilhação já havia terminado bem como Seu ministério e Seu sacrifício em favor dos homens. 

Quando, porém, Ele próprio (Jesus) declarara não saber o dia e a hora de Sua vinda em majestade e glória, estava vivendo em Sua humilhação, em forma de servo, na condição de pessoa humana.

É verdade que Jesus, mesmo nos dias de Seu sofrimento e morte, achava-Se investido de todos os atributos divinos, mas em todo esse período de humilhação, jamais fez uso integral da Sua divindade. 

Possuía, sem dúvida, também a onisciência, mas, dentro de Sua natureza humana, abria mão de seu uso, a não ser em poucas e determinadas ocasiões. Vemos, por aí, a que ponto Jesus Se humilhou: não exercer os poderes divinos que possuía.

Quando a turba armada de espadas e varapaus viera prendê-Lo, e Pedro desembainhou a espada, Jesus declarou: “Acaso pensas que não posso rogar ao Pai, e Ele Me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos?” (Mateus 26:53). 

Nesta declaração se vê como Cristo abdicou temporariamente do Seu poder – comportando-Se como um ser humano comum, mesmo sendo Deus.

 - Extraído e adaptado do livro “Consultoria Doutrinária”. 

O plano para uma vida satisfatória



Foi encontrado um esqueleto ao lado de um abrigo provisório numa ilha desolada no meio do Atlântico. O anônimo marinheiro fizera um diário relatando detalhadamente sua provação de quatro meses. Ele havia sido deixado na Ilha da Ascensão pela frota holandesa em 1725 por causa de algum crime não mencionado. Em pouco tempo, ele acabou tendo que beber o sangue de tartarugas para tentar saciar sua sede exacerbada. O sofrimento físico do homem era intenso, mas em seu diário aparece uma dor muito maior: uma culpa sufocante.
Ele escreveu palavras atormentadas tais como: “Que dor imensa os mortais pecadores sentem quando deixam para trás os caminhos da justiça, e aumentam o número dos condenados”. O maior isolamento desse marinheiro naquela ilha solitária veio do sentimento de separação de Deus. Foi isso o que se provou ser insuportável no final.
Os seres humanos têm estado a lutar com esse sentimento de isolamento desde que Adão e Eva “se esconderam do SENHOR Deus entre as árvores do jardim”, depois de terem comido do fruto proibido (Gênesis 3:8). Os novos e estranhos sentimentos de vergonha, culpa e medo impeliram aquele primeiro casal a fugir de Deus quando este os chamou. Aqueles sentimentos infelizmente são bem comuns para nós atualmente.
O que é que causa separação entre nós e Deus?
“Mas as suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dEle”. Isaías 59:2 (A não ser quando indicado, todos os textos bíblicos da série DESCOBERTAS BÍBLICAS são da Nova Versão Internacional da Bíblia [NVI].).
Esse grande abismo que isola os seres humanos de Deus não é vontade dEle. Deus não se afastou de Adão e Eva – foram eles que correram dEle.
1. SATISFAZENDO NOSSO ANSEIO SECRETO
Antes que o pecado manchasse o quadro, Adão e Eva usufruíam uma intimidade com seu Criador num maravilhoso jardim, o Éden. Tragicamente, eles acreditaram nas mentiras de Satanás, sobre se tornar tão sábios quanto Deus, e quebraram os laços de confiança com seu Criador (Gênesis 3).
Depois de terem sido expulsos do Jardim do Éden, Adão e Eva encontraram uma vida muito mais dura do lado de fora. Agora, dar à luz e cuidar do solo era acompanhado de sangue, suor e lágrimas. Sua íntima ligação com Deus se desfez, eles se encontravam vulneráveis para os desejos não satisfeitos e seus anseios dolorosos – resultados da solidão do pecado.
Desde o primeiro ato de rebelião de Adão e Eva, “todos” (a raça humana inteira) têm caído nos mesmo padrão de pecado e estão sujeitos à morte, que é o castigo final do pecado.
“Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a MORTE VEIO A TODOS OS HOMENS, porque TODOS PECARAM”. Romanos 5:12
Todos já sentimos um grande anseio em nosso coração por algo que perdemos, um anseio por um tipo de segurança que apenas Deus pode dar. Freqüentemente tentamos satisfazer esse desejo através de compras caras, uma corrida sem limites para obter uma promoção no trabalho, ou simplesmente abusar de álcool, drogas e da promiscuidade, a fim de acabar com esse vazio.
Mas todos os nossos anseios são sintomas da solidão que sentimos pela falta de Deus. E não há cura para isso a não ser experimentar Seu amor em nossa vida.
“Tu me farás conhecer… a alegria da Tua presença, eterno prazer à Tua direita”. Salmo 16:11
Satisfação real virá apenas quando o abismo entre nós e Deus for superado, e formos capazes de novamente andarmos em Sua presença.
2. CRUZANDO O ABISMO DO PECADO E DA MORTE
As pessoas não são as únicas que ficaram solitárias por causa do pecado. O coração de Deus também doeu no dia em que Adão e Eva viraram as costas para Ele. E Deus ainda sofre com os sofrimentos e tragédias humanas. Ele está ansioso para satisfazer nossos anseios mais secretos e curar nossas feridas emocionais. Ele não ficou satisfeito em apenas olhar com simpatia o abismo que nos separou dEle. Deus decidiu se tornar a ponte para ultrapassar o abismo do pecado e da morte.
“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o Seu Filho ao mundo não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele”. João 3:16, 17.
Deus deu o Seu Filho e Jesus deu a Sua vida como sacrifício pelo pecado, pagando com isso a dívida do pecado. Sua vida, morte e ressurreição possibilitaram o perdão e salvação do pecado, sem ser complacente com o pecado, e dando ao universo uma demonstração do verdadeiro caráter de Cristo e Satanás. A ponte feita com o corpo moído e sangrando de Cristo atrai as pessoas para longe da armadilha do pecado. O amor supera o abismo, capacitando a todos que colocam sua fé em Cristo como Senhor e Salvador a terem parte na vida eterna.
3. SETE FATOS ESSENCIAIS QUE VOCÊ DEVERIA SABER SOBRE JESUS
Esses sete fatos sobre Jesus não se aplicam a nenhum outro homem que já tenha vivido:
(1) JESUS VEIO DO CÉU À TERRA
Por quanto tempo Jesus diz que existe?
“Antes de Abraão nascer, EU SOU!”. João 8:58
Jesus notificou o mundo: “EU SOU!” Eu sempre existi e para sempre existirei. Apesar de Jesus ter nascido de uma mãe humana (Mateus 1:22, 23), Ele é Deus – O Deus em carne humana.
D. L. Moody, o pregador conhecido como Billy Graham do 19o século, disse certa vez sobre a encarnação de Jesus: “Já teria sido muito sacrifício para Jesus vir e ser ninado num berço de prata, ser cuidado por um anjo, e ser alimentado por uma colher de ouro. Mas o Criador dos céus e da terra escolheu vir e se tornou homem, nascendo num estábulo, filho de pais pobres, no pior ambiente possível”.
Um anjo, na época do nascimento de Jesus, falou a José:
“Ela [Maria] dará à luz um filho, e você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ELE SALVARÁ O SEU POVO DOS SEUS PECADOS”. Mateus 1:21
Jesus, o Criador do Universo (João 1:1-3, 14), estava desejoso de vir ao nosso mundo para nos resgatar do pecado e da morte.
(2) JESUS VIVEU UMA VIDA SEM PECADO
“Jesus, o Filho de Deus,… passou por todo tipo de tentação, porém sem pecado”. Hebreus 4:14, 15.
Deus fez mais do que tentar nos tirar de uma vida de pecado e nos levar a uma vida mais satisfatória. Ao viver aqui como um Homem, Jesus tornou uma vida sem pecado muito mais atrativa do que qualquer sermão que Ele tivesse pregado.
Satanás, o adversário de Cristo, procurou durante a vida terrena de Jesus levá-lo a pecar. No deserto, o Diabo preparou seus mais ferozes assaltos contra a integridade de Jesus (Mateus 4:1-11). No Gêtsemani, antes da Sua crucifixão, a pressão da tentação alcançou tal intensidade que o Mestre suava gotas de sangue (Lucas 22:44).
Mas Cristo ficou firme contra tudo o que o Diabo apresentou, “porém, sem pecado”. Por ter experimentado a pressão imensa dos problemas e tentações humanas, Jesus entende nossas lutas. Ele é capaz de “compadecer-se de nossas fraquezas” (Hebreus 4:15).
Por que era necessário que Jesus vivesse uma vida sem pecado?
“Deus tornou Jesus, que era sem pecado, em pecado por nós; e em lugar da vida de pecados, Jesus nos dá Sua vida sem pecado, para que com isso possamos ser livres do pecado nEle”. II Coríntios 5:21, parafraseado.
Jesus venceu a tentação e viveu uma vida sem pecado, a fim de que Ele pudesse trocar a nossa velha vida de pecados pela Sua vida santa.
(3) JESUS MORREU PARA PURIFICAR DO PECADO
Quantas pessoas pecaram?
“TODOS pecaram e estão destituídos da glória de Deus”. Romanos 3:23
Qual é a penalidade do pecado?
“Pois o salário do pecado é a MORTE; mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. Romanos 6:23
Por que Jesus morreu?
“Vejam, é o Cordeiro de Deus, que TIRA O PECADO do mundo!” João 1:29
Todos nós pecamos e estamos sujeitos à morte eterna, mas Jesus morreu em nosso lugar. Ele se tornou “pecado por nós”. Ele pagou o preço do pecado por nós. Sua morte é um dom, e “o DOM gratuito de Deus é a VIDA ETERNA em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6:23).
Jesus entregou Sua vida perfeita e justa como um dom de amor para nós. Um amor como esse é quase que totalmente incompreensível para nós. E por causa da Sua morte, “temos PAZ com Deus” (Romanos 5:1).
(4) JESUS RESSUSCITOU DOS MORTOS
A morte de Jesus na cruz não foi o final de Sua impressionante história. Ele não poderia permanecer morto e ser nosso Salvador.
“E, se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm, e ainda estão em seus pecados. Neste caso, também os que dormiram em Cristo estão perdidos”. I Coríntios 15:17, 18
Maomé e Buda apresentaram ao mundo algumas das grandes verdades filosóficas. Eles inspiraram a vida de milhões de pessoas, mas eles não têm poder sobrenatural para dar a vida, portanto permanecem em seus túmulos.
Por ter ressurgido do túmulo no terceiro dia após Sua morte, que promessa Jesus pode fazer a nós?
“Porque Eu vivo, vocês também viverão”. João 14:19
Jesus está vivo! Por ter vencido a morte, Ele pode nos libertar da morte e nos oferecer vida que é tanto abundante quanto eterna. Ele irá viver em nosso coração se Lhe convidarmos para fazer isso. O Cristo ressuscitado está presente para suprir nossas necessidades hoje.
“E Eu estarei com vocês, até o fim dos tempos”. Mateus 28:20
Homens e mulheres por todo o mundo estão partilhando histórias de como Cristo os libertou dos piores vícios e dos mais profundos traumas emocionais.
Um de nossos ex-alunos escreveu essas palavras de gratidão em uma de suas folhas de resposta: “Eu era um alcoólatra. Um dia, quando estava bêbado, eu vi um cartão na sarjeta anunciando o seu estudo bíblico. Eu peguei o papel, o preenchi, recebi e estudei a lição, e então obtive o primeiro conhecimento real de Cristo. Pouco tempo depois de fazer o curso bíblico, eu dediquei minha vida a Deus e perdi a vontade de beber”. Quando Jesus tomou posse da sua vida, esse homem recebeu um novo poder para lhe capacitar a superar esse vício. Por ser nosso Salvador ressurrecto, Cristo pode salvar a todos os que O buscam para obter ajuda.
(5) JESUS SUBIU AO CÉU
Antes de Jesus voltar para o Pai depois de Sua ressurreição (Atos 1:9), Ele fez essa promessa aos Seus seguidores:
“Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitos aposentos;… Vou PREPARAR-LHES LUGAR. E… voltarei e os levarei para mim… onde eu estiver”. João 14:1-3
(6) JESUS MINISTRA COMO SACERDOTE CELESTIAL
Jesus constantemente nos prepara para vivermos no céu.
“Por essa razão era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com relação a Deus, e fazer propiciação pelos pecados do povo. Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados”. Hebreus 2:17, 18.
Jesus veio ao mundo para “fazer propiciação pelos pecados do povo”, e nos resgatar da miséria da escravidão do pecado. Ele morreu para nos salvar, por isso Ele pode erradicar, no final, a causa do pecado, sofrimento e morte através da destruição do Diabo.
Jesus como Nosso Sumo Sacerdote se tornou “semelhante a seus irmãos em todos os aspectos”. E Ele agora aparece continuamente na presença do Pai para interceder por nós, como Mediador. O mesmo Jesus que abençoou as crianças, reabilitou a mulher pega em adultério e perdoou o ladrão na cruz, está trabalhando no céu agora mesmo para suprir nossas necessidades, para “socorrer aqueles que estão sendo tentados”.
(7) JESUS VIRÁ OUTRA VEZ
Antes de retornar ao céu, que promessa Jesus fez?
“E se Eu for e lhes preparar lugar, VOLTAREI e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver”. João 14:3
Quando Jesus retornar, Ele nos libertará do pecado, da doença, da tragédia, e da morte que infestam esse planeta. E Ele irá nos receber de braços abertos num novo mundo de felicidade eterna e vida imortal.
4. AMOR INFALÍVEL
Uma história é contada sobre um casamento arranjado em Taiwan, entre U-Long e uma jovem mulher chamada “Flor Dourada”. Quando U-Long levantou o véu de sua noiva depois da cerimônia, ele ficou chocado e desgostoso. O rosto dela estava cheio de marcas de catapora.
Depois disso, U-Long procurava falar o mínimo possível com sua esposa. Ela tentava fazer o seu melhor para deixá-lo feliz, ela trabalhava bastante em casa, esperando que seu marido, com o tempo, viesse a aceitá-la. Mas ele permanecia frio e indiferente para todas as expressões de afeto dela.
Depois de doze anos dessa fraude de casamento, U-Long começou a perder a visão de seus dois olhos. Um médico lhe disse que ele ficaria completamente cego se não se submetesse a um transplante de córnea. Mas a operação era cara e havia uma longa lista de espera.
Flor Dourada começou a trabalhar muitas horas durante a noite, fazendo chapéus de palha para angariar mais dinheiro. Um dia, U-Long foi informado que havia uma córnea disponível para ele, pois tinha ocorrido um acidente. Ele correu para o hospital para se submeter à cirurgia.
Depois de ter se recuperado, e sem desejar, decidiu ver sua esposa para que pudesse lhe agradecer por ter conseguido o dinheiro. Quando ele virou a cabeça dela para olhá-la de frente, ele engasgou. Ela estava cega, com os olhos brancos, sem córnea. Tomado pela emoção, ele caiu aos seus pés e soluçou. Então, pela primeira vez na vida, ele sussurrou o nome dela: Flor Dourada.
Já há muito tempo que Jesus deseja ter um relacionamento especial com aqueles que têm sido indiferentes para com Ele. Ele deseja que finalmente sussurremos Seu nome como nosso Salvador. Ele estava desejoso de sacrificar não apenas Seus olhos, mas todo o Seu corpo a fim de demonstrar seu amor infalível. Seu amor é tão poderoso que Cristo “veio ao mundo para salvar os pecadores” (I Timóteo 1:15).
O grande sacrifício de Cristo criou um aponte que supera nossa indiferença, que cobre nossa alienação. Você já descobriu pessoalmente que Ele deseja guiar você para superar o abismo e se aninhar nos braços dEle? Você só precisa responder: “Jesus, eu te amo. Obrigado por Seu incrível sacrifício. Entre em meu coração e me salve agora – salve-me completamente, salve-me totalmente, salve-me eternamente. Amém!”.
JESUS
VEIO como Deus em natureza humana.
VIVEU uma vida sem pecado em nosso lugar.
MORREU por nossos pecados.
RESSUSCITOU para nos libertar da morte.
SUBIU aos céus para nos preparar um lugar no céu.
MINISTRA a cada dia como nosso sumo sacerdote.
VIRÁ EM BREVE para nos levar para estarmos com Ele para sempre.
Lição 5. Copyright © 2004 The Voice of Prophecy Radio Broadcast
Los Angeles, California, U.S.A

O poder de um livro na mão de uma criança

Dez Perguntas Para Resposta Ou Séria Reflexão dos Que Cêem na Imortalidade da Alma


1º - Por que Jesus diz a Seus seguidores que iria subir para lhes “preparar moradas”, mas a ênfase que dá quanto à ocupação das mesmas é o momento do reencontro com eles quando retornasse para os receber, e não quando morressem e suas almas fossem para o céu para as irem ocupando (João 14:1-3)?


2º - Por que Cristo e Paulo acentuam que os mortos ressuscitarão ao ouvirem a voz do arcanjo e a trombeta divina, sendo “despertados” do sono da morte (Mateus 24:30; 1 Tessalonicenses 4:16), quando suas almas supostamente vêm do céu, inferno, purgatório para reincorporarem, estando já bem despertas?


3º - Por que Jesus, quando confortava as irmãs do falecido Lázaro, além de empregar a metáfora do sono-”Nosso amigo Lázaro está dormindo. . .”-não lhes indicou que o falecido estava na glória celestial, mas referiu-lhes a esperança da ressurreição (João 11:17-27)?


4º - Quando Cristo ressuscitou a Lázaro, após estar o seu amigo morto por quatro dias, tirou-o do céu, do inferno ou do purgatório? Se foi do céu fez-lhe uma maldade trazendo-o de volta para sofrer nesta Terra. Se foi do inferno (pouco provável, pois ele era um seguidor do Mestre), concedeu-lhe uma segunda oportunidade de salvação, o que é antibíblico.


5º - Onde é dito que o lago de fogo, que acontece sobre a Terra (Apocalipse 20: 9, 14, 15) se transfere para alguma outra parte do universo e ali continua queimando, quando o contexto imediato diz que logo em seguida à segunda morte o profeta viu “novo céu e nova terra . . . e o mar já não existe” (Apocalipse 21:1)?


6º - Por que Paulo, ao discutir específica e detalhadamente em 1 Tessalonicenses 4:13-18 e, especialmente, no capítulo 15 de 1 Coríntios, como será o reencontro final de todos os salvos com o Salvador em parte alguma fala de almas vindas do céu, ou seja de onde for, para reincorporarem?


7º - Paulo diz ainda aos tessalonicenses que não deviam lamentar pelos seus amados falecidos que “dormiam”, encerrando com a recomendação: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (vs. 18). Ele não diz que já desfrutavam as bênçãos celestiais, e sim que estavam “dormindo” e seriam despertados. Por que a consolação deriva da promessa da ressurreição, e não de que as almas de seus entes queridos já estivessem no céu?


8º - Paulo diz claramente que sem a ressurreição dos mortos-confirmada e garantida pela do próprio Cristo-”os que dormiram em Cristo pereceram” (1 Coríntios 15:16 a 18). Por que pereceram, já que deviam estar garantidos com suas almas no céu?


9º - Mais adiante no mesmo capítulo Paulo confirma o que disse nos vs. 16 a 18, acentuando que arriscou morrer lutando com feras, dando a entender que se morresse estaria também perdido (vs. 32). Ao comentar, “comamos, bebamos que amanhã morreremos”, não estaria claramente indicando que sem a realidade da ressurreição, não há esperança alguma de vida eterna?


10º - Por que Jó fala de sua esperança em ver o seu Redentor “na minha carne”, quando Ele finalmente “se levantará sobre a Terra”, e não que iria vê-lo quando sua alma fosse para o céu (Jó 19:25)?


Autor: Prof. Azenilto G. Brito
Ministério Sola Scriptura
Bessemer, Ala., EUA

Desenho para Colorir - Nicodemos

Havia um fariseu chamado Nicodemos, uma autoridade entre os judeus. Ele veio a Jesus, à noite, e disse: 'Mestre, sabemos que ensinas da parte de Deus, pois ninguém pode realizar os sinais miraculosos que estás fazendo, se Deus não estiver com ele'. Em resposta, Jesus declarou: 'Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo'. Perguntou Nicodemos: 'Como alguém pode nascer, sendo velho? E claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer!' Respondeu Jesus: 'Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito.' João 3:1-5
“Havia um fariseu chamado Nicodemos, uma autoridade entre os judeus. Ele veio a Jesus, à noite, e disse: 'Mestre, sabemos que ensinas da parte de Deus, pois ninguém pode realizar os sinais miraculosos que estás fazendo, se Deus não estiver com ele'. Em resposta, Jesus declarou: ‘Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo'. Perguntou Nicodemos: 'Como alguém pode nascer, sendo velho? E claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer!’ Respondeu Jesus: ‘Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito’.”   —João 3:1-5

sábado, 21 de abril de 2012

Um plano para sua vida

Depois de ouvir um ministro falar sobre o assunto “Por que Acredito em Jesus”, um jovem bem vestido o visitou e disse “O que você disse hoje à noite foi interessante, mas tudo o que você disse sobre Cristo veio da sua Bíblia. Diga-me, se Jesus alguma vez viveu aqui na terra, por que a história não fala sobre Ele?”.
“Essa é uma pergunta interessante”, disse o ministro, enquanto se virava e pegava vários livros. “No entanto, para falar a verdade, a história fala sobre Jesus Cristo”.
“Isso eu gostaria de ver por mim mesmo”, respondeu o jovem.
“Bem, aqui está a Carta 97 do Livro 10 das Cartas de Plínio o Jovem, procônsul romano da Bitínia, uma província da Ásia Menor. Plínio escreveu ao Imperador Romano Trajano para falar sobre os acontecimentos de sua província. Observe, aqui ele pede conselho sobre como deveria lidar com uma nova seita, os cristãos. Ele fala sobre o seu rápido crescimento e sobre os hinos que cantavam, que era composto para seu líder, Cristo. Plínio enviou essa carta por volta do ano 110 AD. A carta de Plínio oferece evidência história de um homem, Cristo, e da divulgação da Sua fé nos dias de Seus apóstolos”.
Surpreso, o jovem disse: “Conte-me mais!”.
Enquanto o ministro folheava outro livro, ele acrescentou: “Outro historiador, contemporâneo de Plínio, foi Tácito. Em seus Anais (Livro 15, capítulo 44) ele fala do ódio e das perseguições de Nero contra os cristãos, no tempo em que Roma foi queimada. Tácito explica que o termo “cristão” vem do nome “Cristo”. Ele menciona que Jesus Cristo, o fundador da religião cristã, tinha sido condenado à morte por Pôncios Pilatos, Procurador da Judéia, durante o reinado do imperador Tibério. Todos esses detalhes que Tácito nos dá combinam perfeitamente com eventos, nomes e locais dados na Bíblia”.
“Pastor, eu nunca soube que coisas como estas estava na história secular!”, o visitante exclamou.
O ministro acrescentou: “Eu quero ressaltar ainda que por volta de 180 AD, Celso escreveu um livro atacando os cristãos, indicando que o cristianismo por aquele tempo tinha se tornado uma força contra a qual lutar”.
“Se você ainda está com dúvidas, lembre-se que os quatro Evangelhos são tão históricos quanto os livros seculares”.
Quando esse jovem percebeu que tanto a história sagrada quanto a secular concordam que Jesus viveu como homem na terra, ele foi embora convencido que Jesus Cristo era uma figura real e histórica.
1. CRISTO EXISTE DESDE A ETERNIDADE
Jesus não era simplesmente um bom homem, Ele também era Deus. O que Jesus reivindicou para Si mesmo com respeito à Sua divindade?
“Se vocês realmente me conhecessem, conheceriam também o meu Pai. Já agora vocês o conhecem e o têm visto… Quem me vê, vê o Pai”. João 14:7, 9. (A não ser quando indicado, todos os textos bíblicos da série DESCOBERTAS BÍBLICAS são da Nova Versão Internacional da Bíblia [NVI].).
Se você deseja saber a resposta para essas questões: “Quem é Deus? Como Ele é?”, você deve apenas olhar para Jesus, que declarou: “Eu e o Pai somos um”. (João 10:30).
Deus o Pai e Jesus o filho existem juntos desde a eternidade (Hebreus 1:8). Nunca houve um tempo no qual Jesus deixou de ser um com o Pai. O Pai partilha o mesmo amor e cuidado a cada pessoa que Jesus também demonstrou durante Sua vida humana na terra.
2. CRISTO, O AMÂGO DA HISTÓRIA E DA PROFECIA
Já que a história da vida de Cristo é um cumprimento de profecias, ela foi escrita antes de Seu nascimento. As profecias do Velho Testamento apresentam um esboço claro da vida, morte e ressurreição de Cristo com antecedência. O Novo Testamento conta os cumprimentos da Sua história de vida. Vivendo de quinhentos a mil e quinhentos anos antes do nascimento de Cristo, os profetas do Velho Testamento predisseram acontecimentos bem específicos sobre a vida do Messias. E, bem no começo do ministério terrestre de Cristo, quando o povo comparou Sua vida com as profecias do Velho Testamento, o que eles concluíram?
“Achamos Aquele sobre quem Moisés escreveu na Lei, e a respeito de quem os profetas também escreveram: Jesus de Nazaré, filho de José”. João 1:45
Nosso Salvador apelou para as profecias cumpridas a fim de estabelecer Sua identidade:
“E começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras [Velho Testamento]“. Lucas 24:25-27
Profecias cumpridas dão evidências convincentes que Jesus é o Messias prometido.
3. A VIDA DE CRISTO – UMA PROFECIA CUMPRIDA
Vejamos algumas dessas passagens proféticas do Velho Testamento e seu cumprimento no relato do Novo Testamento.
O Local do Seu Nascimento
Profecia do Velho Testamento: “E tu, BELÉM-Efrata… de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Miquéias 5:2 (Versão Almeida Revista e Atualizada, 2a edição).
Cumprimento do Novo Testamento: “Jesus nasceu em BELÉM da Judéia”. Mateus 2:1
Seu Nascimento Virginal
Profecia do Velho Testamento: “A VIRGEM ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamarão Emanuel [Deus conosco]“. Isaías 7:14
Cumprimento do Novo Testamento: “José, filho de Davi, não tema receber Maria como sua esposa, pois O QUE NELA FOI GERADO PROCEDE DO ESPÍRITO SANTO. Ela dará à luz um filho, e você deverá dar-lhe o nome de Jesus [O SENHOR salva]“. Mateus 1:20-23
Sua Linhagem da Tribo de Judá
Profecia do Velho Testamento: “O CETRO NÃO SE APARTARÁ DE JUDÁ,… até que venha aquele a quem ele pertence”. Gênesis 49:10
Cumprimento do Novo Testamento: “Pois é bem conhecido que o nosso Senhor descende de Judá”. Hebreus 7:14
Sua Rejeição
Profecia do Velho Testamento: “Foi desprezado e REJEITADO pelos homens”. Isaías 53:3
Cumprimento do Novo Testamento: “Veio para o que era seu, mas OS SEUS NÃO O RECEBERAM”. João 1:11
Sua Traição e o Preço Pago para Seu Traidor
Profecias do Velho Testamento: “Até o MEU MELHOR AMIGO, em quem eu confiava e que partilhava do meu pão, voltou-se contra mim”. Salmo 41:9
“Eu lhes disse: ‘Se acharem melhor assim, paguem-me; se não, não me paguem. Então eles me pagaram TRINTA MOEDAS DE PRATA”. Zacarias 11:12
Cumprimento do Novo Testamento: “Então, um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, dirigiu-se aos chefes dos sacerdotes e lhes perguntou: ‘O que me darão se eu o entregar a vocês?’ E lhe fixaram o preço: TRINTA MOEDAS DE PRATA”. Mateus 26:14, 15
Sua Morte numa Cruz
Profecia do Velho Testamento: “PERFURARAM MINHAS MÃOS e meus pés”. Salmo 22:16.
Cumprimento do Novo Testamento: “Quando chegaram ao lugar chamado Caveira, ali O CRUCIFICARAM”. Lucas 23:33 (ver também João 20:25).
Sua Saída do Túmulo
Profecia do Velho Testamento: “Porque TU NÃO ME ABANDONARÁS NO SEPULCRO, nem permitirás que o teu santo sofra decomposição”. Salmo 16:10
Cumprimento do Novo Testamento: “Prevendo isso, falou da ressurreição de Cristo, que NÃO FOI ABANDONADO NO SEPULCRO, e cujo corpo não sofreu decomposição. Deus ressuscitou esse Jesus, e todos nós somos testemunhas desse fato”. Atos 2:31, 32
A evidência é muito forte para provar que Jesus não cumpriu as profecias por acaso. Sua biografia estava realmente escrita de antemão por meios sobrenaturais. Verdadeiramente, Jesus é o Filho de Deus.
Depois de verificarmos as evidências, precisamos tomar uma decisão honesta sobre quem deve ser o Senhor de nossas vidas. Se você ainda não fez isso, por que não colocar sua vida nas mãos de Jesus?
4. UMA VIDA PLANEJADA POR DEUS
Jesus viveu uma vida planejada por Deus, uma que havia sido esboçada centenas de anos antes de Seu nascimento. Por estar sempre consciente desse fato, Ele permaneceu sensível à liderança de Deus. Cristo disse:
“Nada faço por Mim mesmo, mas falo exatamente o que o Pai me ensinou… pois sempre faço o que lhe agrada”. João 8:28, 29
Deus planejou a vida humana de Jesus antes de Seu nascimento, e Deus também tem um plano para cada ser humano. Ele sabe como cada um de nós pode saciar os mais profundos anseios e como podemos encontrar uma vida abundante.
Raimundo não estava sempre seguro de que quisesse se submeter ao plano de Deus. Porém, quando enfrentou uma grande decisão sobre qual faculdade escolher, ele decidiu pela primeira vez na vida ficar atento à liderança divina para o assunto. Ele orou por vários dias e tentou ouvir alguma resposta. Depois de algum tempo, parecia estar muito claro para ele que deveria escolher a Opção B: uma universidade mais barata, contudo imensa e impessoal. Logo que começaram as aulas, ele conheceu alguns cristãos maravilhosos que pertenciam ao movimento da Cruzada Estudantil por Cristo.
Sua experiência com eles durante os dois anos seguintes mudou radicalmente sua vida.
Quando Raimundo olha para trás, ele percebe que sempre que teve que enfrentar uma grande decisão e buscou a direção divina, “Deus me introduziu numa área totalmente nova de minha vida”.
Como você pode saber qual o plano de Deus para sua vida? Deus lhe dirige de várias maneiras:
(1) A BÍBLIA
De acordo com o salmista, qual é o livro guia para a vida?
“A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho”. Salmo 119:105
A Palavra de Deus renova nossa mente e nos dá idéias (Romanos 12:2; Salmo 119:99). Um tempo regular de estudo diligente da Escritura é a melhor maneira de colocar nossas prioridades na ordem correta.
(2) CIRCUNSTÂNCIAS PROVIDENCIAIS
Deus também nos guia através de circunstâncias divinamente orientadas. O Salmo 23 ilustra Deus como o Bom Pastor. Um pastor guia suas ovelhas através de vales escuros bem como encostas pedregosas. Ele é capaz de fazer com que suas dificuldades de transformem em benefícios e ajuda-os a aprenderem com cada experiência. Temos um Pastor que fica sempre ao nosso lado.
(3) DEUS SE COMUNICA DIRETAMENTE COM O CORAÇÃO
Deus também nos guia através da voz da nossa consciência. O Espírito pode iluminar “os olhos do coração” (Efésios 1:18). Quanto mais consistentemente praticarmos a comunicação com Deus, mais Ele terá chance de nos guiar. Ele molda tanto nossas impressões interiores quanto nosso raciocínio e julgamento para que possamos ver claramente o próximo passo que precisamos dar.
5. A LIDERANÇA DEVE SER HARMONIOSA
É possível, claro, você pense que está vivendo uma vida dirigida por Deus, enquanto na verdade você está simplesmente seguindo suas próprias inclinações e impulsos (Provérbios 16:25). Nossos sentimentos devem estar em harmonia com o ensino bíblico. Não é seguro concluir que Deus está nos dirigindo a não ser que todas as três formas de sermos guiados por Deus estejam em harmonia.
Vejamos o exemplo de Jacob. Ele tinha uma adorável esposa e dois filhos, mas teve um caso extraconjugal com outra mulher. Ele disse aos seus amigos: “Eu orei sobre isso e senti que essa era a vontade de Deus”. As emoções e as impressões interiores de Jacob claramente lhe conduziram a um caminho errado. Ele imaginou que era providência divina que ele tivesse encontrado essa outra mulher e não parou para pesquisar os mandamentos bíblicos sobre o adultério. A Bíblia, “a lei e o testemunho”, é o guia autorizado, o juiz final para determinar o modo correto de agir (Isaías 8:20). Nunca devemos permitir que qualquer impressão ou circunstância aparentemente providencial nos guie para longe de um princípio bíblico.
6. SUBMETER-SE AO PLANO DE DEUS
Quando o Diabo veio para tentar Jesus no deserto, ele sugeriu: “Se você apenas ignorar os dolorosos sacrifícios que Seu Pai planejou para você, eu lhe darei o mundo na palma da sua mão – com fama, fortuna e um estilo de vida confortável”. Satanás até mesmo citou as Escrituras numa tentativa de guiar Jesus para o caminho errado. Mas, a cada vez, Jesus vencia a batalha com as palavras: “Está escrito” (Mateus 4:1-11).
Uma lição poderosa que podemos aprender da vida de Jesus é a submissão à vontade do Pai. Mesmo em face da terrível agonia do Gêtsemani, Ele gritou: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres” (Mateus 26:39). Depois de três anos de Seu ministério, vivendo diariamente em harmonia com o plano do Pai, as últimas palavras de Jesus ao morrer foram: “Está consumado” (João 19:30). Jesus na verdade estava dizendo: “A vida que Meu Pai tinha planejado para mim está cumprida”.
Ao começar a ouvir a voz de Deus falando coerentemente através de Sua Palavra, circunstâncias providenciais, e impressões diretas, você pode aprender a aceitar Sua direção inteiramente. Você também pode descobrir a alegria de ter uma vida planejada e dirigida por Deus.
Fontes para o material histórico acima e uma história mais detalhada aparecem nos seguintes livros: Documents of the Christian Church, selecionado e editado por Henry Bettenson (London, Oxford University Press); Joseph Cullen Ayer, A Source Book for Ancient Church History (New York: Charles ScribnerÕs Sons, 1931, 1941); Origen: Contra Celsum, traduzido por Henry Chadwick (Cambridge: University Press, 1965); F. F. Bruce, The New Testament Documents: Are They Reliable? 5a edição revisada (Grand Rapids: William B. Eerdmans Publishing Company, 1960); e R. T. France, The Evidence for Jesus (Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press, 1986).
Lição 4. Copyright © 2004 The Voice of Prophecy Radio Broadcast
Los Angeles, California, U.S.A.

O que significa a expressão "não estais debaixo da lei"?


O texto bíblico de Romanos 6:14 diz: ‘Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça’.


Pelo fato de não estarmos ‘debaixo da lei’ isto não significa que possamos continuar pecando, ou seja, transgredindo abertamente a Lei de Deus. ‘Pecado é a transgressão da lei’ (I João 3:4) e a conseqüência do mesmo é a morte do pecador (Romanos 6:23), pois desobedecer conscientemente à lei de Deus é tornar-se escravo do pecado (I João 3:4) e torna-se seu servo (João 8:34). Se formos servos de obediência ao pecado, iremos morrer; sendo servos de obediência à lei seremos servos para a justiça (Romanos 6:16).


Paulo diz que, ‘uma vez libertos do pecado’ (Romanos 6:18), fomos feitos ‘servos da justiça’. Isto claramente ensina que a graça de Cristo, ao libertar-nos do pecado, não nos dá a liberdade de sermos transgressores conscientes.


Ser servos da justiça significa termos um caráter reto. ‘Os atos de obediência produzem hábitos de obediência, e tais hábitos constituem um caráter reto’ . ‘Muitas pessoas citam a expressão de Paulo ‘não estamos debaixo da lei’ (Romanos 6:14-15; Gálatas 5:18) querendo significar que a lei moral foi abolida.


Nós cremos que ‘debaixo da lei’ significa ‘debaixo da condenação da lei’. Não estar debaixo da lei não quer dizer estar desobrigado de cumpri-la, mas sim não ser culpado de sua transgressão. A única maneira de não estarmos debaixo da lei é cumpri-la. Se transgredirmos uma lei, incorremos em multa, prisão, ou qualquer punição enfim.


‘A graça divina não erradica a lei dando ao homem licença para pecar. Isto é amplamente expresso em Romanos 6-8′


‘O texto diz que não estamos debaixo da ‘maldição da lei’. Isto quer dizer que não estamos debaixo da ‘condenação’ da mesma, que é a morte eterna. Note que Paulo fala que fomos libertados da maldição (morte) e não da guarda. Devemos obedecer aos mandamentos não para sermos salvos, pois a graça de Jesus nos salvou; mas sim, obedecer por amor, demonstrando que aceitamos tal salvação. A obediência por amor demonstra o tipo de fé que temos, se é uma fé forte e verdadeira (pela obediência) ou se é fraca e falsa (pela desobediência)’.


O próprio Apóstolo Paulo disse que ‘tinha prazer na lei de Deus’ (Romanos 7:22)


Vejamos outro estudo sobre a passagem:


‘Leiamos tal como está escrito, o texto que é chave deste estudo: ‘Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça. E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!? (Romanos 6:14-15 RA). Descobrimos imediatamente que, fosse o que fosse que Paulo desejasse compreendêssemos por meio desta passagem, não queria ele que concluíssemos que o reino da graça nos liberta da lei. ‘E daí?’ diz ele; ‘havemos de pecar’, isto é, quebrantaremos a lei, ‘porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça’ De modo nenhum’.


‘O versículo imediato torna claro que estar’debaixo da lei significa estar debaixo da sua condenação, e que estar ‘debaixo da graça’ significa estar vivendo debaixo do plano que Deus ofereceu para salvação do domínio do pecado. Essa é a razão pela qual Paulo assevera: ‘Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça’ E, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça’. (Romanos 6: 16 e 18 RA).


‘O contraste está entre ser servos ‘do pecado′ e servos ‘da obediência pra justiça’…’
Via Evidências Proféticas


10 Perguntas Específicas Sobre a Criação do Homem e Sua Natureza


1 - Por que Moisés, no seu detalhado relato da criação do homem, não deixa a mínima pista de uma “alma imortal” como componente essencial da vida humana, exclusivo de sua existência, na criação?


Obs.: Seria esse o momento certo de tratar do assunto, sendo que Moisés oferece tantos detalhes dos atos divinos na obra da Criação em geral, e do homem, em particular.


2 - Por que Moisés emprega a mesma linguagem (palavras exatas) para “alma vivente” tanto em relação ao homem quanto aos animais (comparar Gên. 2:7 com 1:20 e Levt. 11:46)?


Obs.: Tradutores de algumas versões da Bíblia traduziram as palavras hebraicas nephesh hayyah como “criatura vivente” quando referindo-se aos animais, contudo, não há a mínima variante. É exatamente a linguagem de que Moisés se vale para tratar de “alma vivente” referindo-se ao homem.


3 - Por que Moisés não diferencia o fôlego de vida do homem com o dos animais, tratando-os na mesma base, utilizando as mesmas palavras (Gên. 2:7; 1:30, 6:17)?


Obs.: O fôlego de vida não pode equivaler a algo imaterial, imortal, que sobrevive à matéria porque não há essa definição bíblica para “alma”, e nunca tal palavra vem modificada pelos adjetivos “imortal” ou “eterno” por toda a Bíblia.


4 - Como prova que o fato de Deus ter soprado particularmente o fôlego de vida no homem faz com que tal fôlego seja uma “alma imortal”, quando não há a mínima informação sobre isso transmitida pelo autor, o que seria algo de muitíssima importância para definir a natureza humana?


Obs.: O detalhe da criação “separada”, “particular” do homem em relação à dos animais é “prova” fragilíssima em favor da visão dualista porque o detalhamento da criação do homem envolve o personagem principal da criação, além da criação da mulher. Os animais são meros coadjuvantes no cenário que retrata a preocupação divina com o ser criado à Sua imagem e semelhança, algo que não caracteriza os animais.


5 - Como prova que o fato de Deus ter soprado particularmente o fôlego de vida no homem faz com que tal fôlego seja uma “alma imortal”, quando há clara informação de que “o mesmo fôlego de vida do homem é atribuído aos animais, tanto no relato da criação, quanto milênios depois, nas palavras do sábio Salomão?


Obs.: Salomão dedica-se a uma profudna reflexão da vida humana e mostra que “tudo é vaidade”, já que nem mesmo na morte o homem leva vantagem sobre os animais. Se ele cresse na imortalidade da alma, não empregaria tal linguagem para evitar ambigüidade e/ou não transmitir noções materialistas. Mas até a descrição dele da morte do homem, com a retirada do fôlego de vida, se assemelha à forma como o salmista se refere à morte dos animais (comparar Ecl. 12:7 com Salmo 104:25-29).


6 - Por que o homem precisaria de uma alma imortal, já que não iria morrer, segundo o projeto original da criação divina, e sim viver eternamente como um ser físico, num paraíso físico (aliás, como também se daria com os animais. . .)?


Obs.: O pecado é um intruso neste planeta que trouxe morte física e espiritual ao homem. Mas o “plano de contingência” divino é a ressurreição final, uma providência tomada APÓS o pecado, como parte de Seu plano restaurador. A ressurreição integra o “esmagar a cabeça” da serpente no conflito entre o bem e o mal (Gên. 3:15), já que a vitória sobre a morte ocorre em função da ressurreição dos mortos, não de o indivíduo superá-la por contar com algum elemento espiritual que prevalece sobre a morte (ver 1 Cor. 15:52-55).


7 - Quando exatamente a “alma imortal” é introduzida no ser vivo? Quando o óvulo é fecundado? Quando o bebê sai do ventre materno e respira por primeira vez, já que se estabelece o paralelo fôlego de vida/alma imortal?


Obs.: A dificuldade de estabelecer o início da posse dessa “alma imortal” é imensa, sobretudo quando os dualistas fazem a ligação fôlego de vida/alma imortal. Pois o feto NÃO RESPIRA na bolsa maternal, estando envolvido por fluídos até ser dado à luz.


8 - Sendo que consta ser Moisés o autor do antiqüíssimo livro de Jó, não parece estranho que em tal livro ele não deixe a mínima pista de uma noção dualista, pois retrata o patriarca expressando uma visão holista, não dualista (ver observação a seguir)?


Obs.: O livro de Jó é um golpe de morte sobre a noção dualista. O patriarca compara a morte a um rio que se seca e um lago cujas águas são drenadas, e quando se refere diretamente ao estar com Deus, fala do tempo quando o Redentor “Se levantará sobre a Terra”, sem deixar a mínima pista de uma alma indo ao Seu encontro (ver 14:7-14 e 19:25-27).


9 - Onde exatamente se situa a “alma imortal”? Já que estabelece o paralelo fôlego de vida/alma imortal, e Jó declara a certa altura, “enquanto em mim houver alento, e o sopro de Deus no meu nariz” (Jó 27:3), é aí que se situa essa “alma imortal”, no nariz de cada um?


Obs.: Se o paralelo fôlego de vida/alma imortal for válido, realmente essa alma entra e sai no organismo, pelo menos em boa quantidade, o tempo todo, saindo “contaminado” (gás carbônico) e entrando novo fôlego de outra substância (oxigênio para “purificar” o sangue. Coisa bem estranha para parecer algo fluídico que tem consciência e para sempre permanece após a morte.


10 - Não parece muita coincidência que todos os povos pagãos sempre tiveram como característica a crença na imortalidade da alma, até atribuindo almas e espíritos a animais ou coisas inanimadas, como florestas, rios, lagos, vulcões?


Obs.: Não se sabe de nenhum povo pagão, do presente ou do passado, que tenha deixado de crer em “almas” e “espíritos”, para crer que “vem a hora . . . em que os que estão nas sepulturas ressuscitarão; os que fizeram o bem, na ressurreição da vida; os que fizeram o mal, na ressurreição da condenação” (João 5:28, 29).


ADENDO


Adicionalmente diríamos que a tentativa de ligar os epicureus à visão holista é inteiramente falsa, um paralelo totalmente artificial, porque estes eram meros hedonistas, materialistas, e sua filosofia em nada contemplava uma vida no além, sob qualquer forma. Paulo refere-se a tal filosofia em 1 Cor. 15:30-32, mas numa forma totalmente destrutiva à crença na imortalidade da alma. Não faria sentido dizer o que disse em tal passagem se ele fosse adepto da visão dualista–”Se os mortos não são ressuscitados, comamos e bebamos, porque amanhã morreremos”.


Se Paulo tivesse dito, “Se não temos uma alma imortal, comamos e bebamos, porque amanhã morreremos”, os dualistas estariam cobertos de razão, mas para o desconsolo destes, ele reforça exatamente essa visão de que a eternidade existirá em função da ressurreição nos vs. 16-19:


“Porque, se os mortos não são ressuscitados, também Cristo não foi ressuscitado. E, se Cristo não foi ressuscitado, é vã a vossa fé, e ainda estais nos vossos pecados. Logo, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se é só para esta vida que esperamos em Cristo, somos de todos os homens os mais dignos de lástima”.


Claramente, não fosse pela ressurreição final, confirmada e garantida pela do próprio Cristo, os mortos cristãos “estão perdidos”. Notem bem, PERDIDOS, e não com suas almas salvas no céu!


Iasd em Foco

Da Parousia à Gloria


Glorificados na vinda de Jesus, viveremos com Ele no éden restaurado, desfrutando da Nova terra por toda a eternidade.


“O Céu tem três andares e um subsolo”, disse um garotinho à professora. “O assoalho são as nuvens. Deus dorme nos dois primeiros andares, Papai Noel mora com suas renas e brinquedos no terceiro andar e os anjos dormem no subsolo. Todas as casas são feitas de pão de mel e os rios têm cores diferentes – vermelho, azul, rosa, verde, alaranjado, e isso é tudo!”


Seria assim o mundo em que os salvos vão morar após a parousia? Essa palavra significa aparição, presença, vinda, manifestação e traduz o desejo final dos cristãos: a vinda de Jesus em glória para nos buscar e levar para o Céu, lugar perfeito em todos os sentidos. O Rei dos reis virá como o relâmpago que “sai do oriente e se mostra até no ocidente” (Mt 24:27). Virá de maneira literal, corpórea, visível, acompanhado das hostes angelicais.


Então, o luto findará. O Filho de Deus despertará os justos, que se levantarão incorruptíveis das sepulturas, e os vivos serão transformados. Desse modo, eles se tornarão imortais! Preparados para tomar posse do reino do qual até ali haviam sido apenas herdeiros, serão reunidos pelos santos anjos e elevados para encontrar “o Senhor nos ares”. Todos os ímpios morrerão e Satanás ficará cativo neste planeta desolado, enquanto os remidos permanecerão no Céu durante mil anos. Após esse período, Cristo descerá com os salvos e estabelecerá a Cidade Santa – a Nova Jerusalém – na Terra, que, após a ação do fogo que consumirá Satanás, os anjos maus e os ímpios, será o eterno lar dos salvos.


Embora os adventistas do sétimo dia tenham uma compreensão correta desses temas, as outras denominações se perdem num emaranhado de ideias confusas. Isso se deve a uma equivocada interpretação da escatologia – ou doutrina das “últimas coisas”. A escatologia deu seus primeiros passos no fim do século XVIII e início do século XIX, na Europa e América do Norte, devido a uma intensa expectativa em torno da “iminência” do advento de Cristo. Conquanto Ellen G. White tenha mantido a posição predominante do cristianismo conservador sobre temas como Trindade, cristologia, expiação, justificação e santificação, sua compreensão dos eventos finais divergia dos conceitos escatológicos geralmente aceitos, causando objeções na comunidade cristã. Em contraste com a base futurística da escatologia dispensacionalista (pré-tribulacionismo, arrebatamento secreto, sionismo) e outras concepções como pós-milenialismo e amilenialismo, a senhora White construiu sua escatologia com base no método historicista de interpretação profética. Ela esboçou períodos de tempo com eventos específicos,1 como os descritos em nossa introdução.


Neste artigo, faremos algumas considerações sobre a glorificação dos salvos, o Céu e a Nova Terra, sem muita preocupação com a sequência cronológica, a parousia de nosso Salvador e os acontecimentos que a envolvem.


Vinda do Rei – Daniel 12:1 fala do “tempo de angústia qual nunca houve”, durante o qual os filhos de Deus estarão foragidos em diversos lugares (prisões, retiros solitários, florestas e montanhas), sendo perseguidos por ferozes inimigos, instigados pelas hostes de anjos maus, preparados para matá-los. Por meio desse decreto de morte, o objetivo será “em uma noite” dar um golpe decisivo a fim de silenciar toda voz dissonante.


Em meio ao caos, Miguel Se levantará para livrar Seu povo. Haverá um grande terremoto “como nunca tinha havido” (Ap 16:18), o firmamento parecerá se abrir e fechar, e o caos se tornará global – montanhas tremerão, o mar avançará sobre a terra (furacões, maremotos, tsunamis) e cidades litorâneas serão tragadas. Sob a sétima praga, grandes pedras cairão, destruindo metrópoles. Mas o povo de Deus contemplará as celas se abrindo, libertando os presos. As armas apontadas pelos inimigos cairão das mãos deles, os quais fugirão aterrorizados.


As sepulturas se abrirão e dois grupos especiais ressuscitarão. “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para a vergonha e horror eterno” (Dn 12:2). Esse momento de ressurreição é anterior ao da ressurreição “geral” dos justos (Jo 5:28, 29). João menciona “todos”; Daniel fala de “muitos”. Os ressuscitados para a vida eterna são “todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo” 2 (Dn 12:12; Ap 14:13) e os que vão passar pelo “horror eterno” são os que traspassaram o corpo de Jesus (Mt 26:62-64; Ap 1:7). O grupo dos salvos terá o privilégio de participar das cenas finais, estendendo as boas-vindas ao seu Redentor. Os que O traspassaram verão, horrorizados, Aquele a quem desprezaram e crucificaram. Então, morrerão novamente com o fulgor da Sua glória!


Aparecerá no céu uma mão segurando a lei de Deus, causando pavor e desespero aos que desobedeceram aos mandamentos. Nesse momento, os inimigos da lei têm nova concepção da verdade e do dever. A voz de Deus será ouvida do Céu, declarando o dia e a hora da vinda de Jesus. Os filhos de Deus a
ouvirão, fixando o olhar no alto.


“Surge logo no oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem [...]. O povo de Deus sabe ser este o sinal do Filho do Homem.”3 Acompanham a chegada gloriosa do Rei Jesus. O céu está repleto de anjos cantando melodias celestiais. Ao Jesus Se aproximar mais da Terra, os céus se enrolam como um “pergaminho” e a Terra se revolve.


Apocalipse 6:16, 17 menciona o desespero total dos ímpios, dos ricos e poderosos: “Eles gritavam às montanhas e às rochas: ‘Caiam sobre nós e escondam-nos da face dAquele que está assentado no trono e da ira do Cordeiro! Pois chegou o grande dia da ira dEles; e quem poderá suportar?’” (NVI). A descrição de João faz eco às palavras proféticas de Isaías: “Entre no meio das rochas, esconda-se no pó, por causa do terror que vem do Senhor e do esplendor da sua majestade! [...] Fugirão para as cavernas das rochas e para as brechas dos penhascos, [...] quando Ele Se levantar para sacudir a Terra” (Is 2:10, 21, NVI). Entre os ímpios estão também os que “traspassaram” Jesus, zombaram dEle e O humilharam (Herodes; os sacerdotes e autoridades; os homens que O espancaram e colocaram a coroa de espinhos em Sua cabeça; os cravos nas mãos e pés; o soldado que Lhe feriu o lado), os quais, com terrível precisão, recordam os acontecimentos do Calvário e exclamam: “Ele é verdadeiramente o Filho de Deus!”


Durante o caos que se instala, Jesus chama os justos mortos, ressurretos e revestidos de imortalidade. Defeitos e deformidades são deixados no túmulo; os salvos mantêm a mesma estatura, mas, ao se alimentarem da árvore da vida no Éden restaurado, crescerão até a altura completa da raça primitiva. Os justos vivos são transformados “num piscar de olhos”. Crianças são levadas aos braços de suas mães, amigos se reúnem para nunca mais se separar e ascendem ao Céu.


Para o Céu com o Rei – “De cada lado do carro de nuvens existem asas, e debaixo dele se acham rodas vivas; e, ao volver o carro para cima, as rodas clamam: ‘Santo’, e a asas, movendo-se, clamam: ‘Santo’, e o cortejo de anjos clama: ‘Santo, santo, santo, Senhor Deus todopoderoso’. E os remidos bradam: ‘Aleluia!’ – enquanto o carro prossegue em direção à Nova Jerusalém. Antes de entrar na cidade de Deus, o Salvador concede a Seus seguidores os emblemas da vitória, conferindo-lhes as insígnias de sua condição real.” 4


À frente está a santa cidade. Jesus abre as portas de pérolas e diz: “Vinde, benditos de Meu Pai, possuí o reino.” Os remidos entram. Contemplam maravilhados o paraíso de Deus. Cristo os apresenta ao Pai como a aquisição de
Seu sangue: “Eis-Me aqui, com os filhos que Me deste.” A grande multidão está sobre o mar de vidro misturado com fogo, diante do trono. Com Jesus, sobre o monte Sião, estão os cento e quarenta e quatro mil – os quais entoam um cântico que ninguém pode aprender, pois é o da sua experiência. Tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são as “primícias” para Deus e o Cordeiro.


Chega o momento mais esperado – “o encontro dos dois Adões” – Jesus, em pé, estende os braços para receber o pai da raça humana. Adão se aproxima e, ao reconhecer os sinais que os cravos cruéis deixaram no Salvador, cai a Seus pés e diz: “Digno, digno é o Cordeiro que foi morto!” Com ternura, Jesus o levanta e mostra-lhe o paraíso. Vê as videiras, as árvores que foram seu deleite, as flores das quais cuidara com tanto prazer. O Salvador o leva à árvore da vida, apanha o glorioso fruto e Adão tem permissão para comê-lo novamente. Anjos e remidos testemunham a cena, compreeendem a grande obra da redenção e unem
as vozes num cântico de louvor.


Milênio na Terra e no Céu – Por ocasião da vinda de Cristo, os ímpios serão eliminados, mortos pelo resplendor de Sua glória. Serão tantos que seus cadáveres jazerão de uma a outra extremidade da Terra, “não serão pranteados, nem recolhidos, nem sepultados” (Jr 25:33). Ruína, destruição, desordem e desolação – eis a condição da Terra. Apocalipse 20 menciona que Satanás e os anjos maus serão seus únicos habitantes.


Ocorrerá, então, o cumprimento do cerimonial prefigurado no dia da Expiação, quando, ao findar a solenidade no lugar santíssimo do santuário terrestre, os pecados dos israelitas eram perdoados pelo sangue do bode da expiação (que representava Cristo). Depois, era trazido o bode emissário (Satanás) e sobre ele o sumo sacerdote colocava toda a culpa pelo mal que Satanás levara o povo a cometer. Após isso, era enviado ao “deserto” para lá perecer.


“Aqui deverá ser a morada de Satanás com seus anjos maus durante mil anos. Restritos à Terra, eles não terão acesso a outros mundos, para tentar e molestar os que jamais caíram.”5 Satanás sofrerá intensamente. Verá os resultados de seus enganos e refletirá sobre sua rebelião.


No Céu, os justos participarão com Cristo do julgamento dos ímpios, confirmando a parte que devem sofrer, segundo suas obras. Também Satanás e seus anjos maus serão julgados e condenados.


Os remidos glorificados desfrutarão do ambiente celestial. Não haverá vestígios do mundo pecaminoso. Apenas uma lembrança permanecerá: Jesus levará para sempre os sinais de Sua crucifixão, as únicas marcas da maligna obra que o pecado efetuou. Os que antes eram cegos verão; os surdos ouvirão; os mudos cantarão e os coxos saltarão. Gozarão alegria eterna, porque deles fugirão a tristeza e a dor (Is 35). Essa felicidade será intensificada ao encontrarem e reconhecerem aqueles que eles levaram a Cristo. “Eu era pecador sem Deus e sem esperança no mundo, e você me conduziu a Jesus”, alguém dirá. Outros dirão: “Eu era ateu, vivia num ambiente pagão. Você abriu mão de seu tempo valioso e me ajudou a encontrar Jesus.”


Nova Terra e eternidade – No fim dos mil anos, com Jesus à nossa frente, desceremos da Cidade Santa para a Terra. Os fundamentos da cidade tocarão o Monte das Oliveiras, que se repartirá, transformando-se em uma grande planície, sobre a qual se assentará a Nova Jerusálem. Nela estará o paraíso de Deus, o Jardim do Éden. Com imponente majestade, Jesus chamará os ímpios mortos, que ressuscitarão com os corpos doentios com que baixaram à sepultura. As marcas do pecado serão visíveis em todos. Eles retomarão o fio dos pensamentos que alimentavam por ocasião de sua morte. Ali estarão governantes, guerreiros e tiranos ambiciosos. Os antediluvianos, com estatura de gigantes – mais do que o dobro da altura dos homens de hoje – causarão espanto!


Satanás verá a inumerável multidão de seus cativos e exultará com a possibilidade de arregimentá-los para a batalha. Ele os convencerá de que o grupo de justos dentro da cidade é muito pequeno. Assim, ele reunirá um grande exército para a última grande luta pela supremacia do Universo.


O destino final dos ímpios será fruto da escolha deles. Devido a uma vida de rebeldia contra Deus, os ímpios considerariam grande tortura conviver com os redimidos. Não se prepararam para isso. Deus lhes seria um fogo consumidor.  Então, marcharão pela superfície da Terra, a fim de destruir a cidade e o povo santo; mas descerá fogo do céu e consumirá a todos (Ap 20:9, 10). Estará para sempre terminada a obra de Satanás, raiz e ramos – Satanás, a raiz; seus seguidores, os ramos (Ml 4:1-3).


O fogo que vai destruir os ímpios purificará a Terra. “Vi um novo céu e nova Terra”, disse João. A herança dos salvos é chamada de país. Ellen G. White, ao
escrever a nova vida no Céu, diz: “A linguagem é demasiadamente fraca para tentar uma descrição do Céu.”6


No último capítulo do livro O Grande Conflito, ela procura sintetizar a vida nesse glorioso Lar: “Ali o Pastor celestial conduz Seu rebanho às fontes de águas vivas. A árvore da vida produz seu fruto de mês em mês, e as folhas são para a saúde das nações. [...] Ali as extensas planícies avultam em colinas de beleza, e as montanhas de Deus erguem seus altivos píncaros. [...] Ali, não mais haverá lágrimas, cortejos fúnebres, manifestações de pesar. [...] Ali está a Nova Jerusálem, a metrópole da nova Terra glorificada [...] Ali os remidos conhecerão como são conhecidos.” 7


O Cristo ressurreto foi modelo da ressurreição final. Seu semblante, linguagem, maneira, eram familiares aos discípulos. Identificaremos nossos entes queridos e amigos. “Talvez hajam sido deformados, doentes, desfigurados nesta vida mortal, ressurgindo em plena saúde e formosura; no entanto, no corpo glorificado será perfeitamente mantida a identidade. [...] No rosto glorioso da luz que irradia da face de Cristo, reconheceremos os traços daqueles que amamos.” 8 “Todos os santos ligados aqui por laços familiares conhecerão ali uns aos outros.” 9


“Ali, mentes imortais contemplarão, com deleite que jamais se fatigará, as maravilhas do poder criador, os mistérios do amor que redime. [...] Todas as faculdades se desenvolverão [...]. Ali os mais grandiosos empreendimentos poderão ser levados avante, alcançadas as mais elevadas aspirações [...]; e surgirão ainda novas alturas a atingir, novas maravilhas a admirar. [...] Todos os tesouros do Universo estarão abertos ao estudo dos remidos de Deus” 10 e a cruz de Cristo será a ciência dos remidos por toda a eternidade. Alçarão voo para os mundos distantes, adquirirão a sabedoria dos seres não caídos.


“Todos serão uma família unida e feliz.” 11 Não se casarão, nem terão filhos. Serão como os anjos de Deus, membros da família real. Haverá casas belíssimas, com aparência de prata e colunas marchetadas de pérolas. Campos de relva viva, repletos de flores que jamais murcharão. Lindos bosques com todas as espécies de árvores, porém, “nenhuma árvore da ciência do bem e do mal”. Pomares com variados e deliciosos frutos. Animais, todos juntos em perfeita união. Os remidos plantarão, edificarão, pois é desígnio de Deus que todos sejam operosos. Os que desejam um céu de inatividade ficarão decepcionados. “Vi muitos dos santos [...] saindo então para o campo ao lado das casas, para lidar com a terra.” 12


O sábado será observado e a lei de Deus permanecerá firme e existirá por toda a eternidade (Is 66:23). “O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. [...] Desde o minúsculo átomo até ao maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor.”13


O elevador descia lentamente os andares do enorme edíficio. Dentro dele, em meio a vários ocupantes, uma mãe vestida de luto segurava nos braços sua filhinha. Trazia na face as lágrimas, o pesar pela perda do marido que acabara de
sepultar. De repente, um solavanco. O elevador parou – escuridão, gritos, pânico. Acendeu-se a luz de emergência, a mãe olhou serenamente para sua pequena e disse: “Não tenha medo, olhe somente para a luz.”


Estamos a caminho do Lar. Jesus, a luz do mundo, construiu uma cidade para nós. Logo O veremos. Então, todas as angústias, provações e sofrimentos desta vida serão como nada. Hoje é tempo de vivermos a verdade presente. A vida na
Terra é preparo para a vida no Céu. O que somos hoje é o prenúncio daquilo que seremos na eternidade. Vivamos, portanto, na luz da presença de Deus.


Márcio Nastrini é editor associado na Casa Pulicadora Brasileira.


* Nota: O roteiro principal deste artigo foram os capítulos 40 a 42 do livro O Grande Conflito.


Referências
1. A. R. Timm, A. Rodor e V. Dorneles, O Futuro (Unaspress, 2004), p. 311-313.
2. Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 637.
3. Ibid., p. 640.
4. Ibid., p. 645.
5. Ibid., p. 659.
6. Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 538.
7. __________, O Grande Conflito, p. 675-677.
8. __________, O Desejado de Todas as Nações, p. 804.
9. __________, Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 316.
10. __________, O Grande Conflito, p. 677.
11. __________, A Ciência do Bom Viver, p. 506.
12. __________, O Lar Adventista, p. 546.
13. __________, O Grande Conflito, p. 678.

Aprender a Confiar - Rafaela Pinho

▲ TOPO DA PÁGINA