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Após a ressurreição de Jesus, Maria Madalena O encontrou junto ao sepulcro e procurou estabelecer diálogo, mas Ele pediu para não ser detido, pois ainda não havia subido ao Pai (João 20:11-18). Depois disso, Jesus não apenas Se deteve com outras pessoas, como também dialogou demoradamente com algumas delas (ver Luc. 24:13-50; João 20:19-29; 21:1-23; Atos 1:3; I Cor. 15:3-8). O contraste entre o pedido inicial para não ser detido e a iniciativa posterior de Se deter com os discípulos sugere uma breve ascensão temporária de Cristo à presença do Pai nas cortes celestiais no próprio dia da ressurreição.
O livro O Desejado de Todas as Nações descreve tanto a ascensão temporária de Jesus no dia da ressurreição (cf. João 20:17) quanto Sua ascensão definitiva 40 dias mais tarde (Mar. 16:19; Luc. 24:50 e 51; Atos 1:6-11). Em relação à primeira delas, encontramos na pág. 790 da referida obra a seguinte declaração: “Jesus recusou receber a homenagem de Seu povo até haver obtido a certeza de estar Seu sacrifício aceito pelo Pai. Subiu às cortes celestiais, e ouviu do próprio Deus a afirmação de que Sua expiação pelos pecados dos homens fora ampla, de que por meio de Seu sangue todos poderiam obter a vida eterna. O Pai ratificou o concerto feito com Cristo, de que receberia os homens arrependidos e obedientes, e os amaria mesmo como ama a Seu Filho. [...] Todo o poder no Céu e na Terra foi dado ao Príncipe da Vida, e Ele voltou para Seus seguidores num mundo de pecado, a fim de lhes comunicar Seu poder e glória.”
Sobre a ascensão definitiva de Cristo, 40 dias após Sua ressurreição, O Desejado de Todas as Nações, págs. 833 e 834, afirma: “Todo o Céu estava esperando para saudar o Salvador à Sua chegada às cortes celestiais. Ao ascender, abriu Ele o caminho, e a multidão de cativos libertos à Sua ressurreição O seguiu [Mat. 27:51-53]. A hoste celestial, com brados de alegria e aclamações de louvor e cântico celestial, tomava parte na jubilosa comitiva. [...] Estão ansiosos por celebrar-Lhe o triunfo e glorificar seu Rei. Mas Ele os detém com um gesto. Ainda não. Não pode receber a coroa de glória e as vestes reais. Entra à presença do Pai. Mostra a fronte ferida, o atingido flanco, os dilacerados pés; ergue as mãos que apresentam os vestígios dos cravos. Aponta para os sinais de Seu triunfo; apresenta a Deus o molho movido, aqueles ressuscitados com Ele como representantes da grande multidão que há de sair do sepulcro por ocasião de Sua segunda vinda. [...] Ouve-se a voz de Deus proclamando que a justiça está satisfeita. Está vencido Satanás. [...] Os braços do Pai circundam o Filho, e é dada a ordem: ‘E todos os anjos de Deus O adorem’ [Heb. 1:6].” E o livro Atos dos Apóstolos, págs. 38-39, acrescenta que, tão logo essa cerimônia foi concluída nas cortes celestiais, o Espírito Santo foi derramado no Pentecostes como evidência da aceitação do sacrifício de Cristo.
Alguém poderia ser tentado argumentar que a ascensão temporária de Cristo no dia da
ressurreição seria inviável porque o tempo de duração da viagem entre a Terra e o Céu é de uma semana. É certo que Ellen G. White menciona em Primeiros Escritos, pág. 16, que os remidos ascenderão durante “sete dias” para o mar de vidro (Apoc. 15:2), mas isso não significa que Cristo e os anjos levem o mesmo tempo para fazer o percurso. O fato de Cristo ter ascendido ao Céu após o diálogo com Maria Madalena (João 20:11-18) e estar de volta mais tarde, naquele mesmo dia, para acompanhar dois de Seus discípulos no caminho de Emaús (Luc. 24:13-49) deixa claro que Cristo não mais estava limitado ao tempo. De modo semelhante, o anjo Gabriel veio das cortes celestiais em questão de minutos para atender à oração de Daniel (Dan. 9:20-23; cf. 9:1-19).
Portanto, existem evidências suficientes para crermos que Cristo ascendeu, ligeiramente, ao Céu após Sua ressurreição e, definitivamente, 40 dias mais tarde. Em ambas as ascensões, houve uma ratificação da obra redentora de Cristo em favor dos pecadores. Após Sua primeira ascensão, Cristo retornou à Terra a fim de “comunicar Seu poder e glória” aos Seus discípulos. Após Sua segunda ascensão, Cristo permaneceu como Rei e Sacerdote nas cortes celestiais (ver Zac. 6:13; Heb. 4:14-16), mas enviou o Espírito Santo como Seu agente regenerador e santificador (ver João 14:16 e 17, 26; 16:7-15).
Revista do Ancião (julho – setembro de 2006)
Dr. Alberto Timm
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Há muitas discussões em torno dos conceitos de “perfeição” e “perfeccionismo”. A própria tese doutoral de Hans K. LaRondelle, intitulada Perfection and Perfectionism: A Dogmatic-Ethical Study of Biblical Perfection and Phenomenal Perfectionism, defendida na Universidade Livre de Amsterdam, Holanda, considera em profundidade o assunto.
Mesmo em poucas palavras, podemos destacar algumas semelhanças e diferenças entre perfeição e perfeccionismo. Em termos de semelhanças, os defensores de ambos os conceitos assumem que a vida cristã é plena de vitória em Cristo, envolvendo um constante afastamento do pecado e uma contínua aproximação de Cristo.
Já uma das diferenças básicas diz respeito à doutrina do pecado. Os que aceitam o conceito bíblico de perfeição reconhecem que biblicamente os atos pecaminosos são manifestações da natureza pecaminosa em que se encontra o pecador. Em Marcos 7:21-23, lemos: “Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem.” Portanto, no dizer de Lutero, “as más obras nunca tornam o homem mau, mas o homem mau executa más obras” (Da Liberdade Cristã, par. 23). Em contraste, o perfeccionismo tende a definir pecado mais pela perspectiva de atos pecaminosos que devem ser vencidos para que a pessoa possa ser considerada justa.
Outra importante diferença a ser mencionada é a compreensão da natureza humana de Cristo durante a encarnação. Os que seguem o conceito bíblico de perfeição creem normalmente que Cristo assumiu a natureza humana enfraquecida, física e morfologicamente, por milhares de anos de pecado, mas que nos aspectos espiritual e moral Ele não tinha tendência ao pecado. De acordo com Ellen G. White, “nem por um momento houve nEle qualquer propensão ao mal” (E. G. White, SDA Bible Commentary, v. 5, p. 1128). Por sua vez, os perfeccionistas acreditam que Cristo veio ao mundo com a mesma natureza e as mesmas tendências ao pecado dos demais seres humanos, e que nós podemos vencer o pecado assim como Ele venceu. No entanto, se Cristo veio na mesma condição pecaminosa que os demais pecadores, como poderia Ele ser o Salvador da humanidade, sem necessitar de um salvador para Si mesmo?
Uma terceira diferença é quanto à vitória sobre o pecado. Os que advogam o conceito bíblico de perfeição reconhecem que o pecado é ofensivo a Deus, e afasta de Deus o ser humano. Eles buscam plena vitória sobre o pecado, reconhecendo que continuarão com a natureza humana pecaminosa até o dia em que “este corpo corruptível se revestir da incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir da imortalidade” (1Co 15:54). Nas palavras de Ellen G. White, “enquanto reinar Satanás, teremos de subjugar o próprio eu e vencer os pecados que nos assaltam; enquanto durar a vida não haverá ocasião de repouso, nenhum ponto a que possamos atingir e dizer: ‘Alcancei tudo completamente.’ A santificação é o resultado de uma obediência que dura a vida toda” (Atos dos Apóstolos, p. 560, 561). Por sua vez, os perfeccionistas advogam, já nesta vida, um nível de perfeição plena no qual, como disse alguém, não precisamos mais orar “perdoa-nos as nossas dívidas” (Mt 6:12), pois supostamente não teremos mais pecados a ser perdoados.
Um dos relatos mais elucidativos da diferença entre a perfeição e o perfeccionismo é a parábola do fariseu e do publicano (ver Lc 18:9-14). Enquanto o fariseu seguia orgulhosamente pelo caminho do perfeccionismo, o publicano avançava na senda da perfeição, considerando-se pecador e indigno. Em realidade, aqueles que estão no caminho da perfeição em Cristo, ainda não sendo perfeitos, já são considerados perfeitos em Cristo, que é perfeito (ver Fp 2:12-15); mas jamais se considerarão como tal (cf. 1Tm 1:15). Além disso, enquanto os perfeccionistas são mais críticos dos outros do que de si mesmos, os que estão sendo santificados são mais rigorosos consigo mesmos do que com os demais.
Revista do Ancião (abril – junho de 2011)
Dr. Alberto Timm
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A posição adventista sobre a comercialização de jóias se fundamenta em dois princípios básicos: o primeiro é o compromisso adventista com a recomendação bíblica de abstenção do uso de jóias. O Manual da Igreja Adventista do Sétimo Dia (revisado em 2005), pág. 177, declara que “nas Escrituras é ensinado com clareza que o uso de jóias é contrário à vontade divina. ‘Não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso’, é a admoestação do apóstolo Paulo (I Tim. 2:9). O uso de ornamentos de jóias é um esforço para atrair a atenção, em desacordo com o esquecimento de si mesmo que o cristão deve manifestar”. Angel M. Rodríguez, diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral, trata com muita propriedade do assunto em seu livro O Uso de Jóias na Bíblia (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2002).
Richard M. Davidson, diretor do Departamento de Antigo Testamento da Universidade Andrews, reconhece que houve ocasiões na história bíblica em que o povo de Deus acabou sucumbindo ao uso de jóias. Mas, em períodos de especial consagração, Deus pediu que Seu povo se desfizesse de suas jóias e adornos como um símbolo exterior de dedicação interior da vida a Ele. Foi assim, por exemplo, na dedicação de Jacó e sua família em Betel (Gên. 35:1-4); na reconsagração dos israelitas após a idolátrica adoração do bezerro de ouro, no deserto do Sinai (Êxo. 33:5 e 6); e também na recomendação às mulheres cristãs no período do Novo Testamento (I Tim. 2:9 e 10; I Ped. 3:3-5). Já no livro do Apocalipse aparece um marcante contraste entre a grande meretriz “vestida de púrpura e de escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas” (Apoc. 17:4; cf. 2 Reis 9:30), de um lado, e a mulher pura “vestida do sol” (Apoc. 12:1) e a grande multidão dos glorificados “vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos” (Apoc. 7:9), do outro. Conseqüentemente, os adventistas entendem ser seu dever abster-se das jóias.
Um segundo princípio básico que fundamenta a posição adventista sobre a comercialização de jóias é que não devemos produzir e/ou comercializar aquilo que não usamos por estar em desacordo com os ensinos bíblicos. Por exemplo, jamais deveríamos produzir e/ou vender drogas e bebidas alcoólicas que nós mesmos não devemos consumir. Da mesma forma, não devemos fabricar ou comercializar jóias e ornamentos dos quais somos aconselhados a nos abster. É certo que Ellen White aconselha que “aqueles que têm braceletes e usam ouro e adornos, fariam melhor se tirassem esses ídolos de sua pessoa e os vendessem, mesmo que fosse por muito menos do que deram por eles” (citado em O Uso de Jóias na Bíblia, pág. 150). Mas esse conselho é que a pessoa se desfaça de suas jóias, sem nenhuma conotação de comercialização de jóias.
Existem, porém, aqueles que argumentam que essa é uma questão meramente cultural, e a única forma de subsistência disponível para eles. Mas o argumento cultural é desfeito, em grande parte, pelo simples fato de a abstinência de jóias ser enfatizada tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, bem como no Espírito de Profecia (ver “Declarações de E. G. White Sobre Jóias e Adorno Pessoal”, em O Uso de Jóias na Bíblia, págs. 148-154). Como esses escritos foram produzidos em diferentes contextos culturais, mas são unânimes em recomendar a abstinência do uso de jóias, entendemos que tal abstinência é um princípio universal que transcende às diferentes culturas.
Por sua vez, a alegação de que a comercialização de jóias é a única forma de subsistência para algumas famílias acaba refletindo a teoria existencialista de que “os fins justificam os meios”. Como adventistas do sétimo dia, devemos reconhecer que nem todas as atividades comerciais são condizentes com a fé que professamos. O exercício da religião exige, por vezes, renúncia e sacrifício. Portanto, recomendamos que, como cristãos adventistas, não produzamos nem comercializemos tudo aquilo que também não devemos consumir ou usar, incluindo a questão de jóias.
Texto de autoria do Dr. Alberto Timm publicado na Revista do Ancião (abril – junho de 2007).
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O efeito negativo do espiritismo sobre o discernimento espiritual do ser humano é tratado por Ellen White no livro Primeiros Escritos, págs. 101 e 102, em que é dito o seguinte: “Deus não confiará o cuidado do Seu precioso rebanho a homens cuja mente e discernimento tenham sido enfraquecidos por erros anteriores que acariciavam, tais como os assim chamados perfeccionismo e espiritismo, e que, por sua conduta quando nesses erros, infelicitaram-se a si mesmos e levaram opróbrio sobre a causa da verdade. Embora se sintam agora livres de erro e capacitados para ir e ensinar esta última mensagem, Deus não os aceitará. Ele não confiará almas preciosas aos seus cuidados; pois o seu juízo ficou pervertido enquanto estiveram no erro, e está agora debilitado. Aquele que é Grande e Santo é um Deus zeloso, e deseja que os homens que levam a Sua verdade sejam santos. A santa lei anunciada por Deus do Sinai é parte de Si próprio, e somente homens santos que sejam seus estritos observadores honrá-Lo-ão ensinando-a a outros.”
Quando a Sra. White diz que Deus não aceitaria pessoas envolvidas com o perfeccionismo e o espiritismo, isto não implica uma exclusão do acesso à salvação, mas apenas a não concessão de funções de liderança entre o povo de Deus. Ao mesmo tempo que ela diz que “embora se sintam agora livres de erro” (estado de salvação), ela também acrescenta que Deus “não confiará almas preciosas aos seus cuidados” (desqualificação para liderança). Tais pessoas não deveriam exercer funções de liderança na igreja, “pois o seu juízo ficou pervertido enquanto estiveram no erro, e está agora debilitado”.
Não cremos, portanto, que todas as pessoas que já se envolveram com as falsas teorias acima mencionadas (incluindo o espiritismo) estejam automaticamente desqualificadas para cargos de liderança na igreja. Essa restrição se limita apenas àqueles cujo juízo continua “pervertido” e “debilitado” em decorrência de tais envolvimentos. Mas isso não limita de nenhuma forma o seu acesso à salvação, pois no livro O Grande Conflito, pág. 665, é dito que “mais próximo do trono” estarão “os que já foram zelosos na causa de Satanás, mas que, arrancados como tições do fogo, seguiram seu Salvador com devoção profunda, intensa”.
Texto de autoria do Dr. Alberto Timm publicado na Revista do Ancião (abril – junho de 2005). Via SetimoDia
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Na última Comissão Diretiva Plenária da liderança sul-americana adventista foi votado um documento intitulado Observância do Sábado. O material, aprovado pelos delegados presentes, ressalta o descanso conforme a Bíblia Sagrada e aponta o entendimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia a respeito de aspectos práticos sobre a guarda do dia. Segundo o pastor Alberto Timm, responsável pela organização do documento, foram sintetizados 21 pontos a respeito do assunto. Timm é autor do livro O Sábado na Bíblia, uma pesquisa interessante referente aos aspectos históricos e teológicos do sábado com uma linguagem acessível.
O documento, na íntegra, após revisões teológicas e gramaticais, foi divulgado nessa semana e ficou assim:
2011 - OBSERVÂNCIA DO SÁBADO
A Igreja Adventista do Sétimo Dia reconhece o sábado como sinal distintivo de lealdade a Deus (Êx 20:8-11; 31:13-17; Ez 20:12, 20), cuja observância é pertinente a todos os seres humanos em todas as épocas e lugares (Is 56:1-7; Mc 2:27). Quando Deus “descansou” no sétimo dia da semana da criação, Ele também “santificou” e “abençoou” esse dia (Gn 2:2, 3), separando-o para uso sagrado e transformando-o em um canal de bênçãos para a humanidade. Aceitando o convite para deixar de lado seus “próprios interesses” durante o sábado (Is 58:13), os filhos de Deus observam esse dia como uma importante expressão da justificação pela fé em Cristo (Hb 4:4-11).
A observância do sábado é enunciada em Isaías 58:13, 14 nos seguintes termos: “Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no Senhor.” Com base nesses princípios, a Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia reafirma neste documento seu compromisso com a fidelidade à observância do sábado.
Vida de santificação. A verdadeira observância do sábado se fundamenta em uma vida santificada pela graça de Cristo (Ez 20:12, 20); pois, “a fim de santificar o sábado, os homens precisam ser santos” (O Desejado de Todas as Nações, p. 283).
Crescimento espiritual. Como “um elo de ouro que nos une a Deus” (Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 352), o sábado provê um contato mais próximo de Deus. Como tal, não devemos permitir que outras atividades, por mais nobres que sejam, enfraqueçam nossa comunhão com Deus nesse dia.
Preparação para o sábado. Antes do pôr do sol da sexta-feira (cf. Lv 23:32; Dt 16:6; Ne 13:19), as atividades seculares devem ser interrompidas (cf. Ne 13:13-22); a casa deve estar limpa e arrumada; as roupas, lavadas e passadas; os alimentos, devidamente providenciados (cf. Êx 16:22-30); e os membros da família, já prontos.
Início e término do sábado. O sábado é um dia de especial comunhão com Deus, e deve ser iniciado e terminado com breves e atrativos cultos de pôr do sol, com a participação dos membros da família. Nessas ocasiões, é oportuno cantar alguns hinos, ler uma passagem bíblica, seguida de comentários pertinentes, e expressar gratidão a Deus em oração. (Ver Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 356-359.)
Pessoas sob nossa influência. O quarto mandamento do Decálogo orienta que, no sábado, todas as pessoas sob nossa influência devem ser dispensadas das atividades seculares (Êx 20:10). Isso implica os demais membros da família, bem como os empregados e hóspedes; que também sejam estimulados a observar o sábado.
Espírito de comunhão. Como dia por excelência de comunhão com Deus (Ez 20:12, 20), o sábado deve se caracterizar por um prazeroso e alegre compromisso com as prioridades espirituais, com momentos especiais de leitura da Bíblia, oração e, se possível, de contato com a natureza (cf. At 16:13). Esse compromisso deverá ser mantido na escolha dos assuntos abordados também em nossos diálogos informais com familiares e amigos.
Reuniões da igreja. Somos admoestados a não deixar “de congregar-nos, como é costume de alguns” (Hb 10:25). Portanto, as programações e atividades regulares da igreja aos sábados devem ter precedência sobre outros compromissos pessoais e sociais, mesmo que estes sejam pertinentes para o sábado.
Casamentos e festas. O convite para deixar de lado nossos “próprios interesses” no sábado (Is 58:13) indica que casamentos e festas, incluindo seus devidos preparativos, devem ser realizados fora desse período sagrado. Casamentos e algumas festas mais suntuosas não devem ser planejados para os sábados à noite, pois seus preparativos envolvem expectativas e atividades não condizentes com o espírito de comunhão com Deus.
Mídia secular. A mídia secular, em todas as suas formas, deve ser deixada de lado durante as horas do sábado, para que este, rompendo com a rotina da vida, possa ser um dia “deleitoso e santo” (Is 58:13).
Esportes e lazer. Muitas atividades esportivas e de lazer, aceitáveis durante a semana, não são condizentes com a observância do sábado, pois desviam a mente das questões espirituais (Is 58:13).
Horas de sono. A Bíblia define o sábado como dia de “repouso solene” (Êx 31:15), e não como dia de recuperar o sono atrasado da semana. Ricas bênçãos advirão de levantar cedo no sábado, dedicando esse dia ao serviço do Senhor. (Ver Conselhos Sobre a Escola Sabatina, p. 170.)
Viagens. A realização de viagens por questões de trabalho ou interesses particulares é imprópria para o sábado. Existem, porém, ocasiões excepcionais em que se torna necessário viajar no sábado para atender a algum compromisso religioso ou situações emergenciais. Sempre que possível, os devidos preparativos, incluindo a compra de passagens e o abastecimento de combustível, devem ser feitos com a devida antecedência. (Ver Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 359, 360.)
Excursões e acampamentos. A realização de excursões e acampamentos pode promover a socialização cristã (cf. Sl 42:4). Mas seus organizadores e demais participantes devem chegar ao devido local antes do início do sábado e montar sua estrutura, incluindo suas barracas, de modo que o santo dia possa ser observado segundo o mandamento. Além disso, as atividades durante as horas do sábado devem ser condizentes com o espírito sagrado desse dia.
Restaurantes e alimentação. A recomendação de que o alimento deve ser provido com a devida antecedência (Êx 16:4, 5; 22-30) significa que ele deve ser comprado fora das horas do sábado, e que a frequência a restaurantes comerciais nesse dia deve ser evitada.
Medicamentos. A compra de medicamentos durante o sábado é aceitável em situações emergenciais (cf. Lc 14:5), e imprópria quando a pessoa já os necessitava, e acabou postergando sua compra para esse dia.
Estágios e práticas escolares. O quarto mandamento do Decálogo (Êx 20:8-11) desabona a realização de atividades seculares no sábado, que gerem lucro ou benefício material. Envolvidos em tais atividades estão os programas de planejamento e preparo para a vida profissional, incluindo a frequência às aulas e a participação em estágios, simpósios, seminários e palestras de cunho profissional, concursos públicos e exames seletivos. Em caso de confinamento para a prestação de exames após o término do sábado, as horas desse dia devem ser gastas em atividades espirituais.
Escolha e exercício da profissão. A estrutura da sociedade em geral nem sempre favorece a observância do sábado, e acaba disponibilizando profissões e atividades que, embora sejam dignas, dificultam essa prática. Os adventistas do sétimo dia devem escolher e exercer profissões condizentes com a devida observância do sábado. Somos advertidos de que, se alguém, “por amor ao lucro, consente em que o negócio em que tem interesses seja atendido no sábado pelo sócio incrédulo, esse alguém é tão culpado quanto o incrédulo; e tem o dever de dissolver a sociedade, por mais que perca por assim proceder” (Evangelismo, p. 245).
Instituições de serviços básicos. A orientação de não fazer “nenhum trabalho” durante o sábado (Êx 20:10) indica que os observadores do sábado devem se abster de trabalhar nesse dia, mesmo em instituições seculares de serviços básicos. Instituições denominacionais que não podem fechar aos sábados (cf. Jo 5:17), incluindo os internatos adventistas, devem ser operadas nesse dia por um grupo reduzido e em forma de rodízio.
Atividades médicas e de saúde. Existem situações emergenciais que os profissionais da saúde devem atender, com base no princípio de que “é lícito curar no sábado” (Lc 14:3). Os hospitais adventistas necessitam dos préstimos de uma equipe médica, de enfermagem e de outros serviços básicos para o funcionamento nas horas do sábado. Mas os plantões rotineiros, tanto médicos quanto de enfermagem, em hospitais não adventistas, são impróprios para as horas do sábado. (Ver Ellen G. White Estate, “Conselhos de Ellen G. White Sobre o Trabalho aos Sábados em Instituições Médicas Adventistas e Não Adventistas”, em www.centrowhite.org.br.)
Projetos assistenciais. Cristo disse que “é licito, nos sábados, fazer o bem” (Mt 12:12). Isso significa que “toda atividade secular deve ser suspensa, mas as obras de misericórdia e beneficência estão em harmonia com o propósito do Senhor. Elas não devem ser limitadas a tempo ou lugar. Aliviar os aflitos, confortar os tristes, é um trabalho de amor que faz honra ao dia de Deus” (Beneficência Social, p. 77). Portanto, é lícito nas horas sagradas do sábado visitar enfermos, viúvas e órfãos, encarcerados e compartilhar uma refeição. Ações sociais que podem ser realizadas em outro dia não devem tomar as sagradas horas do sábado.
Atividades missionárias. O apóstolo Paulo usava o sábado para persuadir “tanto judeus como gregos” acerca do evangelho (At 18:4, 11; cf. 17:2), demonstrando a importância de se reservar um tempo especial nesse dia para atividades missionárias. Sempre que possível, os membros da família devem participar juntos dessas atividades, para desfrutar a socialização cristã e desenvolver o gosto pelo cumprimento da missão evangelística.
Como adventistas do sétimo dia, somos convidados a seguir o exemplo de Deus ao descansar no sétimo dia da semana da criação (Gn 2:2-3; Êx 20:8-11; 31:13-17; Hb 4:4-11), de modo que o sábado seja, para cada um de nós, um sinal exterior da graça de Deus e um canal de Suas incontáveis bênçãos.
Há alguns dias recebi um e-mail de uma irmã nossa que, por sua vez, havia recebido uma mensagem eletrônica com o “desabafo” de um militar Adventista que estava questionando o porquê de não se “liberar” para que profissionais de áreas consideradas essenciais (polícia, bombeiros, saúde, transporte, serviço de distribuição de água, etc.) pudessem trabalhar aos sábados, uma vez que a Bíblia diz, segundo o irmão militar, que devemos “fazer o bem” neste dia.
Eu pesquisei na Internet, e vi que a mensagem original foi colocada em um desses sites de membros revoltosos e críticos, em janeiro de 2002, ou seja, há mais de 6 anos e meio. Parece que ultimamente o tema voltou à tona através de fóruns em um site para Diretores de Clubes de Jovens Adventistas na Internet.
A pedido desta minha irmã e amiga, eu escrevi para ela minha opinião sobre o tema, e resolvi aproveitar o momento para colocar também aqui no Blog, uma vez que são muitos os amigos que o acessam semanalmente, e esta temática (guarda do sábado por alguns profissionais) pode ser proveitosa para muitos outros.
O irmão militar acima citado, “exigia” um posicionamento oficial da Igreja sobre o tema, uma vez que, segundo ele, a liderança da Igreja estava sendo injusta para com os Adventistas que trabalham nestas profissões, não os “liberando” dos plantões aos sábados. O principal argumento do irmão é o fato de que a sociedade não pode prescindir destes serviços essenciais e, portanto, os Adventistas que trabalham neles não estão transgredindo o 4º mandamento, pois atuam em conformidade com o que Jesus falou sobre o “fazer o bem” aos sábados, segundo o irmão.
Como eu já mencionei em uma postagem anterior, 90% das dúvidas que tanto martelam na mente de muitos Adventistas já foram respondidas devida e cabalmente pela Igreja. O problema é que são poucos os que procuram se manter informados.
Sobre esta questão, existe um capítulo inteiro no livro “Declarações da Igreja”, publicado há vários anos pela CPB (adquira-o clicando aqui). Muitos outros temas polêmicos são também abordados neste livro: aborto, pesquisas embrionárias, homossexualismo, etc. Vou transcrever abaixo um trecho do livro sobre o tema da guarda do sábado em algumas profissões. Depois eu faço os meus comentários.
Observância do Sábado
Extraído de “Declarações da Igreja” (Tatui, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2005), pág. 207-209.
Trabalho Secular Relacionado com o Sábado
1. Declaração de princípio. A visão bíblica do sábado inclui uma dimensão divina e humana (Mat. 12:7). A partir da perspectiva divina, o sábado convida o crente a renovar seu compromisso com Deus, cessando o trabalho diário para adorar a Deus mais plena e livremente (Êxo. 20:8-11; 31:15-16; Isa. 58:13-14). Na perspectiva humana, o sábado convoca o crente a comemorar o amor criador e redentor de Deus, revelando misericórdia e solicitude para com o próximo (Deut. 5:12-15; Mat. 12:12; Luc. 13:12; João 5:17). O sábado, assim, abrange a cessação do trabalho secular com o propósito de amar a Deus e realizar atos de amor e bondade para com os semelhantes.
2. Trabalho essencial e de emergência. A fim de exaltar a santidade do sábado, os adventistas devem fazer escolhas sábias na questão do emprego, guiados por uma consciência iluminada pelo Espírito Santo. A experiência tem demonstrado que há riscos na escolha de vocações que não permitam a adoração do Criador no sábado, livre de envolvimento com o trabalho secular. Isso significa que evitarão empregos que, embora essenciais para o funcionamento de uma sociedade tecnologicamente avançada, possam oferecer problemas quanto à observância do sábado.
As Escrituras e o Espírito de Profecia são explícitos quanto aos nossos deveres como cristãos para com os semelhantes, mesmo no dia de sábado. No contexto moderno, muitos empregados em ocupações relacionadas com a salvação de vidas e propriedades [por exemplo: médicos, enfermeiros, bombeiros, policiais, socorristas, etc.] são chamados a tratar de emergências. Arranjar trabalho regular de fim de semana que requeira o uso das horas do sábado num emprego lucrativo de atendimento de emergência, ou aceitar trabalho nos fins de semana em ocupações de emergência para aumentar a renda familiar, não se harmoniza com os princípios de observância do sábado apresentados por Cristo. Atender a situações de emergência que envolvam risco de vida e segurança é diferente de ganhar o sustento por envolver-se rotineiramente nessas ocupações durante o sábado, já que freqüentemente são acompanhadas por atividades comerciais, seculares ou rotineiras (ver os comentários de Cristo sobre o resgate de bois ou ovelhas caídas em valetas, e sobre a ajuda de pessoa em necessidade em Mateus 12:11 e Lucas 13:16). Ausentar-se da Casa de Deus nos sábados, negando-se à comunhão com os outros membros, pode exercer um efeito desanimador sobre a vida espiritual.
Muitos empregadores das chamadas áreas de serviços essenciais estão dispostos a fazer concessões aos guardadores do sábado. Quando essas não forem feitas, os membros devem rever cuidadosamente os princípios bíblicos sobre a guarda do sábado e, sob essa luz, examinar o tipo de atividades, ambiente, exigências de trabalho e motivos pessoais, antes de envolver-se no trabalho aos sábados. Devem perguntar ao Senhor como o fez Paulo na estrada de Damasco: “Senhor, que queres que eu faça?”. Quando prevalece essa atitude de fé, somos persuadidos de que o Senhor levará o crente a discernir Sua vontade e dará a força e a sabedoria para segui-la.
3. Decisões morais relativas à observância do sábado. Os privilégios sabáticos são algumas vezes negados ou restringidos por organizações militares, educacionais e políticas, entre outras. Para evitar e/ou reduzir essas situações lamentáveis, devem-se considerar as seguintes sugestões:
a) Um administrador competente da Igreja, de preferência o diretor do Departamento de Deveres Cívicos e Liberdade Religiosa, deve ser designado para manter-se informado sobre as circunstâncias que poderiam minar a liberdade de culto aos sábados. Quando necessário, no caso da possibilidade de alguma legislação ou medida prejudicial aos adventistas, esse líder procurará interceder junto às autoridades responsáveis. Isso pode evitar a promulgação de leis que restrinjam ou neguem os privilégios sabáticos.
b) Os membros adventistas devem ser encorajados a defender pela fé o princípio da guarda do sábado independentemente das circunstâncias, descansando na certeza de que Deus honrará a lealdade a Ele.
c) Os membros da igreja devem oferecer ajuda espiritual, moral e, se necessário, material para outros que estejam passando por problemas por causa do sábado. Esse apoio servirá para fortalecer a dedicação ao Senhor não só da pessoa que está enfrentando os problemas relativos ao sábado, mas da Igreja como um todo.
O trecho acima é parte de um documento que foi votado pela Comissão Executiva da Associação Geral, em 9 de julho de 1990, durante a assembléia da Associação Geral realizada em Indianápolis, Indiana (EUA).
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Vemos que as orientações são muito claras, e aqueles que as seguirem terão grande oportunidade de crescimento em sua fé. Oberve que desde 1990 a Igreja já se pronunciou a respeito desta questão, o que mostra que não há nenhum “descaso” ou “negligência” para com os profissionais destas áreas, como tem sido acusado nos sites dos dissidentes equivocados que mencionei acima.
Sabemos que o sábado será a “pedra de toque” da mensagem de Deus para estes últimos dias, exatamente porque este é o ÚNICO mandamento que aponta para Deus como Criador, Redentor e Mantenedor de todo o Universo, constituindo-se o sábado no próprio Selo de Deus, de acordo com o livro do Apocalipse.
“Tão verdadeiramente como foi colocado um sinal sobre as portas das habitações dos hebreus, para proteger o povo contra a ruína geral, será colocado um sinal em cada um dos que pertencem ao povo de Deus. O Senhor declara: “Também lhes dei os Meus sábados, para servirem de sinal entre Mim e eles, para que soubessem que Eu sou o Senhor que os santifica.” Ezeq. 20:12.” – Eventos Finais, pág. 220-221.
“Os que vencem o mundo, a carne e o diabo, serão os agraciados que receberão o selo do Deus vivo” – Idem, pág. 221.
“Vi que a presente prova do sábado não poderia vir até que a mediação de Jesus no lugar santo terminasse e Ele passasse para dentro do segundo véu; portanto os cristão que dormiram antes que a porta fosse aberta no santíssimo, quando terminou o clamor da meia-noite no sétimo mês, em 1844, e que não haviam guardado o verdadeiro sábado, agora repousam em esperança, pois não tiveram a luz e o teste sobre o sábado que nós agora temos, uma vez que a porta foi aberta. Eu vi que Satanás estava tentando alguns do povo de Deus neste ponto. Sendo que grande número de bons cristãos adormeceram nos triunfos da fé e não guardaram o verdadeiro sábado, eles estavam em dúvida quanto a ser isto um teste para nós agora. …Satanás está agora usando cada artifício neste tempo de selamento a fim de desviar a mente do povo de Deus da verdade presente e levá-los a vacilar” – Idem, pág. 222.
“O sábado será a pedra de toque da lealdade; pois é o ponto da verdade especialmente controvertido. Quando sobrevier aos homens a prova final, traçar-se-á a linha divisória entre os que servem a Deus e os que não O servem.Ao passo que a observância do sábado espúrio em conformidade com a lei do Estado, contrária ao quarto mandamento, será uma declaração de fidelidade ao poder que se acha em oposição a Deus, é a guarda do verdadeiro sábado, em obediência à lei divina, uma prova de lealdade para com o Criador. Ao passo que uma classe, aceitando o sinal de submissão aos poderes terrestres, recebe o sinal da besta, a outra, preferindo o sinal da obediência à autoridade divina, recebe o selo de Deus” – Idem, pág. 225.
A cada dia que passa nossa lealdade a Deus será provada com mais intensidade. Alguns, conscientes de sua fé, terão que escolher entre suas profissões, suas famílias, seus bens, etc., ou a fidelidade a Deus. É uma escolha difícil, mas terá que ser feita. Veja aqui o exemplo daquele irmão (também militar) que preferiu ser preso a obedecer uma ordem de transgredir o sábado do Senhor.
Não podemos “acalentar” a consciência com o pensamento de que os serviços “essenciais” são tão “essenciais” que liberam os que nele trabalham da guarda do sábado, conforme o ensina a Bíblia. Infelizmente, o próprio povo que hoje já pratica esta fidelidade a Deus no 4º mandamento está, paulatinamente, sendo influenciado por estes movimentos de “flexibilização” na guarda do Dia do Senhor. Em Israel (a nação de Moisés), por exemplo, existem bares que abrem normalmente na sexta-feira à noite (isso foi inclusive tema de uma matéria veiculada recentemente na imprensa brasileira), com o objetivo de atender aos turistas. Algumas congregações Adventistas em um determinado país do mundo, começaram a fazer dois cultos no sábado: um de manhã para os membros que trabalham à tarde, e outro à tarde para os membros que trabalham de manhã. Para você ver que lá os serviços “essenciais” estão também tomando o lugar da obediência a Deus.
Parece algo insensível e radical dizer a um militar, por exemplo, que o melhor seria ele largar a farda e trabalhar em outra atividade, do que deixar de se beneficiar da guarda do sábado, tanto do ponto de vista físico, quanto espiritual. Mas, por exemplo…
O que dizer a um muçulmano que se converte ao Adventismo, mas tem 5 esposas?
O que dizer a um pecuarista que se converte ao Adventismo, mas vive da venda de porcos?
Algumas decisões que temos que tomar, para vivermos a fé que abraçamos, podem ser radicais, mas deverão ser tomadas… mas cedo ou mais tarde.
Como eu costumo dizer, O SÁBADO É UMA QUESTÃO DE FÉ, e por isso apenas quando temos fé é que saberemos o quanto é importante a fidelidade a Deus. É óbvio que não se trata aqui de guardar o sábado PARA se salvar… mas PORQUE sei que já estou salvo… e justificado.
“Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão” – Salmo 37:25
PS: Fico me perguntando por onde será que anda o irmão militar que, há mais de 6 anos, estava tão propenso a trocar a guarda do santo sábado pela manutenção dos serviços “essenciais” no qual ele trabalhava…
Fonte: Pr. Gilson Medeiros
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Ellen White aborda esse assunto no livro Primeiros Escritos, pág. 276, em que aparece a seguinte declaração: “Vi que o senhor de escravos terá de responder pela salvação de seus escravos a quem ele tem conservado em ignorância; e os pecados dos escravos serão visitados sobre o senhor. Deus não pode levar para o Céu o escravo que tem sido conservado em ignorância e degradação, nada sabendo de Deus ou da Bíblia, nada temendo senão o açoite do seu senhor, e conservando-se em posição mais baixa que a dos animais. Mas Deus faz por ele o melhor que um Deus compassivo pode fazer.
Permite-lhe ser como se nunca tivesse existido, ao passo que o senhor tem de enfrentar as sete últimas pragas e então passar pela segunda ressurreição e sofrer a segunda e mais terrível morte. Estará então satisfeita a justiça de Deus.”
O próprio texto deixa claro que a Sra. White está se referindo aqui não a todos os escravos de forma generalizada, mas somente àqueles que foram mantidos “em ignorância e degradação, nada sabendo de Deus ou da Bíblia, nada temendo senão o açoite do seu senhor, e conservando-se em posição mais baixa que a dos animais”.
É interessante notarmos que, um pouco mais adiante, no mesmo livro Primeiros Escritos, pág. 286, são mencionados escravos entre os justos que receberão a vida eterna: “Vi o escravo piedoso levantar-se com vitória e triunfo, e sacudir as cadeias que o ligavam, enquanto seu ímpio senhor estava em confusão e não sabia o que fazer; pois os ímpios não podiam compreender as palavras da voz de Deus.”
Existe aqui um evidente contraste entre o escravo “conservado em ignorância”, que será deixado “como se nunca tivesse existido”, e o “escravo piedoso”, que receberá a vida eterna. Esse contraste nos impede de generalizarmos a questão como se todos os escravos fossem tratados da mesma forma. Portanto, apenas aqueles escravos que foram mantidos nas condições subumanas acima mencionadas, completamente destituídos de livre-arbítrio, é que não receberão nem a vida eterna, por não terem vivido em conformidade com os princípios do evangelho, e nem o castigo final, por não serem responsáveis pelos seus próprios atos.
Texto de autoria do Dr. Alberto Timm publicado na Revista do Ancião (abril – junho de 2005).Via SetimoDia
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Os termos mais comuns para “vinho” no Antigo Testamento são, em hebraico, yayin e tirosh e, em aramaico, chamar. O Seventh-day Adventist Bible Dictionary, p. 1.176, 1.177, esclarece que o termo yayin é “a palavra comum para vinho envelhecido e, portanto, intoxicante (Gn 14:18; Lv 10:9; 23:13, etc.), e tirosh é usado em várias passagens para designar o suco de uva fresco ou o vinho ainda não completamente envelhecido mas já intoxicante (Gn 27:37; Nm 18:12; Dt 12:17; Jz 9:13; Pv 3:10; Os 4:11, etc.).” Ambos os termos hebraicos são vertidos na Septuaginta (a clássica tradução do Antigo Testamento para a língua grega) pela palavra oînos. Já no Novo Testamento a palavra comum para “vinho” é o mesmo termo oînos, que pode designar tanto o suco de uva não fermentado (Jo 2:9, 10, etc.) como o vinho fermentado (Ap 14:8, etc.). Por sua ambigüidade, o termo deve ser interpretado à luz do contexto em que aparece inserido e do seu significado teológico mais amplo.
O fato de alguns patriarcas, como Noé (Gn 9:20, 21) e Ló (Gn 19:30-38), terem se embebedado em determinadas ocasiões não provê o endosso divino à essa prática. Existiam outros costumes antigos como, por exemplo, a poligamia, que era tolerada por Deus, mas não sancionada por Ele. O mesmo Antigo Testamento, que menciona esses casos de embriaguez, também adverte: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio” (Pv 20:1). “Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. Pois ao cabo morderá como a cobra e picará como o basilisco” (Pv 23:31, 32).
Tanto o “bom vinho”, produzido por Cristo nas bodas de Caná da Galiléia (Jo 2:9, 10), como o “fruto da videira”, usado por Ele na última ceia com os discípulos (Mc 14:23-25), são definidos por Ellen White como sendo “o puro suco de uva” não fermentado (ver O Desejado de Todas as Nações, p. 149).
Descrevendo a última ceia, ela afirma: “Acham-se diante dEle os pães asmos usados no período da páscoa. O vinho pascoal, livre de fermento, está sobre a mesa. Estes emblemas Cristo emprega para representar Seu próprio irrepreensível sacrifício. Coisa alguma corrompida por fermentação, símbolo do pecado e da morte, podia representar ‘o Cordeiro imaculado e incontaminado’” (Ibid., p. 653).
Quando Paulo aconselha a Timóteo a não continuar bebendo “somente água”, mas também “um pouco de vinho”, a razão é puramente medicinal, como evidencia a explicação “por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades” (1Tm 5:23). Paulo também exorta os crentes a não se embriagarem “com vinho, no qual há dissolução” (Ef 5:18) e aos diáconos a não serem “inclinados a muito vinho” (1Tm 3:8). Alguns alegam, com base nessa última declaração, que não podemos consumir “muito vinho” fermentado, mas um pouco, sim. Porém, à luz de outras declarações de Paulo (ver 1Co 3:16, 17; 6:19, 20; 1Tm 3:2, 3, 11, etc.), podemos inferir que a mera diminuição no consumo de vinho fermentado não é o ideal divino, mas apenas um paliativo que deve culminar na completa abstinência.
Em resposta aos que procuram justificar o uso moderado de vinho fermentado, Samuele Bacchiocchi afirma em seu livro Wine in the Bible: A Biblical Study on the Use of Alcoholic Beverages (Berrien Springs, MI, Biblical Perspectives, 1989, p. 248), que “adicção a algo que é intrinsecamente mau é sempre moralmente errado, quer seja moderado ou excessivo”. E Ellen White acrescenta: “Quanto ao chá, ao café, fumo e bebidas alcoólicas, a única atitude segura é não tocar, não provar, não manusear” (A Ciência do Bom Viver, p. 335). “Quando a temperança for apresentada como parte do evangelho, muitos notarão sua necessidade de reforma. Perceberão o mal das bebidas intoxicantes, e que a completa abstinência é a única plataforma sobre a qual o povo de Deus pode conscienciosamente permanecer” (Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 75).
Texto de autoria do Dr. Alberto Timm Revista do Ancião (julho – setembro de 2007). Via Sétimo Dia
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