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1. Diagnóstico comum a todo pecador(a)
Todos nós, temos nossos pontos fracos. É comum dar-se conosco o seguinte:
a) Cair frequentemente nos pecados rotineiros, embora faça propósitos de ser fiel a DEUS, e tenha desejo de não cair mais;
b) Com o tempo, acostuma-se a cair e a se arrepender, mas torna a cair, aparentemente nada muda em sua vida;
c) Vem a frustração, parece que DEUS o(a) abandonou, ou que não tem mais jeito.
d) Torna a fazer propósitos, ora, lê a Bíblia, às vezes até busca aconselhamento, e no entanto, nada muda.
e) O desespero vai aumentando, sente-se um(a) fracassado(a), e muitos concluem que não há solução para eles(as).
2. A realidade dos fatos
A causa de tal situação, lutar com DEUS sem resultado, é uma só: não anda com DEUS durante o dia todo, só por uns momentos, e às vezes, passam dias sem se encontrar com DEUS, ou de andar com Ele. Esse foi o caso de Jacó, por exemplo, quando se viu só, no deserto. Então ele ajoelhou-se e apresentou a DEUS seu arrependimento. Esse arrependimento foi sincero, mas a sua situação não foi resolvida. Por que?
Perceba que Jacó continuou com as mesmas práticas de enganar os outros. Ele tanto foi enganado pelo seu sogro quanto o enganou. Então, onde ficou aquele arrependimento no deserto, quando DEUS Se apresentou a Jacó em sonho, quando ele viu a escada que unia a Terra ao Céu? Será que naquela ocasião o arrependimento de Jacó foi superficial? Será que não foi autêntico? Será que ele se arrependeu mesmo?
Sim, Jacó se arrependeu de verdade naquela ocasião. E nos casos do diagnóstico acima, geralmente essas pessoas se arrependem inteiramente, mas continuam falhando. O que lhes falta então? Falta-lhes o mesmo que a Jacó, elas se arrependem, mas esquecem, ou nem sabem, que para não pecarem mais, só o arrependimento não é suficiente. Elas precisam de uma força a mais que a delas. Falham por que:
a) não se encontram regularmente com DEUS;
b) não andam com DEUS;
c) esquecem de DEUS nos momentos de suas dificuldades.
Espiritualmente nós somos como crianças. Somos muito fracos, incapazes de conduzir nossa vida sem um poder superior. Precisamos a cada momento de DEUS. Mas, como se faz isso?
3. Como obter poder de DEUS para vencer nossas fraquezas
É muito simples, mas como as pessoas não sabem, lutam, como Jacó, que lutou durante 20 anos na casa do sogro, e nada nesse tempo chegou a mudar em sua vida: continuava enganando e sendo enganado. A grande mudança em Jacó ocorreu na noite em que Ele lutou com DEUS, no vale do Jaboque, na véspera do encontro com seu irmão. Essa foi a tal angústia de Jacó. Ele estava mesmo com motivos para ficar angustiado, pois se passaram duas décadas, e ele continuava o mesmo enganador de sempre. Será que DEUS ainda estaria com ele, pecador como continuava sendo, ao encontrar-se com seu irmão? Sim claro, o fato é que DEUS foi ter com Ele, e, Jacó, não O reconhecendo, pôs-se a brigar com DEUS, pensando ser um assaltante. Então ali Jacó se arrependeu para mudar de vida. Depois daquele dia Jacó passou a an dar mais perto de DEUS, era outro homem, tanto que DEUS então resolveu mudar o seu nome para Israel.
Aí está o ponto, arrepender-se para mudar de vida. Isso requer algumas providências a mais do que simplesmente arrepender-se. Elas são os seguintes procedimentos bem práticos, que necessitam ser observados para que não nos afastemos de DEUS justamente na hora da tentação. O nosso grande problema é que confiamos demais em nossas capacidades pessoais, e na verdade elas são insuficientes para nos transformar em outra pessoa. Há certos momentos, aqueles momentos críticos, que precisamos espiritualmente pegar na mão de CRISTO. Vejamos como se faz isso, aliás, é bem fácil.
a) Em primeiro lugar, é preciso colocar DEUS como O primeiro em nossa vida.
b) Depois, é preciso encontrar-se com DEUS por três vezes ao dia. Isso se faz em oração, uma pela manhã, que pode ser na atividade espiritual no item anterior, e mais duas orações, de joelhos, em lugar reservado. Isso aprendemos de Daniel, ele orava três vezes ao dia de joelhos. Não quer dizer que não orasse mais vezes, de outras formas, em outros lugares.
c) Então falta ainda a experiência de Enoque, a de andar durante todo o dia com DEUS. Nesses dias finais, de grande luta espiritual, precisamos nos apegar a DEUS mais que Daniel e mais que Enoque, certo? Os nossos dias são piores que os deles, são os piores de toda a história. Nós precisamos de um diálogo permanente com DEUS, de um “orar sem cessar”. É isso que nos falta, para nos tornarmos vencedores contra as tentações que já se tornaram rotina em nossa vida. Como fazer isso? Vejamos em forma de itens, mas cada um pode adaptar o método para si mesmo. O importante é que tome providências para, por exemplo, meia hora ou uma hora após a sua oração, não se esqueça de DEUS, e venha a cair nos erros de sempre.
• Invente um artifício para não se esquecer de DEUS. Pode ser um bilhete discreto que só você entende, mas quando o vê sabe que deve lembrar-se de DEUS. E cada vez que lembrar d’Ele, faça uma oração a Ele, ou simplesmente fale com Ele como se fosse um amigo. Isso pode ser em pensamento. Entendeu a lógica? Crie formas visuais (não ídolos, é claro) para a cada pouco lembrar de DEUS. Por exemplo, quando estou em aula, levo junto uns papeizinhos onde coloco bem grande a letra “D”, que quer dizer DEUS. Coloco em cima da mesa. Como a cada pouco olho para a mesa, assim lembro de DEUS. E tenho um propósito, cada vez que lembrar d’Ele, falo com Ele alguma coisa, esses assuntos entre amigos íntimos. Quanto mais faço isso, melhores são as aulas. Um dia desses, de uma turma de 62 alunos, num a aula muito difícil, no final de uma explanação, bateram palmas. Agradeci a DEUS, pois estava ali comigo, e eu com Ele. Perceba bem, esse lembrete é para lembrar-se de falar com DEUS a cada pouco. Dou um exemplo. Dias atrás, consertava parte do telhado de minha casa. A todo momento falava com DEUS sobre o que fazia, e pedia opinião a Ele. Sentia nos pensamentos as Suas respostas, e fiz um bom trabalho, ou seja, fizemos juntos um bom trabalho. Foi uma experiência muito gostosa, eu e DEUS consertando o telhado!
• Perceba bem o seguinte, não adianta DEUS estar com o(a) irmão(a), se não estiveres com Ele. E nós somos muito esquecidos e distraídos, quando entramos no corre-corre diário, simplesmente como que deletamos o conceito da presença de DEUS em nossa vida. Então temos que criar uma ou mais formas de lembrarmos d’Ele, e estarmos juntos, não só Ele conosco, mas nós com Ele.
• Mas isso ainda não é suficiente. E, se naquele momento em que vier aquela velha e poderosa tentação? E se simplesmente o lembrete não estiver lá, ou se não o vermos? Aí precisamos de mais uma outra solução emergencial. Precisamos habituar a nossa mente a pedir socorro nesses instantes. Isso também não é difícil. Como se faz isso?
• Para isso deve-se criar o hábito, ou seja, repetir algo uma quantidade de vezes até que, no momento em que a tentação aparecer, vai lembrar de DEUS. Se lembrar d’Ele, ore pedindo socorro. Basta por exemplo dizer uma ou duas palavras, como: DEUS, me ajude agora. E, tenha certeza, o poder da tentação desaparece milagrosamente sobre a sua pessoa. Então, já a salvo, não deixe de fazer outra oração de agradecimento, e pedindo forças para vencer da próxima vez. Peça que satanás seja afastado.
• Como se adquire o hábito de pedir socorro a DEUS? Já dissemos, por repetição. Quando não estiver sendo tentado, imagine-se (isso é meditação) sendo tentado, e então, ore pedindo socorro. Faça isso muitas vezes, todos os dias. Anote num lembrete para fazer isso. É para se lembrar de DEUS no momento da emergência. Os bombeiros que apagam incêndios, por exemplo, são treinados para agirem quase que automaticamente nos casos de tragédias. Eles decoraram bem o que devem fazer, e o fazem quase sem pensar, em grande velocidade. Ore pedindo a DEUS que o ajude nisso.
• Para reforço, pode, por exemplo, em seu lembrete, incluir orar de hora em hora do jeito que estiver e onde estiver, para pedir que durante a próxima hora não se esqueça de pedir socorro caso seja tentado por satanás. E pode pedir preventivamente que o inimigo se afaste de você por esse tempo. Mas, como nós somos livres, quem garante que ao ver um cartaz de rua, ou uma música, ou encontrar um amigo, ou seja lá o que for, aquilo desencadeie a sua fraqueza, e então se veja na iminência de cair em pecado? Para isso precisa lembrar nesse exato momento de DEUS, e numa curta oração pedir força a Ele. Uma cosia é certa, Ele atende em menos de um segundo.
d) Isso sugerido acima ainda não é suficiente para vencer as tenta-ções. É preciso agir sobre os pensamentos. Há aquelas tentações que, depois de cairmos, sentimos nojo do que fizemos, e não queremos fazer mais. No entanto, como nos habituamos a elas, e na verdade gostamos, após um certo tempo, caímos outra vez. Como acontece isso? Acontece por meio de nossa mente. Passa um tempo após a queda, e a mente retorna a pensar no assunto e aos poucos a sentir desejo de repetir a experiência, embora não desejemos. É contraditório, mas é sempre assim. No início dos pensamentos, quando eles retornam após uma queda, pensamos só um pouco de cada vez. Parece bem inocente, mas vamos sendo dominados por esses pensamentos, até que não os podemos combater mais, até que se torna irresistível. Então pen-samos longamente naquele pecado, ele outra vez domina e controla a nossa mente. Não queremos isso, mas a mente gosta. A situação vai piorando, até que ocorre outra queda. Aí tudo se repete: sentimos nojo, nos sentimos arrependidos, um trapo, depois a mente outra vez pensa no assunto, e assim por diante... Portanto, é preciso reeducar a mente contra o mal. Isso não é muito fácil. Não tente por você mesmo pois não vai conseguir. Por suas próprias forças não há como conseguir. O que fazer nesses casos? É o mesmo que no item anterior, mas sendo uma luta interna, contra maus pensamentos, a luta precisa ser um pouco mais renhida. Faça o seguinte:
• Não espere a queda, ore em suas três orações diárias, pedindo forças a DEUS para aquele dia sobre aquela(s) tentação(es) específica(s).
• Ore também de hora em hora se o caso for muito dramático.
• Treine lembrar-se de DEUS nos momentos da tentação. Nesse caso, precisa lembrar-se de DEUS no momento em que vem o tal pensamento. Precisa orar imediatamente assim que o tal pensamento aparecer em sua mente. Desse modo vai vencer, pois DEUS dará toda a força necessária para tal.
• Outra coisa que pode fazer nesses momentos de pensamentos maus, ou de qualquer tentação, além de orar, é, quando a tentação aparecer, mudar de ambiente, ou fazer alguma coisa que ocupe a sua mente, ou falar com alguém sobre qualquer assunto, enfim, ocupar a mente com outra coisa. Essa é a sua parte, fazer alguma coisa, DEUS fará o resto, mas você deve orar e agir, não ficar passivo. E não lute sozinho, sempre ore, sempre! Mesmo após as primeiras vitórias, não pense que já é poderoso para conseguir vencer sem DEUS, isso é impossível.
e) Experimente um precedente de vitória. Isso é importante. Há pessoas que alimentam pecados durante anos, ou décadas, e nunca experimentaram uma vitória com DEUS. Tudo pode ser vencido se recorremos a DEUS. É o seguinte, cada vez que conseguir vencer uma tentação, isso é uma vitória, e facilita para outras vitórias. Há pessoas, não poucas, que estão a tempo na igreja, e ainda não sentiram o sabor de uma vitória sobre alguma tentação repetitiva. Lute como acima, e sinta a sua primeira vitória, que é evitar cair num daqueles ataques. Cada vez que consegue, com DEUS, evitar uma queda, será uma vitória. Essas experiências fortalecem a fé, e aumentam o poder para continuar vencendo. Portanto a primeira vitória é a mais importante, pois é precedente de outras. A cada vitória agradeça a DEUS, pode fazer isso muitas vezes. A primeira vitória é um precedente bom para outras vitórias. Ela abre a porta para facilitar outras vitórias. A cada vitória ficará mais forte espiritualmente, se sentirá mais seguro andando com DEUS, e apreciará cada vez mais a Sua companhia. Com o tempo se tornará um(a) campeão(ã) com DEUS, uma pessoa poderosa, vencedora na vida espiritual. Mas não será por sua força, e sim, pelo poder de DEUS ao qual se acostumou recorrer quando necessitado. Vai, pela experiência, acostumar-se a sentir DEUS a seu lado. Foi assim com Enoque. Com o tempo o tal pecado e sua tentação tornam-se fracos, e depois desaparecem, não incomodando mais. Mas isso pode levar semanas, meses e eventualmente até anos. De qualquer forma, com relação a tal fraqueza, mesmo superada, não podemos relaxar e baixar a guarda.
f) Para isso, é importante que queira vencer as suas tentações, que sinta nojo delas, e se sinta insuficiente, incapaz, e que necessita do poder de DEUS. E Ele nunca falha.
g) Se for o caso, e se for recomendável, pode pedir a um(a) amigo(a) ou mais pessoas, que orem por seu caso. Mas se o assunto não pode ser divulgado, cuide com a pessoa que escolher, talvez seja melhor lutar só com DEUS que revelar um segredo que pode sujar sua reputação. Pode pedir a outras pessoas que orem mas sem saberem do que se trata.
h) Muito importante, aprenda a MEDITAR. O que é meditar? É, a qualquer momento, ficar pensando em algum assunto. No caso, é muito bom meditar com DEUS. Imagine-se, por exemplo, sendo um dos discípulos, lá junto com JESUS. Faça de conta que está com JESUS, fale com Ele, ouça-o em seus pensamentos. Leve seus problemas a Ele. Pode também ouvir o que Ele falava naquele tempo, revendo as histórias bíblicas. Para meditar é bom fechar os olhos. Os momentos mais favoráveis são ao dormir e ao levantar. Você adormece meditando, e tem um sono tranqüilo. E, ao acordar, inicie o dia meditando em algum assunto da Bíblia. Há muitos assuntos para se meditar. A melhor experiência em meditação que tive foi sobre os momentos que se seguiram à ressurreição de JESUS, e todos os lances a eles relacionados. Parecia que JESUS, em pessoa, estava ali, orando sobre o alimento, quando aqueles dois discípulos chegaram com Ele em sua casa... na meditação, eu era um deles, e saímos correndo logo a seguir de volta a Jerusalém, para levar a notícia aos demais. “Os anjos celestiais devem atuar constantemente para levar o homem, o instrumento vivente, a olhar para Jesus, contemplá-Lo e meditar sobre Ele, a fim de poder, em face à perfeição de Cristo, ficar impressionado com as imperfeições de Seu próprio caráter” (Olhando para o alto, MM, 1983, 338).
4. Essas dicas acima não tem nada de especial. É o que todos nós deve-ríamos ter feito desde sempre. Vai ver, os personagens bíblicos poderosos venceram por meio delas. Ou seja, assim simplesmente estaremos o tempo todo com DEUS, e enquanto estivermos com Ele, pois Ele é certo que está conosco, não há como sermos derrotados pelas tentações. Se, no entanto, ainda cairmos outra vez, não desistamos, voltemos a lutar. Agarremo-nos ainda mais a DEUS, intensificando a luta real (como acima sugerido) e certamente venceremos. Foi para estes casos que Paulo escreveu Romanos 3:9 a 20 e o capítulo 7 inteiro. Leia esses trechos, e entenderá a nossa situação de pecadores, e como DEUS quer nos livrar dela. Após adquirir o hábito de orar, de lembrar-se de DEUS frequentemente durante o dia, e perceber que não se esquece mais de DEUS enquanto realiza o seu trabalho profissional diário, então pode dispensar os lembretes. Eles servem somente para formar o hábito, nada mais.
Prof. Sikberto Renaldo Marks via Sétimo Dia
O Criador escolheu para nossos primeiros pais o ambiente que mais convinha a sua saúde e felicidade. Não os colocou num palácio, nem os rodeou dos adornos e luxos artificiais que tantos lutam hoje em dia por obter. Pô-los em íntimo contato com a natureza, em estrita comunhão com os santos entes celestiais.
No jardim que Deus preparou para servir de lar a Seus filhos, graciosos arbustos e flores delicadas saudavam por toda parte o olhar. Havia árvores de toda variedade, muitas delas carregadas de aromáticos e deliciosos frutos. Em seus ramos gorjeavam os pássaros seus cânticos de louvor. À sua sombra, livres de temor, brincavam juntas as criaturas da Terra.
Adão e Eva, em sua imaculada pureza, deleitavam-se nas cenas e nos sons do Éden. Deus lhes designara o trabalho no jardim – “… o lavrar e o guardar”. Gên. 2:15. O trabalho de cada dia lhes trazia saúde e contentamento, e o feliz par saudava com alegria as visitas de seu Criador, quando, na viração do dia, andava e falava com eles. Diariamente lhes ensinava Deus Suas lições.
O plano de vida que o Senhor designara a nossos primeiros pais encerra lições para nós. Embora haja o pecado lançado suas sombras sobre a Terra, Deus deseja que Seus filhos encontrem deleite nas obras de Suas mãos. Quanto mais estritamente for seguido Seu plano de vida, tanto mais maravilhosamente operará Ele para restaurar a sofredora humanidade. O doente necessita ser posto em íntimo contato com a natureza. Uma vida ao ar livre, num ambiente natural, operaria maravilhas em favor de muitos inválidos, quase sem nenhuma esperança.
1. Ar Puro
O rumor, a confusão e agitação das cidades, sua vida constrangida e artificial, são muito fatigantes e exaustivos para o doente. O ar, carregado de fumaça e pó, de gases venenosos e de germes de doenças, constitui um perigo para a vida. Os doentes se encerram, na maioria dos casos, dentro de quatro paredes, e chegam a sentir-se por assim dizer, prisioneiros em seu quarto. Ao olharem para fora, a vista encontra casas, calçadas, multidões apressadas, sem ter talvez uma nesga do céu azul ou da luz do sol, de relvas verdes, flores ou árvores.
Assim contaminados, cismam em seus sofrimentos e dores, tornando-se presa dos próprios pensamentos tristes.
E para os que são fracos em poder moral, as cidades enxameiam de perigos. Nelas, os doentes que têm apetites não naturais a vencer se encontram continuamente expostos à tentação. Eles necessitam ser colocados em novos ambientes, onde haja novo rumo à corrente de seus pensamentos; precisam ser postos sob influências inteiramente diversas das que lhes infelicitaram a vida, e por algum tempo afastados de tudo que desvia de Deus, para uma atmosfera mais pura.
2. Contato com a natureza
As instituições para o cuidado dos doentes seriam incomparavelmente mais bem-sucedidas se fossem situadas fora das cidades. O quanto possível, todos os que estão procurando recuperar a saúde se devem colocar num ambiente campestre, onde possam fruir os benefícios da vida ao ar livre.
A natureza é o médico de Deus. O ar puro, a alegre luz solar, as belas flores e árvores, os belos pomares e vinhas e o exercício ao ar livre nessa atmosfera são transmissores de saúde – o elixir da vida.
Os médicos e enfermeiras devem estimular os pacientes a estar demoradamente ao ar livre. A vida assim é o único remédio de que muitos inválidos necessitam. Possui maravilhoso poder para curar doenças causadas pelas irritações e excessos da vida moderna, vida que enfraquece e destrói as energias do corpo, da mente e da alma.
Quão aprazíveis, para os enfermos cansados da vida da cidade, do ofuscante clarão das muitas luzes e do ruído das ruas, são o sossego e a liberdade do campo! Com que sofreguidão se volvem eles para as cenas da natureza! Com que prazer se sentariam fora para fruir a luz solar e respirar o perfume das árvores e das flores! Há vivificantes propriedades no bálsamo do pinheiro, na fragrância do cedro e do abeto, e outras árvores têm também propriedades curadoras.
3. Atividade física
Devem ser feitos planos a fim de conservar os doentes ao ar livre. Procurai alguma ocupação agradável e fácil para os que podem trabalhar. Fazei-lhes compreender quão agradável e salutar é este trabalho ao ar livre. Entusiasmai-os a encher os pulmões com ar puro. Ensinai-os a respirar fundo e a exercitar os músculos abdominais quando respiram e falam. Eis um hábito que lhes será de valor incalculável.
O exercício ao ar livre devia ser prescrito como necessidade vital. E para tal exercício nada há melhor do que o cultivo do solo. Dai aos pacientes canteiros a cultivar, ou fazei-os trabalhar no pomar ou na horta. Levando-os assim a deixar seus quartos e a passar o tempo ao ar livre, a cultivar flores ou a fazer algum outro trabalho leve e agradável, sua atenção será afastada de si mesmos e de seus sofrimentos.
Quanto mais o paciente puder ser conservado ao ar livre, de menos cuidados necessitará. Quanto mais agradável for o ambiente, mais se encherá de ânimo. Encerrado numa casa, embora elegantemente mobilada, torna-se nervoso e sombrio. Rodeai-o das coisas da natureza, colocai-o onde possa ver desabrochar as flores e ouvir trinar os pássaros, e então seu coração cantará em uníssono com as canções das aves. O corpo e a alma experimentarão alívio. A inteligência despertará, a imaginação será estimulada, e preparado o espírito para apreciar a beleza da vida.
Adaptado do livro Ciência do Bom Viver.
Por Portal Advento
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Nomes riscados do Livro e a retirada do Espírito Santo Certamente você já pensou ou ouviu um cristão que pensou: “E se Jesus riscar meu nome hoje? Estarei perdido dentro da igreja, mesmo fazendo Sua obra e sendo um cristão ativo?” De acordo com o que já estudamos até aqui, as Escrituras nos afirmam que:
a) Deus é fiel e justo (I Jo 1:9).
b) Deus não decide pelo pecador (Jr 29:11).
c) A onisciência divina não altera o futuro do pecador (Jo 6:64).
d) O destino de um pecador não é definido por uma queda ou por um acerto isolados, mas pela tendência de suas escolhas (Lc 6:43-45), por seu esforço e dedicação para o mal (Is 43:24) ou para o bem (I Co 9:25-27) e por seu tratamento ao próximo (Mt 7:12 e Lc 10:25-37). Tudo isso reflete a vitória ou a derrota dos esforços divinos para a transformação do caráter do pecador (Gl 5:16-25 e Ap 3:15-20); tais esforços da graça de Deus são os verdadeiros responsáveis pela salvação! Por isso que ela é somente pela graça (Ef 2:8) e nunca pelas obras do pecador, pois todo traço de caráter saudável é herança do Criador; nem mesmo o pecador penitente pode produzi-lo à parte de Jesus! Como então merecer a salvação? Quem a merece (mas, sem precisar dela obviamente) é Jesus, e não é por coincidência que Ele acumula as funções de Juiz e Salvador dos pecadores!
Os frutos do caráter humano e o veredito divino O tempo é um aliado de Deus! A vida de uma pessoa contém tempo suficiente para a produção dos frutos da salvação (não frutos para a salvação) ou dos frutos da perdição. Parece-me que até os anjos maus sabem disso. Caso Deus permita que esses cruéis tirem precocemente a vida de um ser humano, por certo que eles não poderão reivindicar com justiça essa alma uma vez que arrancaram a árvore (Lc 6:45) ainda nova, sem os frutos, de modo que Deus será declarado justo pelo universo inteiro ao salvá-la! Satanás não devora a todos, mas procura os que são devoráveis, ou seja, condenáveis por Deus (cf. I Pe 5:8) e, mesmo assim, sob a permissão e o querer divinos (Rm 9:14-18). É por isso que um cristão esforçado não deve ter medo do juízo pré-advento. Deus não erra e é misericordioso! Não faz sentido pensar que meu nome pode estar sendo riscado do Livro da Vida se minha comunhão com o Salvador é legítima e diária. Se, embora pecador (Sl 51:5), eu esteja sendo transformado pelos esforços da graça divina com o apoio de minhas escolhas pela obediência à Palavra, pelo amor ao próximo a começar pelos de casa (I Tm 5:8) e por continuar ligado a Videira (Jo 15:1-8)! Paulo não temia o julgamento divino mesmo havendo sido Saulo; antes, ele conhecia o caráter do “reto juiz”, bem como suas próprias obrigações, sua “carreira” (II Tm 4:6-8). João incentivou a humilde segurança dos que creem (operosamente) “em o nome do Filho de Deus” (I Jo 5:13). Ou seja, o “mordomo fiel e prudente” (Lc 12:42-44) não deve pensar que Jesus Cristo não será capaz de completar a “boa obra” (Fp 1:6) de transformação em seu caráter pecador.
Natureza carnal versus pecado acariciado, Fé viva versus ausência das obras O pecador que está no processo de salvação não deve se desanimar ao perceber a insistência de sua natureza pecaminosa, pois ela sobreviverá até o fim do julgamento e o retorno libertador do Senhor (I Co 15:50-58). É claro que o filho de Deus não confunde essa sobrevivência teimosa da carne com mornidão espiritual (Ap 3:16) ou secularização (Rm 13:12-14 e I Jo 2:15-17)! A permanência da natureza caída em alguém que é “nova criatura” (II Co 5:17) não impede a produção do fruto do Senhor Espírito no caráter (Gl 5:16, 22-25). Não quero dizer com isto que as boas obras de uma pessoa são sua garantia de salvação; a Bíblia afirma que Lúcifer foi perfeito (suas obras eram perfeitas) até escolher ser imperfeito (Ez 28:15). O acerto de hoje não é tudo, portanto. Só o amor de Deus é garantia de salvação, mais especificamente a presença do Espírito Santo na alma (Ef 1:13 e 14). Contudo, crer nisto, somente, não vale de nada! A fé não existe sem as boas obras. O bom caráter não existe sem o reto estilo de vida. “Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente. Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tg 2:14, 24 e 26). “Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; cumprindo-os, o homem viverá por eles. Eu sou JAVÉ” (Lv 18:5). Fé na Bíblia é sinônimo de obediência a Deus; não tem nada que ver com o assentimento intelectual improdutivo, como se percebe nas práticas religiosas hodiernas, seja aqui no ocidente ou lá no outro lado do mundo! Esse costume se manifesta, por exemplo, em ir à igreja (inclusive às quartas-feiras) e só. Em datar para o futuro mudanças que já deveriam ter ocorrido, pois Deus não é fraco! Em colocar na mente que aqueles que advertem e apelam para reformas no estilo de vida estão querendo obrigar os outros a pensar e agir como eles mesmos. Em falar mais sobre o amor (pseudo-amor) ao próximo ignorando-se outros mandamentos de Deus! Enfim, o tempo não é um aliado dos religiosos acomodados com anos e anos de igreja, mas que produziram pouca ou nenhuma mudança duradoura e visível! Lembremo-nos do fracasso do povo judeu: “Portanto eu lhes digo que o Reino de Deus será tirado de vocês e será dado a um povo que dê os frutos do Reino” (Mt 21:43, NVI). Os salvos são inimigos da serpente e nunca simpatizantes dela e das suas obras (Gn 3:15 e I Jo 2:15-17) e o comportamento deles evidencia isto! Portanto, ter medo do julgamento deve ser um alerta para uma mudança imediata e radical no descompromisso ou hipocrisia para com Deus e uma enorme oportunidade para a investigação das Escrituras (Ap 18:4 e II Tm 2:15). O Espírito não abandonará nenhuma alma que luta contra o pecado (Sl 51:11 e 17). Se o meu nome foi (ou for) riscado do Livro da Vida em algum momento entre 22 de outubro de 1844 até a volta de Jesus, biblicamente este não será o motivo para a retirada do Senhor Espírito de minha alma. Porém, a recíproca é verdadeira – o Espírito irá retirar-se de alguém por causa de sua teimosia. Logo, esse alguém será riscado do Livro pra sempre (confira a história do riscado rei Saul em I Sm 16:14-23 e 31:1-6 e compare-a com a do salvo Sansão descrita anteriormente!). Nunca ocorre a situação em que Jesus pede para o divino Espírito sair de alguém por Ele riscar o nome desse indivíduo.
por (Hendrickson Rogers)
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Ricos em cálcio, vitamina D e ômega-3, eles combatem a osteoporose
A perda de massa óssea é um problema sério, que atinge cada vez mais pessoas no Brasil. A Sociedade Brasileira de Osteoporose estima, considerando o último censo do IBGE, que existam 5,5 milhões de brasileiros com osteoporose, sendo a maioria mulheres acima de 50 anos e na menopausa. A doença é responsável por deixar os ossos menos densos e assim mais frágeis e suscetíveis a fraturas.
O problema progride lentamente e raramente apresenta sintomas antes que aconteça algo de maior gravidade, como uma fratura, que costuma ser estar relacionada a uma queda. Segundo dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, ocorrem cerca de um milhão de fraturas no Brasil todos os anos, e cerca de 250 mil delas tem a osteoporose como causa.
Por isso, é importante focar na prevenção. "É aconselhado que desde a gestação, a alimentação seja vista como meio de prevenção contra a osteoporose. Se uma pessoa teve uma alimentação rica em cálcio, vitamina D e ômega-3 durante a infância e adolescência, ela terá menos chances de ter osteoporose quando adulta", diz a nutricionista Camila Leonel, da Unifesp. Conheça nove superalimentos que ajudam você a combater a doença, e um inimigo do cardápio contra a osteoporose.
Leite: Para aqueles que não são intolerantes à lactose, é o principal alimento para fortalecer os ossos. Ele carrega a maior quantidade de cálcio, a substância mais importante para a formação dos ossos. É aconselhado pelo Ministério da Saúde que adultos com menos de 50 anos de ambos os sexos consumam 1000 mg de cálcio por dia, enquanto para aqueles que têm mais de 50 precisam de doses de 1200 mg. Um único copo de 250 ml de leite tem 300 miligramas de cálcio. "Por conter cálcio de origem animal, que é absorvido pelo organismo com mais facilidade, o leite é o alimento que tem ação mais efetiva contra a osteoporose", diz a nutricionista Camila Leonel.
Derivados do leite: Se você não é um bebedor de leite, um copo de iogurte pode ser uma boa saída para incluir cálcio na sua dieta. Um copo de iogurte de 250 ml possui quase a mesma quantidade de cálcio que um copo de leite. "Existem muitos iogurtes que são enriquecidos com vitamina D, o que os torna um bom aliado contra a perda de cálcio nos ossos", explica a nutricionista. O queijo age da mesma forma que o iogurte, e pode ser consumido até em versões livres de lactose, já que o cálcio continua presente no alimento mesmo assim.
Sardinha: Este peixe contém altas doses de cálcio e vitamina D, o que ajuda a deixar os nossos ossos mais fortes. Um prato com três sardinhas é tão ou mais benéfico para os ossos do que um copo de leite ou de iogurte.
Vegetais: Além de já serem reconhecidos como fontes de vitaminas, os vegetais, principalmente aqueles de cor verde, como brócolis, couve, couve-flor, espinafre e agrião, são excelentes para fortificar os ossos. Pesquisadores da Universidade de Berna, na Suíça, descobriram que a ingestão de grandes quantidades desses vegetais ajuda a aumentar a densidade óssea em até 3%, tudo isso porque esses alimentos são ricos em cálcio e vitamina D.
Soja: Os grãos de soja e seus derivados têm efeito benéfico na fortificação dos ossos. "A oleaginosa é rica numa substância chamada de isoflavona, que por ter a estrutura muito parecida com o hormônio feminino estrógeno, ajuda os ossos a absorver minerais. Por isso, ela é altamente recomendada para as mulheres que entraram na menopausa", explica a nutricionista da Unifesp
Nozes e castanhas: Elas podem fortalecer os ossos de inúmeras maneiras. O principal motivo é a quantidade de ômega-3 de origem vegetal que esses alimentos possuem. Segundo uma pesquisa feita pela Universidade da Pensilvânia, o ômega-3, encontrado nas nozes e em uma grande variedade de castanhas (amêndoas, pistache, amendoim) pode ter efeitos protetores sobre a saúde dos ossos. Segundo os autores do estudo, eles também contêm altas quantidades de cálcio em sua composição.
Linhaça: O consumo de sódio em excesso pode ser um gatilho para a perda de cálcio nos ossos. "O consumo regular de linhaça auxilia os rins a excretar água e sódio, e assim pode proteger os ossos da perda de cálcio", explica a nutricionista Roberta Stella. Além disso, a linhaça é ótima fonte de ômega-3, gordura boa, que aumenta a densidade dos ossos.
Tomate: rico em minerais como magnésio, ferro, fósforo, manganês e potássio, participantes importantes na formação dos ossos, ele cai bem em qualquer tipo de molho, salada e é fácil de colocar na dieta. Além disso, possui vitaminas A, C e licopeno- substância que dá a coloração vermelha ao tomate e que previne contra vários tipos de câncer.
Sal: O sal é um dos alimentos que mais prejudica os ossos, por ser a principal fonte de sódio. Este mineral dificulta a absorção de cálcio dos nossos ossos, fazendo com que fiquem mais suscetíveis a quebras e fraturas. Por isso, principalmente mulheres na menopausa, devem evitar o sal, procurando seguir as recomendações do Ministério da Saúde. Segundo Camila, a quantidade indicada pela instituição é de seis gramas de sódio por dia, mas a média de consumo entre os brasileiros é de 18 gramas por dia, o que explica o grande número de pessoas que sofre com a osteoporose.
Fonte: Minha Vida
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Pelo texto de Jó 26:5, parece claro que temos uma alma que sai do corpo após a morte. É isso mesmo que o texto diz ou haveria alguma outra maneira de entendê-lo?
No original hebraico (já transliterado), o texto de Jó 26:5 está como segue:
HAREPHAÍM YECHÔLALU MITTACHATH MAYIM VESHOKNEHEM.
Sua tradução literal é: “Os refaim estremecem debaixo das águas com seus habitantes.”
Como se percebe, o problema está com o vocábulo harepha’ím, palavra composta com o artigo HA (os) + o substantivo, no plural, REPHAIM (gigantes?).
Numa consulta aos dicionários hebraicos sobre a palavra rephaim, vemos que esta vem do ugarítico rp’i, podendo significar: (1) “mortos” (significado este contestado por estudiosos que o traduzem como “divindades”, “comunidade”, etc), e (2) “gigantes”, isto é, a palavra rephaim era aplicada aos povos pré-semíticos mais primitivos da Palestina, tidos como gigantes por causa da menção à estatura deles em Deuteronômio 2:10,11,20,21, onde é dito que eles ”eram altos como os enaquins”. O interessante é que a Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento) também traduz o termo rephaim como “gigantes” (no grego, gigántom), em Josué 12:4; 13:12 e 1 Crônicas 20:4, 6 (cf. Harris, R. L, et. al. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, p. 1448-1449).
É verdade que, às vezes, o termo rephaim está associado em paralelismo com “morte” (sheol, no hebraico), como se pode ver em Provérbios 9:18 e Isaías 14:9. Porém, o contexto de Jó 25:6 não favorece a idéia de que rephaim signifique ”mortos”; tampouco, “alma dos mortos”. O verso anterior (26:4) fala em “espírito”, mas a palavra hebraica é nishmat, cuja tradução é “fôlego de vida” (sinônima de ruach), como em Gênesis 2:7, ou “ser vivo”, como no Salmo 150:6 (cf. Schôkel, L. A. Dicionário Bíblico Hebraico-Português, p. 455).
Descartado o significado de “mortos”, ou pior ainda, ”alma dos mortos”, para o vocábulo rephaim, em Jó 26:5, devemos entender essa palavra como significando “gigantes”, tal como fez a Septuaginta em várias passagens (como mencionadas acima). Esses gigantes, chamados rephaim, antigos habitantes da Palestina (cf. Gn 14:5; Dt 2:11; 3:11; Js 12:4; 13:12; l Cr 20:4), foram extintos por outros povos, incluindo os israelitas.
Porém, mesmo traduzindo-se rephaim por “gigantes”, em Jó 26:5, não podemos pensar que aqueles extintos gigantes estejam tremendo “debaixo das águas com seus habitantes”. Os gigantes que tremem debaixo das águas são os grandes seres que povoam as águas fluviais ou marítimas - ou seja, os grandes peixes dos rios e as baleias, tubarões e outros grandes seres do mar. Dessa maneira, vemos como o termo rephaim, gigantes, passou a representar qualquer ser gigantesco, como as baleias, por exemplo. Assim, em Jó 26:5, o vocábulo rephaim parece se referir aos grandes seres dos rios e do mar, pela razão de “águas” serem mencionadas três vezes no contexto: “… debaixo das águas com seus habitantes” (v. 5), “… prende as águas” (v. 8), e “superfície das águas” (v.10). Além disso, há uma menção explícita ao mar, em 26:12: “Com a Sua força fende o mar, e com o Seu entendimento abate o adversário [rahab, monstro mítico das profundezas do mar]“.
Por aquilo que vimos da análise textual e contextual de Jó 26:5, uma boa tradução para esse verso bíblico poderia ser: “Os gigantes estremecem debaixo das águas com seus habitantes” (entendendo-se “gigantes” como alusão aos grandes seres que povoam as águas). Assim o fez a Bíblia Sagrada, Edições Paulinas (de 1960), que traduziu Jó 26:5 como: “Eis que os gigantes gemem debaixo das águas, e os que habitam com eles.”
No capítulo 26, Jó afirma a soberania de Deus sobre coisas grandes ou poderosas, como os gigantescos seres das águas (v. 5), o além e o abismo (v. 6), o espaço sideral (v. 7), a atmosfera (vs. 8-11), e sobre o mar e os seres que nele habitam (v. 12). Sendo que Deus é soberano sobre as coisas grandes (e também sobre as pequenas), haveria algo difícil para Ele fazer em nosso benefício? Está enfrentando algo difícil em sua vida? Lembre-se de que há um ser grandioso, majestoso, que cuida das gigantescas constelações (Jó 38:31,32), mas também de um pequeno pardal quando este morre, e Se importa com um fio de cabelo que cai de nossa cabeça (Mt 10:29, 30). Já entregou a vida ao Soberano do Universo e aceitou Sua guia? Se já o fez, então está em excelentes e poderosas mãos!
Por Ozeas C. Moura, doutor em Teologia Bíblica e professor de Teologia no Salt - Unasp, Campus Engenheiro Coelho, SP. Publicado na RA de Set/2010. Via Sétimo Dia
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Hoje é dia de finados. Não é um dia “legal”. Aliás, quando menino, morei em frente a um cemitério. Tinha pesadelos à noite depois dos sepultamentos. Aquelas velas acesas, que tremulavam até altas horas da noite, eram assustadoras para mim.
A Bíblia, porém, garante a morte da morte. E isso é maravilhoso. Tudo não acaba na sepultura, onde estão hoje dormindo todos os mortos – bons e maus. Deus promete a ressurreição de todos eles. Para os justos, quando Ele voltar segunda vez. A chamada primeira ressurreição. Para os maus, injustos ou ímpios, só mil anos depois, na “segunda ressurreição”, conforme conta o Apocalipse, capítulo 20.
Veja só que texto pleno de conforto para você que chora a saudade de um querido: “Porque o mesmo Senhor descerá dos céus com alarido e com voz de arcanjo, e com trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” (I Tessalonicenses 4:16). Veja mais: “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a ultima trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (I Coríntios 15:52). “E deu o mar os mortos que nele havia, e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia…” (Apocalipse 20:13).
Que coisa impressionante! No dia da volta de Cristo, todos os mortos justos de todos os tempos, serão chamados por um poder muito maior que a própria morte, e sairão do mar e da terra, para fazer parte da grande família Deus.
Hoje choramos e lamentamos quando perdemos alguém que amamos, mas a morte não é o fim para um cristão. Um dia ela terá fim. O que já venceu a morte virá para resgatar dela todos os que são seus e libertá-los para sempre.
O que é preciso fazer? A resposta está novamente na Palavra de Deus: “Quem tem o filho tem a vida; quem não tem o Filho não tem a vida” (I João 5:12).
Jesus é a garantia da ressurreição. Se Ele não tivesse ressuscitado, seria vã a nossa fé. O cristianismo seria uma enganação.É preciso, porém, como diz o texto acima, ter o Filho de Deus em nossa vida. Você já O aceitou como Salvador pessoal? Se ainda não, faça-o agora. Confesse os pecados e comece nova vida com Ele.
Esse é o caminho para o novo tempo quando Ele “enxugará dos olhos toda a lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Apocalipse 21:4).
Eu creio. Do fundo do meu coração. E você?
por Amilton Menezes
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