quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Seu Nome Já Passou Pelo Juízo Investigativo?




Existe uma citação de Ellen White que tem causado desnecessária angústia em muitos adventistas. Ela diz o seguinte:
"O juízo ora se realiza no Santuário celestial. Há muitos anos esta obra está em andamento. Breve, ninguém sabe quão breve, passará ela aos casos dos vivos. Na augusta presença de Deus nossa vida deve passar por exame." (O Grande Conflito, 490).
A interpretação mais popular dessa passagem, usada principalmente pelos "Adventistas de uma citação" em sermões é a seguinte: "Irmãos, segundo o Espírito de Profecia, sua vida pode estar passando pelo juízo HOJE mesmo!! Você pode estar sendo pesado e achado em falta neste momento!"
Com certeza você já ouviu muito isso em sermões por aí. Mas será que Ellen White está querendo dizer que a qualquer momento o juízo passará para o caso dos vivos? Como entender essa passagem?
Vamos começar por um breve estudo do juízo pré-Advento[1] na Bíblia.
O que diz a Bíblia sobre o juízo pré-Advento?
A Bíblia não trata diretamente sobre a questão do juízo pré-Advento dos vivos. Mas podemos inferir de várias passagens quando e como ele ocorrerá. Ela afirma que todos, vivos e mortos, crentes e descrentes, passarão por um juízo: "Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e se começa por nós, qual será o fim daqueles que desobedecem ao evangelho de Deus?" (1 Ped. 4:17; cf. Dan. 7:9-14, 22; Atos 17:31; Apo. 21:27; 20:11).
A idéia de um juízo pré-Advento, portanto, não é uma doutrina "adventista", ela é bíblica. Apocalipse 22:10-12 revela que imediatamente antes do fim, Jesus declarará este juízo concluído e que a graça acabou: "Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo. Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda. Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um segundo a sua obra."
Apocalipse 15 também revela que o juízo pré-Advento de vivos e mortos, o fim da graça e da intercessão de Cristo no Santuário celestial ocorrerão pouco antes das sete pragas serem derramadas: "Um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira do Deus que vive pelos séculos dos séculos. E o Santuário se encheu de fumaça pela glória de Deus e pelo seu poder; e ninguém podia entrar no Santuário, enquanto não se consumassem as sete pragas dos sete anjos." (Apo. 15:7-8).
A presença da fumaça no Santuário celestial é uma alusão ao que aconteceu várias vezes no Santuário terrestre. Cito aqui a dedicação do templo de Salomão: "então se encheu duma nuvem a casa, a saber, a casa do Senhor, de modo que os sacerdotes não podiam ter-se em pé, para ministrar, por causa da nuvem; porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus." (2 Crôn. 5:13-14; cf. Êxo. 40:34-35). A presença de Deus ali indicava a ausência de pecados neste, haja vista que o templo ainda não fora usado para sacrifícios.
Assim será também no Santuário celestial, pois o juízo pré-Advento implica na remoção de pecados e purificação. Quando o Santuário celestial se enche de fumaça antes das sete pragas, isso indica a total purificação deste e o fim do ministério intercessório de Jesus bem como a conclusão do juízo pré-Advento.
Ellen White expande essa visão do Santuário celestial de Apo. 15 ao dizer que
"Os que estiverem vivendo sobre a Terra quando a intercessão de Cristo cessar no Santuário celestial, deverão, sem mediador, estar em pé na presença do Deus santo. ... Deixando Ele o Santuário, as trevas cobrem os habitantes da Terra..."[2] (GC 425, 614).
"Quando a obra de investigação se encerrar, examinados e decididos os casos dos que em todos os séculos professaram ser seguidores de Cristo, então, e somente então, se encerrará o tempo da graça, fechando-se a porta da misericórdia." (GC 428).
Note que a obra final de juízo passará ao caso dos vivos quando já não puder haver mudança em seu destino e isso não pode ocorrer antes do fim do tempo da graça e nem depois do início das sete pragas, pois Jesus terá terminado sua obra de juízo no Santuário celestial.


Veja como as citações abaixo colocam o juízo dos vivos exatamente no momento do fechamento da porta da graça:


"Estamos nos aproximando do fechamento da porta da graça, quando cada caso deve passar em revista perante Deus. (Nos Lugares Celestiais, 196) 
"Então vi que Jesus não deixaria o lugar Santíssimo até que cada caso fosse decidido ou para salvação ou para destruição: e que a ira de Deus não viria até que Jesus tivesse terminado sua obra no lugar Santíssimo - removesse suas vestes sacerdotais e se vestisse com as vestes da vingança. ... mas quando nosso Sumo Sacerdote houver terminado Sua obra no Santuário, ele Se levantará, colocará as vestes da vingança e então as sete pragas serão derramadas." (Review and Herald, 01/08/1849).
Note que a porta da graça está aberta até aquele momento quando Jesus sai do Santuário, momento este em que o juízo dos vivos deve ser executado. Isso porque a idéia de um momento em que a porta da oportunidade se fecha para todos os vivos de maneira universal pressupõe que o juízo dos vivos não possa ocorrer nem antes nem depois desse tempo.
A oportunidade de salvação estará aberta aos vivos até esse momento, quando todos os destinos não puderem mais ser alterados, para bem ou para mal. Os santos estarão eternamente seguros "pelo sangue da aspersão" (GC 425). Quando Jesus deixa o Santuário, a porta da graça se fecha, o juízo pré-Advento para os vivos termina e é então que:
"A imaculada veste da justiça de Cristo é colocada sobre os provados, tentados mas fiéis filhos de Deus. O remanescente está vestido em gloriosas vestes, para nunca mais serem contaminados pela corrupção do mundo. Seus nomes estão no livro da vida do cordeiro, escritos entre os fiéis de todas as eras. (Testimonies, vol. 5, p. 475).
A citação acima coloca sob perspectiva a citação frequentemente distorcida para apoiar o perfeccionismo: "Naquele tempo terrível os justos devem viver à vista de um Deus santo, sem intercessor." (GC 614). Eles não mais necessitarão do intercessor, pois estão vestidos para sempre da justiça de Cristo! Em outra parte ela diz que
"Não possuímos justiça em nós mesmos com a qual pudéssemos satisfazer às exigências da lei de Deus. Mas Cristo nos proveu um meio de escape. ... Se vos entregardes a Ele e O aceitardes como vosso Salvador, sereis então, por pecaminosa que tenha sido vossa vida, considerados justos por Sua causa. O caráter de Cristo substituirá o vosso caráter, e sereis aceitos diante de Deus exatamente como se não houvésseis pecado." (CC 62)
Quanto aos ímpios vivos, o Apocalipse revela que, em vez das vestes de Cristo, eles recebem a "marca da besta" (Apo. 13:16-18; 14:9-10).
Estariam os Vivos Predestinados Para Salvação ou Perdição?
Um dos sérios problemas com a idéia de que o juízo esteja passando pelo nome dos vivos enquanto ainda houver chance de alteração no destino é que ela acaba caindo no erro da predestinação. Em outras palavras, mesmo que eu ainda tenha muito tempo de vida e graça até Jesus voltar, se o meu nome passar em juízo hoje, eu não poderei fazer nada para reverter o meu caso! Explicam os defensores dessa idéia que Deus olha para a minha futura e decide, baseado em Sua onisciência, qual será o destino de cada um.
O problema é que Deus estaria selando crentes vivos hoje que obviamente continuarão a cometer pecados, enquanto os "ex-crentes" perdidos estariam eternamente "barrados" do céu, embora pudessem ainda vir a responder aos apelos da graça![3] Essa interpretação torna irrelevante o juízo investigativo dos registros do céu e contradiz o ensino Bíblico e do Espírito de Profecia, pois Deus poderia simplesmente "pré-julgar" a todos os seres humanos antes de sua decisão sem a necessidade de investigar "registros".
O renomado teólogo Adventista Frank Holbrook critica essa interpretação dizendo que "a Bíblia sempre apresenta os juízos de Deus subseqüentes à escolha humana"[4] e não antes da escolha individual ou do fim de um período de graça.
Holbrook continua dizendo que "muito provavelmente, o juízo dos vivos ocorrerá simultaneamente quando a última geração é confrontada com uma questão que determinará seu destino... como vemos em Apocalipse 12-16."[5]


O que Ellen White quis dizer então com "Breve... passará [o juízo] aos casos dos vivos"?
Primeiramente devemos respeitar o contexto da citação. Muita heresia se cria quando se tiram as passagens de Ellen White do seu contexto! Uma "meia citação" é como uma "meia verdade", acaba virando uma mentira.
A citação em questão "O juízo ora se realiza no Santuário celestial. Há muitos anos esta obra está em andamento. Breve, ninguém sabe quão breve, passará ela aos casos dos vivos. Na augusta presença de Deus nossa vida deve passar por exame", se encontra num capítulo intitulado "O Grande Juízo Investigativo" no livro o Grande Conflito (pp. 479-491) em que Ellen White aborda muitos dos conceitos que formam a base da doutrina adventista do juízo pré-Advento que transcorre hoje no Santuário celestial.[6] Uma leitura completa e detalhada do capítulo desmonta a interpretação de que o juízo dos vivos possa ocorrer a qualquer momento fora do contexto de total comoção mundial, a chuva serôdia e das sete pragas. A título de síntese, posto aqui as seguintes passagens do mesmo capítulo que contextualizam a passagem acima no que tange ao juízo dos vivos:


"Ao abrirem-se os livros de registro no juízo, é passada em revista perante Deus a vida de todos os que creram em Jesus. Começando pelos que primeiro viveram na Terra, nosso Advogado apresenta os casos de cada geração sucessiva, finalizando com os vivos." (GC 483).
"A obra do juízo investigativo e extinção dos pecados deve efetuar-se antes do segundo advento do Senhor. ...  Quando se encerrar o juízo de investigação, Cristo virá, e Seu galardão estará com Ele para dar a cada um segundo for a sua obra." (GC 485).
"De igual modo, todos quantos desejem seja seu nome conservado no livro da vida, devem, agora, nos poucos dias de graça que restam, afligir a alma diante de Deus, em tristeza pelo pecado e em arrependimento verdadeiro." (GC 490)
"Quando se encerrar a obra do juízo de investigação, o destino de todos terá sido decidido, ou para a vida, ou para a morte. O tempo da graça finaliza pouco antes do aparecimento do Senhor nas nuvens do céu. Cristo, no Apocalipse, prevendo aquele tempo, declara: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo suje-se ainda..." Apoc. 22:11. (GC 490-491).
Ellen White também revela que o processo de purificação dos santos vivos inicia-se pouco antes do fechamento da porta da graça com o derramamento do Espírio Santo:
"O "início do tempo de angústia" ali mencionado [PE p. 33], não se refere ao tempo em que as pragas começarão a ser derramadas, mas a um breve período, pouco antes, enquanto Cristo está no Santuário. Nesse tempo, enquanto a obra de salvação está se encerrando, tribulações virão sobre a Terra, e as nações ficarão iradas, embora contidas para não impedir a obra do terceiro anjo. Nesse tempo a "chuva serôdia", ou o refrigério pela presença do Senhor, virá, para dar poder à grande voz do terceiro anjo e preparar os santos para estarem de pé no período em que as sete últimas pragas serão derramadas." (PE 85-86).
"Os justos vivos receberão o selo de Deus antes do fim da graça." (Maranata, 209).
"Imediatamente antes de havermos entrado nele [no tempo de angústia], todos recebemos o selo do Deus vivo. Então vi que os quatro anjos deixaram de reter os quatro ventos."(SDABC 7, 968)
"O tempo do selamento é muito curto, e logo passará." (PE 58)
Veja que o juízo dos vivos ocorre "pouco antes" da Segunda Vinda de Cristo. A chuva serôdia durante a angústia entre as nações (Luc. 21:25-27) preparará os salvos vivos para o juízo que ocorre pouco antes do derramamento das sete pragas (Apo. 15-16) que antecedem imediatamente a Vinda de Cristo.
O derramamento do Espírito Santo culmina com o selamento e o juízo pré-Advento dos santos vivos proferido antes das sete pragas: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda" (Apo. 22:112). Isso confirma as evidências bíblicas de que o juízo dos vivos ocorre de maneira universal e não individual e coincide com o próprio fechamento da porta da graça. Neste momento, o nome dos salvos vivos é escrito no livro da vida e os perdidos estão para sempre perdidos.[7]
Podemos então analisar o momento do fechamento da porta da graça descrito em Apo. 22:11 em relação ao juízo pré-Advento da seguinte maneira:
"Quem é injusto; quem está sujo" = vida investigada = juízo pré-Advento
 "faça injustiça ainda; suje-se ainda" = sentença
 "e quem é justo; e quem é santo" = vida investigada = juízo pré-Advento
" faça justiça ainda; seja santificado ainda" = sentença
Note também que a investigação e a sentença aqui são simultâneos, pois a sentença não pode ser dada sem que haja investigação e esta não pode ocorrer enquanto ainda houver graça. Sabemos que no período imediatamente precedente ao fechamento da porta da graça, a mensagem do terceiro anjo continuará a ser pregada oferecendo ao mundo uma última oportunidade para temer a Deus e dar-lhe glória (Apo. 14:6-7; veja PE 85-86). Oferecer essa oportunidade para quem já teve seu destino selado anteriormente seria inútil.
Também segundo a Bíblia, o fim da graça para os vivos ocorre em um ponto específico do tempo, de maneira universal e irrevogável, antes das sete pragas (Apo. 15:7-8) que precedem imediatamente a vinda de Cristo.Note também que um "fechamento da porta da graça" em um ponto específico da história seria completamente irrelevante se a graça terminasse de maneira individual para os vivos em tempos diferentes![8]
Outra citação de Ellen White parece apoiar a idéia de que o juízo dos vivos pode começar hoje diz que:
"Enquanto o juízo investigativo prosseguir no Céu, enquanto os pecados dos crentes arrependidos estão sendo removidos do Santuário, deve haver uma obra especial de purificação, ou de afastamento de pecado, entre o povo de Deus na Terra."(GC 425). [9]
Note, porém, que os "crentes arrependidos" cujo pecado é removido não são os crentes vivos, e sim os crentes mortos:
"Durante dezoito séculos este ministério continuou no primeiro compartimento do Santuário. O sangue de Cristo, oferecido em favor dos crentes arrependidos, assegurava-lhes perdão e aceitação perante o Pai." (GC 421).
O juízo pré-Advento hoje trata da remoção dos pecados desses "crentes arrependidos" mortos do Santuário celestial. Enquanto essa obra continua em favor dos crentes mortos é que "Deve haver uma obra especial de purificação, ou de afastamento de pecado, entre o povo de Deus na Terra" (GC 421), pois a porta da graça continua aberta e o juízo dos vivos ainda não ocorreu.
Sabemos também que o juízo dos justos vivos só ocorrerá quando terminar o dos justos mortos: "Os casos dos justos mortos têm estado a passar em revista diante de Deus. Quando esta obra se completar, o juízo deve ser pronunciado sobre os vivos." (ME 1, 125).
Agora pense comigo: segundo estatísticas, morrem aproximadamente 2 pessoas por segundo no planeta; por hora são 7.200 e por dia 172.800. Obviamente muitos desses que morrem são justos que entram na "fila", por assim dizer, do juízo pré-Advento dos mortos. Ou seja, enquanto salvos estiverem morrendo, Jesus não iniciará o juízo dos vivos. Evidentemente, isso não continuará para sempre; por isso, a porta da graça se fecha em um momento específico de maneira universal. Essa é mais uma evidência de que o juízo dos vivos ocorrerá simultaneamente com o fechamento da porta da graça e não de maneira particular.
Com base em tudo isso, relendo a frase "Breve, ninguém sabe quão breve, passará ela aos casos dos vivos", podemos dissecá-la da seguinte forma:
1. Ellen White cria que ela mesma vivia nos dias finais da história pois "breve" o juízo passaria para os vivos culminando com o fechamento da porta da graça e na vinda de Cristo ainda em seus dias (cf. Apo. 22:12);
2. "Ninguém sabe quando" alude à imagem do ladrão da noite que Jesus usou em Mat. 24:39 e que vimos acima; "Assim, quando a decisão irrevogável do Santuário houver sido pronunciada, e para sempre tiver sido fixado o destino do mundo, os habitantes da Terra não o saberão." (GC 615).
3. O juízo passará aos "casos dos vivos" "pouco antes do aparecimento do Senhor nas nuvens do céu", pois é nesse momento em que termina a graça e todos os casos estarão decididos. Esse "pouco antes" está inserido no contexto da chuva serôdia e das sete pragas. Deus não decidirá os casos dos vivos enquanto houver tempo de graça para arrependimento e salvação, pois Ele não predestina de nenhuma forma indivíduos que poderão ainda usar seu livre arbítrio para definir seu destino. O último convite divino ao arrependimento será pouco antes do fechamento da porta da graça. (Apo. 14:6)[10]
Creio que essa leitura é mais consistente como toda a gama de declarações sobre o juízo pré-Advento feitas por Ellen White e também é consistente com a intercessão de Jesus descrita na Bíblia:
"Porque Cristo não entrou num Santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus." "Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." (Heb. 9:24; 7:25).
"Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos ante a sua glória imaculados e jubilosos, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, e agora, e para todo o sempre. Amém." (Judas 24,25)
Por isso, nenhum adventista precisa temer que seu nome tenha já passado ou esteja passando hoje pelo juízo pré-Advento e viver em insegurança, medo, apreensão ou depressão. O juízo pré-Advento transcorre hoje para os mortos e os "que morrem" (veja Rev. 14:13), enquanto nós vivos ainda temos a porta da graça aberta.
Conclusões
1. Ellen White não advoga a idéia de que o juízo dos vivos ocorre fora do contexto dos eventos finais que inclui: a chuva serôdia durante a angústia entre as nações, comoção generalizada no mundo (Luc. 21:25-27), o fim do tempo da graça, as sete pragas e o tempo de angústia.
2. O juízo pré-Advento dos vivos ocorre simultaneamente com o fechamento da porta da graça, pois Jesus continua Sua obra intercessória e de juízo até proferir o juízo/veredito sobre os vivos naquele momento. (Apo. 22:11; 15:7-8);
3. Nossa preocupação hoje, nestes dias de graça, é em continuar "a obra especial de purificação, ou de afastamento de pecado, entre o povo de Deus na Terra." (GC 421)
4. Acima de tudo, podemos viver com a certeza de que "Quem crê no Filho tem a vida eterna" (João 3:36) e que "nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Rom. 8:1), alegrando-nos "por estarem os vossos nomes escritos nos Céus." (Luc. 10:20).
Maranata!~
André Reis
Formado em Teologia pelo Unasp-C2, cursou Mestrado em Divindade na Andrews University; também é Mestre em Música e atualmente cursa Ph.D. em Teologia.
É Pastor Associado da Igreja Adventista Brasileira de Jacksonville, Florida.
Blogs: www.AdventismoRelevante.com


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[1] Também conhecido como "juízo investigativo".
[2] Para uma discussão completa sobre essa passagem, leia "Perfeitos em Cristo" aqui
http://www.adventismorelevante.com/2009/08/perfeitos-em-cristo.html
[3] Veja Raymond Cottrell, "The Judgment of the Living" (Review and Herald, 08/08/1963), p. 13.
[4] Frank Holbrook, The Atoning Priesthood of Jesus Christ (Berrien Springs, MI: 1996), 190-191.
[5] Ibid., 191.
[6] Clique aqui para ler o capítulo todo online http://www.ellenwhitebooks.com/?l=1&p=479.
[7] É importante ressaltar que a idéia de livros de registro é simbólica, haja vista que Deus não precisa desses para "lembrar" dos feitos e nem os está lendo um por um, pois Ele já conhece os Seus. Lembre-se também que Deus não tem limitação de tempo: o juízo de todos os vivos pode ocorrer em apenas um milésimo de segundo antes do fim da graça.
[8] O pecado contra o Espírito Santo (Mat. 12:31-32) não deve ser considerado como um ponto específico na vida do ser humano, como uma espécie de fechamento da porta da graça particular mas sim como um processo. Esse processo de rejeição do Espírito Santo culminará ou na morte do indivíduo, momento em que seu destino eterno estará selado ou no momento do fechamento da porta da graça imediatamente antes da vinda de Cristo.
[9] Veja também essa outra citação que parece apoiar a idéia do juízo dos vivos ocorrendo antes do juízo dos mortos: "O tempo da graça para as almas está se acabando. A cada dia, o destino dos homens está sendo selado, e mesmo aqui nesta congregação não sabemos quando muitos fecharão seus olhos na morte e serão vestidos com a mortalha da sepultura." (RH 22/03/1892.) Evidentemente, este selamento é o da morte, não o do juízo pré-Advento.
[10] Quando Paulo diz que estamos "predestinados" para a salvação (Rom. 8:29, 30), ele quer dizer que Deus tomou todas as providências para que os seres humanos fossem salvos e tendo em vista toda essa obra salvífica, seria quase inconcebível que seres humanos rejeitassem a salvação, embora muitos a rejeitem.

Os males são resultado do destino?

Há pessoas que não se constrangem em acusar a Deus pelos males que acontecem. É certo que Deus não apenas disciplina e corrige os Seus filhos errantes (Apocalipse 3:19), mas também castiga e destruirá, finalmente, a todos os ímpios impenitentes (Mal. 4:1; Judas 5-7; Apocalipse 20:11-15). Mas essa disciplina e esse castigo são sempre a reação divina, misericordiosa e justa, à manifestação destrutiva do pecado (Rom. 6:23). Assim, não podemos jamais responsabilizar a Deus pelos males que existem no mundo.
Ao longo das Escrituras encontramos inúmeros incidentes em que pessoas, fazendo uso de seu livre-arbítrio, afastaram-se do plano de Deus, e acabaram tendo de suportar as desastrosas conseqüências de suas próprias ações. Foi assim que o pecado entrou no mundo (Gênesis, capítulo 3), e apesar das advertências divinas (Gênesis 2:15-17). Foi também assim que muitos idólatras israelitas acabaram perdendo a vida, em decorrência de sua atrevida desobediência às leis divinas (Êxodo 32 e 20:1-6). E será pela obstinada recusa de aceitar o convite divino à salvação que muitos se perderão, apesar da vontade de Deus ser que “nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pedro 3:9). O princípio da escolha e de suas conseqüências é claramente enunciado nas palavras “aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7).
Existem males que nos sobrevêm, e que não podem ser qualificados como castigo divino nem como resultado de nossa imprudência pessoal. Eles ocorrem devido à própria presença do pecado (2a Tim. 3:1-7) e à atuação das forças demoníacas (Efésios 6:10-12). Os sofrimentos de Cristo (Mateus 26 e 27) e do apóstolo Paulo (2aCor. 11:23-27) confirmam essa realidade (João 15:20; 16:33). Mas, além da maravilhosa promessa de que Deus não permite que ninguém seja tentado além de suas forças (1a Cor. 10:13), temos também a confortadora certeza de que Ele é poderoso para transformar males em bem, de forma que “todas as coisas” cooperem eventualmente para o nosso próprio bem (Romanos 8:28).
Num mundo habitado por criaturas morais, dotadas de livre-arbítrio, Deus não predetermina ou predestina tudo o que acontece. Portanto, não podemos culpar o “destino” pelas conseqüências de nossos atos ou pelos males provocados pelos poderes das trevas, antagônicos (contrários) à vontade divina. Mas, como disse alguém, apesar de Deus nunca ter prometido “eliminar todas as tempestades de nossa vida, Ele nos deu a certeza de estar conosco em meio às tempestades”.

Jesus é onipresente?

Rússia e China vetam proposta de sanções contra a Síria





A recomendação que esteve em votação no Conselho de Segurança na [última] terça-feira  à noite foi uma iniciativa da União Europeia [França, Alemanha, Portugal, Inglaterra]. O texto foi bastante suavizado em relação à sua versão inicial, de forma a cativar os votos da Rússia e da China. Condenava o Presidente sírio, Bashar al-Assad, e pedia o fim do seu regime de 11 anos. Deixava em aberta a questão das sanções, mas sublinhava que estas seriam aplicadas caso Assad não mudasse de atitude.


A França considerou esta versão do texto “insuficiente”. Mas, diz a AFP, aceitou-o em nome do consenso e depois de recusar a inclusão de uma frase, a pedido da Rússia, atribuindo a ambas as partes, Governo e manifestantes, a culpa pela violência síria.


[...]


Do lado americano, surgiram também indicações de que a orientação do Conselho de Segurança poderá ser contornada com iniciativas nacionais. A embaixadora dos Estados Unidos da América, Susan Rice, disse que o seu país está "escandalizado" pelo que se passa na Síria e que chegou o momento de serem adoptadas "sanções duras" contra Damasco.


[...]


A Rússia e a China são os países que detém uma maior cota de concessões de exploração do petróleo sírio e, por isso e [também] para travar a possível crescente influência do Ocidente no Médio Oriente, vetaram a recomendação e vetarão sanções. (Público)


O embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, declarou após a votação que seu país se opôs à resolução porque ela se baseia "na filosofia do confronto", contém um "ultimato para sanções" e se posiciona contra uma solução pacífica para a crise. (Diário da Rússia)



O representante permanente da China na ONU, Li Baodong, explicou que o projeto não ajuda a aliviar a tensão na Síria porque inclui apenas pressão e sanções contra o país. Ele destacou que pressão e ameaça de sanções podem complicar a situação na região.


Li Baodong pediu que as partes envolvidas se contenham e apelou para a prevenção de ações violentas de qualquer forma. Ele disse esperar que o governo sírio cumpra seus compromissos quanto à reforma e comece o processo político para melhorar a situação no país.


Li ainda pediu que a comunidade internacional ofereça apoio construtivo para alcançar a meta e respeite completamente a soberania, a independência e a integridade territorial da Síria. Ele apontou que as ações a serem tomadas pelo Conselho de Segurança devem depender da possibilidade de eliminar as divergências e manter a estabilidade no Oriente Médio. Também devem observar o princípio de não interferência nos assuntos internos, elaborado pela Carta da ONU, concluiu. (Rádio Internacional da China)


NOTA: A polarização do cenário mundial está se intensificando, colocando os países da OTAN de um lado (influenciados pelo rei do norte de Daniel 11), e vários países do norte da África e do Oriente Médio de outro, com o apoio, agora conjunto, de China e Rússia. Este cenário evidencia que as cenas finais de Daniel 11 (leia-se 3ª guerra mundial) estão mais próximas de se cumprir. Os anjos de Deus ainda estão "retendo os quatro ventos da terra" apenas para que a pregação do evangelho eterno (Ap 14:6-12) seja terminada.


Falta muito pouco.


Quem viver verá... 

Deus aprova o uso de tatuagens?




“O que diz a Bíblia sobre o uso detatuagens?” 

Podemos ver na Palavra de Deus pelos menos dois textos objetivos que tratam a respeito (há outros versos que podem ser bem analisados):

“Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” Gênesis 1:27.

Aqui vemos que o ser humano, coroa da criação de Deus, foi feito “à imagem e semelhança do Criador”. Isso indica que não precisa de “enfeites” em seu corpo, pois já foi feito semelhante ao Ser mais perfeito e belo do universo. Fazer algum tipo de marca que mude essa imagem e que traga dor naquilo que é considerado o “santuário do Espírito Santo” (o corpo – ver 1 Coríntios 3:16-17, 6:19-20) é demonstrar um certo descontentamento com a imagem de Deus, desrespeitando-O. O desejo de tatuar o corpo pode ser um indicativo de que a auto-estima precisa ser mais bem trabalhada.

Veja outro versículo a seguir:

“Pelos mortos não ferireis a vossa carne; nem fareis marca nenhuma sobre vós. Eu sou o SENHOR.” Levítico 19:28.

Sobre esse texto, assim se posiciona o Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, no vol. 1:

“Provavelmente se refira a tatuagens (assim traduz a versão da Bíblia de Jerusalém – BJ), costume que em si não é imoral, porém certamente indigno do povo de Deus, pois tende a danificar a imagem do Criador”.

A tradução na “Nova Versão Internacional” apoia a opinião do referido comentário:

“Não façam cortes no corpo por causa dos mortos, nem tatuagens em si mesmos. Eu sou o Senhor”.

Do mesmo modo que o apóstolo Paulo, as únicas marcas que deveríamos trazer em nós deveriam ser aquelas em favor de Cristo: “Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus.” Gálatas 6:17.

Se você tem uma (ou mais) tatuagem, não se atormente: Jesus apaga o seu passado. Ao demonstrar arrependimento (Atos 3:19) e aceitação pelos ensinos da Bíblia (Apocalipse 1:3), Deus lhe perdoa (Salmo 32:5) e o (a) considera como se NUNCA tivesse feito tatuagem alguma! (1 João 1:9). O perdão de Deus é maravilhoso e Ele coloca a sua disposição todos os recursos para melhorar a sua auto-estima (Filipenses 2:13) a fim de que consiga se sentir bem (e feliz) sem “desenhos” pelo corpo.

E, não esqueça: você é o desenho mais lindo que Deus já fez!

Leandro Quadros

Alimentos que trazem benefícios a pele



Soja

Rica em isoflavonas, um fitohormônio (hormônio vegetal) semelhante ao estrógeno, a soja tem sido recomendada por dermatologistas como um alimento imprescindível para a beleza da pele. Estudos mostram que a pele possui receptores para as isoflavonas, e elas são decisivas para evitar seu ressecamento e melhorar a elasticidade.

Mulheres na menopausa ou que estão próximas dessa fase são as que mais se beneficiam, uma vez que a deficiência hormonal estrogênica que se inicia por volta dos 40-45 anos, colabora ainda mais para a diminuição da elasticidade da pele. Contudo, o alimento tem sido indicado também para as mais jovens, como forma de prevenção.

Colágeno hidrolisado

Extraído industrialmente dos ossos, peles e tendões de animais, o colágeno hidrolisado não tem contra-indicação e é capaz de estimular a produção do colágeno natural que perdemos com o passar do tempo. Estudos recentes estão mostrando que esse novo alimento é um eficiente aliado contra processos de flacidez tecidual e quando aliado a atividade física, torna-se uma excelente fonte protéica capaz de sintetizar massa magra, mantendo assim o aspecto jovial do corpo.

Frutas e vegetais

Alguns são ricos em vitaminas C, E, e carotenóides, apresentando ação antioxidante capaz de neutralizar muitos danos ocasionados à pele ao longo da vida. Frutas como amora, uvas roxas, morango, framboesa, laranja, mexerica, limão, cereja, mirtilo, tomate, e outros vegetais como as verduras verde-escuras, brócolis, repolho, cenoura, etc, são ricos em antioxidantes que combatem os radicais livres, melhorando as paredes dos vasos sangüíneos da pele, que fica mais irrigada e oxigenada. Essas substâncias também previnem o envelhecimento precoce das células, o excesso de oleosidade e a acne. A vitamina C, presente em todos esses alimentos, além da função antioxidante, é fundamental na produção de colágeno, a proteína que mantém a pele saudável e bonita.

Castanhas, nozes e amêndoas

Fontes de selênio e vitamina E, esses alimentos são indispensáveis no cardápio de quem quer ter uma pele bonita. Com propriedades antioxidantes, essas substâncias previnem e/ou retardam o envelhecimento da pele, contribuindo para manter sua elasticidade natural. Mas não exagere, 2-3 castanhas do pará por dia, por exemplo, são suficientes.

Prebióticos e probióticos

Os prebióticos são substâncias (fibras) conhecidas como inulina, oligo e frutooligossacarídeos, que estão sendo adicionadas em certos alimentos com o objetivo de melhorar o funcionamento intestinal, assim como os probióticos, microoganismos vivos adicionados a iogurtes e leites fermentados. Ambos garantem regularidade intestinal, facilitando a eliminação de toxinas, proporcionando uma pele mais bonita, livre de acne.

Água

É um dos maiores aliados da beleza da pele, já que não existe melhor hidratante. Existem muitas pessoas que simplesmente esquecem de beber água durante o dia. O resultado é visível: pele seca, problemas intestinais (constipação) e outros mais graves como cálculos renais, hipertensão, etc. Um corpo bem hidratado, em geral apresenta uma pele macia e elástica, e não podemos nos esquecer que a necessidade do líquido aumenta conforme vamos envelhecendo.

Dicas de Saúde

Deve um cristão comemorar o Halloween ou Dia das Bruxas?

A maioria das pessoas consideram o Halloween como uma festa inofensiva para os seus filhos, que lhes permite ter uma noite de “fantasia e diversão.”
Mas será que este padrão é válido para os cristãos? Vestir-se como fantasmas, demônios e bruxas “não é grande coisa”? Ou fazer isto é estar glorificando e dando poderes a Satanás?
Se temos verdadeiramente empenhado nossos corações e nossas vidas a Cristo, nós devemos nos propor a estarmos separados do mundo, como pessoas que procuram refletir a bondade e o amor de Deus. O apóstolo Paulo em Filipenses 4:8 aconselha os cristãos a preencherem continuamente suas mentes com o que é bom. Um olhar cuidadoso e honesto sobre o Halloween revela que pouco ou nada é bom nesta festa. Pelo contrário, é um dia que aponta para o satanismo, para o medo, e para a gula.
Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? (2 Coríntios 6:14-15)
Embora a palavra Halloween signifique “santo ou noite sagrada”, a história mostra que nada poderia estar mais longe da verdade do que esta festa. Halloween é claramente uma relíquia dos tempos pagãos, e ela nunca refletiu nenhuma verdade ou virtudes cristãs.
Os costumes ligados ao Halloween estão comumente ligados a uma festa celebrada pelos sacerdotes druidas, das tribos Celticas que ocuparam o norte e oeste da Europa. Esta festa, que remonta muitos séculos antes de Cristo, começou em 31 de outubro de cada ano e foi chamada de festival de Samhain, o senhor da morte.
Como parte de sua adoração à Samhain, os sacerdotes druidas construíram grandes fogueiras nas quais tanto seres humanos como animais eram sacrificados. Esta prática bárbara continuou abertamente durante centenas de anos, até Roma conquistar a Bretanha e bani-la.
Anos se passaram, e Roma continuou a conquistar novos territórios aumentando seu poder. O povo de cada nação conquistada não só eram obrigados a tornarem-se cidadãos de Roma, como também se tornarem membros da Igreja Romana. Como você pode imaginar, estes novos “convertidos” pouco se importavam com o cristianismo e continuaram tenazmente agarrados as suas amadas práticas pagãs.
Portanto, uma vez que a Igreja Romana não foi capaz de fazer as pessoas abandonarem os seus festivais pagãos, ela decidiu então “santificar” alguns deles. A celebração druida em honra ao senhor da morte tornou-se o Dia de Todos os Santos, e passou a ser observado por todas as igrejas.
Oficialmente, ela foi proclamada como um dia para se homenagear todos os santos que tinham morrido, conhecidos ou desconhecidos. Mas, na prática, permaneceu o que era verdadeiramente, uma festa pagã do “Dia dos Mortos”.
Ao longo da sua história, o Halloween tem sido lembrado como o momento em que as forças sobrenaturais do mal prevalecem. Anton Lavey, autor de “A Bíblia Satânica” e sumo sacerdote da Igreja de Satanás, diz que o Dia das Bruxas é considerado pelos satanistas e ocultistas o mais importante dia do ano. Ele diz que, nesta noite, a magia e o poder chegam a seu nível mais alto de potência, e que qualquer bruxa ou ocultista que tenha tido dificuldade com algum feitiço ou maldição normalmente podem alcançar o sucesso em 31 de outubro, porque Satanás e os seus poderes estão no auge nesta noite..
Os adivinhos também acreditam alcançar os mais altos poderes no dia de Halloween, uma vez que as pessoas ficam ansiosas para saber o que pode acontecer a elas no próximo ano. Ainda hoje, as previsões de videntes e astrólogos são liberadas logo após o Halloween.
Claramente, os ritos e símbolos deste feriado revelam que este é um dia que glorifica a Satanás. Olhe ao seu redor. Ainda q 31 de outubro esteja distante, você provavelmente poderá ver evidências de que se aproxima o Dia das Bruxas. Fotos de fantasmas, demônios, gnomos, esqueletos, abóboras e máscaras de diabo aparecem nas vitrines das lojas em toda a parte. Filmes de terror são promovidos na televisão e nos cinemas, livrarias passam a dar mais ênfase aos livros que lidam com assuntos sobre a morte e o oculto.
Como cristãos, não devemos estar associados às coisas de Satanás. Cristo nos diz que :
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro…” (Mateus 6:24)
Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação. (2 Timóteo 1:7)
Desde o seu início, a festa de Halloween tem jogado sobre o medo que as pessoas sentem. Os celtas acreditavam que na noite de 31 de outubro, demônios, bruxas, e os espíritos de todos aqueles que tinham morrido perambulavam livremente. A maioria das pessoas tinham medo de sair de suas casas nesta noite. Aqueles que tinham realmente que sair usavam máscaras grotescas e fantasias aterrorizantes. Eles acreditavam que se eles estivessem horríveis o suficiente, os espíritos iriam pensar que eram um deles e não lhes fariam qualquer mal!
Como percebemos, o medo faz parte das grandes e modernas comemorações do Halloween. Decorações sombrias, filmes de terror, e casas mal-assombradas causam uma sensação muito real sobre as crianças pequenas. É alguma surpresa a quantidade de jovens que têm tido pesadelos ou estão com medo de ficarem sozinhos no escuro? Satanás se delicia em preencher as mentes das pessoas com pensamentos de medo, morte e destruição. É uma tática que ele tem utilizado durante séculos para manter a humanidade sob o seu controle.
Deus, por outro lado, deseja dar a paz a Seus filhos. Ele não quer que sejamos paralisados pelos nossos medos.  Cristo morreu para nos livrar do pavor da morte.
Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida.(Hebreus 2:14-15)
Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. (1 Coríntios 10:31)
Vários dias antes da festa começar, os sacerdotes druidas iam de casa em casa exigindo alimentos ou outros itens que pudessem utilizar em seus cultos a Samhain, o senhor da morte. Se um aldeão se recusasse a dar aquilo que eles queriam, o sacerdote lançaria uma maldição demoníaca sobre a casa. Esta não era uma vã ameaça, geralmente alguém da casa morria no decorrer do ano. É a partir desta prática abominável que o nosso presente de trick-or-treat “Travessuras ou gostosuras” evoluiu.
Embora seja verdade que trick-or-treat “Travessuras ou gostosuras” já não é mais essencialmente sobre maldições, trata-se de gula. As crianças vão de casa em casa, a mercearia enchendo sacolas com doces e, em seguida, voltam para casa com seu grande tesouro consumindo grandes quantidades destas gostosuras.
Mesmo esse elemento do Halloween, que pode parecer inofensivo em comparação aos outros, em nada glorifica a Deus. A Bíblia diz que o corpo é o templo do Espírito Santo. Não devíamos poluir o templo com alimentos que embotem nossas percepções de Deus e nos leve para longe dEle.
E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. (Efésios 5:1)
Satanás fica sem dúvida jubiloso ao ver uma grande parte da “nação cristã” comemorando um feriado em sua homenagem, como algo que fosse um inofensivo divertimento. Será que por nossa negligência, estamos contribuindo para o extraordinário poder que Satanás parece ter no dia 31 de outubro?
Não importa quão excitante ou divertido que possa parecer, nenhuma festa de Halloween é para ter cristãos participando. Se verdadeiramente buscamos glorificar a Deus, então como é que podemos dedicar um dia do ano para adorar Satanás? Nós não podemos !
A Bíblia diz:
Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; (1 Pedro 2:9)
Este texto é uma tradução do artigo: Should Christians Celebrate Halloween? by Debra J. Hicks, publicado no site Amazing Facts. Crédito da Tradução: Blog Sétimo Dia http://setimodia.wordpress.com/

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Saiba como prevenir, identificar e lidar com a possessão demoníaca

por Pr. Emilson dos Reis*
Um pastor tem muitas alegrias em seu ministério, tais como ver pessoas se convertendo e sendo santificadas na verdade mediante sua influência e liderança e receber o carinho e o reconhecimento de seu rebanho. Mas algumas vezes se depara com situações que podem ser bastante desgastantes e encher seu coração de pesar. Isso ocorre quando precisa comandar a aplicação da disciplina eclesiástica a um membro faltoso; quando é necessário realizar uma cerimônia fúnebre, especialmente se a pessoa era muito amiga e a morte chegou de modo inesperado; e quando deve prestar ajuda a uma pessoa possessa por espíritos maus. 
Neste artigo nos propomos a tratar da tarefa de expulsar demônios quando a possessão fica bastante evidente pela grande alteração de comportamento do indivíduo. Esta é, provavelmente, a atividade cristã sobre a qual menos se têm escrito, talvez, por um lado, porque o assunto não seja agradável e, por outro, porque as Escrituras Sagradas não dizem muito a respeito, embora apresentem alguns exemplos. Nossas considerações estão baseadas na Bíblia, nos escritos de Ellen G. White e na experiência pessoal que tivemos ao longo de nosso ministério pastoral. Elas não pretendem esgotar o tema e, sim, ajudar, na prática, aqueles que, porventura, tenham que enfrentar tal situação ao estarem trabalhando para Deus. 
Possessão demoníaca x doença mental
Há indivíduos que não crêem que exista tal coisa como um ser humano ser totalmente controlado por agentes satânicos, e que, tais casos deveriam ser classificados como doenças mentais. Se bem que seja verdade que há certas enfermidades com sintomas um tanto semelhantes àqueles apresentados pelos que estão possessos, como a histeria e a epilepsia, não é possível explicar pela medicina ou pela ciência algumas demonstrações, tais como: extraordinária força física e o conhecimento, por vezes minucioso, de fatos secretos.  
Nem sempre o possesso é muito falante, revela segredos ou demonstra possuir uma força descomunal, mas, pelo que temos observado, quando alguém está de fato endemoninhado, ele fica extremamente furioso e violento quando Cristo é exaltado, seja na leitura de um texto sagrado, seja numa oração ou no cantar de um hino. Já, quando o indivíduo possui uma doença qualquer que o perturba, ele não reage diante da exaltação de Cristo. 

Perfil do possesso
Satanás não pode se apossar de qualquer pessoa que ele queira. Se isso fosse possível nosso mundo teria se tornado, há muito tempo, num gigantesco manicômio. Para que aconteça a possessão é necessário que o indivíduo se entregue a ele, o que comumente é feito pouco a pouco, quando segue suas sugestões para praticar o mal. Assim, um filho de Deus jamais poderá ficar possesso, porque sua vontade foi e permanece rendida a Cristo. “O tentador jamais nos poderá compelir a praticar o mal. Não pode dominar as mentes, a menos que se submetam a seu controle. A vontade tem que consentir, a fé largar sua segurança em Cristo, 
antes que Satanás possa exercer domínio sobre nós. Mas todo desejo pecaminoso que nutrimos lhe proporciona um palmo de terreno. Todo ponto em que deixamos de satisfazer à norma divina, é uma porta aberta pela qual pode entrar para nos tentar e destruir.”1
Comentando o caso de um endemoninhado com o qual Jesus Se deparou, Ellen G. White declara: “A causa oculta da aflição (...) achava-se em sua própria vida. Fora fascinado pelos prazeres do pecado, e pensara fazer da vida um grande carnaval. (...) Julgou poder gastar o tempo em extravagâncias inocentes. Uma vez no declive, porém, resvalou rapidamente. A intemperança e a frivolidade perverteram-lhe os nobres atributos da natureza, e Satanás tomou sobre ele inteiro domínio. (...) Colocara-se no terreno do inimigo, e 
Satanás tomara posse de todas as suas faculdades.”2
Algumas vezes é possível nos depararmos até com crianças possessas. Essa foi a experiência do próprio Jesus. Certa vez um pai aproximou-se dEle e disse: “Mestre, trouxe-te o meu filho, possesso de um espírito mudo; e este, onde quer que o apanha, lança-o por terra, e ele espuma, rilha os dentes e vai definhando.” (Mc 9:17 – 18). 
Jesus, se dispondo a ajudar o menino, disse que o trouxessem. “E trouxeram-lho; quando ele viu a Jesus, o espírito imediatamente o agitou com violência, e, caindo ele por terra, revolvia-se espumando. Perguntou Jesus ao pai do menino: Há quanto tempo isto lhe sucede? Desde a infância, respondeu; e muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para o matar; mas, se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos” (vs. 20 – 22). 
Julgamos que uma criança é muito inocente para se entregar ao maligno e que, nesses casos de possessão infantil, a causa encontra-se nos pais. Por uma vida iníqua ou por atitudes imprudentes colocam seus filhos sob o poder do maligno. A esse respeito Ellen G. White escreveu:  
Não poucos, neste século e nação professamente cristãos, recorrem aos maus espíritos, em vez de confiarem no poder do Deus vivo. Velando ao pé do leito de enfermidade de seu filho a mãe exclama: ‘Não posso fazer nada mais. Não haverá médico que possa restaurar meu filho?’ Contam-lhe as maravilhosas curas realizadas por algum vidente ou operador de curas pelo magnetismo, e ela confia seu querido aos cuidados dele, colocando-o tão certamente nas mãos de Satanás como se ele lhe estivesse ao lado. Em muitos casos, a vida futura da criança é regida por uma força satânica, que parece impossível quebrar3. 
Nesses casos de crianças endemoninhadas precisamos trabalhar também com os pais de modo que a causa do mal seja removida pelo poder de Deus. 

Autoridade para expulsar demônios
Uma pessoa pode ser possuída por um ou mais demônios. O menino possesso, curado por Jesus, fora controlado por um demônio (Mc 9:25–26), Maria Madalena fora possuída por sete (Mc. 16:9), enquanto que outro, o geraseno, fora dominado por uma legião (Lc. 8:30). Além disso, as hostes espirituais do mal estão distribuídas em várias ordens (Ef 6:12; Cl 2:15), de maneira que alguns demônios são mais poderosos do que outros e, por isso, parecem ter maior capacidade de resistência para abandonar sua vítima.  
Em Seu ministério Jesus curou muitos endemoninhados (Mt. 8:16), o que era uma forte evidência de ser Ele o Messias tão longamente esperado pelo povo judeu. Isaías, profetizando à respeito dEle escrevera: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu (...), enviou-me para (...) proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados” (Is 61:1). Ele fora ungido com o Espírito Santo e com poder e, por isso, possuía autoridade sobre os demônios. Tal autoridade foi compartilhada com seus discípulos quando por ocasião da escolha dos doze Jesus lhes deu autoridade para expelirem demônios (Mt 
10:1). O evangelho de Lucas acrescenta que essa autoridade foi “sobre todos os demônios” (Lc. 9:1). 
Posteriormente, quando de sua ascensão, essa autoridade foi estendida aos demais seguidores, a fim de que a empregassem no cumprimento da missão (Mc. 16: 15-17).  
Portanto, temos à nossa disposição todo o recurso necessário para enfrentarmos toda a sorte de anjos maus e alcançarmos a vitória. Por isso, quando formos colocados frente a frente com alguém possesso não há porque temer. Aliás, são os demônios que devem tremer na presença de um filho de Deus, porque “a mais débil alma que permaneça em Cristo é mais que suficiente para competir com o exército das trevas4” e “ao som da fervorosa oração todo o exército de Satanás treme 5.”  

Como expulsar os demônios?
É importante sabermos que há graus de possessão. Há pessoas que são mais dominadas do que outras, há pessoas nas quais a manifestação é mais freqüente. Temos observado que alguns têm crises uma vez por semana, outros diariamente, e outros, ainda, várias vezes por dia. Contudo, em nenhum caso o indivíduo fica possesso o tempo todo. Todos os endemoninhados passam por períodos em que há maior lucidez. Comentando o caso de um endemoninhado que apareceu num sábado na sinagoga onde Jesus estava, Ellen G. White declara que  “em presença do Salvador, um raio de luz lhe penetrara as trevas. Foi despertado, e ansiou a libertação do domínio do maligno; mas o demônio resistia ao poder de Cristo. Quando o homem tentou apelar para Cristo em busca de auxílio, o espírito mau pôs-lhe nos lábios as palavras, e ele gritou em angústia de temor. O possesso compreendia em parte achar-se em presença de alguém que o podia libertar; mas, ao tentar chegar ao alcance daquela poderosa mão, outra vontade o segurou; outras palavras encontraram expressão por meio dele. Terrível era o conflito entre o poder de satanás e seu próprio desejo de libertação6.” Também discorrendo sobre o episódio que resultou na libertação dos endemoninhados gadarenos, um dos quais era dominado por uma legião de anjos maus, ela assevera que Cristo  ordenou com autoridade aos espíritos imundos que saíssem deles. Suas palavras penetraram no espírito entenebrecido dos desventurados. Percebiam, fracamente, estar ali Alguém capaz de salvá-los dos demônios atormentadores. Caíram aos pés do Salvador para O adorar; mas, ao abrirem-se-lhes os lábios para suplicar-Lhe a misericórdia, os demônios falaram por eles. Gritando fortemente: "Que tenho eu contigo, 
Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-Te que não me atormentes"7. 
Portanto, mesmo o mais possesso dos homens ainda pode perceber quando alguém se dispõe a ajudá-lo e pode desejar ser liberto. 
Para que um possesso volte à normalidade é imprescindível que outra pessoa atue como instrumento de libertação nas mãos de Deus. Esta, precisa seguir a recomendação bíblica: “Sujeitai-vos, portanto a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4:7). Assim, antes do diabo fugir, é necessário que resistamos a ele, e, antes disso, é preciso que nos submetamos a Deus. A Bíblia nos apresenta o exemplo de pessoas que tentaram expelir demônios sem, contudo, estarem submissas a Deus. O resultado foi um grande fiasco
(At 19:13 – 16). Até os discípulos passaram por essa humilhante experiência. Eles, que já haviam expelido muitos demônios, viram frustradas suas tentativas de libertarem um menino possesso. Mais tarde, depois de Cristo haver curado o garoto, eles indagaram ao mestre: “Por que não pudemos nós expulsá-lo? 
Respondeu-lhes: Esta casta não pode sair senão por meio de oração [e jejum]” (Mc 9:28 – 29).  
Imediatamente antes desse episódio, Cristo escolhera apenas três discípulos e os levara ao cimo do monte onde, à vista deles, fora transfigurado. Os outros nove haviam permanecido ao pé do monte.  
As palavras de Cristo com respeito a Sua morte, haviam produzido tristeza e dúvida. E a escolha dos três discípulos para acompanharem Jesus ao monte excitara os ciúmes dos nove. Em vez de robustecer a fé pela oração e meditação das palavras de Cristo, demoraram-se em seus desânimos e agravos pessoais. 
Foi nesse estado de sombras que empreenderam o conflito com Satanás8.” “Sua incredulidade, que lhes vedava ter mais profunda simpatia para com Cristo, e a desatenção com que olhavam a sagrada obra a eles confiada, tinham causado o fracasso no conflito com os poderes das trevas9. 
Assim, no momento em que os nove foram procurados pelo aflito pai, os discípulos estavam envoltos em trevas, apartados da comunhão com Deus e, por isso haviam fracassado. A oração, num espírito humilde e submisso dar-lhes-ia a vitória. 
Quando somos completamente submissos a Deus, estamos em condição de resistir ao Maligno. A única maneira de se fazer isso é apelando para o nome de Jesus. “Torre forte é o nome do Senhor, à qual o justo se acolhe e está seguro” (Pv 18:10). “Satanás treme e foge diante da mais débil alma que se refugia nesse nome poderoso10”. 
Satanás não suporta que se apele para seu poderoso rival, pois teme e treme diante de sua força e majestade. Ao som da fervorosa oração todo o exército de Satanás treme. Ele continua a chamar legiões de anjos maus para conseguir seu fim. E quando os anjos todo-poderosos, revestidos com a armadura celeste, chegam em auxílio da fraca e perseguida alma, o inimigo e seus anjos recuam, sabendo muito bem que sua batalha está perdida11. 
Temos visto os demônios fugirem quando Jesus é exaltado, seja na oração, seja na leitura da Bíblia, seja no cantar de um hino. Contudo, de acordo com os exemplos bíblicos deve-se repreender os demônios e, em nome de Jesus, ordenar que eles saiam (Lc 4:33 – 36; 8:27 – 29; 9:42; Mc 16:17; At 16:16 – 18). Em alguns casos a pessoa fica liberta instantaneamente, enquanto que, em outros, os demônios relutam em se afastar. 
Mesmo quando Jesus ordenava que saíssem havia demônios que demoravam-se tentando argumentar e resistir e exibir sua força (Mc 5:6–13; 9:25–26). Havendo resistência, deve-se perseverar na luta contra as forças do mal até que o último demônio, por mais poderoso que seja, se dê por vencido, o que pode levar algumas horas. Não esqueça que, embora possam resistir por algum tempo, eles sempre acabam saindo. 

Quando o demônio vai à igreja
A maior parte das vezes em que um pastor se depara com um endemoninhado parece ser nas reuniões da igreja. Mesmo que o possesso vá à reunião com o sincero desejo de buscar ajuda, as intenções de Satanás, ao permiti-lo ir, são outras. Em Lc 4:31-36 encontra-se o relato de que Cristo estava numa sinagoga, num sábado, ensinando Sua doutrina, e que ali estava também um homem possesso o qual começou a bradar em alta voz. Então, “a atenção do povo se desviou de Cristo, e Suas palavras não foram escutadas. Tal era o desígnio de Satanás em levar a vítima à sinagoga12.”  
Sabendo que o objetivo do maligno é desviar a atenção de Cristo e do evangelho para si, não devemos demodo algum permitir que ele tenha êxito. Sugerimos que é melhor que alguns irmãos conduzam o possesso imediatamente para uma das salas contíguas à nave principal da igreja e que ali se proceda ao trabalho de expulsão, enquanto segue a programação da igreja. Essa tarefa de remoção certamente não será fácil nem agradável, todavia, se vários irmãos se unirem, por mais forte e violento que ele possa parecer, será possível. É necessário que, se o possesso estiver agressivo, outros o segurem e que o pastor fique livre para dedicar-se aos aspectos espirituais. 
Cuidados especiais
Assim como há espíritos mudos, há os que são muito falantes. Ninguém deve, movido pela curiosidade, fazer perguntas a Satanás e nem dar crédito às suas palavras. Não esqueçamos que elas sempre têm o intuito de confundir, desviar, enfim, levar-nos à perdição. Para tanto ele pode misturar informações verdadeiras com falsas. Algumas vezes o demônio dirige-se a alguém e diz: “você é meu, porque faz isto ou aquilo”. Muito cuidado! Pode ser verdade que o tal comportamento seja errado, pode não ser. Se não for, alguns serão enganados e passarão a pensar que é e discutirão com seus irmãos sobre isso, o que resultará em confusão na igreja. Se, todavia, o que ele disser for correto, poderá haver outro problema. 
Alguns passarão a evitar o tal procedimento, mas o motivo será porque o Diabo disse e não porque Deus, ou Sua palavra ou Seu servo afirmaram. Somos inclinados a questionar tal tipo de “obediência”. 
Comentando a primeira tentação que Jesus enfrentou no deserto, Ellen White escreveu: “Esperava Satanás provocar o Filho de Deus, levando-O a empenhar-Se em controvérsia com ele; e esperava que, assim, em Sua fraqueza extrema e agonia de espírito, alcançasse vantagem sobre Ele. (...) O Salvador do mundo não teve controvérsia com Satanás, que (...) era capaz de qualquer engano13.” Ela também aconselha: “Nossa única segurança é não dar lugar ao diabo; pois suas sugestões e intuitos, são sempre para nos prejudicar e impedir-nos de nos firmar em Deus. (...) Não é seguro entrar em discussão ou parlamentar com ele14.”  
Outro cuidado que todos devemos ter é o de pensar e falar mais em Jesus, em seu poder e amor e menos em Satanás.  
Há cristãos que falam demais sobre o poder de Satanás. Pensam em seu adversário, oram a seu respeito, falam nele, e ele avulta mais e mais em sua imaginação. É certo que Satanás é um ser poderoso; mas, graças a Deus, temos um forte Salvador, que expulsou do Céu o maligno. Satanás regozija-se quando lhe engrandecemos a força. Por que não falar em Jesus? Por que não exaltar Seu poder e Seu amor15? 
Mesmo quando Lúcifer se encontrava em seu estado de pureza junto ao trono do Altíssimo havia um abismo de diferença entre ele e o Filho de Deus. Um era criatura e o outro era Criador. Não há como compará-los em tempo de existência, em sabedoria, em poder. Cristo é infinitamente mais poderoso do que todos os demônios juntos. É compensador estar ao Seu lado. Lembremos sempre disso. 
O que fazer depois da libertação?
Cristo ensinou que um indivíduo liberto pode voltar a ficar possesso.  
Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra.
Por isso, diz: Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida e 
ornamentada. Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro (Mt. 12:43-45). 
Tal situação não depende do servo de Deus a quem Ele usou no processo de libertação, mas das escolhas do próprio indivíduo liberto. A garantia para que isso não volte a ocorrer é não deixar a casa vazia, é convidar a Cristo para nela habitar, é efetuar a completa entrega da vida ao domínio de Cristo. 
Por essa razão e porque logo após a libertação o indivíduo se encontra extremamente fatigado, física e mentalmente, recomendamos que aquele que expulsou os demônios procure se colocar no lugar da pessoa libertada fazendo uma oração de completa entrega a Deus, que será repetida por ela. Isso deve ser feito imediatamente após a libertação.  Quando a alma se rende inteiramente a Cristo, novo poder toma posse do coração. (...) A alma que se rende a Cristo, torna-se Sua fortaleza, mantida por Ele num revoltoso mundo, e é seu desígnio que 
nenhuma autoridade seja aí reconhecida senão a Sua. Uma alma assim guardada pelos seres celestes, é inexpugnável aos assaltos de Satanás.16

Maior atividade das forças do mal
Por meio dos escritos de Ellen White somos advertidos de que no grande e prolongado conflito entre o bem e o mal destacam-se dois períodos em que as forças do mal estão em maior atividade: os dias do ministério de Cristo e os dias finais da história humana.  
O período do ministério pessoal de Cristo entre os homens foi o tempo de maior atividade das forças do reino das trevas. Durante séculos Satanás e seus anjos haviam estado procurando controlar o corpo e a alma dos homens, para trazer sobre eles pecados e sofrimento; depois acusara a Deus de toda essa miséria. Jesus estava revelando aos homens o caráter de Deus. Estava a despedaçar o poder de Satanás, libertando-lhe os cativos. Nova vida e amor do Céu moviam o coração dos homens, e o príncipe do mal despertou para contender pela supremacia do seu reino. Satanás convocou todas as suas forças, e a cada passo combatia a obra de Cristo. (...) Assim será na grande batalha final do conflito entre a justiça e o pecado. Ao passo que nova vida e luz e poder descem do alto sobre os discípulos de Cristo, uma vida nova 
está brotando de baixo, e revigorando os instrumentos de Satanás17. 
Por isso, enquanto nos aproximamos do fim, podemos esperar maiores e mais freqüentes demonstrações de possessão demoníaca, sabendo, contudo, que nossa vitória é certa pois, “o Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio” (Sl 46:11). 
Referências
1 O Desejado de todas as nações, 67. 
2 Ibid., 141. 
3 Testemunhos seletos, 2: 52 – 53. 
4 O Grande conflito, 530. 
5 Testemunhos seletos, 1:121. 
6 O Desejado de todas as nações, 141. 
7 Ibid., 195. 
8 Ibid., 252. 
9 Ibid. 
10 Ibid., 70. 
11 Testemunhos seletos, 1:121. 
12 O Desejado de todas as nações, 141. 
13 Mensagens Escolhidas, 1:278 –279. 
14 Testemunhos seletos, 1:410 – 411. 
15 O Desejado de todas as nações, 289. 
16 Ibid., 186 - 187. 
17 Ibid., 142. 
*professor de Teologia Aplicada do curso de Teologia do Unasp, Campus Engenheiro Coelho, SP.Texto editado e corrigido pelo Site Bíblia e a Ciência

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