terça-feira, 4 de outubro de 2011

Era o Seu Nome Yehôshua?

Um número crescente de pessoas em algumas comunidades cristãs têm questionado e se oposto ao uso do nome Jesus para designar o Filho de Deus, o Redentor encarnado, cuja vida, ministério, morte e ressurreição são claramente apresentados nas páginas do Novo Testamento. Tal oposição tem sido fundamentada na crença de que o nome Jesus é de origem pagã, e oculta em si uma blasfêmia e difamação do nome sagrado do Redentor, o qual seria Yehôshua.
Quais são as bases do raciocínio dessas pessoas? Estão elas certas? Pode um crente no Salvador da Humanidade chamá-Lo de “Jesus”, ou constitui isto uma blasfêmia e difamação de Sua pessoa e do Seu nome? 
Na seqüência abaixo, analisaremos primeiro os argumentos levantados por essas pessoas contra o uso do  nome “Jesus”. Depois, será abordada a argumentação apresentada por elas a favor do uso do nome Yehôshua‘ como sendo o único que pode ser utilizado em referência ao Redentor. Por último, consideraremos estes argumentos à  luz das evidências das Sagradas Escrituras, da história da transmissão do texto bíblico, das línguas bíblicas (hebraico e grego) e 
do que se tem de conhecimento das crenças religiosas do mundo greco-romano. 

Argumentos Apresentados Contra o Uso do Nome “Jesus”
Aqueles que se opõem ao uso do nome “Jesus” argumentam que os apóstolos e as outras pessoas da Igreja Cristã Primitiva jamais ouviram falar neste nome “Jesus”. Dizem que tal nome só teria aparecido na Bíblia Vulgata, quando o Bispo Jerônimo, a pedido do papa Dâmaso, traduziu as Escrituras do grego para o latim.  
Para eles, o objetivo de Jerônimo e do Papa ao introduzirem o nome “Jesus” na Vulgata era o de agradar os pagãos e atraí-los à “Igreja de Roma.” Para tal, foi composto um nome para o Redentor a partir de nomes de divindades gregas e romanas: 
1) J (de Júpiter) e ESUS (deus das florestas da Gália antiga, o qual fazia parte de uma trindade divina — ESUSTEUTATES-TARANIS — deuses aos quais se ofereciam sacrifícios humanos). Este Esus era um deus romano, considerado “o terrível Esus”, por ser o deus dos trovões, do raio e da tempestade. 
2) Antigamente o nome não era Jesus Cristo e sim ZESVS CRISTVS, tendo ligação com Zeus, ou Júpiter para os romanos. 
3) Os gregos escreveram o nome IESOUS, que também foi formado por duas divindades pagãs: IO (a amada de Zeus) e Zeus. 
Além do mais, para estas pessoas, o nome “Jesus”, quando escrito em hebraico, daria (Yesus), o qual teria um significado blasfemo: Je = Ye = Deus e a palavra SUS = “cavalo.” Assim, o significado do nome “Jesus” em hebraico seria: “Deus é cavalo.” Portanto, os bispos romanos ao introduzirem o nome “Jesus” na Vulgata não estavam somente tentando agradar e atrair os pagãos, como descrito acima, mas também estavam difamando e blasfemando 
contra o Nome do Redentor e contra Deus. Eles estariam assim, cumprindo o que está escrito em Apocalipse 13:5-6: 
“Foi-lhe dada boca que proferia arrogâncias e blasfêmias... e abriu a boca... para lhe difamar o Nome...”. Segundo a  profecia bíblica, esta “besta” que fala blasfêmias e difama o Nome Sagrado do Redentor seria adorada por “todos os que habitam sobre a terra” (Ap 13:8).  E isso tem se cumprido pelo fato de que todos, tanto católicos-romanos como evangélicos, espíritas, pentecostais, umbandistas, etc. têm adorado o nome Jesus. Todos têm adorado assim os nomes dos deuses pagãos e a blasfêmia católico-romana contida no nome Jesus. 
Os Argumentos Apresentados a Favor do Nome “Yehôshua”
A favor do nome Yehôshua é argumentado que este Nome Sagrado é de origem hebraica e que significa: YEHÔ (YHVH) + SHUA (Salvação). Assim o nome quer dizer “YHVH é salvação.” Desde que as palavras em hebraico advém de raízes que, geralmente, têm três letras, então o nome Yehôshua contém as quatro letras do Tetragrama = YHVH. Assim, o nome do Pai Celestial no Velho Testamento (o Tetragrama) está inserido no nome sagrado Yehôshua, cumprindo deste modo o que está escrito em João 17:26, de que o Filho veio para “dar a conhecer” o Nome do Pai. 
Uma série de textos bíblicos são citados por estas  pessoas para substanciar a importância do nome Yehôshua, indicando que existe salvação nesse “nome”. Nessa linha de pensamento são apresentados textos como Lucas 1:31: 
“Salve agraciada... conceberás e darás à luz a um filho, e lhe porás o NOME DE YEHÔSHUA, e Ele salvará o Seu povo dos seus pecados” (eles dizem que como Miryam, o nome hebraico de Maria, era judia e falava o hebraico, o anjo só poderia ter falado com ela em hebraico); Lucas 24:47: “e que em Seu NOME se pregasse arrependimento para remissão de pecados...”; 1 João 2:12: “...porque os vossos pecados são perdoados, POR CAUSA DO SEU NOME”; 
João 1:12: “a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, os que crêem NO SEU NOME”; Atos 4:12: “E não há salvação em nenhum outro, porque abaixo do céu não existe nem um outro NOME, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (ao falar isso, Pedro que era judeu, falava em hebraico e anunciava o Nome Sagrado Yehôshua, pois só nesse nome há salvação). 
O nome “Jesus” para eles, portanto, não tem nenhum valor dentro das Sagradas Escrituras. Consequentemente, os verdadeiros filhos de Deus são aqueles que crêem no NOME VERDADEIRO do Redentor, e não naquele outro nome QUE APARECE nas Bíblias de origem ROMANA (a Vulgata). Hoje, os verdadeiros filhos de Deus têm a oportunidade de conhecer e invocar o Nome Sagrado, e sobre eles  se poderá cumprir o mesmo que foi dito à Igreja de  Éfeso em Apocalipse 2:3 – “e tens perseverança, e suportaste provas por causa DO MEU NOME, e não desfaleceste.” 

Análise dos Argumentos Acima Apresentados 
Os argumentos usados contra o uso do nome Jesus demonstram desconhecimento da origem deste nome e muita imaginação sem fundamento quanto a sua etimologia. 
Primeiro, a forma latina “Iesus”, que aparece na Vulgata Latina, não foi inventada ou criada por Jerônimo, mas é simplesmente uma transliteração natural do grego Ihsou/j, para a escrita latina. 
Quanto ao nome grego  Ihsou/j, ele representa a transliteração grega comum do nome hebraico  [;vuwoOhy.(Yehôshua‘ = Josué), ou de sua forma abreviada [;vuy (Yeshua‘ = Jesus). Assim, na Septuaginta (tradução . do Antigo Testamento hebraico para a língua grega), Josué é sempre referido como Ihsou?/j (Iesous), o mesmo acontecendo com o nome de Cristo no Novo Testamento grego.
A Septuaginta representa a primeira tradução feita  do Antigo Testamento. Rabinos judeus, no 3º século  a.C., traduziram os escritos do Antigo Testamento (escrito originalmente em hebraico, com algumas porções em aramaico, especialmente no livro de Daniel) para a língua internacional mais falada do mundo de então, o grego.  Os escritos bíblicos assim tornaram-se acessíveis não só aos judeus da Diáspora, que em sua grande maioria não falavam nem 
entendiam o hebraico nem o aramaico, mas também a todo cidadão do mundo greco-romano de então
Os livros do Novo Testamento foram escritos no 1º século A.D., na sua maioria pelos próprios apóstolos de Cristo, ou por pessoas que estavam intimamente ligadas a eles. Ainda que Jesus tenha falado e pregado em aramaico, lido as escrituras em hebraico, e seus discípulos falassem maiormente o aramaico, a história dos Evangelhos, do livros de Atos, as cartas de Paulo, Tiago, Pedro, Judas, o Apocalipse de João, foram todos escritos em grego, e todos esses escritos se referem a Cristo como Ihsou/j  (Iesous). 
Em vista da origem e uso do nome grego Ihsou/j (Iesous), tanto na Septuaginta como no Novo Testamento, é inaceitável, e mesmo um absurdo, a argumentação de que o nome Jesus reflete nomes de deuses pagãos (Júpiter + Esus, para os latinos; Io + Zeus, para os gregos). O autor deste tipo de argumentação desconhece a história  da tradução e transmissão do texto bíblico do Antigo Testamento e da composição do texto do Novo Testamento. Foram rabinos 
judeus, para o Antigo Testamento, e os próprios apóstolos de Cristo, no Novo Testamento, que registraram o nome Ihsou/j (Iesous) no texto bíblico, seguindo as normas lingüísticas comuns de transliteração de um nome hebraico para o vernáculo grego. Quando se lê o Novo Testamento em sua língua original, pode-se ver claramente que Paulo, por exemplo, pregava a Palavra de Deus em grego através de boa parte do império romano de então, proclamando a 
salvação, tanto a judeus como a gentios, em nome de Ihsou/j (Iesous). Seria um absurdo acreditar que Paulo não sabia o que ele estava fazendo, ou que intencionalmente ele estaria referindo-se a deusa Io e a Zeus, blasfemando assim do Messías de Israel e Redentor do mundo. 
A etimologia forçada do nome de Jesus, ligando-O a deuses pagãos, não só representa falta de conhecimento da parte daqueles que a formularam, mas aparenta ser o resultado de um esforço preconcebido, deliberado, de encontrar nomes da antiga mitologia greco-romana que pudessem ser combinados, de qualquer jeito, para dar a impressão de que o nome Jesus tem uma origem pagã. Os erros e o modo forçado como os argumentos são apresentados chegam a ser aberrantes. Por exemplo: Por que J representaria Júpiter? Porque desconectar o J da vogal “e” que o segue? 
Aparentemente para poder ter o nome Esus, o nome de um deus da mitologia celta. Este nome parece ser particularmente atraente pelo fato de ser citado na literatura romana, pelo poeta Lucano, em ligação com dois outros 
deuses celtas (Teutates e Taranis) dando a impressão de um trindade pagã. 
No entanto, um estudo sobre a religião celta e seu relacionamento com a religião e mitologia romanas mostra a fragilidade dessa argumentação. Primeiro, os três deuses celtas citados acima, eram alguns dos mais importantes deuses da religião celta, mas não eram os únicos. O maior  e mais importante deus era Lugus e no panteão celta aparece  referência a cerca de 400 nomes de diferentes deuses. Assim, a noção de uma trindade pagã adorada pelos celtas e 
aceita posteriormente pelos romanos é uma idéia que não tem fundamento. 
Segundo, à medida que os romanos conquistavam novos territórios, eles identificavam  seus deuses com os deuses locais, facilitando assim o sincretismo religioso e a aceitação da religião romana pelos povos conquistados. É muito discutível, no entanto, o quanto a crença em Esus, um dos deuses dos celtas, influenciou a mitologia romana. Em verdade, só se sabe que alguns escritores 
romanos o identificaram com Mercúrio, mas não se pode afirmar que em Roma Esus passou a ser adorado como um deus. 
Terceiro, a identificação de Esus com Mercúrio (que segundo a mitologia greco-romana era o mensageiro dos deuses, o deus do comércio e da eloqüência) não dá apoio algum à argumentação de que Esus era considerado pelos romanos como “o terrível Esus”, o deus dos trovões, do raio e da tempestade. Essas características pertenciam a Júpiter (ou Zeus para os gregos) e não a Mercúrio, e o poeta romano Lucano identificou o deus celta Taranis com Júpiter e não com Esus
Sem fundamento são as sugestões de que o nome Ihsou/j  (Iesous) provém da fusão do nome da deusa Io (a amada de Zeus) com o nome de Zeus, por parte dos gregos, ou que o nome Jesus corresponderia ao hebraico sWsy. (Ye = Deus + Sus = “cavalo”), e que teria sido criado pelos bispos romanos para blasfemar o nome do redentor e o nome de Deus. Como visto acima, o nome Ihsou/j  (Iesous) é a transliteração grega normal do nome hebraico[;vuwoOhy.. 
(Yehôshua‘ = Josué), ou de sua forma abreviada [;vuy. (Yeshua‘ = Jesus). O som de “sh” da letra hebraica v (shin) é sempre transliterado em grego por um s (sigma). Assim, por exemplo, o hebraico hv,m (Moshê) é transliterado em grego por Mwushj (Moysés), de onde vem a forma latina Moisés. O sigma no final do nome Ihsou/j (Iesous) é uma 
característica natural de certos nomes masculinos em grego (indicando o caso nominativo, a forma básica do nome; o mesmo ocorre com o nome Moisés).  Dizer que sWsy. (Yesus) é o correspondente hebraico de Jesus é desconhecer as línguas bíblicas e a maneira como nomes hebraicos foram traduzidos para o grego na antigüidade. 
Além disso, os argumentos usados contra o nome Jesus demonstram ignorância do fato de que esse nome aparece abundantemente na literatura judaica desde o 3º século a.C. até a época de Cristo e dos apóstolos. O historiador judeu Flávio Josefo (35-100 A.D.), por exemplo, faz referência a pelo menos 19 personagens judeus que em sua época tinham 
o nome Ihsou/j (Iesous). Assim, o nome Jesus nada tem a ver com uma criação dos bispos de Roma, por volta do 4º século A.D., misturando nomes de deuses romanos, celtas, gregos, ou adicionando a palavra hebraica para cavalo ao nome de Deus, a fim de blasfemar contra Redentor e contra Deus. Este nome já existia há pelo menos 600 anos no meio 
judaico quando Jerônimo (347-420 A.D.) preparou sua tradução da Bíblia para latim, conhecida como a Vulgata. 
Ademais, pode-se perguntar se o nome hebraico, ou aramaico, de Jesus teria sido Yehôshua ([;vuwohy), . se Ele teria sido chamado pela forma abreviada Yeshua ([;vuy)).. As duas formas são totalmente plausíveis, no texto da Septuaginta tanto a forma Yehôshua‘ (que quer dizer YHWH é salvação) como Yeshua‘ (que simplesmente significa “salvação”) são transliteradas como Ihsou/j (Iesous). No entanto, deve-se notar que a forma abreviada [;vuy. (Yeshua‘) parece ter se tornado a forma mais comum do nome após o exílio babilônico. Já no texto bíblico, por exemplo em Neemias 8:17, o nome de Josué aparece como [;vuy. (Yeshua‘) em vez de [;vuwohy. (Yehôshua‘). Referência é feita a um certo Yeshua‘,filho de Jozadaque, em Esdras 5:2. A forma abreviada Yeshua‘ é abundantemente atestada nos ossuários judaicos do 1º século A.D. encontrados nos arredores de Jerusalém, e em Leontópolis e Tel elYehudieh, no Egito
Tudo isso parece indicar que, nos dias de Jesus, a forma mais usada e popular do nome seria Yeshua‘, e que este teria sido o nome de Jesus, em vez da forma mais arcaica Yehoshua‘.
O texto do Novo Testamento parece indicar isso também, especialmente através do jogo de palavras que aparece nos textos da anunciação e dos cânticos registrados por Lucas, no seu evangelho. Se o anjo Gabriel anunciou a Maria que o nome do Redentor, que estava para nascer, seria Yeshua‘ (Lc 1:31), que quer dizer “Salvação,” esse  nome então aparece repetidas vezes nos cânticos registrados nos primeiros capítulos de Lucas. Assim, por exemplo, quando Zacarias canta em Lucas 1:68-79, nos versos 76-77, ele teria 
pronunciado o nome de Jesus ao dizer: “Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor, preparando-Lhe os caminhos, para dar ao Seu povo o  conhecimento de Yeshua‘ (‘Salvação’), no redimi-lo  dos seus pecados.” Simeão, também, ao tomar Jesus nos braços, teria dito: “Agora, Senhor, despedes em paz teu servo, segundo Tua palavra; porque meus olhos já viram o Teu Yeshua‘ (‘Salvação’), o qual preparaste diante de todos os povos: luz 
para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel” (Lc 2:29-32). O mesmo jogo de palavras parece estar por detrás do texto de Mateus 1:21, onde o anjo do Senhor disse a José: “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Yeshua‘ (‘Salvação’), porque Ele salvará o seu povo dos pecados deles.” 


Conclusão 
Assim, ao contrário da opinião daqueles que se opõem ao uso do nome Jesus para o Redentor da humanidade, esse nome tem todo o valor dentro das Sagradas Escrituras e na vida e história do povo de Deus. Na época do Novo Testamento, o nome do Messías que era proclamado entre os crentes de fala hebraica/aramaica parece ter sido Yeshua‘. 
Quando os apóstolos, e os outros crentes da Igreja  Primitiva, no entanto, anunciavam a Cristo entre os judeus da Diáspora e entre as multidões das nações, eles pregavam e batizavam em nome de Ihsou/j  (Iesous), a forma grega do nome de Cristo, de onde vem a forma latina Jesus na nossa língua. Ora, se isso era correto e apropriado para aqueles que 
foram diretamente comissionados por Cristo para levar o Evangelho a todo o mundo, e se eles assim o fizeram sob a direção contínua e poderosa do Espírito Santo, seria isso hoje incorreto para os verdadeiros filhos de Deus? 
Finalmente, fica claro, pelo estudo do texto do Novo Testamento, que quando se diz em proclamar o NOME, ou de que só existe salvação em seu NOME, ou ainda mais de que não há nenhum outro NOME pelo qual importa que sejamos salvos, o autor bíblico está referindo-se à pessoa de Jesus e não à forma como o Seu Nome é pronunciado (seja em hebraico/aramaico, grego, ou qualquer outra língua). Não existe poder especial, ou qualquer fórmula mágica de 
redenção em pronunciar o nome de Cristo de um jeito ou de outro. O poder está nEle, na pessoa de Jesus Cristo. A fidelidade do verdadeiro filho de Deus não está em pronunciar o nome do Redentor em uma língua ou outra mas em fazer a vontade de Deus, como revelada nas Escrituras. A fidelidade cristã está em entregar, por meio de Cristo, sua vida totalmente a Deus e produzir, em Cristo, os frutos do Espírito, guardando os mandamentos de Deus. Isto é o que o próprio Jesus deixou bem claro ao dizer em Mateus 7:21-23: 
“Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai que está nos céus. Muitos, naquele dia hão de dizer-Me: Senhor, Senhor! 
porventura, não temos nós profetizado em Teu Nome, e em Teu Nome não expelimos demônios, e em Teu Nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, os que praticais a iniqüidade”. 
Fonte: Revista Teológica do SALT-IAENE, 1999:1

"Ninguém é bom senão um, que é Deus". E o Senhor Jesus não é bom? Ele não é Deus?



O Senhor Jesus disse: “Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus” (Mc 10:18). Porém, em Lc 6:45 Ele afirmou: “o homem bom do bom tesouro do coração tira o bem”! E Davi também afirmou: “JAVÉ firma os passos do homem bom” (Sl 37:23). Como entender essa contradição? E mais, Jesus não é Deus?! Só há uma Pessoa divina, Deus Pai?

Mateus, João Marcos (At 15:37) e Lucas registraram o diálogo entre o “bom Mestre” e o “homem de posição” (mais conhecido como o jovem rico!). Confira Mt 19:16-23, Mc 10:17-22 e Lc 18:18-23. É curioso notar como Mateus não apresenta a saudação que os outros dois escritores bíblicos afirmam ter ouvido daquele homem (Almeida Atualizada): “Bom Mestre, que farei par herdar a vida eterna?” (Marcos e Lucas) “Mestre, que farei eu de bom para alcançar a vida eterna?” (Mateus) E Marcos é o único em afirmar que o homem se ajoelhou ao saudar Jesus e fazer-Lhe a grande pergunta!

Desejo fazê-lo(a) ver que tais informações não são necessariamente contradições! Você certamente já ouviu da históriados seis indianos cegos que apalparam o mesmo elefante e mencionaram animais diferentes, ao serem perguntados sobre o que eles achavam que estavam tocando. Ao tocar em partes distintas do grande animal, os seis homens pensaram e imaginaram coisas diferentes! Embora os escritores bíblicos em questão não tenham sido deficientes visuais, certamente, por serem humanos, pecadores e únicos, mesmo sob a poderosa influência do Senhor Espírito (II Pe 1:20,21), notaram e registraram aquilo que o conteúdo, a personalidade de cada um ponderou! Lembre-se, Deus não oblitera a identidade de Seus instrumentos, ainda que isso prejudique a qualidade da obra, da missão designada para eles. O Criador é muito educado e respeitador, diferentemente de Seu opositor que, ao possuir um organismo vivo (humano, animal ou vegetal), impõe sua própria identidade e altera as características singulares da vítima. Dê uma olhada na Natureza (crueldade, deformações), na própria Bíblia (a serpente, os espinhos e as culturas que ofereciam sacrifícios humanos e promiscuidade como adoração aos deuses!) e compare o estilo de vida dos anjos não caídos com o dos anjos caídos e veja quão intruso e inconveniente é Satanás em contraste com a beleza do caráter fidedigno dos Governadores do universo, JAVÉ trino.

Segundo o Léxico do Novo Testamento (Grego-Português) de F. Wilbur Gingrich, o bom em questão possui os seguintes significados: [αγαθός, ή, όν] bom, benéfico — 1. Aplicado a pessoas: Deus, perfeito, completo Mc 10.18. Moralmente bom, reto, justo, de Cristo Jo 7.12, de pessoas Mt 12.35; At 11.24. Bom, benevolente, benjeitor At 9.36; 1 Pe 2.18. — 2. aplicado a coisas: fértil Lc 8.8; são Mt 7.17s.; benéfico, íntegro 7.11; útil Ef 4.29; próspero, feliz 1 Pe 3.10; limpo 1 Tm l.5\firmeTt 2.10;confiável 2 Ts 2.16. Melhor Lc 10.42. — 3. neut., usado como subst. em sentido moral, o que é bom, o bem Rm 2.10. Bons atos, boas obras, Jo 5.29. Bem, lucro Rm 8.28. Bens, propriedades Lc 2.18; 16.25.   

Assim sendo, temos o “bom Mestre” (Mc 10:17 e Lc 18:18) significando “Mestre justo, moralmente bom”; o “homem bom” (Lc 6:45 e Sl 37:23) significando “o Senhor firma os passos de um homem, quando a conduta deste o agrada” (Sl 37:23, NVI), que melhor traduz as expressões presentes na LXX. Portanto, não há contradição também no quesito doutrina bíblica entre os textos citados.


A próxima questão a ser respondida tem que ver com a divindade do Senhor Jesus. Eu não vou começar a respondê-la ignorando o fato evidente da humildade de Cristo (e até aparente autonegação de Sua divindade!) ao responder à saudação do “homem de posição”: “Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus” (Mc 10:18 e Lc 18:19). Primeiro quero contextualizar a resposta do grande Emanuel. Depois confirmar Sua forma humana que não somente O diminuiu em relação ao Pai (Jo 14:28) e ao Senhor Espírito (14:12) como também O tornou, até hoje, único (1:18), diferente  dos Outros Dois (Zc 13:6 e Ap 1:18), mas não menos divino que Eles (Rm 9:5 e Ap 5)!

Jesus nunca concordou com a salvação pelas obras “[A pergunta do “homem de posição”] refletia o típico concito farisaico da justificação pelas obras como passaporte para a vida eterna (cf. Mt 19:17). O jovem rico havia cumprido conscienciosamente a todos os requisitos da Lei, pelo menos segundo as aparências! Sem dúvida também havia feito tudo o que ordenavam os rabinos, mas sentia que algo lhe faltava” (Comentário Bíblico Adventista em espanhol, 446). “O jovem que fez essa pergunta era príncipe. Tinha grandes haveres e ocupava posição de responsabilidade. Vira o amor que Cristo manifestara para com as crianças que Lhe foram levadas; viu quão ternamente as recebera e tomara nos braços, e o coração encheu-se-lhes de amor para com o Salvador. Sentiu o desejo de ser Seu discípulo. Tão profundamente movido foi, que, ao seguir Cristo Seu caminho, correu após Ele e, ajoelhando-se-Lhe aos pés, dirigiu com sinceridade e fervor a pergunta tão importante para sua alma e a de toda criatura humana: ‘Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?’. ‘Por que Me chamas bom?’ disse Jesus, ‘ninguém há bom senão um, que é Deus.’ Mar. 10:18. Jesus desejava provar a sinceridade do príncipe, e verificar em que sentido O considerava bom. Compreenderia ele que Aquele a quem falava era o Filho de Deus? Qual o verdadeiro sentimento de seu coração? Esse príncipe tinha em alta conta sua própria justiça. Não pensava, na verdade, que faltasse em qualquer coisa; contudo, não estava de todo satisfeito. Sentia a falta de algo que não possuía. Não poderia Jesus abençoá-lo assim como fizera às criancinhas, e satisfazer-lhe a necessidade da alma?” (DTN, 518) É como se o “bom Mestre” daquele homem fosse uma homenagem a Jesus, mas vinda de um igual a Ele. Sua saudação refletia seu autoconceito. É como se ele pensasse: “Sou tão justo como aquele rabi, mas não consigo ser tão feliz, satisfeito e operante pela salvação dos outros como ele”!

Jesus é a salvação dos pecadores O Deus-Homem levou a atenção daquele pecador para o fato de não existir ser humano algum que alcance o Céu sem a misericórdia de Deus. Não é possível por processos humanos (invenções) melhorar o caráter, vencer a natureza pecaminosa e as tentações sobrenaturais dos anjos caídos sem a intervenção divina. E essa misericórdia e intervenção têm um Nome – Jesus Cristo! Aquele pobre pecador contaminado com a filosofia satânica de vida a parte de Deus (Gn 3:4), disseminada na época pelos próprios líderes da religião judaica através da salvação pelas obras, pela descendência abraâmica, precisava entender que “ninguém [humano] é bom senão um, que é Deus”! Propositalmente Jesus mencionou os mandamentos da Lei menos obedecidos pelos fariseus: o 6°, 7°, 8°, 9° e 5° – nesta ordem – e sintetizou-os com Lv 19:18: “amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Guardar o sábado, não orar a imagens de escultura de nada valem se maltratamos o próximo! (Tg 2:10) Ou seja, o “bom Mestre” estava demonstrando que o obedecer a Deus não era um costume do povo escolhido e ainda assim criam em méritos pessoais perante Deus! No entanto o judeuzinho argumentou que fazia tudo certo ao que Jesus contra-argumentou: “prove que você ama ao próximo vendendo tudo e dando o respectivo valor aos pobres. Prove que você ama a Deus Me seguindo!” (Compare com Mt 19:21) Observe que:

a)      Se Jesus não fosse Deus certamente estaria cometendo o pecado da exaltação própria ao ordenar àquele pecador que O seguisse como se segue a Deus – por inteiro!
b)      Ao ordenar o “homem de posição” que O seguisse estava respondendo a pergunta introdutória do diálogo com a resposta: “Eu sou a vida eterna” ou pelo menos “Siga-Me e terás a vida eterna”!
c)      Ao ordenar ao pecador que O seguisse, o “bom Mestre” estava assumindo a posição de não humano, pois, há poucos instantes declarara: “ninguém é bom senão um, que é Deus”; logo, Ele afirmou ser divino, pois era “bom” o suficiente para fazer o pecador “alcançar” ou “herdar a vida eterna”, mas ao mesmo tempo também era humano, pois havia Se incluído na sentença “ninguém é bom senão um, que é Deus”! Cristo afirmou naturalmente que precisava tanto de Deus comoqualquer outro ser humano para ser “bom” e simultaneamente assegurou que podia salvar um pecador, guiando-lhe os passos! (Veja também Jo 14:6 e 11,12)

Conclusão Cristo era (e é) Deus-Homem. Qualquer outra inferência nos leva a contradizer o raciocínio do próprio Cristo! Quando Ele afirmou que Deus somente era “perfeito e completo”, Ele Se incluiu. Veja você mesmo em sua Bíblia. Ele não disse: “só o Pai é bom” ou “só o Espírito Santo é bom”. Ele asseverou: “só Deus é bom”! E o Deus bíblico, o Criador, Mantenedor e Redentor é uma unidade indivisível composta por Três pessoas divinas. Por outro lado, não é errado chamar Deus Pai, Deus Jesus e Deus Espírito, uma vez que os próprios autores das Escrituras o fazem:

I)                   Deus Pai: “Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus” (Jo 20:17).
II)                Deus Jesus: “deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém!” (Rm 9:5). E olha que quem escreveu isso já havia sido um dos piores arianos, antitrinitarianos que já pisaram na terra!
III)             “Então disse Pedro: ... mentisses ao Espírito Santo... . Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5:3,4).        

Afinal, como Deus morreria se não Se tornasse criatura? Contudo, como Deus poderia salvar se deixasse de ser Deus? O “descendente” da mulher (Gn 3:15) humildemente assumiu uma existência inferior a do Deus (trino) para morrer por Seus próprios filhos. Viveu como homem salvo pela graça divina e morreu como homem perdido (Mt 27:46) para que pudéssemos escolher nosso próprio destino! Ele não se envergonhou de nos chamar irmãos (Hb 2:11), nem de chamar Deus de Pai! Certamente Ele não Se sente mau, até hoje, de ser o “Deus singular” (Jo 1:18). Porém, como poderá salvar um pecador que se recuse a segui-Lo? O “Autor da vida” (Nm 27:16 e At 3:15), o Todo-poderoso JAVÉ “EU SOU” (Jo 8:58 e Êx 3:14) – Jesus, o Cristo –  lhe convida a  invocar o único Nome que pode salvar um pecador, o Seu próprio Nome: JAVÉ, Jesus! (At 4:12, 5:41, Rm 10:13 e Jl 2:32)  por Hendrickson Rogers.

Porque a pena para alguns pecados era a morte?

Os segredos e mistérios do oceano profundo

Quando você se senta na areia de uma praia olhando o mar, é difícil imaginar o quão profundo ele realmente é.
Além das águas iluminadas da superfície, através de zonas deficientes de oxigênio quase desprovidas de vida, e mais para baixo, para baixo e para baixo um pouco mais, em um lugar onde a pressão esmagaria um ser humano, você vai encontrar o mundo misterioso do oceano profundo.
O fundo do mar tem 300 vezes o tamanho do espaço habitado por espécies de terra. É de um frio inimaginável e envolto em escuridão quase total. No entanto, a escuridão está viva, cheia de exércitos incalculáveis de criaturas fantásticas.
Algumas são ridiculamente grandes, algumas têm corpos cintilantes, outras ainda são mais assustadoras do que os bichos papões debaixo de sua cama.
Apesar do fato de que este mundo alienígena é relativamente acessível em comparação com outros planetas mesmo em nosso próprio sistema solar, as profundezas do oceano permanecem praticamente inexploradas – a fronteira final do nosso planeta.
Embora o mar profundo – aproximadamente definido como tudo abaixo de 200 metros – compreenda um impressionante 1 bilhão de quilômetros cúbicos e mais de 90% do espaço de vida no planeta, os cientistas ainda estão tentando responder às perguntas mais básicas sobre ele.
“Nós sabemos tão pouco sobre o mar profundo que não sabemos o que nós não sabemos. Muitas coisas ainda estão sendo descobertas por acaso”, disse Michael Vecchione, biólogo e uma das poucas pessoas que realmente estiveram lá.
Mas o mar fundo está ganhando mais atenção agora, graças ao interesse de várias partes bem financiadas e países.
Em 2003, Vecchione desceu a bordo de um submarino russo à Zona da Fratura de Charlie Gibbs, um corte no fundo do mar atlântico, que tem 4.500 metros no seu mais profundo pico.
Para colocar isso em contexto, a profundidade média do oceano é 4.000 metros, a altura de muitos picos nas Montanhas Rochosas e nos Alpes.
Vecchione e outros cientistas que estudam o mar profundo dizem que um dos seus maiores desafios é tentar descobrir exatamente o que vive lá em baixo.
Embora o Censo da Vida Marinha, um estudo internacional, tenha descoberto mais de 1.200 novas espécies (excluindo os micróbios) nos oceanos do planeta, o estudo também mostrou o quanto os seres humanos ainda tem que aprender sobre o fundo do oceano.
“Deve haver muitos animais, possivelmente grandes, lá embaixo que ainda não conhecemos”, disse Edith Widder, cientista que estuda o oceano.
Ao longo das últimas décadas, os cientistas encontraram criaturas enormes e bizarras habitando as profundezas, como o tubarão boca grande, que cresce até 5 metros de comprimento. Muitas delas só foram vistas quando descobertas na década de 1970.
“Quando elas foram descobertas, foi uma completa surpresa – ninguém sabia que existiam”, disse Vecchione. “Nos últimos 10 anos, duas espécies de lulas de grande porte foram encontradas, e há outras coisas grandes no fundo do mar que já vislumbramos, mas nunca pegamos, então não sabemos o que vamos descobrir”.
Ambos Vecchione e Widder estudam a biologia das águas abertas do oceano profundo, conhecida pelos pesquisadores como a coluna de água – uma região ainda menos explorada do que o fundo do oceano, e cujos habitantes são mais difíceis de encontrar.
“No fundo do mar, algumas criaturas se movem, mas não muito rápido, e muitas ficam apenas paradas em um só lugar”, disse Vecchione. “Mas na coluna de água, as coisas se movem ao redor, e rápido”.
Widder disse que essas criaturas podem fugir da rede de um pesquisador. Até o desenvolvimento relativamente recente de submersíveis tripulados e robôs operados remotamente, as redes eram uma das poucas ferramentas disponíveis para explorar a vida na escuridão das profundezas.
E aquelas redes perderam mais do que apenas animais rápidos em movimento como lulas. Elas perderam toda uma classe de criaturas que parecem ser uma das formas de vida mais dominantes do fundo do mar, uma descoberta que o cientista Bruce
Robison chamou de “uma das maiores descobertas que fizemos nos últimos 10 anos”.
“Só quando começamos a descer lá que percebemos, ‘Meu Deus! Há um número surpreendente de animais gelatinosos aqui embaixo’”, disse Robison.
O oceano profundo é um universo estranho de águas-vivas e seus parentes, às vezes formando cadeias de muitos metros de comprimento, muitas vezes iluminadas por bioluminescência. Esses animais são responsáveis por 25% da biomassa na profundidade.
“Talvez mais”, afirma Robison. “Mas nós não sabíamos disso, porque se você arrastar uma rede através de águas profundas, qualquer um destes animais gelatinosos são triturados ou passam através dela”.
Robison disse que, além de descobrir o que vive lá em baixo, os cientistas também estão tentando descobrir como as coisas vivem lá em baixo – como os nutrientes movem-se da superfície para baixo em um vasto sistema sem muito alcance do sol.
Muito pouca luz solar penetra além de cerca de 200 metros de profundidade. Abaixo cerca de 1.000 metros, é totalmente escuro.
“Nós não sabemos como eles comem”, disse Robison. “Nós não sabemos como ocorrem transferências de material orgânico”.
Para sobreviver e se comunicar no crepúsculo perpétuo do fundo do mar – seja para encontrar alimento, encontrar um companheiro, ou afastar um atacante – muitos dos habitantes produzem sua própria luz.
A bioluminescência é a especialidade de Edith Widder, e ela diz que os cientistas estão apenas começando a entender o que ela chama de “essa linguagem de luz”.
Dado o grande volume de águas profundas, Widder diz que uma grande proporção dos animais em nosso planeta são bioluminescentes, e ainda pouco se sabe sobre as suas inúmeras formas de criar luz.
Widder conta que se sente muito feliz por ter testemunhado os shows espetaculares subaquáticos por si mesma. “É mágico”, disse ela. “É coisa de Harry Potter ter essas explosões de luz ao seu redor. É absolutamente de tirar o fôlego e, claro, quanto mais você sabe sobre isso, mais emocionante é – você pode reconhecer os animais pela sua exibição”, explica.
Muitos cientistas também estão olhando para o mar profundo para tentar resolver algumas grandes questões sobre o papel que ele desempenha no clima da Terra.
“Os oceanos estão absorvendo uma enorme quantidade de calor que resulta do aquecimento global. Temos uma ideia muito boa do quanto a parte superior do oceano está aquecendo, mas não sabemos nada sobre o oceano profundo”, disse o oceanógrafo Gregory Johnson.
Descobrir como as mudanças de temperatura se movem através do oceano profundo tem implicações para os moradores do oceano e os moradores da terra também.
Cientistas dependem de navios e, em certa medida, uma rede crescente, mas ainda relativamente pequena de boias oceânicas para fazer as medições das condições do oceano profundo – desde temperatura e salinidade até química da água.
Como os biólogos, os oceanógrafos e cientistas do clima não têm acesso a muito do que eles estão tentando estudar. “Estamos observacionalmente limitados agora”, disse Johnson.
Uma questão fundamental que cientistas de várias disciplinas se preocupam é: como o que fazemos aqui afeta os oceanos profundos, e como os oceanos profundos afetam as coisas aqui em cima?
“Em muitas maneiras, o oceano profundo é como o volante do motor do planeta. Domina o fluxo de carbono orgânico na Terra”, disse Robison. “Mas se nós começarmos a adulterá-lo, e claramente começamos, então podemos ver algumas mudanças muito grandes na parte do planeta onde vivemos”.
Cindy Lee Van Dover, uma cientista marinha, afirma que o ciclo de carbono feito pelos animais que vivem nas profundezas dos oceanos é de grande importância. Ele afeta a química do abismo, que afeta os oceanos em geral, que afeta a atmosfera – e vice-versa.
Mas, neste momento, os cientistas ainda estão apenas tentando descobrir o que está nesse fundo do mar.
Mais humanos, 12 ao todo, já caminharam na lua do que viajaram para as partes mais profundas do nosso próprio planeta. Apenas duas pessoas já visitaram o local mais profundo da Terra, a Fossa das Marianas, que fica a 11.030 metros abaixo da superfície do Oceano Pacífico ocidental. [OurAmazingPlanet]

Vitamina C. Quanto mais, melhor?

Amplamente presente nas frutas e hortaliças, a vitamina C é um dos nutrientes mais populares, podendo ser encontrada em produtos industrializados enriquecidos tais como, sucos de frutas, pastilhas, balas e cereais matinais.

Essa fama deve-se aos inúmeros benefícios que esse nutriente proporciona ao organismo, como:

- Estimulação do sistema imunológico, promovendo uma maior resistência às infecções;
- Aumento da absorção de “ferro não-heme” (ferro proveniente de alimentos de origem vegetal como, por exemplo, feijão, espinafre e lentilha);
- Auxílio no processo de cicatrização de feridas, sangramentos de gengivas e pequenos cortes;
- Atuação como antioxidante, neutralizando a ação dos radicais livres que desencadeiam o processo de envelhecimento precoce, além de aumentarem o risco para desenvolvimento de câncer e doenças do coração.

Com tantas vantagens, podemos imaginar que quanto maior o seu consumo, melhor será para o nosso corpo, certo? Errado! Por ser uma substância hidrossolúvel (solúvel em água), o excesso é excretado através da urina. A vitamina C está presente em grande quantidade nos mais variados alimentos podendo ser facilmente atingida a sua recomendação. Assim, não é indicado o uso de suplementos que, em geral, contém mais de 10 vezes a recomendação diária da vitamina, ou seja, cerca de 1.000 mg ou 1 g em cada pastilha ou tablete.

Recomendações Nutricionais

A quantidade média necessária de vitamina C para homens e mulheres, a partir dos 15 anos, é de 60 miligramas (mg) diárias. No entanto, especialistas do Conselho Nacional de Pesquisa dos Estados Unidos (National Research Council) estão revisando essa quantia com objetivo de aumentá-la: o novo valor, em estudo, poderá variar de 100mg até, no máximo, 200 mg por dia para pessoas na faixa etária citada.

Se a nova recomendação for aprovada, essa cota poderá ser facilmente atingida consumindo-se, em média, 1 goiaba ou 2 laranjas-pêra por dia. No caso dos fumantes, recomenda-se que o consumo seja de, no mínimo, 100 miligramas, diariamente.

Fontes de vitamina C

Por ser muito sensível, ela é facilmente destruída tanto pelo calor (durante o cozimento dos alimentos), quanto pelo oxigênio (ar) e luz. As suas melhores fontes são as frutas, as verduras e os legumes crus. Dessa maneira, quando for cozinhar esses alimentos, prepare-os no menor tempo possível, utilizando pouca água e servidos logo após o preparo. Não se deve cortar ou picar esses alimentos se eles não forem consumidos imediatamente pois, o oxigênio presente no ar tem o poder de oxidar a vitamina C, destruindo-a. Portanto, guardar suco de laranja ou limonada por muito tempo na geladeira não preserva a quantidade inicial da vitamina. Algumas pessoas têm o hábito de adicionar ao cozimento de vegetais uma pitada de bicarbonato de sódio com a finalidade de melhorar sua coloração. Essa atitude não é indicada, pois, o bicarbonato colabora para a perda de vitamina C. Seguir uma alimentação balanceada e rica em frutas e hortaliças é a melhor (e mais barata) forma de obtermos os benefícios não só da “famosa” vitamina, mas também, de outros nutrientes tão importantes quanto ela para a manutenção de nossa saúde.

Dicas de Saúde

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

10 Principais Razões Que Desautorizam a Observância Dominical


por Azenilto G. Brito
(1) Nenhuma Ordem de Cristo ou dos Apóstolos. Não há mandamento de Cristo ou dos apóstolos concernente a uma celebração semanal ou anual da ressurreição de Cristo. Temos as ordens no Novo Testamento que dizem respeito ao batismo (Mat. 28:19-20), à Ceia do Senhor (Mar. 14:24-25; 1 Cor. 11:23-26) e lavapés (João 13:14-15), mas não há ordenança ou mesmo qualquer sugestão para celebrar a Ressurreição de Cristo num domingo semanal ou num domingo de Páscoa anual.
Sendo que o domingo seria uma “novidade”, um novo princípio de adoração, sobretudo ao substituir uma tradição tão arraigada na cultura nacional e religiosa dos judeus, como o sábado, sem dúvida qualquer alteração nesse sentido daria margem a comentários, explicações, instruções específicas justificando a alteração, sobretudo quando os primeiros conversos à religião cristã eram originários do judaísmo e “zelosos da lei” (Atos 21:20). Nada, porém, consta das páginas neotestamentárias a respeito de tal mudança ou de debates a respeito.
O sábado permaneceu válido e vigente como todos os demais mandamentos do Decálogo após a cruz. Prova disso é o testemunho de Lucas, escrevendo 30 anos após o evento da Ressurreição, que descreve a ação das santas mulheres seguidoras de Cristo preparando ungüentos e especiarias para embalsamar o seu corpo. Elas trabalharam ativamente nisso até que, ao se aproximarem as horas do sábado, cessaram suas atividades e “no sábado descansaram segundo o mandamento” (Luc. 23:56).
Para Lucas, portanto, que declara ter buscado informar-se pormenorizadamente de tudo quanto se relacionava com a experiência do Cristo (Luc. 1:1-4), o dia de repouso “segundo o mandamento” era o sábado. Ele se refere ao domingo simplesmente como “o primeiro dia da semana”, sem atribuir-lhe qualquer título especial (ver Luc. 24:1).
O mesmo Lucas relata nos Atos dos Apóstolos como nas decisões do Concílio de Jerusalém de Atos 15, ao ser tratado o problema dos judaizantes, não se traça nenhuma norma contra a observância do sábado (Atos 15:20), uma demonstração de que tal instrução se fazia desnecessária. Todos o observavam regularmente e não havia necessidade de dar instruções a respeito. Paulo num sábado, quando não havia sinagoga em certa localidade, foi para junto de um rio cultuar a Deus (Atos 16:13).
Em Corinto passou um ano e meio pregando todos os sábados e jamais se lembrou de dizer aos que ali se reuniam para mudarem o dia de culto para o domingo (Atos 18:1-4, 11) mesmo ao permaneceram os gentios, com o afastamento dos judeus.
(2) Jesus Não Fez Qualquer Tentativa de Instituir um Memorial de Sua Ressurreição. Se Jesus desejasse que o dia de Sua ressurreição se tornasse um dia memorial e de culto, Ele teria Se aproveitado daquele evento para estabelecer tal memorial. É importante observar que as instituições divinas como o sábado, batismo, Santa Ceia, todas remontam sua origem a um ato divino que os estabeleceu. Sobre o dia de Sua ressurreição, contudo, Cristo não realizou qualquer ato para instituir um memorial relativo ao excepcional evento.
Pensando bem, tanto a Ressurreição como a Morte de Cristo são eventos igualmente importantes, fundamentais para a fé cristã. Ambos poderiam merecer um dia especial comemorativo. Se a Ressurreição devesse ser celebrada regularmente num dia especial dada a sua importância, por que não a morte do Salvador? Então, temos dois acontecimentos exponenciais para o cristão—a morte e a ressurreição de Cristo. Qual mereceria um dia memorial? Possivelmente ambos, mas as Escrituras não estabelecem isto, nada fica implícito que houve alteração no texto da lei divina por causa de qualquer desses eventos.
Se Jesus desejasse memorializar o dia de Sua ressurreição, muito provavelmente teria dito às mulheres e discípulos naquele dia: “vinde à parte e celebremos Minha Ressurreição!” Em vez disso Ele disse às mulheres: “Ide avisar a meus irmãos que se dirijam à Galiléia” (Mat. 28:10) e aos discípulos: “Ide . . . fazei discípulos . . . batizando-os” (Mat. 28:19). Nenhuma dessas declarações do Salvador ressurreto revela intenção de memorializar Sua Ressurreição por tornar o domingo o novo dia de descanso e culto para a comunidade cristã.
A razão é que nosso Salvador desejava que Seus seguidores vissem Sua ressurreição como uma realidade existencial a ser experimentada diariamente pelo viver vitorioso mediante o poder de Sua ressurreição, antes que por um evento litúrgico/religioso a ser celebrado no domingo. Paulo expressa a esperança de “conhecê-lo e o poder de Sua ressurreição” (Fil. 3:10), mas ele nunca menciona o seu desejo de celebrar a Ressurreição no domingo semanal ou no domingo de Páscoa.
(3) O Domingo Nunca é Chamado de “Dia da Ressurreição”. O domingo nunca é chamado no Novo Testamento de “Dia da Ressurreição”. É repetidamente designado de “primeiro dia da semana”. As referências ao domingo como dia da ressurreição primeiro aparecem na primeira parte do quarto século, especificamente nos escritos de Eusébio da Cesaréia. Por esse tempo o domingo havia se tornado associado com a Ressurreição e conseqüentemente foi referido como “Dia da Ressurreição”. Mas este fato histórico ocorreu vários séculos após o começo do cristianismo.
(4) O Domingo-Ressurreição Pressupõe Trabalho, Não Repouso ou Adoração. O domingo-Ressurreição pressupõe trabalho, antes que descanso e culto, porque não assinala o término do ministério terreno de Cristo, que findou numa sexta-feira à tarde quando o Salvador declarou: “Está consumado” (João 19:30), e daí descansou na tumba segundo o mandamento. Em vez disso, a Ressurreição assinala o início do novo ministério intercessório de Cristo (Atos 1:8; 2:33), o qual, à semelhança do primeiro dia da criação, pressupõe trabalho, e não descanso.
(5) A Ceia do Senhor Não Foi Celebrada no Domingo em Honra da Ressurreição. Historicamente sabemos que os cristãos não podiam celebrar a Ceia do Senhor numa base regular aos domingos à noite porque tais reuniões eram proibidas pela lei romana da hetariae—uma lei que proibia todos os tipos de refeições comunitárias à noite. O governo romano temia que tais reuniões noturnas se tornassem ocasiões para tramas políticas.
A fim de evitar as batidas da polícia romana, os cristãos alteravam regularmente o tempo e lugar da celebração da Ceia do Senhor. Finalmente, mudaram o serviço sagrado da noite para a manhã. Isso explica por que Paulo é tão específico quanto ao modo de celebrar a Santa Ceia, mas vago quanto à questão do tempo da assembléia. Notem que quatro vezes ele repete a mesma frase: “Quando vos reunis” (1 Cor. 11:18, 20, 33, 34). Esta linguagem deixa implícito tempo indefinido, mais provavelmente porque não havia um dia instituído para a celebração da Santa Ceia.
Se, como alguns eruditos pretendem, a Ceia do Senhor era celebrada no domingo à noite, como parte do culto do Dia do Senhor, Paulo não teria deixado de mencionar o caráter sagrado do tempo em que se reuniam. Isso teria fortalecido o seu apelo para uma atitude de mais reverência durante a participação na Ceia do Senhor. A falha de Paulo em mencionar o “domingo” como o tempo da reunião ou o uso do adjetivo “do Senhor-kuriakê” para caracterizar o dia como “dia do Senhor” (como ele fez com referência à Ceia do Senhor), demonstra que o apóstolo não atribuía qualquer significação religiosa ao domingo.
(6) A Ceia do Senhor Comemora o Sacrifício de Cristo, Não Sua Ressurreição. Muitos cristãos hoje consideram a Santa Ceia como o centro de seu culto dominical em honra à Ressurreição. Mas na igreja apostólica, a Santa Ceia não era celebrada no domingo, como acabamos de ver, e não se relacionava com a Ressurreição. Paulo, por exemplo, que alega transmitir o que “recebeu do Senhor” (1 Cor. 11:23), explicitamente declara que o rito comemorava, não a ressurreição de Cristo, mas Seu sacrifício e Segunda Vinda (”anunciais a morte do Senhor até que Ele venha”—1 Cor. 11:26).
Semelhantemente, a Páscoa, celebrada hoje por muitos cristãos no Domingo de Páscoa, era observada durante os tempos apostólicos, não no domingo para comemorar a Ressurreição, mas segundo a data bíblica de 14 de Nisã, primariamente como um memorial do sofrimento e morte de Cristo. Contrariamente ao que muita gente pensa, o Domingo de Páscoa era desconhecido da igreja apostólica. Foi introduzido e promovido pela Igreja de Roma no segundo século a fim de mostrar separação e diferenciação da Páscoa judaica. O resultado foi a bem-conhecida controvérsia sobre a data da Páscoa que finalmente levou o bispo Vítor de Roma a excomungar os cristãos asiáticos (cerca de 191 AD) por recusarem adotar o Domingo de Páscoa. Essas indicações mostram que a ressurreição de Cristo no primeiro dia da semana não influenciou a igreja apostólica a adotar o domingo semanal e a Páscoa anual para celebrar tal evento.
(7) A Ressurreição Não é a Razão Dominante Para a Observância do Domingo nos Documentos Mais Antigos. As mais antigas referências explícitas à observância do domingo se encontram nos escritos de Barnabé (cerca de 135 AD ) e Justino Mártir (cerca de 150 AD). Ambos esses autores de fato mencionam a Ressurreição, mas somente como a segunda de duas razões, importante, mas não predominante. A primeira motivação teológica de Barnabé para a guarda do domingo é escatológica, ou seja, o fato de que o domingo é o “oitavo dia” e representaria “o início de outro mundo”. A noção de que o domingo era o “oitavo dia” foi mais tarde abandonada porque não faz sentido falar em “oitavo dia” numa semana de sete dias. A primeira razão de Justino para a assembléia dos cristãos no Dies Solis—o dia do sol, é a inauguração da Criação: “Domingo é o primeiro dia em que Deus, transformando as trevas em matéria prima, criou o mundo”. Essas razões foram finalmente abandonadas em favor da Ressurreição que se tornou a razão primária para a observância do domingo.
(8) Nada Indica que no Estabelecimento do Novo Concerto Houve Alteração Nos Termos do Mandamento do Dia de Repouso Bíblico. Nada é dito de que na escrita da lei divina nos corações e mentes dos que aceitam os termos do Novo Concerto (Novo Testamento) dá-se alguma alteração nos termos dessa lei no sentido de que o domingo toma o lugar do sábado (Heb. 8:6-10). Sendo que esta passagem é uma reprodução de Jeremias 31:31-33, quando a promessa de um novo concerto foi feita primeiramente a Israel, em função do cativeiro que defrontava em vista de seu pecado (e uma das razões da punição era exatamente a negligência quanto ao mandamento do sábado—ver Jer. 17:19-27), entende-se que as “Minhas leis” referidas em Hebreus mantêm-se as mesmas, logicamente no que tange a seus aspectos não-prefigurativos.
A parte cerimonial dessa lei cessou na cruz, e os leitores primários da epístola aos hebreus (os cristãos judeus) sabiam disso, pois quando tal epístola foi por eles recebida já sabiam que o véu do Templo se rasgara de alto a baixo, findando o cerimonial que apontava a Cristo e Seu sacrifício. E se pairassem ainda dúvidas a respeito, o próprio teor da epístola resolveria o problema, pois seus capítulos 7-10 definem exatamente o fim dessas cerimônias, enquanto ressaltam que a lei divina é escrita nos corações dos verdadeiros filhos de Deus—em seus aspectos morais e outras normas de caráter ético, higiênico, etc., sem mais as cerimônias prefigurativas (ver também Efé. 2:15).
(9) A Igreja Católica Apresenta-se Como Autora da Mudança do Dia de Repouso do Sábado Para o Domingo. Documentos vários da Igreja Católica dão conta de que foi ela que realizou tal alteração, como se pode exemplificar por algumas declarações oficiais dessa igreja, como: “Foi a Igreja Católica que, pela autoridade de Jesus Cristo, transferiu este repouso para o domingo em lembrança da ressurreição de nosso Senhor. Assim, a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que prestam, malgrado seu, à autoridade da Igreja [Católica]”.—Louis Gaston de Ségur, Plain Talk About the Protestantism of To-day [Conversa Franca Sobre o Protestantismo de Hoje] (Boston; Patrick Donahoe, 1868), p. 225.
Também outro documento católico confirma isto:
“P. Como provamos que a Igreja tem poder de ordenar as Festas e Dias Santos?
“R. Pelo ato mesmo de mudar o sábado para o domingo, que é admitido pelos protestantes, e, portanto, contradizem-se por observarem tão estritamente o domingo, enquanto violam a maioria das outras festas ordenadas pela mesma igreja.
“P. Como se prova isto?
“R. Porque por observar o domingo eles reconhecem o poder da Igreja para ordenar festas e exigi-las sob pena de transgressão, e por não observar as demais, igualmente por ela ordenadas, negam de fato o mesmo poder”. — Manual of Christian Doctrine [Manual da Doutrina Cristã] , ou Catholic Belief and Practice [Crença e Prática Católicas] (Dublin: M. H. Gill & Son Ltd., 1916) pp. 67, 68.
(10) O Sábado Será Restaurado na Nova Terra Quando o Pecado For Eliminado do Universo. Se tivesse havido alteração nos termos do dia de repouso divino, isso se refletiria em profecias do mundo futuro, quando o profeta declara que “nos novos céus e a nova terra” todos os moradores virão “adorar perante mim diz o Senhor” no dia de sábado (Isa. 6:22, 23). A profecia de Isaías diz respeito especificamente ao regime da Nova Terra, como indica o contexto. Quando não houver mais pecado e pecadores, nesse novo ambiente “em que habita a justiça” (2 Ped. 3:13) TODOS os mandamentos da lei divina serão respeitados, e sendo que “o sábado foi feito por causa do homem” (Mar. 2:27), prosseguirá no regime santo da Nova Terra, não o domingo, o que seria de se esperar caso tivesse havido tal mudança.
A bem conceituada versão francesa de Louis de Segond assim verte a passagem: “. . . à chaque sabbat, toute chair viendra se prosterner devant moi, dit l‘Éternel” [a cada sábado toda carne virá se prostrar perante mim, diz o Eterno]. Isso também é comunicado pela nossa Bíblia na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil: “. . . em todos os sábados pessoas de todas as nações virão me adorar no Templo”.
CONCLUSÃO: As 10 razões dadas acima são suficientes para desacreditar a alegação de que a ressurreição de Cristo no primeiro dia da semana causou o abandono do sábado e a adoção do domingo. A verdade é que inicialmente a Ressurreição era celebrada existencialmente, antes que liturgicamente, ou seja, por uma maneira vitoriosa de vida, não mediante um dia especial de adoração.
__________
Obs.: Este artigo é uma adaptação do texto “Sete Principais Razões Que Desautorizam a Observância Dominical”, do Dr. Samuele Bacchiocchi, com adição de mais três razões e vários parágrafos adicionais às 7 razões apresentadas no texto original, pelo Prof. Azenilto G. Brito.

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