terça-feira, 23 de agosto de 2011

O Dom de Línguas Bíblico

 Esse importante dom mencionado na Bíblia tem sido incompreendido pelos sinceros irmãos da atualidade. Há mesmo quem afirme que quem não fala em “línguas estranhas” não é batizado com o Espírito Santo (Contrariando totalmente o que está escrito em Efésios 1:13 que afirma sermos selados pelo Espírito a partir do momento em que cremos em Jesus e não no momento em que “falamos línguas estranhas”), ou seja, é uma espécie de “cristão de segunda classe”. Asseguram inclusive que a única prova de ser batizado com o Espírito Santo é falar “língua estranha”.

DEFINIÇÃO E PROPÓSITO:
Segundo a Bíblia, o dom de línguas é a capacidade de falar outra língua conhecida, em outro idioma (esse é o significado do termo grego para “língua”) com o objetivo de anunciar a boa notícia e salvação por meio de Cristo.

Mateus 28:19, 20 diz que devemos “ensinar as pessoas a guardarem todas as coisas…” Observe que, para ensinar, é indispensável conhecer a língua falada do estrangeiro. “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso.” 1 Coríntios 12:7. Concluímos, obviamente, que o falar em língua deve ter uma utilidade; deve ser, ao menos, inteligível. Lembrando: que tenha um propósito evangelístico.  

Esta experiência autêntica aconteceu com os discípulos por ocasião do Pentecostes (A palavra pentecostes é grega e quer dizer “qüinquagésimo (dia)”, pois essa festa era comemorada cinqüenta dias depois da PÁSCOA (Dicionário da Bíblia de Almeida – Sociedade Bíblica do Brasil).):

“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles.   Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua. Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando?   E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?   Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem,   tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?” Atos 2:1-11.

O relato mostra que o dom de línguas foi dado para evangelizar. O verso 6 declara que “cada um ouvia falar na sua própria língua” o que cada seguidor de Cristo dizia e o verso 8 confirma: “e como os ouvimos falar cada um em nossa própria língua materna?” Pela terceira vez exclamaram os estrangeiros: “como os ouvimos falar em nossa própria língua as grandezas de Deus ?” (verso 11).  

Havia, naquele lugar, cerca de 18 nações diferentes. Os apóstolos não tinham tempo e nem uma escola para aprender todos aqueles idiomas. Você percebeu? Houve uma “NECESSIDADE” de pregar o evangelho em um lugar onde havia muita gente (Deus não poderia perder aquela oportunidade!); por isso, o Senhor deu-lhes o dom de línguas estrangeiras. Note que os discípulos não falaram palavras ou sílabas sem sentido. Eram compreendidos em outros idiomas

Há dois aspectos importantes a analisarmos o dom de línguas em Atos 2:

a) A mensagem de Pedro centralizava-se em Jesus (Atos 2:22-36);
b) O dom de línguas não foi acompanhado por um êxtase sentimental descontrolado. Observe que a mensagem foi compreendida de forma a haver resultados: 3.000 pessoas foram batizadas! (Atos 2:41);
c) Paulo também afirma que as palavras usadas no dom são idiomas que precisam ser entendidos pelos ouvintes para que se convertam a Cristo. Não adianta nada falar num idioma que a pessoa não conheça: “Agora, porém, irmãos, se eu for ter convosco falando em outras línguas, em que vos aproveitarei, se vos não falar por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina? É assim que instrumentos inanimados, como a flauta ou a cítara, quando emitem sons, se não os derem bem distintos, como se reconhecerá o que se toca na flauta ou cítara? Pois também se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha? Assim, vós, se, com a língua, não disserdes palavra compreensível, como se entenderá o que dizeis? Porque estareis como se falásseis ao ar.” 1 Coríntios 14:6-9.

“Assim vós, se com a língua não disserdes palavras compreensíveis, como se entenderá o que dizeis? Porque estaríeis como se falásseis ao ar” (ler também 1 Coríntios 14: 18, 19, 23). 

d) O dom de línguas é um sinal para os descrentes a fim de que ouçam as maravilhas de Deus no idioma deles. Não é um sinal para os crentes, conforme 1 Coríntios 14:22: “De sorte que as línguas constituem um sinal não para os crentes, mas para os incrédulos; mas a profecia não é para os incrédulos, e sim para os que creem.”
 
Portanto, tal dom não deve ser usado para orgulho pessoal. O dom de línguas é concedido para evangelizar outras pessoas de outras nações que não conhecem ao Salvador. 

REGRAS A SEREM SEGUIDAS NO USO DO DOM DE LÍNGUAS:
1) No máximo três pessoas devem falar, de forma sucessiva e organizada, um de cada vez – 1 Coríntios 14:27;
2) Deve haver tradutor (intérprete) – 1 Coríntios 14:28;
3) Precisa ser entendido por todos – Atos 2:9-12;
4) Cumprir o papel de edificar a igreja edifica a Igreja estando subordinado ao dom de profecia (1 Coríntios 14:1, 5, 26).
5) Ser enriquecido pelo amor aos irmãos – 1 Coríntios 13:1 e 9.

Muitos cristãos de hoje ferem essas cinco regras frontalmente. Em muitas congregações, por exemplo, há certo número de pessoas e todos querem falar ao mesmo tempo. Não pode haver intérpretes porque os que falam não sabem o que estão falando.  

Observação: Por que utilizar o dom de línguas no Brasil se todos falam o português?


OUTROS ASPECTOS IMPORTANTES A SEREM AVALIADOS SOBRE O DOM

1. A gritaria não pode fazer parte da manifestação de qualquer dom – Efésios 40:30, 31;


2. A pessoa tomada pelo Espírito Santo tem paz e domínio próprio (Gálatas 5:22, 23), ou seja, não cai no chão.

3. O dom de línguas não provoca desordem na igreja. Em 1 Coríntios 14:33, 40 é dito que “Deus não é de confusão e sim de ordem e paz.” A obra de Deus sempre se caracteriza pela calma e a dignidade. Havendo barulho, choca os sentidos (ler Mateus 6:6; Gálatas 5:22, 23). Lembremos de que Deus não é surdo.   

4. O Espírito Santo somente é concedido aos que obedecem a Deus (Atos 5:32). Será que os que se dizem possuidores do Espírito Santo guardam todos os mandamentos de Deus? (ver Tiago 2:10). A pessoa que conhece a Palavra e de livre vontade desobedece a Deus, não tem o Espírito Santo, mesmo que possa parecer! “O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.” Provérbios 28:9.

5. O fato de alguém falar em línguas não é prova de tenha sido batizado(a) pelo Espírito Santo. A Bíblia apresenta diversas pessoas que receberam o Espírito Santo e, contudo, não falaram em línguas, pois não era necessário. São elas:
  • Os samaritanos (Atos 8:17);
  • Maria (Lucas 1:35);
  • Estevão (Atos 6:5; 7:55);
  • Saul, o primeiro rei de Israel (l Samuel 10:10);
  • Gideão, juiz de Israel (Juízes 6:34);
  • Sansão, outro juiz (Juízes 15:14);
  • Zacarias, pai de João Batista (Lucas 1:67);
  • Bezalel, em tempos remotos (Êxodo 31:1-3);
  • João Batista e sua mãe (Lucas 1:15 e 41);
  • Os sete diáconos (Atos 6:1-7);
  • Jesus Cristo (Lucas 3:22).
Vemos que Jesus nunca falou em línguas. Será que Ele não tinha o Espírito Santo? Claro que tinha! Ele não usou esse dom porque não havia uma necessidade evangelística para tal. Exigir que todos os irmãos falem em línguas é querer dirigir o Espírito. É ir contra a soberania dEle, pois somente Deus Espírito Santo é quem distribui os dons como Ele quer: “Porém é um só e o mesmo Espírito quem faz tudo isso. Ele dá um dom diferente para cada pessoa, conforme ele quer.” 1 Coríntios 12:11.

6. O termo “língua dos anjos” só aparece em l Coríntios 13:1, quando Paulo afirma: “Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.” O apóstolo está apenas destacando que, mais importante que falar a língua dos homens e dos anjos, é ter amor. Não está afirmando que essa manifestação estranha de língua angélica fizesse parte de nossa pregação (leia Gênesis 18 e Apocalipse 22:8, 9, onde os próprios anjos falaram idiomas humanos para que pudessem ser compreendidos! Leia também Gênesis 19:15; Lucas 2:8-14; 1:16-18).

7. Em Marcos 16:17 é dito: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios: falarão novas línguas.” O que significa “falar uma nova língua” na Bíblia? O texto original grego responde. Há duas palavras gregas diferentes para descrever o termo “novas” línguas: neós e kainós.
  • Neós é algo novo que não existia antes.
  • Kainós é algo novo que já existia.
A palavra empregada em Lucas 16:17 é kainós, indicando assim que as “novas línguas” faladas pelos discípulos de Jesus seriam novas apenas para eles que não as conheciam, mas elas já existiam!

ILUSTRAÇÕES
Ilustração 1: A pessoa tinha um carro, ano 2007, e trocou por um 2008. Para a pessoa que comprou, o carro é novo. Significa novo na “experiência”, pois o carro já existia. Assim é o dom de línguas em Marcos 16:17. Para a pessoa que aprendeu a nova língua, é nova (Kainós), mas o idioma já existia, era falado por um grupo de pessoas.

Ilustração 2: Certa vez, um pastor foi em um culto para “testar” se realmente aqueles cristãos entendiam o que estavam dizendo. No decorrer da programação ele recitou o Salmo 23 em grego. Um dos membros daquela igreja levantou-se e foi “interpretar” o que o pastor disse. Afirmou que Deus estava pedindo para que todos entregassem o coração a Jesus, sendo que o pastor apenas falou o Salmo 23 em grego, e ainda por três vezes! Imagine que “balde de água fria” foi para a congregação quando o pastor disse o significado verdadeiro das palavras e que o suposto tradutor estava mentindo. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A língua falada é um sistema de linguagem em que os seres humanos, dotados de inteligência, se comunicam e se entendem perfeitamente. As “línguas estranhas” faladas em muitos cultos de hoje nada têm em comum com as mais de 3.000 línguas e dialetos existentes na Terra.
Por conseguinte, não possuem importância evangelística e nem servem para identificar quem é cristão consagrado ou não (lembre-se Efésios 1:13).

A teoria de que o genuíno dom de línguas se manifesta hoje na forma de línguas estáticas, não faladas atualmente por qualquer povo ou nação, carece de fundamento bíblico.

As várias alusões, na Versão Almeida Revista e Corrigida, a “línguas estranhas” (1 Coríntios 14) não aparecem no texto original grego (O termo línguas estranhas foi acrescentado pelo tradutor para tentar “facilitar” a compreensão do texto. Entretanto, dificultou mais ainda, dando apoio à idéia de que o dom de línguas bíblico é algo ininteligível) onde a expressão usada é simplesmente “línguas”.

Portanto, se estou falando a você em Francês (língua estrangeira) e você não sabe nada de Francês, para você estou falando língua estranha, pois não pode ser entendida. Mas isso não quer dizer que o Francês é um idioma que não pode ser entendível por ninguém. Daí surge a necessidade do intérprete.
Segundo nossos dicionários, interpretar é a “arte de determinar o significado preciso de um texto ou lei”, “fazer entender”. Traduzir é apenas converter cada palavra de seu estado estrangeiro (estranho) ao corrente (entendível). Portanto, não existe tradução sem interpretação.

E, não esqueça: o dom de línguas em Atos 2 (Atos 10, 19, 1 Coríntios 12-14) tem sempre um propósito evangelístico.

Se quiser aprofundar-se ainda mais no assunto, mantenha contato conosco.
Um abraço dos seus amigos da Escola Bíblica.
Autoria: Desconhecida.
Edição de Texto: Leandro Quadros.
Rede Novo Tempo de Comunicação
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Jacareí, SP.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

E se Jesus tivesse pecado?


Essa pergunta, formulada de diferentes maneiras, é muito frequente. Sempre reluto em respondê-la, pois existe o risco de especular sobre fatos que desconhecemos. É surpreendente que alguns levam suas especulações tão a sério que se tornam dogmáticos sobre elas. A humildade deveria ser a característica fundamental de qualquer pessoa que estuda a Bíblia. Sobre essa pergunta, em particular, minha relutância se deve ao fato de que sabemos o que realmente aconteceu. Sabemos que Jesus não pecou (2Co 5:21; Hb 4:15; 7:26). Isso já deveria ser o suficiente. Mas os que estão interessados na questão insistem no assunto: Ele poderia ter pecado? Se tivesse pecado, quais seriam as consequências do Seu pecado? Para não termos que tratar desse assunto outra vez, deixe-me fazer alguns comentários que podem – ou não – ser úteis para você.

1. Jesus e o pecado. Jesus poderia ter pecado? Minha resposta bastante direta é: Sim! Existe base bíblica para isso. Jesus era verdadeiramente humano e estava sujeito às mesmas tentações que enfrentamos, como também a outras que jamais teremos que enfrentar (Hb 4:15). Jesus lutava diariamente contra o pecado e era vitorioso sobre ele. Esse era um conflito real, não porque Jesus tivesse a natureza corrompida pelo pecado (Ele não a tinha), mas porque, como cada um de nós, Ele possuía livre arbítrio. É isso que torna possível escolhermos estar do lado de Deus no conflito cósmico. Rebelar-se contra Deus significa rejeitar essa liberdade ou, mais especificamente, desprezá-la, escolhendo a morte. O exemplo típico da possibilidade de Jesus pecar é Sua experiência no jardim do Getsêmani. Nessa ocasião, Sua vontade O incitava a preservar Sua vida, ao mesmo tempo em que Seu compromisso com o Pai para a salvação da humanidade impulsionava Jesus para o autossacrifício e morte (Mt 26:39). O poder e a realidade dessa tentação é que ela implicava a possibilidade de Ele escolher não fazer a vontade de Deus. Não fosse assim, toda essa luta teria sido uma encenação teatral, um exercício de autoengano ou uma ilusão.

2. A singularidade de Jesus. O fato de Jesus ter vencido todas as tentações é incompreensível para nós porque somos todos pecadores. A impecabilidade de Jesus cria problemas teológicos para os que querem considerá-Lo muito semelhante a nós. É nesse ponto que Sua singularidade é manifestada com grande poder. Quer creiamos ou não – e eu, pessoalmente, creio –, Ele é diferente de todos nós! Ele nunca cometeu nenhuma forma de pecado, seja em atos ou pensamentos. Ele é o único e exclusivo ser humano que viveu sem pecado. É essa singularidade que leva as pessoas a perguntarem: E se Ele tivesse pecado? Parece que Sua impecabilidade provoca em nós algum desconforto. Mas não deveria ser assim, pois a vida sem pecado de Jesus é o pré-requisito para a expiação.

3. O futuro de Jesus. Podemos também afirmar que o futuro de Jesus e o nosso futuro são o mesmo, porque Ele venceu o mal e nos reconciliou com Seu Pai. Mas podemos afirmar que havia um futuro alternativo para Jesus, caso Ele houvesse pecado? É aqui que começam as especulações. Permita-me dizer isto da maneira mais franca possível: se Jesus houvesse falhado, o Deus que conhecemos não seria nosso Deus. Em outras palavras, do nosso ponto de vista, Ele deixaria de existir. A falha de Jesus significaria que Deus é incapaz de vencer as forças do mal e que Satanás tem poder suficiente para vencê-Lo e arruinar Seu plano de salvação. Consequentemente, Deus seria forçado a nos abandonar. Como você pode ver, o risco de cair em especulações é muito alto. A derrota de nosso Deus no momento de Sua maior manifestação de poder na cruz de Cristo é algo que dificilmente podemos sequer imaginar, quanto mais levar a sério. Uma vez que o Deus bíblico é, por definição, invencível, nossa pergunta permanece praticamente sem resposta. Se a natureza humana do Filho de Deus houvesse falhado, o próprio Deus teria falhado. Mas Ele não falhou. Amém!

Fonte: Dr. Ángel Manuel Rodríguez, Adventist World, setembro de 2010.

Cinema: Por que não ir?


Há alguns anos atrás o cinema era rotulado como um local onde os namorados gostavam de se encontrar para trocar carícias. O ambiente escuro e confortável era ideal para servir de “namoródromo”. Você já deve ter ouvido falar sobre os “lanterninhas” que ficavam a procura desses casais apaixonados.

Hoje o cinema é visto de uma forma mais abrangente, como mais uma opção de lazer da cidade moderna onde não somente namorados freqüentam, mas famílias, crianças, etc.

Como jovem adventista sempre aprendi que ir ao cinema era desaconselhável. Os argumentos usados eram fundamentados em questões sócio-culturais e até tecnológicas, como pretendo mostrar adiante. Esse artigo tem por objetivo refletir em alguns pontos sobre a presença de um cristão no cinema e prover argumentação bíblica para a questão, ajudando aos líderes a explicar os motivos que levam a nossa igreja a desaconselhar a freqüência neste local.

Argumentos Comumente Usados Contra a Freqüência ao Cinema:

1- Argumentação acerca do local: 


Este argumento afirma que o local é pecaminoso, conseqüentemente inadequado para um cristão. O espaço físico do cinema em si não é o problema, pois tal espaço é amplamente usado nos dias de hoje para finalidades sacras e educativas, como cultos, congressos, encontros, palestras, etc. É um ambiente agradável, confortável e limpo. É válido lembrar que muitas denominações estão comprando o espaço físico do cinema e transformando em igrejas, por causa de sua infra-estrutura.

Desta forma, falar que o ambiente físico do cinema é o problema não faz muito sentido, uma vez que ele pode ser usado para finalidades educativas e religiosas. O que determina se um local é pecaminoso não é seu nome, mas sua finalidade.

2- Argumentação acerca do ambiente e a tecnologia: 


A afirmação de que o ambiente é escuro e a atenção é direcionada somente ao telão. Essa mesma técnica é usada na igreja para exibir um filme bíblico, uma projeção, etc. Com o desenvolvimento tecnológico, muitos lares já dispõem de projetores de vídeos, grandes telas de led, LCD ou plasma, sistemas de áudio profissionais (semelhante ao do cinema - Home Theatre Systems) tornando um cômodo da casa em um pequeno “cinema”. Dessa forma, não é o meio de comunicação áudio-visual, o tipo de aparelho de projeção ou a iluminação que torna o ambiente pecaminoso, mas o conteúdo que será exibido.

Por que exibir o filme de Moisés num projetor e com as luzes apagadas num local que esteja escrito IGREJA é lícito, mas o mesmo filme exibido da mesma forma em outro local escrito CINEMA é errado? Foi divulgado na Revista Veja (abril, 2004) que muitas igrejas alugaram cinemas para que seus membros assistissem ao filme “A Paixão de Cristo”, mostrando que até o público pode ser o mesmo nos dois locais: igreja e cinema.

É dito ainda que em casa você pode desligar o aparelho de televisão, se a cena ou o filme é impróprio. Mas uma pessoa está proibida de sair do cinema se não estiver satisfeita com o filme?

3- Argumentação acerca do filme em exibição: 


Os filmes são inapropriados para um cristão.Sobre a qualidade do filme a ser exibido, é verdade que a maioria dos filmes não são indicados para cristãos.

Por outro lado, há filmes bons e inspiradores, religiosos ou não. Sendo assim, não é o filme em si mesmo o pecado, mas a sua mensagem, sua moralidade e seus objetivos. Lembrando mais uma vez que a maioria dos filmes são inapropriados, pois são imorais, infundados, irreais, espiritualistas, violentos e ateus. Sendo assim, esse argumento não consegue, da mesma forma, desaconselhar a freqüência ao cinema.

Diante dos comentários acima, como explicar para um cristão que o Cinema é desaconselhável? Como argumentar com os jovens que são bombardeados e influenciados por uma sociedade liberal e possuem informações semelhantes às citadas acima para freqüentarem livremente o Cinema?

Por que não ir ao cinema?

1. Temos orientação profética.

"O único caminho seguro é abster-nos de ir ao teatro [cinema], ao circo e a qualquer lugar de diversão duvidosa". Mensagens aos Jovens, 380. Acréscimo nosso.
Cinema é um teatro filmado e editado, mas o princípio não muda. Deus revelou que esses são lugares de diversão duvidosa. Note que o circo é citado e eu poderia citar outros lugares de diversão duvidosa como: boates, danceterias, bares, shows, estádios, touradas, rodeios, rinhas, etc.

2. É norma da igreja. 

No voto batismal o cinema é citado como um lugar desaconselhável para o candidato ao batismo. A Bíblia é clara em nos orientar a seguir e obedecer as autoridades constituídas e creio que a igreja é uma das principais autoridades divinas aqui na terra. Prefiro seguir sua orientação do que me rebelar e correr o risco de está desobedecendo a Deus. Pastores líderes jovens também nos orientam assim e como são ungidos do Senhor devemos respeitá-los.

3. A maioria dos filmes são inapropriados. 

Pense bem nos últimos filmes exibidos no cinema, que proveito eles têm?

Faça o teste bíblico e pergunte se este filme segue a seguinte recomendação de Deus:

"Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." Filip. 4:8.

4. Não devo ser causa de tropeço para meu irmão.

“Não vos torneis causa de tropeço nem para os judeus, nem para os gentios, nem tampouco para a igreja de Deus, assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos” (ICor. 10:32 e 33).

Por que vou usar minha liberdade para escandalizar meus irmão fazendo o que a igreja desaconselha?

“Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos” (ICor. 8:9).

Conclusão: 

Diante desses argumentos creio que devemos respeitar essa norma de nossa igreja tendo a certeza que estamos agradando a Deus. Hoje podemos assistir bons filmes em nossa casa, não temos a necessidade de ir ao cinema.

Cuidado para não ser viciado em filmes (quem não passa uma semana sem assistir um) e não use cópias piratas por que além de crime você está roubando.

Um abraço.
Fonte: Nisto Cremos

PR. YURI RAVEM
Mestre em teologia e pastor da Igreja Adventista. Casado com Andressa, mestre em educação.
Editor Associado do Blog Nisto Cremos

O que as amoras podem fazer por sua saúde?

Mais do que você imagina!
Lindas, macias, gostosas. As amoras muitas vezes passam despercebidas nas gôndolas dos mercados e feiras livres. Mais do que uma fruta comum, as amoras guardam uma verdadeira fonte de boa saúde.
Boa saúde digestiva
  As amoras são riquíssimas em fibras. Uma comparação muito simples pode ser feita com o trigo, tão consumido por nós brasileiros. Um punhado (o suficiente para encher a mão) de amoras, contém cerca de 8 gramas de fibras. Isso equivale a mais que o dobro da quantidade que encontramos no trigo na mesma quantidade.
Sem as fibras não temos uma boa saúde digestiva. Elas são importantes para equilibrar o nosso peso, melhorar a saúde como um todo e contribuir para a diminuição dos níveis de colesterol.
Processos de cura
Na composição química da amora, encontramos substâncias importantes, como os taninos. Os taninos são polifenóis encontrados em uma grande gama de frutos e plantas. Na natureza, sua função é reduzir o consumo da planta por herbívoros, já que sua presença causa a diminuição do paladar agradável na mastigação. Contribui também para reduzir ataques de pragas naturais.
  Segundo a nutricionista da Prince Grace Hospital, em Londres, Sarah Wilson, os taninos foram muito usados no passado na medicina para agirem como constritores de vasos sanguíneos em cortes e ferimentos, sendo aplicados diretamente na pele.
Outros usos farmacológicos importantes para os taninos e seus derivados são:
Atuar como antídoto em alguns casos de intoxicação através de metais pesados e certos alcalóides, poder de adstringência, anti-sépticos, antioxidades, melhorar casos de diarréia, quando usado externamente, age como cicatrizante e hemostático, dentre outras funções.
Reforçar a imunidade
Estas pequenas frutinhas são riquíssimas em vitamina C. Suas funções no nosso corpo são inúmeras: importante no nosso sistema imunológico e para a saúde cardiovascular, contribuindo para a redução da pressão arterial. Uma das funções da vitamina C que podemos destacar é sua capacidade de melhorar a absorção do ferro pelo nosso organismo, quando ambos são ingeridos ao mesmo tempo.
Auxiliar no combate ao câncer
  Pesquisadores descobriram que as antocianinas, um dos pigmentos encontrados nas amoras, podem ser eficientes antioxidantes. Ficou provado que estes pigmentos vegetais conseguem inibir o crescimento de algumas células tumorais. Nestes compostos fitoquímicos também foram encontrados moléculas chamadas de C3G, pertencentes ao grudo dos flavonóides, que também demonstraram ação de extermínio contra o câncer de pulmão e de pele.
Olhos
Nas amoras são encontradas substâncias chamadas de luteína, importantes para proteger os olhos, especialmente numa área chamada mácula, um local dos nossos olhos situado atrás da retina e é sensível à luz. A luteína também consegue prevenir danos causados por raios ultravioletas.
Ossos
Até mesmo nos ossos a amora consegue fornecer boa saúde. Pequenas quantidades do fruto já são suficientes para fornecer a metade do manganês que nós necessitamos diariamente. E qual a importância disto? O manganês ajuda a formação de tecido conjuntivo. Estes por sua vez são vitais para dar uma boa estrutura e sustentação para a correta formação dos ossos.
Divisão celular e gravidez
Nas amoras encontramos vitamina B9, também chamado de ácido fólico. Esta vitamina tem papel muito importante na divisão celular (mitose e meiose) e para um crescimento saudável. Centenas de cremes anti-rugas possuem ácido fólico, para auxiliar na estimulação de crescimento de novas células da epiderme.
Os ginecologistas recomendam que as mulheres grávidas comam alimentos ricos em ácido fólico para prevenir problemas na gestação, espinha bífida por exemplo.

Dicas para uma Vida Saudável e Feliz

Nosso Senhor Jesus Cristo gastou grande parte de Seu ministério curando os doentes. Deus não gosta de ver o sofrimento de Suas criaturas. Enquanto Satanás, o autor da doença, semeia, pelo pecado, a enfermidade, o sofrimento e a morte – Deus, o Autor de toda obra perfeita, opera para a restauração do corpo, o bem-estar físico, a vida.
A causa da doença é o pecado. E o pecado é a transgressão de leis – moral ou de saúde. Quando Jesus curou o paralítico que estava junto ao tanque de Betesda falou: “Não peques mais, para que não te aconteça coisa pior” (João, capítulo 5, versículo 14).
Amigo, existem leis que são responsáveis pela saúde. A desobediência a essas leis traz maus resultados. A bênção do Céu é estendida ao que obedece. Uma vida longa e feliz é o resultado de um viver planejado, obediência a princípios e regras – os quais promoverão no organismo aquela resistência necessária para prevenir doenças e até curá-las.
Quero apresentar hoje oito fatores vitais que proporcionam saúde e uma vida mais feliz.
O primeiro fator é o AR PURO. Uma das necessidades essenciais do organismo é o oxigênio que conseguimos pela inalação do ar. Boa ventilação da casa (mesmo durante o sono) e no lugar de trabalho é uma necessidade. Respire fundo ao ar livre, encha e esvazie os pulmões, várias vezes. Isso ajuda a circulação e traz saúde aos pulmões e novo vigor à mente.
O segundo fator para uma boa saúde é LUZ SOLAR. Ela destrói os germes. É um extraordinário e saudável remédio. Através dos raios ultra-violeta conseguimos a vitamina D, que ajuda a fixar o cálcio nos ossos, tornando-os mais fortes.
Além do ar puro e do sol, outro remédio indispensável é a ÁGUA. Beba bastante água pois é importante para cada célula do corpo. Tome diariamente uns 6 copos d’água pura entre as refeições. Muita água, por dentro e por fora.
O quarto fator da boa saúde é o DESCANSO. Dedique tempo para recreação e para descansar. São os dois melhores remédios para a mente e corpo cansados. Durma de 7 a 8 horas cada noite. Aprenda a relaxar.
Ar puro, luz solar, água, descanso. E, tem mais! O quinto fator da boa saúde é o EXERCÍCIO. Ele tonifica os músculos, acalma os nervos e ajuda na circulação. Se você tem um trabalho braçal talvez não necessite tanto de mais exercícios. Mas se você leva uma vida sedentária ou tem um trabalho mental, deve caminhar, nadar, cultivar um jardim, praticar um esporte.
Outro fator para a boa saúde é a TEMPERANÇA, ou seja, abster-se, deixar de lado coisas nocivas, que fazem mal e usar com moderação as coisas boas.
Todos os médicos sugerem deixar de lado as bebidas alcoólicas. A Bíblia também recomenda isso (Provérbios, capítulo 20, versículo 1). Todos sabemos que o fumo e as drogas destroem o corpo humano. Abandone o cigarro se você ainda fuma.
Ser temperante também significa ter moderação em tudo: no comer, no beber, no trabalho, na diversão. Todo excesso é prejudicial e condenado. Muitos contraem doenças e encurtam seus dias pelo excesso no comer. Cavam suas sepulturas com seus próprios dentes. Outros fazem isso pelo excesso de trabalho.
Um sétimo fator para a boa saúde é um REGIME ALIMENTAR apropriado. “Nós somos o que comemos”, diz um ditado popular. Por isso, varie os pratos de uma refeição para outra; sirva-se de poucas variedades numa refeição; prepare os alimentos de maneira simples, com pouca gordura; seja moderado no uso das frituras, doces, condimentos, sal, açúcar. Quanto possível, coma os alimentos em seu estado natural: verduras e frutas cruas, cereais integrais. Lembre-se que o pão integral e o arroz integral são mais nutritivos do que o pão branco e o arroz polido. Coma com moderação, sem pressa. Mastigue bem. Não coma entre as refeições. Dê tempo ao estômago para terminar a digestão. Coma em horas regulares. Faça uma boa refeição pela manhã e no almoço e coma pouco à noite.
Prefira um regime vegetariano. Essa foi a dieta escolhida por Deus, no começo do mundo (Gênesis, capítulo 1, versículo 29).
Deixar a carne de lado exige um cuidado todo especial para que se consigam todas as proteínas necessárias de origem vegetal.
E, por falar em carne, convém lembrar que o uso da carne como alimento foi liberado por Deus, com restrições. Entre essas restrições, Deus proibiu o consumo do sangue (Gênesis 9, versículos 3 e 4). Essa ordem de Deus foi dada logo após o dilúvio. Havendo os alimentos vegetais sido destruídos pelo dilúvio, o Senhor permitiu o uso da carne como alimento – mas não com sangue. Este preceito foi mantido pelos apóstolos, no Novo Testamento, conforme lemos em Atos 15, versículo 29. Deus também fez distinção entre os animais, declarando alguns como limpos e outros imundos. Deus foi muito claro ao dizer que a carne de animais considerados imundos não deveria ser consumida.
A distinção entre os animais, como limpos e imundos, foi feita cerca de 850 anos antes do povo judeu existir (Gênesis 7, verso 2). Ela é uma lei de saúde não tendo em si nenhuma relação com a lei cerimonial, o que nos leva a declarar que ela nunca foi abolida e está em vigor até hoje para o bem de todos os filhos de Deus.
Leia, por favor, o capítulo 11 do livro de Levítico. Você vai encontrar as características e a lista dos animais limpos e imundos. Os limpos têm casco dividido e remoem. Já os peixes limpos têm barbatanas e escamas. Na lista dos animais e aves imundos estão: o camelo, a lebre, o porco, o corvo, o rato, o avestruz, etc.
Vimos no estudo de hoje alguns fatores da boa saúde: ar puro, luz solar, água, descanso, exercício, temperança e, agora, por último, CONFIANÇA NO PODER DIVINO. Este é o segredo para uma vida saudável e feliz. Médicos e enfermeiros podem fazer o seu melhor para ajudar os enfermos a se recuperarem, mas o paciente precisa manter sua fé em Deus se deseja restauração completa.
Deus é Aquele que, no Salmo 103 versículo 3, garante que “perdoa todas as iniqüidades e sara todas as enfermidades.”
Siga essas recomendações e viva feliz!
Pr. Montano de Barros
Fonte: Sétimo Dia

Sonho - Conexao Vocal

Espaçonave Terra - SEMANA 35 - MEDINDO TEMPO E ESPAÇO; A TERRA COMO REFERÊNCIA

domingo, 21 de agosto de 2011

Quem é Miguel o Arcanjo?

Um fato Surpreendente: Quando o Rei Humberto da Itália herdou o trono, Nápoles estava à beira da insurreição contra a monarquia. Políticos argüiram violentas medidas para forçar as pessoas à submissão, mas o rei não o permitiu. Depois, a cólera subitamente eclodiu na cidade, e junto com a temida doença veio a fúria. O jovem rei, ignorando as advertências de seus conselheiros, deixou o palácio e visitou sozinho os lotados hospitais de Nápoles. Emocionado com a situação, com dedicação e amor à causa, ele ministrou inclusive às pessoas ingratas com suas próprias mãos. Muitas pessoas que sofriam, suspiraram orações de gratidão para com o jovem médico que os servia, não sabendo que ele era o seu menosprezado rei. Quando a praga foi finalmente contida, muitos descobriram a verdadeira identidade do nobre enfermeiro que tinha cuidado deles. Nápoles, em seguida, tornou-se uma cidade conquistada, não pela força, mas pelo amor e piedade do monarca que uma vez recusara. A partir de então, o povo de Nápoles se tornou fiel ao Rei Humberto.



O Enigma de Miguel


Perguntas freqüentes surgem nos círculos cristãos sobre a verdadeira identidade do misterioso personagem bíblico conhecido como Miguel, algumas vezes chamado de “o Arcanjo Miguel” e “Miguel, o Grande Príncipe.” Alguns alegam que Miguel é o mais elevado dos anjos celestiais, um dos querubins cobridores ou um mensageiro especial desejado por Gabriel. Sendo, portanto, um ser criado. Outros, como o comentarista bíblico Matthew Henry, afirmam que Miguel é simplesmente mais um dos muitos nomes do próprio Jesus. Poderemos nós conhecermos a verdadeira identidade deste misterioso Ser? Obviamente, a chave para decifrar esta pergunta intrigante é encontrada nas Escrituras. “Pois é preceito sobre preceito, preceito sobre preceito; regra sobre regra, regra sobre regra; um pouco aqui, um pouco ali”. (Isaías 28:10)


Uma rápida olhada em uma Concordância Bíblica revela que há 15 referências ao nome Miguel nas Escrituras. Dez dessas vezes, ele é simplesmente chamado de Miguel. De fato, a entrada para “Miguel” no léxico (grego e / ou dicionário hebraico) afirma: “O nome de um arcanjo e nove israelitas.”


É a identidade de Miguel, o arcanjo e príncipe, mencionado nas últimas cinco referências que buscamos neste importante estudo.


A primeira destas três referências de Miguel está no Antigo Testamento, no livro do profeta Daniel. Os dois últimos são mencionados nos livros do Novo Testamento de Judas e Apocalipse. Com um honesto estudo de comparação destes e de outros versos, rapidamente surgem pistas que nos levam a uma inescapável conclusão da verdadeira identidade de Miguel; Ele não é senão Jesus, Ele não é um anjo criado ou querubim, mas seu nome é um dos muitos títulos do grande Filho eterno de Deus!


À primeira vista, o Antigo Testamento retrata Miguel como um príncipe, e o Novo Testamento o descreve como um arcanjo. Mas, olhando para outras Escrituras relacionadas onde são utilizadas semelhante expressão e linguagem, vamos ver emergir um padrão interessante.


Um Aviso


Antes de proceder qualquer outra coisa, por favor, leia com atenção e entenda este próximo pensamento. Porque a palavra “anjo” significa mensageiro, ela é muito usada livremente e em grande parte das Escrituras. Às vezes, homens são chamados anjos na Bíblia (1 Samuel 29:9, Gálatas 4:14). Às vezes anjos são chamados de homens (Gênesis 32:24). E em outros lugares, como será demonstrado em breve, o próprio Deus é identificado como um anjo! Claro que, mesmo os anjos são chamados de anjos.


Normalmente, quando uma pessoa pensa em um anjo, imagina vários níveis de espíritos ministradores conhecidos como Anjos, Serafins, ou Querubins. Ao contrário de Jesus, estes seres celestiais são criados. Existem alguns cultos que ensinam que Jesus, antes de Sua encarnação terrena, foi realmente apenas um poderoso anjo que tinha uma exaustiva contenda, com Seu companheiro desobediente: o anjo Lúcifer. Por sua vez, isto significaria que Jesus é uma criatura que tem sido promovida por seu Pai e por isso não é o Deus eterno como os cristãos acreditam. Este estudo rejeita categoricamente essa opinião. Jesus é, e sempre tem sido, o Filho do Deus eterno e, na verdade, o próprio Deus. Qualquer comparação feita a Jesus como um anjo no presente estudo é simplesmente no sentido clássico, como um grande mensageiro da salvação e de forma alguma têm a intenção de diminuir Sua divindade eterna.


A chave está no Nome


Primeiro, vamos examinar o significado de algumas palavras e nomes. No Novo Testamento grego, a palavra “anjo” significa “mensageiro”, e “arc” significa “chefe, principal, maior, ou mais elevado.” Então, “arcanjo” significa simplesmente “mais elevado ou importante mensageiro.” O nome hebraico “Miguel”, encontrado no Antigo Testamento, significa “quem é como Deus” ou, por vezes, ele forma uma pergunta: “Quem é como Deus?” Então o título Miguel o Arcanjo pode ser traduzido como “O maior mensageiro que é Deus”. Se esse nome é uma pergunta, afirmação, ou um desafio será ainda mais evidente pelo estudo. Um anjo que professa ser como Deus. Isso abrange também um querubim caído das cortes celestiais – Lúcifer, que se tornou o Diabo e Satanás, por ter a pretensão de “ser semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14:14). Em Apocalipse 12:7, Satanás se opõe à “Miguel e seus anjos” e foi expulso do céu.


O Anjo do Senhor


A frase “anjo do Senhor” é encontrada 68 vezes na Bíblia. Às vezes, aplica-se a Gabriel que apareceu a Daniel, Zacarias, e Maria. Mas Gabriel é chamado de “um” anjo do Senhor (Lucas 1:11). Ele não é referido como “o” anjo do Senhor. Ele também nunca é chamado de “Arcanjo”. (E enquanto nós estamos discorrendo sobre o assunto, deve se observar que o popular anjo Rafael não aparece em qualquer lugar da Bíblia [66 livros].) Gabriel é provavelmente um dos dois querubins que cobre o trono de Deus. Lembre-se que ele disse ao profeta Zacarias, “Eu sou Gabriel, que assisto na presença de Deus” (Lucas 1:19). Lúcifer, presidia outra posição antes de sua queda (Ezequiel 28:14). Se o mais alto cargo presidido por um anjo é o de querubim que são os cobridores do trono de Deus, o que é um arcanjo? E quem é esse poderoso indivíduo identificado como “o anjo do Senhor”, que executa um papel proeminente na redenção do homem?


Deus o Pai criou todas as coisas através de Jesus (Hebreus 1:2, Efésios 3:9). Não é implausível de se supor que Cristo veio à terra e se tornou um homem em Sua batalha contra Satanás para salvar os seres humanos, e Ele poderia também ser, de algum modo, identificado como anjo para protegê-los da maligna influência de Satanás no céu. De fato, há várias referências na Bíblia de um misterioso ser identificado como “o anjo do Senhor” antes da encarnação terrena de Cristo. Contudo, cada vez que Ele é mencionado, há indícios de Sua identidade. Vamos analisá-las brevemente na ordem em que aparecem.


Hagar


Após Hagar, a serva de Abraão, dar a luz a Ismael, ela e a estéril Sara já não podiam coexistir pacificamente. Sara a tratou severamente por ela ter se ensoberbecido até que Hagar fugiu para o deserto e “o Anjo do SENHOR a encontrou no deserto, perto de uma fonte” (Gênesis 16:7). O anjo disse para Hagar voltar para trás e apresentar-se a Sara e prometeu que o seu filho, Ismael, seria o pai de uma grande nação. Quando o “anjo” desapareceu, Hagar “invocou o nome do SENHOR, que lhe falava: Tu és Deus que vê; pois disse ela: Não olhei eu neste lugar para aquele que me vê?” (versículo 13). Parece que Hagar reconheceu que o “anjo do Senhor”, que tinha falado com ela era realmente Deus.


Abraão


Deus disse a Abraão que sacrificasse o seu filho Isaac no monte Moriá. Assim, quando ele estava prestes a cravar sua adaga no filho da promessa, o anjo do Senhor o parou. “Mas o anjo do Senhor lhe bradou desde o céu, e disse: Abraão, Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui. Então disse o anjo: Não estendas a mão sobre o mancebo, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, visto que não me negaste teu filho, o teu único filho”. (Gênesis 22:11,12)


É claro que Abraão estava oferecendo o seu filho a Deus e não a um simples anjo. “Então, do céu bradou pela segunda vez o Anjo do SENHOR a Abraão, e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho, que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos, nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz.” (Gênesis 22:15-18). Recontando esta experiência de Abraão, em Atos 3:25, Pedro também identifica este “anjo do Senhor” que fez um pacto com o Patriarca, como Deus.


Jacó


Enquanto fugia de seu zangado irmão Esaú, Jacó teve um sonho em que Deus confirmou a aliança de Abraão com ele. Depois de receber a garantia de que Deus estaria com ele e o levaria de volta em segurança para sua casa, em Canaã, Jacó jurou devolver a Deus um dízimo de todo o seu rendimento. Jacó tomou a pedra que havia posto por travesseiro e a erigiu em coluna, sobre cujo topo entornou azeite. Em seguida, ele nomeou o lugar de Betel, ou casa de Deus, pois Deus havia lhe aparecido lá.


Vinte anos mais tarde, Jacó estava em seu caminho para casa, não como um pobre fugitivo, mas como um homem rico. Deus decidiu relembrar que tinha realmente lhe trazido sucesso. Veja como Jacó conta a história: “E o Anjo de Deus me disse em sonho: Jacó! Eu respondi: Eis-me aqui!”. (Gênesis 31:11). No versículo 13, este “anjo de Deus” identifica-se: “Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma coluna, onde me fizeste um voto”.


Então, quando Jacó lutou com um ser divino (Gênesis 32:22-32), foi lhe dado um novo nome (Israel) e ele foi abençoado. “Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva.”. No Novo Testamento, Jesus é o que abençoa o Seu povo e lhes dá um novo nome (Mateus 5:3-12; Apocalipse 2:17). Como você pode ver, está se tornando cada vez mais claro que o anjo do Senhor é o próprio Jesus.


Quando Jacó estava em seu leito de morte e abençoou os 2 filhos de José, Efraim e Manassés, ele usou os termos “anjo” e “Deus” intercambiavelmente: “O Deus em cuja presença andaram meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me sustentou durante a minha vida até este dia, o Anjo que me tem livrado de todo mal, abençoe estes rapazes; seja neles chamado o meu nome e o nome de meus pais Abraão e Isaque; e cresçam em multidão no meio da terra.” Gênesis 48:15, 16).


As Escrituras são muito claras, não há outro redentor e salvador, mas apenas Deus. “Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há salvador.” (Isaías 43:11-14). Mais uma vez vemos que o anjo que redimiu Jacó é outro nome para o nosso Redentor, Jesus!


Moisés


Moisés viu um arbusto queimando que não se consumia e “apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça” (Êxodo 3:2). O Verso 4 identifica este anjo: “Vendo o SENHOR que ele se voltava para ver, Deus, do meio da sarça, o chamou” E, no versículo 6, Ele identifica-se novamente. “Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus.” O anjo do Senhor identifica-se como Deus!


Em seu último sermão antes de ter sido apedrejado até à morte, Estevão concorda com o que o Êxodo conta: “Decorridos quarenta anos, apareceu-lhe, no deserto do monte Sinai, um anjo, por entre as chamas de uma sarça que ardia. Moisés, porém, diante daquela visão, ficou maravilhado e, aproximando-se para observar, ouviu-se a voz do Senhor: Eu sou o Deus dos teus pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Moisés, tremendo de medo, não ousava contemplá-la.” (Atos 7:30-32).


Israel


Em outro exemplo, os filhos de Israel foram conduzidos através do deserto por Deus. “O SENHOR ia adiante deles, durante o dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de fogo, para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite.” (Êxodo 13:21). Moisés depois descreve este ser que os conduzia desta maneira: “Então, o Anjo de Deus, que ia adiante do exército de Israel, se retirou e passou para trás deles; também a coluna de nuvem se retirou de diante deles, e se pôs atrás deles”. ( Êxodo 14:19). Mais uma vez, “o anjo de Deus” é identificado como Deus.


Balaão


O anjo do Senhor novamente é uma figura proeminente na história de Balaão e sua conversa com a jumenta. É um anjo que protege a jumenta de seu mestre implacável e quase mata o cobiçoso profeta, que está no seu caminho para amaldiçoar o povo de Deus (Números 22:21-35). Depois de Balaão estar perto da porta da morte, “tornou o Anjo do SENHOR a Balaão: Vai-te com estes homens; mas somente aquilo que eu te disser, isso falarás. Assim, Balaão se foi com os príncipes de Balaque.” (versículo 35). O próximo capítulo revela que Deus colocou as palavras na boca do profeta: “Encontrando-se Deus com Balaão … o SENHOR pôs a palavra na boca de Balaão e disse: Torna para Balaque e falarás assim.” (Números 23:4, 5 ). Aqui, novamente, “o anjo do Senhor” acaba por ser o próprio Deus.


Juízes


Agora vamos avançar para o livro dos Juízes, quando lemos, “Subiu o Anjo do SENHOR de Gilgal a Boquim e disse: Do Egito vos fiz subir e vos trouxe à terra que, sob juramento, havia prometido a vossos pais. Eu disse: nunca invalidarei a minha aliança convosco.” (2:1). Por agora, devemos reconhecer um padrão. Vemos o anjo que trouxe os israelitas do Egito e fez um pacto com Israel que nunca seria invalidado – o anjo do Senhor – é o pré-encarnado Filho de Deus? Sim! A resposta é que é a mesma pessoa.


Gideão


Gideão tem um encontro com o anjo do Senhor no livro de juízes. O anjo disse a Gideão que o Senhor estava com ele “o Anjo do SENHOR lhe apareceu e lhe disse: O SENHOR é contigo, homem valente.” (Juízes 6:12) . Gideão chama a atenção para a opressão de Israel pelos Midianitas como prova do contrário. “Então, se virou o SENHOR para ele e disse: Vai nessa tua força e livra Israel da mão dos midianitas; porventura, não te enviei eu?” (Juízes 6:14). Ao longo do resto da narrativa de juízes capítulo 6, a pessoa que está falando com Gideão é intercambiavelmente identificada como o Senhor, o Anjo do Senhor, e o Anjo de Deus.


Manoá


A mãe de Sansão, a esposa de Manoá, era estéril. “Apareceu o Anjo do SENHOR a esta mulher e lhe disse: Eis que és estéril e nunca tiveste filho; porém conceberás e darás à luz um filho” (Juízes 13:3). Esse anjo disse-lhe que ela teria um filho que iria libertar o apóstata Israel de seus opressores pagãos. Ela rapidamente chamou Manoá, e oraram para outra visita do “homem de Deus.” Quando o anjo veio pela segunda vez, Manoá perguntou-lhe o seu nome. A Versão King James da Bíblia afirma que o anjo disse a Manoá que seu nome era “Secreto”, com uma nota de rodapé que se traduz como “Maravilhoso.” Isto nos faz lembrar imediatamente da profecia de Isaías de que Jesus seria chamado de “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Poderoso, o Pai eterno, o Príncipe da Paz ” (Isaías 9:6). O nome “Maravilhoso” para o anjo do Senhor que apareceu a Manoá liga este “anjo”, com a vinda do Messias que seria chamado de “Maravilhoso”.
Mais uma vez, depois de ver este “Maravilhoso mensageiro”, Manoá declarou que tinha visto Deus. “Disse Manoá a sua mulher: Certamente morreremos, porquanto temos visto a Deus”. (Juízes 13:22).


Ninguém viu o Pai


Nós temos mais versículos para prosseguir! Podemos ver claramente que o “anjo do Senhor” é frequentemente identificado como sendo o próprio Deus, “Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.” (João 1:18). João 6:46 também nos diz, “Não que alguém tenha visto o Pai, salvo aquele que vem de Deus; este o tem visto.” Obviamente, uma vez que nenhum homem viu a Deus o Pai, todos estes avistamentos do Deus do Antigo Testamento como o “anjo do Senhor” deve ter sido Jesus, Deus o Filho, velando Sua glória para que os homens pudessem suportar sua presença, sem serem consumidos.


O Anjo da Aliança


Uma das mais famosas profecias messiânicas é encontrada em Malaquias 3:1: “Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança, a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos.” O mensageiro da aliança falado aqui em Malaquias é claramente uma referência ao advento de Jesus Cristo. A palavra traduzida como mensageiro (mal’ak) é a mesma palavra usada nas passagens anteriores do Antigo Testamento traduzidas como ‘anjo do Senhor’. Portanto, esta seria também uma boa tradução: “Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim“. O que poderia ser mais claro?


O Acusador


Existe mais uma referência importante em que o anjo do Senhor aparece no Antigo Testamento. Ao profeta Zacarias foi dada uma visão “Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do SENHOR, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor” (Zacarias 3:1). Aqui vemos o adversário contendendo junto a um ser humano pecador . Os trajes sujos de Josué simbolizam seu pecado. (Zacarias 3:3).


Nesta narrativa, o nome muda rapidamente de “o anjo do Senhor” (versículo 1) para “Senhor” (versículo 2), indicando mais uma vez que eles são os mesmos. Então o Senhor faz uma declaração interessante. “Mas o SENHOR disse a Satanás: O SENHOR te repreende, ó Satanás; sim, o SENHOR, que escolheu a Jerusalém, te repreende” (Zacarias 3:2). Há apenas um outro lugar na Escritura, Judas 1:9, em que esta frase é encontrada – e é Miguel O Arcanjo quem a fala!


Na curta epístola de Judas, assistimos a uma vinheta semelhante à de Josué e o anjo em Zacarias. “Mas quando o arcanjo Miguel, discutindo com o Diabo, disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar contra ele juízo de maldição, mas disse: O Senhor te repreenda” (Judas 1:9). As situações são espantosamente paralelas: Cristo e Satanás estão em contenda sobre o destino dos dois grandes homens de Deus (um vivo, no caso de Josué, um morto, no caso de Moisés). O debate é encerrado abruptamente quando Jesus diz: “O Senhor te repreenda”.


Esta passagem levanta outra questão válida. Algumas pessoas ficam confusas por parte deste versículo em Judas 1:9 onde Miguel repreende o diabo. Eles perguntam: Se Miguel é realmente um outro nome para Jesus, então porque é que ele invoca o nome do Senhor, quando repreende Satanás? Porque Ele mesmo não o faz, como fez quando tentado no deserto. “Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás”. (Mateus 4:10).


Ao estudar as Escrituras e a linguagem de Jesus, nós rapidamente vemos que era uma prática muito comum que Jesus falasse de si mesmo na segunda pessoa, como em Lucas 18:8: “Contudo, quando o Filho do homem vier, ele encontrará fé na Terra?”. E se ainda há alguma dúvida nesta questão, temos a clara Escritura em Zacarias 3:2, onde o Senhor fala a mesma coisa que Miguel fala em Judas. Ele invoca o seu próprio nome quando repreende o diabo. “E o Senhor disse a Satanás, O SENHOR te repreende, Satanás!” Talvez essas Escrituras sejam exemplos do Filho de Deus, apelando para o nome de Seu Pai na repreensão de Satanás.


Miguel o Príncipe


Miguel é mencionado em Daniel mais do que em qualquer outro livro na Escritura. (Ver Daniel 10:13; 10:21; 12:1). Em todas as três referências, ele é chamado de Príncipe, o Seu Príncipe e o Grande Príncipe. A profecia de Isaías sobre o Messias (Isaías 9:6) revela os seus principais nomes e um dos que seriam aplicados ao Messias “Príncipe da Paz”.


Há um outro versículo em Daniel 8:25 em que o “Príncipe dos príncipes” é mencionado. Novamente, o conflito cósmico está sendo jogado com Cristo de um lado e o diabo de outro, com a humanidade servindo como campo de batalha. “O Príncipe dos príncipes” é, na realidade, o mesmo termo que é traduzido “Príncipe do Exército” no versículo 11 . Isto é semelhante ao “Senhor dos senhores” (Salmo 136:3), “Deus dos deuses” (Deuteronômio 10:17) e “Rei dos reis” (Apocalipse 19:16). Todos estes são títulos de divindade. Ele ainda é referido como o “ungido, o Príncipe” (Daniel 9:25).
Quem é este de que os anjos chamam de o Grande Príncipe? Vamos deixar que a Bíblia nos diga:
# Isaías 9:6: “E o seu nome será chamado… O Príncipe da Paz“.
#Atos 3:14, 15: “Mas vós negastes o Santo e Justo… e mataste o Príncipe da Vida.” [frase da King James. A versão Almeida fala de "Autor da Vida".]
# Atos 5:30, 31: “O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-o no madeiro; sim, Deus, com a sua destra, o elevou a Príncipe e Salvador.”
# Apocalipse 1:5: “e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o Príncipe dos reis da terra“.
Estes versos claramente confirmam os três versos de Daniel em que Miguel é chamado de “Príncipe”.


Miguel é apenas um de muitos?


Daniel 10:13 é provavelmente o mais difícil versículo sobre Miguel: “Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia.” Afigura-se à primeira vista que Miguel é apenas “um dos” primeiros príncipes. Esta é uma tradução infeliz na King James [equivalente a Almeida]. A palavra “um” vem da palavra hebraica “echad”, que também é freqüentemente traduzida como “primeiro”, como é a esposa do presidente sendo chamada de “primeira-dama.” (ver Gênesis 1:5; 8:13.) Isso muda todo o significado do versículo para Miguel ser um dos primeiros, uns dos maiores ou mais altos, para o Chefe dos príncipes, novamente uma referência a Jesus. O príncipe do reino da Pérsia, que resistira ao anjo foi, sem dúvida, o diabo que aparece freqüentemente trabalhando na sombra dos monarcas terrestres, como o rei da Babilônia, o rei de Tiro, e o poder romano (Isaías 14:4, Ezequiel 28 : 2, Apocalipse 12:4). E lembre-se que Jesus chama Satanás “o príncipe deste mundo” (João 12:31).


Daniel 10:21 diz: “Contudo eu te declararei o que está gravado na escritura da verdade; e ninguém há que se esforce comigo contra aqueles, senão Miguel, vosso príncipe”. Aviso aqui que o anjo se refere a Miguel como o nosso Príncipe. Quem foi o príncipe de Daniel? No capítulo anterior, vemos a resposta. Em Daniel 9:25, o messias de Daniel é chamado o príncipe, que é outra indicação clara da identidade de Miguel! Então Gabriel está dizendo que o arcanjo Miguel é Jesus, que sabe toda a verdade das Escrituras.


Miguel Se Levanta


A última referência a Miguel em Daniel está no capítulo 12: “Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo”. Aviso aqui que Miguel não é chamado um grande príncipe, mas “O Grande Príncipe”. Existe algum príncipe maior senão Jesus? Ele também é identificado como aquele que “se levanta a favor dos filhos do teu povo.” Isto significa que Ele intercede, defende e ainda permanece como um substituto. Que outro poderia ser, senão Jesus?


Comentando este versículo, Matthew Henry afirma: “Miguel significa, “Quem é como Deus”, e seu nome, com o título de “o Grande Príncipe”, recorda o Divino Salvador. Cristo era para os filhos de nosso povo como um sacrifício, um substituto para suportar a maldição, para suportar o pecado deles. Ele os defende pleiteando para eles no trono da graça”. Jesus é claramente aquele que sempre está em nosso lugar e para a nossa defesa.


Miguel se levantando é também uma referência ao Senhor que se prepara para vir. Repare que Miguel é tão exaltado e poderoso, que seu levantar inicia o grande tempo de angústia. Este, por sua vez, é seguido pela segunda vinda de Jesus e da ressurreição (Daniel 12:2).


A Voz de Miguel


Se formos isolar e estudar a palavra “arcanjo”, vemos uma outra combinação interessante. A única outra passagem na Bíblia que usa a palavra “arcanjo” é de 1 Tessalonicenses 4:16. E anote o seu contexto: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com um grito, com a voz do arcanjo, e com a trombeta de Deus: e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” [king James] É a voz do arcanjo que levanta os mortos em Cristo, é o próprio Senhor quem grita. Isto indica que eles são uma e a mesma pessoa. Jesus é aquele que grita com a voz do arcanjo, ou “o maior mensageiro”, para levantar os mortos!


Obviamente, anjos não têm o poder de ressuscitar os mortos. Só Deus que dá vida tem o poder de restaurá-la. “Pois assim como o Pai tem vida em si mesmo, assim também deu ao Filho ter vida em si mesmo… Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão” (João 5:26, 28, 29).


Em Judas, vemos o arcanjo disputando com o diabo o corpo de Moisés, o qual, aliás, foi ressuscitado e levado para o céu , onde posteriormente apareceu no monte da transfiguração a fim de incentivar Cristo (Marcos 9). Em 1 Tessalonicenses, o apóstolo Paulo descreve a ressurreição acontecendo em resposta à voz de arcanjo. Novamente vemos o paralelo entre estes dois versos; na qual descrevem o arcanjo no ato da ressurreição.


Adorando o Comandante


Em Apocalipse, Miguel é retratado como o líder das hostes celestes, ou exércitos, na guerra contra o rebelde Satanás: “Então houve guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam”. (Apocalipse 12:7). Aqui, o termo “dragão” é um nome simbólico para Satanás, o líder do mal (versículo 9), por isso é muito seguro assumir que o Miguel é um outro nome emblemático para Jesus, a encarnação e líder do bem. Mas há mais evidências.


Quando Israel se preparava para sua primeira batalha após a passagem para a Terra Prometida, Josué teve um encontro com um incomum guerreiro. “Ora, estando Josué perto de Jericó, levantou os olhos, e olhou; e eis que estava em pé diante dele um homem que tinha na mão uma espada nua. Chegou-se Josué a ele, e perguntou-lhe: És tu por nós, ou pelos nossos adversários? Respondeu ele: Não; mas venho agora como príncipe do exército do Senhor. Então Josué, prostrando-se com o rosto em terra, o adorou e perguntou-lhe: Que diz meu Senhor ao seu servo? Então respondeu o príncipe do exército do Senhor a Josué: Tira os sapatos dos pés, porque o lugar em que estás é santo. E Josué assim fez”. (Josué 5:13-15). Não só Josué prestou culto a Ele, como o capitão celeste recebeu seu culto. Se ele tivesse sido um mero anjo, ele teria repreendido Josué como o anjo repreendeu João por tentar adorá-lo (ver Apocalipse 19:10, 22:8, 9).

Em todos os casos em que o anjo do Senhor aceita culto, é claramente o Filho de Deus. Mas onde anjos criados são adorados, eles recusam-se! “Está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” (Lucas 4:8).


De fato, todos os anjos criados são ordenados para adorar Jesus como o fizeram durante o seu primeiro advento. “E outra vez, ao introduzir no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.” (Hebreus 1:6). O diabo está furioso porque ele sabe que um dia ainda vai ser obrigado a reconhecer Jesus como rei e adorá-Lo. “Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”. (Filipenses 2:10, 11).


Observe a conexão surpreendente que Paulo faz entre um anjo de Deus e Cristo Jesus. “…vocês me receberam como se eu fosse um anjo de Deus ou mesmo como se eu fosse Cristo Jesus.” (Gálatas 4:14). A expressão “Senhor dos exércitos” aparece 245 vezes na Bíblia, e remete para o “comandante do exército angelical de Deus.” Assim, o “Capitão do Exército do Senhor” que Josué viu não era um anjo, mas o próprio Jesus. Isso explica por que Ele exigiu que Josué removesse seus sapatos. O lugar era sagrado porque Jesus estava lá, assim como a presença de Jesus na sarça ardente fez desse um fundamento sagrado para Moisés. Então, Miguel, o capitão do Exército do Senhor é mais um título para Jesus.


Quem é como Deus!


Quando Felipe pediu que Jesus mostrasse o Pai aos discípulos, Jesus respondeu: “Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conheces, Felipe? Quem me viu a mim, viu o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14:9) Alguns pensam que o Filho de Deus esperou 4000 anos para intervir pessoalmente nos assuntos do homem. Nem tanto! Embora seja verdade que a encarnação ocorreu 4000 anos depois da queda do homem, Deus o Filho, se envolveu pessoalmente na história e nos assuntos de seu povo. É por isso que Jesus disse: “Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia; viu-o, e alegrou-se”. (João 8:56). Jesus apareceu pessoalmente a Abraão quando o patriarca intercedeu por Ló (Gênesis 18:26).


Que maravilhosa verdade que Jesus, o Filho do Deus eterno, se ocupou em vigiar ativamente, providenciando a proteção de Seus filhos! Ele falou face a face com Abraão e Moisés e lutou com Jacó. Ele conduziu os israelitas através do deserto, fornecendo comida e água e vitória contra os seus inimigos.


Lembre-se que o título de “Miguel O Arcanjo” significa “O grande mensageiro, que é como Deus”. Era Jesus, “a imagem do Deus invisível” (Colossenses 1:15), que trouxe a maior mensagem de esperança, o evangelho, para nosso mundo que perecia!


Conclusão
Em conclusão, vemos este majestoso e misterioso Ser, às vezes chamado Miguel, por vezes, o anjo do Senhor, ou então, o Comandante do Exército do Senhor, velando Sua divindade e aparecendo sob a forma de um humilde anjo. No entanto, este Ser enigmático tem o poder, autoridade e os atributos que pertencem somente a Deus. Ele luta contra o diabo no Céu, Ele ressuscita os mortos, Ele intercede pelos santos, Ele julga e Se levanta inaugurando o grande tempo de angústia [tempo de prova]. Ele resgata os santos e recebe a sua adoração. Ele nos oferece um novo nome.


Agora você pode saber quem é Miguel, mas o diabo também sabe e isso não vai salvá-lo. A grande questão é: você conhece Miguel, como Jesus, seu Senhor e salvador?

Nota do Tradutor: Algumas traduções de Zacarias 3:2 como a King James e a Almeida Revista e Atualizada remetem esta frase ao “SENHOR” e outras como a Almeida Atualizada ao “Anjo do Senhor”.


Artigo escrito pelo Pastor Doug Batchelor, do Ministério Adventista Amazing facts. Traduzido pelo blog Sétimo Dia do original “Who is Michael the Arcangel?”


Os 12 Países em que é crime ser cristão sofrem a ira de Deus

Para saber mais: PORTASABERTAS.ORG

Apenas um olhar rápido por essa lista nos leva a pensar que essas nações sofrem – por causa de seus procedimentos -  a IRA DE DEUS. São países onde há fome e seca severa (Coréia do Norte, Somália, Eritréia), e praticamente 3 deles foram recentemente invadidos por forças cristãs (Afeganistão, Iraque e Somália). A Invasão é usada por Deus para castigar os líderes desses países e libertar a população da opressão, abrindo caminho para o evangelho. Interessante notar que o número 1 e 2 da lista são considerados os maiores inimigos dos Estados Unidos e caso não mudem seu procedimento serão invadidos brevemente.


Recomendamos que os moradores desses locais abandonem essas nações, pois certamente perderão suas vidas, ou de pessoas, próximas, cedo ou tarde.

 Fonte: Adventismo em Foco

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