quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Amigo da Onça

Dois caçadores conversam em seu acampamento:
— O que você faria se estivesse agora na selva e uma onça aparecesse na sua frente?
— Ora, dava um tiro nela.
— Mas se você não tivesse nenhuma arma de fogo?
— Bom, então eu matava ela com meu facão.
— E se você estivesse sem o facão?
— Apanhava um pedaço de pau.
— E se não tivesse nenhum pedaço de pau?
— Subiria na árvore mais próxima!
— E se não tivesse nenhuma árvore?
— Sairia correndo.
— E se você estivesse paralisado pelo medo?
Então, o outro, já irritado, retruca:
— Mas, afinal, você é meu amigo ou amigo da onça?
Há alguns anos atrás meu pai me contou pela primeira vez a anedota (historinha) que você acabou de ler. Eu achei muito engraçado, pois amigos de verdade não colocam amigos em confusão, certo?

Queria meditar com você em um trecho muito interessante da Bíblia: a conversa de Jó com seus amigos.Elifaz, Bildade e Zofar eram amigos de longa data do rico e bondoso Jó. Mas um dia, quando Jó foi pego por alguns desastres em sua casa e família, esses amigos vieram questionar o que tinha acontecido com ele.

Não sabiam, entretanto, que o que se passava com Jó era uma provação, um momento de dificuldade, imposto pelo inimigo de Deus. 


Quando lemos a história completa, vemos que Jó sempre foi inocente em todos os acontecimentos. Ele perde seus bens, rebanhos, casa e filhos, não por que tinha feito algo de errado. Tudo foi causado pela inveja que Satanás tinha, de pessoas que eram fiéis à Deus.

Deus tem muitas pessoas fiéis aqui nesta terra, como Jó. Eu e você podemos ser fiéis! Note tambémque Deus, no final, restitui todos os bens, filhos e prosperidade a Jó, quando a prova de sua lealdade se acaba e quando o Universo inteiro consegue ver a bondade de Deus, em contraste com a maldade de Satanás.

Mas no meio da história vemos os “amigos” de Jó, tentando ajuda-lo, mas de forma errada. Amigos de verdade não se acusam. Amigos de verdade não entristecem uns aos outros com palavras desencorajadoras. Amigos de verdade não pioram a situação!

Elifaz acusou Jó de ter pecado (Jó 4). Bildade força Jó a pedir perdão por algo que ele não tinha cometido (Jó 8). Zofar o acusa de ser culpado e diz que ele merecia esse castigo (Jó 11). Mas Jó sabia que ele não tinha culpa nenhuma, muito embora estivesse sofrendo.

Ao final, vemos Jó clamando a Deus e Deus lhe dando alívio.

Querido amiguinho, amiguinha. Lembre-se que as pessoas nesta terra podem nos decepcionar. Muitas vezes o farão. Elas podem nos deixar pra baixo, nos acusar de coisas que não fizemos. Mas faça como Jó! Mantenha a confiança em Deus.

Em Jó 19:25 nos lemos uma das passagens mais bonitas sobre confiança escritas na Bíblia, ditas por Jó: “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra”. Não importa o que aconteça. Confie em Deus, ele jamais irá te decepcionar.

Isso que é amigo!

E como pagar o mal que os “amigos da onça” nos fazem? Faça como Jó. Vamos ler o final da história, em Jó 42:7-9?

Tendo o SENHOR falado estas palavras a Jó, o SENHOR disse também a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó. Tomai, pois, sete novilhos e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós. O meu servo Jó orará por vós; porque dele aceitarei a intercessão, para que eu não vos trate segundo a vossa loucura; porque vós não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó. Então, foram Elifaz, o temanita, e Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita, e fizeram como o SENHOR lhes ordenara; e o SENHOR aceitou a oração de Jó.
Jó pagou o mal que recebeu dos seus amigos com bem, orando por eles. Quando ele fez isso, diz a Biblia que “Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o SENHOR deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra” (Jó 42:10).

Quando você encontrar um “Amigo da Onça”, ore por Ele. Deus vai abençoa-lo e muito mais você!

Pr. Harley Souza Costa Burigatto
Pastor Distrital em Naviraí/MS 
Líder Master Avançado
 

4 bons motivos para educar crianças no regime alimentar vegetariano


Participo ativamente de alguns grupos de discussões voltadas para a maternidade e nas principais mídias sociais. Quando se trata de vegetarianismo para crianças é recorrente, nos grupos, algumas polêmicas sobre a decisão de como alimentar os filhos numa família em que que a mãe é vegetariana e o pai não, por exemplo. O responsável por alimentar a criança ou combinar com os cuidadores o que a criança comerá, geralmente é a mãe. Mas, na hora de realmente escolher como esta criança será alimentada surge a dúvida e as opiniões se divergem entre educar os hábitos da criança seguindo um regime alimentar vegetariano ou deixá-la provar o que quiser para que opte pelo regime alimentar quando tiver consciência e puder decidir.


Aqui em casa eu e meus filhos somos ovovegetarianos, seguindo para o vegetarianismo estrito. Meu esposo é onívoro, mas deseja ter uma dieta mais saudável. Optamos pelo regime alimentar vegetariano para as crianças.


A seguir apresento 4 bons motivos para educar crianças no regime alimentar vegetariano:

1. Deus nos criou vegetarianos. Logo, acreditamos ser este o melhor regime alimentar que o ser humano poderia adotar. Adotar o regime alimentar que Ele escolheu para nós é uma forma de mostrar nossa adoração a Ele;



Disse Deus: “Eis que lhes dou todas as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes. Elas servirão de alimento para vocês” Gênesis 1:29, NVI.


“É impossível podermos apresentar a Deus nosso corpo como sacrifício vivo, quando o aviltamos de contínuo com corrupção e enfermidade em virtude de nossa pecaminosa condescendência. Deve-se buscar mais conhecimento com respeito à maneira de comer, beber e vestir-se, assim como de preservar a saúde. As enfermidades são o resultado da violação das leis naturais. Nosso primeiro dever que temos para com Deus, para com nós mesmos e para com o nosso semelhante, é obedecer às leis de Deus. Isso inclui as leis da saúde.” Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 24-25.

2. A dieta vegetariana planejada é saudável e adequada para crianças. Aliás, no nosso entender é o regime alimentar mais saudável e completo. E, como toda mãe gosta de oferecer o melhor para seus filhos, aqui em casa não é diferente;



“Ao passo que se ensinam as crianças a dominarem o apetite, e comerem segundo as leis da saúde, convém fazê-las compreender que se estão privando apenas daquilo que lhes seria prejudicial. Rejeitam coisas nocivas por outras melhores. Que a mesa seja convidativa e atraente, sendo provida das boas coisas que Deus tão generosamente nos proporcionou. Seja a hora da refeição um tempo alegre e feliz. E ao desfrutarmos os dons que nos são concedidos, retribuamos com gratos louvores ao Doador.” A Ciência do Bom Viver, p. 385.

A American Dietetic Association (ADA) e Dietitians of Canada consideram que “dietas veganas e ovolactovegetarianas bem planejadas são adequadas a todos os estágios do ciclo vital, inclusive durante a gravidez e a lactação. Dietas veganas e ovolactovegetarianas adequadamente planejadas satisfazem as necessidades nutricionais de bebês, crianças e adolescentes e promovem o crescimento normal” ADA, 2003.



O vegetarianismo também é incentivado pela American Heart Association (AHA), Food and Drug Administration (FDA), College of Family and Consumer Sciences (Universidade da Georgia) e já que estamos falando em pediatria, Kids Health (Nemours Foundation).


A American Dietetic Association e Dietitians of Canada são enfáticas em afirmar que os profissionais da área de nutrição têm o dever de apoiar e encorajar os que demonstram interesse em seguir uma dieta vegetariana.


Os alimentos utilizados para a obtenção dos nutrientes numa dieta vegana são muito mais diversificados do que os utilizados por onívoros (Christel e col, 2005). Isso demonstra que a dieta vegana (estrita) não é restrita.

Fonte: Alimentação sem Carne





3. A dieta vegetariana previne doenças e, aliada aos demais remédios naturais, provê também a cura.

As dietas vegetarianas trazem vários benefícios nutricionais, como baixo nível de gordura saturada, de colesterol e de proteína animal, assim como nível mais elevado de carboidratos, fibras, magnésio, potássio, folato e antioxidantes como as vitaminas C e E e os fitoquímicos. Já se relatou que os vegetarianos têm índice de massa corporal menor que os não vegetarianos, assim como taxa mais baixa de óbito por doença cardíaca isquêmica; os vegetarianos também apresentam nível sanguíneo de colesterol mais baixo, e menor taxa de hipertensão, diabetes tipo 2 e câncer de próstata e cólon.



Fonte: Vegetarianismo


“Muitos têm esperado que Deus os guarde das doenças simplesmente por Lhe haverem pedido que assim o fizesse. Deus, porém, lhes não considera as orações, pois sua fé não fora aperfeiçoada pelas obras. Deus não operará um milagre para proteger das enfermidades aqueles que não têm cuidado de si mesmos, mas estão continuamente a violar as leis da saúde e nenhum esforço fazem para proteger-se da doença. Quando fazemos tudo o que podemos de nossa parte para ter saúde, então podemos esperar que os resultados benéficos se sigam, e podemos pedir a Deus que abençoe os nossos esforços para a preservação da saúde. Ele então responderá à nossa prece, caso o Seu nome possa, por esse meio, ser glorificado. Mas fazei com que todos entendam que têm uma obra a fazer. Deus não operará de maneira miraculosa para preservar a saúde de pessoas que, por sua falta de atenção para com as leis da saúde, estão seguindo um caminho seguro para se tornarem doentes.” Conselhos Sobre Saúde, p. 59.


4. A alimentação dos filhos faz parte do processo educativo;



Ensinando a ter domínio próprio/temperança:


“Muitas vezes ela se encontra à mesa de jantar, nas famílias [...] estritamente temperantes. Qualquer coisa que perturbe a digestão, que ocasione uma indevida estimulação mental, ou de qualquer maneira enfraqueça o organismo, alterando o equilíbrio das faculdades mentais e físicas, debilita o domínio do espírito sobre o corpo, e assim propende para a intemperança. A queda de muito jovem promissor pode ser atribuída a apetites extravagantes criados por um regime inadequado.


O chá, o café, os condimentos, os doces, as pastelarias, todos constituem causas ativas de perturbações da digestão. O alimento cárneo também é prejudicial. Seu efeito, por natureza estimulante, deveria ser argumento suficiente contra o seu uso, e o estado doentio quase geral entre os animais torna-o duplamente objetável. Tende a irritar os nervos e despertar as paixões, fazendo assim com que a balança das faculdades penda para o lado das propensões baixas.


É contra o começo do mal que nos devemos guardar. Na instrução da juventude, deve explicar-se bem o efeito dos desvios aparentemente pequenos daquilo que é reto. Ensine-se ao estudante o valor de um regime simples, saudável, para que se evite o desejo de estimulantes antinaturais. Estabeleça-se, cedo na vida, o hábito do domínio próprio. Que se impressionem os jovens com o pensamento de que devem ser senhores e não escravos. Deus os fez governadores do reino que há dentro deles, e devem exercer sua realeza ordenada pelo Céu. Quando é fielmente dada tal instrução, os resultados se estenderão muito além dos próprios jovens. Irradiarão influências que irão salvar milhares de homens e mulheres que se acham nas próprias bordas da ruína.” Educação, p. 203.



Educando o apetite para saborear alimentos simples:


“Aqueles que se acostumam com um regime abundante e estimulante, verão depois de algum tempo que o estômago não se satisfaz com alimentos simples. Exige o que seja mais e mais condimentado, picante e estimulante. Tornando-se os nervos desordenados e enfraquecido o organismo, a vontade parece impotente para resistir ao apetite depravado. O delicado revestimento do estômago fica irritado e inflamado a ponto de deixar de dar satisfação o alimento mais estimulante. Cria-se uma sede que nada poderá acalmar a não ser a bebida forte.” Educação, p. 203.
Como ter um desenvolvimento mental sadio:


“No estudo dos princípios de saúde deve ensinar-se aos alunos o valor nutritivo dos vários alimentos. Cumpre explicar o efeito de um regime concentrado e estimulante, e também de alimentos deficientes nos elementos de nutrição. Chá e café, pão branco, conservas, hortaliças de qualidade inferior, doces, condimentos e pastelarias deixam de suprir a nutrição conveniente. Muito estudante tem fracassado como resultado de usar tais alimentos. Muita criança débil, incapaz de um vigoroso esforço mental ou corporal, é vítima de um regime pobre. Cereais, frutas, nozes e hortaliças, combinados convenientemente, contêm todos os elementos da nutrição; e quando devidamente preparados, constituem o regime que melhor promove tanto a força física, como a mental.

Há necessidade de considerar não somente as propriedades do alimento, mas sua adaptação àquele que o come. Muitas vezes o alimento que pode ser comido livremente por pessoas empenhadas em trabalho físico, deve ser evitado por aquelas cujo trabalho é especialmente mental. Deve-se também dar atenção à conveniente combinação dos alimentos. Poucas variedades devem ser tomadas em cada refeição por aqueles que têm trabalho intelectual ou outros quaisquer de carreiras sedentárias.” Educação, p. 204.

Fonte: Portal Tudo para Vegetarianos

Série: Consciente Coletivo - Episódio 8

A série Consciente Coletivo faz reflexões sobre os problemas gerados pelo ritmo de produção e consumo de hoje. Tudo de um jeito simples e divertido. Entre os assuntos estão sustentabilidade, mudanças climáticas, consumo de água e energia, estilo de vida, entre outros, que permeiam o universo da consciência ambiental.

As animações são bem feitas, bem dirigidas, e didaticamente muito claras. Isso torna o material adequado para grupos de diferentes faixas etárias, desde crianças bem pequenas, e mesmo os adultos. Para os educadores, surge como um essencial e oportuno guia para ser fartamente trabalhado em sala de aula, em grupos de estudo, em apresentações dos Círculos de Pais e Mestres.

Como tudo que é bom, apesar da excelência em conteúdo didático, é pouco conhecido do público até o presente momento. Grande ferramenta para auxiliar nas suas práticas educativas.

Série: Consciente Coletivo - Episódio 7

A série Consciente Coletivo faz reflexões sobre os problemas gerados pelo ritmo de produção e consumo de hoje. Tudo de um jeito simples e divertido. Entre os assuntos estão sustentabilidade, mudanças climáticas, consumo de água e energia, estilo de vida, entre outros, que permeiam o universo da consciência ambiental.

As animações são bem feitas, bem dirigidas, e didaticamente muito claras. Isso torna o material adequado para grupos de diferentes faixas etárias, desde crianças bem pequenas, e mesmo os adultos. Para os educadores, surge como um essencial e oportuno guia para ser fartamente trabalhado em sala de aula, em grupos de estudo, em apresentações dos Círculos de Pais e Mestres.

Como tudo que é bom, apesar da excelência em conteúdo didático, é pouco conhecido do público até o presente momento. Grande ferramenta para auxiliar nas suas práticas educativas.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Temos uma hora certa para morrer?


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Alguns dizem: ‘ele morreu porque era hora dele’, ou ‘ela escapou pois não era o momento de morrer’. Contudo, de acordo com as Escrituras, não temos uma hora certa para morrer.

A Bíblia nos diz que aquilo que ‘o homem semear, isso também ceifará’ (Gálatas 6:7). Portanto, muitas das conseqüências que sofremos (inclusive a morte) se dão por nossas escolhas.

A maioria das mortes que ocorrem no mundo de hoje poderiam ser evitadas, se as pessoas envolvidas seguissem pelos
caminhos da justiça. Pessoas que fumam demasiado, que bebem, que usam drogas, tem muito mais chances de adquirirem uma doença, ou morrerem de outros meios do que alguém que vive uma vida segundo os princípios de saúde apresentados na Bíblia.

Mas a maioria prefere fazer o que acha mais gostoso, e acabam tomando as escolhas erradas: Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte? (Provérbios 14:12).

Outros crêem que Deus de alguma forma já fez nosso futuro de um jeito que não pode ser mudado; uns estão destinados para ser felizes e outros não. São os que crêem na predestinação. Este é um conceito muito divulgado entre os meios cristãos, mas não é Bíblico. Deus quer que todos sejam salvos e que cada um decida se quer ou não ser salvo (João 3:16; I Timóteo 2:4; II Pedro 3:9; Apocalipse 22:17).

Mesmo que Deus saiba o dia de nossa morte, isto não quer dizer que Ele o tenha determinado.

Devemos estar prontos como se Cristo fosse voltar hoje mesmo e fazer nossos planos como se Ele fosse voltar daqui a cem anos; ou seja: Estar preparado para a volta de Cristo ou para o dia de nossa morte (para morrer salvo) hoje mesmo; mas viver em busca de nossos alvos e objetivos que se ele viesse a cem anos, aproveitando a cada segundo. 

Cuidado com os Achismos...

Infelizmente, tem sido cada vez mais comum encontrarmos pessoas defendendo dogmas e interpretações equivocadas da Bíblia, com base unicamente em sua própria "elucidação" do texto Sagrado (cf. 2Ped. 1:20).

No meio Adventista, especialmente devido ao constante e importantíssimo incentivo que se dá para que todos estudem a Bíblia com dedicação, e procurem conhecer a fundo os temas que envolvem nossa fé, parece que esta tendência do "achismo" é ainda mais forte que em outras denominações, menos interessadas em um estudo mais acurado das Escrituras.

Lembro-me que há alguns anos surgiu aqui no Brasil um desses "achólogos", dizendo que havia "descoberto", através dos seus cálculos escatológicos, o dia da saída do decreto dominical, bem como a data exata do fechamento da porta da graça (clique aqui). Segundo ele, nós estamos vivendo no período em que a "porta" está fechada! E agora?!
Creio que nem sempre este tipo de "descoberta" parte de uma intenção espúria (ganhar dinheiro fácil vendendo livros tendenciosos, por exemplo). Talvez alguns sejam sinceros em sua maneira de estudar a Bíblia, e acabam fazendo suas próprias interpretações, sem levarem em conta todo o contexto no qual as passagens estão inseridas.

Vejamos alguns destes "achismos" bem comuns...

1. "A igreja de hoje segue o modelo do templo de Israel. Portanto, o local onde fica o púlpito deve ser considerado como o Santíssimo, simbolicamente".

Esta afirmação não tem nenhum respaldo bíblico, nem no Espírito de Profecia. Apesar de sabermos do grande zelo que devemos ter para com o local de onde a Palavra de Deus é pregada nos cultos, não podemos ensinar algo que a própria Palavra não confirma.

Já soube de anciãos e diáconos bastante "zelosos", que chegam ao cúmulo do absurdo de perguntarem se alguma irmã que irá subir à plataforma está no seu período menstrual, pois, para estes de mente frágil, elas estariam impuras durante este período. Parece grotesco, mas acontece!

Depois que Jesus entregou-Se na Cruz, o simbolismo que havia no Santuário perdeu seu sentido (cf. Mat. 27:51). As igrejas atuais estão mais para "sinagogas" do que para o Templo, pois elas servem para ensinar a Palavra de Deus e fazer adoração a Ele, sem, contudo, envolver qualquer tipo de "sacrifício expiatório", nos moldes que eram feitos no Antigo Testamento.

Portanto, dizer que o local da mesa da Escola Sabatina é o Lugar Santo, e que o púlpito representa o Santíssimo, pode até parecer bonito e interessante para ilustrar um sermão sobre reverência... mas não tem base bíblica.

2. "Os remanescentes mencionados em Apoc. 12:17 não representam a IASD como um todo, mas apenas os 'fiéis' que existem dentro dela e que são, por isso, perseguidos".

Ouvi esta declaração, pela primeira vez, dos lábios de um irmão que estava enveredando pelo caminho da dissidência e do separatismo. Como sempre, para esconder seus reais motivos (administrativos e puramente pessoais, na esmagadora maioria das vezes), estas pessoas procuram se amparar em alguma interpretação particular e equivocada do texto bíblico. Esta é uma maneira, talvez até inconsciente, de afirmarem que estão deixando a Igreja Adventista porque não crêem mais em sua doutrina. O irmão que mencionei dizia que o dragão está "irado" contra a Igreja Adventista, mas só está "fazendo guerra" contra os fiéis que estão dentro dela (em cujo grupo ele se enquadrava, é claro!).

Os que "incorporam" este espírito de dissidência e revolta, como os antitrinitarianos dos dias atuais, procuram sempre algum "gancho" em que firmem suas "novas concepções teológico-doutrinárias". Porém, no fundo, todos sabemos que tudo não passa de mágoa, ressentimento, ódio, etc., por algum pastor ou administrador. Estas pessoas não percebem que, fazendo desta forma, começam uma "corrente herética" que vai cada vez se alargando mais. Começam questionando a interpretação conservadora do verso bíblico (como Apoc. 12:17, por exemplo), depois já iniciam um questionamento do Espírito de Profecia (pois este sempre é usado por Deus para confirmar Sua Palavra), em seguida já não acreditam mais na devolução dos dízimos e ofertas, e por ai vai...

Quando menos se dão conta, estão fora da Igreja, longe de Deus e, consequentemente, da salvação. E o pior, ainda levam suas esposas, filhos e "irmãos" com eles! Conheço congregações inteiras que já sofreram por isso (clique)! É tudo que o inimigo quer...

3. "Assim como os incircuncisos não podiam participar da Páscoa israelita no AT (cf. Êxo. 12:43-48), também os não-batizados devem ser orientados a não participarem da Santa Ceia de nossos dias".

Eu já havia ouvido algo assim antes, e certa vez recebi um e-mail de um dedicado e sincero irmão que cria da mesma forma.

Qual o problema com esta interpretação? Exatamente o que eu venho dizendo deste o início desta postagem: se a Bíblia não faz uma relação entre fatos e símbolos, nós não temos autoridade para fazê-lo por nós mesmos.

Dizer que o "incircunciso" do passado é o mesmo que o "não-batizado" do presente, é ir além do que a Palavra de Deus ensina. Aliás, ela é bem clara em dizer que na Nova Aliança não existe esta separação entre "judeu" e "gentio", ou seja, na nova dispensação, Deus vê a todos com as "lentes" da Sua infinita e abarcante graça (cf. Rom. 10:12). Aleluia!

Com relação a este tema, ainda temos o "agravante" de que o Espírito de Profecia orienta claramente que, na cerimônia, "podem entrar pessoas que não são, no íntimo, servos da verdade e da santidade, mas que desejem tomar parte no serviço [da Ceia]. Não devem ser proibidas" (Desejado de Todas as Nações, pág. 656).

4. "Ellen White diz que igrejas adventistas inteiras se perderão juntamente com seus pastores".

Esta é mais uma daquelas declarações que ouvimos com muita frequência, até do púlpito (pasmem!), mas que não possuem nenhuma base de verdade, ou seja, em nenhum livro de Ellen White encontramos esta afirmação tão "fatídica".

No site do Centro White no Brasil podemos encontrar outras declarações falsamente atribuídas a Ellen White (clique aqui).

5. "Jesus voltará através da Constelação do Órion".

Quem é Desbravador já deve ter ouvido muito esta declaração, atribuída aos escritos de Ellen White. Em quase toda aula sobre "estrelas", alguém sempre aparece com esta "pérola".

Porém, se nos determos APENAS ao que está escrito, não podemos afirmar que Jesus voltará pela 2ª vez através deste "espaço" celeste. Segundo o livro Primeiros Escritos, na pág. 41, o que podemos ter certeza é que "a cidade santa descerá" pelo espaço aberto em Órion.

De acordo com o que cremos sobre a volta de Jesus, a cidade santa (a Nova Jerusalém de Apoc.) só descerá APÓS o milênio (cf. Apoc. 21:1-5). O que passar disso, é mero "achismo" ou especulação, sem respaldo sólido na Palavra. Interessante para motivar os Desbravadores a estudarem sobre estrelas, e olharem para o Órion com admiração... mas sem um claro "Assim diz o Senhor".

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Existem dezenas de outras afirmações que, ao meu ver, estão mais amparadas no "eu acho" do que no "está escrito". O que quero levar à reflexão aqui é o fato de que só devemos fazer afirmações categóricas, em especial nos estudos bíblicos, sermões, seminários, etc., se tivermos PLENA CERTEZA do que estamos afirmando, ou seja, se temos como mostrar a origem, a fonte, o versículo, a página, na Bíblia e/ou no Espírito de Profecia.
"Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim" (Atos 17:11).

Sejamos como nossos primeiros irmãos!

Será que a rebelião e o pecado poderão ressurgir na nova terra?

 Essa pergunta não é tão simples quanto parece. Se a resposta for não, temos de lidar com a questão da liberdade das criaturas. Se a resposta for sim, o sacrifício de Cristo não teve poder suficiente para erradicar o pecado de uma vez por todas. O universo, então, existiria sob a sombra de outro conflito inevitável. Sob tais circunstâncias, será que o céu seria um lugar de felicidade total para seres inteligentes? Para tentar responder essa pergunta, direi duas coisas que podemos afirmar com certeza; e baseado nelas, acrescentarei um comentário.
1. O Final de Satanás, Pecadores e Pecado: O originados do pecado não é eterno, nem eterno o seu reino; ambos terão um fim. Isso acontecerá na ocasião do último ataque de Satanás ao povo de Deus, quando ele será consumido pelo fogo( Ap 20:7 e 10). Esse é um dos eventos mais importantes na resolução do conflito cósmico. O originador do pecado e da rebelião, o instigador do pecado nos outros deixará de existir, sem deixar para trás um vácuo no cosmos para ser preenchido por outra pessoa. Por causa da corrupção absoluta de Satanás, sua presença no universo é desnecessária.
Quando o inimigo for eliminado do cosmos, seus seguidores - demônios e humanos rebeldes - não permanecerão como uma extensão de sua pessoa e poder. Eles, também, cairão no esquecimento, sem deixar sequer um traço de sua existência e corrupção. No grande dia do julgamento, os anjos caídos enfrentarão a Deus como juiz e experimentarão a morte eterna (cf. Jd 6; 2Pe 2:4). A destruição do ímpio também será radical e será simultânea à de Satanás e dos anjos caídos (Ap 20:7-15). Malaquias expressa bem essa ideia quando fala concisamente sobre o ímpio:" Não lhes deixará nem raiz nem ramo" (4:1, ARA). Essa cirurgia cósmica extrema destruirá permanentemente a anomalia do pecado em todas as mais diversas formas de expressão.
2.O Reino Eterno de Deus: Com a destruição do inimigo e suas hostes, será restabelecida a soberania universal do reino de Deus. É  concedida a visão do mundo novo que recebe uma harmonia cósmica e inalterável. A erradicação do sofrimento e da morte é expressa de um modo que exclui seu ressurgimento (Ap 21:4). Os redimidos “nunca” deixarão o templo de Deus (Ap 3:12), “nunca” mais sentirão fome ou sede (Ap7:16), e seu nome “nunca” será removido do livro da vida (Ap 3:5). Deus e o Cordeiro serão louvados “ para todo o sempre” (Ap 5:13), e Cristo e Seu povo “ reinarão para todo o sempre” (Ap 11:15; 22:5; veja Dn 7:14). A maldição não retornará (Ap 22:3; cf. Na 1:9). Nenhum texto bíblico sugere ou faz menção à idéia de que a nova criação de Deus possa ser arruinada pelo pecado, outra vez.
3.Só na Cruz há Segurança: Liberdade Humana. Aqui está minha sugestão: A cruz de Cristo vacinou o cosmos contra o ressurgimento do pecado. A expiação resolveu o problema cósmico do pecado e é poderosa o suficiente para prevenir outro conflito cósmico. Era o propósito divino de Deus “fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos” (Ef1:10). Ele fez isso e continuará a manter toda a plenitude por toda eternidade (cf. Cl1:19). Após Sua ressureição, Cristo “subiu aos céus e está à direita de Deus; a Ele estão sujeitos anjos, autoridades e poderes” (1Pe 3:22). A segurança do futuro do universo tem sua base no significado da morte sacrifical de Cristo. Por essa razão esse será o assunto que analisaremos por toda eternidade. Todas as criaturas inteligentes, voluntária e permanentemente, se submeterão ao Senhor em razão da magnitude e magnificência do amor de Deus por elas, revelado na cruz de Cristo.
Ellen G. White escreveu: “O plano da salvação, fazendo manifesta a justiça e o amor de Deus, proporciona proteção eterna contra a rebelião em mundos não caídos, bem como entre aqueles que serão redimidos pelo sangue do Cordeiro” (Signs of the Times, 30 de dezembro de 1889).
Texto de Angel Manuel Rodríguez, extraído da Revista Adventist World de Julho de 2011, pelo Site Bíblia e a Ciência

Corra que o pecado vem aí

A Bíblia exorta que devemos viver em santidade, porém muitas vezes colocamos desculpa no nosso atual contexto de sociedade para sermos menos santos. Porém, um dos personagens mais admirados das Escrituras ensina o que devemos fazer quando o pecado bate a porta:
Como, pois... pecaria
contra Deus
"E aconteceu depois destas coisas que a mulher do seu senhor pôs os seus olhos em José, e disse: Deita-te comigo.Porém ele recusou, e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo, e entregou em minha mão tudo o que tem;
Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?
E aconteceu que, falando ela cada dia a José, e não lhe dando ele ouvidos, para deitar-se com ela, e estar com ela,
Sucedeu num certo dia que ele veio à casa para fazer seu serviço; e nenhum dos da casa estava ali;
E ela lhe pegou pela sua roupa, dizendo: Deita-te comigo. E ele deixou a sua roupa na mão dela, e fugiu, e saiu para fora." (Gênesis 39:7-12)

UM ESCRAVO FIEL A DEUS
José preso pelos irmãos.
José é um dos maiores exemplos bíblicos de temor a Deus, percebemos em toda sua história como o Senhor moldou sua vida visando usá-lo como testemunho a todo povo de Israel.

Este acontecimento descrito acima ocorreu após a venda de José pelos próprios irmãos aos mercadores midianitas. Ele foi comprado para ser escravo (modo de produção da época) na casa do oficial da guarda de faraó, chamado Potifar, homem rico e importante no Egito.

A história relata que o Senhor foi muito benigno com José, Deus viu o esforço dele e usou as habilidades que possuia para fazer prosperar na casa de seu senhor. As coisas pareciam ir muito bem para José ao ponto de chegar a ser mordomo na casa de Potifar. O trabalho de um mordomo é de grande responsabilidade e só era dado a pessoas de extrema confiança, pois envolvia cuidar de todos os bens e riquezas de seu senhor.


FIRME PARA NÃO PECAR
Entretanto, a mulher de Potifar passa a ter um desejo doentio por José, ela se insinuava constantemente ao hebreu. Há relatos que as mulheres egípcias daquela época não eram muito confiáveis e a infidelidade conjugal parecia corriqueira.

José escada da mulher de Potifar.
Quero chamar a atenção para uma das alegações que José utilizou para não se deitar com aquela mulher: "como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus". Acho essa resposta uma das mais fascinantes frases da Bíblia, pois não representa apenas uma desculpa qualquer, mas sim a filosofia de vida de José. Ao meditarmos nessa frase percebemos que José não era apenas um homem religioso, mas sim uma pessoa que tinha uma enorme intimidade com o Senhor. José baseava sua felicidade em obedecer a Deus, sua alegria era viver em santidade, por isso ele considerou loucura pecar contra o seu|Deus.

José sabia que era um pecador e por isso quando a mulher de Potifar o agarrou (talvez ela estivesse em trajes sensuais ou até mesmo sem trajes) ele correu e fugiu da presença dela. Ele sabia se ficasse por ali com certeza um pecado grave acorreria.

Quando Potifar soube do acontecido ele deveria ter matado José, pois a acusação dele era muito grave e contra alguém muito poderoso daquela época, mas Potifar resolveu apenas prendê-lo. Provavelmente ele percebeu que aquela situação era muito estranha e que não combinava com o testemunho de vida de seu jovem mordomo.


A FELICIDADE ESTÁ NA OBEDIÊNCIA A DEUS
Deus: fonte de eterna felicidade.
Imagem: Google
A filosofia de vida de José constrasta com a felicidade hedonista pecaminosa no qual o mundo está preso, até em muitas igrejas as pessoas só se sentem felizes se houverem atividades que envolvam os prazeres banais desta vida.

O conceito de felicidade é muito raso, muitos a veem como apenas momentos de alegria ou ter sucesso financeiro ou profissional, porém o crente tem certeza que existe uma fonte de felicidade eterna que traz prazeres indescritíveis. Essa fonte é a certeza da salvação em Jesus Cristo e por isso que José e tantos outros heróis da fé entregaram tudo para servir e obedecer a Deus.

Pense nisso:
Muitas vezes pecamos porque o nosso conceito de felicidade ainda está baseado na filosofia deste mundo, porém aqueles que encontram regozijo na obediência ao Senhor conseguem viver mais facilmente em santidade.

Os Dois Jardins

 
Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. Gênesis 3:15

Havia uma vez um jardim. Nele se escutavam apenas sons de alegria. Deus plantou aquele jardim e nele colocou os nossos primeiros pais para cultivá-lo e guardá-lo. Mas o jardim da vida se tornou o jardim da morte. O vento gelado da transgressão soprou e dissipou a inocente alegria. Feitos para desfrutar da comunhão com o Criador e com os anjos, Adão e Eva se esconderam, com medo de Deus (Gênesis 3:8).
Mas Deus veio em busca deles. “Onde estás?”, Ele perguntou (verso 9). Esta pergunta ressoa em cada livro da Bíblia. Deus está buscando a humanidade – busca-nos porque estamos perdidos, porque sozinhos não podemos encontrá-Lo. Deus vem até nós para trazer salvação.
Aos nossos primeiros pais, chegou uma palavra de esperança. Deus prometeu uma “semente” da mulher que, no tempo certo, iria esmagar a cabeça da serpente. Embora aquele filho de Eva fosse sofrer no processo – “tu lhe ferirás o calcanhar” – Ele seria o agente divino para assegurar o triunfo do bem no grande conflito contra o mal.
Houve outro jardim. Nele, numa quinta à noite quando a lua estava cheia, um Homem ajoelhou-se para orar. Ele tinha vindo a este lugar muitas vezes, a fim de buscar uma comunhão tranquila com Deus, e havia saído refrigerado. Mas agora suava gotas de sangue. Agonizando ele gritou: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mateus 26:39). Aquele Jardim que se tornou o jardim da morte para Jesus de Nazaré  é o jardim da vida para nós. Por estar disposto a sofrer a morte, no lugar de cada homem e mulher (Hebreus 2:9), Jesus reverteu a perda do primeiro jardim.
Embora o calcanhar de Jesus Cristo tenha sido ferido, ao morrer Ele nos salvou libertando-nos da culpa e quebrando o poder do inimigo sobre nós. Agradeço a Deus pela “semente” da mulher!
Autor: William G. Johnsson

Série: Consciente Coletivo - Episódio 6

A série Consciente Coletivo faz reflexões sobre os problemas gerados pelo ritmo de produção e consumo de hoje. Tudo de um jeito simples e divertido. Entre os assuntos estão sustentabilidade, mudanças climáticas, consumo de água e energia, estilo de vida, entre outros, que permeiam o universo da consciência ambiental.

As animações são bem feitas, bem dirigidas, e didaticamente muito claras. Isso torna o material adequado para grupos de diferentes faixas etárias, desde crianças bem pequenas, e mesmo os adultos. Para os educadores, surge como um essencial e oportuno guia para ser fartamente trabalhado em sala de aula, em grupos de estudo, em apresentações dos Círculos de Pais e Mestres.

Como tudo que é bom, apesar da excelência em conteúdo didático, é pouco conhecido do público até o presente momento. Grande ferramenta para auxiliar nas suas práticas educativas. 

Série: Consciente Coletivo - Episódio 5

A série Consciente Coletivo faz reflexões sobre os problemas gerados pelo ritmo de produção e consumo de hoje. Tudo de um jeito simples e divertido. Entre os assuntos estão sustentabilidade, mudanças climáticas, consumo de água e energia, estilo de vida, entre outros, que permeiam o universo da consciência ambiental.

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Como tudo que é bom, apesar da excelência em conteúdo didático, é pouco conhecido do público até o presente momento. Grande ferramenta para auxiliar nas suas práticas educativas. 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Quem foi Maomé?



Gravura do Século XV - O Profeta Maomé Recitando o Alcorão em Meca
Maomé ou Muhammad (em árabe: مُحَمَّد, transl. Muḥammad ou Moḥammed; Meca, c. 570Medina, 8 de Junho de 632) foi um líder religioso e político árabe. Segundo a religião islâmica, Maomé é o mais recente e último profeta do Deus de Abraão.
Para os muçulmanos, Maomé foi precedido em seu papel de profeta por Jesus, Moisés, Davi, Jacob, Isaac, Ismael e Abraão. Como figura política, ele unificou várias tribos árabes, o que permitiu as conquistas árabes daquilo que viria a ser um império islâmico que se estendeu da Pérsia até à Península Ibérica.
Nascido em Meca, Maomé foi durante a primeira parte da sua vida um mercador que realizou extensas viagens no contexto do seu trabalho. Tinha por hábito retirar-se para orar e meditar nos montes perto de Meca. Os muçulmanos acreditam que em 610, quando Maomé tinha quarenta anos, enquanto realizava um desses retiros espirituais numa das cavernas do Monte Hira, foi visitado pelo anjo Gabriel que lhe ordenou que recitasse uns versos enviados por Deus, e comunicou que Deus o havia escolhido como o último profeta enviado à humanidade. Maomé deu ouvidos à mensagem do anjo e, após sua morte, estes versos foram reunidos e integrados no Alcorão, durante o califado de Abu Bakr.
Maomé não rejeitou completamente o judaísmo e o cristianismo, duas religiões monoteístas já conhecidas pelos árabes. Em vez disso, informou que tinha sido enviado por Deus para restaurar os ensinamentos originais destas religiões, que tinham sido corrompidos e esquecidos.
Muitos habitantes de Meca rejeitaram a sua mensagem e começaram a persegui-lo, bem como aos seus seguidores. Em 622 Maomé foi obrigado a abandonar Meca, numa migração conhecida como a Hégira (Hijra), tendo se mudado para Yathrib (atual Medina). Nesta cidade, Maomé tornou-se o chefe da primeira comunidade muçulmana. Seguiram-se uns anos de batalhas entre os habitantes de Meca e Medina, que se saldaram em geral na vitória de Maomé e dos seguidores. A organização militar criada durante estas batalhas foi usada para derrotar as tribos da Arábia. Por altura da sua morte, Maomé tinha unificado praticamente o território sob o signo de uma nova religião, o islão.
Muhammad em Caligrafia Árabe


O nome completo de Maomé em árabe pode ser transliterado como Abu al-Qasim Muhammad ibn 'Abd Allah ibn 'Abd al-Muttalib ibn Hashim, sendo que Muhammad significa "louvável" e seu nome completo, inclui o nome "Abd Allah", que significa "servo de Deus". Este nome já era comum na Arábia antes do surgimento do islão, não sendo por isso necessário ver nele um epíteto criado pelo próprio.
Maomé é uma forma aportuguesada do francês Mahomet, que por sua vez é uma deformação do turco Mehmet, tendo daí derivado os adjectivos portugueses maometano e maometismo para designar, respectivamente, o seguidor e a crença difundida por ele.
Na África Negra muçulmana, o nome foi deformado para Mamadou, e entre os berberes encontra-se a forma Mohand.
Nos textos portugueses mais antigos, este antropónimo aparece grafado de variadíssimas formas, como Mafoma, Mafamede, Mafomede, Mafomade, Mahamed, Mahoma, Mahomet, Mahometes ou Mahometo, sendo Mafamede e Mafoma por ventura as mais divulgadas (de resto, a última forma é correlata do nome do profeta nas outras línguas ibéricas, sendo que em castelhano, catalão, galego e até basco, se diz Mahoma). Desde o século XIX, porém, que tais termos caíram completamente em desuso no português, sendo até considerados ofensivos, posto que o seu uso, nas crónicas antigas, se fez sempre associado num contexto de cruzada contra a religião muçulmana.
Hoje em dia, porém, alguns arabistas, islamólogos e historiadores lusófonos estão a optar por utilizar a forma Muhammad em vez de Maomé, por considerarem que esta é a transliteração mais correcta a partir do árabe, sendo sua pronúncia a mais aproximada ao nome original (de facto, nos últimos anos, uma parte significativa e crescente da produção científica em Portugal na área dos estudos árabes e islâmicos tem vindo a consagrar este uso).[carece de fontes?] Neste grupo inclui-se o recém-falecido arabista português José Pedro Machado, autor de uma tradução do Alcorão em português na qual utiliza a forma Muhammad para se referir ao profeta do islão.
Todavia, os principais dicionários da língua portuguesa e alguns lingüistas e lexicógrafos adotam a forma Maomé, vulgarizada por dois séculos de uso[1]. Ademais, a língua árabe não estipula uma transliteração oficial (como o chinês, por exemplo), portanto a representação morfológica no alfabeto latino das palavras em árabe varia enormemente com as particularidades de cada língua. Outro argumento a favor do emprego de Maomé encontra-se no facto que praticamente todos os nomes de personalidades históricas anteriores ao século XX já possuem forma vernácula em português, como Moisés, Jesus, Martinho Lutero.
Muhammad nasceu em Meca a 12 de Rabi al-Awwal (terceiro mês do calendário árabe) no "ano do Elefante". Este ano recebeu esta denominação porque nele se verificou o ataque de pelas tropas de Abraha (governador do sul da Arábia ao serviço do imperador da Etiópia) que estavam equipadas com elefantes. Na era cristã este ano corresponde a 570.
Maomé pertencia ao clã dos Hachemitas, por sua vez integrado na tribo dos Coraixitas (Quraysh, "tubarão"). Era filho de Abdalá e de Amina. Seu pai faleceu pouco tempo antes do seu nascimento, deixando à esposa como herança cinco camelos e uma escrava.
Entre as famílias de Meca existia na época a tradição de entregar temporariamente as crianças às famílias beduínas que viviam no deserto, uma vez que se considerava que o clima de Meca era pouco saudável; para além disso, acreditava-se que uma temporada de vida no deserto prepararia melhor a criança para a vida adulta. Em troca desta adopção temporária, os beduínos recebiam presentes dos habitantes de Meca. Apesar das limitações económicas, Amina entregou Maomé aos cuidados de uma ama-de-leite chamada Halíma (Haleemah).
Quando Maomé tinha seis anos de idade a sua mãe faleceu; passou a viver então com o seu avô paterno, Abd al-Mutalib, e com os filhos destes, entre os quais se encontravam Abbas e Hamza e que eram praticamente da mesma idade que Maomé, fruto de um casamento tardio do avô. Abd al-Mutalib ocupava em Meca o importante cargo de siqáya (serviço de distribuição pelos peregrinos da água sagrada do poço de Zamzam).
Dois anos depois, o avô de Maomé faleceu e este foi viver com o seu tio Abu Talib, novo chefe do clã Hachemita.
Meca era nesta altura uma cidade-estado no deserto, onde se encontrava um santuário conhecido por Caaba ("Cubo") administrado pelos Coraixitas. A Caaba era venerada por todos os árabes, sendo alvo de uma peregrinação anual. Nela se encontrava a Pedra Negra e uma série de ídolos, representações de deusas e de deuses, dos quais se destacava o deus nabateu Hubal. Alguns habitantes de Meca distanciavam-se quer dos cultos pagãos, quer do monoteísmo dos judeus e dos cristãos, declarando-se hunafá, isto é, crentes no Deus único de Abraão, que acreditavam ter sido o fundador da Caaba. Apesar de a cidade não possuir recursos naturais, ela funcionava como um centro comercial e religioso, visitado por muitos comerciantes e peregrinos.
Durante a adolescência Maomé foi pastor e teria também acompanhado o seu tio em expedições comerciais à Síria. Segundo os relatos muçulmanos, quando Maomé, o seu tio e outros acompanhantes regressavam de uma destas viagens cruzaram-se perto de Bosra com um eremita cristão chamado Bahira que após ter examinado Maomé concluiu que este era o enviado que todos aguardavam. Bahira recomendou a Abu Talib que levasse o seu sobrinho para Meca e que velasse pelo bem-estar deste.
Por volta de 595 Maomé conheceu Cadija, uma viúva rica de 40 anos de idade. O jovem (na altura com 25 anos de idade) impressionou Cadija pela sua honestidade nos negócios de tal forma que ela propôs o casamento. Este casamento representou uma mudança social para Muhammad, já que segundo os costumes árabes da época os menores não herdavam, razão pela qual Muhammad nada tinha recebido da herança do pai e do avô. Muhammad permaneceu com Cadija até à morte desta em 619. Cadija teve seis filhos de Muhammad, quatro mulheres (Zainab, Ruqayyah, Umm Kulthum e Fátima) e dois homens (Al-Qasim e Abdullah, que faleceram durante a infância).
Habitualmente afirma-se que Maomé teria sido analfabeto; contudo, é provável que alguém que desempenhou funções na área do comércio tenha possuído, autonomamente, conhecimentos essenciais de escrita.
O seu tio Zubair fundou a ordem de cavalaria conhecida como a Hilf al-fudul, que assistia os oprimidos, habitantes locais e visitantes estrangeiros. Maomé foi um membro entusiasta; ajudou na resolução de disputas, e tornou-se conhecido como Al-Ameen ("o confiável") devido à sua reputação sem mácula nestas intermediações. Como exemplo, quando a Kaaba sofreu danos após uma inundação, e todos líderes de Meca queriam receber a honra de resolver o problema, Maomé foi nomeado para solucionar a situação. Propôs que estendessem um lençol branco no chão, que colocassem a Pedra Negra (também conhecida como Hajar el Aswad) no meio e pediu aos líderes tribais que a transportassem ao seu devido local, segurando os cantos do lençol. Chegados ao devido local, o próprio Maomé tratou de a colocar na posição devida.
Caverna do Monte Hira
Maomé tinha por hábito passar noites nas cavernas das montanhas próximas de Meca, praticando o jejum e a meditação. Sentia-se desiludido com a atmosfera materialista que dominava a sua cidade e insatisfeito com a forma como órfãos, pobres e viúvas eram excluídos da sociedade. A tradição muçulmana informa que no ano de 610, enquanto meditava numa caverna do Monte Hira, Maomé recebeu a visita do arcanjo Gabriel (Jibreel) que o declarou como profeta de Deus. Desde este momento e até à sua morte, também recebeu outras revelações.
Ao receber estas mensagens, Maomé teria transpirado e entrado em estado de transe. A visão do arcanjo Gabriel o teria perturbado, mas a sua mulher Cadija o reconfortou, assegurando que não se trataria de uma possessão de um génio. Para tentar compreender o sucedido o casal consultou Waraqa, um primo de Cadija que se acredita ter sido cristão. Com a ajuda deste Maomé interpretou as mensagens como sendo uma experiência idêntica à vivida pelos profetas do judaísmo e cristianismo.
As primeiras pessoas a acreditar na missão profética de Maomé foram Cadija e outros familiares e amigos que se reuniam na casa de um homem chamado Al-Arqam. Por volta de 613, encorajado pelo seu círculo restrito de seguidores, Maomé começou a pregar em público. Ao proclamar a sua mensagem na cidade, ganhou seguidores, incluindo os filhos e irmãos do homem mais rico de Meca. A religião que ele pregou tornou-se conhecida como islão ("submissão à vontade de Deus").
À medida que os seus seguidores cresciam, ele se tornava uma ameaça para as tribos locais, especialmente aos Coraixitas, a sua própria tribo, que tinha a responsabilidade pelo cuidado da Caaba, que nesta altura hospedava centenas de ídolos que os árabes adoravam como deuses.
Um ano antes da sua morte, Maomé dirigiu-se pela última vez aos seus seguidores naquilo que ficou conhecido como o sermão final do profeta. A sua morte em Junho de 632 em Medina, com a idade de 62 anos, deu origem a uma grande crise entre os seus seguidores. Na verdade, esta disputa acabaria por originar a divisão do islão nos ramos dos sunitas e xiitas. Os xiitas acreditam que o profeta designou Ali ibn Abu Talib como seu sucessor, num sermão público na sua última Hajj, num lugar chamado Ghadir Khom, enquanto que os sunitas discordam.(Fonte: Wikipédia)
Mesquita do Profeta em Medina, Onde se Encontra o Túmulo de Maomé

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