As catástrofes naturais são um forte aviso de que não poderemos continuar por muito mais tempo negligenciando a nossa responsabilidade evangélica, sob pena de cairmos num desleixo fatal.
Recorro a um texto da irmã White (Testemunhos Seletos, v. 3, p. 296):
"Vi uma imensa bola de fogo cair no meio de algumas lindas habitações, destruindo-as imediatamente. Ouvi alguns dizerem: "Sabíamos que os juízos de Deus sobreviriam à Terra, mas não sabíamos que viriam tão cedo." Outros, com acento de voz agoniante, diziam: "Os senhores sabiam! Por que, então, não nos disseram? Nós não sabíamos."
O recente sismo no Japão veio confirmar esta ideia...
Se tem dúvidas, reflita bem neste texto:
"É chegado o tempo em que haverá no mundo tristeza que nenhum bálsamo humano pode curar. O Espírito de Deus está sendo retirado. Catástrofes por mar e por terra seguem-se umas às outras em rápida sucessão. Quão frequentemente ouvimos de terremotos e furacões, de destruição pelo fogo e inundações, com grandes perdas de vidas e propriedades! Aparentemente essas calamidades são caprichosos desencadeamentos de forças da natureza, desorganizadas e desgovernadas, inteiramente fora do controle do homem; mas em todas elas pode ler-se o propósito de Deus. Elas estão entre os instrumentos pelos quais Ele busca despertar a homens e mulheres para que sintam o perigo" (Profetas e Reis, pág. 277).
Por isso, devemos levantar a nossa palavra falada e escrita, não para simplesmente anunciar este tipo de calamidades, mas para, em meio delas, apresentar a solução para um mundo agonizante e sem remédio!
Há mais de um século, Ellen White escreveu: "O inimigo atuou no passado e ainda está atuando. Ele desceu com grande poder, e o Espírito de Deus está-Se retirando da Terra. Deus tem retirado Sua mão. Só temos de olhar para Johnstown [Pensilvânia]. Ele não impediu que o diabo acabasse com a existência de toda essa cidade [note quem é o verdadeiro culpado pelas tragédias]. E essas mesmas coisas aumentarão até o fim da história terrestre" (Sermons and Talks, v. 1, p. 109). "A crosta terrestre será dilacerada pelas explosões dos elementos ocultos nas entranhas da Terra. Estes elementos, uma vez desprendidos, arrebatarão os tesouros dos que durante anos têm aumentado sua fortuna pela aquisição de grandes posses a preços de fome dos que estão ao seu serviço. E o mundo religioso também será terrivelmente abalado, pois o fim de todas as coisas está às portas" (Manuscript Releases, v. 3, p. 208). "Chegou agora o tempo em que num momento podemos estar em terra sólida, e no outro momento pode ela estar fugindo de debaixo de nossos pés. Haverá terremotos onde menos se espera" (Testemunhos Para Ministros, p. 421). "Em incêndios, em inundações, em terremotos, na fúria das grandes profundezas, nas calamidades por mar e terra, é transmitida a advertência de que o Espírito de Deus não agirá para sempre com os homens" (Manuscript Releases, v. 3, p. 315).
Detalhe (para ser lido à luz de Mateus 24:7): O Japão teve 10 grandes terremotos (acima de 6,5 graus na escala Richter) entre 1900 e 2000. Entre 2001 e 2011 teve 12!
Fazê-lo, não é uma mera atividade cívica; é uma ordem da parte de Deus, cuja negligência Ele fará prestar contas.
"A obra que há muito devia estar em ativa operação para ganhar almas para Cristo não tem sido feita. Os habitantes de cidades ímpias a serem muito breve visitadas por calamidades têm sido cruelmente negligenciados. Aproxima-se o tempo em que grandes cidades serão varridas, e todos devem ser advertidos desses juízos por vir. Mas quem está dando para a realização desta obra o integral serviço que Deus requer? Atualmente nem uma milésima parte do trabalho a ser feito nas cidades o está sendo, e isso seria feito se homens e mulheres cumprissem o seu inteiro dever" (Manuscrito 53, 1910).
"Os juízos de Deus estão na Terra. Pronunciam solene advertência, dizendo: "Estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis." Mat. 24:44. Vivemos nas cenas finais da história da Terra. Não temos tempo - nem um momento - para perder. Não sejamos achados dormindo na guarda. Persuadamos homens e mulheres de toda parte, a arrependerem-se e fugirem da ira vindoura. Despertemo-los, levando-os a preparar-se imediatamente, pois pouco imaginamos o que está diante de nós" (Meditações Matinais 1953/89, p. 343).
Está a Igreja que Deus estabeleceu na Terra a cumprir a sua tarefa de advertência? Ou parece que temos medo de dizer ao mundo que sabemos bem as razões de tudo isto e percebemos que tudo se encaminha para o fim, numa rápida sucessão de acontecimentos?
Caro amigo e irmão, não perca tempo a lamentar o passado, caso chegue à conclusão que não está a desempenhar o papel que devia. Antes, renove decisões, vontades e compromissos em favor da causa de Deus! Aproveite a oportunidade e distribua Bíblias, folhetos, livros, DVDs, curso bíblicos, faça convites, etc.!
Como refere o Pr. George Knoght, use de uma "santa arrogância" para em meio a tragédias impressionantes, proclamar que a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem uma mensagem firme de esperança e salvação!
O Tempo Final