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Por que 2Samuel 24:1 diz que Deus incitou Davi a realizar o censo militar, enquanto 1Crônicas 21:1 diz que Satã fez isso?
Em 2Samuel 24:1, lemos: “Mais uma vez irou-se o Senhor contra
Israel e incitou Davi contra o povo, levando-o a fazer um censo de
Israel e de Judá.” De acordo com 2Crônicas 21:1, Satanás
levantou-se contra Israel e levou Davi a fazer um recenseamento do
povo”. Examinarei o uso do termo satã no Antigo Testamento, algumas
ligações terminológicas com outras passagens e, no final, sugerirei uma
maneira de harmonizar essas duas passagens.
1. Uso do termo “satã”: A palavra hebraica
para satã significa “adversário, oponente” e é usada para designar seres
humanos que agem como adversários ou oponentes de outros (1Reis 11:14, 23). Ela também designa o anjo do Senhor que agiu como adversário de Balaão (Números 22:22). Obviamente, essa não é uma figura demoníaca. O substantivo também é encontrado em Jó 1:5 e 2:1, e em Zacarias
3:1 para o adversário do povo de Deus. Estudiosos muitas vezes
argumentam que quando o substantivo satã é acompanhado por um artigo
definido (“o satã”) se refere à função (“um adversário/oponente”) e não é
um substantivo próprio (“Satã”). Como no primeiro caso o termo não tem
um artigo, só em 1Crônicas 21:1 é considerado substantivo
próprio (“Satã”). Porém, outros estudiosos argumentam que é precisamente
quando o substantivo é acompanhado por um artigo que funciona como nome
próprio. Pode-se perguntar, então: “Será que esse debate é tão
importante?”
2. Ligação linguísticas: Há ai uma clara ligação linguística entre Jó 2:1, Zacarias 3:1 e 1Crônicas 21:1. Em Crônicas
Satã “se levanta”(‘amad) contra Israel e incita (sut) Davi a pecar. O
uso do verbo “levantar” (‘amad), junto com o substantivo satã, é
encontrado em Zacarias 3:1, estabelecendo uma ligação entre as
duas passagens. Em ambos os casos satã se opõe ao servo de Deus. O verbo
“incitar” (sut) aparece junto com o substantivo satã em Jó 2:3, estabelecendo, também, uma ligação entre essas duas passagens. Em Jó, ele incita Deus contra Jó, e em Crônicas
ele incita Davi contra Deus. O cronista sabe como usar o termo satã
(“Satã”). Muito provavelmente reflete o significado do termo nos outros
dois livros. Em outras palavras, ele não está contrastando seu uso com o
de outras passagens; a presença ou ausência do artigo é irrelevante. O
Antigo Testamento descreve um ser que se opõe a Deus e aos Seus planos
para Seu povo (Gênesis 3:1-5; Levítico 16:8-10, 20-22; Isaías 14:12-14; Apocalipse 12:9).
3. As narrativas em Crônicas e Samuel: O papel
de satã é muito claro nas passagens que estamos discutindo. Primeiro,
ele é o adversário do povo de Deus, oponente à divina disposição de
perdoá-los (Zacarias 3:1). Ele até se opõe contra a maneira que Deus governa Seu reino (Jó
1:6; 2:1). Segundo, ele incita o povo a desobedecer a Deus. Terceiro,
ele deseja coisas más para o povo de Deus. Sem dúvida, ele é o
arquiinimigo divino. Segundo o Livro de Crônicas, Satã se
levantou contra Israel como inimigo e incitou Davi a realizar o censo
sabendo que resultaria no sofrimento do povo. Por que realizar o censo é
um pecado nacional? Vários tipos de censos eram realizados em Israel,
sem nenhum penalidade (Êxodo 30:11-16). Talvez, como muitos já
sugeriram, a diferença aqui é que esse era um censo militar realizado
sem a aprovação divina e que expressava confiança no poder militar
humano. Foi uma violação à aliança de Israel com o Senhor.
Se esse é o caso, as diferenças entre 1Crônicas e 2Samuel
são indiferentes. A ira do Senhor mencionada como a causa da realização
do censo, é esclarecida ao Deus permitir que Satã incite Davi a
realizar o censo. Em sua ira, Deus não intervém para proteger Davi.
No entanto, Deus ainda é o Senhor Soberano que autoriza as ações de
Satanás e que coloca fim à praga. Ele usa essa experiência para levar
Davi a encontrar um local para construir o templo. Ele não entrega a
Satanás o controle completo sobre Seu povo (Jó 1:12; 2:6).
Angel Manuel Rodríguez, Revista “Adventist World” – Fevereiro 2015
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Penso que sua pergunta, na verdade, é como Deus lida com essa prática, e
o que motivava os reis a ter tantas esposas. Além dos desejos corruptos
das paixões humanas havia outras razões sociais e políticas para tal
prática. Vou resumir a vontade de Deus sobre esta questão, examinar o
propósito pelo qual os homens se casavam com tantas mulheres israelitas,
e, finalmente, explorar a razão pela qual as esposas do rei não eram
israelitas.
1. A Vontade de Deus: Parece ter sido a
intenção de Deus que, em algum momento na história do Seu povo, fosse
nomeado um rei sobre a nação. Com esse propósito, Deus providenciou uma
legislação definindo o compromisso e o papel do rei (Deuteronômio
17:14-20). Até certo ponto, o rei devia ser um modelo para a nação, no
estudo da lei, em confiar no poder de Deus e no propósito de Deus para o
casamento. A lei estabelecia claramente: “Ele não deverá tomar para si
muitas mulheres” (verso 17). Em outras palavras, ele não deveria ter um
harém real. Deus esperava do rei o que também esperava de cada homem
israelita: ter uma só esposa. Nesse aspecto, a realeza israelita falhou
com o Senhor.
2. As muitas esposas de Davi: Foi
principalmente por Davi que a prática real de ter muitas esposas foi
introduzida em Israel. Ele tinha no mínimo nove esposas e não menos de
dez concubinas. A função dessas concubinas não é clara. Elas estavam a
serviço do rei para lhe dar filhos (2Samuel 20:3), e também podiam ser responsáveis pela manutenção do palácio (2Samuel
15:16). No antigo Oriente Próximo, as proezas sexuais do rei eram parte
da sua imagem como monarca, e as muitas esposas transmitiam essa ideia
para as pessoas. Davi estava simplesmente seguindo uma prática cultural
da época. Ele também tomou várias mulheres israelitas como esposas. Elas
deviam ser filhas de israelitas influentes e poderosos cujo apoio
poderia ser útil para a consolidação do reinado de Davi. Esses eram
casamentos com motivação política. Embora a maioria de suas esposas
fosse israelita, parece que ele teve uma esposa estrangeira: “Maaca,
filha de Talmai, rei de Gesur”(2Samuel 3:3), uma princesa. Esse
foi um casamento político e serviu para fortalecer a influência de Davi
como rei entre as nações cananitas.
3. Esposas estrangeiras e a idolatria: O que Davi iniciou foi praticamente institucionalizado por Salomão: “Casou com setecentas princesas e trezentas concubinas” (1Reis
11:3). Muitas de suas concubinas, se não todas elas, podem ter sido
israelitas, mas as esposas provavelmente fossem mulheres estrangeiras,
filhas de reis com os quais Salomão fez aliança de relacionamento. Esse
era um acordo comum em casamentos reais no antigo Oriente Próximo. Tais
casamentos consolidaram o reinado de Salomão e contribuíram com as
relações pacíficas entre ele e as nações ao redor (Sidom, Moabe, Ammom).
Qualquer casamento político poderia ter danificado seriamente a
integridade do rei, e, no caso de mulheres estrangeiras, teria levado o
rei à idolatria (Deuteronômio 17:17; 1Reis 11:2).
Quando esse tipo de casamento era arranjado, o acordo marital incluía a
decisão de que a princesa continuaria a adorar seu deus no palácio de
seu marido, nesse caso, Salomão. Possivelmente, algumas delas tenham se
tornado israelitas. Cada uma dessas esposas vinha acompanhada por suas
servas e, às vezes, por um líder religioso para assisti-la no culto ao
seu deus. O marido devia oferecer um local de adoração para ela e sua
comitiva. Seguindo essa prática pagã, “Salomão construiu um altar para
Camos, […] e para Moloque […] Também fez altares para os deuses de todas
as suas outras mulheres estrangeiras, que queimavam incenso e ofereciam
sacrifícios a eles” (1Reis 11:7, 8). Essas práticas políticas e
religiosas são típicas do antigo Oriente Próximo. Elas contribuíram
diretamente para a queda do povo de Deus no Antigo Testamento.
É sempre bom ouvir a Palavra de Deus, pois as Escrituras nos alertam e
nos previnem contra práticas culturais que tendem a nos desviar do
Senhor.
Angel Manuel Rodríguez, Revista “Adventist World” – Janeiro 2015
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Com frequência, Tiago 2:14-26 é entendido como uma “correção” à ênfase dada por Paulo à justificação pela fé somente. Hoje, felizmente, a maioria dos estudiosos, assim como eu, não concorda com essa afirmação. Em primeiro lugar, ao procurar entender o argumento de Tiago, precisamos manter em mente o contexto geral e o objetivo de sua carta. Em segundo lugar, devemos compreender que diferentes escritores bíblicos podem, às vezes, usar a mesma terminologia para sentidos diferentes ou para um propósito específico. Pode depender também do contexto. (Leia Tiago 2:14-26 antes de continuar.)
1. Objetivo principal de Tiago: A mensagem de Tiago é muito simples em sua natureza, abordando os sofrimentos e provações da comunidade dos crentes e a opressão da estratificação social. Seu interesse foca o impacto social da fé cristã. Rejeita tratamento preferencial baseado em posses ou status social (Tiago 2:1-7) e condena a exploração social e o abuso dos pobres (Tiago 5:1-6). Para Tiago, a fé cristã não pode ser desconectada da sociedade, uma vez que ele afirma sua relevância. Sua mensagem teológica está embutida na preocupação de que a religião deve ser parte da essência da sociedade. Isso significa que tudo o que Tiago diz no capítulo 2:14-26 deve ser relacionado à sua maior ênfase.
2. Fé e obras: A passagem em consideração deve ser lida em seus próprios termos. Devemos determinar como Tiago usa a palavra “fé”. Contextualmente, isso não é difícil. Ele não a usa na forma salvífica tradicional, mas como conhecimento interior e convicção. Em outras palavras, o que depositamos em Cristo, inicialmente, não é fé, mas uma convicção religiosa que não determina a conduta. Isso se torna claro quando ele escreve: “Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem” (verso 19). Fé é estar persuadido de que nossas convicções estão corretas; os demônios podem ter esse tipo de compreensão. Esse tipo de fé é inútil na vida cristã se ela nos conduz a uma atitude de indiferença em relação às necessidades dos outros (versos 14-16, 20). Tiago argumenta que a fé sem as obras é morta (verso 17).
De fato, alegar que a fé existe na ausência de obras equivale a afirmar que o corpo pode existir independente do espírito. Um não pode existir sem o outro. Fé e obras formam uma unidade indivisível na vida cristã (verso 26); as obras tornam visível a nossa fé (verso 18). São evidências da realidade da fé na vida do crente.
3. Fé e justificação: Sob a influência de Paulo, a justificação geralmente é vista como a absolvição dos pecados de pecadores arrependidos diante do tribunal divino, no início da vida cristã, independente das obras.
Tiago não está negando essa crença, mas também não está se referindo a esse assunto em particular. Ele escreve para membros da igreja, pessoas que já haviam sido justificadas pela fé em Cristo. O problema é que a fé que professavam não estava afetando o modo como deveriam viver a vida cristã. Para eles, Tiago diz: “A pessoa é justificada pelo que faz e não apenas pela fé”.
O elemento mais importante nesse verso é o verbo “justificar”. Uma vez que, no contexto, a presença da fé é comprovada ou demonstrada pelas obras, o verbo justificar provavelmente significa “mostrar ou demonstrar o que é ser justificado”.
O verbo exerce uma função demonstrativa, isto é, o crente mostra/demonstra que foi justificado não apenas por alegar que tem fé, mas especificamente pelo que faz. Essa foi a experiência de Abraão e Raabe, que demonstraram justificação por suas obras (verso 21 e 25). Essas não são as obras da lei pelas quais, segundo Paulo, alguns procuram ser justificados. Tiago está falando sobre o que Paulo chama de “boas obras”. Ambos concordariam que “somos feitura dEle, criados em Cristo Jesus para boas obras” (Efésios 2:10).
A mensagem de Tiago ecoa em Apocalipse 3:15-18 e nos desafia a permitir que nossa fé, pelo poder do Espírito, se expresse numa verdadeira conduta cristã e em profundo interesse pelos pobres e oprimidos. Afinal, “qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras?” (Tiago 2:14).
Angel Manuel Rodríguez, Revista “Adventist World” – outubro de 2008
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Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário.
“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, Sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo”.
A Bíblia de Jerusalém assim o traduz:
“A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria Sua mãe, comprometida em casamento com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo”.
Esta mesma Bíblia traz a seguinte nota para este verso:
“Trata-se de um compromisso de casamento, isto é, de um noivado, mas o noivado judaico era um compromisso tão real que o noivo já se dizia ‘marido’ e não podia desfazê-lo senão por um repúdio”.
Em última análise, o problema com esta passagem é o seguinte: Traduções antigas apresentavam os pais de Jesus como sendo casados, porém, hoje, traduções mais afinadas com o original não o fazem. O verbo grego mnesteuo significa: pedir em casamento, noivar, estar comprometido; refere-se ao prévio contrato de casamento.
Broadus, em seu Comentário do Evangelho de Mateus, pág. 64, escreveu: “Desde o momento que se faziam noivos, cada uma das partes se achava legalmente ligada à outra, podendo ser chamados marido e mulher”.
As palavras do Comentário Bíblico Adventista sobre Mateus 1:18 são precisas e trazem luz para a solução do problema:
“O noivado constituía um relacionamento legal, um pacto tão solene que apenas poderia ser desfeito por processos legais, isto é, pelo divórcio”.
Entre os judeus, uma moça noiva era chamada de esposa, e como tal era tratada. O período que ia do noivado às bodas, propriamente ditas, era mais ou menos de um ano, quando o jovem casal deixava a casa dos pais para viver juntos (Gênesis 24:55; Juízes14:8; Deuteronômio 20:7). A quebra do sétimo mandamento, neste período, por qualquer um dos noivos, era adultério e a união só poderia ser desfeita através do divórcio.
A noiva, se ela fosse culpada, como parecia no caso de Maria, aos olhos de José devia ser apedrejada (Deuteronômio 22:23-24). Mas José podia legalmente escolher dois caminhos, de acordo com as leis do Velho Testamento:
1º) Expor a sua noiva à vergonha pública, acusando-a de adúltera (Deuteronômio 22:21) para depois ser apedrejada.
2º) Desquitando-se “secretamente”, sem mencionar na carta de desquite as razões para sua atitude.
Mateus, no verso 19, apresenta José como justo, mas, apesar disso, não queria viver com uma mulher que lhe tinha sido infiel, pensava ele; mesmo assim, por ser de coração magnânimo, não queria a sua morte. Por essa razão intentou deixá-la secretamente; ou optou pela segunda alternativa, que não foi consumada porque a intervenção divina fez com que o problema fosse solucionado (Mateus 1:20).
A palavra que aparece traduzida por infamar ou difamar do verso 19 é a forma verbal grega “deigmatisai” – que significa fazê-la um espetáculo (público). Há manuscritos gregos que trazem “paradeigmatisai” – fazê-la um exemplo.
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No dia 30 de junho foi realizada a palestra intitulada "Um olhar químico sobre o processo de fossilização", ministrada pelo Dr. Rodrigo Meneghetti Pontes, professor do Departamento de Química da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Vice-Presidente do NUMAR-SCB. O Dr. Rodrigo possui linha de pesquisa na área de Físico-Química Orgânica.
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Mateus 12:31-32 – “Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro”.
1João 5:16 – “Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore”.
A resposta à pergunta “O que é o pecado contra o Espírito Santo?” é muito conhecida, portanto relativamente fácil de ser dada.
A leitura das palavras de Cristo em Mateus 12:31-32 tem preocupado a muitos cristãos sinceros temerosos de terem cometido este pecado.
O conhecimento do trabalho do Espírito Santo ajuda na compreensão do que Cristo quis dizer.
O Espírito Santo é o mais poderoso agente divino para influenciar o ser humano; e o meio pelo qual Deus opera, rogando, suplicando retorne à senda cristã. Se o homem rejeita voluntariamente o Espírito, propositadamente ele se desliga do meio de comunicação com o céu, e a pessoa ultrapassa os limites do perdão como nos diz Marcos 3:29.
Conforme as Escrituras há três estágios progressivos para se chegar ao estado de não haver mais perdão.
1º) Entristecer o Espírito Santo (Efésios 4:30), pela continuação de uma vida que impeça a Sua operação.
2º) Resistir ao Espírito Santo como fizeram os judeus (Atos 7:51).
3º) Suprimindo o Espírito (1Tessalonicenses 5:19) até que a alma perde a sensibilidade (Efésios 4:19) e o Espírito se afasta.
Pecado contra o Espírito Santo não é um ato, ou um pecado tão repelente que Deus não possa perdoar, mas um estado do coração pecaminoso, que se opõe de maneira determinada e voluntária aos apelos que são feitos.
O pecado contra o Espírito Santo pode ser sintetizado nesta simples frase: é o pecado do qual o homem não se arrepende. O pecado mais comum contra o Espírito Santo é a persistente negligência em ouvir o Seu convite para o arrependimento.
Este pecado é imperdoável, não porque Deus não queira perdoá-lo, mas porque o pecador se colocou numa posição em que não tem mais o desejo de receber perdão. A Bíblia é muito clara ao garantir-nos que por mais abjeta que seja a transgressão, se o infrator se arrepender, pedir o perdão divino este lhe será concedido. Quando o Espírito Santo é rejeitado por tanto tempo, que o homem não pode mais ser alcançado por Sua influência, também não há mais esperança de salvação.
O pecado contra o Espírito Santo ou o pecado imperdoável é aquele sobre o qual o pecador não deseja receber perdão.
O contexto histórico de Mateus 12:31-32 nos ajuda a compreender melhor o que Jesus queria dizer por pecado imperdoável. Segundo a narração de Mateus 12:22-30 a multidão estava admirada do milagre que Jesus efetuara, mas este ato divino provocou uma reação negativa nos fariseus, que procuravam desacreditá-Lo diante do povo. Acusaram-no de expulsar os demônios por Belzebu, o príncipe dos demônios. Em seu ódio a Cristo, aqueles líderes religiosos em vez de reconhecerem que os milagres eram realizados pelo poder do Espírito Santo, preferiram atribuir este poder a Satanás. A rejeição de Cristo torna-se a base para o pecado imperdoável. Cada passo dado na rejeição de Cristo é um passo dado no sentido da rejeição da salvação, um passo dado para o pecado contra o Espírito Santo.
Adam Clarke diz claramente: “Quando a pessoa obstinadamente atribui ao demônio o que ela tem completa evidência de que apenas poderia ser realizado pelo Espírito de Deus, ela comete o pecado contra o Espírito Santo”.
Segue-se parte da resposta dada à pergunta: O que é o pecado imperdoável?
“Se há um pecado imperdoável é justamente o que atribuí a Deus o que Satanás faz, e a Satanás o que Deus faz. Se o homem cortar o único meio pelo qual Deus se comunica com ele e o salva, a última esperança de livramento terá de ser abandonada.
“A pessoa que teme ter já cometido o recado imperdoável, tenha esta certeza: Qualquer pessoa que tem um coração brando e que sente tristeza pelo pecado, tem por si o Espírito Santo, e ainda não cometeu o pecado imperdoável, tem, com isso, a melhor prova de que ainda não o fez; porque é sinal de que o Espírito Santo está trabalhando em seu coração para convencê-la a e trazê-la ao arrependimento. Esta é a sua primeira obra (João 16:7-8)” (O Atalaia, setembro de 1930, pág. 24).
Conclusão
Todo o pecado é perdoável quando a pessoa o reconhece e roga a Deus que lhe perdoe.
Pecado imperdoável e a contínua rejeição da graça divina, o não atendimento aos apelos do Espírito para que a pessoa se arrependa. É o ato de colocar-se fora da influência dos apelos do Espírito Santo.
Que é “pecado para morte” de acordo com 1João 5:16?
“Se alguém vir a seu irmão cometer pecado não para morte, pedirá, e Deus lhe dará vida, aos que não pecam para morte. Há pecado para morte e por esse não digo que rogue”.
A que pecado se refere João na sua primeira carta (5:16)? Seria o pecado de imoralidade, o pecado da apostasia, a blasfêmia contra o Espírito Santo?
João não especifica os pecados para a morte e os pecados que não são para a morte.
Ele classifica todos os pecados em dois grupos: os que são “para morte” (imperdoáveis), e os que “não são para morte” (passíveis de perdão).
Teólogos católicos baseados nesta passagem têm classificado os pecados para a morte (mortais) e os pecados não para a morte (veniais). Pecados mortais seriam os pecados graves, deliberados, que levam o pecador à morte espiritual, enquanto os pecados veniais seriam as faltas leves, cometidas sem reflexão.
João não se refere nesta passagem a um pecado específico, como a violação de um dos Dez Mandamentos. A palavra pecado no grego aparece sem artigo, dando-lhe assim um sentido indefinido.
Muitos comentaristas (inclusive o Comentário Bíblico Adventista) se inclinam a crer que haja aqui referência ao pecado imperdoável de Mateus 12:31-32.
Eis duas notas bíblicas explicativas:
“Sobre este pecado de excepcional gravidade, os destinatários da epístola deveriam estar bem informados. Poderia ser o pecado contra o Espírito, contra a verdade (Mateus 12:31) ou a apostasia dos anticristos (1João 2:18-29; Hebreus 6: 4-8)” – A Bíblia de Jerusalém.
“Este pecado corresponde ao ‘pecado eterno’ contra o Espírito Santo” – Bíblia Vida Nova.
Livro: Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário.
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“Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados”.
Esta passagem tem sido apresentada pelos legalistas em defesa da salvação pelas obras. Se fosse possível a salvação pela obediência à lei ou prática de boas obras, isto iria contradizer toda a teologia de Paulo. Dentre os escritores bíblicos, ele foi o mais ardoroso defensor da justificação pela fé. A verdade fundamental da sua teologia é esta: o crente não é salvo por praticar boas obras. Ser “justificado por obras” na ideia de Paulo seria a rejeição de Cristo como nosso Salvador. Se o praticar boas obras propiciasse a salvação, Cristo não precisaria ter morrido por nós.
“Paulo afirma que um homem é justificado perante Deus não por realizações, mas por uma fé verdadeira” (Introdução ao Novo Testamento em Inglês Moderno).
Antes da análise propriamente dita desta passagem, seria bom relembrar dois princípios hermenêuticos que mais se aplicam a este caso.
1º) A regra a que Orígenes deu o nome de “Analogia da Fé”. De acordo com este princípio o texto deve ser interpretado através do conjunto das Escrituras, e nunca através de passagens isoladas.
2º) Consultar as passagens paralelas, isto é, aquelas que tratam do mesmo assunto.
A Crítica Textual nos informa que não há nesta passagem nenhum problema de tradução.
A comparação deste verso em algumas traduções nos mostra que o sentido é sempre o mesmo:
“Porque os simples ouvidores da lei não são justificados, mas os que praticam a lei hão de ser justificados”– Almeida Revista e Atualizada no Brasil.
“Porque não são justos diante de Deus os que ouvem a Lei, mas os que obram a Lei hão de ser justificados” – Trinitária.
“Não é pelo ouvir a lei, mas pelo cumpri-la que os homens serão justificados perante Deus” – New English Bible.
“Porque não são os que ouvem a Lei que são justos perante Deus, mas os que cumprem a Lei é que serão justificados”– A Bíblia de Jerusalém.
“Porque Deus não aceita os que somente ouvem a Lei; Ele aceita os que fazem o que a Lei manda” – A Bíblia na Linguagem de Hoje.
Para melhor compreensão deste texto devemos considerar estas duas questões:
1º) O que representava a lei em o NT e neste texto de Paulo para os judeus e gentios.
2º) Está Paulo neste verso defendendo a salvação pelas obras?
A Lei em o Novo Testamento
De acordo com W. E. Vine, no Novo Testamento, nomos – lei é usada como:
a) Lei em geral: Romanos 2:12-13; 3:27; 4:15;
b) Força ou influência impelindo para a ação: Romanos 7:21-23;
c) Lei Mosaica, Lei do Sinai, com artigo definido: Romanos 2:15, 18, 20; Mateus 5:18; Gálatas 3:10; 5:3…
d) Por metonímia, dos livros que contêm a lei.
1) Do Pentateuco: Mateus 5:17; 12:5…
2) Dos Salmos – João 10:34; 15:25…
De tudo isso, pode ser deduzido que a “Lei”, num sentido amplo, foi o título alternativo para “As Escrituras” (Expository Dictionary of New Testament Words).
Pelo contexto vemos Paulo dividindo o mundo em duas classes de pessoas: os judeus com sua lei dada diretamente por Deus e colocada por escrito para que todos pudessem lê-la. Os gentios, sem essa lei escrita, porém, com um conhecimento interno ou instintivo do bem e do mal implantado por Deus em seu coração.
Diante destas duas classes surge a pergunta: Quais os princípios que Deus utilizará no Dia do Juízo?
Charles R. Erdman em seu Comentário de Romanos apresenta a seguinte resposta:
a) Cada pecador será julgado segundo suas obras (vs. 6-11);
b) Cada pecador será julgado conforme a luz que tenha.
Ele prossegue dizendo que no julgamento final a recompensa será de acordo com as obras e não com o que a pessoa professa crer. O julgamento será segundo a luz que cada um recebeu individualmente (v. 11).
William Barclay, em seu Estudo Sobre Romanos, pág. 57, pondera:
“O homem será julgado pelo que tem tido oportunidade de conhecer. Se conhece a Lei, será julgado como quem conhece a lei. Se não conhece a Lei, será julgado como quem não conhece a lei”.
Os judeus descansavam contentes no grande privilégio que tinham de serem conhecedores da lei, mas muitas vezes não viviam de conformidade com o que a lei preceituava. Paulo estava dizendo mais ou menos o seguinte: mais importante do que ouvir, conhecer, é o praticar.
Russell N. Champlin comentando este verso sob a epígrafe: Eles Ouviram a Lei, escreveu:
“1) Eram ensinados a cada sábado.
2) Nos seus lares, eram obrigados a memorizar a lei.
3) Havia escolas especiais que preparavam a elite, os doutores da lei.
4) Israel foi a mais religiosa nação de toda a história.
5) Essa busca era um privilégio, e produziu muito fruto.
6) Porém, a mera instrução não basta, a menos que o coração seja comovido, amenos que a alma seja alterada.
7) Seus “ouvidos” estavam educados, mas em muitos casos os seus “corações” estavam longe da Fonte da sabedoria que lhes era ensinada.
8) Quanto a uma outra passagem que faz o contraste entre os meros “ouvintes” e os “praticantes” da lei, ver Tiago 1:22-25″ (O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, vol. 3, págs. 295-296).
F. F. Bruce, ao comentar este verso no livro Romanos – Introdução e Comentário, pág. 74, declara:
“Talvez Paulo tenha em mente Levíticos 18:5: ‘Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; cumprindo os quais, o homem viverá por eles’, passagem que ele cita depois, em 10:5. O curso seguido por seu argumento indica que, embora o homem fosse justificado se fosse praticante da lei, contudo desde que ninguém a pratica perfeitamente não há justificação desse modo. A antítese entre simplesmente ouvir a lei e praticá-la e desenvolvida em Tiago 1:22-25″.
Russell Norman Champlin, prosseguindo na análise deste verso, considera a expressão “os que praticam a lei hão de ser justificados” da seguinte maneira:
“No que diz respeito à possibilidade que tal coisa possa ser conseguida, por aqueles que observam princípios rituais e legais, a declaração que temos aqui é hipotética; e por detrás da mesma, está o pensamento que isso é simplesmente impossível o que Paulo termina por mostrar no terceiro capítulo de sua epístola. Não obstante, existem aqueles que por fim haverão de praticar perfeitamente todas as exigências da lei, e isso por terem sido aperfeiçoados em Cristo, quando possuirão a plena e perfeita santidade de Deus. Todavia, isso só pode ser conseguido mediante a redenção que há em Cristo, o que é a tese dominante do livro inteiro aos Romanos, e que encontra sua expressão mais alta no oitavo capítulo”.
Do Comentário Bíblico Adventista, merece destaque esta parte:
“Justificados. Ou ‘considerados justos’, ‘declarados justos’. Paulo está ainda contrastando a posição no julgamento daqueles que conhecem a vontade de Deus, e ainda assim são relutantes em obedecer-lhe, com a posição daqueles que não somente conhecem a vontade de Deus mas a ela se submetem totalmente. Que tal obediência pode vir somente através da fé já tem sido mencionado na epístola (cap. 1:5, 17; conf. cap. 3:20). Este verso dá mais ênfase ao fato que os homens são julgados, não pelo que eles alegam saber ou professam ser, mas pelo que realmente fazem (cap. 2:6)”.
Kittel, no Theological Dictionary of the New Testament, ao estudar a palavra nomos (lei), faz a seguinte declaração:
“Desde que a Lei é uma declaração da vontade de Deus, ela orienta o que o homem necessita fazer. Quando Paulo cita a declaração de Levíticos 18:5, a ênfase repousa no verbo poien = fazer… Para Paulo o cumprimento da Lei através do Espírito nos crentes é a real intenção da Lei”.
O objetivo de Paulo é condenar o procedimento daqueles que pensavam que por serem conhecedores da lei podiam alegar justiça diante de Deus. Adverte-os de que necessitam praticar a lei conforme o seu conhecimento. Em outras palavras, orienta os seus leitores para esta verdade: a justificação pela fé não nos desobriga do cumprimento da Lei ou das orientações dadas por Aquele que justifica.
Calvino declarou sobre Romanos 2:13:
“Aqueles que abusam desta passagem para estabelecer a justificação pelas obras são merecedores de que até as crianças zombem deles e os apontem com os dedos”.
Livro: Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário.
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Os
críticos da criação bíblica muitas vezes usam o argumento de que a luz
de estrelas distantes requerem bilhões de anos para chegar à Terra e,
portanto, a Terra deve ser muito mais velha de 6.000 anos.
Para contornar este problema, alguns criacionistas têm sugerido que as
distâncias medidas devem estar erradas, mas essas distâncias são baseadas
em ciência sólida, observacional. Outra alegação comum é que a luz que vemos hoje foi criada no seu caminho para a Terra.
Muitos aspectos do universo criado deve ter aparecido maduro no momento
da sua criação (Adão não era uma criança), mas a luz de objetos
distantes é diferente.
Se a luz de uma supernova que explodiu recentemente foi criado em
trânsito, em seguida, que a estrela nunca existiu- vimos uma imagem de um
evento inexistente. Parece pouco característico de Deus para usar uma ilusão para retratar o mundo natural.
Em qualquer altura, tentar estimar a idade das coisas, devemos fazer suposições. Se algum dos pressupostos são questionáveis, então o argumento não é bom. O primeiro pressuposto é que a velocidade da luz tem sido sempre constante.
Alterando a velocidade da luz tem efeitos sobre outros aspectos da
física incluindo a relação entre a massa e energia num sistema de (E =
mc 2).
Alguns cientistas da criação acreditam que este é um modelo válido para
explicar a luz das estrelas distantes, enquanto outros acreditam que
devemos procurar outra explicação.
Outra hipótese é que o tempo é rígido. No entanto, o tempo é dependente da velocidade e a força de gravidade, onde o tempo está a ser medido. Isso pode parecer estranho, mas tem sido demonstrado por uma experiência e é uma ideia científica sólida.
Desde o tempo pode fluir em diferentes taxas de diferentes pontos de
vista, os eventos podem ocorrer em diferentes posições no universo. Apenas um curto período de tempo passou na Terra, embora tenha havido mais tempo passado nos confins do universo.
Há uma questão de saber a quantidade de diferença que modelos
criacionistas usando essa ideia podem produzir, e mais pesquisa precisa
ser feito.
Outra hipótese é que o tempo é medido pela convenção "tempo universal cósmica". No entanto, é comum usar convenções de fuso horário na Terra, e essas mesmas ideias podem ser aplicadas para o universo.
A linguagem na Bíblia pode ser explicando a luz visível no universo
usando o horário local cósmico em vez de hora universal cósmica. Esta é uma forma intrigante de olhar para o alegado problema.
A última hipótese é que o universo só pode ser explicado pelo naturalismo. Esta suposição corta automaticamente qualquer explicação sobrenatural, especialmente o Deus da Bíblia, fora da imagem.
Alguns secularistas afirmam que um ato sobrenatural não pode ser
verdade na base de que ele não pode ser explicado por processos naturais
observados hoje.
Este é um argumento circular e rejeita, como pressuposto de partida, a
existência de um Deus que pode agir fora das leis naturais que Ele
criou.
Apesar destas premissas, a explicação naturalista tem o seu próprio problema do tempo de viagem da luz que raramente é discutido. O universo é tão grande que não tenha havido tempo suficiente para a luz viajar de um lado para o outro. Na visão secular, a temperatura uniforme da radiação cósmica de fundo deve ser explicada por processos naturais isolados. Para a temperatura se tornar uniforme, diferentes áreas devem trocar energia.
A maneira mais rápida de fazer isso é a troca de radiação
eletromagnética (luz) uma vez que nada pode viajar mais rápido que a
luz.
Uma vez que os pontos estão mais afastados do que a luz poderia viajar não há nenhuma maneira, utilizando os
pressupostos naturalistas, que a temperatura pode ser tão uniforme como
ela é.
Para explicar esse problema de distância, os cientistas seculares têm
sugerido que houve um período inflacionário nos primeiros estágios do big
bang. Não há nenhuma evidência para apoiar esta ideia que não deve ser assim, se o big bang é um modelo exato da formação do universo. Os modelos inflacionários realmente criam mais problemas para resolver.
Uma vez que o big bang tem o seu próprio problema da luz travel-tempo, é
inconsistente usar um problema de tempo de luz viajar para desacreditar
a explicação bíblica.
Há muitos problemas com o big bang e há muitas evidências que sugerem que o universo não pode ser de bilhões de anos de idade.
Uma vez que todas estas explicações da idade do universo confiam em
suposições, deve haver um padrão objetivo de saber qual é verdadeiro. Porque a Bíblia contém o registro de testemunhas oculares do Criador, deveria ser o nosso padrão para determinar a verdade.
Traduzido do inglês por Bíblia e a Ciência
Via Answer in Genesis
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