quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Salmo 9 - Louvemos ao Senhor


Estas são as palavras iniciais do salmo 9: Vs. 1-2: “Louvar-te-ei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as Tuas maravilhas. Alegrar-me-ei e exultarei em Ti; ao Teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores.” Aqui ele estabelece o assunto de todo o salmo. A palavra–chave é “louvar” e o tema é o “Julgamento”.

O salmista começa este salmo com uma PROMESSA PARA LOUVAR. Davi começa prometendo que louvará ao Senhor e nos instrui sobre muitas coisas que temos que saber antes de louvar. Primeiro, é salutar prometermos a Deus que haveremos de louvá-lO. Não tenhamos receio de prometermos alguma coisa para o Senhor, porque Ele Se agrada de nossas promessas, e Ele mesmo gosta de fazer promessas para nós.

Segundo, de que modo devemos louvá-lO? Davi disse que louvaria a Deus “de todo o meu coração!” Isso indica a sinceridade que ele revela ao louvar ao Senhor. Isso é diferente de quando nós O louvamos, cantamos e entoamos hinos, pensando em outras coisas! Terceiro, a quem louvaremos? Davi se dirige a Deus como Yahweh, o Deus Eterno, o Altíssimo, diante de Quem devemos manifestar santa reverência em nosso louvor e nas músicas que usamos para louvar!

Quarto, qual é o conteúdo do seu louvor? O salmista “cantava” os louvores, “contando” as maravilhas de Deus. Há muitos cânticos do nosso tempo que estão cheios da experiência humana, cheios das lamúrias do homem em suas desgraças, em seus pecados, mas pouco das maravilhas do Senhor. Mas há uma ciência aqui muito esquecida: é que haveremos de pregar com êxito multiplicado, se falarmos mais das maravilhas dos poderosos feitos de Deus e menos das falhas humanas! Temos contemplado mais “existencialismo” do que cristianismo nas letras de muitos hinos de louvor! E cristianismo é seguir e exaltar a Cristo!

Quinto, qual era a atitude no louvor?  “Alegrar-me-ei e exultarei em ti”. Precisamos manifestar a nossa alegria ao louvar ao Senhor. Há muitos que louvam sem alegria no coração. Há muitos legalistas que tem o seu coração fechado e cantam sem alegria. O seu canto não é aceito, o seu louvor não chega ao Céu. Mas se o conteúdo de nosso louvor é cantar e contar as maravilhas do nosso grande Deus, o Altíssimo, o Eterno, o nosso Deus Salvador, então, haveremos de louvar com júbilo e alegria transbordantes!

I – O MOTIVO PARA LOUVAR (v. 3-10)

1- Louvamos a Deus porque Ele julga retamente (v. 3-8).

Aqui temos o primeiro motivo para louvar: Os versos 3-8 nos falam de um justo Juiz. O que significa julgar retamente? O que significa a justiça? De acordo com o Dicionário de Michaelis, justiça é a “virtude que consiste em dar ou deixar a cada um o que por direito lhe pertence.” Assim age Deus com os justos e os ímpios, sendo os justos aqueles que foram transformados e convertidos, e os ímpios aqueles que rejeitam o oferecimento da graça, rejeitam a misericórdia de Deus.

Davi disse que os seus inimigos retrocedem e tropeçam porque Deus sustenta o seu direito e defende a sua causa, enquanto está em Seu trono de Julgamento (v. 3-4). E ele identifica a esses inimigos como sendo os mesmos ímpios que rejeitaram ao Senhor, e, portanto, serão destruídos os ímpios de todas as nações (v. 5),  numa antevisão do grande Julgamento final. O seu nome será apagado, a sua memória perecerá (v. 6).

Mas enquanto os ímpios serão esquecidos, a memória de um Juiz justo permanecerá eternamente: “7 Mas o SENHOR permanece no seu trono eternamente, trono que erigiu para julgar. 8  Ele mesmo julga o mundo com justiça; administra os povos com retidão.” Esta verdade dúplice é a garantia de que teremos justiça eternamente, e de que jamais se levantará o pecado com sua hedionda cabeça por outra vez. Teremos paz, harmonia e consequentemente felicidade para sempre. Não admira de que temos muitos motivos para louvar a Deus sempiternamente.

Mesmo hoje, vemos que Deus governa e administra os povos com retidão e segurança. Nos dias da república de seu país, um embaixador, certa noite, com grande ansiedade e cheio de temor, não podia conciliar o sono, perturbado e apreensivo com a condição em que se achava o seu país. Um servo sábio e idoso repousava no mesmo aposento, e notou a preocupação excessiva do embaixador.
- Senhor embaixador, disse o sábio, me permite fazer uma pergunta?
- Perfeitamente.
- Porventura Deus governou bem o mundo antes de o senhor nascer?
- Sem dúvida alguma – foi a resposta do embaixador.
- Governará Ele bem o mundo depois de sua ausência? – perguntou ainda o ancião.
- Por certo – responde o embaixador.
- Então, não pode o senhor confiar a Ele a direção do seu país, enquanto aqui se achar?
O embaixador, fatigado, virou-se e dormiu. De fato, podemos dormir tranquilamente, porque o nosso Deus julga e governa o mundo com justiça e sabedoria.

2- Louvamos a Deus porque Ele protege os justos (v. 9-10).

Lemos ainda as palavras de Davi: “9 O SENHOR é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação. 10  Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque tu, SENHOR, não desamparas os que te buscam.” Deus é o Refúgio de todos os que estão sendo oprimidos.

Estamos vivendo em um mundo de perseguidores, homens que por motivos escusos, por motivos banais, ou sem motivo algum estão prontos a prejudicar o semelhante, sem medir consequências, sem pesar os resultados. Mas em Deus encontramos um “alto Refúgio”, nas horas de aflição e angústia. Podemos confiar sempre nEle, porque não desampara os que O buscam. Podemos louvá-lO porque Ele nos atende e defende contra os que nos ameaçam.

II – O APELO PARA LOUVAR (v. 11-12)

Mas Davi está tão cheio do desejo de louvar ao Senhor que ele faz a seguir um veemente apelo para que a nação israelita louve a Deus diante dos outros povos: “Cantai louvores ao SENHOR, que habita em Sião; proclamai entre os povos os seus feitos.” (v. 11).

Somos convidados a louvar com cânticos ao Senhor. Os hinos nos elevam mais rapidamente a Deus do que qualquer sermão. Os hinos têm um poder de transformar a vida daqueles que vivem a cantar e louvar. Alguns não encontram um meio de se livrar da murmuração. Pois Davi, ao invés de reclamar, ele louva a Deus e convida outros a louvá-lO.

Vamos louvar Aquele que habita entre o Seu povo. Ele habitava em Sião, no lugar onde estava o Seu templo, o templo que os judeus edificaram para a Sua adoração e louvor. Mas o templo de Salomão foi destruído, o povo judeu foi rejeitado porque rejeitou ao seu Benfeitor. Mas Ele habita conosco, em nossas igrejas, em nossas casas, em nosso coração, e está sempre conosco. Se sentimos a Sua presença tão palpável em nosso meio, ergamos o nosso louvor em cânticos alegres, em hinos suaves e cheios de melodia e emoção.

Temos um apelo para pregar o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo: “Proclamai entre os povos os Seus feitos!” Este sempre foi o plano de Deus para o Seu povo escolhido: proclamar as Suas maravilhas através daqueles que estavam sendo beneficiados e salvos. E isto pode ser feito através dos cânticos e hinos espirituais. Temos uma poderosa mensagem em nossos hinos que contém a verdade para este tempo. Ao louvar a Deus, muitos outros dentre os povos em todo o mundo hão de se converter e se unir a nós em nosso louvor.

 III – A ORAÇÃO PARA LOUVAR (13-14)

Nós dependemos de Deus até para louvar. E Davi faz esta oração: “13 Compadece-te de mim, SENHOR; vê a que sofrimentos me reduziram os que me odeiam, tu que me levantas das portas da morte; 14  para que, às portas da filha de Sião, eu proclame todos os teus louvores e me regozije da tua salvação.”

Davi faz uma súplica a Deus para que Ele lhe conceda a Sua compaixão. Felizmente, temos um Deus compassivo, que Se inclina para ver os nossos sofrimentos, as nossas aflições. Davi está muito preocupado com o que fizeram os seus adversários que o odiavam e tramavam o mal contra ele. Ele estava sofrendo por causa de homens perversos e odiosos.

Porventura, isso é história antiga? Não estamos sofrendo, de igual modo e muitas vezes, por causa dos que nos odeiam, que nos fazem gemer, que nos perseguem e maldizem e intentam todo o mal contra nós? Muitos dentre o povo de Deus vê se aproximar até a morte, por problemas que estão enfrentando com outras pessoas.

Muitos hoje, no entanto, em meio a muitos perigos, estão dizendo, confiantes: Senhor, “Tu me levantas das portas da morte”, para que eu adentre as portas da Tua igreja, “para eu proclamar todos os Teus louvores”. Muitos de nós estamos sendo salvos da morte, a fim de proclamar o louvor de Deus e nos regozijar na Sua salvação.

IV – O RESULTADO DE NÃO LOUVAR (15-18)

Agora, Davi apresenta o resultado de não louvar a Deus. Ninguém será obrigado a louvar; todos têm plena liberdade para viver como quiserem. Entretanto, é pecado ser ingrato e não louvar e não reconhecer Aquele que faz maravilhas em nossa vida. É pecado desprezar o Doador da vida, o Salvador do pecado, o Criador do universo e de nós mesmos. É pecado não amar Aquele que é amor. E seguirão as consequências.

O que acontecerá com as nações que não reconhecem a Yahweh, a começar com os judeus? “Afundam-se as nações na cova que fizeram, no laço que esconderam, prendeu-se-lhes o pé.” Aqui temos uma das manifestações da justiça e do justo juízo divino: Deus dá às nações aquilo que elas planejaram para os outros povos. Elas queriam destruí-los, e então serão destruídas, e lançadas na cova da sepultura. 

O salmista volta ao tema do juízo e da justiça divina. Ele disse a respeito do ímpio: “enlaçado está o ímpio nas obras de suas próprias mãos.” (v. 16). Mais tarde, Salomão, o filho de Davi disse a mesma coisa em outras palavras: “Quanto ao perverso, as suas iniqüidades o prenderão, e com as cordas do seu pecado será detido.” (Pv 5:22).

Mas qual será o destino de todos os que não louvam a Deus? Para onde serão lançados? V. 17: “Os perversos serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus.” Estas palavras são citadas por muitos estudiosos para ensinarem a existência de um inferno a arder presentemente, como se o castigo dos ímpios já estivesse em operação. A doutrina do inferno se espalha pela internet e pelos púlpitos modernos em meios católicos e protestantes e até muçulmanos. Todos em uníssono afirmam que existe um inferno e para lá se encaminham os perdidos de todos os povos.

Entretanto, não é isso o que disse Davi, que não cria nesse inferno de fogo a arder eternamente. Primeiro, ele está usando o tempo verbal para o futuro: “Os perversos serãolançados...”; não é algo que acontece agora; os ímpios não estão sendo lançados hoje no inferno de fogo. A Bíblia fala que o castigo dos ímpios é um acontecimento terrível, mas que ocorrerá no futuro. Como disse Pedro (em 2Pe 3:7): “Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios.”

O apóstolo João, escrevendo no Apocalipse, disse (em Ap 21:8): “Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.” Isto será um acontecimento futuro. Este será o grande Juízo Executivo contra todos os ímpios que não quiseram reconhecer ao Soberano do universo, negando-se a louvar Aquele que tem todo o direito à mais alta honra, e louvor e glória por todos os séculos da eternidade.

Mas as palavras do salmista ainda nos dão mais luz: ele está usando a palavra hebraica “sheol”, que significa “sepultura, cova, morada dos mortos”. Ao dizer que “os perversos serão lançados no inferno”, Davi está repetindo em um paralelismo sinônimo o que disse no verso 15: “Afundam-se as nações na cova que fizeram”.

Aqui ele está usando uma palavra sinônima no hebraico para a cova da sepultura. Ele está dizendo que esses ímpios serão destruídos e serão lançados na sepultura. Ele ainda não menciona o fogo destruidor, mas indica a destruição que lhe era mais comum sobre que falar em seus dias. Portanto, o v. 15 está em paralelo com o v. 17, e não ensina a doutrina moderna do inferno de fogo eterno. E de fato, ela não se encontra na Bíblia.

Mas qual é o grande problema dos ímpios? Eles não serão lançados no inferno ou na sepultura porque cometeram os graves pecados de que são acusados. Por que mesmo eles estão perdidos? A resposta está nas palavras de Davi, o verso 17 (úp): eles “se esquecem de Deus” (v. 17).

Disse o apóstolo Paulo a respeito deles (em Rm 1:21-22), que são indesculpáveis “porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos”.

Este é o triste resultado de quem não reconhece, não adora e não louva a Deus. É como disse o grande incrédulo Voltaire, acusando-se com suas próprias palavras: "É preciso ser cego para não ver esta majestade [nos céus estelares], é preciso ser estúpido para não reconhecer o seu Autor, é preciso ser louco para não adorá-lO."

Mas enquanto os ímpios se esquecem deliberadamente de Deus, os justos não serão esquecidos (v. 18). Às vezes nos parece que Deus está Se esquecendo de nós, ao contemplarmos que se demora a ajuda em nossas muitas aflições. Parece que as nossas orações não encontram eco no coração do Altíssimo que está tão longe em Seu trono de glória, tão ocupado a julgar as nações e a governar o universo.

Entretanto, a Sua promessa é esta, v. 18: “O necessitado não será para sempre esquecido, e a esperança dos aflitos não se há de frustrar perpetuamente.” Aqueles que se lembram de Deus hoje, amanhã e depois serão lembrados eternamente.

CONCLUSÃO (V. 19-20)

Davi termina o salmo com estas palavras cheias de significado: “19 Levanta-te, SENHOR; não prevaleça o mortal. Sejam as nações julgadas na tua presença. 20  Infunde-lhes, SENHOR, o medo; saibam as nações que não passam de mortais.” Ele ora, novamente e se dirige a Deus para que Se levante, tome a iniciativa, a fim de avisar ao ímpio que ele não passa de um simples mortal. Ele volta ao assunto do Juízo, que é o seu tema principal, ao redor do que ele conclama a todos para louvar a Deus, que executa a justiça imparcialmente, punindo ao ímpio e justificando ao crente agradecido e cheio de louvor pela libertação e salvação.

Esta é uma oração de valor missionário. Davi pede em favor dos ímpios, a fim de que possam abrir os olhos e ser esclarecidos em sua mente, através de uma interferência divina, e sejam salvos, quando forem julgados. Ele pede que Deus lhes infunda o medo, o temor saudável, a fim de que possam reconhecer que são mortais, fracos e que não podem lutar contra Deus e Seu povo e ficar impunes no dia do Julgamento final. Tendo esta visão, eles ainda podem ter esperança. 

Temos nós o temor de Deus diante de nossos olhos? “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Pv 1:7). Temos nós outros a consciência de nossas fragilidades, de que não passamos de mortais e que não podemos prevalecer contra Deus e Sua verdade?

Vamos louvar ao nosso grande Deus, porque aí estará a nossa força. Vimos que temos um grande motivo para louvar, pelo fato de que seremos justificados e livres com a nossa causa defendida no Juízo final. Vimos a necessidade de orarmos antes de louvar, pedindo a compaixão de Deus, a fim de que nos salve, e nos prepare para louvar. Vimos o resultado de não louvar. E finalmente, tivemos um apelo para louvarmos ao Senhor e Salvador nosso. Ele merece o nosso louvor com hinos e cânticos espirituais, hoje, amanhã e eternamente.

Pr. Roberto Biagini
Mestrado em Teologia
prbiagini@gmail.com

O Amor Precisa de Tempo


Êxodo 20.8- “Lembra-te do Sábado para o santificar”.

Qualquer relacionamento, para que exista, cresça e continue exige tempo das pessoas envolvidas. Mas neste tempo em que o tempo não pára, desejamos relacionamentos, mas damos a eles cada vez menos seu devido tempo. E não é diferente para com Deus. Por isto, há tanto tempo, Ele já nos disse: Lembra-te de te encontrares comigo! Há um dia ideal para nos encontrarmos com Ele. Vejamos.

SUA ORIGEM.
1-  É de origem divina. Gên. 2.1-3 e Êxo. 20.8-11.
2-  Foi instituído no Éden- na eternidade. Isa. 66.22-23.
3-  Grande júbilo presidiu a instituição do Sábado. Ao instituí-lo, Deus declarou “muito bom”. TS, vol. 3, pág. 16. Gênesis. 1.31.

É ESPECIAL, QUANTO À:
1-  Sua origem, por ser o primeiro símbolo da comunhão divino-humana disponibilizada para nós.
2-  Sua duração, pois sobreviveu através de toda a história, a despeito das tentativas de destruí-lo.
3-  Sua função, pois serve como símbolo por excelência da eleição divina e da missão do povo de Deus.

É O ÚNICO MANDAMENTO QUE DEMARCA TEMPO. PORQUE DEUS DEMARCOU TEMPO SAGRADO E NÃO LUGAR, OBJETO, CIRCUNSTÂNCIA OU PESSOA SAGRADA PARA SEU CULTO?
1.     A coisa sagrada pode ser mais facilmente adorada, pois atrai nossa visão para aquilo que pode ser visto em vez de erguê-la para o que é infinito.
2.     Podemos dominar e controlar coisas, mas não podemos controlar  tempo. Por exemplo, não há nada que se possa fazer para impedir que as 5 horas cheguem.
3.     Podemos evitar sempre coisas, decidindo apenas não estar onde essas coisas estão. Mas não podemos evitar a chegada do próximo Sábado, pois haverá de vir não importa onde estejamos ou o que estejamos fazendo. Podemos apenas decidir como relacionar-nos com ele; não podemos fugir ou esconder-nos dele.
4.     Os seres humanos podem construir coisas; somente Deus pode criar o tempo. Cada minuto que passa é prova da ação divina na criação. Objetos sagrados nos permitem pensar que estamos adorando algo que o homem fez. O tempo sagrado leva-nos a reconhecer a Deus como o único Criador.
5.     O Sábado é o tempo para formar amizade com Deus. O elemento mais importante na formação de amizade é o tempo passado junto. Estar em algum lugar junto não é tão importante como passar algum tempo junto onde quer que se esteja.
6.     Se Deus tivesse edificado Seu santuário simplesmente como um lugar, as pessoas dirigir-se-iam a esse lugar julgando que por estar ali estariam adorando. Mas Deus quer que Seu povo passe algum tempo com Ele; desse modo Ele edificou Seu santuário com o tempo.
7.     O Sábado, como tempo sagrado, vem a todos em termos exatamente iguais. Se Deus houvesse erigido um local sagrado, teria limitado àqueles que vivessem nas proximidades ou àqueles que pudessem viajar até lá ou àqueles que dispusessem de tempo suficiente para viajar até lá. Deus teria sido parcial, nas bençãos disponíveis aos adoradores.
8.     O tempo gasto com Deus tem sempre maior impacto quando comparado com o estar meramente em algum lugar sagrado. O próprio Deus é o centro das atenções, e não apenas o lugar ou as coisas. Afinal, a mente imatura sempre se impressiona com algo que apela a seus sentidos físicos- algo grande, brilhante ou caro. (Por isto que para os mundanos, tão carnais, é necessários mega-shows para que se sintam satisfeitos. Para o cristão, qualquer lugar, qualquer simples programação, na qual ele tenha certeza da presença de Deus ali, lhe traz o céu à terra).
9.     Durante 6 dias da semana o homem se preocupa com o domínio do mundo físico; no sétimo dia ele permite que o mundo espiritual o domine. O que uma pessoa faz no Sábado (no tempo) dá sentido e propósito a tudo quanto faz durante a semana (com coisas).
10. O tempo gasto com uma pessoa tem o propósito de conhecê-la. O Sábado tem este propósito fundamental na vida cristã e na salvação. Adorá-lo, relacionamento divino-humano, santificação e salvação.
FONTE: Mais semelhantes a Ele, manual do professor, pág. 147, CPB.

POR QUE OBSERVAR O SÁBADO?
1.     A Bíblia enfatiza lembrá-lo e guardá-lo. Êxo. 20.8, Deut. 5.12.
2.     Porque é um memorial do descanso de Deus depois que terminou de criar o mundo e o homem.
3.     Porque este é o dia do Senhor, escolhido por Ele para este fim. Êxo. 20.12.
4.     Ele, Deus, nos deixou o exemplo, e espera que o sigamos nesta prática. Gên. 2.1-3.
5.     Cristo, quando na Terra, deixou-nos este mesmo exemplo. Luc. 4.16.
6.     Os discípulos fizeram o mesmo. Atos 18.3,4,11.
7.     Fomos libertos do pecado para observarmos as leis divinas. Deut. 5.15. EX- Israel.
8.     Os salvos o farão na Eternidade. Isa. 66.22-23.

O QUE O SÁBADO SIGNIFICA NA VIDA DO HOMEM.
1-  Embora Todos os mandamentos sejam uma dádiva de Deus, o quarto é de modo especial um presente Seu para nós.
2-  É o sinal de Deus com Seu povo. Ezeq. 20.20
§         Para sabermos que Ele é o Senhor que nos santifica. Êxo. 31.13.
§         Para reconhecermos que o Senhor Jeová é o nosso Deus. Eze.20.20.
§         Para distinguir Seu povo na Terra enquanto Cristo não volta.
§         É um sinal que Deus nos reconhece como Seu povo escolhido.
§         É o sinal que distingue entre os fiéis e os incrédulos. 
§         É o sinal de afinidade que existe entre Deus e Seu povo.
3-  É o verdadeiro dia de alívio e libertação- para os animais que descansam, para os sofredores que recebem nossa especial atenção e para nós mesmos.
4-  É o convite de Deus para o equilíbrio entre o trabalho e o descanso, e um antídoto contra a ganância material e indolência profissional (tão naturais na natureza humana).  

COMO GUARDAR O SÁBADO?
1.     Lembrar de observá-lo. (Há muitos que se esquecem!)
2.     Não Cuidar dos próprios interesses.
3.     Não fazer a própria vontade.
4.     Não falar palavras impróprias para um momento sagrado.
5.     Não trabalhar, comprar, vender, ou marcar negócios para serem feitos na semana.
6.     Os filhos (que moram conosco), os empregados, a nossa empresa, os animais, e mesmo os visitantes de nossa casa- TODOS devem observar o Sábado. Deus deseja conceder este dia de descanso à humanidade inteira, e não limitar este direito aos cristãos.
7.     Fazer o bem, salvar de um perigo, recuperar a vida, sarar o doente e alimentar os animais- são lícitos no Sábado. Luc. 13.15-16.
8.     Não guardar o Sábado de forma legalista como os fariseus (guardar o Sábado para ser salvo), nem tão pouco ser libertino a ponto de desconsiderar este mandamento.
9.     Dia para adoração a Deus em Seu templo.
10. Dia para comunhão com nossos irmãos na fé.
11. Dia para aprofundar os relacionamentos familiares.
12. Não assistir TV, programas seculares, fitas de vídeo ou escutar música imprópria para este dia, rádio, assistir aulas e mesmo participar de festas de aniversário, encontros e visitas sociais. TS, vol 2, pág. 181, 182, e vol 3, pág. 23, 26, 357.
13. Deixar os divertimentos seculares para os dias semanais.
14. Evitar viagens durante ou que começem ou terminem no Sábado.
15. Não passar estas sagradas horas na cama. Levantar-se cedo para aproveitar ao máximo estes momentos sagrados.
16. Passear pela natureza, visitar órfãos, doentes e viúvas, pregar o Evangelho.
17. Esquecer o trabalho. É possível voltar do trabalho para casa e carregar consigo o trabalho a ponto de não conseguir descansar. ‘E preciso entrar no descanso.
18. Descansar não é só dormir ou nada fazer. Descansar no Sábado só é possível quando estamos ligados a Deus. 

SEXTA-FEIRA.
§         O Sábado começa no pôr-do-sol da Sexta-feira e termina no pôr-do-sol do Sábado, como qualquer outro dia. Lev. 23.22, Neem. 13.19.
§         É o dia de preparação, quando tudo deve estar pronto para que o Sábado seja observado adequadamente.
§         Toda roupa em ordem, lavada e passada.
§         Todo alimento cozido.
§         Sapatos engraxados, banho tomado, casa e cozinha limpa e arrumada.
§         Minutos antes do Sábado iniciar, toda a família deve estar reunida para cantar, ler a Bíblia e orar, recebendo assim as horas do Sábado. 

BENEFÍCIOS DA OBSERVÂNCIA DO SÁBADO.
1-  Descanso Físico.
a) Não fomos criados só para lutar e trabalhar. Nenhum ser humano sobrevive sem descanso; o homem tem necessidade de uma parada física.
- O descanso físico recompõe as células perdidas nas múltiplas funções do organismo. Muitas delas só se recompõe quando descansamos.
- O descanso é tão importante que Deus o ordenou, lembrou e cobrou do homem que o observasse. Se assim não o fazemos, destruímos esta maravilhosa máquina que é o nosso corpo em muito pouco tempo. Abreviamos seu tempo de utilidade.
- Para que tenhamos qualidade e quantidade de vida (muitos anos, e bem vividos) precisamos de muito descanso- diário: 8 h de sono; semanal- Sábado; anual- as férias; o circunstancial- quando doentes, estafados, pós parto ou operações cirúrgicas e na velhice a aposentadoria.
- EX: neste mundo capitalista que estamos mergulhados, quem descansa parecer ser um “grande preguiçoso”. Mas isto ocorre porque a ganância do homem quer levá-lo a conseguir o que realmente não precisa. Mas veja: um homem com 60 anos de idade, terá dormido em média 20 anos initerruptamente se ajuntarmos todas as horas que ele dormiu (8 h em média por dia). Um terço de nossa vida passamos descansando para que possamos viver razoavelmente.
b) O desejo de obter mais conforto material força as pessoas a trabalharem demais e dormirem muito pouco, sendo que a maioria perde de 60 a 90 minutos por noite em relação ao ideal para o descanso e a saúde.
c) A falta de repouso tem especial perigo para as mães, que vivem em contínua agitação. As mães trabalham em média, mais de 80 horas por semana, cuidando da casa, dos filhos e trabalhando fora. Isto está abreviando a vida da mulher, e ainda formando uma raça fisicamente mais fraca para o futuro.
d) Para quem freqüenta a escola, para quem trabalha, ou cuida dos filhos, para os militares, aposentados, doentes, para todos, a necessidade que é comum a todos é o descanso semanal do Sábado, capaz de enriquecer todas as dimensões da vida. 
2-  Descanso espiritual.
§         - Cuidado: o programa de atividades da igreja local no dia do Senhor, na maioria das igrejas cristãs desfavorece completamente o descanso físico e espiritual. Culto especiais bem cedo; classe de professores às 8h; Escola Sabatina às 9h; culto divino às 10h30m; comissão da igreja às 14h; ensaio do coral ou do conjunto às 15h30m; programa jovem às 17h; social jovem às 19h. E tudo isto sem falarmos nas visitas missionárias e programas alternativos que assumimos.
§         - Aí vem o estigma de que quem não participa das atividades é considerado por muitos um “fraco na fé”.
§         - Com este acúmulo de atividade vem o “stress espiritual”.
§         - Aí também não sobra tempo para mais nada, inclusive para a relação familiar.
§         - É preciso haver um bom planejamento eclesiástico como saída para o stress espiritual tão comum hoje em nossos membros de igreja, líderes de nosso povo.
3-  Alegria, deleite e gozo no coração.
a) Pessoas vivem tão envolvidas com o trabalho secular durante os dias úteis que acabam caindo numa verdadeira ressaca nos fins de semana.
- Dor de cabeça, passividade, preguiça, vontade de dormir e glutonaria são sintomas desse problema.
- Um mero legalismo ou medo de Deus não nos levará a guardarmos o Sábado com alegria e prazer no coração.
- Simplesmente observar o Sábado não é suficiente para tudo o que ele envolve em nossa vida.
- É preciso haver um bom planejamento semanal de atividades para que possamos viver bem todos os dias, de forma especial o dia em que vamos falar com Deus.
b) Alguns passam o Sábado contando as horas para que ele termine logo. Se pudessem puxariam o sol para que essas horas tão “chatas” terminassem.
- Talvez ainda lhes falte uma profunda relação com Deus.
- Valorizamos cada segundo que passamos com nossas namoradas porque as amamos muito, e este relacionamento é muito importante para nós.
c) Portanto, o Sábado não é chato ou gostoso por possuir uma boa programação ou não na igreja local. Esta é uma questão pessoal de relacionamento com Deus, pois este é o maior objetivo da guarda do Sábado.
- Se eu não amo a Deus, não me relaciono com Ele durante a semana, o Sábado ser-me-á realmente um fardo pois sinto Seu convite para nos comunicarmos, mas desejo continuar distante dEle como o faço durante a semana.
4-  Contato especial com Deus.
- É dia para meditação, oração, estudo da Bíblia e adoração a Ele. Dificilmente conseguimos tudo isto durante a semana.
- Calvino: o Sábado nos ensina a morrer para nossos próprios gostos e obras, de modo que possamos meditar sobre o reino de Deus.
5-  Enriquece nossa relação familiar.
- “Era o plano de Deus que os membros da família se associassem no trabalho e no estudo, no culto e na recreação, sendo o pai o sacerdote da casa, e pai e mãe os professores e companheiros dos filhos. Mas os resultados do pecado, tendo mudado as condições da vida, impedem em grande parte essa associação. Muitas vezes o pai dificilmente v6e a face dos filhos durante toda a semana. Acha-se quase totalmente privado de oportunidade para companhia ou instrução. O amor de Deus, porém, estabeleceu um limite às exig6encias do trabalho. Sobre o Sábado Ele põe Sua misericordiosa mão. No Seu próprio dia Ele reserva à família a oportunidade da comunhão com Ele, com a natureza, e uns para com os outros”.  Educação, pág. 250 e 251.
- Este deve ser um dia especial em que a família fique unida. (Longe com estes almoços na casa dos irmãos, ou viagens, passeios e programas que nos fazem ficar separados de nossos entes queridos).
6-  Enriquece nossa relação com nossos irmãos na fé.
- Assim foi na relação Jesus com seus discípulos. Luc. 4.16; Marc. 2.
- Assim foi na relação dos discípulos entre si. Atos 18.
- Assim será com todas as comunidades cristãs, pois neste dia nos reunimos para adorar o mesmo Deus, repartir nossa fé, fortalecê-la pelo compartilhar, e formarmos mais uma vez o corpo do Senhor na Terra.
7-  Santificação do caráter.
- Esse é o dia da santificação. Pela contemplação de Seu caráter, pelo relacionamento com Ele, e pela obediência a Seus mandamentos alcançamos mais e mais maior semelhança a Ele.
- Aquele que de coração obedecer ao quarto mandamento, obedecerá toda a lei, e será santificado pela obediência. TS vol 3, pág. 17 e 18.

CONSEQÜÊNCIAS DA QUEBRA DO QUARTO MANDAMENTO.
1-  Eliminação do povo de Deus. Êxo. 31.14; 35.2.
2-  O povo de Israel não entrou no descanso da Terra Prometida por Ter profanado o Sábado.
3-  Foram levados ao exílio por esta mesma razão. Ezeq. 20. 16-21; Jer. 17.27.
BENÇÃO DIVINA PARA O OBSERVADOR DO SÁBADO. Isa. 58.13-14.

APELO: A ÚNICA MANEIRA DE OBSERVARMOS O SÁBADO CORRETAMENTE É PASSANDO PELA CONVERSÃO. Gál. 5.6 e 6.15. Aí observaremos o Sábado motivados pela fé e pelo amor ao Senhor.

FONTES: A Ética dos 10 mandamentos, H.U.Reifler, pág. 87-97.Vida Nova   Princípios de Vida, pág. 141-149.

Pr. MARCELO CARVALHO DEZEMBRO DE 1997 SP

Presença Sutil


ÊXODO. 20.4: Esculturas.

Você já conheceu alguém muito rico, inteligente ou até importante mas que deseja ficar no anonimato, ser discreto ou quase imperceptível? Nestes tempos em que todos querem ser famosos e aclamados pelas multidões, isto até parece lenda. Mas por incrível que possa parecer a Pessoa mais importante do Universo é assim. Deus prefere ser uma PRESENÇA SUTIL em nossa vida. Vejamos como.

§         Este mandamento fala de nossa perspectiva de Deus.
§         Como O vemos? Qual é a dimensão do nosso Deus? Podemos fazer projeções e formar imagens de Deus ou de Jesus? Como Ele se revela? Não é natural que concebamos representações ideológicas ou projeções religiosas de Deus?
§         O que é uma imagem?  - Denota uma representação material de um animal, de um ser humano ou de uma forma mista, usada para propósitos de adoração; para denotar uma relação entre Deus e o homem.
§         É a representação de alguma coisa real ou irreal, física ou metafísica, por desenho, pintura, escultura ou projeção humana.

Este mandamento declara explicitamente:
1.     De que natureza Deus é e com que modalidade de culto deve ser adorado e honrado, para que Lhe não ousemos atribuir algo sensório.
2.     Deus não quer que Seu legítimo culto seja profanado mediante ritos supersticiosos. Por isto Ele afasta totalmente as insignificantes observâncias materiais que nossa mente tão finita  costuma inventar quando O concebe.
3.     Seu legítimo culto é espiritual, e estabelecido e instruído por Ele mesmo, e não pelos desejos humanos de cultuá-Lo.
4.     As formas mais grosseiras de idolatria são: idolatria exterior,  e um culto feito sob o “que o ser humano acha que deve ser” e não como Ele gostaria que fosse.

OBS- Alguns pastores, professores e líderes da igreja conceituaram o culto divino como algo que deve ser “atrativo para os jovens”. Eles querem fazer um culto gostoso aos sentidos humanos, para que não faltem adoradores na casa de Deus. Mas seu enfoque está equivocado. Porque?
a) O culto não é feito para o adorador e sim para O adorado. Não importa quantos adoradores há em nossa igreja no Sábado pela manhã. É claro que seria muito bom que nosso templo estivesse sempre lotado. Mas o que mais deve nos comover é se Deus realmente estará conosco e aceitará “esse nosso culto”. O homenageado é Deus e não os ouvintes. Se o culto é um presente a Ele, devo oferecê-lo como Ele deseja. Ë assim que fazemos quando presenteamos a alguém.
b) A parte principal do culto não é a música, as apresentações que possam existir ou falatórios bonitos, mas a adoração espiritual a Ele. O culto também não é primordialmente evangelístico, mas para adoração. E o AT mostra-nos isto claramente. O templo de Jerusalém não possuía o aspecto evangelístico que hoje estamos querendo colocar em nossos cultos. Os pagãos deveriam assistir os cultos no templo, e impressionados com a grandeza, misericórdia e poder de Jeová, se converteriam a Ele e passariam também a adorá-lo com os israelitas.  Talvez hoje, o nosso culto seja tão fraco no evangelismo por este motivo: estamos apresentando excelentes conjuntos, lindos sermões, mas nunca a adoração verdadeira que o Criador merece. Palavras ou música não transformam ninguém, se antes a Pessoa do Criador não for apresentada.

COMO OBSERVAR ESTE MANDAMENTO?

1-  Jamais devemos fazer deuses fundidos, isto é, construir deuses ou imagens divinas através do processo de fundição. Êxo. 34.17.
a)  também são proibidas imagens de seres vivos, como animais, homens ou mulheres. Deut. 4.15-18.  Israel chegou a usá-las. I Reis 12.28-31.
2-  Os passos que nos levam à idolatria não começam quando fundimos deuses, mas quando às costas a Deus. Lev. 19.4. Portanto todos nós somos, em potencial, idólatras. Para não cair  neste pecado, precisamos vigiar sempre, procurando desenvolver um relacionamento genuíno com Jesus a cada dia.
3-  Jamais devemos reverenciar as estrelas, o sol e a lua. Deut. 4.19-20.
A astrologia (arte metafísica de adivinhar por meio de astros)  não tem nenhuma ligação com a astronomia (ciência moderna e avançada que estuda a constelação física das estrelas e o universo em geral). A astrologia não tem nenhuma base científica.
4- O casamento misto (cristão com incrédulo) pode nos levar à idolatria.
a)  Na vida a dois, pela associação diária, o cristão vai perdendo seus valores e conceitos espirituais. Perde a noção do certo e do errado, e facilmente passa a adorar coisas e idéias contrárias ao primeiro mandamento.
b) O incrédulo é incrédulo porque vive para este mundo e ao que ele oferece. Não deseja viver conforme as expectativas de Deus. Valoriza então como seu deus o dinheiro, os prazeres do mundo, a posição, etc. O cônjuge cristão poderá facilmente passar a adotar esses princípios errados em sua vida também.
c)  EX- os filhos de Sem, as filhas de Ló, os israelitas, Sansão- todos estes são exemplos desta verdade bíblica.
d) “Ligaram-se matrimonialmente com os cananeus, e a idolatria espalhou-se como uma praga por toda a terra”. Patriarcas e Profetas, pág. 582. Salm. 106. 34-40.
5- As associações, convivência com incrédulos e mesmo acordos de todos os tipos podem levar o cristão ao mesmo nível do cônjuge casado com um incrédulo. Os motivos acima citados são válidos para ambos os casos. 
a) Israel, quando entrou em Canaã associou-se aos cananeus em vez de destruí-los. Com o tempo tornaram-se piores do que os ímpios cananeus.
1-  Ezequiel traz uma nova dimensão a este mandamento, dizendo que ele deve ser observado no coração. Ezeq. 14.1-11.
a)  os deuses do coração não são visíveis, passivos de disciplina da sociedade, ou da igreja, mas certamente nos desviam do Senhor e contaminam o pensamento e a vida cristã, tanto quanto os ídolos visíveis o fazem.
6- Jamais devemos aceitar adoração humana.
a)  Paulo e Barnabé guardaram este mandamento, sobretudo quando não aceitaram serem adorados pelos homens e mulheres de Listra. Atos 14. 8-18.
7- A conversão deve levar o novo crente a abandonar os ídolos e os ritos e livros de magia, que também fazem parte da idolatria.
a)  Paulo levou os efésios a este ponto quando os evangelizou. Atos 19.18-19.
b) Deus deseja nossa conversão das ferraduras, dos pés de coelhos e de todas as outras formas de superstição, projeções humanistas e idolatria.
8- Buscar primeiro o reino de Deus, antes de todas as demais coisas. Mat. 6.33.
a)  No sermão do monte, Jesus, o grande doador e intérprete da Lei, mostrou como observá-la. E o capítulo 6 de Mateus nos mostra como Ter a Deus em primeiro lugar em nossa vida, e como não possuir outros deuses além dEle.
b) A comunhão pessoal, a santificação diária, e a dedicação a Seu serviço nos educarão a colocá-Lo sempre em primeiro lugar em nosso viver. E nossa visão será desviada das coisas materiais e temporais (trabalho, dinheiro, sobrevivência, status, posições e riquezas- deuses naturais do coração humano) para Ele, nosso Criador, Redentor e Deus.

CONSEQÜÊNCIAS DE NÃO OBSERVARMOS ESTE MANDAMENTO.

1-  Maldito e abominável a Deus será, e o povo dirá amém. Deut. 27.15.
2-  Castigo, exílio, vergonha e destruição total desta vida. Quem não toma cuidado com a idolatria visível ou invisível, mais cedo ou mais tarde terá sua vida destruída como conseqüência natural de seu pecado. Perderá tudo o que conseguiu para sua prórpia destruição. (Dinheiro, emprego, imóveis, móveis, posições, fama, prazeres, e pode ser que até mesmo a família, a saúde e a vida).
a)  Israel (as 10 tribos). Todos os reis de Israel tanto toleraram a idolatria com incentivaram-na no país, e alguns, como Acabe, casaram-se com mulheres de outras nações, idólatras, para que sua idolatria fosse completa. Sua principal forma de idolatria eram os postes-ídolos e árvores ao lado do altar ou colunas. Resultado: bem mais cedo do que Judá, em 722  A.C. Israel foi invadido, levado cativo e praticamente destruído pelos assírios. Nunca mais as 10 tribos do norte figuraram em algum lugar como uma nação independente. Muitos foram mortos, muitas famílias foram destruídas ou separadas para sempre, além do que entraram num sincretismo religioso do qual nunca mais se separaram.
b) Judá. Houve os chamados reis maus, que fizeram o que Deus não queria e ainda apoiaram a idolatria; os reis bons, que fizeram o que Deus queria, mas toleraram a idolatria; os reis excelentes, que fizeram o que Deus queria e ainda derrubaram os lugares altos e proclamaram reformas no meio do povo- Ezequias e Josias. Resultado: demoraram bem mais tempo do que Israel para irem ao cativeiro, mas ele veio, em 605 e depois definitivamente em 586 A.C., quando Jerusalém foi destruída, o belíssimo templo de Salomão virou cinzas e todo o povo, a não ser os inválidos da sociedade foram deportados para a Babilônia. Mas, devido a esta relativa devoção, Deus ainda lhes deu nova chance de continuarem sendo Seu povo, e de cumprirem Seus desígnios.
c)  Depravação total do caráter. EX- os cananeus, nos servem como exemplo de tudo o que acontece com os povos idólatras do mundo.
- Tornaram-se semelhantes aos deuses que adoravam. Sal. 115.8. Tornaram-se então sanguinários, cruéis, sensuais, promíscuos e desenfreados.
- Baal, e Astarote, sua esposa, eram seus principais deuses. Os Baalins eram imagens de Baal. Asera era um poste sagrado, cone de pedra, ou um tronco de árvore, que representava a deusa.
- Os “Lugares Altos”, como já vimos seu principal lugar de adoração, continham imagens e placas ornamentais de Astarote, exibindo, grosseriramente exagerados, os órgãos sexuais, destinados à provocação de desejos sexuais.
- Seus sacerdotes, escolhidos a dedo e muito honrados e venerados, eram homossexuais, sodomitas e prostitutas.
- Haviam as sacerdotizas e sacerdotes que viviam para estas funções. Os cananeus eram povos agrários, e dependiam totalmente da chuva, do sol e dos campos para viverem. Por isto, cultuavam Baal, seu maior deus, mantendo relações sexuais com as sacerdotizas. Ejaculavam seus espermatozóides na terra para que seu deus lhes enviasse a chuva e a fertilidade que precisavam, tanto na agricultura como no casamento.
- Havia também o costume de, quando a menina tivesse sua primeira menstruação (menarca), era levada ao templo para oferecer sua virgindade a serviço dos deuses, sendo usada sexualmente pelos homens que iam ao templo para adorar. Algum tempo depois voltava para seus pais para seguir sua vida normal.
- O menino, ao atingir a idade de 12 anos, era feito “efebo” de um homem adulto, que bem poderia ser casado ou não. Acreditavam que tendo relações homossexuais com homem mais velho, e andando com ele, o menino desenvolveria suas capacidades naturais, amadureceria para as responsabilidades futuras, e sua masculinidade seria fortalecida. Portanto, era muito comum os homens serem bissexuais.
- Em muitas oportunidades o filho primogênito poderia ser sacrificado aos deuses. A Baal; quando se ia construir uma casa, cujo corpo da criança era metido no alicerce, a fim de trazer felicidade para o resto da família; e outras ocasiões de agradecimento.
- Por isto não nos choca a idéia de Deus em destruí-los completamente.
FONTE: Manual Bíblico, H.H. Halley pág. 129. Editora Vida Nova.
3-  A idolatria, além de cortar nosso relacionamento com Deus, nos deprava tanto que nos tornamos covardes e incapazes diante dos desafios da vida.
- foi o que ocorreu com os israelitas no tempo dos juízes. Não tinham coragem nem força de enfrentarem seus inimigos em nome do Senhor. ( Leia todo o capítulo “Os Primeiros Juízes”  do livro Patriarcas e Profetas, Ellen White, CPB).
4- A idolatria dos pais certamente afetará o caráter dos filhos, levando-os também às mesmas conseqüências.
a) Israel: “... os pais haviam preparado o caminho para a apostasia de seus filhos. O desacato às instruções do Senhor disseminou sementes de males, as quais continuaram a produzir amargos frutos por muitas gerações”.  Patriarcas e Profestas, pág. 583.
5- Perda desta vida, como da vida eterna. I Cor. 6.9-10.
a) EX- o jovem rico: perdeu suas riquezas na destruição de Jerusalém, bem como sua salvação eterna.  Desejado de Todas as Nações, pág.

CONSEQÜÊNCIAS POSITIVAS PARA QUEM OBSERVAR ESTE MANDAMENTO.
1.     Deus concede Sua eterna misericórdia a quem observa este mandamento. Êxo. 20.6.
2.     Sua misericórdia renova-se a cada dia sobre o fiel. Joel 2.12-13.
3.     O fiel torna-se santo, puro e semelhante ao Criador. Deut. 4.15-19. EX- Gideão, Josias, Ezequias e Daniel e seus 3 amigos.

APÊNDICE
PORQUE O HOMEN FAZ IMAGENS DE DEUS? Porque é tão natural para o homem fazer projeções da divindade? Como explicar a idolatria em todas as épocas, em todas as civilizações e em todos os homens no mundo? Por que o homem não se dá por satisfeito só com Deus?
ü      Deus é invisível, mas as imagens são visíveis. Através do visível, o homem busca segurança. Psicologicamente é muito mais fácil dominar o visível do que o invisível.
ü      Um deus visível pode ser alterado, modificado, manipulado. E o homem que cria uma imagem mais cedo ou mais tarde  vai abandoná-la. Como este deus é impessoal, é fácil desistir dele pois não há relacionamento, e sem relacionamento não há compromisso.
ü      Como as imagens podem ser manipuladas, fica confortante a idéia de mudar meu deus segundo minhas aspirações e planos egoísta. Na verdade, a religião do idólatra é SEU PRÓPRIO EU.

PODEMOS USAR FIGURAS, ILUSTRAÇÕES VISUAIS PARA REPRESENTAR AS LIÇÕES DA BÍBLIA?
ü      Não há qualquer problema, desde que estas ilustrações não estejam desvinculadas com a mensagem bíblica, e que não sejam encaradas  como “realmente foi assim que ocorreu”, ou que sejam usadas para veneração.
ü      Deus Pai e Deus Espírito Santo jamais devem ser representados graficamente por meio de imagens, pois Ele não podem ser concebidos pela mente humana, e fazê-lo, diz o segundo mandamento, é pecado. Jesus pode ser concebido porque tomou a forma humana, e nesta dimensão podemos até representá-lo. Mas jamais pensarmos em Sua forma divina.
ü      As ilustrações devem ser usadas com fins educativos, para que a exposição da verdade fique mais fácil e atraente para o ouvinte.
 Fonte: A ética dos 10 mandamentos.

APELO: DEUS É INCOMPARAVELMENTE E DEUS. É ESPÍRITO E IMPORTA QUE ASSIM SEJA ADORADO-  João 4. 20-24.
FONTE: A ética dos 10 mandamentos, H.U.Reifler, Vida Nova 

Pr. MARCELO AUGUSTO de CARVALHO SP 1997

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