sábado, 16 de julho de 2011

A Divindade de Cristo no evangelho de João – Parte 2


• João 5:21 – Jesus afirma que tem o mesmo poder que o Pai para ressuscitar, dar a vida!
• João 5:22 – Cristo é o juiz da humanidade – só Deus pode ser “Justo Juiz”: “Deus é justo juiz…” Salmo 7:11.
• João 5:23 – A mesma honra que é atribuída a Deus o Pai, deve ser atribuída ao Filho, por também ser Divino!
• João 5:26 – Cristo tem vida em si mesmo, do mesmo modo que o Pai*;
• João 5:28, 29 – Jesus é quem irá ressuscitar os mortos. Isso é feito por Deus, o que cria a vida!
• João 5:40 – É preciso ir ao Salvador para ter a vida eterna, pois Ele é a fonte;
• João 5:33, 35, 40, 50 – Jesus é o “pão da vida”, a fonte de vida para todo o que crer nEle como Senhor, Salvador e Deus;
• João 5:46 – Jesus afirma que “veio de Deus” e que “viu” a Deus;
• João 6:64 – Cristo é onisciente – característica essa totalmente Divina! (ver também João 18:4);
• João 6:68, 69 – Pedro confessou pela fé que Cristo era o “Santo de Deus” e não “a criatura de Deus”;
• João 7:46 – os guardas do templo, que haviam sido designados para prender a Jesus, não conseguiram fazer isso de imediato porque viram nEle algo de sobrenatural nas palavras que dizia;
• João 8:12 – Cristo é a “luz do mundo”. Por aceitarmos essa Luz Divina em nossas vidas podemos transmiti-La a outros (Mateus 5:13, 14);
• João 8:23 – O Salvador diz que não é desse mundo, mas de outro. E afirma com clareza no verso 24 que quem não crer em Quem Ele é, irá morrer nos próprios pecados;
• João 8:36 – Cristo é o que liberta o ser humano do pecado. Característica de um ser Divino, pois o grave problema do pecado não pode ser resolvido por uma criatura;
• João 8:44 – Jesus demonstra conhecer o diabo “desde o princípio”. Para isso, Ele teria que ter sido o Criador do anjo caído (que havia sido criado perfeito, segundo Ezequiel 28:15).
• João 8:57-59 – esta de declaração do próprio Cristo é fantástica. Ele diz ser o “Eu Sou”** de Êxodo 3:14! Se auto-intitulou “Jeová” de modo que os judeus quiseram O apedrejar. Acreditamos no que Jesus disse sobre Si (que Ele era Deus) ou O rejeitamos completamente. Ele foi um Deus-homem que falou a verdade ou um lunático. Não há como ficar no meio termo!
• João 9:17 – testemunhas oculares viram os sinais miraculosos de Jesus;
• João 9:38- Jesus foi adorado e não rejeitou tal adoração!
• João 10:11 – Cristo afirma ser o Deus PASTOR mencionado no Salmo 23 e em Apocalipse 7:17! Como negar uma verdade tão clara?
• João 10:18 – Cristo disse que espontaneamente deu a vida dele e que tinha poder para reassumi-la. Tem que ser Divino para ter um poder desses;
• João 10:28, 30, 31, 33 – Cristo afirma que Ele e o Pai são uma unidade e, o fato de os judeus quererem O apedrejar, demonstra que com essa declaração o Salvador estava se fazendo IGUAL a Deus Pai em Divindade;
• João 10:39 – Cristo diz que o Pai estava nEle e Ele, no Pai, ensinando assim que eles são UM em UNIDADE. Os judeus quiseram O apedrejar novamente por blasfêmia;
• João 11:25 – Cristo afirma ser a fonte de vida;
• João 11:43, 44 – Jesus ressuscita um morto com Sua palavra de ordem (não como o fez Elias, que pediu a Deus), indicando que tinha autoridade Divina para dar a vida. Não é por acaso que Atos 3:15 chama-O de autor da vida!
• João 12:45 – Ver a Jesus é mesmo que ver a Deus Pai, pois são UM em Unidade (não em personalidade);
• João 14:1 – Cristo pede que as pessoas creiam em Deus e também nEle. O texto perderia o sentido se Ele fosse uma criatura: “creiam no Criador e em mim, a criatura”;
• João 14:3 – Ele promete voltar em glória e majestade. Sendo o Juiz de toda a humanidade (João 5:22), Ele é Deus (Salmo 7:11);
• João 14:6 – Cristo ensina que é o caminho, a verdade e a vida. O Salmo 36:9 nos mostra que Deus é a fonte de vida! Portanto, Cristo é identificado como Deus, autor da existência;
• João 14:9, 10 – Ver a Cristo é o mesmo que ver o Pai. Se Ele fosse um ser criado, o Pai estaria sendo igualado a uma criatura – atitude blasfema;
• João 14:13, 14 – Cristo atende orações. Um ser criado ou anjo não poderia fazer isso;
• João 16:27 – Deus ama quem acredita que Jesus não foi um simples homem, mas que veio de Deus;
• João 17:3 – Jesus disse que nossa vida eterna depende do correto conhecimento que temos de Deus (Pai e Espírito Santo) e dEle também!
• João 17:5 – Cristo já era um Deus glorioso antes de existir o mundo;
• João 18:6 – Quando o Salvador disse quem era Ele, os soldados que iriam O prender caíram por causa da autoridade divina que estava em Suas palavras!
• João 19:7 – novamente Jesus é acusado de “blasfêmia” porque a si mesmo se fez IGUAL a Deus (por se intitular como “Filho”);
• João 19:37 – Compare este texto com Zacarias 12:4, 10 onde é profetizado que DEUS seria traspassado. João chama Jesus de “Jeová” sem deixar margem para dúvidas!
• João 20:28 – Tomé, um judeu, reconheceu a Divindade de Cristo ao chamá-Lo de “Deus meu”. E Tomé não foi considerado um idólatra por adorar a Cristo.
Após analisarmos todos esses textos, haverá alguem tão ousado a ponto de negar a Divindade de Jesus Cristo?
Não mencionei nessa listagem as evidências do evangelho de João de que o Espírito Santo também é uma Pessoa Divina. Farei isso noutra ocasião.
A listagem de textos que lhe apresentei é suficiente para crer que Jesus é Deus e Salvador de todo aquele que nEle crer e O aceitar. Ele lhe convida em Apocalipse 3:20: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” E promete em João 6:37: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.”
Notas:
* Quando é dito que o Pai “concedeu” ao Filho o ter vida em Si mesmo, isso não se dá no aspecto Divino, pois, Cristo é Deus tão quanto o Pai, segundo Colossenses 2:9. Essa “concessão” de ter a eternidade é no aspecto da encarnação, pois Cristo, enquanto encarnado, era inferior ao Pai apenas funcionalmente. Por Cristo ter encarnado, Ele se subordinou ao Pai em funcionalmente no plano de salvação.
** Com este “nome” EU SOU Jesus está destacando sua TERNIDADE: “Eu Sou” significa que Ele é o mesmo no PASSADO, no PRESENTE e no FUTURO. Além disso, dessa expressão deriva o nome sagrado de Deus, representado pelo tetragrama YHVH, reforçando a idéia de que Jesus disse ser DEUS. 

Desenhos Bíblicos para Colorir- Neemias

Neemias

1- Objetivo: Ensinar às crianças a se compadecer pelas necessidades das outras pessoas.
2- Quebra-Gelo: Você sabe o que é compaixão? Dê exemplos. (Líder, deixe as crianças falarem o que elas pensam, e depois esclareça que a compaixão não é simplesmente sentir pena do sofrimento dos outros, mas, se colocar no lugar da pessoa e sentir a dor que ela está sentindo, mais que isso, é fazer algo para aliviar esse sofrimento ).
3- Versículo para Memorizar: Cristo deu a sua vida por nós, por isso nós também devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos. 1 João 3:16
4- Referência Bíblica: Neemias 1 e 2
5- Mensagem: Neemias era servo do Senhor e trabalhava como copeiro do rei da Pérsia. Certo dia, um dos irmãos de Neemias chegou de Judá com um grupo de outros judeus. Então Neemias pediu notícias da cidade de Jerusalém e dos judeus que haviam voltado do cativeiro na Babilônia. Eles lhe contaram que aqueles que não tinham morrido e haviam voltado para a província de Judá estavam passando por grandes dificuldades. Disseram, finalmente, que as muralhas de Jerusalém ainda estavam caídas e que os portões que haviam sido queimados ainda não tinham sido consertados. Quando Neemias ouviu isso, sentou-se e chorou. Durante alguns dias, ficou mal e não comeu nada. Orou ao Senhor dizendo: — Ó SENHOR, Deus do céu, Tu és fiel e guardas a tua aliança com aqueles que te amam e obedecem aos teus mandamentos. Eu confesso que nós, o povo de Israel, temos pecado. Mas ouve agora a minha oração e as orações de todos os outros teus servos que têm prazer em te adorar. Faze com que eu tenha sucesso hoje e que o rei seja bondoso comigo. Um dia, quando o rei estava jantando, Neemias o serviu vinho. O rei nunca havia visto ele triste e por isso perguntou: — Por que você está triste? Você não está doente; portanto, deve estar se sentindo infeliz. Então ele respondeu: — Como posso deixar de parecer triste, quando a cidade onde os meus antepassados estão sepultados está em ruínas, e os seus portões estão queimados? O rei perguntou: — O que é que você quer? E Neemias disse — Deixe que eu vá para a terra de Judá a fim de reconstruir a cidade onde os meus antepassados estão sepultados. O rei mandou que fossem com ele alguns oficiais do exército e uma tropa da cavalaria. Depois que chegou a Jerusalém não contou a ninguém o que pensava fazer pela cidade de acordo com o que Deus havia posto em seu coração durante três dias. Até que no quarto dia, Neemias se levantou no meio da noite e saiu, junto com alguns amigos. Só levou um animal, o jumento que montava. Conforme andava pela cidade, ia examinando as muralhas da cidade que haviam sido derrubadas e os portões que haviam sido destruídos pelo fogo. Nenhuma das autoridades da cidade ficou sabendo de Neemias. Até ali, ele não tinha contado nada a nenhum dos judeus — aos sacerdotes, às autoridades, aos oficiais ou a qualquer outra pessoa que iria tomar parte no trabalho, então falou a eles: — Vejam como é difícil a nossa situação! A cidade de Jerusalém está em ruínas, e os seus portões foram destruídos. Vamos construir de novo as muralhas da cidade e acabar com essa vergonha. Então contou a eles como Deus havia o abençoado e o ajudado. Também contou o que o rei tinha dito. Eles disseram: — Vamos começar a reconstrução! E se aprontaram para começar o trabalho. Porém alguns homens souberam do que estavam fazendo. Eles começaram a rir e a caçoar de deles. E disseram: — O que é que vocês estão fazendo? Vocês vão se revoltar contra o rei? Neemias respondeu: — O Deus do céu nos dará sucesso. Nós somos servos dele e vamos começar a construir. Neemias e o povo se dispuseram a trabalhar e realizaram a obra em apenas 52 dias!
6- Aplicação: Neemias morava em outro país, ganhava muito bem trabalhando para o rei, mas quando soube que a cidade dos seus antepassados foi destruída, ficou muito compadecido e resolveu ir ajudar a reconstruir essa cidade. Imagino que Neemias não tinha muito conhecimento sobre levantar muros, mas ele sabia que Deus o capacitaria e daria todos os recursos necessários. Conosco também é assim, sempre quando você souber de alguém que precisa da sua ajuda, se proponha a ajudá-la! Mesmo que você não tenha muita amizade com ela, Deus vai te capacitar para ajudar essa pessoa. É muito bom ver as pessoas felizes, principalmente quando nós contribuímos para isso.
7- Atividade: Líder leve várias caixas, o melhor é que sejam de sapatos. Cole em cada uma das caixas uma parte do versículo a ser memorizado. Coloque na ordem e repita o versículo junto com as crianças.
8- Comunhão / Encerramento
Estudo retirado do http://miriangalli.blogspot.com

Desenhos para colorir, todas atividades foram retiradas da web, para salvá-las clique para ampliar e após direito e salvar imagem como...














sexta-feira, 15 de julho de 2011

O sábado está sendo guardado no dia correto?


Há um grupo chamado World’s Last Chance (WLC) dizendo que o calendário lunar foi estabelecido por Deus e o calendário gregoriano, pela Igreja Católica com o objetivo de mudar os tempos e as leis. De acordo com essas pessoas, a Igreja Adventista teve “medo” de divulgar essa “verdade” depois do grande desapontamento de 1844. Dizem que não estamos adorando a Deus, o Criador, no dia estabelecido por Ele durante a semana da criação, ou seja, estamos adorando em um dia qualquer. Desde já agradeço a atenção e aguardo ansioso sua resposta. – S.

Resposta:

Essas pessoas afirmam que o sábado não é o sétimo dia do ciclo semanal, mas o sétimo dia do “calendário lunissolar” proposto por eles, sendo que o primeiro dia do mês (“lua nova”) e o último dia do mês precedente – caso este tenha tido 30 dias – são considerados “não-dias”. Assim, o “sábado” seria sempre o 8º, 15º, 22º e 29º dias do mês nesse calendário.

Em www.worldslastchance.com/wlc-challenge.html é apresentada uma série de pressuposições que na verdade são falsas. Logo no início, é dito que “o primeiro dia da festa dos pães asmos era no dia 15 [do mês de abibe], que era um sábado”. A WLC afirma que esse era um sábado semanal, e a única “prova” que apresentam disso é o argumento de que nesse dia havia uma “santa convocação”. Ora, esse argumento não tem validade nenhuma, porque havia “santa convocação” não só no sábado semanal, mas em todos os sábados cerimoniais. Assim, havia santa convocação também no sétimo dia da festa dos pães asmos (Lv 23:8), na festa das primícias ou pentecostes (Lv 23:20, 21), na festa das trombetas (Lv 23:24), no dia da expiação (Lv 23:27), e no primeiro e último dias da festa dos tabernáculos (Lv 23:34-36). Destes, eles consideram que o dia 15 do primeiro mês e os dias 15 e 22 do sétimo mês eram sábados semanais. Baseados em quê?

Para sustentar suas pressuposições, dizem ainda que “Israel saiu do Egito na noite de 15 de abibe” (já que consideram que o dia 15 era um sábado). A Bíblia diz: “Aconteceu que, ao cabo dos quatrocentos e trinta anos, nesse mesmo dia, todas as hostes do Senhor saíram da terra do Egito. Esta noite se observará ao Senhor, porque, nela, os tirou da terra do Egito; esta é a noite do Senhor, que devem todos os filhos de Israel comemorar nas suas gerações. Disse mais o Senhor a Moisés e a Arão: Esta é a ordenança da Páscoa: nenhum estrangeiro comerá dela” (Êx 12:41-43). A Bíblia é clara em dizer que os israelitas saíram nesse mesmo dia. Que dia? Ora, o dia 15 de abibe. Se tivessem saído à noite, já não seria dia 15 de abibe, mas 16 (já que o novo dia se inicia ao pôr-do-sol). E que noite é essa, em que a Bíblia diz que Deus “os tirou da terra do Egito”? A noite que “se observará ao Senhor”, e, portanto, a noite do dia 15, em que o povo comeu a Páscoa, e não a do dia 16. Não há como escapar ao fato de que os israelitas saíram em sua jornada no dia 15 e, portanto, que esse dia não poderia ser um sábado.

Outras “provas” são acrescentadas que absolutamente não são provas. Por exemplo, o argumento de que o maná cessou no dia 16 de abibe e que, portanto, o dia anterior seria um sábado semanal em que o maná não caiu. Qual a lógica desse argumento? Nenhuma. O maná cessou no dia 16 porque no dia 15 eles já comeram pães asmos feitos com o fruto da terra.

Outra “prova”, retirada do livro de Ester, diz que “o 15º dia do 12º mês foi um dia de descanso, o que torna o 8º, 22º e 29º dias, dias de descanso também”. O que a Bíblia diz é que uma parte dos judeus fez do dia 14 um dia de banquetes e de alegria pela vitória sobre seus inimigos, e que os judeus de Susã fizeram isso no dia 15. Então, “Mordecai [...] enviou cartas a todos os judeus que se achavam em todas as províncias do rei Assuero, [...] ordenando-lhes que comemorassem o dia catorze do mês de adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos, como os dias em que os judeus tiveram sossego dos seus inimigos” (Et 9:20-22). Dois dias foram instituídos como feriados, e isso não tem nada a ver com o sábado.

O calendário dos judeus era realmente lunissolar, mas esse calendário seguia o ciclo semanal normalmente e não havia nenhum dia considerado “não-dia” da semana. O mês começava quando a estreita faixa de lua nova era avistada; os meses eram lunares, de 29 ou 30 dias. Como isso perfazia apenas cerca de 354 dias no ano, ou seja, deixava o ano cerca de 11 dias mais curto, a fim de manter o ano em harmonia com as estações, um mês adicional era intercalado cada vez que a cevada ainda não estava madura para a Páscoa. Assim, o calendário lunar era mantido em harmonia com o ano solar, e, portanto, o calendário era lunissolar.

Aqui é dito que em 31 d.C. “não se tem e não se pode ter uma crucifixão na sexta-feira”. Isso é totalmente contestado no livro Chronological Studies Related to Daniel 8:14 and 9:24-27, de Juarez Rodrigues de Oliveira. A crucifixão é possível em 31 d.C., não, porém, numa sexta feira, 14 de abibe/nisã, mas numa sexta-feira 15.

Com base nesse “problema”, tomam uma carta de M. L. Andreasen para Grace Amadon e dizem que ele argumentou contra a adoção de um calendário em que o sábado “flutuava” ao longo da semana moderna, calendário este que estava sendo advogado por alguns da comissão. O problema não era esse. Na carta, Andreasen argumenta contra a adoção de um calendário como o que era usado nos tempos bíblicos, porque “embora o esquema proposto não afete de maneira alguma a sucessão dos dias da semana, e, portanto, não afete o sábado” (o que é justamente o contrário do que a WLC afirma que ele disse), a adoção de um calendário assim pela igreja causaria confusão, porque, devido ao fato de o crescente lunar, que marca o início do mês, se tornar visível em dias diferentes nas diversas localidades, as pessoas dessas diversas localidades poderiam começar seus meses em dias diferentes (por exemplo, cidades vizinhas poderiam estar, uma no último dia de um mês, outra já no primeiro dia do outro).

Os guardadores do sábado lunar estão divididos quanto ao que fazer nos dias 30 de um mês e 1º do mês seguinte, que são os dias da “festa da lua nova”. Alguns descansam nesses dias, considerando-os uma extensão do sábado do dia 29; outros se abstêm apenas de atividades comerciais e emprego remunerado, mas podem realizar outras tarefas comuns. Então, na última semana do mês, (1) no primeiro caso, trabalham seis dias e descansam três (em vez de um); (2) no segundo caso, trabalham sete ou oito dias (em vez de seis), antes de descansar um dia. Com qualquer dos dois métodos, o mandamento do Criador de que se trabalhasse seis dias e se descansasse no sétimo é violado. (Confira aqui.)

(Rosangela Lira)

As 2300 Tardes e Manhãs e a Hora do Juízo


No livro do Apocalipse encontramos o anúncio de um juízo. Um juízo universal e de conseqüências eternas. Um dia Lúcifer disse que estava certo e Deus, errado. O Criador deu-lhe o tempo necessário para provar a validade de suas acusações e para esclarecer qualquer dúvida na mente das criaturas. Mas, finalmente, chega o dia em que todas as acusações e seus resultados devem ser julgados.
No capítulo 14 de Apocalipse, o apóstolo João nos leva a contemplar essa cena crucial do grande conflito entre o bem e o mal. “Vi outro anjo” – diz o profeta – “voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, tribo, língua, e povo.” (Apocalipse 14:6).

Quem é esse anjo e a quem simboliza?

Ao longo de todo o livro do Apocalipse são mencionados muitos anjos. Dessa vez João vê outro anjo. Este “anjo” ou “mensageiro” representa, segundo os comentaristas bíblicos, “os servos de Deus empenhados na tarefa de proclamar o evangelho”.1 Afinal de contas, a missão de pregar o evangelho foi dada por Jesus aos discípulos antes de o Mestre partir.” (Marcos 16:15 e 16). Quer dizer que, hoje, existe neste mundo um povo especial, com uma mensagem especial para ser dada aos moradores da Terra.
 A mensagem que essas pessoas proclamam é a seguinte: “Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora de Seu juízo.” (Apocalipse 14:7). Essa mensagem é de suma importância porque é o anúncio do dia do acerto de contas: finalmente chegou a hora do julgamento. Quando o juízo findar, todo o Universo saberá sem sombras de dúvidas quem estava com a razão: Satanás ou Cristo. Lá nos céus, muito tempo atrás, Lúcifer acusou a Deus de ser tirano, arbitrário e cruel. Acusou-O de estabelecer princípios de vida que nenhuma criatura poderia cumprir e, portanto, de não merecer mais adoração nem obediência. Mas agora chegou o momento do veredicto final. A História encarregou-se de acumular as provas. Os livros serão abertos, e o juízo começará.
A Bíblia está cheia de afirmações que confirmam a existência de um juízo para a raça humana. Observe algumas delas:
1. “Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.” (Eclesiastes 12:14)
2. “Porquanto [Deus] estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça…” (Atos 17:31)
3. “Porque importa que todos nós compareçamos ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou mal que tiver feito por meio do corpo.” (II Coríntios 5:10)
Mas a grande pergunta é: Quando acontece o juízo? Como saber o tempo exato em que esse julgamento terá início? Se nosso destino eterno está em jogo, não deveríamos preocupar-nos por estudar a profecia a fim de estar preparados para aquele dia?

Dia do juízo

Para compreender as profecias do Apocalipse é preciso conhecer bem o Velho Testamento. Isso porque, no Apocalipse, muitos detalhes proféticos do Velho Testamento cobram sentido. No Apocalipse está o maravilhoso final da história que começa no Gênesis. Portanto, para saber quando começa o juízo que o Apocalipse menciona, é preciso rever, na história bíblica, quando se realizava o juízo em Israel, o povo de Deus no Velho Testamento.
Segundo o Mishná, que é a coleção dos escritos judeus, o juízo de Israel começava no primeiro dia do sétimo mês, com a Festa das Trombetas, e terminava no décimo dia, com a Cerimônia da Expiação. Até hoje esse dia é denominado “Yom Kippur”, que significa literalmente “dia do juízo”.2 Nesse dia, cada verdadeiro israelita renovava sua consagração a Deus e confirmava seu arrependimento, ficando, assim, perdoado e limpo. (Levítico 16:30)
Nesse dia, também, o sumo sacerdote de Israel efetuava a limpeza ou purificação do santuário, com sacrifícios de animais. Note agora o que a Bíblia diz a esse respeito: “Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se acham nos Céus se purificassem com tais sacrifícios; mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios a eles superiores. Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém, no mesmo Céu, para compadecer, agora, por nós, diante de Deus.” (Hebreus 9:23 e 24).

Um santuário no Céu e o juízo

Se você analisar com cuidado essa declaração bíblica, chegará à conclusão natural de que existe um Santuário lá nos Céus e que o santuário terreno do povo de Israel era apenas uma figura do verdadeiro que está nos Céus. Bom, se o dia da purificação do santuário de Israel era o dia do juízo para aquele povo, está claro que o dia da purificação do Santuário Celestial será também o dia do juízo da humanidade. Mas quando acontecerá isso? Se descobrirmos essa data, teremos descoberto a data do início do julgamento do planeta em que vivemos. Não é fascinante?
Agora vem algo que surpreende: a Bíblia contém uma profecia quase desconhecida pela humanidade (se você tiver uma Bíblia em casa, é só conferir). Essa profecia esta registrada em Daniel 8:14, e diz assim: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs e o santuário será purificado.” Essa profecia não pode se referir à purificação do santuário de Israel, porque essa purificação era realizada a cada ano. Aqui está falando necessariamente da purificação do Santuário nos Céus. E isto é confirmado pela própria Bíblia (Hebreus 9:25 e 26). Isso que dizer que, se descobrimos quando termina essa profecia, teremos descoberto o dia da purificação do Santuário Celestial, ou seja, o dia do juízo dos seres humanos.
Em primeiro lugar, é preciso ter em mente que, em profecia, um dia equivale a um ano (Números 14:34; Ezequiel 4:6 e 7). Para saber, então, quando termina esse período de dois mil e trezentos anos é preciso saber quando ele começa. Essa profecia foi revelada ao profeta Daniel com a seguinte advertência: “A visão da tarde e da manhã é verdadeira. Tu porém cerra a visão porque se refere a dias mui distantes.” (Daniel 8:26). E Daniel acrescenta: “Eu, Daniel, desmaiei, e estive enfermo alguns dias… E espantei-me acerca da visão, pois não havia quem entendesse.” (Daniel 8:27).
Enquanto Daniel orava pedindo que Deus lhe revelasse o significado da profecia, o anjo apresentou-se novamente ao profeta, dizendo: “No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim para to declarar, porque és mui amado; considera, pois, a palavra, e entende a visão… Sabe e entende, que desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até o Ungido, o Príncipe, haverá sete semanas e sessenta e duas semanas… E ele fará um pacto firme com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício.” (Daniel 9:23 a 27).
Nesse texto estão contidos dados necessários para entender a profecia. Com essa declaração bíblica podemos estabelecer o seguinte diagrama: (primeiro leia os pontos explicativos e depois olhe para o diagrama).
1. Perceba que o período profético de 2300 anos começa quando saiu “a ordem para restaurar e edificar Jerusalém”. (Daniel 9:25; Esdras 7:7 e 11; Esdras 7:21 e 22). E a História registra que essa ordem foi dada pelo rei Artaxerxes, da Pérsia, no ano 457 a.C. Este é, então, o ano do início do período profético.
2. A profecia diz que, do ano 457 a.C. “até o Ungido Príncipe” (ou seja, o batismo de Jesus), haveria “sete semanas e sessenta e duas semanas”. Esse total de 69 semanas, em linguagem profética, equivale a 483 anos, o que nos leva ao ano 27 d.C., data em que historicamente realizou-se o batismo de Jesus. Até aqui a profecia tem-se cumprido com exatidão.
3. A profecia fala de uma semana a mais (sete dias proféticos = sete anos), que nos leva do ano 27 d.C. até o ano 34 d.C., quando o apóstolo Estevão foi apedrejado pelo povo judeu e, com isso, o tempo de Israel estava acabado. “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo” (Daniel 9:24), tinha dito o anjo ao explicar a profecia para Daniel. Isso também se cumpriu com exatidão.
4. A profecia afirma que, na metade dessa última semana – que nos leva ao ano 31 d.C. – “fará cessar o sacrifício”. Noutras palavras, Jesus morreria na cruz e já não seria mais necessário o sacrifício de animais que Israel realizava. A História registra que, exatamente no ano 31 d.C., Jesus foi morto, e você pode ver mais uma vez como a profecia se cumpriu de maneira extraordinária.
5. Até aqui, tudo aconteceu como estava previsto. A profecia foi dada a Daniel por volta do ano 607 a.C. e, séculos depois, tudo se cumpriu ao pé da letra.
6. Agora me acompanhe no raciocínio. Se, depois do período de 70 semanas (490 anos) continuarmos contando o tempo, concluiremos que o período de 2300 anos termina em 1844. Quer dizer que, naquele ano, segundo a profecia, o Santuário Celestial seria purificado, ou seja, começaria o grande julgamento da raça humana.
• 457 a.C. - Emissão da ordem para reconstruir Jerusalém (Esdras 7:11 e 12).
• 408 a.C. - Jerusalém reconstruída e o Estado judeu restaurado.
• 27 d.C. - Batismo de Jesus (Mateus 3:13 a 17).
• 34 d.C. - Morte de Estevão (Atos 7:54 a 60); a Igreja é perseguida (Atos 8:1 a 3) e o Evangelho é levado aos gentios (Atos 13:44 a 48).
1844 - Início do Juízo Investigativo (Daniel 8:14; Apocalipse 3:7 e 8).

Vivendo em pleno juízo

Isso é algo surpreendente e de solene significado. A humanidade não pode viver este milênio sem saber que o juízo divino começou. Este não é um assunto para o futuro. Segundo a profecia, foi a partir de 1844 que o destino dos homens começou a ser definido, e milhões de pessoas no mundo ignoram essa verdade. Por isso o Apocalipse declara que era necessário levantar-se um anjo “voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a toda nação, tribo, língua, e povo, dizendo em grande voz: temei a Deus e dai-Lhe glória, pois “É CHEGADA A HORA DE SEU JUÍZO”.
Perceba que o anjo voa. Isso é urgente. Voar significa rapidez. Não há mais tempo a perder. Perceba que a mensagem é dada em alta voz. Isso não pode ser ignorado por mais tempo. Precisa ser proclamado em toda a Terra e para todos os seres humanos. E, finalmente, perceba que este evangelho é eterno. Não é nada novo; algo que foi inventado por alguém. Trata-se da história do maravilhoso amor de Deus pelos seres humanos.
 Infelizmente, o juízo, por algum motivo, é mal compreendido pela humanidade. Muitos confundem o juízo divino com os flagelos e catástrofes que acontecerão antes da volta de Cristo, e que também estão profetizados no Apocalipse. Só que aqueles flagelos são parte da sentença. Eles são resultado do juízo. Não é juízo. A prisão ou pena de morte, por exemplo, não é o juízo da pessoa, mas a condenação. Juízo é o processo pela qual se considera o caso: existe um juiz, um advogado, um promotor de acusação, testemunhas e provas.
Veja como o profeta Daniel descreve o juízo celestial: “Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de dias Se assentou; Sua veste era branca como a neve, e os cabelos da cabeça, como a lã pura… um rio de fogo manava e saía de diante dEle. Milhares e milhares O serviam, e miríades e miríades estavam diante dEle; assentou-se o tribunal, e se abriram os livros.” (Daniel 7:9 e 10) Note, aí estão o Juiz e também os livros.
Agora confira como o juízo é descrito pelo Apocalipse: “E olhei, e eis não somente uma porta aberta como também a primeira voz que ouvi dizendo: sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas.” (Apocalipse 4:1). Depois de que coisas? Depois que a porta for aberta, claro. E quando é que a porta foi aberta?

Uma porta aberta em 1844

No santuário de Israel, a porta que levava do lugar santo ao lugar santíssimo, era aberta a cada ano, no Dia da Expiação (que era o dia do juízo). Com relação ao Santuário Celestial é dito que:
 ”Pois Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no próprio Céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; nem também para Se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote de ano em ano entra no santo lugar com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que Ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, Se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de Si mesmo, o pecado.” (Hebreus 9:24 a 26)
Quer dizer que, em 1844, a porta entre o lugar santo e o lugar santíssimo, lá nos Céus, abriu-se para que Jesus pudesse iniciar a purificação do Santuário. E quando essa porta se abriu, veja o que João viu:
 ”Imediatamente, eu me achei no espírito, e eis armado no Céu um trono, e no trono alguém sentado.” (Apocalipse 4:2).
Depois, João descreve a cena ao longo de todo o capítulo quatro de Apocalipse. Ali são mencionados: o trono de Deus, rodeado de querubins; um arco-íris em cima do trono; e, em volta, 24 pequenos tronos onde se assentam 24 anciãos, que declaram: “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder.” (Apocalipse 4:11).
 Não são semelhantes essa declaração e a do anjo de Apocalipse 14, que proclama: “Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora de seu juízo”? Anjos no Céu e homens na Terra confirmam que a glória pertence a Deus, porque alguém quer usurpar essa glória. Depois de descrever a cena, João continua: “Vi na mão direita dAquele que estava sentado no trono, um livro escrito por dentro, e por fora selado com sete selos.”
Está montada a cena. O tribunal está instalado. Segundo a profecia isso aconteceu em 1844 e, no presente momento, a humanidade está sendo julgada. Qual é o assunto em pauta? Qual é a acusação? Quais os argumentos? Quem é o acusador? Quem é o Advogado de defesa? Quem são as testemunhas? E quem é o Juiz? A cortina vai cair e o conflito dos séculos será desvendado.
Alejandro Bullón, O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse, 1.ª ed., 1998, pág. 29.

Referências

1. Seventh-Day Adventist Bible Comentary, vol.7, pág. 827.
2. The Jewish Encyclopedia, vol. 2, pág. 281.
Fonte: Artigo extraído do Livro O Selo de Deus na Lei, no capítulo 20

Desprezo Ostensivo Pelo Quarto Mandamento

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Como Cristo Considerou o Sábado

Toca ás raias do absurdo a vesguice dialética dos que tentam demolir o dia de Deus, relegá-lo ao desprezo e evitá-lo de toda forma, principalmente os que acham que Cristo considerou desrespeitosamente o Sábado. Citam Marcos 2:27, que reza: “O sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado”, e pontificando com ares doutorais declaram: “Isto quer dizer que o sábado ou dia de descanso, deve servir ao homem e não o homem estar sujeito a ele.” Aí está uma pueridade de causar pena.
 Vejamos o que o Mestre quer dizer com estas palavras: Há aí duas proposições: uma do sábado servir ao homem; outra, do homem sujeitar-se ao sábado. Considerando a primeira. É de clareza meridiana:
1.ª - O sábado foi instituído e oferecido ao homem como algo muito precioso, como um bem, um favor divino. Figueiredo traduz: “O sábado foi feito em contemplação ao homem.” O sentido evidente é que o sábado foi instituído para o bem-estar físico, moral e espiritual das criaturas humanas. O sábado é assim uma instituição a favor do homem, em seu benefício, uma benção grandiosa. Só uma perversa distorção do texto poderia levar à conclusão de que o sábado deva ser considerado contrário ao homem. Portanto, a dedução dos que são contra o sábado é infeliz, errônea e contrária ao sentido bíblico.
2.ª - A segunda proposição contida no texto diz: “e não o homem por causa do sábado”. Simples demais para ser entendida. Deus não criou o homem porque Ele tivesse um sábado a ser guardado por alguém. Ao contrário, criara primeiro o homem, e depois o sábado para atender-lhe às necessidades de repouso e recreação espiritual. Assim o sábado lhe seria uma benção e não uma carga. O farisaísmo dos dia de Cristo obscurecera o verdadeiro caráter do sábado. Os rabinos o acumularam de exigências extravagantes que o tornaram um fardo quase insuportável. A atitude de Cristo para com o sábado foi a de purificá-lo, limpá-lo desses acréscimos, devolvendo-o à real pureza. A atitude de Cristo para com o Seu santo dia foi de reverência e não de desprezo.
 E de passagem cabe aqui uma observação: o sábado foi feito por causa do homem, e isto não pode ser verdade em relação ao domingo, porque no primeiro dia da semana o homem ainda não fora criado!
Citam em seguida Mateus 12:8: “O Filho do homem até do sábado é Senhor”. E concluem desastradamente que Cristo é Senhor do sábado para mudá-lo, alterá-lo, suprimi-lo, enfim. Incrível! Diríamos de início que, sendo o sábado um mandamento da Lei de Deus, se Cristo o transgredisse de qualquer maneira Se tornaria um pecador, e nessa condição não poderia ser o nosso Salvador! No entanto, Cristo permaneceu em completa adoração e obediência ao Deus Pai. Teve uma vida humana impecável, um caráter irrepreensível. (Filipenses 2:5 a 11). E Ele mesmo declara:
 ”Porque eu não falei por Mim mesmo; mas o Pai, que Me enviou, Esse Me deu mandamento quanto ao que dizer e como falar. E sei que o Seu mandamento é vida eterna. Aquilo, pois, que Eu falo, falo-o exatamente como o Pai Me ordenou.” (João 12:49 e 50)
 ”Como o Pai Me amou, assim também Eu vos amei; permanecei no Meu amor. Se guardardes os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor; do mesmo modo que Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai, e permaneço no Seu amor.” (João 15: 9 e 10)
 ”Tenho-vos dito estas coisas, para que em Mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo.” (João 16:33)
Jesus declarou-Se Senhor do sábado! Solene e importantíssima declaração! Frise-se bem que Ele é Senhor do sábado e não do domingo, embora a cristandade semi-apostatada averbe este dia como “dia do Senhor”. Cristo porém reafirmou Sua soberania sobre o sábado. É o Autor do sétimo dia, consagrado ao repouso e, nessa qualidade, sabe o que lícito ou não fazer nele. Os fariseus que censuraram os discípulos por apanharem espigas, foram além dos reclamos divinos, “além do que está escrito”.
Punham restrições descabidas à guarda do sábado. E Jesus para mostrar-lhes Sua autoridade, apresenta-Se como Autor do sábado. Nada há de derrogatório na declaração do Mestre. Ao contrário, reafirma o valor e a vigência do sábado, livre, no entanto das aderências talmúdicas.
¤ Broadus, renomado comentarista, tratando deste texto, assim conclui: “Mas o sábado permanece ainda, pois que existia antes de Israel, e era desde a criação um dia designado por Deus para ser santificado (Gênesis 2:3)…” 1
Cristo não foi contra o dia, mas contra a maneira errônea e extremista de guardá-lo.
¤ A. H. Strong, grande teólogo, diz: “Nem nosso Senhor ou os apóstolos ab-rogaram o sábado do decálogo. A nossa dispensação abole as prescrições mosaicas quanto à forma de guarda do sábado mas ao mesmo tempo declara sua observância de origem divina e como sendo uma necessidade da natureza humana… Cristo não cravou na cruz qualquer mandamento do decálogo… Jesus não se defende da acusação de quebrar o sábado, declarando que este foi abolido, mas estabelece o verdadeiro caráter do sábado em atender uma necessidade humana fundamental…” 2
• Ryle, erudito comentarista evangélico, tratando do texto diz: “Não devemos deixar-nos arrastar pela opinião comum de que o sábado é mera instituição judaica, que foi abolido ao anulado por Cristo. Não há uma só passagem das Escrituras que isso prove. Todos os casos em que o Senhor Se refere ao sábado, fala contra as opiniões errôneas que os fariseus propagaram a respeito de sua observância. Cristo depurou o quarto mandamento da superfluidade profana dos judeus… O Salvador que despojou o sábado das tradições judaicas e que tantas vezes esclareceu o seu sentido, não pode ser inimigo do quarto mandamento. Pelo contrário Ele engrandeceu e o exaltou.” 3

Reuniões no Sábado Mencionadas no Novo Testamento

Versículos Nr. Reuniões Local Data
Marcos 1:21 1 Cafarnaum 28 d.C.
Histórico: Cristo ensinava Seus discípulos no sábado. Ensino religioso. Realizou a cura de um endemoniado. Objetivos espirituais.
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Versículos Nr. Reuniões Local Data
Lucas 4:16 e 17 1 Nazaré 28 d.C.
Histórico: Cristo foi à casa de culto. Diz o texto que fez “segundo o Seu costume.” Quer dizer que sempre ia ao culto no sábado. O que fez lá dentro foi puramente ato de culto. Leitura e exposição da Palavra de Deus. Não foi com o objetivo de agradar os judeus, porque os desagradou bastante, a ponto de ser expulso da sinagoga e da cidade. Quiseram atirá-Lo ao precipício.
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Versículos Nr. Reuniões Local Data
Lucas 4:31 ? Cafarnaum 28 d.C.
Histórico: Cristo usualmente ensinava nos sábados. Nenhuma insinuação quando à mudança do dia de guarda.
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Versículos Nr. Reuniões Local Data
Marcos 3:1 Lucas 6:6 1 Cafarnaum 28 d.C.
Histórico: Cristo entrou na Sinagoga e pôs-Se a ensinar. Curou o homem que tinha a mão atrofiada, o que irritou os fariseus. Demonstração do poder de Deus no dia de sábado.
………………………………………….
Versículos Nr. Reuniões Local Data
Lucas 23:56 1 Jerusalém 31 d.C.
Histórico: As santas mulheres, seguidoras de Cristo, inclusive Sua mãe, respeitosamente guardaram o “sábado conforme o mandamento“. Nada sabiam acerca do domingo!!!
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Versículos Nr. Reuniões Local Data
Atos 13:42 e 44 2 Antioquia 45 d.C.
Histórico: Paulo em reunião de culto. Como os judeus abandonaram a sinagoga, no sábado seguinte “quase toda a cidade” (gentios) se ajuntou para ouvir a Palavra de Deus. Boa oportunidade para Paulo lhes dizer, como não estavam na sinagoga com os judeus, que o dia de guarda seria o domingo
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Versículos Nr. Reuniões Local Data
Atos 16:12 e 13 1 Filipos 53 d.C.
Histórico: Reunião de Culto ao ar livre. Longe de sinagogas, que talvez não houvesse na cidade. Os apóstolos procuraram um lugar tranqüilo para o culto sabático.
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Versículos Nr. Reuniões Local Data
Atos 17:1 a 3 3 Tessalônica 53 d.C.
Histórico: Na sinagoga. Reunião de culto. Paulo “como tinha por costume” foi ao culto no sábado. O dia de guarda não se alterara na era cristã. Reunia-se indistintamente com judeus e gentios, ou sem eles ao ar livre. O que interessava era a guarda do dia…
………………………………………….
Versículos Nr. Reuniões Local Data
Atos 18:1 a 4; Atos 18:11 78 Corinto 54 d.C.
Histórico: Temos aqui que considerar o seguinte: (v.4) “todos os sábados“; (v.11) “ficou ali um ano e meio ensinando”. Nesse ano e meio transcorreram 78 sábados, tempo mais que suficiente para Paulo ensinar que o dia de repouso fora mudado… (v.3) Paulo “trabalhava em fazer tendas”. No sábado não trabalhava, cumpria a Lei de Deus que lhe manda trabalhar seis dias. Logicamente não descansou no domingo. A Bíblia diz que o fazia no sábado e preferimos ficar com a Bíblia; (v.4) diz que Paulo estudava a Palavra de Deus com “judeus e gentios”. Também com os gentios no sábado.
………………………………………….
Temos acima aproximadamente 90 reuniões religiosas no sábado, “conforme o Mandamento”.

Perpetuidade Temporária?

Surge sempre a cediça afirmação de que o sábado não é “perpétuo”, porque em Êxodo. 12:14; 30:21 e Levítico 23:21 o adjetivo “perpétuo” também é aplicado à “páscoa”, “lavagem de mãos”, e “festas judaicas”, e estas coisas cessaram de existir. Aqueles que declaram tal absurdo, precisam saber que o adjetivo hebraico olam, traduzido por “perpétuo” nos textos em tela e por “para sempre” em outros lugares, tem o seu sentido condicionado à natureza daquilo que se aplica. Sendo assim, as festas cerimoniais teriam duração até ao tempo em que seriam necessárias.
 Jonas, ao descrever as peripécias pelas quais havia passado no interior do peixe, diz: “… os ferrolhos da Terra correram-se sobre mim para sempre [olam]“, Jonas 2:6. Esse “para sempre” durou apenas três dias e três noites. Foi uma duração curtíssima, não acham?
No entanto, quando o mesmo adjetivo está junto de palavras que, pela natureza, têm duração ilimitada, significa realmente “duração sem fim”. Junto de “Deus”, “vida”, “amor”, etc., indica perpetuidade. O “argumento” nada prova contra a permanência sabática, pois, segundo a Bíblia, o sábado será observado na Nova Terra pelos remidos:
¤ ”Pois, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, durarão diante de mim, diz o Senhor, assim durará a vossa posteridade e o vosso nome. E acontecerá que desde uma lua nova até a outra, e desde um sábado até o outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor.” (Isaías 66:22 e 23)

Blasfêmia

O cúmulo do contra-senso é afirmar que o sábado não santifica o homem, e os que observam decaem na vida espiritual. Mas a Palavra de Deus desmente frontalmente tal afirmação, declarando que o sábado é um sinal de santificação. Notemos:
 O dia foi santificado pelo próprio Deus. (Gênesis 2:3)
• O quarto mandamento manda lembrar o sábado para o santificar. (Êxodo 20:8; Isaías 58:13 e 14)
• Sinal entre Deus e Seu povo, pelo qual Deus os santifica. (Ezequiel 20:12; Ezequiel 20:20)
• Chamado dia santo. (Êxodo 31:14; Neemias 9:13 e14). Preferimos crer na Bíblia. Ela fala a verdade.
→ Estranham alguns que afirmamos que os “santos do Altíssimo” são os milhares que pereceram na Idade Média, porquanto guardaram eles o domingo. Respondemos: Sim, eram santos do Altíssimo. Foram sinceros dentro da luz que tinham. A verdade do sábado foi restaurada séculos depois que eles viveram… E hoje que esta luz está sendo irradiada a todo o mundo, quem deliberadamente se insurge contra ela estará debaixo do juízo de Deus!!!
“A Igreja mudou a observância do Sábado para o domingo pelo direito divino e a autoridade infalível concedida a ela pelo seu fundador, Jesus Cristo. O protestante, propondo a Bíblia como seu único guia de fé, não tem razão para observar o domingo. Nesta questão, os Adventistas do Sétimo Dia são os únicos protestantes coerentes.” – Boletim Católico Universal, pág. 4, de 14 de agosto de 1942.
Fonte:Artigo extraído do Livro O Selo de Deus na Lei, no capítulo 19

Perguntas Frequentes sobre A Criação e a Ciência

1. É científico crer na criação?
Em nossa sociedade atual, crê-se que a ciência é estritamente naturalista. Neste sentido, a criação não pode ser científica, porque a criação implica uma inteligência sobrenatural ativa na natureza. Entretanto, a ciência pode ser definida de outras formas (1). Se “ciência” significar o estudo da natureza, a criação pode ser “científica.” É o que acontece se a natureza for investigada em sua relação com Deus como o seu Criador. Muitos dos fundadores da ciência moderna criam que Deus estava ativo na natureza, e que eles estavam meramente estudando Seus métodos de agir na natureza. A história mostra que a separação entre Deus e a natureza não é necessária para o avanço do conhecimento. Entretanto, a ciência se preocupa em testar predições resultantes de hipóteses específicas. A hipótese de que Deus causou um evento por métodos que não são investigáveis não seria considerada científica, por não poder ser testada.

Para alguns o termo “científico” significa crença lógica em oposição à superstição. Este significado é inerente ao “cientificismo” — a crença de que a ciência naturalista é o único meio de descobrir a verdade. Este é um mau uso do termo “científico”, que torna impossível responder à questão se é científico crer na criação ou em qualquer outra teoria das origens.

2. É necessário que a ciência seja naturalista?
A ciência avançou porque os cientistas procuraram respostas a questões acerca de como os eventos ocorreram ou ocorrem. Isto pode ser investigado tanto quando se crê que Deus está dirigindo os eventos como quando não se crê nisto. Os cientistas não necessitam crer no naturalismo quando procuram entender o mecanismo de como os eventos ocorrem.

3. O reconhecimento das atividades de Deus por parte dos cientistas não iria desestimular a pesquisa?
A crença de que Deus está ativo na natureza não desestimulou a pesquisa dos fundadores da ciência moderna, assim como não deve desestimular hoje. O problema que se deve evitar é deixar de investigar um fenômeno simplesmente por se crer que Deus é sua causa. Muitos cientistas têm sido estimulados a estudar a natureza por crerem que Deus está ativo nela, sendo seu estudo uma oportunidade de compreendê-lO através das obras de Suas mãos.

4. Que problemas não resolvidos sobre a criação e a ciência são de maior preocupação?
Como obter a verdade quando a razão e a fé parecem estar em conflito?

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Notas para as perguntas sobre criação e a ciência

1. A filosofia da ciência sob uma perspectiva cristã está em: (a) Ratzsch D. 1986. “Philosophy of Science”. Downers Grove, IL: InterVarsity Press; (b) Pearcey N. R., Thaxton C. B. 1994. “The soul of science: Christian faith and natural philosophy”. Wheaton, I. L: Crossway Books, Good News Publishers; (c) Os adventistas do sétimo dia devem consultar Testimonies to the Church, Vol. 8, p 255-261 para uma esclarecedora declaração sobre Deus, a natureza e a ciência.

Referências


Recomendam-se as seguintes publicações, como leitura adicional referente aos tópicos tratados neste número de Ciências das Origens, todas disponíveis mediante solicitação à Sociedade Criacionista Brasileira no “site”: http://www.scb.org.br

(1) ROTH, A. “Origens: Relacionando a Ciência com a Bíblia”., 384 p., C.P.B., Tatuí, 2001 (Casa Publicadora Brasileira, Rodovia SP-127, Km 106, Caixa Postal 34, Tatuí, SP, BRASIL, CEP 18270-000).Tradução do original Inglês “Origins: Linking Science and Scripture”. Hagerstown, Review and Herald Publishing Association, 1998, 384 p., feita pelo Núcleo de Estudos das Origens.

(2) JUNKER, Reinhard, e SCHERER, Siegfried. “Evolução – Um Livro-Texto Crítico”, 328 pp., Tradução para o Português pela Sociedade Criacionista Brasileira, 2002. (S.C.B, Caixa Postal 08743, Brasília, DF, CEP: 70312-970).

(3) FLORI, Jean, e RASOLOFOMASOANDRO, Henri. “Em Busca das Origens – Evolução ou Criação?” 342 pp., Editorial Safeliz, 2000. (Editorial Safeliz, Aravaca 8, 28040 Madrid, Espanha). Tradução para o Português, pela Sociedade Criacionista Brasileira, 2002. (S.C.B, Caixa Postal 08743, Brasília, DF, CEP: 70312-970).

(4) PARKS, Bill. “Como Ensinar a seus Filhos a Harmonia entre o Criacionismo e a Ciência”. 130 pp., Sociedade Criacionista Brasileira, 2001. (S.C.B., Caixa Postal 08743, Brasília, DF, CEP: 70312-970).

(5) Artigos das Folhas (ou Revistas) Criacionistas referentes aos tópicos tratados nos números de Ciências das Origens, a serem selecionadas no Índice Temático disponível no “site” da Sociedade Criacionista Brasileira.

(6) Coleção dos números 1 a 60 de “Ciência de los Orígenes”, encadernada em dois volumes, produzida pela Sociedade Criacionista Brasileira, 2002.

É certo doarmos sangue?

 Embora injeções de sangue animal em seres humanos já houvessem sido feitas no século 17, a primeira transfusão de sangue humano em seres humanos foi realizada em 1818, pelo médico inglês James Blundell. Tais experimentos foram, no entanto, de pouco êxito até a descoberta dos grupos sangüíneos, em 1900, pelo imunologista austríaco Karl Landsteiner. Como essas experiências começaram muitos séculos após o período bíblico, é óbvio que as Escrituras não tratam explicitamente do assunto. O uso do sangue como alimento é proibido tanto no Antigo Testamento (Gênesis 9:4; Levítico 3:17; 7:27; 17:10-14; 19:26) como no Novo Testamento (Atos 15:20, 29; 21:25). Pesquisas científicas têm confirmado que o consumo oral de sangue não é conveniente pelo fato de ele ser indigesto, de fácil decomposição e um veículo não apenas de nutrientes mas também de impurezas prejudiciais ao aparelho digestivo. Mas é interessante notarmos que o sangue de animais era vertido durante o Antigo Testamento como um símbolo do sangue de Cristo a ser derramado sobre o Calvário pela salvação da raça humana (ver Hebreus 9:11-28; I João 1:7). Uma vez que apenas o uso do sangue como alimento é proibido nas Escrituras, e que o sangue era vertido vicariamente pela salvação espiritual dos pecadores, por que razão não poderíamos realizar transfusões de sangue para a salvação física das pessoas? Sendo que nenhuma proibição é encontrada nas Escrituras à transfusão venal de sangue, cremos que esta pode e deve ser ministrada sempre que o propósito seja salvar vidas. A recusa de ministrá-la a alguém que a necessite é uma transgressão direta tanto (1) do princípio de preservação da vida, enunciado através do mandamento “Não matarás” (Êxodo 20:13), como (2) do amor cristão, expresso na declaração de Cristo: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (João 15:13).

Fonte: Dr. Alberto R. Timm, Sinais dos Tempos, agosto de 1997. 
Nota Site Bíblia e a Ciência: "Porque a vida da carne está no sangue." Lv 17:11
"Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos" 1Jo 3:16
 Se a vida da carne está no sangue, e devemos dar nossa vida pelos irmãos, então podemos doar sangue sem problemas nenhum, é uma demonstração muito bonita de amor pelo próximo!

A Divindade de Cristo no evangelho de João – Parte 1

A DIVINDADE DE CRISTO NO EVANGELHO DE JOÃO
Historicamente, Cristo não foi “conclamado” divino só no Concílio de Nicéia. Muito antes daquela reunião que visava derrubar o arianismo, a Bíblia e os cristãos primitivos já acreditavam na Divindade do Salvador. Isso pode ser provado bíblica e historicamente:
I – O evangelho de João e a Divindade de Cristo
No presente irei me deter apenas ao evangelho de João para provar que Cristo é Divino. As informações de outros autores bíblicos poderemos estudar noutra ocasião, se for necessário. Vamos ao estudo do que o apóstolo escreveu a respeito de Jesus:
1 – Contexto histórico
Para começar, é importante termos em mente que o objetivo do quarto evangelho, escrito no final do século I, foi defender a encarnação e a Divindade de Cristo diante (muito provavelmente) do gnosticismo. O apóstolo queria que as pessoas acreditassem em Jesus como Filho de Deus para que fossem salvas (João 20:30, 31). Interessante que, na linguagem Joanina, o termo “Filho de Deus” não significa “ser criado” e nem denota “inferioridade”; para o autor, o título “Filho de Deus” significa igualdade com o Pai na Divindade. Isso é bem claro em João 5:18; 19:7 e na primeira carta dele, cap. 5:20, onde Ele chama Jesus de DEUS: “Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” Perceba que se quisermos entender um termo bíblico, não podemos interpretá-lo de acordo com o significado da língua portuguesa; precisamos levar em conta a língua original em que o texto foi escrito (grego, hebraico ou aramaico) e o significado de qualquer expressão NA CULTURA em que ela está inserida. Portanto, o termo “Filho” na Bíblia, em referência à Cristo, não tem o mesmo significado que em nossa cultura portuguesa e ocidental.
Como disse o Dr. F.F. Bruce, “João conferiu a máxima importância à verdade eterna, que ele identificou com a auto-manifestação divina, o Verbo que existia no princípio com Deus”. (BRUCE. João – Introdução e Comentário [Série Cultura Bíblica]. Vida Nova, 2002). Isso está em harmonia com João 1:1-4 e 14. Se Jesus não fosse DEUS com o Pai, não haveria necessidade de João dizer que Jesus é o Deus que revelou o Pai, por meio da encarnação (leia os textos de João 1:1-4 e 14). E, além disso, se Cristo fosse uma criatura, a salvação por meio Jesus, no evangelho de João (e no restante da Bíblia) perderia o valor. Sim, pois o valor da salvação está no fato de que não foi uma criatura quem veio salvar o ser humano, mas o próprio Deus esteve aqui em carne para solucionar o nosso problema. É por isso que Jesus Cristo é chamado em Isaías 7:14 de “Emanuel”, que significa “Deus conosco”. Deus “não tirou o corpo fora”; Ele mesmo veio resolver o problema do pecado! Reflita nisso com carinho.
Estas informações são importantes porque assim conseguimos entrar um pouco na mente do autor inspirado quando preparou o relato da vida de Cristo.
2 – Textos de João que afirmam diretamente que Jesus é Deus eterno
• João 1:1-3 e 14 – é dito que Jesus era Deus desde o princípio, estava com Deus e que criou TODAS AS COISAS com Ele (se fosse uma criatura, como poderia ser o criador DELE MESMO, sendo que TUDO foi feito por meio dEle? – verso 3). Também, nos é apresentado que este DEUS, que esteve com o Pai desde o princípio, encarnou para nos salvar.
• João 1:15 – Jesus é pré-existente;
• João 1:18 – Jesus é “Deus Unigênito” que torna o Pai conhecido;
• João 1:23 – texto muito forte, pois faz menção a Isaías 40:3, onde é dito que alguém prepararia o caminho para a vinda de “Jeová”. João Batista preparou o caminho de Jesus, indicando assim que Jeová de Isaías 40:3 é Cristo!
• João 1:29, 30 – Cristo é o cordeiro que tira o pecado do mundo e que já existia antes de vir a este planeta (pré-existência);
• João 1:34 – o apóstolo dá testemunho de que Cristo é o “Filho de Deus” (lembre-se que “Filho”, na linguagem de João, significa igualdade – ver João 5:18; 19:7);
• João 1:47-49 – Natanael claramente reconhece que Jesus é o “Filho de Deus”, indicando assim que acreditava ser Ele DEUS;
• João 1:50 – Jesus afirma que os discípulos verão os anjos voltando a este mundo com Ele – o criador dos anjos;
• João 2:11 – o primeiro milagre de Cristo, onde ele transforma água em “vinho” (suco de uva – Isaías 65:8) serviu para que vários discípulos cressem no poder glorioso dEle;
• João 3:15, 16 – Quem crer em Jesus tem a vida eterna. Só Deus pode dar a vida eterna a alguém por crer nEle, não numa criatura (não faria sentido algum!).
Em Atos 3:15, Cristo é chamado de autor da vida. Como Alguém que é “Autor da Vida” poderia ser uma criatura? Impossível!
• João 3:36 – quem não crer que Jesus é o “Filho de Deus”, ou seja: quem não acreditar na Divindade de Cristo e não O aceitar como Salvador e Deus, irá se perder;
• João 5:17, 18 – Quando Jesus afirmou que Deus era o Pai dEle, os judeus quiseram mata-Lo porque entenderam que o termo “Filho” significa igualdade em Divindade. Se o Salvador estivesse dizendo que era uma “criatura”, não seria acusado de “blasfêmia”. Portanto, para o apóstolo João, blasfêmia é alguém afirmar que Cristo não é Deus, sendo que no seu livro ele relata 8 milagres (além de outros acontecimentos sobrenaturais) com o objetivo de provar que o Salvador é Divino!

Os verdadeiros tripulantes dos OVNIs

Várias teorias têm sido propostas para explicar a natureza dos supostos OVNIs (objetos voadores não-identificados). Enquanto alguns acreditam serem mero fruto da imaginação humana, outros defendem a idéia de que são veículos espaciais conduzidos por seres extraterrestres. Mesmo não usando a expressão moderna OVNI, Bíblia apresenta alguns princípios básicos que podem nos ajudar na compreensão desse tema intrigante. As Escrituras deixam claro que todas as manifestações sobrenaturais e sobre-humanas, neste mundo de pecado, procedem de um dos dois grandes poderes conflitantes do Universo: a Trindade e os anjos leais, de um lado, e Satanás e outros seres demoníacos (Apocalipse 12:7-9). Isto nos leva à conclusão de que, se os OVNIs existem, devem se enquadrar em uma das duas alternativas acima mencionadas. Uma análise detida da Bíblia revela o fato de que grande parte das manifestações satânicas são confusas, indefinidas e enganosas. A ênfase repousa, freqüentemente, mais no fascínio das emoções do que em um conteúdo proposicional concreto. Dentro desta categoria se enquadram as encarnações demoníacas na forma de animais (Gênesis 3:1-5; Apocalipse 12:9), de pessoas já mortas (I Samuel 28) e de seres angelicais (II Coríntios 11:14). Somos advertidos de que os poderes demoníacos haveriam de operar nos últimos dias “grandes sinais e prodígios” (Mateus 24:24; Marcos 13:22), de realizar “coisas espantosas e também grandes sinais do céu” (Lucas 21:11), de se transformar em anjos de luz (II Coríntios 11:14), e de fazer descer fogo do céu “à terra diante dos homens” (Apocalipse 13:13). Esses sinais e maravilhas teriam por objetivo “enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mateus 24:24; Marcos 13:22; ver João 8:44; II Tessalonicenses 2:9 e 10). Comparando-se os testemunhos sobre aparições de OVNIs com o relato bíblico, percebe-se nitidamente que tais aparições jamais podem ser consideradas, nem em forma nem em conteúdo, como manifestações divinas, ou de anjos bons, ou ainda de possíveis habitantes de outros mundos não-caídos do Universo. Resta portanto, a inevitável conclusão de que elas só podem ser consideradas como parte dos “grandes sinais e prodígios” que haveriam de acompanhar as fascinantes manifestações demoníacas dos últimos dias (ver Apocalipse 16:14). Os escritores americanos Myron Widmer e Sidney Reiners divisam, por trás das aparições de OVNIs, um plano mestre de engano satânico. Widmer declara que o “constante aumento de fé no sobrenatural continua preparando o cenário para os eventos finais, quando a mente do povo terá visto e ouvido tanto do sobrenatural que as ilusões e os enganos de Satanás parecerão muito naturais e acreditáveis”. Já Sidney Reiners sugere que as aparições de “ufonautas” (supostos tripulantes dos discos voadores) hostis à vida na Terra poderiam precipitar “uma corrida rumo a um governo mundial, com a perda, num estado de pânico, dos princípios democráticos”. Ufonautas amigos, por outro lado, poderiam persuadir facilmente os seres humanos a “solucionar” os problemas da humanidade com seus planos enganosos. Quer as hipóteses de Reiners se cumpram literalmente ou não, o verdadeiro cristão deve alicerçar sua fé sobre a Palavra de Deus, para não sucumbir aos enganos satânicos. Como Cristo enfrentou as tentações demoníacas no deserto com a autoridade das Escrituras (ver Mateus 4:1-11), o verdadeiro cristão jamais se deixará seduzir por qualquer experiência visual, auditiva ou emocional que não esteja em perfeita harmonia com o claro ensino bíblico (ver Isaías 8:19 e 20; Gálatas 1:8).

Fonte: Dr. Alberto R. Timm, Revista Sinais dos Tempos, agosto de 1997. 

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