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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O Santuário em Apocalipse

Realmente o livro de Apocalipse é uma colagem de todos os livros do AT. Todas as palavras e frases são ecos do AT. Mais de 700 alusões ao AT. Não como citações diretas, mas em nível de alusões. É bem claro que para entendermos o livro do Apocalipse precisamos entender o contexto do AT.
Muito bem, para entendermos o livro do apocalipse, a chave está em sua estrutura. Se entendermos a estrutura, entenderemos o livro.
Algumas alusões interessantes e referências ao santuário podem ser encontradas no livro, vejamos:

Cordeiro sacrificado – Tamid - Ap. 5:6
Sangue derramado no altar – Tamid - Ap. 6:9
Incenso no altar de ouro – Tamid - Ap. 8; 3, 4
Cântico da congregação – Tamid - Ap. 8:1 (a ordem um pouco alterada, mas relacionada intimamente)
Toque das trombetas – Tamid 7:3 – 8:2-6
Nos primeiros 8 capítulos de Apocalipse, encontramos exatamente esta seqüência, evidenciando o Tamid de Cristo no Santuário Celestial.
Nos capítulos 10-11 nos movimentamos para o lugar Santíssimo.
A próxima cena do Santuário Celestial está em 11:19, na quarta cena do Santuário Celestial, no lugar santíssimo.
No capítulo 10 encontra-se o foco sobre o movimento adventista. Para reconhecer isto, precisamos encontrar os ecos do mesmo em Daniel.
V. 1 - Tinha um livrinho na mão. Este livro estava “aberto”. A palavra em grego é específica para isto: está no particípio perfeito passivo, significando que acabara de ser aberto.
No v. 6 encontramos uma citação de Daniel 12:7.
Qual foi o juramento do anjo em Dn 12? Foi a respeito de tempo. Esta afirmação nos leva de volta a 7:25, onde fala de 3,5 tempos, ou tempo, tempos e metade de tempo.
Em Dn 12:4, é ordenado que o livro seja selado até o tempo do fim. Só então seria aberto, e poderia ser compreendido. O que está se referindo é que todos poderiam compreendê-lo.
No v. 6, um anjo pergunta quando seria o tempo do fim, e no v. 7 existe a resposta, afirmando que seria após 1798, que foi o período que terminou o 3,5 temos.
À luz deste verso, podemos voltar a Ap 10. Ao invés de dizer tempo, tempos e metade de tempo, diz que não haverá mais tempos. Algumas versões traduzem “cronos” como “não haverá mais demora”, mas é uma tradução equivocada. Quando comparada com sua ligação em Daniel, fica fácil de se compreender. Cronologia é o estudo dos tempos. A afirmação é clara em dizer que não haveria mais tempos proféticos após os 7 trovões.
O que são os sete trovões?
V. 8 – aqui está a conexão com Daniel. Está sendo um eco de Ezequiel 2 – 3. Ali também é dito para se pegar um livro e comer, que seria doce na boca também. No entanto, há uma grande diferença. O livro foi doce na boca de Ezequiel e João, mas para João foi amargo no ventre. Teve uma experiência doce e amarga.
Depois que Ezequiel comeu o livro, Deus ordenou que ele pegasse a mensagem e falasse para o povo. A mensagem era sobre o Juízo investigativo. Significa que depois de comido o livro, deveria ser dada a mensagem do juízo investigativo. É o que ocorre em Ap 10, pois Deus também ordena que profetize para todos os povos e a mensagem que deveria ser anunciada está em 10:8-11 e 11:1. Note a ordem:
Templo


Altar


Adoradores
Em que lugar do AT encontramos esta mesma ordem? No Dia da Expiação (Lv 16)!!! Medir é o trabalho de investigação. A seqüência apresentada é a da purificação do santuário (Lv 16:33).
A mensagem da expiação deveria ser dada após o livro ter sido comido. Vendo estes paralelos do AT, vemos os fundamentos que os adventistas tiveram. A escritora Ellen G. White afirma que os sete trovões eram a descrição do grande desapontamento, mas claro, vemos isso também no final do capítulo 10.
No capítulo 11, fala-se sobre os 1260 anos, as duas testemunhas que são o (AT e NT).
Apocalipse 14
A mensagem do 1o anjo são boas novas, o evangelho eterno. Aqui aparecem 8 palavras em uma seqüência exatamente igual a Ex 20:8. É a mais longa citação que se encontra no Ap. Aqui temos a mensagem do julgamento ligada com o sábado. Na verdade, em 11:9 já houve uma ligação, mas agora está explicita aqui.
Além desses argumentos, encontramos todo o cenário do santuário, altar de incenso, altar de sacrifícios, candelabro, arca etc.
Outras informações importantes:
EXISTE UM PARALELO ESTRUTURAL ENTRE EZEQUIEL E APOCALIPSE
Ezequiel
Apocalipse
c.1 – filho do homem
c. 1 – Filho do Homem
Seres viventes 
c. 4 - seres viventes
c. 3 – livrinho doce/amargo
c. 10 – livrinho doce amargo
c. 9 – marca na fronte 
c. 7 – marca na fronte
c. 39 – chamado dos pássaros
c. 19
c. 38 – gogue e magogue
c. 20
últimos 8 cap. Descrição da Nova Jerusalém
últimos 2 cap.

Deus pega Ezequiel e leva-o pessoalmente para ver o pecado de Israel. Deus lhe mostrou 4 pecados. Vejamos pensando em Apocalipse:
v. 5 ele vê uma imagem de ciúmes. Começam as acusações do que o povo fazia de errado
v. 10-11 – cenas de espiritualismo egípcio
v.13-14 – cenas de idolatria a Tamuz – deus da mesopotâmia da vegetação que morria todos os anos e ressuscitava na primavera para salvar a lavoura. Era uma mensagem falsa substituindo a mensagem do Messias.
v. 16 - Adoração ao sol de costas para o santuário
Vejamos a relação deste trecho com o Apocalipse.
Ezequiel 8
Apocalipse 13 e 16
v. 5 - imagem de ciúmes
Besta da terra = Prot. apóstata
v. 10-11 – espiritualismo egípcio
Espiritismo
v.13-14 –idolatria a Tamuz
Besta do mar = catolicismo
v. 16 - Adoração ao sol
Adoração ao Sol

A Estrutura do processo legal em Ezequiel
5:5.a – Preâmbulo
5:5.b – Prólogo histórico
5:6 – Acusações
5:8-10 – Veredito
6:2 – Testemunhas
6:8 – Clímax
8:1-18 - Descrição dos pecados
9:3 – Deus está pronto para se retirar do santuário.
9:4 – Aplicação da marca/sinal aos sinceros e fiéis. A palavra marca no palio-hebraico do tempo de Ezequiel era a letra tau, a última letra do alfabeto hebraico cuja forma era de cruz. Com este sinal Deus queria marcar os seus filhos fieis. Eram os remanescentes de Judá assim como haverão remanescente no final dos tempos e também receberão a marca ou selo de Deus. Em Ez 18:30-32, temos uma descrição do caráter de Deus. O julgamento é real.
Haviam sete passos no serviço do santuário
Mishinah/Tamid
Apocalipse cap. 1-8
Espevitar o pavio da lâmpada (3:9)
1:12-20
Abrir a grande porta (3:7)
4:1
O cordeiro era morto (3.7)
5:6
O sangue derramado na base do altar (4.1)
6:9
O incenso era oferecido no altar dourado (5.1)
8:3,4
Param de cantar – silencio (7.3)
8:1
Toque da trombeta (7.3)
8:2-6


Weber Marques e Adriano Euzébio

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Deus Elaborou os Planos


Todos nós sabemos que há 4.000 anos, no topo do Monte Sinai, Deus deu a Moisés os Dez Mandamentos. Mas a maioria das pessoas não sabem que, ao mesmo tempo, o Senhor deu a Moisés os planos para uma das estruturas mais misteriosas já construídas – o santuário. Deve ter sido algo importante, porque os israelitas não podiam entrar na Terra Prometida até o término de sua construção. Este peculiar templo portátil representava a morada de Deus entre o Seu povo, e seus serviços mostravam a nação de escravos recém-libertos um panorama tridimensional do plano de salvação. Um olhar cuidadoso nos segredos do santuário cristalizará a sua compreensão de como Jesus salva o perdido e conduz a igreja. O santuário é também uma chave para entender várias profecias. Este maravilhoso Guia de Estudo lhe permitirá explorar o santuário e descobrir seus significados ocultos. Uma experiência emocionante espera por você!

1. O que Deus pede a Moisés para construir?

“E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles” (Êxodo 25:8).
R: O Senhor pediu a Moisés para construir um santuário – um edifício especial que serviria de morada para o grande Deus do céu.
Uma Breve Descrição do Santuário
O santuário era uma elegante estrutura do tipo tenda (15 ‘x 45′ – assumindo que a medida de um côvado é igual a 18 polegadas), onde a presença sobrenatural de Deus habitava e serviços especiais eram realizados. As paredes eram de tábuas verticais de madeira de acácia, colocadas em encaixes de prata e cobertas de ouro (Êxodo 26:15-19, 29). O telhado era feito de quatro camadas de revestimento: linho, pêlo de cabra, pele de carneiro, e pele de texugo (Êxodo 26:1, 6-14). Tinha dois compartimentos: o lugar santo e o lugar santíssimo. Um espesso véu ou cortina separava os dois compartimentos. O átrio, a área em torno do santuário, era de 75 “X 150″ (Êxodo 27:18). Estava cercado por cortinas de linho fino apoiadas por 60 pilares de bronze (Êxodo 27:9-16).

2. O que Deus esperava que seu povo aprendesse com o santuário?

“O teu caminho, ó Deus, está no santuário. Quem é Deus tão grande como o nosso Deus?” (Salmo 77:13).
R: o caminho de Deus, ou plano da salvação, revela-se no santuário terrestre. A Bíblia ensina que tudo no santuário ou conectado com o seu serviço era um símbolo da obra de salvação de Jesus em nosso favor. Isto significa que nós não podemos compreender plenamente o plano da salvação até que entendamos o simbolismo ligado ao santuário. Assim, a importância deste Guia de Estudo dificilmente pode ser exagerada.

3. De que fonte Moisés recebeu os planos para o santuário? Do que o edifício era uma cópia?

“Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade, Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem”. “Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou” (Hebreus 8:1, 2, 5).
R: Os planos do santuário e especificações completas para a sua construção foram dados por Deus a Moisés. Eles eram uma cópia do original santuário no céu, que foi o padrão para o santuário de Moisés.

4. Que mobílias ficavam no pátio?

resposta:
A. O altar do holocausto, onde os animais eram sacrificados ficava localizado no pátio, na sua entrada (Êxodo 27:1-8). Este altar representa a cruz de Cristo. O animal representava Jesus, o sacrifício final (João 1:29).
B. A pia, Localizada entre o altar e a entrada do santuário, era um grande lavatório de bronze. Aqui sacerdotes lavavam as mãos e os pés antes de oferecerem sacrifícios ou antes de entrarem no santuário (Êxodo 30:17-21, 38:8). A água representava a purificação do pecado, ou o novo nascimento (Tt 3:5).

5. Que mobílias ficavam no lugar santo?

resposta:
A. A mesa da proposição (Êxodo 25:23-30) representava Jesus, o pão vivo (João 6:51).
B. O castiçal de sete ramos (Êxodo 25:31-40) representava Jesus Cristo, a luz do mundo (João 9:05; 1:9). O óleo representava o Espírito Santo (Zacarias 4:1-6, Apocalipse 4:5).
C. O altar do incenso (Êxodo 30:7, 8) representava as orações do povo de Deus (Apocalipse 5:8).

6. Que mobiliário ficava no lugar santíssimo?

R: A arca da aliança, a única peça de mobília no lugar santíssimo (Êxodo 25:10-22), era uma caixa ou cofre de madeira de acácia revestida com ouro. Sobre a arca haviam dois anjos feitos de ouro maciço. Entre esses anjos estava o propiciatório (Êxodo 25:17-22), onde a presença sobrenatural de Deus habitava. Ele simbolizava o trono de Deus no céu, o qual está igualmente localizado entre dois anjos (Salmos 80:1).

7. O que havia dentro da arca?

R: Os Dez Mandamentos, que Deus escreveu em tábuas de pedra com Seu próprio dedo, e que seu povo sempre irá obedecer (Apocalipse 14:12), estavam dentro da arca (Deuteronômio 10:4, 5). Mas o propiciatório estava acima deles, o que significa que enquanto o povo de Deus confessasse e abandonasse o pecado (Provérbios 28:13), a misericórdia seria estendida a eles através do sangue que era aspergido sobre o propiciatório pelo sacerdote (Levítico 16: 15, 16). O sangue do animal representava o sangue de Jesus que foi derramado por nós para nos trazer perdão dos pecados (Mateus 26:28, Hebreus 9:22).

8. Por que os animais precisavam ser sacrificados nos serviços do santuário do Antigo Testamento?

“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9:22). “Porque isto é o meu sangue; o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mateus 26:28).
R: O sacrifício de animais era necessário para ajudar as pessoas a entenderem que sem o derramamento do sangue de Jesus, seus pecados jamais poderiam ser perdoados. A verdade, horrível e chocante, é que a punição para o pecado é a morte eterna (Romanos 6:23). Uma vez que todos nós pecamos, todos nós devemos morrer. Quando Adão e Eva pecaram, deviam ter morrido imediatamente, mas Jesus se adiantou e ofereceu-se para dar a Sua vida perfeita como sacrifício para pagar a pena de morte por todas as pessoas (Apocalipse 13:8). Depois do pecado, Deus requeria que o pecador trouxesse um animal como sacrifício (Gênesis 4:3-7). O pecador deveria matar o animal com as próprias mãos (Levítico 1:4, 5). Isto era sangrento e chocante. O pecador ficava indelevelmente impressionado com a realidade solene das terríveis conseqüências do pecado (morte eterna), e a necessidade desesperada de um Salvador e substituto. Sem um Salvador, ninguém tinha qualquer esperança de salvação.
O sistema sacrificial mostrava, que Deus daria Seu Filho para morrer pelos pecados da humanidade (1 Coríntios 15:3). Jesus se tornaria não só o seu Salvador, mas também seu substituto (Hebreus 9:28). Quando João Batista se encontrou com Jesus, ele disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. (João 1:29). No Antigo Testamento, as pessoas vislumbravam a cruz no futuro para sua salvação. Hoje olhamos para trás, ao Calvário para nossa salvação. Não há outra maneira de ser salvo (Atos 4:12).

9. Como eram sacrificados os animais no serviço do santuário, e qual era o significado deste ato?

“E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito a favor dele, para a sua expiação”. “E o degolará ao lado do altar que dá para o norte” (Levítico 1: 4, 11).
R: Quando um pecador trazia um animal sacrificado para a porta do pátio, um sacerdote entregava-lhe uma faca e uma bacia. O pecador colocava suas mãos sobre a cabeça do animal e confessava seus pecados. Isso simbolizava a transferência do pecado do pecador para o animal. A partir desse momento o pecador era considerado inocente e o animal culpado. Uma vez que o animal era agora simbolicamente considerado culpado, tinha de pagar o salário do pecado – a morte. Matando o animal com suas próprias mãos, o pecador era assim graficamente ensinado de que o pecado causou a morte do animal inocente, e que seu pecado causaria a morte do inocente Jesus.

10. Quando um sacrifício animal era oferecido por toda a congregação, o que o sacerdote fazia com o sangue? O que isso simbolizava?

“Então o sacerdote ungido trará do sangue do novilho à tenda da congregação, E o sacerdote molhará o seu dedo naquele sangue, e o espargirá sete vezes perante o SENHOR, diante do véu” (Levítico 4:16, 17).
R: Quando um sacrifício era oferecido pelos pecados de toda a congregação, o sangue era levado pelo sacerdote, que representava Jesus (Hebreus 3:1), para dentro do santuário e aspergido diante do véu que separava os dois compartimentos. A presença de Deus habitava no outro lado do véu. Assim, os pecados do povo eram removidos e transferidos simbolicamente para o santuário. Este ministério de sangue realizado pelo sacerdote, prefigurava o atual ministério de sangue, realizado por Jesus em nosso favor no Céu. Depois que Jesus morreu na cruz como nosso sacrifício pelo pecado, Ele se levantou e foi para o céu como nosso Sumo Sacerdote para ministrar o Seu sangue no santuário celestial (Hebreus 9:11, 12). O sangue ministrado pelo sacerdote terreno representa Jesus aplicando seu sangue em nosso registro de pecados no santuário celestial, mostrando que eles são perdoados quando os confessamos em Seu nome (1 João 1:9).

11. Com referência ao serviço do santuário, em que duas capacidades principais serve Jesus ao Seu povo? Quais os benefícios fantásticos que recebemos de Seu ministério de amor?

“Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Coríntios 5:7). “Visto que temos um grande sumo sacerdote, que penetrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, retenhamos firmemente a nossa confissão Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas;. Mas em tudo foi tentado como nós, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça para socorro em tempo de necessidade” (Hebreus 4:14-16).
R: Jesus serve como sacrifício pelos nossos pecados e como nosso Sumo Sacerdote celestial. A morte de Jesus como nosso cordeiro sacrificial e substituto, e Seu contínuo e poderoso ministério como nosso Sumo Sacerdote celestial, realiza dois milagres incríveis para nós:
A. Uma mudança completa de vida chamada de novo nascimento, com todos os pecados do passado perdoados (João 3:3-6, Romanos 3:25).
B. Poder para viver corretamente no presente e no futuro (Tito 2:14, 2:13 Filipenses).
Estes dois milagres tornam uma pessoa justificada – o que significa um relacionamento correto entre a pessoa e Deus. Não há nenhuma maneira possível para uma pessoa tornar-se justa por obras (seus próprios esforços), porque a justiça requer milagres que só Jesus pode realizar (Atos 4:12). Uma pessoa torna-se justa por confiar em Jesus que fará por ela o que ela não pode fazer por si mesma.
Isto é o que se entende pela expressão bíblica “justificação pela fé”. Peço a Jesus para se tornar o governante da minha vida e confio que Ele opere os milagres necessários para eu cooperar plenamente com ele. Esta justiça, que é milagrosamente realizada para mim e em mim por Jesus, é a única justiça verdadeira que existe. Qualquer outro tipo é uma falsificação.

12. Que seis sublimes promessas nos dá a Bíblia sobre a justiça que nos é oferecida através de Jesus?

resposta:
A. Ele cobrirá os nossos pecados passados ​​e nos contará como inocentes (Isaías 44:22, João 1:9).
B. No princípio nós fomos criados à imagem de Deus (Gênesis 1:26, 27). Jesus promete nos restaurar à imagem de Deus (Romanos 8:29).
C. Jesus nos dá o desejo de viver corretamente e em seguida, concede-nos o Seu poder para realmente realizá-lo (Filipenses 2:13).
D. Jesus, através de seus milagres, fará com que façamos com alegria, somente aquilo que agrada à Deus. (Hebreus 13:20, 21; João 15:11).
E. Ele nos remove a sentença de morte ao nos credenciar sua vida sem pecado e morte expiatória (2 Coríntios 5:21).
F. Jesus assume a responsabilidade de manter-nos fiéis até que Ele retorne para nos levar ao céu (Filipenses 1:6; Judas 1:24).
Jesus está pronto para cumprir todas essas promessas gloriosas em sua vida. Você está pronto? Ajoelhe-se agora e peça-lhe para assumir o controle de sua vida. Ele não o decepcionará!

13. Uma pessoa tem que fazer alguma coisa para ser justificada pela fé?

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus;. Mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mateus 7:21).
R: Sim, Jesus diz que devemos fazer a vontade de Seu Pai. Nos dias do Antigo Testamento, uma pessoa que realmente tinha sido convertida continuava a trazer cordeiros para o sacrifício, indicando a sua tristeza pelo pecado e seu desejo de todo o coração de deixar o Senhor guiar completamente sua vida.
Embora nós não possamos realizar os milagres necessários para nos justificar, devemos nos entregar a Jesus diariamente (1 Coríntios 15:31), convidando-o a controlar as nossas vidas para que esses milagres aconteçam. Devemos estar dispostos a obedecer e seguir Jesus, onde ele nos levar (João 0:26, Isaías 1:18-20).
O pecado nos leva a querer fazer a nossa própria vontade (Isaías 53:6) nos levando a nos rebelar contra o Senhor, assim como Satanás fez no início (Isaías 14:12-14). Permitir que Jesus governe nossas vidas é por vezes tão desgarradoramente difícil como ter um olho ou um braço arrancado (Mateus 5:29, 30), porque o pecado é viciante e pode ser superado apenas pelo poder milagroso de Deus (Marcos 10:27).
Muitos acreditam que Jesus vai levar para o céu todos os que professam crer na salvação, independentemente de sua conduta. Mas isso não é assim. É uma invenção de Satanás. Um cristão deve seguir o estilo de vida de Jesus (1 Pedro 2:21). O sangue poderoso de Jesus pode fazer isso por todos nós (Hebreus 13:12), mas só se dermos a Jesus o controle total de nossas vidas e com alegria segui-Lo para onde Ele nos levar – mesmo que o caminho possa às vezes ser duro e áspero (Mateus 7:13, 14, 21).

14. Você pode me ajudar a entender o simbolismo contido no dia da expiação?

resposta:
A. Uma vez por ano, no dia da expiação, um solene dia de julgamento ocorria em Israel (Levítico 23:27). Todos deviam confessar todo pecado cometido. Aqueles que se recusavam eram naquele mesmo dia cortados para sempre do acampamento de Israel (Levítico 23:29).
B. Dois bodes eram selecionados: Um, bode era para o Senhor, o outro, o bode expiatório, representava a Satanás (Levítico 16:8). O bode do Senhor era morto e oferecido pelos pecados do povo (Levítico 16:9). Mas neste dia o sangue era levado para o lugar santíssimo e aspergido em cima e perante o propiciatório (Levítico 16:14). Somente neste dia especial de julgamento o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo para encontrar Deus no propiciatório.
O sangue aspergido (representando o sacrifício de Jesus) era aceito por Deus, e os pecados confessados ​​do povo eram transferidos do santuário para o sumo sacerdote. Ele, então, simbolicamente transferia esses pecados confessados ao bode expiatório, que era levado ao deserto (Levítico 16:16, 20-22). Desta forma, o santuário era purificado dos pecados do povo que foram acumulados no transcurso de um ano, e que haviam sido simbolicamente depositados ali por causa do sangue aspergido diante do véu.

15. Será que o dia da expiação simbolizava ou prefigurava uma parte do grande plano da salvação de Deus, assim como os outros aspectos do santuário terrestre e seus serviços?

“Portanto, era necessário que as cópias das coisas que estão nos céus fossem purificadas com esses sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios superiores” (Hebreus 9:23).
R: Sim. Os serviços desse dia apontavam para a erradicação do pecado pelo verdadeiro sumo-sacerdote no santuário celestial. Cristo vai confirmar a decisão de seu povo de servi-Lo eternamente, através de seu sangue aplicado em favor daqueles que estão escritos no livro da vida. Este dia de juízo especial, como aquele dia chamado de Yom Kippur em Israel, é o antitipo do dia da expiação final a ser feito para o planeta Terra. Através do antigo símbolo do dia da expiação anual, toda a humanidade tem a certeza de que nosso fiel Sumo Sacerdote, Jesus, permanece no Céu intercedendo por Seu povo e está pronto para apagar os pecados de todos os que vão exercer fé em Seu sangue derramado. A expiação final leva ao julgamento final, que resolve a questão do pecado na vida de cada indivíduo, culminando seja na vida ou na morte.
Eventos Importantes
Você vai descobrir nos próximos dois Guias de Estudo como o simbolismo do santuário terrestre e especialmente o dia da expiação prefiguravam momentosos acontecimentos do fim dos tempos, que Deus vai levar a efeito a partir do santuário celestial.
Data para o julgamento
No próximo Guia de estudo, vamos examinar uma profecia bíblica crucial na qual Deus estabelece uma data para o começo do julgamento celestial. Bastante impressionante, sem dúvida!

16. Estou disposto a aceitar a justificação que Cristo me oferece, que inclui o perdão, purificação do pecado, e força para viver corretamente no presente e no futuro?

resposta:______
Extraído do Guia de Estudo bíblico Amazing Facts. Crédito da tradução: Blog Sétimo Dia http://www.setimodia.wordpress.com

sábado, 13 de agosto de 2011

O Santuário em Gênesis


Os judeus designam o livro de Gênesis segundo a primeira palavra do texto hebreu, Bereshith no princípio. Entretanto, o Talmud judeu o chama o "Livro da criação do mundo". O nome Gênesis, significa "origem" ou "fonte", foi tirado da LXX onde este termo foi usado pela primeira vez, para indicar o conteúdo do livro.
Judeus e cristãos por igual consideraram Moisés, o grande legislador e dirigente dos hebreus em ocasião do êxodo, como o autor do livro. Esta convicção foi disputada algumas vezes por opositores pagãos em o período inicial do cristianismo, mas nunca foi posta em dúvida seriamente por nenhum cristão nem judeu até meados do século XVIII. Há mais de dois séculos, puseram-se em duvida crenças e opiniões tradicionais em todo aspecto do pensamento humano.
Não é o propósito desta introdução refutar as muitas pretensões da alta crítica formuladas para sustentar suas teorias. Mais importante é mostrar a evidência de que Moisés é o autor.
O livro foi escrito ao redor de 1.500 anos a.C enquanto os hebreus estavam ainda em escravidão no Egito. Contém um esboço da história deste mundo que abrange muitos séculos. Os primeiros capítulos não podem ser colocados em um marco histórico, segundo a concepção corrente do que é história. Não temos história do mundo ante-diluviano, salvo a que foi escrita por Moisés. Não temos registros arqueológicos, a não ser só o testemunho mudo e freqüentemente escuro dos fósseis.
Todo estudante atento conhece o tema principal do livro: primeiro a narração do trato de Deus com os poucos fiéis que o amaram e serviram e segundo, a profundidade da depravação na qual caíram os que haviam deixado a Deus e seus preceitos. O livro do Gênesis é o primeiro registro permanente da revelação divina concedida aos homens.
Embora saibamos que somente em tempos posteriores é que foi o santuário dado ao povo, é possível encontrar momentos e ocasiões que já nos lembrariam o mesmo. Algumas pesquisas dentro do livro do Gênesis puderam nos trazer informações claras de que Deus já estava apresentando um projeto chamado santuário, mesmo que em forma de "miniatura".
Nesse livro encontram-se vários pontos que nos fazem lembrar o santuário, vejamos:
01. Em Gn 2:8 Deus plantou um jardim ao Oriente. Como sabemos na história o templo (sua entrada) também foi direcionada para o Oriente (leste). Ex 36:20-30; Ez 47:1.
02. Gn 2:8 — Deus plantou. Em Ex 15:17 Deus promete plantar o santuário na montanha santa.
03. Deus planta (natah) o jardim (Gn 2:8). Já em Ex 15:17, também Deus planta Israel como nação.
04. Gn 2:9 — A árvore da vida é descrita como estando no centro do jardim. No hebraico BETWK (meio). Este é o mesmo termo que é usado em Ex 25:8 onde Deus pede que seja construído um santuário para que pudesse habitar no meio do povo. (Moisés escolheu as mesmas palavras).
05. Gn 3:8 — Deus andando no jardim. A descrição de Deus caminhando ao redor é encontrada apenas 2 vezes em todo o Antigo Testamento. A primeira é em Gn 3:8 e a segunda em Dt 23:14, onde apresenta o Senhor andando no meio do arraial.
06. Gn 2:10 — O rio fluindo do meio do jardim lembra o rio que flui do santuário. Ez 47:1-12, Ap 22:1.
07. A lista dos metais no Jardim do Éden (ouro, berilo, bdélio, ônix) são apenas mencionados na Bíblia em conexão com o santuário. (Ex 25:7; 28:9, 20; 35:9; 39:6,13; Nm 11:7). Nm 11:7 — apresenta o maná como sendo da cor do berilo (esta é a única vez que o berilo é mencionado).
08. O serviço de sacrifícios, embora não se mencione tão abertamente aqui, foi instituído nesse tempo. O relato dos sacrifícios de Caim e Abel, mostra que estavam bem familiarizados com esse ritual. Se Deus não tivesse ensinado a lição para eles em relação aos sacrifícios, teria sido desnecessária a aprovação da oferenda de Abel e a desaprovação da de Caim. Ao Caim não acusar Deus de preferências ou parcialidade, coloca em evidência que tanto ele como seu irmão sabiam o que era para ser feito. Deus já os ensinara a lição do Cordeiro. A oferenda de Abel foi uma demonstração de fé, a de Caim pelas obras. Ao sacrificar o animal, Abel mostrara fé no plano da redenção. Gn 4
09. Uma espada que se revolvia. Deus colocara uma espada no portão do paraíso, para que Adão e Eva não tivessem acesso a árvore e comessem do fruto. Na bíblia, a luz sempre foi símbolo de presença divina. Nos lembra o Shekinah, glória de Deus, aparecendo entre os dois querubins no propiciatório (Ex 25:22; Is.37:16). A frase "uma espada que se revolvia" é uma tradução do hebreu que diz "um fulgor da espada". Não havia nenhuma espada literal que guardasse o portão do paraíso. Mas bem havia o que parecia ser o cintilante reflexo de luz de uma espada "que se revolvia por todos lados" com grande rapidez, fazendo refulgir dardos de luz que irradiavam de um centro intensamente brilhante. Além disso a forma do verbo hebreu, "mithhappéketh", "se revolvia por todos lados", significa em realidade "dando-se volta a todos lados". A "espada" parecia girar sozinha sobre si mesma. Esta radiante luz vivente não era a não ser a glória do Shekinah, a manifestação da presença divina. Ante ela, durante séculos, os leais a Deus se reuniam para lhe adorar. Gn 3:24 - Devemos então notar algo interessante, no Édem vemos 2 anjos e uma luz intensa ao meio, em Exodo, encontramos 2 anjos e a luz do Shekná ao meio, está havendo no Gênesis, uma projeção do futuro, através da presença de 2 querubins e uma glória ao centro.
10. No Éden há três separações de espaço: Terra, Jardim e o Meio do Jardim. No monte Sinai, encontramos também três separações de espaço: o acampamento do povo, o local onde os anciãos se encontravam com Moisés, e, o lugar onde apenas Moisés poderia ir. São os três espaços do santuário: pátio, lugar santo e lugar santíssimo. Gn 2:8-9 - Ex 19:20-24.
11. Quando Deus terminou a criação Ele abençoou o que havia feito. Quando o santuário foi completado Moisés viu toda a obra e abençoou o povo. Gn 2:3 - Ex. 39:43.
12. No santuário e no templo de Salomão muitos elementos da natureza estava nas paredes (palmeiras, flores, vinhas, amêndoas). Os estudiosos crêem que isto é uma referência à criação. 1Re 6:29, 32, 35; 7:49.
13. Após o pecado Deus desce e põe vestes em Adão e Eva. LABASH KETONET. Estes são os termos exatos que Moisés usa para descrever as vestes do sacerdócio. (Lv 8:7—13; Num. 20:28). As únicas vezes que na bíblia mostra Deus vestindo alguém são Adão e Eva e os Sacerdotes. Isto implica que Deus estava vestindo Adão e Eva e determinando-os como sacerdotes. Gn 3:21.
14. A criação do mundo foi feita em 6 dias e no sétimo Deus criou o sábado, descansando nele. A descrição do santuário é feita em 6 seções, terminando com o sábado. (Gn 1 e 2; Ex 25— 31).
15. Gn 2:15 — O trabalho de Adão era cultivar a terra. Há aí duas palavras críticas: ABAD — servir, e SHAMAR — guardar. Estas mesmas duas palavras são usadas para descrever o trabalho dos levitas no santuário. (Nm 3:7, 8).
16. No santuário e no templo de Salomão haviam muitos elementos da natureza nas paredes (palmeiras, flores, vinhas, amêndoas). Os estudiosos crêem que isto é uma referência à criação. (Ex 25:3 1 — 40; 1Rs 7:49; 7:26, 29, 36; 1Rs 6:29, 32, 35).
Não existe um único verso bíblico que diga ser o Éden o primeiro santuário, contudo, nosso objetivo aqui foi mostrar que na mente de Deus a idéia chamada santuário estava começando a ser colocada em prática de forma pedagógica a ensinar os primeiros habitantes.
Deus seja louvado, pois este maravilhoso projeto já havia nascido na mente do supremo.
por Weber Marques e Adriano Euzébio

sábado, 23 de julho de 2011

Crises no Movimento Adventista



Há alguns meses, em uma discussão sobre a lição da Escola Sabatina da época, surgiu um comentário sobre o Panteísmo, que defende que Deus não é o "Criador" da Natureza, mas Ele seria a própria Natureza em si. Ou seja, para um panteísta, Deus está em tudo: no homem, no animal, na árvore, na pedra, no rio, no mar, etc.


Lembrei na ocasião que uma das primeiras grandes crises teológicas da Igreja Adventista foi exatamente sobre este assunto, quando o Dr. Kellogg passou a defender o Panteísmo, indo em oposição às claras orientaçoes bíblicas e da própria Ellen White, que foi veementemente contra as declarações de Kellogg.

Mesmo após várias tentativas de que o Dr. Kellogg revisse sua posição herética, ele não cedeu, e em 1905 o relacionamento entre a Conferência Geral e o Dr. Kellogg foi interrompido. E no dia 10/11/1907 ele foi desligado do rol de membros da Igreja de Battle Creek.

Infelizmente (apesar de ser profético - cf. Apoc. 12:17) a Igreja Adventista sempre sofreu com líderes que passaram a defender pontos doutrinários divergentes e equivocados, e provocaram grandes traumas e "rachaduras" entre a comunidade de crentes no Advento.

Os grupos religiosos parecem inclinados à fragmentação, e isso também ocorreu no seio da IASD. Vários fatores encorajam o cisma dentro das igrejas:
• A insatisfação com a liderança (espírito de revolta);
• A pretensa descoberta de “nova luz”;
• Problemas pessoais de egocentricidade;
• Desequilíbrio mental;
• Especulação;
• Apostasia.

Quero aproveitar o tema para relembrar, além do Panteísmo de Kellogg, outros momentos que também trouxeram grandes dificuldades para a Igreja, os quais se refletem ainda hoje em muitos "focos" de dissidentes.

Robert Brinsmead
Nenhum movimento dissente foi mais problemático para os líderes adventistas do que o iniciado por um estudante do Colégio da Austrália, no fim da década de 1950. Seu nome: Robert Brinsmead.

Uma nova interpretação da distintiva doutrina Adventista da “Purificação do Santuário” tornou-se o ponto chave da ênfase de Brinsmead. Ele introduziu um novo tipo de “perfeccionismo”. Ligando Lev. 16 com Daniel 8:14, Brinsmead argumentava que uma vez que durante o juízo investigativo a justiça comunicada e imputada de Deus realiza um milagre (que é apagar todos os pensamentos e emoções pecaminosos dentro de nós), a pessoa teria de abandonar cada pecado para que esta “justificação” fosse efetiva e de fato pudesse ocorrer. Somente sobre indivíduos tão aperfeiçoados é que a chuva serôdia cairá. Estes então sairão para dar ao “alto clamor” (Ap. 18) e levar a tríplice mensagem para muitos, cujo tempo de provação não tinha ainda terminado.

Sua atitude crítica diante dos líderes da Igreja e suas divergências doutrinárias consolidaram a Brinsmead a ser desligado do rol de membros de sua igreja local, no verão de 1961. Similar posição foi tomada contra outros seguidores seus. Como ocorreu com outros grupos dissidentes, os seguidores de Brinsmead logo cedo começaram a discordar entre si, o que veio a enfraquecer o movimento.

Ainda hoje este "perfeccionismo" pregado por estes grupos daquela época está presente na mente de muitos Adventistas, que fazem da religião uma desesperada "via crucis", sempre se policiando para não pecarem em atos ou palavras, e quando caem em pecado (o que é inevitável), sua fé se enfraquece e acabam por abandonar a Deus, porque pensam que jamais serão tão perfeitos para que Ele os ame.

Desmond Ford
A controvérsia do Dr. Ford começou num encontro chamado “O Fórum Adventista”, reunido no campus do Pacific Union College, em 27 de outubro de 1979. Ele ali estava como “empréstimo” para esta instituição, vindo da Divisão Australiana e do Avondale College, onde tinha sido o chefe do Departamento de Teologia. Dr. Ford, naquela ocasião, apresentou o tema: “O Juízo Investigativo - Marco Teológico ou Necessidade Histórica?”.

A maior tese do Dr. Ford foi a de que o dia da expiação está ligado intimamente a Heb. 9 e 10, e que quando estes capítulos parecem falar do aparecimento de Cristo na presença de Deus no lugar Santíssimo na Sua ascensão, em 31 d.C., claramente aponta para o início do antítipo dia da expiação - e que este evento não envolve a obra do juízo investigativo. Segundo o Dr. Desmond Ford não há juízo investigativo começando em 1844, como afirmam os ASD e os escritos de Ellen White. O que aconteceu em 1844, segundo ele, foi o surgimento do povo Adventista para proclamar o evangelho em sua plenitude, assim que todos que ouvirem serão julgados por sua resposta à mensagem do evangelho.

Uma Comissão especial de líderes Adventista foi formada para analisar o material do Dr. Ford, chegando à conclusão de que ele estava equivocado em seus ensinos.

No dia 2/9/1980, a comissão consultiva do presidente da Conferência Geral analisou cuidadosamente a situação do Dr. Ford sob 4 aspectos:
• A falta de clareza, suas ambigüidades, sua falta de concisão nas respostas poderiam facilmente se tornar causa de conflitos futuros e relacionamento administrativo infeliz.
• A comissão de revisão do santuário rejeitou seus argumentos sobre o santuário celestial, juízo investigativo e função de EGW na Igreja como nas distintas crenças destas áreas.
• O Dr. Ford não aceitou nenhum conselho individual ou das comissões que estudaram seu caso. Além disso, falhou no senso de sua responsabilidade porque o efeito de suas palestras e da distribuição ampla de seus escritos e fitas estavam causando divisões dentro da Igreja em diversos continentes.
• Embora o Dr. Ford ter garantido que só trabalhava para garantir a unidade da Igreja, ele tomou atitudes subversivas para o bem-estar desta.

À luz destes fatos, a Comissão Consultiva recomendou à Divisão Australiana que fosse dado ao Dr. Ford a oportunidade de uma retirada voluntária das funções de ensino e do ministério pastoral, e neste caso suas credenciais se tornaram inválidas.

Porém, muito estrago já tinha sido feito, e dezenas de líderes e membros da Igreja já haviam se influenciado pelos escritos do Dr. Ford, e abandonado a crença Adventista.

Antitrinitarianismo
Mais recentemente a Igreja Adventista vem sofrendo "novo" ataque em suas doutrinas, desta vez com relação à Trindade.

Muitos têm se levantado em questionamento à interpretação que a Igreja dá para a Pessoa do Espírito Santo, Sua personalidade, definição e atuação junto à Divindade.

Aqui mesmo no blog é possível encontrar bom número de materiais que mostram os erros dos dissidentes antitrinitarianos e como eles, a exemplo de todos os outros que se levantaram contra a Igreja do Senhor, também estão caminhando por uma senda que só leva à confusão, discórdias, desesperança e, por fim, a apostasia - basta ver o fim que levaram Kellogg, Brinsmead, Ford, entre outros.

Apesar de todas as lutas, batalhas, deserções, críticas e discórdias (que até hoje ainda surgem em nosso meio), a Igreja Adventista do 7º Dia tem demonstrado seu chamado celestial para ser a ÚLTIMA Igreja a preparar o mundo para a vinda de Cristo.

Os dados históricos acima descritos foram adaptados de apontamentos de sala de aula do Dr. Luiz Nunes (SALT-IAENE) e do Dr. Timm (SALT-UNASP).

Testemunhos do Espírito de Profecia


“A Igreja de Cristo na Terra será imperfeita, mas Deus não destrói Sua igreja por causa de sua imperfeição” - Igreja Remanescente, pág. 42.


“Digo novamente: O Senhor não falou por nenhum mensageiro que chame a igreja que observa os mandamentos de Deus, Babilônia. É verdade que há joio com o trigo, mas Cristo disse que enviaria Seus anjos para juntar primeiro o joio e atá-lo em molhos para ser queimado, mas recolher o trigo no celeiro. Sei que o Senhor ama Sua Igreja. Ela não deve ser desorganizada ou esfacelada em átomos independentes. Não há nisto a mínima coerência; não existe a mínima evidência de que tal coisa venha a se dar. Aqueles que derem ouvidos a essa falsa mensagem e procurarem fermentar outros, serão enganados e preparados para receber mais avançados enganos, e virão a nada. Há em alguns dos membros da Igreja orgulho, presunção, obstinada incredulidade, e recusa a ceder em suas idéias, embora se amontoe prova sobre prova, que faz aplicável a mensagem à igreja de Laodicéia. Mas isto não extinguirá a Igreja. Deixai que tanto o joio como o trigo cresçam juntos até à ceifa. Então os anjos é que farão a obra de separação” - Idem, pág. 60-61.

“Cobro ânimo e sinto-me abençoada ao reconhecer que o Deus de Israel está guiando o Seu povo, e continuará com eles até o fim” - Test. Seletos, 3:439.

“A mensagem que declara a Igreja Adventista babilônia e chama o povo de Deus a sair dela, não vem de nenhum mensageiro celeste, ou nenhum instrumento humano inspirado pelo Espírito de Deus” - Mens. Escolhidas, 2:66.

“O Senhor deu a Seu povo apropriadas mensagens de advertência, repreensão, conselho e instrução, mas não é próprio tirar estas mensgaens de sua conexão, e pô-las onde pareçam reforçar mensagens de erro. No folheto publicado pelo irmão S e seus companheiros, ele acusa a Igreja de Deus de ser babilônia, e insiste em que haja uma separação da Igreja. Esta é uma obra que não é honrosa nem justa. Compondo aquele folheto, serviram-se de meu nome e de meus escritos para apoio do que eu desaprovo e denuncio como erro” - Test. para Ministros, pág. 36.

“Alguns há que apanham da Palavra de Deus e também dos Testemunhos parágrafos ou sentenças destacados que podem ser interpretados de maneira a se ajustarem às suas idéias, e nelas se detêm, e encastelam-se em suas próprias posições, quando Deus não os está dirigindo. Aí está o vosso perigo.
Tomais passagens dos testemunhos que falam do fim do tempo da graça, da sacudidura do povo de Deus, e falais da saída dentre esse povo de um outro povo mais puro, santo, que surgirá. Orá, tudo isso agrada ao inimigo” - Mens. Escolhidas, 1:179.

Sugiro, para uma maior compreensão dos temas aqui levantados, a leitura das seguintes obras:
  • Ellen G. White, A igreja remanescente. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira.
  • George R. Knight, A mensagem de 1888. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira.
  • ________. Em busca de identidade. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira.
  • ________. Uma igreja mundial. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira.
  • Luiz Nunes, Crises na igreja apostólica e na igreja adventista do sétimo dia. Engenheiro Coelho, SP: Imprensa Universitária Adventista, 2002.
  • Lygia de Oliveira. Na trilha dos pioneiros. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira.
"Reinos pereceram, tronos e nações,
mas a Igreja vence, mesmo em aflições"
Hino nº 344 do Hinário Adventista

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