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sábado, 9 de abril de 2016

Biomimética, imitando o design da natureza

“Soluções naturais para seus problemas de projeto.”
Carrapicho (e o velcro)

O velcro é um dos exemplos mais antigos e conhecidos de produto biomimético, desenvolvido em 1941 pelo engenheiro suíço George de Mestral, após encontrar várias sementes de plantas do genêro Arctium (carrapicho) grudados no pelo do seu cachorro durante suas caminhadas pelos Alpes. Ao ver a semente pelo microscópio, o engenheiro notou que ela era dotada de filamentos entrelaçados e com pequenos ganchos nas pontas. Baseado nesta inspiração criou uma alternativa para unir materiais de maneira simples e reversível. O design foi patenteado em 1952 e passou a ser comercializado por sua empresa Velcro S.A [1].
Por chamarem de ‘patentes biológicas’ as geniais ideias biomiméticas, os pesquisadores estão na realidade dizendo que a natureza é a legítima detentora dessas patentes” [2]
Quer saber mais sobre Biomimética? Leia o capítulo 29 do E-book: “Teoria do Design Inteligente: evidências científicas no campo das Ciências Biológicas e da Saúde“.
Referências:
[1] Relatório da patente nº US 2,717,437. Disponível em: http://www.freepatentsonline.com/2717437.pdf
[2] Technology that imitates nature. The Economist 2005; 375:18-22. Disponível em: http://www.economist.com/node/4031083

• Mestre em Ciências da Saúde (UEM).
 • Autor de dezenas de publicações científicas na área da Saúde. •

sábado, 26 de março de 2016

O Argumento Cosmológico Kalam

quinta-feira, 3 de março de 2016

“Fomos planejados”, diz cientista

 

Foi por meio de um livro publicado pela Casa Publicadora Brasileira que Everton Fernando Alves teve seu primeiro contato com a Teoria do Design Inteligente (TDI). “Fiquei impressionado e interessado pelo tema ao ponto de ir pesquisar na internet se as evidências apresentadas faziam sentido ou não”, conta Alves, que é mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), com ênfase em imunogenética. Depois de ler Por Que Creio, de autoria do jornalista Michelson Borges, ele concluiu: “As evidências de design na natureza não só fazem sentido, como também consistem na melhor explicação para a complexidade percebida com meus próprios olhos nas estruturas biológicas.” “Para mim, o design inteligente foi uma porta de entrada ao criacionismo que, a meu ver, é muito mais amplo”, acrescenta. Desde então, o jovem pesquisador, de 31 anos, tem dado grande contribuição no país para a disseminação dessa teoria que ganhou status científico há pouco mais de duas décadas. Além de ser autor de dezenas de artigos publicados na área das ciências da saúde e ter escrito o e-book Teoria do Design Inteligente: Evidências científicas no campo das Ciências Biológicas e da Saúde (lançado em 2015), Everton Alves foi convidado recentemente pelo editor de uma importante publicação científica para apresentar e defender a TDI.



Segundo ele, o trabalho publicado na revista Clinical and Biomedical Research consiste na primeira divulgação científica brasileira sobre design inteligente numa revista revisada por pares no campo da biomedicina (para ler a publicação na íntegra, clique aqui). “Minha contribuição ao periódico é apenas o primeiro de muitos trabalhos de divulgação científicos que estão sendo elaborados e serão publicados também no Brasil pela Sociedade Brasileira do Design Inteligente, a partir de 2016”, ele enfatiza.



Nesta entrevista, concedida à Revista Adventista, Everton, que é membro da Igreja Adventista Central de Maringá e atua como diretor de ensino do Núcleo Maringaense da Sociedade Criacionista Brasileira (NUMAR-SCB), comenta sobre a abertura no meio científico para a divulgação de cosmovisões contrárias ao evolucionismo e explica em quais aspectos a Teoria do Design Inteligente e o criacionismo bíblico concordam ou não.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Isso é um Fato - O Código Secreto

A evolução pode explicar a matemática? O conjunto de números Mandelbrot revela um código secreto que não foi descoberto por milhares de anos. Enquanto os matemáticos podem traçar esse conjunto com a mão, computadores de hoje mostram com grande precisão a beleza de Deus construída em números.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

DESIGN INTELIGENTE na adaptação do corpo para a Gestação.


Via Media

domingo, 17 de janeiro de 2016

O Calcanhar de Aquiles da Evolução


Basicamente os calcanhares de Aquiles da evolução são muitas vezes as próprias áreas amplamente consideradas como fortalezas inexpugnáveis ​​deste sistema de crença.

Estas áreas são os tópicos abrangidos sistematicamente neste documentário. Eles são:

- Seleção Natural;
- Genética e DNA;
- A Origem da Vida;
- O Registro Fóssil;
- O registro Geológico;
- Datação Radiométrica;
- Cosmologia;
- Ética e Moralidade.

O Documentário envolve 15 cientistas Ph.D.'s apresentando evidências devastadoras contra a evolução. Todos estes cientistas receberam seus doutorados de universidades seculares, semelhantes aos seus homólogos evolucionistas. Cada um é um especialista em diversas áreas relevantes.

Embora disfarçada como ciência, a Teoria da Evolução nada mais é do que um engano – um engano defendido somente para beneficiar a filosofia materialista; um engano baseado não na ciência, mas na lavagem cerebral, na propaganda e na fraude.


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Entrevista com o autor do e-book Teoria do Design Inteligente

Entrevista com o autor do e-book Teoria do Design Inteligente, evidências cientificas no campo das ciências biológicas e da saúde.



terça-feira, 17 de novembro de 2015

A inacreditável sintonia fina do Universo




Se pararmos para pensar na possibilidade e nas chances do universo ter sido criado pelo acaso, nós ficaríamos espantados! Todo o universo parece ter sido projetado para a vida. Literalmente centenas de condições são necessárias para a vida na Terra, tudo, da densidade de massa do universo à atividade sísmica, deve ser ajustado para que a vida possa existir. A chance de todas estas coisas aleatoriamente acontecendo é, literalmente, impossível. A probabilidade contra isso acontecer é muitas ordens de magnitude maior do que o número de partículas atômicas em todo o universo! Com um projeto tão impressionante, é difícil acreditar que somos simplesmente um acidente. Esta é uma das maiores evidências da existência de Deus.


O argumento da sintonia fina é um PODEROSO argumento pela existência de Deus que afirma que a fina sintonia de algumas quantidades e constantes do universo estão em determinados valores longe dos quais seria impossível que a vida surgisse ou mesmo que o Universo existisse. Todavia, a probabilidade de tais valores concidirem com tal precisão é de tamanha impossibilidade que, alega-se, evidenciam a existência de um Projetista do Universo, nomeadamente Deus. A questão da sintonia fina do Universo é discutida não só na filosofia da religião e na teologia, mas também é discussão entre os físicos e os defensores do Design Inteligente. Algumas teorias naturalistas têm sido levantadas para explicar esta sintonia fina, tal como a teoria do Multiverso, o que diminui a improbabilidade, ou de que outras formas de vida que não conhecemos poderiam existir caso tais valores fossem diferentes, entre outras. Todavia, estas hipóteses são falhas e em nenhum caso conseguem ser melhores do que a hipótese de design. Como disse o filósofo e teólogo William Lane Craig em seu debate contra o ateu e químico Peter Atkins:


"Durante os últimos 30 anos, cientistas têm descoberto que a existência de vida inteligente depende de um balanço delicado e complexo de condições iniciais simplesmente dados no próprio Big Bang. Nós agora sabemos que universos que impedem a existência de vida são vastamente mais prováveis do que um universo que permite a vida como o nosso. Quanto mais provável? A resposta é que as chances de que o Universo deveria permitir a vida é tão infinitesimal que é incalculável e incompreensível. Por exemplo: Stephen Hawking estimou que se a taxa de expansão do Universo tivesse sido menor mesmo em uma parte em 100.000.000.000, o Universo teria entrado em colapso em uma grande "bola de fogo". Brandon calculou que as chances contra as condições iniciais serem satisfatórias para a formação de estrelas, sem as quais os planetas não existiram, é de 1 seguido de mil bilhões de bilhões de zeros! P.C.W. David estimou que uma mudança na força da gravidade, ou na força fraca, em apenas uma parte em 10 elevado à 100º potência teria impedido um universo que permita vida. Existem cerca de 50 destas constantes e quantidades presentes no Big Bang que precisam ser finamente sintonizadas para que o Universo permita a vida. Então improbabilidade é multiplicada por improbabilidade, por improbabilidade até a nossa mente estar realmente em números incompreensíveis. Não há uma razão física porque estas constantes e quantidades possuem os valores que eles têm. Paul Davis, um físico ex-agnóstico, comenta: "através do meu trabalho científico eu vim a acreditar mais e mais fortemente que o universo físico é posto conjuntamente com uma engenharia tão deslumbrante que eu não posso aceitar meramente com um fato bruto." Similarmente, Fred Hoyle marca: "uma intepretação de senso-comum dos fatos sugere que uma Super Intelecto tem uma ligação com a física", e Robert Jastrow, o cabeça da NASA Instituto Governamental para Estudos do Espaço, chamou isso de "o argumento mais poderoso para a existência de Deus jamais vindo da ciência".

Visto que já temos em mente que é IMPOSSÍVEL que o acaso tenha gerado o Universo e, consequentemente, tudo o que há nele, tenhamos em mente a seguinte afirmativa:

Necessidade física significaria dizer que o Universo tinha que ser daquela maneira; ele precisa ser finamente sintonizado". Segundo o Dr. Craig, todavia, isso seria muito implausível porque estas constantes e quantidades sintonizadas das quais estamos falando são independentes das leis da natureza, elas não são determinadas pelas leis da natureza. Elas são arbitrárias, colocadas no começo inexplicavelmente. Logo, não são fisicamente necessárias. Este ponto pode ser organizado da seguinte maneira:


1- A fina sintonia do universo pode ser resultado de necessidade física.

2- Ser resultado de necessidade física implicaria na sintonia fina ser dependente de leis da natureza.

3- Todavia, a sintonia fina é independente das leis da natureza, pois trata-se de constantes e quantidades puramente arbitrárias. 

4- Logo, a sintonia fina do universo não é devido à necessidade física.



Evidências de Design no Universo


Existe cerca de 50 constantes e quantidades no Universo que constituem no argumento da sintonia fina. Abaixo, listarei estas evidências:


1- Constante de acoplamento gravitacional: Se maior que 1.4 massas solares, a expectativa de vida solar seria de curta duração. Se menor que 0.8 massas solares, simplesmente não existiria elemento para sua auto produção.

2- Força nuclear forte da constante de acoplamento: Se maior, não existiria hidrogênio, que é essencial para a vida. Se menor, só existiria o hidrogênio, e mais nenhum elemento.

3- Força nuclear fraca da constante de acoplamento: Se maior, todo o hidrogênio seria convertido em hélio no Big Bang, então, os elementos seriam pesados demais. Se menor, hélio não seria produzido durante o Big Bang, portanto, os elementos não teriam peso suficiente.

4- Constante de acoplamento do Eletromagnetismo: Se maior, sem ligação química, elementos mais massivos que o boro seriam instáveis ​​à fissão. Se menor, simplesmente não haveria ligação química nenhuma.

5- Relação de prótons para a formação de elétrons: Se maior ou menor, o eletromagnetismo dominaria a gravidade, impedindo planetas, estrelas e galáxias de se formarem.

6- Proporção de elétrons para massa de prótons: Se maior ou menor, não existiria reação química.


7- Taxa de expansão do Universo: Se maior, as galáxias não se formariam. Se menor, o universo entraria em colapso antes da formação de estrelas.

8- Nível de entropia no Universo: Se maior, não haveria condensação dentro das proto-galáxias. Se menor, elas não se formariam.

9- Densidade massiva do Universo: Se maior, haveria muito deutério do Big Bang e isso faria as estrelas queimarem absurdamente rápido. Se menor, o Big Bang não produziria Hélio, deixando os outros elementos com peso insuficiente.

10- Idade do Universo: Se mais velho, não haveria estrelas solares estáveis na parte direita da galáxia. Se mais novo, elas não estariam formadas ainda.

11- Uniformidade inicial de radiação: Se suave, estrelas, aglomerado de estrelas e galáxias não se formariam. Se grossa, o Universo hoje teriam inúmeros buracos negros titânicos e espaços vazios.

12- Distância média entre as estrelas: Se maior, a densidade de elementos pesados seria fina demais para a produção do solo de planetas. Se menor, as órbitas planetárias estariam desestabilizadas.

13- Luminosidade solar: Se acrescentada muito cedo, efeito estufa descontrolado. Se acrescentada muito tarde, oceanos congelados.

14- Estrutura fina das constantes: Se maior, as estrelas não seriam maiores que 0,7 massas solares. Se menor, elas não seriam menores que 1.8 massas solares.

15- Taxa de decaimento de próton: Se maior, a vida seria exterminada pela radiação emitida. Se menor, não haveria matéria suficiente no Universo para a vida.

16- Nível de energia do C12 ao O16: Se maior, oxigênio insuficiente, se menor, carbono insuficiente.

17- Taxa de decaimento do 8Be: Se mais devagar, a fusão de elementos pesados geraria explosões catastróficas em todas as estrelas. Se mais rápido, não haveria a produção de elementos químicos necessários para a vida.

18- Diferença de massas entre nêutron e próton: Se maior ou maior, os prótons decairiam antes da formação de um núcleo estável.

19- Excesso inicial de núcleos sobre anti-núcleos: Se maior, muita radiação se formaria nos planetas. Se menor, não haveria material suficiente para as galáxias se formarem.

20- Tipos de galáxias: Se muito elípticas, a formação de estrelas cessaria antes do acúmulo suficiente de materiais pesados para a química da vida. Se muito irregulares, a radiação exposta na ocasião seria muito severa e elementos pesados para a química da vida não estariam disponíveis.

21- Distância da estrela-mãe do centro da galáxia: Se mais longe, a quantidade de elementos pesados para a formação do solo dos planetas seria insuficiente. Se mais perto, a densidade estrelar e a radiação emitida seriam absurdas.

22- Número de estrelas no sistema planetário: Se mais de um, as marés iriam perturbar a órbita planetária. Se menos de um, não haveria produção de calor suficiente para a vida.

23- Data de nascimento da estrela-mãe: Se mais recente, a estrela não teria ainda atingido a fase de queima estável. Se menos recente, o sistema estelar ainda não conteria elementos pesados ​​suficientes.

24- Massa da estrela-mãe: Se maior, a luminosidade mudaria muito rápido, queimando as estrela mais rapidamente. Se menor, a gama de distâncias adequadas para a vida seria muito estreita e os raios ultra-violetas seriam inadequados para a vida botânica.

25- Idade da estrela-mãe: Se mais velha ou mais nova, a luminosidade mudaria absurdamente rápido.

26- Cor da estrela-mãe: Se mais avermelhado ou azulado, a resposta fotossintética seria insuficiente.

27- Erupções de supernovas: Se muito perto ou frequente, a vida no planeta seria exterminada. Se muito longe ou infrequente, não haveria matéria cinza suficiente para a formação de planetas rochosos.

28- Anãs brancas binárias: Se poucas, não haveria flúor suficiente para a química da vida. Se muitas, a vida no planeta seria exterminada.

29- Velocidade de escape da gravidade na superfície: Se mais forte, a atmosfera teria muita amônia e metano. Se mais fraco, a atmosfera do planeta perderia muita água.

30- Distância da estrela-mãe: Se mais distante ou mais próximo, não haveria um ciclo de água estável.

31- Inclinação da órbita: Se muito grande, as diferenças de temperatura no planeta seriam extremas.

32- excentricidade orbital: Se muito grande, as temperaturas nas estações seriam extremas.

33- Inclinação axial: Se maior ou menor, a diferença de temperaturas na superfície seria absurda.

34- Período de rotação: Se mais longo, as diferenças de temperatura durante os períodos do dia seriam absurdas. Se mais curto, a velocidade do vento na atmosfera seria extrema.

35- Interação gravitacional com a lua: Se maior, os efeitos nos oceanos, atmosfera e período de rotação seriam graves. Se menor, causaria instabilidades climáticas severas.

36- Campo magnético: Se mais forte, as tempestades eletromagnéticas seriam severas. Se menos forte, não nos protegeria das radiações estrelares emitidas.

37- Espessura da crosta: Se mais espessa, muito oxigênio seria transmitido da atmosfera para a crosta. Se mais fina, as atividades vulcânicas e tectônicas seriam absurdas.

38- Montante total de proporção de luz refletida que cai na superfície: Se maior, haveria uma era do gelo. Se menor, efeito estufa fora de controle.

39- Taxa de oxigênio e nitrogênio na atmosfera: Se maior ou menor, as funções avançadas da vida procederiam muito rapidamente.

40- Nível de dióxido de carbono na atmosfera: Se maior, efeito estufa fora de controle. Se menor, as plantas não seriam capazes de manter a fotossíntese eficiente.

41- Nível de vapor de água na atmosfera: Se maior, efeito estufa fora de controle. Se menor, não choveria.

42- Nível de ozônio na atmosfera: Se maior, a temperatura na superfície seria muito baixa. Se menor, seriam muito altas e, consequentemente, estaríamos mais expostos à radiação U.V.

43- Taxa de descargas elétricas na atmosfera: Se maior, muita destruição ocorreria. Se menor, muito pouco nitrogênio seria fixado na atmosfera.

44- Quantidade de oxigênio na atmosfera: Se maior, plantas e hidrocarbonetos iriam queimar muito facilmente. Se menor, não haveria ar para respirar.

45- Relação de oceanos por continentes: Se maior ou menor, a diversidade e complexidade das formas de vida seriam extremamente limitadas.

46- Materiais do solo: Se tiver menos ou mais nutrientes, a diversidade e complexidade das formas de vida seriam extremamente limitadas.

47- Atividade sísmica: Se maior, muitas formas de vida seriam destruídas constantemente. Se menor, os nutrientes nos pisos dos oceanos(de escoamento do rio) não seriam reciclados para os continentes por meio de levantamento tectônico.

48 - Júpiter: Se não existisse, a terra seria bombardeada por objetos espaciais potencialmente perigosos que poderiam atingir a terra. Se a gravidade fosse menor, também ocorreria.

49- Buracos negros: Se mais, tudo seria sugado. Se menos, muitos objetos poderiam atingir a terra.

50- Interação entre gravidade e eletromagnetismo: Se mais forte, não haveria vida. Se mais fraca, as moléculas de nosso corpo não se formariam, portanto, também não haveria vida.

E agora? Você acredita que o Universo é oriundo do acaso ou foi projetado?

Conclusão e considerações finais:


Só há uma objeção possível para o argumento da sintonia fina, que é a hipótese do Multiverso. A existência de outros (talvez infinitos) universos além deste em que vivemos e que, por sua quantidade, tornariam a probabilidade da sintonia fina deste universo mais plausível para a hipótese de surgimento ao acaso. Todavia, esta objeção é desacreditada por alguns motivos, tanto filosóficos quanto científicos:

Não há a menor evidência científica e filosófica que corrobore esta hipótese, é pura especulação que não sai do campo da simples possibilidade. Este problema traz, ao menos, 5 problemas:

1- Trata-se de uma resposta não-científica pela simples ausência de evidências (o que entra em contradição com muitas falas ateístas).

2- Tendo em vista que é difícil, senão impossível, verificar a veracidade desta hipótese, esta é, ao menos no presente momento, uma hipótese não-falseável e, portanto, mais uma vez não-científica.

3- Aceitá-la como verdadeira consistiria numa ação de pura fé, e não de razão (o que entra em contradição com muitas falas ateístas).

4- Aceitá-la como uma refutação válida seria cometer a falácia de simples possibilidade num ato imprudente: Mesmo que seja realmente possível que haja vários universos e que isso explique a sintonia fina, essa possibilidade não equivale a uma certeza e, neste caso, a hipótese de Deus ainda é mais plausível, pois seria apostar em pura especulação quando já há uma explicação plausível.

5- Não extingue o problema de como tais universos surgiram, ou seja, não é uma hipótese explicatória de grande poder, pelo contrário, aumenta o problema, em tratando-se de vários universos.
O maior engano perpetrado por esta objeção, todavia, ainda parece ser o problema da simples possibilidade. Aparentemente ateus, ao apresentarem a hipótese do Multiverso, mesmo que não haja evidência alguma nessa direção, parecem tomar o argumento como refutado, o que evidentemente não é verdade, pois o argumento só seria realmente refutado caso fosse demonstrado que a sintonia fina não tem nada a ver com Deus. Não basta considerar esta possibilidade, sem nenhuma evidência. Na possibilidade do Multiverso, o máximo dano que ocorre no argumento é a necessidade de lembrança de que se trata de um argumento indutivo, o que não representa nenhum problema, por se tratar de um argumento indutivo desde o princípio, o argumento já considera a possibilidade de que não há ligação entre Deus e a sintonia fina do universo e, portanto, mencionar a possibilidade do Multiverso apenas tange esta possibilidade naturalmente aberta em raciocínio indutivo, mas não dá nenhuma força no sentido de mostrar que as evidências não apontam para Deus.

Este, em minha humilde opinião, é um dos argumentos mais fortes para a existência de Deus, que curiosamente, foi o argumento que converteu o notável filósofo Antony Flew, considerado um dos maiores ateístas do século XX, ao teísmo.

por Razão em Questão

A teoria do Big Bang e o Vácuo Quântico



Com relação à origem do Big Bang e o surgimento do universo a partir do nada, consideremos como base as premissas do Argumento Cosmológico Kalam(Caso você ainda não conheça o argumento, leia a primeira postagem do blog, pois é importante entendermos o conceito filosófico que estamos lidando com relação à criação do universo, bem como também é preciso analisá-lo, para então, considerarmos o Kalam como um modelo padrão básico de refutação).

(P1) Premissa nº1: Tudo que começa a existir tem uma causa.

(P2) Premissa nº2: O Universo começou a existir.

(P3) Premissa nº3: O Universo tem uma causa.

Perceba que o argumento é dedutivamente válido, com o termo médio bem distribuído. Logo, para alguém declarar que esse é um bom argumento, justificadamente, basta que seja racional acreditar, pois, nas duas afirmações (P1) e (P2) que o constituem. E se essa pessoa estiver certa em sua afirmação, a racionalidade da conclusão segue de forma lógica e necessária. Qual é a maneira correta de se analisar justificativa e racionalidade? Simples: uma pessoa é irracional se ela estiver em falta com alguma obrigação epistêmica a qual ela está intelectualmente vinculada. Um dever epistêmico comumente aceito é de formar uma conclusão a partir de uma hipótese mais simples ou da melhor explicação para um determinado fato.

O modelo no qual o Argumento Cosmológico atual trabalha é o modelo Friedmann–Lemaître (que veio a ser conhecido como modelo “Big Bang” de forma popular) que não descreve um Universo eterno no passado, mas sim um que começou a existir a um tempo finito atrás, o que foi confirmado através da radiação cósmica de fundo em micro-ondas. Mais do que isso, sua origem postula uma origem absolutamente ex nihilo em termos físicos, pois não só toda matéria e energia mas o próprio tempo e espaço passaram a existir na singularidade cósmica inicial. Espaço e tempo começam na singularidade inicial cosmológica. Antes disto, literalmente nada físico existia. A objeção que alguns ateus apresentam nesse ponto é a sugestão da singularidade como uma espécie de bolinha super densa que estava descansando desde a eternidade e que de repente explodiu. Perceba que, mesmo assim, há um tempo finito. Mas a objeção é falsa. A singularidade é o PONTO inicial do Universo.

A singularidade cosmológica em que nosso universo teve início não é, estritamente falando, parte do espaço e do tempo, e, portanto, não é anterior ao universo; antes, é a fronteira de espaço e tempo. A singularidade é causalmente anterior ao nosso universo, mas não é cronologicamente anterior ao universo. Ela existe na fronteira de espaço-tempo.



Portanto, a sugestão da criação fisicamente ex nihilo é feita no sentido de que antes desse ponto surgir absolutamente nada em termos físicos (de matéria, energia, espaço e tempo) existia. A nossa verdadeira questão é o porquê da singularidade, em outras palavras, o “espaço-tempo” começou a existir. Então eu te pergunto: Qual obrigação epistêmica ele está infringindo ao acreditar nesse modelo físico? É difícil dizer qual. Parece perfeitamente sensível e aceitável para qualquer pessoa acreditar no Big Bang na falta de objeções cogentes contra ele, não mais do que é aceitável para alguém acreditar na Teoria da Evolução ou na própria Teoria da Física Quântica. Se você citar outro modelo de teoria e, consequentemente, nos colocar em posição irracional devido a nossa aceitação à teoria do Big Bang, novamente, essa objeção falharia. Todas essas teorias são teorias científicas e precisam ser falseadas EMPIRICAMENTE. Não há nenhuma evidência empírica cogente para as outras teorias (como a Teoria M, das supercordas, infinitos universos em expansão, etc). É verdade que no futuro algumas dessas teorias pode se provar correta, assim como, no futuro, fósseis que indiquem um designer inteligente podem ser descobertos. Nem por isso significa que, no momento atual, alguém está em estado de irracionalidade ao aceitar o modelo do Big Bang ou a Teoria da Evolução padrão sem nenhum designer.

Então, se o ateísta quiser derrubar um teísta nesse ponto, deverá demonstrar que o teísta é irracional ao aceitar o modelo como é descrito acima. Esse é o quadro geral dentro do qual temos que conversar. E a partir daí surge a objeção baseada na física quântica. Pode algo vir do nada? Se não existia nada físico, então temos apenas duas opções:


1- O Universo emergiu de alguma substância não-física, de natureza ontológica, que existia naquele estado.

2- O Universo surgiu a partir de absolutamente nada. E É ESSE o maior erro dos ateus! O nada não é material e o nada também não é imaterial, o nada simplesmente não é. O nada absoluto é justamente aquilo que não tem NENHUM predicado positivo. Justamente por isso ele não é algo ontológico.


Muitas vezes os ateus surgem falando que “o Universo surgiu do nada” sugerindo que ele surgiu do vácuo quântico. O que vocês falham em perceber é que o vácuo quântico é um ente cheio de características, ou seja, ele não é um "nada", mas um mar de energia flutuante dotada de uma rica estrutura e sujeita a leis físicas de diversas espécies. O próprio fato do vácuo quântico ser estudado pela Ciência demonstra que ele tem um caráter ontológico, pois assim como a Ciência não pode estudar o "não-cachorro" ou "não-humano", ela não pode estudar o "não-ser". Nesse caso, absolutamente coisa alguma positiva poderia se falar dele. Só poderíamos negar as suas características. Essa é a verdadeira definição do nada. No momento em que os ateus começam a dizer que, por exemplo, a lei da gravidade criou o Universo, eles estarão admitindo que alguma substância ontológica é o estado do qual emergiu o Universo, só discordando qual é a natureza dessa substância. Igualar “Lei da Gravidade” ou “Vácuo Quântico” com “Nada” seria simplesmente uma tolice. Explicado esse erro, e entendido o que é o nada, vamos agora argumentar contra a criação a partir do nada partindo de três objeções:

1- Se o nada criou algo, então ele tem pelo menos uma propriedade positiva: A de ser a substância que deu origem a um outro estado de coisas. E agora? Mas se ele deu origem, é a explicação ou razão, a um estado de coisas seguinte então ele tem pelo menos uma característica, que é justamente essa. Nesse caso, ele seria um ser, algo ontológico, e não seria o nada, que é justamente aquilo que nega qualquer predicado do ser. Então qualquer coisa que seja a explicação ou razão para algo posterior não pode ser o nada, sob pena de cairmos em auto-contradição e absurdo com a sua própria definição.

2- Se não existia nenhuma entidade ontológica, e o nada não criou o Universo, significa que o PRÓPRIO Universo, que não existia, é o responsável por sua passagem à existência. Mas essa visão é logicamente incoerente. Para o Universo ser sua causa, ele deve ser ou logicamente ou temporalmente anterior a si mesmo. Mas obviamente é impossível que algo seja anterior a si mesmo, pois nesse caso ele já existiria. Logo, a auto-criação é impossível. Demonstrado isso, o absurdo de falar do nada criador fica explícito.

3- Ateus dizem: "Mas a física quântica não nos ensina que as coisas podem surgir do nada?" NÃO! Sem falar na discussão se essas partículas virtuais realmente existem, essa objeção é baseada em uma confusão filosófica. Como eu já expliquei anteriormente, nós não podemos atribuir o estado de “surgir do nada” nesses casos. O vácuo quântico não é um "nada", mas um mar de energia estruturado e sujeito às leis da física. Dizer que as partículas virtuais surgem do nada no meio do Universo é simplesmente BIZARRO, pois se elas surgem dentro do Universo elas surgem dentro do ser. O que o você quer dizer, na verdade, é que essas partículas deveriam surgir sem uma causa específica ou "aleatoriamente", mas não a partir do “nada”. Mas na verdade o que existe na Física Quântica é o princípio do Indeterminismo, pelo qual não conseguimos saber ou prever de forma “fixa” os comportamentos das partículas, pela alteração do observador. E o fato dos seres humanos não terem uma barreira epistemológica para encontrar uma causa para um determinado evento não significa que ele tenha surgido aleatoriamente. O que existe a partir daí são interpretações "indeterministas" ou deterministas desses dados.

Conclusão e considerações finais:

Após analisarmos a objeção quântica mais a fundo, fica evidente que o Universo não surgiu do nada, o que nos dá base e boas razões para acreditar que a causa do universo, como ela se mostra através da ciência, seja Deus, sendo assim, perfeitamente racional chamá-la desta forma. Dito isso tudo, as objeção quânticas ao Big Bang estão devidamente neutralizadas.

Referências: SnowBall; W.L. Craig; Alvin Plantinga.
Via Razão em Questão

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O insecto que refuta o gradualismo evolutivo

Insectos conhecidos como alfaiates ("aranha-d'água" ou "insecto-Jesus" no Brasil, "water strider" nos EUA) passam a sua vida a deslizar suavemente por cima das superfícies das correntes. Cientistas da China descobriram algumas especificações arquitectónicas que se ajustam de modo perfeito nos pêlos que se encontram nas pernas do pequeno insecto e que lhe permitem caminhar sobre a água.
Alfaiate_Water_Strider


Os insectos são normalmente menores que 15mm, mas a menos que os pêlos nas suas pernas, com o nome de "setae", sigam uma fórmula particular especificando o comprimento, o espaçamento, e o ângulo de colocação, mesmo criaturas assim pequenas afundar-se-iam.

O professor Huiling Duan da Universidade de Pequim, autor-sénior do relatório publicado no "Proceedings of the Royal Society A", disse o seguinte à "ABC Science"

De facto, a repelência de água por parte das superfícies peludas depende do tamanho, do espaçamento, e da orientação dos cabelos à micro-escala. (1,2)

De que forma, portanto, é que as setae das pernas dos alfaiates se comparam com o arranjo ideal? Segundo a "ABC Science":

Eles apuraram que o espaçamento dos pêlos das pernas dos alfaiates, e os pêlos nas asas das moscas, encontram-se optimizadas de modo a que os pêlos fiquem suficientemente juntos uns dos outros para impedir que penetre a superfície aquática durante o impacto, mas não perto o suficiente para se tornem ineficientes. (2)

Agrupar as setae juntas iria causar a que as pernas do insecto se fixassem de maneira demasiado forte na superfície da água quando este as tentasse levantar durante a locomoção. Consequentemente, o espaçamento entre cada setae individual está feito de maneira perfeita - não demasiado longe, o que causaria a que o alfaiate se afundasse, mas também não demasiado perto, o que causaria a que ele não se movimentasse.

O que dizer das outras especificações das setae?

Não só os pêlos se encontram espaçados e maneira perfeita, como têm o ângulo e o tamanho perfeito para balançear os requerimentos da gravidade, a solidez estrutural, e a força capilar. Os pesquisadores escreveram o seguinte no "Proceedings":

A nossa análise deixa bem claro que as setae que se encontram sobre as pernas dos alfaiates ou sobre as asas de alguns insectos encontram-se num estado geométrico optimizado.

Dito de outra forma, não há forma deste design ter sido feito de maneira mais optimizada de acordo com as necessidades funcionais.

Quando tentam explicar o design sem se referirem ao Designer, os evolucionistas têm perante si uma tarefa complicado visto que estas três especificações - tamanho, ângulo e espaçamento - tinham que ocorrer ao mesmo tempo de modo a que o alfaiate não se afundassem e morressem.

Nós somos sempre capazes de ver engenharia intencional sempre que observamos a construção de máquinas com múltiplas especificações simultâneas - tal como no caso dos carros, dos aviões, e dos barcos. Porque é que as coisas têm que ser diferentes no caso destes insectos maravilhosos?

~ http://goo.gl/E3Y4lu

* * * * * * * *

Como forma de podermos usar o argumento de design de forma cientificamente válida, temos que saber enquadrá-la dentro dum argumento com pressupostos válidos.

1. Todos os sistemas cujas origens tenham sido observadas possuidoras da característica X são obra de design.
2. As formas de vida têm a característica X.
3. Com base no que sabemos, é válido fazer uma inferência para o design para as formas de vida porque a característica X só é encontrada em obras de design.

A força deste argumento pode ser vista nas respostas típicas dos evolucionistas, que tentam desesperadamente mudar o foco de X para o autor de X (embora nada do argumento fale do autor de X e nem faça qualquer alusão a ele ou eles).

Basicamente o que eles dizem é que não se pode fazer uma inferência para o design no que toca as formas de vida porque, segundo eles, primeiro temos que "provar a existência do Designer". Isto é cientificamente falso porque a inferência para o design não depende dos autores (ou do Autor) do design mas sim das propriedades do que se está a analisar.

Conclusão:

A engenharia presente na locomoção de alguns insectos aquáticos claramente aponta para o Designer Supremo (Deus). A interdependência, a mecanização, e o design óptimo destas estruturas claramente refutam o gradualismo evolutivo visto que a afinação do tamanho, do ângulo e do espaçamento tinham que ocorrer simultaneamente - e não gradualmente - para que o sistema funcionasse.

A ciência, quando interpretada longe dos constrangimentos anti-Bíblicos, está claramente do lado do Criacionismo.

Eu [Deus] fiz a terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, pelo Meu Grande Poder e com o Meu Braço Estendido, e a dou àquele que Me agrada em Meus Olhos. Jeremias 27:5

Referências:
1. Xue, Y., et al. Enhanced load-carrying capacity of hairy surfaces floating on water. Proceedings of the Royal Society A. Published online before print, March 5, 2014.
2. Nogrady, B. Leg hairs hold secret to walking on water. ABC Science. Posted on abc.net on March 5, 2014, accessed March 18, 2014.

Darwinismo

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Aves do Paraíso !

Contemple a beleza extraordinária desses lindos pássaros!













sábado, 24 de outubro de 2015

Documentário "O Enigma da Informação"

A informação é quem controla o desenvolvimento da vida. Mas qual é a fonte da informação? Ela poderia ter sido produzida por um processo darwiniano não controlado sem propósito? Ou ela requere um projeto inteligente?

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A Sintonia Fina do Universo


Reasonable Faith apresenta o trabalho do filósofo e teólogo Dr. William Lane Craig e visa fornecer, nos lugares públicos, uma perspectiva cristã inteligente, articulada e inflexível, sem deixar de ser graciosa sobre as questões mais importantes a respeito da verdade da fé cristã, tais como:

- a existência de Deus
- o significado da vida
- a objetividade da verdade
- o fundamento dos valores morais
- a criação do universo
- design inteligente
- a fiabilidade dos Evangelhos
- a singularidade de Jesus
- a historicidade da ressurreição de Jesus
- o desafio do pluralismo religioso

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Dr. Marcos Eberlin revela evidências da criação do universo

Ele marcou a história da ciência dando seu nome a uma reação química. Seu extenso currículo conta com diversos prêmios, entre eles, a Ordem Nacional do Mérito Científico. No entanto, ele tem dedicado seu conhecimento a estudar e a provar cientificamente que existe uma mente por trás da criação do universo. Nessa entrevista, o principal defensor do Design Inteligente no Brasil, doutor Marcos Eberlin, desmente conceitos básicos do evolucionismo e afirma que os cientistas deveriam pedir desculpas pelos conceitos errôneos espalhados como verdades nas últimas décadas. Acompanhe!

Parte 1 


Parte 2

sexta-feira, 31 de julho de 2015

A primeira respiração do bebê é irredutivelmente complexa




Por Everton F. Alves (e-Book)

Ninguém ensina um bebê a respirar. A compressão do tórax fetal no canal de parto pode ser o fator de impulso que o leva a executar a primeira respiração. Imagine a cena! Ele está sendo comprimido, está preso, precisa de espaço, então o seu instinto inato é o de respirar. É provavelmente a primeira coisa que ele faz por si mesmo, mas como é que ele sabe o que fazer? Por muito tempo tem sido um mistério a maneira que os bebês realizam a sua primeira respiração após a vida em um útero cheio de líquido. Ainda mais porque essa transição do útero para o mundo externo passa por várias mudanças radicais.

Durante o período uterino, o bebê não respira – pelo menos não no sentido usual. Ele recebe todo o oxigênio necessário para as funções do seu organismo através do chamado sistema circulatório fetal, em que a placenta e o cordão umbilical são responsáveis por fornecer oxigênio e nutrientes para o desenvolvimento do feto, bem como pela remoção de produtos residuais (trocas gasosas) [1]. Portanto, o oxigênio chega pelo sangue da mãe e circula do coração para os pulmões do feto, em seguida, para fora do corpo. 

Enquanto isso, o sistema respiratório (vias aéreas, pulmões, etc…) está sendo formado [1]. Além dos pulmões do feto estar inativos para troca de oxigênio, eles estão preenchidos por fluido pulmonar fetal (que difere do fluido amniótico que rodeia o feto no útero). Nesse sentido, para que um bebê possa sobreviver, devem existir três grandes diferenças estruturais que permitam a vida em sua casa temporária (útero). Conforme explica Guliuzza:

“Em primeiro lugar, o bebê deve ter um pulmão substituto – uma tarefa bem difícil, mesmo para brilhantes engenheiros biomédicos. A placenta, um órgão notável, tem uma breve existência, mas cumpre uma miríade de funções vitais − especialmente como o pulmão fetal e rim. Em segundo lugar, o circuito para os pulmões deve ser ignorado, por isso os vasos sanguíneos devem mudar para permitir esse desvio temporário (a nova rota que desvia em torno de um circuito é chamado de derivação). Em terceiro lugar, os vasos sanguíneos não devem apenas conectar a placenta ao bebê, mas também dentro do ponto de ligação para os vasos normais que levam para o coração. O cordão umbilical satisfaz a necessidade de uma ligação placentária-fetal por meio de uma veia de grande diâmetro e duas artérias menores. Dentro do bebê, elas continuam como a veia umbilical e artérias umbilicais” [2].

Antes do nascimento, o corpo do bebê começa a preparar-se para fazer a mudança de um receptor de oxigênio pela placenta para uma respiração pulmonar. Por volta das 35 semanas de gestação, as células alveolares nos pulmões começam a produzir surfactante (líquido que atua nos alvéolos), o que impedirá o colapso dos alvéolos quando o bebê exalar pela primeira vez [1]. Durante o parto, hormônios e outros fatores fazem com que o fluido fetal pare de ser produzido nos pulmões do bebê [3].

À medida que o bebê passa através do canal de parto, o peito é comprimido (as costelas são cartilaginosas nesse momento), forçando a saída de 5 a 10 mililitros de fluido para fora dos pulmões. Quando o bebê emerge, a libertação de pressão no tórax faz com que o ar seja aspirado para dentro dos pulmões. No entanto, a quantidade de ar ainda é insuficiente para preencher os alvéolos; o bebê deve conseguir isso por conta própria [1].

Em 2010, um estudo francês sugeriu que um único gene chamado Teashirt 3 (Tshz3) está presente na zona parafacial do tronco cerebral e é capaz de controlar o desenvolvimento de vários componentes em neurônios presentes nessa área cerebral, essenciais para a respiração no momento do nascimento [4]. Alguns desses componentes, por exemplo, seriam os músculos torácicos do bebê e um tipo de marca-passo no tronco cerebral que geraria um constante ritmo respiratório. Para os autores, a incapacidade de respirar ao nascer está correlacionada à ausência de atividade rítmica; além do mais, sem Tshz3, as células cerebrais responsáveis pelo controle das vias aéreas superiores estariam morrendo dias antes do nascimento. Aqui percebemos o ajuste fino nessas complexas redes neurais que regulam a respiração!

No momento em que o bebê nasce, diversas estruturas e funções têm de ser rapidamente reordenadas. Conforme Guliuzza, “menos de um minuto após o nascimento, os sinais do sistema nervoso do bebê causam fortes estímulos nos músculos do esfíncter [ao redor do cordão umbilical] para fechar a veia umbilical [que transporta o sangue da placenta para o bebê] [...], e também para fechar a artéria pulmonar temporária (esse grande vaso fecha permanentemente ao longo de 2 dias)” [2].

Em 2015, um estudo francês contribuiu para o entendimento dessa transição rápida e complexa [5]. Os autores descobriram o papel de duas proteínas na via de sinalização que fecha esse desvio de sangue do cordão umbilical para o sistema pulmonar do bebê. Além disso, elas são reguladas por oito genes no cromossomo 2. Embora essas proteínas não estejam aparentemente envolvidas no encerramento funcional inicial do canal arterial – uma conexão arterial no feto que direciona o fluxo de sangue para fora da circulação pulmonar –, elas são importantes para o encerramento anatômico completo dentro de 24 horas. 

A falha dessa etapa é uma das principais causas de morte nos partos prematuros, mas é raro em partos normais, afirmam os autores. Isso envolve uma "profunda remodelação das células dentro do antigo lúmen do canal arterial", assim como a cascata de sinalização recruta células epiteliais e novos vasos sanguíneos e outros tecidos em um programa de reconstrução de alta velocidade devem manter para o tempo de vida do recém-nascido, potencialmente, 100 anos ou mais [5].

Os autores não tentam explicar como esse sistema evoluiu. Na verdade, como poderiam? Visto que a seleção natural depende de reprodução, uma falha em quaisquer componentes dessa complexa transição faria o sistema entrar em colapso, e impediria o recém-nascido de passar quaisquer mutações benéficas para a próxima geração. O sistema parece irredutivelmente complexo, uma vez que todas as peças são necessárias no momento do nascimento, e não poderiam ter sido acumuladas gradualmente.

Quer saber mais? Acesse o eBook e venha conhecer a assinatura de um projeto intencional nas estruturas biológicas complexas presentes na natureza e nos seres vivos: https://www.widbook.com/ebook/teoria-do-design-inteligente

REFERÊNCIAS:

[1] Samuels M, Samuels N. The new well pregnancy book. New York: Fireside, Simon and Schuster, Inc., 1996.

[2] Guliuzza RJ. Made in His Image: Baby's First Breath. Acts & Facts 2009; 38(12):10-11. Disponível em: https://www.icr.org/article/5044

[3] James A. Baby's First Breath. About Kids Health, 2009. Disponível em: http://www.aboutkidshealth.ca/en/resourcecentres/pregnancybabies/newbornbabies/yournewbornbabysbody/pages/babys-first-breath.aspx

[4] Caubit X, Thoby-Brisson M, Voituron N, Filippi P, Bévengut M, Faralli H, Zanella S, Fortin G, Hilaire G, Fasano L. Teashirt 3 Regulates Development of Neurons Involved in Both Respiratory Rhythm and Airflow Control. J Neurosci. 2010; 30(28):9465-76.

[5] Levet S, Ouarné M, Ciais D, Coutton C, Subileau M, Mallet C, Ricard N, Bidart M, Debillon T, Faravelli F, Rooryck C, Feige JJ, Tillet E, Bailly S. BMP9 and BMP10 are necessary for proper closure of the ductus arteriosus. Proc Natl Acad Sci U S A. 2015; 112(25):E3207-15.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Encontrado espermatozoide de “50 milhões de anos”



Complexidade registrada em rocha

Especialistas descobriram um espermatozoide animal de 50 milhões de anos, o mais antigo já encontrado. A descoberta foi num casulo na Antártida. O espermatozoide pertence a uma família que inclui minhocas e sanguessugas, segundo os pesquisadores do Museu Sueco de História Nacional. Acredita-se que a descoberta, divulgada na publicação Biology Letters, seja 10 milhões de anos mais velha que o registro anterior. Cientistas dizem que o esperma fóssil Clitellata é muito parecido com o esperma de vermes de lagostas, que se alimentam de matérias encontradas na parte externa do corpo do animal. “Pode parecer que (a amostra) esteja preservada em detalhes perfeitos mas, no final, a estrutura em si está fossilizada”, disse o paleontologista Benjamin Bomfleur, da equipe que fez a descoberta. “Temos a forma exterior e a forma das células do espermatozoide preservadas. Podemos até ter uma formação anatômica interna das células do espermatozoide ainda preservada, mas não temos certeza sobre isso ainda. Mas, mesmo se a anatomia estiver preservada, o material que o compõe está alterado, então não é o material orgânico original que compõe o esperma passado dos animais.”

A descoberta foi feita por acaso por Stephen McLoughlin, que integra a equipe de Bomfleur, enquanto ele analisava amostras de rochas da Antártida. Segundo Bomfleur, ambos já haviam estudado casulos fossilizados e sabiam que eles poderiam conter micro-organismos.

“Analisamos os casulos com cuidado e os analisamos através de diferentes métodos microscópicos para ver se há alguma coisa dentro”, diz. “Mas foi uma surpresa encontrar esperma.”

A equipe quer, agora, analisar mais exames de casulos antigos, na perspectiva de que descobertas semelhantes possam ser feitas. “Acreditamos que levantamentos de casulos antigos podem abrir uma janela única para a [suposta] história evolutiva de uma gama de micro-organismos invertebrados que não têm registro fóssil”, diz o artigo.

(BBC Brasil)

Nota: Além do fato de que a preservação de uma estrutura tão frágil depende de um sepultamento imediato sob lama, fica a questão: Há supostos 50 milhões de anos, os seres vivos já dispunham de “máquinas” ultracomplexas como os espermatozoides? Como já disse inúmeras vezes aqui, mesmo avançando para um passado supostamente remoto, a complexidade da vida está lá, desde sempre. Isso não lhe diz nada? [MB]

Via Criacionismo

sábado, 4 de julho de 2015

Moscas com “neurônios Jedi”




Estudo recentemente publicado na revista Nature aponta que neurônios vizinhos em uma antena de mosca das frutas podem parar (ou “bloquear”) um ao outro mesmo quando não compartilham uma conexão direta. Isso ajuda o inseto a processar cheiros. Esse tipo de comunicação, chamada acoplamento efáptico, acontece quando o campo elétrico produzido por um neurônio silencia o seu vizinho, em vez de enviar um neurotransmissor por uma sinapse. “O acoplamento efáptico já está na literatura científica há um bom tempo, mas existem poucos casos nos quais estas interações afetam o comportamento de um organismo”, aponta John Carlson, biólogo da Universidade de Yale (Connecticut, Estados Unidos), primeiro autor do estudo. A presença dessas interações em órgãos de sentido foi prevista em 2004, mas conseguir demonstrar que elas realmente aconteciam exigia um experimento difícil, engenhoso e completo.

Nas antenas da Drosophila melanogaster, os neurônios olfativos estão agrupados em pelos preenchidos por fluidos, chamados sensilas. Cada um contém dois a quatro neurônios, que estão todos sintonizados em diferentes cheiros e agrupados de formas específicas. “Um neurônio para o morango é sempre pareado com um neurônio para a pera, por exemplo”, explica Carlson. “Todos esses neurônios já foram bem caracterizados, então sabemos como são organizados.”

O estudo focalizou uma sensila chamada ab3, que contém dois neurônios: o ab3A, sensível ao metil-hexanoato das frutas, e o ab3B, que detecta o 2-heptano do cheiro da banana. Quando os pesquisadores expuseram as moscas a um fluxo constante de metil-hexanoato, o neurônio A disparou continuamente. Se as moscas eram expostas a uma breve explosão de 2-heptanona, o neurônio B entrava em ação, e o A de repente desligava. O contrário também aconteceu: uma breve explosão de atividade em A silenciou a atividade constante de B.

As mesmas interações foram vistas em quatro outros tipos de sensilas na mosca da fruta, bem como no mosquito da malária Anopheles gambiae. Apesar dessas interações claras, os neurônios em uma sensila não compartilhavam nenhuma sinapse. O comportamento se repetiu mesmo que fosse usado um químico bloqueador de sinapse, mesmo quando os padrões de disparo não se coordenavam, e mesmo se as antenas fossem decepadas, separando-as do contato com qualquer neurônio central.

A conclusão é de que, em vez de sinapses, os neurônios provavelmente se comuniquem através do fluido que os cerca. Quando um deles dispara, cria um campo elétrico que muda o fluxo dos íons até o outro e desliga a sua atividade elétrica.

O experimento ainda mostrou que essa atividade é forte o suficiente para alterar o comportamento da mosca. Para tanto, os cientistas usaram uma sensila com dois neurônios: um que leva à atração de uma mosca por vinagre de maçã, e outro que a faz evitar dióxido de carbono. Em seguida, a equipe bloqueou o neurônio da atração por vinagre, mantendo o da repulsão por dióxido de carbono. As moscas foram colocadas em um labirinto com duas vias que cheiravam a dióxido de carbono, mas somente uma que também cheirava a vinagre. As moscas escolheram o lado aromatizado com vinagre. Porém, não escolheram o cheiro de vinagre na ausência do cheiro de dióxido de carbono.

Isso sugere que o neurônio da atração ao vinagre, mesmo bloqueado no cérebro, podia ainda inibir o neurônio de dióxido de carbono vizinho. Quando ambos os produtos químicos estavam no ar, as moscas não se sentiam mais repelidas pelo dióxido de carbono.

Segundo os cientistas, esse tipo de interação neuronal é importante para a mosca, que pode estar com o olfato inundado com um cheiro forte, mas ainda assim precisar perceber um odor de comida, por mais fraco que seja.

Outra coisa que o experimento mostrou é que o cérebro não é o único responsável pelo sentido do olfato: os neurônios que fazem sua detecção também têm papel importante. Isso, possivelmente, também acontece com os seres humanos – mas tal implicação ainda não foi investigada.

(Hypescience)

Nota: Um mecanismo com tamanha complexidade e tão necessário seria fruto de mutações casuais filtradas pela seleção natural?[MB]

quinta-feira, 2 de julho de 2015

O olho humano: um órgão privilegiado




Darwin tinha razão em ficar "gelado"

Ao contrário do consenso evolucionista, estudos realizados tanto por cientistas evolucionistas quanto do design inteligente revelaram a ocorrência de acúmulo de mutações deletérias nos seres vivos, levando à degeneração e à perda de informação genética em curto espaço de tempo.[1-4]. O que não se observa é um aumento de nova informação genética, já que para o “surgimento” de novos órgãos funcionais e planos corporais seria necessário acréscimo de muita informação complexa e específica. Dito isto, vamos nos ater à complexidade revelada atualmente no olho humano. Por exemplo, o olho é um órgão bastante excepcional em termos de função.[5] A luz passa através da córnea e, em seguida, através da lente, onde é focada na retina, que contém os fotorreceptores (cones e bastonetes) para detectar essa luz. Cada haste e cone que recebe luz dispara um sinal para o aparelho neural, que transmite o sinal para o nervo óptico, que passa para o cérebro a fim de realizar o processamento. Esse processo inclui a inversão da imagem e a interpretação do que é visto.

O design da retina também é muito peculiar. A retina é composta de fotorreceptores que enfrentam a entrada de luz, seguida pela camada neural e as camadas subjacentes que fornecem nutrientes e oxigênio por meio de um leito capilar.[5] Os evolucionistas dizem que a retina humana é “invertida”, uma vez que as camadas neurais estão expostas à luz enquanto as células fotorreceptoras estão afastadas da luz incidente. Para eles, esse arranjo foi o resultado da evolução improvisada em que os supostos erros no projeto se deram através de sucessivas alterações mutacionais a fim de torná-lo funcional. 

De acordo com Richard Dawkins,[6] um dos principais defensores da evolução, “qualquer engenheiro poderia naturalmente supor que as fotocélulas apontariam para a luz, com seus fios sendo conduzidos para trás em direção ao cérebro. Ele iria rir de qualquer sugestão de que as fotocélulas [ficam longe da incidência da luz], com seus fios partindo do lado mais próximo da luz. [...] Cada fotocélula é, efetivamente, ligada atrás, com seu fio saindo no lado mais próximo da luz. O fio tem de viajar sobre a superfície da retina a um ponto onde ele mergulha através de um furo na retina [...] para se juntar ao nervo óptico. Isso significa que a luz, em vez de ser garantida uma passagem livre para as fotocélulas, tem que passar através de uma floresta de fios de ligação, provavelmente sofrendo, pelo menos, alguma atenuação e distorção (na verdade, provavelmente não muito, mas, ainda assim, é o princípio da coisa que poderia ofender qualquer engenheiro neuronal). Eu não conheço a explicação exata para esse estranho formato” (p.93).

Dawkins não sabe o motivo de a retina dos vertebrados ser projetada de maneira invertida porque ele realmente não entende como o olho funciona. Na verdade, a retina é projetada com capacidades ligeiramente subóptimas de captação de luz, com suas extremidades sensoriais localizadas em um abrigo contra a luz incidente, de modo a garantir sua funcionalidade por pelo menos muitas décadas.[5, 7] Se a retina fosse projetada pelos “engenheiros neuronais” de Dawkins, ela certamente não funcionaria tão bem. Isso porque todo o sistema óptico é impactado pelos raios ultravioleta.[5]

O olho contém uma camada especial de células, o epitélio pigmentar da retina (EPR), que tem mecanismos complexos para lidar com moléculas tóxicas e radicais livres produzidos pela ação da luz. Enzimas específicas, tais como as superóxidodismutase, catalases e peroxidases estão presentes para eliminar moléculas potencialmente prejudiciais. Os antioxidantes, tais como a-tocoferol (vitamina E) e o ácido ascórbico (vitamina C) também estão disponíveis para reduzir o dano oxidativo. Mas, devido ao dano contínuo causado pela luz, os discos (juntamente com os fotopigmentos) das células fotorreceptoras são continuamente substituídos pelo EPR.[8, 9] Se não fosse esse o caso, os fotorreceptores acumulariam rapidamente defeitos fatais, o que impediria sua função. 

Além disso, as células EPR contêm o pigmento melanina, que absorve a luz difusa e dispersa para melhorar a acuidade visual.[8, 9] O EPR se encontra em contato com a camada coroide, que contém um grande leito capilar com o maior fluxo sanguíneo por grama de qualquer tecido do corpo. Mas por que existe um fluxo de sangue tão alto na coroide? Uma vez que as células fotorreceptoras estão em constante regeneração, elas exigem uma elevada taxa de troca de oxigênio e nutrientes. Além disso, verifica-se que a elevada taxa de fluxo de sangue é necessária para remover o calor da retina e para evitar danos resultantes do foco de luz.[10]

Então, por que o projeto dos “engenheiros” de Dawkins é uma péssima ideia? Dawkins acha que a camada neural deve estar sob os fotorreceptores, colocando-os entre os fotorreceptores e a coroide. Mas para onde iria o EPR (que é necessário para regenerar os fotorreceptores)? Se fosse entre a camada neural e a coroide, o EPR estaria muito longe dos fotorreceptores para ser regenerado. Além disso, esse projeto iria colocar outra camada entre os fotorreceptores e o seu fornecimento de sangue, reduzindo a troca de oxigênio e nutrientes, e minimizando a eficácia da coroide na remoção de calor dos receptores. A ideia de Dawkins impediria os fotorreceptores de serem regenerados e provavelmente levaria a danos causados ​​pelo calor. Esse projeto certamente falharia no primeiro ano de utilização. Nessa perspectiva, ainda bem que qualquer que seja o designer inteligente ele não tenha projetado o olho da mesma forma que os evolucionistas o fariam!


Ademais, alguns evolucionistas afirmam que a retina invertida (em que fotorreceptores se encontram na superfície, expostos à luz incidente) de cefalópodes, tais como lulas e polvos, é mais eficiente do que a retina invertida do ser humano.[11] Mas isso pressupõe que a retina invertida é ineficiente em primeiro lugar. No entanto, eles não conseguiram demonstrar que a retina invertida seja um projeto ruim que funciona mal. Eles ignoram as muitas boas razões para isso.

Os evolucionistas também não mostraram que cefalópodes realmente enxergam melhor. Pelo contrário, os olhos desses animais apenas se aproximam de alguns olhos de pequenos vertebrados em termos de eficiência, e eles provavelmente são daltônicos.[7] Evidências indicam que a retina de cefalópodes é menos complexa do que a retina “invertida” em humanos.[12] Sabe-se também que os cefalópodes em seu ambiente natural são expostos a uma intensidade de luz muito menor do que são os humanos, e eles geralmente vivem apenas dois ou três anos, no máximo. Nada se sabe sobre a vida útil da lula gigante que vive em grandes profundidades em que há pouca luz.[7] Assim, os cefalópodes necessitam de menos proteção contra danos em células fotorreceptoras. Devido a ser projetado de forma diferente para um ambiente diferente, o olho dos cefalópodes pode funcionar bem com uma retina “invertida”.

É fácil de perceber que os evolucionistas são muito tendenciosos em fazer comparações “científicas” quando lhes convém. Mas o que dizer do olho humano em comparação com o das lulas?[13] Embora o olho da lula seja maior que o do ser humano, ambos os olhos são muito parecidos em termos de estrutura - são compostos de íris, pupila e retina. Mas por que ninguém sugere ancestralidade comum entre essas espécies? Os cientistas do design inteligente sabem que usar a homologia estrutural e fisiológica entre as espécies como base para a ancestralidade comum é ilógico, pois sabem que as semelhanças são apenas um projeto comum que deu certo.

Explicado isso, vamos às descobertas da complexidade desse órgão tão privilegiado. Em 2007, cientistas alemães descobriram no olho uma sofisticada rede de fibras ópticas de alta performance, que canaliza toda a luz com menos distorção antes de chegar às células fotorreceptores, sem qualquer perda, assim como uma placa óptica.[14] É uma camada de células em forma de cone − chamadas de células Müller - que funciona como uma segunda lente dentro do olho, canalizando a luz incidente através da camada opaca e colocando-a exatamente onde ela é necessária. Os autores comparam esse sistema a uma placa óptica, mas tais placas normais têm pacotes simples de fibras ópticas. Os pesquisadores descobriram que o olho dos vertebrados é mais complexo, pois as células em forma de funil recolhem mais luz na superfície do olho. Para eles, essa descoberta pode ter aplicações técnicas úteis para engenheiros ópticos. 

Em 2010, pesquisadores israelenses descobriram que as células Müller fazem muito mais do que apenas transportar a luz para os fotorreceptores.[15] Elas agem como filtros de ruído, afinadoras e focalizadoras de cor. Pelo menos dois tipos de luz entram nos olhos: luz informativa, que vem diretamente através da pupila, e “ruído” que já foi refletido múltiplas vezes dentro do olho. As simulações mostraram que as células Müller transmitem maior proporção das primeiras, enquanto as últimas tendem a se esvair. Isso sugere que as células agem como filtros de luz, mantendo as imagens nítidas e as cores em foco. Do mesmo modo que a luz se separa num prisma, as lentes dos nossos olhos separam as diferentes cores fazendo com que algumas frequências fiquem fora do foco na retina. O largo topo das células Müller permite que elas recolham qualquer cor separada e voltem a focá-la para dentro da mesma célula-cone. Isso garante que todas as cores de uma imagem fiquem no foco.

Em 2011, estudo realizado por cientistas norte-americanos sugeriu complexidade no olho humano ao encontrar uma proteína que age como bússola.[16, 17] Essa proteína chamada criptocromo está presente no olho humano e é responsável pela sensibilidade ao campo magnético da Terra no que se refere ao senso de orientação. Em 2012, estudo cingapuriano sugeriu a capacidade do olho humano de funcionar como detector óptico de alta sensibilidade.[18] As células fotorreceptoras da retina detectam a diferença entre distintas fontes de luz, ou seja, interpretam as propriedades estatísticas da luz. Isso é algo que só pode ser mensurado pelas propriedades quânticas da luz. O estudo ainda sugere que a complexidade do olho humano supera qualquer dispositivo artificial desenvolvido. Como podemos observar, a ciência tem feito grandes descobertas, mas, mesmo assim, a complexidade do olho humano ainda não foi totalmente compreendida.

Referências:
[1] Lynch M. “Rate, molecular spectrum, and consequences of human mutation.” Proc Natl Acad Sci USA. 2010; 107(3):961-8.
[2] Lamb TD. “A Fascinante evolução do olho.” Scientific American Brasil. Edição 111 [Ago. 2011]. Disponível em:
http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/a_fascinante_evolucao_do_olho.html
[3] Harjunmaa E, Kallonen A, Voutilainen M, Hämäläinen K, Mikkola ML, Jernvall J. “On the difficulty of increasing dental complexity.” Nature. 2012; 483(7389):324-7.
[4] McLean CY, Reno PL, Pollen AA, Bassan AI, Capellini TD, Guenther C, Indjeian VB, Lim X, Menke DB, Schaar BT, Wenger AM, Bejerano G, Kingsley DM. “Human-specific loss of regulatory DNA and the evolution of human-specific traits.” Nature. 2011; 471(7337):216-9. 
[5] Deem R. “Bad Designs in Nature? Why the ‘Best’ Examples Are Bad.” [mar. 2013]. Disponível em: http://www.godandscience.org/evolution/designgonebad.html
[6] Dawkins R. The Blind Watchmaker: Why the evidence of evolution reveals a universe without design. New York: W.W. Norton and Company, 1986.
[7] Gurney PWV. “Is our ‘inverted’ retina really ‘bad design’?” Journal of Creation 1999; 13(1):37–44. http://creation.com/is-our-inverted-retina-really-bad-design#r53
[8] Young RW. “The Bowman Lecture: Biological renewal: Applications to the eye.” Trans. Ophthalmol. Soc. UK 1982; 102:42-67.
[9] Guerry RK, Ham WT, Mueller HA. “Light toxicity in the posterior segment.” In Tasman W, Jaeger EA. Clinical Ophthalmology, v. 3, New York: Lippincott-Raven, 1998.
[10] Parver LM, Auker C, Carpenter DO. “Choroidal blood flow as a heat dissipating mechanism in the macula.” Am J Ophthalmol. 1980; 89(5):641-6.
[11] Diamante J. “Voyage of the Overloaded Ark.” Discover 1985, p. 82-92.
[12] Budelmann BU. “Cephalopod sense organs, nerves and brain.” In: Pörtner HO, O’Dor RJ, Macmillan DL. Physiology of cephalopod molluscs: lifestyle and performance adaptations. Basel, Switzerland: Gordon and Breach, 1994.
[13] Nilsson DE, Warrant EJ, Johnsen S, Hanlon R, Shashar N. “A unique advantage for giant eyes in giant squid.” Curr Biol. 2012; 22(8):683-8.
[14] Franze K, Grosche J, Skatchkov SN, Schinkinger S, Foja C, Schild D, Uckermann O, Travis K, Reichenbach A, Guck J. “Muller cells are living optical fibers in the vertebrate retina.” Proc Natl Acad Sci USA. 2007; 104(20):8287-92.
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