terça-feira, 17 de março de 2015

Flor de Liz

SE
puderes
conservar
tua calma quan-
do todos em derredor
a perderem e o imputarem a
ti ;   se puderes confiar em ti
quando todos duvidarem, mas re-
levares que o façam ;   se puderes
esperar e não te cansares de espe-
rar ;   ou se forem falsos contigo e
não usares a mentira ; ou se fores
odiado, também não te entregares
ao odio, mas não pareceres muito
bom nem falares com demasiada
sabedoria; se puderes sonhar e
não fores dominado pelos so-
nhos; se puderes pensar e
não fizeres do pensamento
o teu   objetivo ; se   puderes   encontrar   na vida com o
Triunfo ou Desastre e tratares exatamente da mesma maneira
êsses   dois impostores; se puderes sofrer o ouvir a verdade que
proferiste   torcida pelos perversos que dela façam uma armadilha
para os imbecís ; ou ver as cousas por que deste a vida quebradas, e
te puseres de novo  a reconstruí-las com gastas ferramentas ; se pu-
deres fazer um monte de tudo quanto houveres ganho e arriscá-lo  em
uma partida de perde-ganha e o perderes, e começares de novo, do iní-
cio, e nunca murmurares uma palavra sôbre o que perdeste; se puderes
forçar teu coração,teus nervos e teus músculos a servirem teu objetivo
muito tempo depois de esgotados e assim persistirem quando nada mais
houver                 em ti, a não ser a vontade a lhes                 dizer:
«Per                      siste!» Se puderes conviver                     com
multidão e conservares o
teu natural, ou tratar
com os Reis sem perder
a tua maneira ; se nem inimi-
gos ,   nem   íntimos amigos   pu-
derem alterar-te; se todos
os homens puderem con-
tar contigo, mas nenhum
em demasia; se puderes pré-
encher o minuto definitivo com
sessenta segundos de esforço decisivo, então,
o   mundo   é   teu , e   tudo   quanto   nele se
contém     e ,  o   que   e   mais ,   serás   um
--HOMEM--

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