Cristo como Deus criador
Antes que os homens ou os anjos fossem criados, “o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. João 1:1. O mundo foi criado por Ele, “e sem Ele nada do que foi feito se fez”. João 1:3. Se Cristo fez todas as coisas, existiu antes de todas elas. As palavras a este respeito são tão decisivas, que ninguém precisa ter dúvidas. Cristo era essencialmente Deus, e no mais elevado sentido. Estava com Deus desde a eternidade, Deus sobre tudo, bendito para sempre.
O Senhor Jesus Cristo, o divino Filho de Deus, existiu desde a eternidade como pessoa distinta, embora Um com o Pai. Era Ele a mais excelsa glória do Céu. Era o comandante das inteligências celestiais, e recebia como um direito Seu as homenagens e adoração dos anjos. — The Review and Herald, 5 de Abril de 1906.
Cristo declarou por intermédio de Salomão: “O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos e antes de Suas obras mais antigas. Desde a eternidade, fui ungida [a Sabedoria]; desde o princípio, antes do começo da Terra. … Quando punha ao mar o seu termo, para que as águas não traspassassem o Seu mando; quando compunha os fundamentos da Terra, então, Eu estava com Ele e era Seu aluno; e era cada dia as Suas delícias, folgando perante Ele em todo o tempo.” Provérbios 8:22, 23, 29, 30.
Ao falar de Sua preexistência, Cristo conduz a mente a eras infinitas do passado. Ele nos assegura que jamais houve um tempo em que não estivesse em íntima comunhão com o Deus eterno. Ele… tem mantido com Deus o relacionamento de um único Ser. — The Signs of the Times, 29 de Agosto de 1900.
Que é o serviço dos anjos em comparação com Sua [de Cristo] condescendência? Seu trono é desde toda a eternidade. Ele formou toda arcada e toda coluna do grande templo da Natureza. — Nos Lugares Celestiais, pág. 40.
Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai — um na natureza, no caráter e no propósito — o único Ser em todo o Universo que poderia entrar nos conselhos e propósitos de Deus. — O Grande Conflito, 493.
Deus estabelecera um plano antes do surgimento do pecado
Deus e Cristo sabiam, desde o princípio, da apostasia de Satanás e da queda de Adão mediante o poder enganador do apóstata. O plano da salvação foi elaborado para remir a raça caída, para dar-lhe outra oportunidade. Cristo foi designado para o cargo de Mediador da criação de Deus, destinado desde a eternidade a ser nosso substituto e penhor. — Mensagens Escolhidas 1:250.
Conhecidas são diante de Deus todas as Suas obras, e desde eras eternas o concerto da graça (favor imerecido) existiu na mente de Deus. É conhecido como o concerto eterno, pois o plano da salvação não foi concebido após a queda do homem, antes foi ele “guardado em silêncio nos tempos eternos, e… agora, se tornou manifesto e foi dado a conhecer por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do Deus eterno, para a obediência por fé, entre todas as nações”. Romanos 16:25, 26. — The Signs of the Times, 5 de Dezembro de 1914.
O plano de nossa redenção não foi um pensamento posterior, formulado depois da queda de Adão. Foi a revelação “do mistério que desde tempos eternos esteve oculto”. Romanos 16:25. Foi um desdobramento dos princípios que têm sido, desde os séculos da eternidade, o fundamento do trono de Deus. … Deus não ordenou a existência do pecado. Previu-a, porém, e tomou providências para enfrentar a terrível emergência. — O Desejado de Todas as Nações, 22.
Criação dos anjos
O Pai operou por Seu Filho na criação de todos os seres celestiais. “NEle foram criadas todas as coisas, … sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por Ele e para Ele.” Colossences 1:16. — Patriarcas e Profetas, 34.
Antes da criação do homem, existiam anjos; pois, quando os fundamentos da Terra foram lançados, “as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam”. Jó 38:7. Depois da queda do homem foram enviados anjos a guardar a árvore da vida, e isto antes que qualquer ser humano houvesse morrido. Os anjos são, em sua natureza, superiores aos homens, pois o salmista diz que o homem foi feito “pouco menor do que os anjos”. Salmos 8:5. — O Grande Conflito, 511.
Desde os séculos eternos era o desígnio de Deus que todos os seres criados, desde os luminosos e santos serafins até ao homem, fossem um templo para morada do Criador. — O Desejado de Todas as Nações, 161.
Todos os seres criados vivem pela vontade e poder de Deus. São subordinados recipientes da vida de Deus. Do mais alto serafim ao mais humilde dos seres animados, todos são providos da Fonte da vida. — O Desejado de Todas as Nações, 785.
Quando o Senhor criou esses seres [angélicos] para estarem diante de Seu trono, eram eles belos e gloriosos. Sua amabilidade e santidade equivaliam a sua exaltada posição. Estavam investidos da sabedoria de Deus e cingidos com a armadura celestial. — The Signs of the Times, 14 de Abril de 1898.
Criação de Lúcifer
Deus o fez [a Lúcifer] bom e formoso, tão semelhante quanto possível a Si próprio. — The Review and Herald, 24 de Setembro de 1901.
Deus o havia feito [a Lúcifer] nobre, havendo-lhe outorgado ricos dotes. Concedeu-lhe elevada posição de responsabilidade. Nada lhe pediu que não fosse razoável. Deveria ele administrar o cargo que Deus lhe atribuíra, num espírito de mansidão e devoção, buscando promover a exaltação de Deus, o qual lhe dera glória, beleza e encanto. — Sabbath-School Worker, 1 de Março de 1893.
Embora Deus houvesse criado Lúcifer nobre e formoso, e o houvesse colocado em posição de elevada honra entre os anjos, não o deixou fora do alcance da possibilidade do mal. Satanás* tinha o poder, se decidisse por este caminho, de perverter seus dons. — The Spirit of Prophecy 4:317.
A elevada posição de Lúcifer
Lúcifer, no Céu, antes de sua rebelião foi um elevado e exaltado anjo, o primeiro em honra depois do amado Filho de Deus. Seu semblante, como o dos outros anjos, era suave e exprimia felicidade. A testa era alta e larga, demonstrando grande inteligência. Sua forma era perfeita, o porte nobre e majestoso. Uma luz especial resplandecia de seu semblante e brilhava ao seu redor, mais viva do que ao redor dos outros anjos; todavia, Cristo, o amado Filho de Deus, tinha preeminência sobre todo o exército angelical. Ele era um com o Pai, antes que os anjos fossem criados. — História da Redenção, 13.
Lúcifer era o querubim cobridor, o mais exaltado dentre os seres criados. Sua posição era a mais próxima do trono de Deus, e ele se achava intimamente vinculado e identificado com a administração do governo de Deus, havendo sido ricamente dotado com a glória de Sua majestade e poder. — The Signs of the Times, 28 de Abril de 1890.
O próprio Senhor deu a Satanás sua glória e sabedoria, tornando-o o querubim cobridor, bom, nobre e extraordinariamente formoso. — The Signs of the Times, 18 de Setembro de 1893.
Entre os habitantes do Céu, excluindo-se o próprio Cristo, foi Satanás durante algum tempo o mais honrado de Deus, o mais elevado em poder e glória. — The Signs of the Times, 23 de Julho de 1902.
Lúcifer, o “filho da alva”, sobrepujando em glória a todos os anjos que rodeavam o trono, … [estava] ligado pelos mais íntimos laços ao Filho de Deus. — O Desejado de Todas as Nações, 435.
Lúcifer, “filho da alva”, era o primeiro dos querubins cobridores, santo e puro. Permanecia na presença do grande Criador, e os incessantes raios de glória que cercavam o eterno Deus, repousavam sobre ele. — Patriarcas e Profetas, 35.
[Lúcifer] fora o mais elevado de todos os seres criados, e o primeiro em revelar ao Universo os desígnios divinos. — O Desejado de Todas as Nações, 758.
Antes que surgisse o mal
Entre os anjos existia paz e alegria, em perfeita submissão à vontade do Céu. O amor a Deus era supremo, e imparcial o amor de uns pelos outros. Tal era a condição que existira por séculos, antes da entrada do pecado. — The Spirit of Prophecy 4:316, 317.
[Lúcifer] possuía um conhecimento de inestimável valor acerca das riquezas eternas, o que o homem não possui. Ele experimentara o puro contentamento, a paz, a exaltada felicidade e as inenarráveis alegrias das moradas celestes. Havia sentido, antes da rebelião, o prazer da plena aprovação de Deus. Obtivera completa apreciação da glória que circundava o Pai, e sabia que o Seu poder não conhecia limites. — The Signs of the Times, 4 de Agosto de 1887.
Houve um tempo em que… era a alegria [de Satanás] executar as ordens divinas. Seu coração estava cheio de amor e regozijo por poder servir ao Criador. — The Signs of the Times, 18 de Setembro de 1893.
Satanás era um anjo formoso e exaltado, e assim teria permanecido se não houvesse rompido sua aliança com Deus. — The Signs of the Times, 21 de Dezembro de 1891.
Ellen G.White, A Verdade sobre os Anjos, Capítulo 3.Via Sétimo Dia
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