sábado, 19 de novembro de 2011

Os anjos durante a encarnação e infância de Cristo

O profundo mistério da encarnação

Ao contemplarmos a encarnação de Cristo, sentimo-nos desconcertados diante de um insondável mistério que a mente humana é incapaz de compreender. Quanto mais refletimos sobre isto, mais surpreendente nos parece o tema. Quão imenso é o contraste entre a divindade de Cristo e a indefesa criancinha na manjedoura de Belém! Como entender a distância entre o poderoso Deus e a desajudada criança? Pois ainda assim o Criador dos mundos, Aquele em quem habitava a plenitude da divindade, manifestou-Se como indefeso bebê na manjedoura. Mais excelso que qualquer dos anjos, igual ao Pai em dignidade e glória, vestido agora do manto da humanidade! Divindade e humanidade combinaram-se misteriosamente, pois o homem e Deus tornaram-se um. É nessa união que encontramos a esperança para nossa decaída raça. — The Signs of the Times, 30 de Julho de 1896.

O universo expectante

A vinda de Cristo a nosso mundo constituiu um grande evento, não apenas para a Terra, mas para todos os mundos do Universo de Deus. Diante das inteligências celestiais deveria Ele assumir a nossa natureza e ser tentado em todas coisas, assim como o somos. — The Signs of the Times, 20 de Fevereiro de 1893.

Vindo habitar conosco, Jesus devia revelar Deus tanto aos homens como aos anjos. … Mas não somente a Seus filhos nascidos na Terra era feita essa revelação. Nosso pequenino mundo é o livro de estudo do Universo. O maravilhoso desígnio de graça do Senhor, o mistério do amor que redime, é o tema para que “os anjos desejam bem atentar” (1 Pedro 1:12), e será seu estudo através dos séculos sem fim. — O Desejado de Todas as Nações, 19.

Por que assumiu Cristo a natureza humana?

[Satanás] havia-se gabado diante dos anjos celestiais de que se Cristo assumisse a natureza humana, tornar-Se-ia mais fraco que o próprio Satanás, e que assim ele O venceria com seu poder. Vangloriava-se de que Adão e Eva não haviam conseguido resistir às suas insinuações quando ele lhes apelara ao apetite. — The Review and Herald, 28 de Julho de 1874.

O Filho Unigênito de Deus veio a nosso mundo como homem, para revelar-nos que o homem pode observar a lei de Deus. Satanás, o anjo caído, declarara que nenhum homem seria capaz de guardar a lei de Deus após a desobediência de Adão. — Manuscript Releases 6:334.

Satanás alegava ser impossível para os seres humanos guardarem a lei de Deus. A fim de provar a falsidade dessa alegação, Cristo deixou Seu elevado comando, tomou sobre Si a natureza do homem e veio à Terra para colocar-Se à testa da raça caída, com o objetivo de demonstrar que a humanidade poderia enfrentar as tentações de Satanás. — Olhando para o Alto, 166.

A natureza humana de Cristo

Sua [de Cristo] natureza humana foi criada; ela nem sequer possuía os poderes angélicos. Era humana, idêntica à nossa. — Mensagens Escolhidas 3:129.

Cristo, na debilidade humana, deveria suportar as tentações daquele que possuía os poderes de uma natureza mais elevada, a natureza que Deus outorgara à família angelical. — The Review and Herald, 28 de Janeiro de 1909.

A história de Belém é inexaurível. Nela se acham ocultas a “profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como da ciência de Deus”. Romanos 11:33. Maravilhamo-nos do sacrifício do Salvador em trocar o trono do Céu pela manjedoura, e a companhia dos anjos que O adoravam pela dos animais da estrebaria. O orgulho e presunção humanos ficam repreendidos em Sua presença. Todavia, esse passo não era senão o princípio de Sua maravilhosa condescendência. Teria sido uma quase infinita humilhação para o Filho de Deus, revestir-Se da natureza humana mesmo quando Adão permanecia em seu estado de inocência, no Éden. Mas Jesus aceitou a humanidade quando a raça havia sido enfraquecida por quatro mil anos de pecado. Como qualquer filho de Adão, aceitou os resultados da operação da grande lei da hereditariedade. O que estes resultados foram, manifesta-se na história de Seus ancestrais terrestres. Veio com essa hereditariedade para partilhar de nossas dores e tentações, e dar-nos o exemplo de uma vida impecável. — O Desejado de Todas as Nações, 48, 49.

Como Deus, Cristo não poderia ser tentado a pecar, assim como não fora tentado a quebrar Seu concerto no Céu. Quando, porém, Cristo humilhou-Se e assumiu a natureza humana, colocou-Se sob a tentação. Ele não assumira nem mesmo a natureza dos anjos, e sim a humanidade, perfeitamente idêntica à nossa, exceto pela mancha do pecado. Um corpo humano, uma mente humana, com todas as suas características peculiares — Ele era constituído de ossos, cérebro e músculos. Sendo de nossa própria carne, compartilhava das fraquezas da humanidade. As circunstâncias de Sua vida foram de ordem a expor-Se Ele a todas as inconveniências de pertencer ao gênero humano, não em riqueza e facilidades, e sim em pobreza, carência e humilhação. Ele respirou o mesmo ar que inspiramos. Caminhou sobre o solo como o fazemos. Tinha raciocínio, consciência, memória, vontade e afeições de uma alma humana, tudo isso unido à Sua natureza divina. — Manuscript Releases 16:181, 182.

No Menino de Belém encontrava-se, encoberta, a glória ante a qual se curvam os anjos. Essa inconsciente criancinha era a Semente prometida, a quem apontava o primeiro altar, construído à porta do Éden. — O Desejado de Todas as Nações, 52.

A anunciação
Antes de Seu nascimento [de Cristo] o anjo dissera a Maria: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus Lhe dará o trono de Davi, Seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó.” Lucas 1:32, 33. Aquelas palavras, Maria ponderara em seu coração; no entanto, ao passo que acreditava que Seu filho havia de ser o Salvador de Israel, não Lhe compreendia a missão. — O Desejado de Todas as Nações, 81, 82.

Anjos contemplavam os cansados viajantes, acompanhando José e Maria enquanto estes se dirigiam à cidade de Davi para serem registrados, segundo o decreto de César Augusto. Eles vieram a esta cidade pela providência de Deus, pois, de acordo com a profecia, era nesse lugar que Cristo deveria nascer. Procuraram lugar nas hospedagens, mas não houve lugar para eles. Os ricos e nobres haviam sido recebidos com alegria, haviam encontrado abrigo e refrigério, ao passo que os exaustos viajantes foram compelidos a procurar refúgio num rústico estábulo, que abrigava mudos animais. — The Review and Herald, 17 de Dezembro de 1872.

Antes do nascimento de Cristo

Compreendeu-se no Céu que chegara o tempo para o advento de Cristo ao mundo, e os anjos deixaram a glória para testemunhar a Sua recepção por parte daqueles a quem viera abençoar e salvar. Haviam presenciado a Sua glória no Céu, e agora esperavam que Ele fosse recebido com honras e de acordo com Seu caráter e dignidade de Sua missão. Chegando à Terra, os anjos se aproximaram em primeiro lugar do povo que Deus havia separado dentre as nações do mundo como Seu peculiar tesouro. Não observaram qualquer interesse especial entre os judeus, nenhuma ansiosa espera por serem os primeiros a receber o Redentor e reconhecer Seu advento. — The Review and Herald, 17 de Dezembro de 1872.

Um anjo visita a Terra a fim de ver quais os que se acham preparados para receber a Jesus. Não pode, porém, distinguir sinal algum de expectação. Não ouve voz alguma de louvor e triunfo, anunciando que o tempo da vinda do Messias está às portas. O anjo paira por algum tempo sobre a cidade escolhida e o templo onde a presença divina tinha sido manifestada durante séculos; mas, mesmo ali, há idêntica indiferença. …

Com espanto está o mensageiro celestial prestes a voltar para o Céu com a desonrosa notícia, quando descobre alguns pastores que, à noite, vigiam seus rebanhos e, mirando o céu bordado de estrelas, meditam na profecia do Messias a vir à Terra, anelando o advento do Redentor do mundo. Ali se encontra um grupo que está preparado para receber a mensagem celestial. E subitamente o anjo do Senhor aparece anunciando as boas novas de grande alegria. — O Grande Conflito, 314.

Os anjos passaram por alto as escolas dos profetas, e os palácios dos reis e apareceram a humildes pastores que à noite guardavam seus rebanhos nas colinas de Belém. Primeiro apareceu um anjo, vestido com a armadura celestial. Tão surpresos e aterrorizados se sentiram os pastores, que mal podiam espiar, com indescritível assombro, a glória do visitante que chegara do Céu. O anjo do Senhor pôs-se diante deles e lhes disse: “Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.” Lucas 2:10-12.

Tão pronto seus olhos se haviam acostumado com a gloriosa presença do anjo, eis que toda a colina encheu-se de luz pela presença da maravilhosa glória de uma multidão de anjos que ocupavam as cercanias. O anjo acalmou os temores dos guardiões de ovelhas, abrindo seus olhos para que contemplassem a multidão de seres celestes, todos louvando a Deus e dizendo: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na Terra entre os homens, a quem Ele quer bem.” Lucas 2:14. — The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1884.

Os pastores encheram-se de alegria e, assim que a radiante glória desapareceu e os anjos retornaram ao Céu, apressaram-se em compartilhar as alegres novas, partindo em busca do Salvador. Encontraram-nO, conforme testificara o mensageiro celestial, envolto em panos e deitado numa estreita manjedoura. — The Review and Herald, 17 de Dezembro de 1872.

Satanás observou as planícies de Belém iluminadas pela radiante glória de uma multidão de anjos celestes. Ouviu seus cânticos: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na Terra entre os homens.” Lucas 2:14. O príncipe das trevas percebeu os surpresos pastores encherem-se de temor enquanto contemplavam as colinas iluminadas. Eles tremeram diante das exibições de excelsa glória que parecia dominar seus sentidos. Até mesmo o líder rebelde tremeu diante da proclamação do anjo aos pastores: “Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” Lucas 2:10, 11. …

Satanás sabia que o cântico dos mensageiros celestiais proclamando o advento do Salvador ao mundo decaído, e a alegria expressa diante desse grande evento, não significavam nada de bom para ele. Tenebrosos pressentimentos despertaram-se em sua mente, quanto à influência que teria este advento ao mundo sobre o seu reino. — The Review and Herald, 3 de Março de 1874.

Os magos

Não foi somente nas colinas da Judéia, nem apenas entre os humildes pastores, que os anjos encontraram os que se achavam vigilantes pela vinda do Messias. Na terra dos gentios havia também os que por Ele esperavam; eram homens sábios, ricos e nobres filósofos do Oriente. Estudiosos da Natureza, haviam os magos visto a Deus em Sua obra. Pelas Escrituras hebraicas tinham aprendido acerca da Estrela que deveria surgir de Jacó, e com ardente desejo esperavam a vinda dAquele que seria não somente a “Consolação de Israel” (Lucas 2:25), mas uma “luz para alumiar as nações” (Lucas 2:32), e “salvação até aos confins da Terra”. Atos dos Apóstolos 13:47. — O Grande Conflito, 315.

Os sábios… haviam estudado as profecias e sabiam que se achava às portas o tempo em que Cristo deveria vir. Achavam-se ansiosamente aguardando por algum notável sinal deste grande evento, para que pudessem encontrar-se entre os primeiros a dar as boas-vindas ao Rei celestial e adorá-Lo. Estes sábios haviam contemplado os céus iluminados com a luz que irradiara dos mensageiros celestiais que anunciaram o nascimento de Cristo aos pastores de Israel. Depois que a multidão angélica retornara ao Céu, uma brilhante estrela aparecera. A aparência incomum da grande e luminosa estrela, que nunca antes haviam observado, pendente no Céu como que significando um sinal, atraiu a atenção dos magos, e o Espírito de Deus moveu-os a saírem à procura dAquele que viera do Céu para visitar o mundo caído. — Redemption or the First Advent of Christ With His Life and Ministry, 16.

Ao dissipar-se a luz [dos anjos sobre Belém], surgiu uma luminosa estrela que permaneceu no céu. Não era uma estrela fixa, nem um planeta, e o fenômeno despertou o mais vivo interesse. Aquela estrela era um longínquo grupo de anjos resplandecentes, mas isso os sábios ignoravam. Tiveram, todavia, a impressão de que aquela estrela tinha para eles significado especial. Consultaram sacerdotes e filósofos, e examinaram os rolos dos antigos registros. A profecia de Balaão declarara: “Uma Estrela procederá de Jacó, e um cetro subirá de Israel.” Números 24:17. Teria acaso sido enviada essa singular estrela como precursora do Prometido? Os magos acolheram com agrado a luz da verdade enviada pelo Céu; agora era sobre eles derramada em mais luminosos raios. Foram instruídos em sonhos a ir em busca do recém-nascido Príncipe. — O Desejado de Todas as Nações, 60.

Anjos de Deus, com a aparência de uma estrela, conduziram os sábios em sua missão de procura a Jesus. Estes vieram com presentes custosos e ofertas de incenso e mirra, para entregar sua oferenda ao menino Rei predito pela profecia. Seguiram os brilhantes mensageiros com segurança e grande alegria. — The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1884.

Os homens sábios conduziram seu caminho para onde a estrela parecia guiá-los. À medida que se aproximavam da cidade de Jerusalém, a estrela foi-se apagando, e deixou de guiá-los. Raciocinaram que os judeus em Jerusalém não ignorariam o grande evento da chegada do Messias, de modo que fizeram perguntas na vizinhança da cidade. Expuseram claramente seu objetivo. Estavam à procura de Jesus, o rei dos judeus, pois haviam visto Sua estrela no oriente, e haviam vindo para adorá-Lo. — Redemption or the First Advent of Christ With His Life and Ministry, 16.

A chegada dos magos foi prontamente divulgada por toda Jerusalém. Sua estranha mensagem criou entre o povo um despertamento que penetrou no palácio do rei Herodes. O astuto edomita foi despertado ante a notícia de um possível rival. …

Herodes suspeitou que os sacerdotes estivessem tramando com os estrangeiros para despertar um tumulto popular, destronando-o. Ocultou, no entanto, sua desconfiança, decidido a malograr-lhes os planos por maior astúcia. Convocando os principais dos sacerdotes e os escribas, interrogou-os quanto aos ensinos dos livros sagrados com relação ao lugar do nascimento do Messias.

Essa indagação do usurpador do trono, e o ser feita a instâncias de estrangeiros, incitou o orgulho dos mestres judeus. A indiferença com que se voltaram para os rolos da profecia, irritou o ciumento tirano. Julgou que estavam buscando ocultar seu conhecimento do assunto. Com uma autoridade que não ousaram desatender, ordenou-lhes que fizessem atenta busca e declarassem o lugar do nascimento do esperado Rei. “E eles lhe disseram: Em Belém da Judéia, porque assim está escrito pelo profeta.” Mateus 2:5. …

Os sacerdotes e anciãos de Jerusalém não eram tão ignorantes a respeito do nascimento de Cristo como simulavam. A notícia da visita dos anjos aos pastores fora levada a Jerusalém, mas os rabis a haviam recebido como pouco digna de atenção. Eles próprios poderiam haver encontrado Jesus, e estado preparados para conduzir os magos ao lugar em que nascera; ao invés disso, porém, foram eles que lhes vieram chamar a atenção para o nascimento do Messias. “Onde está Aquele que é nascido Rei dos judeus?” perguntaram; “porque vimos a Sua estrela no Oriente e viemos a adorá-Lo.” Mateus 2:2.

Então o orgulho e a inveja cerraram a porta à luz. Fossem acreditadas as notícias trazidas pelos pastores e os magos, e teriam colocado os sacerdotes e rabinos numa posição nada invejável, destituindo-os de suas pretensões a exponentes da verdade de Deus. Estes doutos mestres não desceriam a ser instruídos por aqueles a quem classificavam de gentios. Não poderia ser, diziam, que Deus os passasse por alto, para Se comunicar com pastores ignorantes ou incircuncisos pagãos. Resolveram mostrar desprezo pelas notícias que estavam agitando o rei Herodes e toda Jerusalém. Nem mesmo iriam a Belém, a ver se estas coisas eram assim. …

Sozinhos partiram os magos de Jerusalém. Caíam as sombras da noite quando saíram das portas, mas, para sua grande alegria viram novamente a estrela, e foram guiados a Belém. Não tinham, como os pastores, recebido comunicação quanto ao humilde estado da Criança. … Em Belém, não encontraram nenhuma guarda real a proteger o recém-nascido Rei. Não havia a assisti-Lo nenhum dos grandes da Terra. Jesus estava deitado numa manjedoura. Os pais, iletrados camponeses, eram Seus únicos guardas. …

“E, entrando na casa, acharam o Menino com Maria, Sua mãe, e, prostrando-se, O adoraram.” Mateus 2:11. Através da humilde aparência exterior de Jesus, reconheceram a presença da Divindade. — O Desejado de Todas as Nações, 61-63.

Depois que a missão dos sábios fora completada, era seu propósito retornar e levar a Herodes as alegres novas de seu sucesso na jornada. Deus, contudo, enviou Seus anjos durante a noite para modificar o trajeto dos magos. Em visão noturna foram eles claramente orientados quanto a não retornar a Herodes. Eles obedeceram aos mensageiros celestiais e retornaram para casa por outro caminho. — Redemption or the First Advent of Christ With His Life and Ministry, 19.

De igual maneira, recebeu José aviso de fugir para o Egito com Maria e a criança. E o anjo disse: “E demora-te lá até que eu te diga, porque Herodes há de procurar o Menino para O matar.” Mateus 2:13. José obedeceu sem demora, pondo-se de viagem à noite, para maior segurança. …

Em Jerusalém, Herodes aguardava impaciente a volta dos magos. Como passasse o tempo, e não aparecessem, despertaram-se nele suspeitas. … Imediatamente foram enviados soldados a Belém, com ordem de matar todas as crianças de dois anos e para baixo. — O Desejado de Todas as Nações, 64, 65.

Mas um poder mais elevado achava-se operando contra os planos do príncipe das trevas. Anjos de Deus frustraram seus desígnios e protegeram a vida do menino Redentor. — The Signs of the Times, 4 de Agosto de 1887.

José, que ainda se achava no Egito, foi então solicitado por um anjo de Deus a voltar para a terra de Israel. … Ouvindo, porém, que Arquelau reinava na Judéia em lugar de seu pai, receou que o desígnio do pai contra Cristo pudesse ser executado pelo filho. …

Novamente foi José encaminhado para um lugar de segurança. Voltou para Nazaré, sua residência anterior, e ali, por cerca de trinta anos viveu Jesus. … Deus… comissionou anjos para assisti-Lo e protegê-Lo até que cumprisse Sua missão na Terra, e morresse às mãos daqueles a quem viera salvar. — O Desejado de Todas as Nações, 66, 67.

Os anos silenciosos

Desde Seus primeiros anos, [Cristo] viveu uma vida de trabalho. A maior parte de Sua vida terrestre foi gasta em paciente trabalho na oficina de carpintaria de Nazaré. Sob a aparência de um operário comum, o Senhor da vida pisou as ruas da pequena cidade na qual vivia, indo e vindo de Seu humilde trabalho. Anjos ministradores O assistiam enquanto caminhava lado a lado com agricultores e operários, sem ser reconhecido nem honrado. — The Review and Herald, 3 de Outubro de 1912.

Ao longo de Sua infância e juventude, manifestou Ele a perfeição de caráter que marcou Sua vida posterior. Cresceu em sabedoria e conhecimento. Enquanto testemunhava as ofertas sacrificais, o Espírito Santo mostrou-Lhe que Sua vida seria sacrificada para a vida do mundo. Cresceu como uma tenra planta, não em grande e ruidosa cidade, cheia de confusão e problemas, mas nos retirados vales entre montanhas. Desde os primeiros anos foi protegido por anjos celestes, mas ainda assim foi Sua vida uma longa batalha contra os poderes das trevas. Agentes satânicos combinaram-se com instrumentos humanos para encher Sua vida de tentações e provas. Por intermédio de agentes sobrenaturais, Suas palavras, que eram vida e salvação para todos os que as recebiam e praticavam, foram pervertidas e mal-interpretadas. — The Signs of the Times, 6 de Agosto de 1896.

Por Seu exemplo Jesus santificou a humilde senda da vida humana. Durante trinta anos foi habitante de Nazaré. Sua vida foi marcada por diligente trabalho. Ele, a Majestade do Céu, andou pelas ruas revestido da aparência de um humilde trabalhador. Subiu e desceu os caminhos das montanhas para ir e vir de seu trabalho. Não foram enviados anjos para outorgar-Lhe forças sobrenaturais, que Lhe facilitassem o trabalho ou evitassem o cansaço. Entretanto, ao prosseguir em Seus esforços para contribuir com o sustento da família através das lides diárias, possuía Ele o mesmo poder revelado na realização do milagre da multiplicação dos pães para saciar a fome de milhares, nas praias da Galiléia. — The Review and Herald, 1 de Outubro de 1876.

Ellen G.White, A Verdade sobre os Anjos, Capítulo 13. Via Sétimo Dia

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