sexta-feira, 29 de julho de 2011

Um Dia Especial – Precisamos resgatar o princípio da guarda do sábado

O sábado não é um dia comum. Ezequiel 20:20 o apresenta como o grande sinal entre Deus e Seu povo. Ellen White deixa claro que ele é “a pedra de toque da lealdade” (EventosFinais, p. 193), e o próprio Cristo o apresenta como uma grande bênção ao ser humano (Mc 2:27).
No tempo de Cristo, os líderes religiosos o tornaram pesado demais. Eram 1.021 regras, o que fazia do sábado um peso e não uma bênção para o povo.
Precisamos refletir um pouco mais sobre a guarda do sábado. Não podemos correr o risco de sair do extremo do legalismo para o liberalismo, ou do excesso de regras para uma visão puramente pessoal do dia do Senhor. Não podemos permitir que o dia-adia torne comum o que Deus santificou.
Precisamos resgatar o princípio da guarda do sábado. O melhor meio para isso é voltar ao quarto mandamento da lei de Deus (Êx 20:8-11). Suas primeiras palavras apresentam esse princípio:”[...] Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus [...].”
As palavras de Ellen White confirmam isso: “Não te esqueças por negligência: ‘Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra (Êx 20:9). Nesse tempo, devem-se realizar todos os deveres necessários ao preparo para o sábado” (Medicina e Salvação, p. 50).
Diante da orientação quanto ao quarto mandamento, basta fazer uma pergunta bem simples, antes de tomar alguma decisão: Levando em conta o que pretendo realizar, quem será beneficiado? Se o benefício é pessoal, então, um dos dos seis dias da semana é contemplado. Se o benefício está ligado a Deus e às questões espirituais, ele combina com o sábado.
Tenho me preocupado com a maneira com que o sábado tem sido tratado por alguns. Por exemplo:

Viagens particulares

O dia do Senhor não é tempo para viagens particulares. Elas atendem nosso interesse pessoal e seu lugar está nos seis dias da semana. Ellen White adverte: “Temo que muitas vezes empreendamos nesse dia viagens que bem poderiam ser evitadas. De conformidade com a luz que o Senhor nos tem concedido em relação com a observância do sábado, devemos ser mais escrupulosos quanto a viagens nesse dia. Para ir à igreja, que requer a nossa cooperação ou à qual devemos transmitir a mensagem que Deus lhe destina, pode tornar-se necessário viajar no sábado; mas sempre que possível devemos, no dia anterior, comprar a passagem e tomar todas as disposições necessárias. Quando empreendermos viagem, devemos esforçar-nos o possível por evitar que o dia da chegada ao destino coincida com o sábado” (Testemunhos Seletos, v. 3, p. 26).

Trabalho

O sábado é dia de descanso das atividades particulares. Não é dia de trabalho, mesmo que aparentemente justificável. O exercício de algumas profissões, sob o argumento do risco de vida e da emergência, leva ao enfraquecimento espiritual de algumas pessoas. Tudo começa com a racionalização de que se trata de serviço ao próximo e, no fim, vira rotina de trabalho. Por mais que alguns façam planos de doar para a igreja o valor recebido pelo sábado trabalhado, o que está realmente em jogo é a relação com Deus.

Almoçar fora ou comprar alimentos

Se não há um caso de emergência, esses hábitos também devem ser evitados, pois envolvem um tipo de negociação que não tem a ver com o sábado e um estilo de lugar que não tem conexão com a vida espiritual.

Dormir

O sábado é uma oportunidade para desfrutarmos descanso e tranqüilidade. Por outro lado, não podemos consumi-lo todo, ou quase todo, dormindo para recobrar as energias que queremos usar em nossos seis dias. Às vezes, ele é usado, em grande parte, para dormir, sobrando energia para fazer outras atividades à noite. Por que essa energia não é usada durante o sábado para servir à causa de Deus? Por que deixar de ir à igreja para ficar em casa dormindo? Será que faríamos isso com compromissos pessoais, durante a semana?

Horário do pôr-do-Sol

Esse é um momento que precisa ser fortalecido. Não podemos trabalhar até o último minuto e deixar de lado o culto de pôr-do-sol, começando o sábado na rua, na estrada, em arrumações ou de alguma outra maneira incompatível com a chegada do sábado. O culto de pôr-do-sol precisa ser aquele momento em que nos cumpre estar preparados para receber o dia do Senhor. Por mais que a vida de hoje seja agitada, não devemos permitir que a porta de entrada do sábado fique fechada.
Procuremos fortalecer o dia do Senhor em nossos lares e na igreja.
Texto de autoria de Ertön Köhler, presidente da Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista. Publicado na Revista Adventista de Dezembro/2008.
Fonte: Sétimo Dia

0 comentários:

Postar um comentário

▲ TOPO DA PÁGINA