segunda-feira, 9 de maio de 2011

Uma Vez Salvo, Sempre Salvo?

A passagem de S. João 10:27-29 não prova indiscutivelmente que é correta a posição de muitas corporações cristãs segundo a qual uma vez salvo, o pecador, pela graça de Cristo, jamais perderá sua experiência de salvação?
Dizem os textos aludidos: “As Minhas ovelhas ouvem a minha voz e Eu as conheço, e elas Me seguem; Eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; e ninguém pode arrebatá-las da Minha mão. Meu Pai que Mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de Meu Pai”.
Essa declaração de Cristo significa que Suas ovelhas não estão em perigo de inimigos, pois homem algum poderá arrebatá-las de Suas mãos. Ele tem poder para guardar-nos quando dedicamos nossas vidas ao Senhor. Depende de nós, porém, o fato de Ele poder ou não usar tal poder em nosso benefício.
Todos concordarão em que Deus concede ao pecador liberdade para escolher se aceitará ou rejeitará a salvação. Após tê-la aceito e estar salvo, Deus não suprimirá dele a sua liberdade de escolha, O indivíduo justificado poderá ainda escolher permanecer salvo ou retornar à sua condição de não salvo.
O tema da salvação, propósito, é apresentado nas Escrituras três diferentes tempos verbais:
Passado
Justificação obtida: “Não em virtude de obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a Sua misericórdia, salvou mediante o lavar da regeneração e renovação pelo Espírito Santo” (Tito 3:5). A pessoa é salva da penalidade do pecado.
Presente
Santificação em operação: “Pois a mensagem da morte de Cristo na cruz parece loucura para os que estão se perdendo, mas para nós que estamos sendo salvos, é o poder de Deus” (I Cor. 1:18, A Bíblia na Linguagem de Hoje — S.B.B). A pessoa está passando por um processo de salvação, sendo liberta do poder do pecado.
Futuro
Glorificação final: “Pelo poder de Deus sois guardados, mediante a fé, para salvação que está preparada para se revelar no último tempo” (I Pedro 1:5). A pessoa será libertada total e definitivamente da própria presença do pecado.
A doutrina de que um cristão não pode perder a vida eterna tende a inspirar um sentimento de falsa segurança que poderá levar ao desastre.
Paulo advertiu contra isso ao dizer: “Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia” (I Cor. 10:12). No contexto imediato ele lembra o exemplo da apostasia de muitos em Israel, mostrando que “tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso” (v 11).
Ainda à luz do triste exemplo de Israel, o próprio apóstolo fala da possibilidade de sua própria rejeição (ver I Cor. 9:27, cf, vs. 23 a 10:14).
Neste contexto, convém lembrar as palavras de Paulo dirigidas aos gálatas (cap. 5, verso 4): “De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes”. Os que decaíram da graça é porque, anteriormente, estavam firmados nela.
Finalmente, como confirmação de que Bíblia aponta a possibilidade de uma pessoa genuinamente salva desviar-se do caminho da salvação, e da necessidade de perseverar na fé, examinar as passagens seguintes: S. Lucas 9:62; S. Mateus 24:13; Hebreus 3:14; Colossenses 1:21-23; I Timóteo 1:19; II S. Pedro 2:20-22 e 3:17; 1 Cor. 15:1 e 2.
- Extraído de “Consultoria Doutrinária”, págs. 50-52.

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