“E eis que sobreveio no mar uma grande tempestade, de sorte que o barco era varrido pelas ondas. Entretanto, Jesus dormia” (Mateus 8:24).
O Senhor leva os discípulos ao barco. Eles estão sob Sua direção e proteção. Mas Jesus adormece em meio à tempestade.
Lemos em Mateus 8:20 que o Filho do homem "não tem onde reclinar a cabeça", e agora dorme "na popa sobre um travesseiro" (Mc 4:38).
Que imagem da divindade, da humilhação voluntária e da humanidade perfeita daquele que é o mesmo ontem, hoje e eternamente!
Se a tempestade se levanta contra nós, que estamos sob a direção dessa mão e fomos claramente conduzidos até aqui, não devemos temer. Não precisamos ter medo — ainda que Ele pareça dormir e não intervenha imediatamente — se o barco onde Ele está for ameaçado pelo vento e por ondas que aumentam furiosamente.
Podemos duvidar, nós, que recebemos tantas provas de Sua presença e fidelidade? Já surgiu em nossa mente o pensamento de que talvez Ele não se importe conosco e nos deixe perecer?
Será que esquecemos que foi Ele quem nos conduziu a esta situação, permitida pelo nosso Deus? Não, não podemos duvidar!
Nossa fé está sendo provada, mas Ele está presente. Não está escrito: "Entrando Ele no barco, Seus discípulos o seguiram" (v. 23)?
Nossa fé é mais preciosa para Ele que o ouro perecível. Entregamos nossa vida a Ele, que Se deu a nós. Nossa vocação, que é posta à prova, nasceu da união entre Seu apelo e nossa resposta.
Cristo não dorme: espera o momento de intervir. Está pronto a se levantar para ameaçar os ventos e as ondas — e haverá livramento.
Os ventos e as ondas lhe obedecem. Ele está no barco, ou melhor, estamos ali com Ele. Ele nunca nos deixará perecer. "Por que sois tímidos, homens de pequena fé?" (v. 26), ele nos diz.
Exatamente quando perceber que a tempestade cumpriu Sua finalidade educativa, Ele intervirá e haverá grande calmaria.
- Extraído de H. E. Alexander, Orvalho da Manhã.
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