quarta-feira, 18 de julho de 2012

Animais também choram a morte de seus filhotes



Deu no G1: Um golfinho foi fotografado carregando o corpo de seu filhote no mar em uma espécie de “ritual de luto”. A cena foi presenciada por turistas em uma região autônoma da China chamada Guangxi Zhuang, famosa por concentrar esses animais. O mamífero adulto levantou o filhote morto várias vezes até a superfície, como se estivesse tentando ajudá-lo a respirar. Depois, empurrou o bebê da costa em direção a águas mais profundas. Um corte profundo foi observado na barriga do filhote, o que pode ter sido feito pela hélice de um barco. Muitas embarcações frequentam o local para levar turistas.


Anteriormente, pesquisadores já observaram golfinhos carregando ou empurrando filhotes que nasceram mortos ou morreram ainda jovens. Os animais demonstram angústia e ficam até vários dias com o corpo do bebê por perto.


“Rituais de luto” no reino animal já foram vistos entre baleias, elefantes, chimpanzés e gorilas. Embora os especialistas relutem em atribuir emoções humanas aos bichos, esse comportamento dos golfinhos parece mostrar que eles têm, pelo menos, consciência sobre sua mortalidade e podem até “contemplar” uma eventual morte. Outros indivíduos parecem incapazes de aceitar o fato.


Em 2011, o G1 também publicou esta notícia: O site do jornal britânico Daily Mail divulgou [...] a imagem de uma chimpanzé lamentando a morte do filhote de apenas 16 meses de idade. O registro foi feito por câmeras de cientistas do Instituto Max Planck de Psicolinguística, da Alemanha, que estudavam exatamente como os primatas enfrentam perdas.


A chimpanzé filmada carregou o corpo morto do filhote durante 24 horas, antes de largá-lo cuidadosamente no chão. A mãe continuou a observar e a tocar no corpo. Ela ainda levou outros chimpanzés para notarem o primata falecido.


Com forte relação com os filhotes, a fêmea de chimpanzé carrega a cria durante os dois primeiros anos e continua a amamentá-la até os seis anos de idade.

Comentário da jornalista Agatha Lemos: “Ainda acham que os animais podem ser mortos sem consequências... eles próprios sofrem com as perdas. Queria que a evolução explicasse o apego entre os animais. Será que eles choram por que, com  a morte de seus filhos, sentem (por intuição ou instinto) que estão mais vulneráveis perante grupos mais fortes e com mais unidades? É claro que não! Choram e lamentam porque não foram feitos para morrer.”

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