Base: 1Reis 18
Quero convidar você a refletir comigo sobre um dos acontecimentos mais conhecidos do Antigo Testamento – a batalha no Monte Carmelho.
Elias foi um profeta que surgiu em cena na história bíblica de forma inesperada e repentina. Muito pouco é mencionado a seu respeito (1Reis 17:1). Ele surge em um momento de grande apostasia espiritual, durante o reinado do ímpio Acabe e sua esposa Jezabel.
Sob influência da rainha idólatra, Acabe havia levado o reino à completa apostasia em relação a Jeová. Baal estava agora presente nos templos e nos locais de culto, antes consagrados ao Deus de Israel.
Como conseqüência de sua rebelião, uma forte seca é determinada sobre Israel, através dos lábios do valente profeta Elias. Deus o estava utilizando para reconduzir o povo à adoração verdadeira.
DESAFIANDO OS PROFETAS DE BAAL (1Rs 18:19-25)
Eu sempre fiquei curioso por saber o porquê de Elias ter escolhido o Monte Carmelo. Até que descobri o motivo, pois de acordo com o Dicionário Bíblico Universal, o Carmelo era um bonito monte, que sempre estava recoberto por uma vegetação vistosa e verdejante.
Porém, devido à seca, o Carmelo estava “morto”. A vegetação havia secado, e ele se tornara um símbolo perfeito da desaprovação de Deus pelo procedimento idólatra do povo. Foi neste contexto que Elias propõe uma prova na qual apenas o verdadeiro Deus poderia sair vitorioso. O povo deveria fazer sua escolha ao final do embate: ou Jeová ou Baal (v. 21)
É interessante notar que o Senhor já havia feito milagres semelhantes no passado (Gn 15:17), e Elias sabia que Ele poderia realizá-los novamente. Como Baal era um deus importante e responsável pela chuva, o insulto de Elias com relação à seca havia deixado os seus adoradores muito constrangidos. Agora era a oportunidade para Baal mostrar que merecia a adoração que lhe estava sendo oferecida por Israel.
ADORAÇÃO A BAAL X ADORAÇÃO A JEOVÁ (vv. 26-29)
Os profetas de Baal iniciaram de manhã cedo um ritual de súplicas ao seu deus, que durou toda a manhã, sem nenhum êxito. Ao meio-dia eles iniciam um ritual ainda mais humilhante e ineficaz, passando a manquejar e pular de uma perna só, para que Baal os atendesse.
O povo de Israel, que estava ao pé do Carmelo, teve a oportunidade de ver o quanto é ridículo adorar a um deus falso. Certamente, puderam se lembrar da beleza da adoração no santuário, do sacerdócio levítico e de como Deus Se fazia presente no meio do Seu povo (ah como estava fazendo falta o Shekináh!).
Já percebendo que não estavam conseguindo resultados satisfatórios, os profetas de Baal iniciam um processo de autoflagelação, tão comum entre comunidades idólatras e pagãs (você já deve ter visto algo parecido na televisão). Fico impressionado com a coragem de Elias, pois a Bíblia diz que ele aproveitou a situação ridícula dos profetas de Baal, para zombar de seu estado patético (v. 27).
Porém, após todo um dia de gritarias, danças e rituais sanguinários, nada aconteceu (v. 29). Já era de se esperar...
CONVIDANDO O POVO A UMA RECONSAGRAÇÃO (vv. 30-35)
Elias começa sua “cerimônia”, fazendo um convite ao povo: “venham para perto de mim”.
Durante todo o dia eles puderam ver a diferença entre adorar ao Deus Verdadeiro ou a outro qualquer. Como deveriam estar decepcionados consigo mesmo pela maneira ingrata com que agiram contra o Pai!
O convite de Elias representou o convite de Deus – “cheguem-se a Mim”. Você já ouviu esse convite alguma vez? Já sentiu que por algum momento estava tão distante do Pai, que Ele necessitou “gritar” para que você O ouvisse? Eu já senti... O verso 30 diz que “todo o povo atendeu ao apelo” – eles estavam carentes do aconchego do Pai. Baal só lhes trazia amargura, remorso e desilusão... Agora eles podiam novamente sentir o amor de Deus sendo dirigidos a eles... que cena linda deve ter sido!
Em seguida, Elias restaura o altar (vv. 30-32). Todo o sistema sacrifical que Deus havia instituído estava esquecido. O altar havia sido desprezado por tanto tempo. Mas agora eles deveriam restaurá-lo antes que Deus operasse o milagre.
Para dificultar ainda mais, e mostrar ao povo que Deus não necessita de ajuda humana, 12 “baldes” de água foram jogados sobre o sacrifício. Quão valente e corajoso era Elias! Em um período de extrema seca, ele solicita um “desperdício” tão grande de água. Mas isto também fazia parte da lição que Deus queria lhes ensinar.
DEUS ATENDE A ORAÇÃO HUMILDE E SINCERA DO PROFETA (vv. 36-39)
Ao contrário da ladainha proferida durante todo o dia pelos profetas de Baal, Elias inicia uma oração singela e objetiva, provinda de um coração que sabia que somente o poder e a misericórdia de Deus é que poderiam tirar o povo daquele estado de apostasia.
Elias nos dá um grande exemplo para estes últimos dias. Enquanto muitos pregam um culto a Deus cheio de emoção e sensacionalismo, com gritarias, danças, e tudo que for para exaltar o emocional, Elias mostra que Deus Se agrada mesmo é de uma adoração humilde, racional e sincera. Que lição para os que acham que o culto só é “inspirado” se tiver muita música alta, orações “gritadas”, palmas, coreografias, etc.!
Após umas poucas palavras de oração do profeta, o fogo desce veloz do céu. Todos puderam comprovar que Jeová ainda estava vivo. Puderam ver que o Senhor não abandonara Seu povo, e que Ele estava disposto a restaurá-los à Sua comunhão.
O resultado não poderia ser outro. Deus ouviu a oração do Seu servo e reconduziu o povo à adoração verdadeira (v. 39).
O QUE POSSOAPRENDER DA HISTÓRIA DE ELIAS?
A trajetória de Elias foi de grandes vitórias. No Carmelo ele mostrou que confiava em Deus e estava pronto para provar a Israel que Jeová estava vivo e continuava com Seu povo. Elias saiu vitorioso porque permaneceu firme no que era correto, apesar de aparentemente todos os demais terem se acovardado e apostatado.
Nos dias atuais também nos defrontaremos com ocasiões em que precisaremos permanecer firmes, apesar de parecer que todos os demais abandonaram a Deus. Como jovens, precisaremos aceitar o chamado para sermos o “Elias do Tempo do Fim”, e em todos os lugares (escola, trabalho, amigos, família) representarmos a Deus de forma digna e confiante.
Você lembra de algum momento em que “apenas você” (pelo menos de forma aberta) estava defendendo os princípios de Deus? Talvez até mesmo algum outro jovem da Igreja estivesse por perto, mas preferiu se calar, enquanto você levou todo o peso que os fiéis e sinceros devem suportar...
Aceite o chamado de Deus para ser Seu representante, um “Elias” Moderno, e levantar bem alto a bandeira do Jeová Vivo.
A parte mais difícil Ele já fez por você...
Quero convidar você a refletir comigo sobre um dos acontecimentos mais conhecidos do Antigo Testamento – a batalha no Monte Carmelho.
Elias foi um profeta que surgiu em cena na história bíblica de forma inesperada e repentina. Muito pouco é mencionado a seu respeito (1Reis 17:1). Ele surge em um momento de grande apostasia espiritual, durante o reinado do ímpio Acabe e sua esposa Jezabel.
Sob influência da rainha idólatra, Acabe havia levado o reino à completa apostasia em relação a Jeová. Baal estava agora presente nos templos e nos locais de culto, antes consagrados ao Deus de Israel.
Como conseqüência de sua rebelião, uma forte seca é determinada sobre Israel, através dos lábios do valente profeta Elias. Deus o estava utilizando para reconduzir o povo à adoração verdadeira.
DESAFIANDO OS PROFETAS DE BAAL (1Rs 18:19-25)
Eu sempre fiquei curioso por saber o porquê de Elias ter escolhido o Monte Carmelo. Até que descobri o motivo, pois de acordo com o Dicionário Bíblico Universal, o Carmelo era um bonito monte, que sempre estava recoberto por uma vegetação vistosa e verdejante.
Porém, devido à seca, o Carmelo estava “morto”. A vegetação havia secado, e ele se tornara um símbolo perfeito da desaprovação de Deus pelo procedimento idólatra do povo. Foi neste contexto que Elias propõe uma prova na qual apenas o verdadeiro Deus poderia sair vitorioso. O povo deveria fazer sua escolha ao final do embate: ou Jeová ou Baal (v. 21)
É interessante notar que o Senhor já havia feito milagres semelhantes no passado (Gn 15:17), e Elias sabia que Ele poderia realizá-los novamente. Como Baal era um deus importante e responsável pela chuva, o insulto de Elias com relação à seca havia deixado os seus adoradores muito constrangidos. Agora era a oportunidade para Baal mostrar que merecia a adoração que lhe estava sendo oferecida por Israel.
ADORAÇÃO A BAAL X ADORAÇÃO A JEOVÁ (vv. 26-29)
Os profetas de Baal iniciaram de manhã cedo um ritual de súplicas ao seu deus, que durou toda a manhã, sem nenhum êxito. Ao meio-dia eles iniciam um ritual ainda mais humilhante e ineficaz, passando a manquejar e pular de uma perna só, para que Baal os atendesse.
O povo de Israel, que estava ao pé do Carmelo, teve a oportunidade de ver o quanto é ridículo adorar a um deus falso. Certamente, puderam se lembrar da beleza da adoração no santuário, do sacerdócio levítico e de como Deus Se fazia presente no meio do Seu povo (ah como estava fazendo falta o Shekináh!).
Já percebendo que não estavam conseguindo resultados satisfatórios, os profetas de Baal iniciam um processo de autoflagelação, tão comum entre comunidades idólatras e pagãs (você já deve ter visto algo parecido na televisão). Fico impressionado com a coragem de Elias, pois a Bíblia diz que ele aproveitou a situação ridícula dos profetas de Baal, para zombar de seu estado patético (v. 27).
Porém, após todo um dia de gritarias, danças e rituais sanguinários, nada aconteceu (v. 29). Já era de se esperar...
CONVIDANDO O POVO A UMA RECONSAGRAÇÃO (vv. 30-35)
Elias começa sua “cerimônia”, fazendo um convite ao povo: “venham para perto de mim”.
Durante todo o dia eles puderam ver a diferença entre adorar ao Deus Verdadeiro ou a outro qualquer. Como deveriam estar decepcionados consigo mesmo pela maneira ingrata com que agiram contra o Pai!
O convite de Elias representou o convite de Deus – “cheguem-se a Mim”. Você já ouviu esse convite alguma vez? Já sentiu que por algum momento estava tão distante do Pai, que Ele necessitou “gritar” para que você O ouvisse? Eu já senti... O verso 30 diz que “todo o povo atendeu ao apelo” – eles estavam carentes do aconchego do Pai. Baal só lhes trazia amargura, remorso e desilusão... Agora eles podiam novamente sentir o amor de Deus sendo dirigidos a eles... que cena linda deve ter sido!
Em seguida, Elias restaura o altar (vv. 30-32). Todo o sistema sacrifical que Deus havia instituído estava esquecido. O altar havia sido desprezado por tanto tempo. Mas agora eles deveriam restaurá-lo antes que Deus operasse o milagre.
Para dificultar ainda mais, e mostrar ao povo que Deus não necessita de ajuda humana, 12 “baldes” de água foram jogados sobre o sacrifício. Quão valente e corajoso era Elias! Em um período de extrema seca, ele solicita um “desperdício” tão grande de água. Mas isto também fazia parte da lição que Deus queria lhes ensinar.
DEUS ATENDE A ORAÇÃO HUMILDE E SINCERA DO PROFETA (vv. 36-39)
Ao contrário da ladainha proferida durante todo o dia pelos profetas de Baal, Elias inicia uma oração singela e objetiva, provinda de um coração que sabia que somente o poder e a misericórdia de Deus é que poderiam tirar o povo daquele estado de apostasia.
Elias nos dá um grande exemplo para estes últimos dias. Enquanto muitos pregam um culto a Deus cheio de emoção e sensacionalismo, com gritarias, danças, e tudo que for para exaltar o emocional, Elias mostra que Deus Se agrada mesmo é de uma adoração humilde, racional e sincera. Que lição para os que acham que o culto só é “inspirado” se tiver muita música alta, orações “gritadas”, palmas, coreografias, etc.!
Após umas poucas palavras de oração do profeta, o fogo desce veloz do céu. Todos puderam comprovar que Jeová ainda estava vivo. Puderam ver que o Senhor não abandonara Seu povo, e que Ele estava disposto a restaurá-los à Sua comunhão.
O resultado não poderia ser outro. Deus ouviu a oração do Seu servo e reconduziu o povo à adoração verdadeira (v. 39).
O QUE POSSOAPRENDER DA HISTÓRIA DE ELIAS?
A trajetória de Elias foi de grandes vitórias. No Carmelo ele mostrou que confiava em Deus e estava pronto para provar a Israel que Jeová estava vivo e continuava com Seu povo. Elias saiu vitorioso porque permaneceu firme no que era correto, apesar de aparentemente todos os demais terem se acovardado e apostatado.
Nos dias atuais também nos defrontaremos com ocasiões em que precisaremos permanecer firmes, apesar de parecer que todos os demais abandonaram a Deus. Como jovens, precisaremos aceitar o chamado para sermos o “Elias do Tempo do Fim”, e em todos os lugares (escola, trabalho, amigos, família) representarmos a Deus de forma digna e confiante.
Você lembra de algum momento em que “apenas você” (pelo menos de forma aberta) estava defendendo os princípios de Deus? Talvez até mesmo algum outro jovem da Igreja estivesse por perto, mas preferiu se calar, enquanto você levou todo o peso que os fiéis e sinceros devem suportar...
Aceite o chamado de Deus para ser Seu representante, um “Elias” Moderno, e levantar bem alto a bandeira do Jeová Vivo.
A parte mais difícil Ele já fez por você...
Fonte: Gilson Medeiros
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