Brasília, DF… [ASN] O presidente da Rádio Mundial Adventista, pastor Dowell Chow, participou, em maio deste ano, do Encontro Mundial de Centros de Mídia da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que aconteceu na sede da Rede Novo Tempo, em Jacareí, São Paulo. Na oportunidade concedeu esta entrevista para a ASN. Acompanhe.
ASN – Fale um pouco sobre os números da Rádio Mundial. Pessoas alcançadas, rádios em funcionamento, etc.
Pastor Chow – Trabalhamos com ondas curtas e temos 8 transmissores espalhados pelo mundo. Um deles é de propriedade da Igreja e fica na Ilha de Guam, ali há quatro transmissores de alta frequência. Temos sete outros transmissores alugados na Europa, Ásia, Sri Lanka, Taiwan, entre outros. Desses lugares transmitimos diariamente em 89 idiomas. Cobrimos toda Europa, Ásia, África, além da Indonésia, e ilhas do sudeste da Ásia. As Américas do Norte e do Sul são cobertas com internet e podcasts. Não temos muita atividade nesses continentes porque são regiões onde as pessoas têm inúmeros meios de receber o evangelho. Nossa ênfase é na Janela 10/40.
Recebemos notícias de muitas regiões, porém, de outros lugares as informações são quase zero porque as pessoas não podem escrever por proibição do governo, analfabetismo ou pobreza.
Por exemplo, do Vietnã, que é um país comunista, as pessoas não escrevem porque a correspondência é censurada. Até chamadas telefônicas são perigosas. Na China e Coréia do Norte acontece o mesmo. Mas temos informação, via celular, de que no Vietnã temos muitos ouvintes. Notícias dizem que há mais de 250 mil pessoas guardando o sábado naquele lugar. São pessoas que não estão batizadas porque não podemos chegar a elas, é proibido, mas sabemos que estão guardando o sábado.
A população desses países sabe que as emissoras locais são controladas, então usam as ondas curtas porque querem saber o que está acontecendo no mundo. Dessa forma chegam até a nossa rádio.
Recebemos notícias de muitas regiões, porém, de outros lugares as informações são quase zero porque as pessoas não podem escrever por proibição do governo, analfabetismo ou pobreza.
Por exemplo, do Vietnã, que é um país comunista, as pessoas não escrevem porque a correspondência é censurada. Até chamadas telefônicas são perigosas. Na China e Coréia do Norte acontece o mesmo. Mas temos informação, via celular, de que no Vietnã temos muitos ouvintes. Notícias dizem que há mais de 250 mil pessoas guardando o sábado naquele lugar. São pessoas que não estão batizadas porque não podemos chegar a elas, é proibido, mas sabemos que estão guardando o sábado.
A população desses países sabe que as emissoras locais são controladas, então usam as ondas curtas porque querem saber o que está acontecendo no mundo. Dessa forma chegam até a nossa rádio.
ASN – Como está a atuação da rádio em países de fala árabe?
Pastor Chow – A maioria dos países de idioma árabe está na janela 10/40. Temos programas em idioma árabe para penetrar nessas áreas em ondas curtas. Temos também programas em outras línguas para atingir países como Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, países que têm idiomas da gente nômade, do deserto. São muçulmanos e temos que alcançá-los em sua própria língua.
ASN – Como é a seleção de pessoal para falar todas estas línguas?
Pastor Chow - É um grande desafio. Temos 50 estúdios de produção em todo o mundo. Meu trabalho se concentra em procurar pessoas nativas que possamos empregar para atuarem como produtores de rádio. Não usamos tradução, temos gente contextualizada, ou seja, nosso pessoal fala de coisas que conhece, que vivencia. O maior desafio é encontrá-los e mantê-los. Acabamos de contratar um jovem tibetano adventista, que já está produzindo bons programas no Tibete.
ASN – A Rádio Mundial conta somente com pessoas contratadas ou também tem voluntários?
Pastor Chow – Os centros de produção são controlados pelos campos locais da Igreja nesses países. Por exemplo, temos um estúdio em Bangladesh que é administrado pela União local, ou seja, por líderes da igreja local. Os escritórios locais da Igreja é que controlam e operam estes centros de produção. Em alguns casos ajudamos financeiramente, mas nosso foco é oferecer equipe, treinamento grátis e material para que tenham recursos para o trabalho.
ASN – Conte algumas histórias de conversões através da Rádio Mundial.
Pastor Chow – Em março de 2012 fiquei sabendo de um senhor, residente no Marrocos, um país africano, muçulmano e monárquico, onde não há templos adventistas. Por vários anos este senhor escreveu e-mails e agora, no mês de março de 2012, viajou por conta própria do Marrocos para a cidade de Dacar, no Senegal, apenas para ser batizado. Pessoas como ele nos escrevem e-mails para avisar que estão crendo em Jesus e guardando o sábado.
Há também a história de um jovem coreano que estava estudando em uma Universidade na China. Ele era ateu e comunista. Sintonizando a rádio escutou A Voz da Esperança em seu idioma, o coreano. Escreveu para o estúdio e recebeu estudos bíblicos. Ele foi batizado, se mudou para o Colégio Adventista que há no Japão e hoje é um pastor na China. Outros dois companheiros dele também se converteram.
Temos ainda casos como o que acontece no nosso estúdio de Hong Kong, onde se faz programas em mandarim. Ali temos um pastor de uma igreja virtual. Não há uma construção, não há um prédio, mas há 300 membros virtuais na China. Ele pastoreia toda essa gente.
São estas as formas que utilizamos para alcançarmos estes lugares difíceis. Como estas há muitas outras histórias.
ASN – Como é possível ajudar a Rádio Mundial?
Pastor Chow – Em primeiro lugar orando pelos produtores e pelos ouvintes. Além disso, temos uma oferta anual oficial, que é coletada em nossas igrejas, em todo o mundo, no segundo sábado de março. Também é possível doar para Rádio Mundial através do site www.awr.org. [Entrevista concedida ao jornalista Felipe Lemos, com transcrição de Márcia Ebinger]
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