Raros são aqueles que não gostam de beliscar algo doce pela manhã ou depois do almoço. Mas, como esse elemento consegue atrair tanto com sua doçura e sabor e ao mesmo tempo ser o grande vilão de uma gama de doenças que acomete a humanidade?
Todas as vezes que pensamos nos males do açúcar logo vem em nossa mente o Diabetes. Mas será que essa seria a única doença degenerativa incapacitante provocada pelo doce vilão?
Estudos clínicos têm demonstrado que o açúcar está envolvido na formação de vários tipos de câncer, dentre eles, o câncer de pâncreas, intestino, mamas, ovários, rins, e sistema nervoso. Justamente por diminuir drasticamente as defesas do corpo, o açúcar tem sido relacionado a vários tipos de doenças infecciosas por reduzir a habilidade dos leucócitos (glóbulos brancos do sangue) destruírem as bactérias. A cada colher de açúcar ingerido por dia, menor o número de agentes patogênicos neutralizados pelo sistema imunológico.
O açúcar também é responsável pela hipertrigliceridemia – só o nome já assusta. O aumento do triglicerídeo no sangue, juntamente com o colesterol, contribui para a formação das famosas placas de ateroma que obstruem as artérias, levando ao temido infarto agudo do miocárdio e ao acidente vascular encefálico ou derrame cerebral.
A lista negra de “crimes” praticados por esse réu só aumenta: cáries, mau hálito, fermentação, má digestão, dores de cabeça, mau humor e irritabilidade, diminuição de memória, além do seu alto poder viciante. Lembrar que quando ele entra em excesso no nosso organismo, é armazenado em forma de gordura. É agente promotor de envelhecimento precoce e fadiga crônica.
Quando falamos de açúcar podemos considerar qualquer tipo, seja ele branco, mascavo, melado ou mel. Claro que o refinado encabeça o grupo por ser considerado uma caloria vazia, ou seja, altamente desprovido de vitaminas e sais minerais. O problema é que o açúcar nem sempre entra na nossa alimentação de maneira explícita, mas escondido em boa parte dos produtos industrializados.
Não poderia terminar sem falar do Diabetes Mellitus – doença crônica que acomete 23.6 milhões de pessoas nos EUA e quase 15 milhões de brasileiros. O diabético não produz o hormônio insulina (diabetes tipo 1) ou não consegue utilizá-la adequadamente (diabetes tipo 2) com consequente aumento dos níveis de glicose no sangue. Graves são as complicações dessa doença: cegueira, insuficiência renal, impotência sexual masculina, doenças cardiovasculares, amputação de membros. Se você anda com muita sede, muita fome, urinando em grande quantidade, com sensação de fraqueza, enjoo e mal estar, procure um médico – você pode estar sendo acometido por essa temida doença.
Você deve estar pensando: então, doce nunca mais? Calma! Vamos dar uma dica de como usar o açúcar com extrema moderação sem trazer tantos agravos. O ideal é que se dê preferência aos carboidratos complexos como amidos e carboidratos associados às fibras, pois elas retardam a taxa de absorção dos açúcares simples evitando a rápida demanda de insulina pelo pâncreas. As fibras contidas em verduras, legumes e cereais fazem liberação lenta e progressiva do açúcar, ajudando a não elevar os níveis sanguíneos da glicose. Evite comer doce após uma refeição contendo vegetais verdes, pois causa fermentação e embota a mente. Pela manhã, utilize o açúcar natural da própria fruta e você verá como seu paladar ficará mais apurado; seu corpo e mente agradecidos e saudáveis.
Esse foi o relatório da Ciência – o promotor de acusação do açúcar. Diante de tantos males produzidos por ele, alguém ousaria ser seu advogado de defesa?
Que chegue logo o dia em que um pacote de açúcar trará a inscrição: "O Ministério da Saúde adverte: este produto é prejudicial à saúde". A proposta da OMS (Organização Mundial de Saúde) é reduzir o consumo de açúcar de 19% para 10%. Já é um grande passo na conquista da saúde plena.
Fonte: Literalmente Verdade
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