“Eu me casarei com você para sempre; eu me casarei com você com justiça e retidão, com amor e compaixão” (Oseias 2:19).
Nenhum outro livro da Bíblia revela o profundo e anelante amor de Deus como o livro de Oseias. Esse pequeno livro, muitas vezes ignorado, é o primeiro dos “profetas menores”, assim chamados não por apresentarem uma mensagem menos importante, mas por serem menos extensos do que Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel.
O livro de Oseias se divide em duas partes. Os capítulos de 1 a 3 narram a história de amor do profeta, sua esposa, Gômer, e seus filhos. Os últimos 11 capítulos se concentram em Jeová e Sua noiva, Israel. Além desse esboço, o livro requer uma análise mais profunda. Boa parte do livro de Oseias consiste em uma série de clamores angustiados que expressam tristeza pela condescendência com o pecado e a degradação de uma esposa adúltera. O orador é Deus, desesperado por Seu povo desobediente.
O livro inicia com uma ordem de Jeová que o profeta certamente mal pôde compreender: “Vá, tome uma mulher adúltera e filhos da infidelidade, porque a nação é culpada do mais vergonhoso adultério por afastar-se do Senhor” (Os 1:2). Eles se casam, Gômer engravida e dá um filho a Oseias. Mais tarde, dá à luz uma menina, em seguida um menino, mas não identificados como sendo filhos legítimos de Oseias. O relato é sucinto, deixando-nos ler nas entrelinhas. No capítulo 3, lemos a ordem do Senhor para que Oseias aceite Gômer de volta. “Vá, trate novamente com amor sua mulher, apesar de ela ser amada por outro e ser adúltera” (verso 1). Aparentemente, ela o havia deixado e se tornado escrava. Oseias a compra de volta (verso 2).
Será que essa história foi real, ou se trata de uma espécie de parábola? A evidência da Palavra de Deus é que se trata de uma história verídica, uma inacreditável história de amor e de esperança para uma esposa infiel. De sua experiência agonizante – o entusiasmo do amor genuíno, a dor de um casamento fracassado, a luta para perdoar e amar novamente — o profeta compreende uma história de amor ainda mais inacreditável, o amor de Deus por Israel.
Deus amou tanto os judeus? Não seria o mesmo que perguntar por que Ele ama a você e a mim tão intensamente? Por que Ele está disposto a Se relacionar conosco, apesar de nossa infidelidade? Por que Ele nos perdoa? Por que Ele nos aceita de volta? Unicamente porque “Deus é amor” (1 Jo 4:16). Foi essa a lição que Oseias aprendeu. Foi isso o que Jesus nos mostrou.
-> Autoria: William G. Johnsson
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