“Foi de partir o coração ter de escolher um berço para uma e um caixão para outra”. Disse Kerry Carruthers, de 32 anos, que descobriu na 24ª semana de gravidez que uma de suas filhas gêmeas morreu após uma cirurgia a laser para corrigir a síndrome de transfusão feto-fetal. Como havia pouco sangue e líquido amniótico, o bebê não pode se desenvolver. Para salvar a vida do outro, a mãe que mora em Cornwall, na Inglaterra, precisou carregá-lo morto em seu útero até entrar em trabalho de parto.
"Foi de partir o coração", disse Kerry.
Por que no mundo há casos como esse, sendo que a Bíblia diz que Cristo “levou sobre si as nossas enfermidades, e que pelas suas pisaduras fomos sarados…”?
“Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53:4-5).
Como harmonizar isto com o fato de existirem doenças hoje? Este verso deve ser entendido à luz da própria Bíblia. Podemos usar vários textos sobre o mesmo assunto, mas vamos estudar o paralelo: Mateus 8:16-17.
“Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes, para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças” (Mt 8:16-17).
Podemos perceber que o verso de Isaías não é em si uma garantia de Deus de que no mundo não mais existiriam as doenças ou a morte (Rm 6:23) pelo fato de Jesus ter vindo e morrido por nós na cruz. A expressão “tomou sobre si as nossas enfermidades” refere-se ao ato de Jesus curar as pessoas após Sua primeira vinda. Este verso é uma profecia acera do que o Messias prometido iria fazer a Israel (curar suas doenças). Por Jesus ter curado muitas pessoas no passado (e continua curando), ele “tomou sobre si nossas enfermidades”.
Aplicando o texto à nossa vida, podemos dizer que Jesus tomou sobre si as nossas enfermidades no sentido de que Ele nos cura de nossas doenças (toda vez que somos curados de uma doença é Jesus quem o faz). A doença e a morte são efeitos do pecado. Esses efeitos permanecerão até o dia que Jesus voltar, pois em Sua volta Ele irá cumprir outra etapa da salvação: a aniquilação de todo mal. Os anjos precisam ver os resultados do pecado para que todos tenham evidência de que o mal não presta e assim todo o universo estará seguro para sempre (Na 1:9, segunda parte).
A morte de Cristo na cruz não nos livra da morte neste mundo, mas sim da morte eterna, aquela em que não haverá mais ressurreição: “e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?” (Jo 11:26). Vale a pena confiar em Jesus Cristo; Ele prometeu que um dia nos levará com Ele para o céu, onde não haverá mais morte ou doença (Jo 14:1-3; Ap 21:4).
Seja feliz!
J.Washington
Leandro Quadros
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