A Bacia Amazônica, formada por diversos rios, córregos e mananciais, abrange vários países da América Latina e é a maior do mundo. Dos seus 7.050.000 km2, 3.904.392,8 km2 estão no Brasil, beneficiando Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Amapá.
Mas não é só isso: recentemente, um grupo liderado por Gerard Moss, pesquisador inglês naturalizado brasileiro, descobriu o que foi chamado de Rios Voadores – imensas massas de vapor d’água que viajam da Bacia Amazônia a diversas regiões do Brasil, garantindo chuvas em boa parte do país.
Entenda a formação dos Rios Voadores
O ponto de partida é o Oceano Atlântico: a umidade produzida pela ação do Sol sobre a Região Equatorial é carregada pelos ventos alísios até a região Norte. Chegando lá, condensam e caem em forma de chuva. Como a Floresta Amazônica absorve muita radiação do Sol e libera vapor com a transpiração das árvores e a evaporação dos Rios, a água volta a sublimar. Os Rios Voadores, formados nesse processo, podem chegar até o centro-sul brasileiro.
“São cerca de 20 bilhões de toneladas de água por dia transportadas de forma ‘invisível’, por cima das nossas cabeças. Para se ter uma ideia, a vazão média do Amazonas é da ordem de 17 bilhões de toneladas de água por dia. Ou seja: a quantidade de água evaporada diariamente supera a vazão do maior rio do mundo”, afirma Moss.
A importância da Floresta
A Floresta Amazônica garante a distribuição da umidade do ar – nos dias em que entra pouca quantidade de vapor na atmosfera, as raízes das plantas buscam água subterrânea e mantêm o curso dos Rios Voadores. Se a Floresta não existisse, os pontos mais remotos não seriam beneficiados. Além disso, as árvores bloqueiam parte das chuvas, evitando enchentes severas no Sul do Brasil.
Com o Aquecimento Global e os desmatamentos, a rota dos Rios Voadores poderá ser alterada, provocando graves conseqüências para o país. Nos últimos 30 anos, mais de 600 quilômetros de Floresta foram derrubados na Amazônia.
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