Quando Jesus completou a primeira fase da expiação, morrendo como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29), ascendeu ao Céu para iniciar a segunda fase, o Ministério da Intercessão junto ao Altar de Incenso, no lugar Santo, (Ap 8:3-4). (Lv 8:1-12; Ex 30:25-29).
ocorreu, exatamente no dia de Pentecostes, cinqüenta dias após a sua ressurreição.
Ellen White descreve a festa de entronização de Jesus:
“Todo o Céu estava esperando para saudar o Salvador à Sua chegada às cortes celestiais. Ao ascender, abriu o caminho, e a multidão de cativos libertos à Sua ressurreição O seguiu... Ao aproximar-se da cidade de Deus, cantam...: ´Levantai, ó portas, as vossas cabeças; Levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória` (Sl 24:7-10). Então se abrem de par em par as portas da cidade de Deus... Ali está o trono... e o arco-íris da promessa”.
“Ali estão os querubins e serafins. Os comandantes das hostes celestiais, os filhos de Deus, os representantes dos mundos não caídos, acham-se congregados. O conselho celestial, perante o qual Lúcifer acusara a Deus e a Seu Filho..., todos ali estão para dar as boas-vindas ao Redentor. Estão ansiosos por celebrar-Lhe o triunfo e glorificar seu Rei, mas Ele os detém com um gesto.
Ainda não. Não pode receber a coroa de glória e as vestes reais. Entra à presença do Pai. Mostra a fronte ferida..., os dilacerados pés; ergue as mãos que apresentam os vestígios dos cravos. Aponta para os sinais de Seu triunfo; apresenta a Deus o molho movido, aqueles ressuscitados com Ele como representantes da grande multidão que há de sair do sepulcro por ocasião de Sua Segunda vinda”. (O Desejado de Todas as Nações, 796, 797).
As festas do Santuário Terrestre eram proféticas e sombras das coisas celestiais. Jesus morreu no dia da Páscoa, 14 de Nisã, e ressuscitou no dia das Primícias, 16 de Nisã, como “as primícias dos que dormem” ( I Co 15:20).
Ao ascender ao Céu, o derramamento da chuva temporã do Espírito Santo no dia de Pentecostes (At 2), foi uma confirmação de que Jesus tinha sido ungido e entronizado no Santuário Celestial. Vale a pena um estudo sobre as festividades dos israelitas.
A expiação do pecado no Santuário Terrestre era efetuada em três diferentes fases:
O pátio.
Era o local onde o cordeiro era morto, no altar de sacrifício. No Apocalipse, o pátio do Santuário Celestial é mencionado somente uma vez (11:1-2); é o planeta Terra onde o Cordeiro de Deus foi morto, e o altar de sacrifício é o monte do Calvário.
O lugar Santo.
Era o local onde se realizava o ministério da intercessão junto ao altar de incenso. Do Santuário Celestial o Apocalipse menciona: os castiçais (1:12-13); o Sumo-Sacerdote Jesus (1:13); as sete lâmpadas (4:5); o altar (8:3 e 5; 11:1; 14:18; 16:7); o incenso (8:5).
O Lugar Santíssimo.
Era o local onde se efetuava a purificação do santuário, junto à Arca do Concerto. Era um dia de juízo para os israelitas. No Apocalipse há muitas referências ao Santíssimo: Ap 11:19 fala da Arca do Concerto; 4:1-11 apresenta a Sala do Juízo onde está o trono de Deus; 7:15 confirma que o trono de Deus está no Santuário; 5:1 menciona que Quem está assentado no trono tem em suas mãos um livro selado com sete selos, etc., etc.
O Santuário Terrestre foi dado para ser uma ilustração, ou alegoria do Celestial: “O primeiro tabernáculo... é uma alegoria para o tempo presente... Mas vindo Cristo, o Sumo Sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito Tabernáculo..., entrou uma vez no Santuário, havendo efetuado uma eterna redenção”. (Hb 9:11-12).
A expiação do pecado em suas três fases envolvendo o Santuário Celestial:
O pátio.
Ao morrer no “pátio do Santuário, a Terra”, realizou a primeira fase da expiação.
O lugar Santo.
Durante o período histórico das sete igrejas, de 31 até 1844, Jesus realizou a segunda fase da expiação, através do Seu Ministério da Intercessão no Lugar Santo.
O Lugar Santíssimo.
A terceira fase seria a Purificação do Santuário Celestial ou Juízo pré-Advento, que teve início em 1844, ao final da profecia dos 2.300 anos de Dn 8:14. (Hb 9:11-12 e 23-26).
Pode-se dizer que Jesus esteve e esta à frente do Seu povo, e de Sua Igreja coordenando suas atividades através do Espírito Santo e de Seus anjos. Ver Apocalipse 1:20; 3:1; 5:6 etc.
Ele dirigia e continua dirigindo os anjos celestes numa obra formidável em prol de nossa salvação (Hebreus 1:7 e 14).
E, acima de tudo, Ele intercedia, como ainda intercede, pelos seres humanos junto ao Pai (1 João 2:1; e Hebreus 7:25; e 9:24).
Jesus Se tornou Sumo Sacerdote no ano 31 ou em 1844?
Concordamos que Jesus tenha sido investido no ofício sumo sacerdotal quando de Sua ascensão ao Céu em 31 d.C.
Mas, é importante que se tenha em mente que o Sumo Sacerdote não atuava apenas no Dia da Expiação, quando entrava no Lugar Santíssimo do Santuário.
Durante o ano, o Sumo Sacerdote também oficiava como um sacerdote comum, no átrio e no Lugar Santo.
Assim, o fato de já ser chamado de Sumo Sacerdote a partir de Sua ascensão não quer dizer que Ele tivesse que cumprir, desde já, o ritual do Grande Dia da Expiação, e ter ido direto para o santíssimo antes de 1844.
Como se demonstra mediante a análise da estrutura e do mobiliário do Santuário Celestial em Apocalipse, Deus estava sentado num trono situado no Lugar Santo do Templo Celestial quando da ascensão de Jesus.
Portanto, embora ministrando no Lugar Santo, Jesus possuía ACESSO IRRESTRITO a Seu Pai desde o ano 31 d.C. Ele não precisou esperar até 1844 d.C para ir à presença de Deus, como alguns imaginam, por causa da suposição errônea de que a arca da aliança seja um símbolo do trono de Deus. A arca e o trono constituem realidades distintas.
O Santuário Celestial possui um véu de separação entre o Santo e o Santíssimo?
Embora alguns entendem que “não”, a Bíblia dá testemunho de que “sim”. É aqui que os opositores da doutrina do Santuário sobre 1844 ficam sem saída! João viu uma “porta aberta” no Céu.
Ao entrar por ela, João pôde contemplar o “trono”, as “sete lâmpadas de fogo” e o “altar de incenso” (Apocalipse 4:1, 2 e 5; 8:3 e 4; e 9:13). Ele nada falou da “arca da aliança”. Nada!!!
Mas, ao abrir-se “o Santuário de Deus que se acha no Céu”, ele contemplou “a arca de Deus no Seu Santuário” (Apocalipse 11:19). Esse lugar que se abriu só pode ser o Santíssimo, onde ficava a arca da aliança. Portanto, existem, sim, 2 grandes divisões no Santuário Celestial. Isso é inegável!
Jesus consumou TUDO na Cruz?
Jesus era tipificado tanto pelos animais que eram sacrificados quanto pelos sacerdotes que oficiavam o sangue. Tanto uns quanto outros apontavam para Cristo, porém destacando aspectos distintos. O sacrifício dos animais figurava como símbolo do sofrimento e morte de Cristo, ao passo que o trabalho dos sacerdotes retratava Sua obra intercessória.
É claro que a missão de Jesus como o Cordeiro de Deus foi consumada na Cruz; mas Sua função como nosso Sumo Sacerdote apenas começou quando Ele subiu ao Céu. Do contrário, Ele não precisaria ser investido em ofício algum.
Supremacia Profética
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