Êxodo 20.17:“Não cobiçarás”.
O que há no centro do coração humano? Qual a maior
inclinação do caráter depravado do homem.
Analisar a história de Acã. Josué 7 e
Patriarcas e Profetas 523.
- Este mandamento ordena a proteção contra as
ambições erradas.
O QUE É A COBIÇA?
§
É possuir no coração uma intenção oculta que mais
tarde se manifesta em ações concretas de furto e roubo.
§
Desejos íntimos que se revelam como intrigas para
se apoderar dos bens do próximo.
§
Amor desordenado pelo mundo.
§
Quando o mundo é o objeto da cobiça, o ídolo do
qual o homem cobiçoso não se pode separar.
QUAL É A NATUREZA DA COBIÇA?
a) Suas características
principais, segundo Gên. 3.6, exemplificadas na vida de Eva, são: boa
para se comer, agradável aos olhos, e desejável para o entendimento.
b) A cobiça estimula
o paladar, influencia a vista e afeta a mente humana.
c) A beleza da
árvore foi a isca que levou nossos primeiros pais ao primeiro pecado na
Terra.
d) A cobiça multiplica
a maldade. Gên. 6.5.
e) A cobiça é tão
forte na natureza pecaminosa que faz gente grande chorar. Núm. 11.4.
f) Acabe cobiçou a
vinha de Nabote com tanta intensidade que não conseguiu mais comer, de tanto
desgosto. A mesma cobiça inflamou Jazabel, causando o assassinato de
Nabote. I Reis 21.
g) Há uma íntima
relação entre a cobiça e a quebra do primeiro mandamento. Deut. 7.25.
h) A cobiça leva à
outros pecados também, como o adultério e o homicídio. II Sam. 11.
i)
Para Paulo, a cobiça é a raiz de todos os males.
I Tim. 6.10.
j) Jesus mostra que
a cobiça é um vício. Mar. 7.22.
k) A cobiça é uma característica
dos incrédulos, idolatria e prática herética. Efé. 4.19, Colo. 3.5, I Tes.
2.5.
l)
A cobiça já levou a muitos e continuará levando a
todos os que a amam à apostasia e ao tormento desta vida e eterno.
m) Cobiçar é enganoso,
pois nem sempre leva aos resultados desejados. Tia. 4.2.
ABRANGÊNCIA.
1. Não Cobiçar a
mulher, os empregados, os animais e todos os bens materiais e ideais do
próximo.
2.
Não cobiçar a mulher adúltera e sua aparente formosura. Prov. 6.25.
|
3. Não cobiçar os
finos manjares do governador ou rei. Prov. 23.3,6.
4. Não invejar os
homens malignos e suas vantagens materiais. Prov. 24.1.
5. A ganância
generalizada entre adultos e crianças, e até entre os líderes espirituais levou
Judá ao cativeiro. Jer. 6.9. Em resultado deste pecado, as mulheres e
os campos foram entregues a outros. Isto ocorreu quando Nabucodonosor invadiu
Jerusalém, as mulheres foram violadas e a terra prometida foi tomada. Jer.
22.17.
COMO OBSERVAR ESTE MANDAMENTO?
1. Encontrar
satisfação na Palavra de Deus, em vez de Ter prazer no objeto mundano cobiçado.
Sal.
119.36 Em si, o prazer,
o desejo e a cobiça não são errados. Tudo depende do objeto do prazer. Qual
é o objeto de nossa cobiça? Sal. 1.1-2.
2. Ser grato a Deus
por tudo o que nos tem feito e dado. Sal. 37.4.
3. Defender e
promover o bem-estar social dos pobres, do oprimidos e dos órfãos. Quando alcançamos
o equilíbrio sócio-econômico, cortamos pela raiz uma forte tendência para a
cobiça. Isto só é alcançado quando repartimos o que temos.
4. Manter a alma
satisfeita. Sal. 116.7. Paulo é nosso grande
exemplo. Quando seu sustento não era suficiente, ele trabalhava em sua
profissão secular como fabricante de tendas. Ele sabia muito bem viver com pouco ou muito, porque aprendera a estar satisfeito
com aquilo que Deus lhe providenciava.
Ele
vencia a cobiça trabalhando cada dia, socorrendo os necessitados, e dava
assistência liberal a quem precisava.
5. Esperar no
Senhor. Sal. 42.5. Muitas vezes cobiçamos porque não queremos esperar pelos
planos divinos. Achamos que logo passaremos necessidade e privações. Precisamos
aprender a esperar para que Deus aja no tempo que lhe aprouver.
EX- Davi aprendeu a esperar em Deus. Faltando
alimento ou proteção, ele nem assim cobiçou a abundância do rei Saul, e nem
mesmo tentou tomar o poder e o reinado, apesar de Ter sido ungido para ser o
rei. Ele entregou sua vida nas mãos do Senhor e esperou 18 anos, até que se
tornou rei de Israel.
* Quem é o objeto de nossa espera, de nossos
desejos e ambições íntimas? O Senhor?
6-
Abençoar
ao próximo, em vez de cobiçar o que dele é. II Cor. 9.5.
- Assim fez Davi em relação à Saul.
- Assim fez João Batista em relação a Jesus
dizendo: “Que Ele cresça e eu diminua”. Por isto foi chamado por Cristo o maior
homem nascido de mulher.
7- Pedir a Deus que mude nossa perspectiva da
vida.
§
O desafio da cobiça é uma questão de perspectiva,
que pode ser antropocêntrica- o homem como solução para tudo, ou teocêntrica-
Deus é meu refúgio e fortaleza.
§
A perspectiva humana nos leva a cobiçar as coisas
mundanas.
§
A perspectiva divina nos leva a cobiçar as coisas
celestiais, espirituais da vida.
8- Crucificar a carne, a natureza pecaminosa que
temos. Gál. 5.24.
9- A boa vontade. I Ped. 5.2.
- Pedir a Deus que nos modifique a vontade de fazer
o que é mau, para que possamos amar o bem.
10- Orar. Tia. 4.2.
- A oração desvia os pensamentos das coisas
terrenas que pertencem ao próximo e abre os olhos para as coisas eternas que
vêm do Senhor.
11- Assumir conscientemente a condição de
peregrino e forasteiro nesta terra.
- Assim não somos tentados a viver ansiosamente para
as coisas deste mundo, e nem desejaremos adotar os princípios deste século.
12- Ter espírito hospitaleiro. Rom. 12.13.
- É um princípio de vida que visa compartilhar com
o próximo aquilo que nos é mais caro na vida: nosso conforto pessoal.
Jesus é o nosso maior exemplo de não cobiça. Mat.4. Imitemos
Seu exemplo através da convivência.
FONTE: A ética dos 10 mandamentos, H.U.Reifler,
Editora Vida Nova
APELO:
O QUE HÁ NO CENTRO DO SEU CORAÇÃO?
Pr. MARCELO
CARVALHO DEZEMBRO DE 1997 SP
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