Senhor, ensina-nos a orar. Lucas 11:1.
O Senhor não deu esta oração [a Oração do Senhor, Lucas 11:24], para os homens repetirem como uma forma. Deu-a como ilustração do que devem ser nossas orações — simples, sinceras e compreensivas.
Muitas orações são feitas sem fé. Emprega-se determinada forma de palavras, mas não há real insistência. Essas orações são duvidosas, hesitantes; não trazem alívio aos que as fazem, nem conforto ou esperança aos outros. Emprega-se a forma da oração, mas falta o espírito, mostrando que o suplicante não sente sua necessidade.
Aprendei a orar breve e direto ao ponto, pedindo justo aquilo que necessitais. Aprendei a orar em voz alta onde apenas Deus vos pode ouvir. Não façais orações insinceras, mas sentidas, fervorosas, que exprimam a fome da alma, quanto ao Pão da Vida. Se orássemos mais em particular, seríamos capazes de orar mais inteligentemente em público. Essas orações duvidosas, hesitantes, haviam de cessar. E quando nos empenhássemos com nossos irmãos em culto público, poderíamos aumentar o interesse da reunião; pois levaríamos conosco alguma coisa da atmosfera do Céu, e nosso culto seria uma realidade, e não mera forma. … Se a alma não se dilata em oração em seu aposento particular e enquanto está ocupada nos serviços diários, isto se manifesta na reunião de oração.
A vida da alma depende da comunhão habitual com Deus. Dão-se a conhecer suas necessidades, e o coração se abre para receber novas bênçãos. A gratidão procede de lábios não fingidos; e o refrigério recebido de Jesus manifesta-se em palavras, em atos de ativa beneficência e em devoção pública. Há amor no coração para Jesus; e onde existe o amor, não será reprimido, mas achará expressão. A oração particular mantém essa vida interior. O coração que ama a Deus desejará comungar com Ele, e nEle descansará em santa confiança.
Aprendamos a orar inteligentemente, exprimindo nossas petições com clareza e precisão. Oremos como querendo fazê-lo. “A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” Tiago 5:16.
Ellen G. White, Nossa Alta Vocação, pág. 125.
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