quarta-feira, 8 de junho de 2011

A Heresia do Fogo Eterno

Destino eterno

Em que sentido o castigo dos ímpios será eterno?
Muitas pessoas associam o “castigo eterno” (Mt 25:46) com a crença popular de um inferno no qual os ímpios serão queimados por toda a eternidade.
Mas, sendo assim, por que o pecado, que não é eterno, teve um início mas nunca poderá ter fim?

Por que uma criança que viveu apenas 12 anos neste mundo e morreu deveria ser submetida às chamas torturantes do inferno por toda a eternidade, à semelhança dos maiores criminosos da História?
Não estaria essa crença medieval distorcendo o conceito bíblico de um Deus justo e amoroso?
É certo que a Bíblia relaciona o “castigo eterno” dos ímpios com o “fogo eterno” (Mt 18:8; 25:41) ou “fogo inextinguível” (Mc 9:43) que os haverá de destruir após o milênio (Ap 20:7-15).
Mas esse fogo será “inextinguível” no sentido de que não se apagará enquanto não houver cumprido completamente a sua missão destruidora.
Será “eterno” em suas conseqüências. Aqueles que forem por ele destruídos jamais voltarão à existência. Judas 7 coloca a destruição de Sodoma, Gomorra e das cidades circunvizinhas (ver Gn 19:1-29), que não estão queimando até hoje, como um “exemplo do fogo eterno”.

“A Bíblia esclarece que a sentença punitiva de cada impenitente será diretamente proporcional às suas obras” (Ap 20:11-15; ver também Mt 25:41-46). Cristo declara, em linguagem metafórica, que alguns serão castigados no juízo final com “poucos açoites” e outros com “muitos açoites” (Lc 12:47 e 48).
E o livro do Apocalipse afirma que o diabo, a besta e o falso profeta “serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos” (Ap 20:10).
Mas mesmo esse tormento mais prolongado haverá de os destruir completamente, não deixando deles “nem raiz nem ramo” (Ml 4:1).

O pecado e o sofrimento tiveram um início, e terão também um fim.
Chegará o dia em que não haverá mais “lágrimas”, nem “luto, nem pranto, nem dor” (Ap 21:4).
As palavras “eterno, todo o sempre, e pelos séculos dos séculos”, não significam necessariamente que nunca terão fim.
Quando estas palavras são encontradas no Novo Testamento, vêm do grego “aion”, que vêm do adjetivo “aionios” que ao traduzir-se seu significado, não representam algo que nunca terá fim.
Exemplo: Sodoma e Gomorra sofreram a pena do fogo eterno (aionios) S. Judas 7, II Pedro 2:6. O fogo de Sodoma e Gomorra terminaram, assim como o fogo do juízo final, também terá fim.
No Velho Testamento, a palavra “olam” tem o mesmo sentido que o termo grego “aion”. Êxodo 21:1-6 (leia o texto). Após ler este texto, você vai verificar que o servo não fica escravo para sempre, pois é evidente que vai morrer, mas se subentende que enquanto viver será sempre o escravo do seu senhor.
O termo grego “aion” e “aionios” tem o significado de algo eterno e para sempre, quando estão ligados a Deus ou algo que provêm de Deus. Conclui-se que o “fogo eterno” relatado no texto em questão, não será interminável, mas, produzirá efeitos de duração eterna.
Em Apocalipse 21, a Bíblia fala de um novo céu e uma nova terra; que não haverá mais morte, nem pranto, nem dor. Seria muito difícil para os salvos na eternidade presenciar os ímpios se queimando por toda a eternidade.
Ilustração: Pegue uma folha de papel e coloque fogo nela. Não ficará queimando eternamente, mas queimou para sempre.
“Fogo eterno” significa queimar os ímpios enquanto houver combustível, mas seus efeitos são de duração eterna.
Fonte: Eventos Finais

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