Árvores antigas podem ser muito importantes para ajudar a crescer florestas: segundo uma nova pesquisa, bactérias que vivem no musgo de galhos de árvores velhas são duas vezes mais eficazes em “fixar” nitrogênio do que as que vivem no chão.
Os resultados mostram a importância de conservar as árvores grandes e velhas das florestas. Segundo biólogos, a interação entre essas árvores centenárias, musgos e cianobactérias é o que contribui para a dinâmica de nutrientes de uma forma que pode realmente manter a produtividade dessas florestas a longo prazo.
Entenda a situação: três jogadores desempenham um papel nessa história; árvores centenárias de grande porte, musgos que crescem ao longo de seus ramos e um grupo de bactérias chamado cianobactérias, associadas com os musgos.
As cianobactérias retiram o nitrogênio da atmosfera e o tornam disponível para as plantas, um processo denominado “fixação biológica de nitrogênio”, que poucos organismos conseguem fazer. Cientistas acreditam que o crescimento e o desenvolvimento de muitas florestas é limitado pela disponibilidade de nitrogênio.
Recentemente, pesquisadores descobriram que cianobactérias em musgos no chão suprem florestas com nitrogênio. Através da coleta de musgos no chão de florestas e, em seguida, a 15 e 30 metros de altura nas florestas, o novo estudo foi capaz de mostrar que as cianobactérias são mais abundantes em musgos acima do solo, e que produzem o dobro de nitrogênio lá em cima.
As árvores antigas são uma peça fundamental nesse quebra-cabeça. Para continuar provendo as florestas com nitrogênio e florescendo seu crescimento, elas são necessárias. O musgo é o elemento crucial, mas a quantidade de nitrogênio produzida depende de árvores com musgos.
São necessárias árvores suficientemente grandes e velhas para começar a acumular musgo até que as cianobactérias se associem a esse musgo. Muitas árvores não começam a acumular musgo até ultrapassar 100 anos. Então, é realmente a densidade de grandes árvores antigas envoltas em musgo que são importantes para um povoamento florestal eficiente.[ScienceDaily]
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