por: Thom S. Rainer
Sei que estou tocando em alguns temas sensíveis em um único post: o volume da música; iluminação no meio do culto; preferências musicais; e apresentação versus canto participativo.
Mas aqui está a realidade evidente em muitas congregações: o canto congregacional está em declínio em muitas igrejas. Em algumas delas, ele parece ter desaparecido completamente.
Vou tentar discutir esta realidade a partir de uma perspectiva imparcial, pelo menos na maior parte. […] Quais são, então, as principais razões por que menos pessoas estão cantando na igreja? Por que esse ato de adoração diante de Deus tornou-se nominal em muitos contextos? Aqui estão seis razões:
Alguns membros de igreja não se preparam para a adoração. Vamos ao culto para julgar, para cumprir uma obrigação ou para satisfazer um hábito. Não oramos para que Deus faça sua obra em nós através da adoração. Se não tivermos uma canção em nosso coração, não teremos uma canção em nossas bocas.
Não conhecemos as músicas. Cantamos as músicas que conhecemos. Isso é óbvio. Mas se formos trazidos a uma afluência constante de novas canções, sem tempo suficiente para aprendê-las, não participamos. O melhor canto congregacional inclui tanto o que já conhecemos como o novo, mas os líderes de louvor ensinam as novas músicas até que as conheçamos e a amemos.
As músicas não são cantadas em uma variação que nos possibilite participar. Muitos músicos formados possuem um alcance vocal mais amplo na qual conseguem cantar. A maioria de nós, não. Se se espera que cantemos em uma variação que está além de nossa capacidade, não tentaremos. Os líderes de louvor decidem, intencionalmente ou não, se querem conduzir a congregação ou se apresentarem para o público.
A iluminação comunica apresentação, em vez de participação. Participamos no canto quando ouvimos uns aos outros e vemos uns aos outros. Se a iluminação para a congregação é fraca, mas forte para o palco, estamos comunicando que o que temos ali é uma apresentação. Deste modo, falhamos em comunicar que a adoração mediante o canto deve incluir todos os presentes.
A música é alta demais para ouvir os outros na congregação. Há um número razoável de comentários sobre os níveis certos de decibéis para a música em um culto de adoração. A questão maior, contudo, é se podemos ouvir os outros. Se ouvimos as vozes dos demais, somos encorajados a participar. Se a música é tão alta que só podemos ouvir a nós mesmos, a maioria de nós terá um ataque de nervos. E depois ficaremos em silêncio.
Os líderes de louvor não escutam a congregação. Se os líderes de louvor verdadeiramente desejam conduzir a congregação no canto, eles devem ser capazes de ouvi-la. Alguns podem apenas ouvir os instrumentos e as vozes do palco vindas das caixas. E alguns possuem monitores de ouvido onde eles estão verdadeiramente bloqueando as vozes da congregação. O canto congregacional torna-se poderoso quando bem conduzido. E ele só pode ser bem conduzido se os líderes de louvor puderem ouvir aqueles que eles estão conduzindo.
Pode ser que sua única perspectiva sobre essa questão seja a de que você de fato não liga se a congregação consegue ser ouvida cantando. Mas se seu desejo for verdadeiramente alçar todas as vozes perante Deus, algumas coisas precisarão mudar.
Fonte: Adaptado de Cante as Escrituras
Tradução: Leonardo Bruno Galdino. Revisão: Filipe Castelo Branco. (2017)
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