quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Revelação e Inspiração


O plano original de Deus não era dar ao homem a Sua palavra em forma escrita. Os anjos eram os ensinadores dos homens. Adão e Eva eram visitados livremente por Deus e os anjos, porém, com a entrada do pecado esta livre comunhão foi interrompida.


Sendo que a glória de Deus se tornou um fogo consumidor para o homem, Deus estabeleceu um plano, que lhe permitia apresentar a Sua vontade à família humana.


Meios usados por Deus para transmitir a Sua palavra:


1. A voz audível: Gên. 3:8-15, Núm. 12:7-8;
2. De face a face: Êxo. 33:11, Deut. 34:10;
3. Os anjos: Zac. 1:9, Luc. 1:11, 18 e 19;
4. Visões: Dan. 7:2; Apoc. 1:19;
5. Sonhos: Núm. 12:6, Gên. 37:5 e 9;
6. O Espírito Santo: II Ped. 1:21, II Sam. 23:11 e12;
7. Cristo: João 17:34, Heb. 1:1 e 2.


A palavra foi transmitida verbalmente pelos profetas durante aproximadamente 2.500 anos. Isto foi possível porque as pessoas no inicio do mundo foram privilegiadas com longevidade e prodigiosa memória.


A Palavra Escrita


Razões para ser dada a palavra em forma escrita:


a) A capacidade mental diminui por causa do pecado;
b) A vida humana foi abreviada por doenças, alimentação, etc.
c) Por uma multiplicidade de fatores o homem começou a errar mais;
d) Por causa da apostasia, as verdades divinas deviam ser dadas com toda a exatidão;
e) A palavra escrita inspira autenticidade;


Há dois vocábulos que de modo geral caracterizam o que Deus fez quando a Bíblia foi escrita: Revelação e Inspiração.


REVELAÇÃO


Os eruditos apresentam muitas idéias díspares para explicarem o que seja revelação e inspiração e algumas destas serão estudadas neste capítulo.


O homem apenas pode conhecer a Deus porque Ele Se revela. Todos os cristãos reconhecem que Deus Se revela por intermédio dos profetas e esta revelação se consumou em Jesus Cristo, por ser Ele o maior dos profetas. Cristo em todos os Seus ensinos tornou bem claro que Ele era uma revelação de Deus.


Toda a Teologia nada mais é do que uma revelação que a Bíblia apresenta a respeito de Deus.


Teoria do Encontro


Há mais ou menos uns trinta anos foi apresentada uma idéia diferente de revelação e inspiração, criação do filósofo existencialista Martin Buber, denominada por ele de “Teologia do Encontro”.


Esta idéia foi exposta em 1923, em seu livro Eu e Você.


Cada pessoa vive num conceito de relação. Nós nos relacionamos com pessoas, com coisas, como casa, carro, móveis, livros, roupas, perfumes, etc. Crença é o nosso relacionamento com Deus e com Cristo.


Um dos grandes paladinos desta teoria é Emir Brunner, que tomou as idéias de Buber e as adaptou à religião, sendo hoje conhecida como a “Teoria do Encontro”. Segundo ele quando Deus e o profeta se encontram, Deus não diz coisa alguma. O que o profeta diz é um posterior reflexionamento do seu encontro com Deus.


O que é Revelação?


Revelação bíblica é Deus tornar conhecido Seus pensamentos, Suas intenções, Seus desígnios, Seus mistérios. Isa. 55:8-9, Rom. 11:33-34, Apoc. 1:1.


A Bíblia é a mensagem de Deus em palavras humanas. Há um Deus transcendente que escolheu revelar-se ao homem, para que ele entenda como se formaram as coisas.


Revelação tem que ver mais com o conteúdo.


A Bíblia está repleta de expressões como: “e falou o Senhor”, “eis o que diz o Senhor”, “veio a mim a palavra do Senhor”. Daí a propriedade de denominarmos o conjunto destas revelações de A Palavra de Deus.


Etimologicamente, revelação vem do latim revelo, que significa descobrir, desvendar, levantar o véu. Revelação significa portanto descobrimento, manifestação de algo que está escondido. A palavra grega correspondente à latina revelação é Apocalipse.


INSPIRAÇÃO


Daniel Rops no livro Que é a Bíblia?, página 40 define inspiração como sendo a operação divina que toma conta do autor sagrado, esclarecendo-o, guiando-o, assistindo-o na execução do seu trabalho.


Também é uma palavra latina, derivada do verbo inspiro, que quer dizer “soprar para dentro”.


Inspiração refere-se à transmissão, à maneira como o homem torna conhecida a vontade de Deus.


II Tim. 3:16 nos diz que toda a escritura é divinamente inspirada, em grego “theopneustos”, bafejada por Deus, tendo o sopro de Deus, inspirada por Deus.


Os termos inspiração e revelação são muitas vezes empregados indistintamente, por exprimirem apenas aspectos diferentes da mesma verdade grandiosa.


As escrituras podem, em resumo, ser definidas como a descrição feita por escritores inspirados duma série de revelações de Deus ao homem.
A declaração de que a Escritura é inspirada por Deus é feita de várias formas. No novo Testamento encontramos referências aos profetas do Velho Testamento, como as seguintes: “Homens que falaram da parte de Deus” e “que foram movidos pelo Espírito Santo”, “o Espírito de Cristo que estava neles testificou”.


O salmista Davi afirma em 11 Sam. 23:2: “O Espírito do Senhor fala por meu intermédio”.


Destas afirmações se conclui que a Bíblia é um livro divino, mas evidentemente ele não caiu pronto do céu. Para que a Bíblia se concretizasse, o Espírito Santo Se serviu de instrumentos que eram humanos e que conservavam a respectiva personalidade, o caráter, talento e gênio, os hábitos intelectuais e poderes de estilo. Deus não violentou nem destruiu as faculdades daqueles que deviam formular a Sua mensagem. O escritor continuava sendo homem, com seu modo de ser, sua linguagem própria, seu próprio estilo.


Pedro e João são escritores simples, usando um vocabulário reduzido.


Paulo e Lucas são escritores cultos, usando linguagem rica, primorosa e repleta de figuras literárias.


Pela nossa revista “Review and Herald”, do dia 18 de outubro de 1887 Urias Smith respondeu à seguinte pergunta:


“Não é uma palavra o sinal de uma idéia? E como pode então uma idéia ser inspirada e os sinais que transferem a idéia de uma mente para outra não ter inspiração?” Sua resposta: “Se houvesse apenas uma palavra para expressar uma idéia, talvez isso pudesse ser assim; mas quando há talvez uma centena de modos para expressar a mesma idéia, o caso se torna muito diferente. Naturalmente se o Espírito Santo ditasse as palavras para uma pessoa escrever, ela seria obrigada a usar aquelas mesmas palavras sem mudança alguma; mas quando uma simples cena ou vista é apresentada à pessoa e nenhuma linguagem é dada, ela terá a liberdade de descrevê-la com suas próprias palavras, como melhor lhe parece expressar a verdade do caso. E se havendo já escrito, uma melhor maneira de expressar lhe ocorre, é perfeitamente lícito riscar o que já escreveu, para tornar a escrever, conservando estritamente as idéias e os fatos que lhe foram apresentados. E na segunda versão haveria, tanto como na primeira, a mesma idéia divinamente comunicada.


Muito do que os profetas escreveram nas Escrituras são palavras faladas diretamente pelo Senhor e não são as suas próprias. Em tais casos, naturalmente, as palavras são inspiradas.


Existem muitas teorias para explicar a inspiração, ou como a palavra de Deus nos foi transmitida, mas parece que as mais conhecidas podem ser reunidas em quatro grupos:


1. Teoria da Intuição.
Esta teoria nega que a Bíblia seja sobrenatural ou vinda de Deus, defendendo que ela foi produzida pelos próprios poderes intuitivos do homem. De acordo com ela os escritores da Bíblia foram inspirados unicamente no sentido em que os escritores como Homero e Camões o foram. Esta teoria considera as Escrituras como produto natural da mente humana.


2. Teoria Fracional ou Parcial.
Seus defensores afirmam: há na Bíblia algumas partes inspiradas, outras não. A afirmação divina é: “Toda a Escritura é divinamente inspirada”.


3. Inspiração Mecânica.
Os escritores da Bíblia eram autômatos, escreviam enquanto Deus ia ditando, por isso é também chamada teoria do ditado. Considera que Deus ditou do princípio ao fim a Sua palavra.


Conclui-se logo que esta teoria é impossível, pois se fosse real, como explicar os diversos estilos existentes nas Sagradas Escrituras?


4. Teoria Dinâmica.
Deus deu poder às personalidades, mentes, para fazerem isso.


A Bíblia não deixa de lado a inteligência do homem, nem a sua percepção e entendimento.


Esta é a que aceitamos, a Escritura contém o divino e o humano, a verdade é inspirada por Deus, mas é moldada pelo espírito humano de acordo com o idioma, o ambiente e a inteligência humana de cada escritor.


Alguns estudiosos modernos têm afirmado que a Bíblia não contém em si mesma a doutrina da inspiração. Esta declaração não corresponde à realidade, pois há muitas passagens das Escrituras que testemunham a sua própria inspiração. Dentre estas, quatro podem ser destacadas como primordiais, por serem muito impressivas em destacarem esta verdade fundamental, a Bíblia é um livro inspirado por Deus.


1. II Timóteo 3:16.
“Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça.”


Esta passagem é de uma clareza meridiana, pois aqui se afirma a divina autoridade de toda a Escritura.


Deus é o autor dos relatos bíblicos. A Bíblia não pode conter erros, porque Deus não erra, e se falamos em erros das Escrituras, estes são devidos às falhas humanas.


Devemos confiar em tudo o que a Bíblia ensina por causa desta autoria divina.


2. II Pedro 1:20-21
“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.”


No primeiro exemplo Paulo enfatiza positivamente. Toda a Escritura é inspirada. No segundo exemplo, Pedro faz uma menção negativa. A profecia nunca foi produzida por vontade humana.


Cada uma na sua maneira peculiar de se expressar afirma a mesma verdade fundamental – a inspiração total da Bíblia.


As Escrituras são de origem divina porque o Espírito de Deus falou através dos profetas.


3. Mateus 5:17-18
“Não cuideis que vim destruir a Lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo, que até que o céu e a terra passem, nem um jota ou til se omitirá da Lei, sem que tudo seja cumprido.”


Jesus chama a Escritura, “a Palavra de Deus”, em Mar. 7:13.


A mesma veemente defesa feita para a integridade do Velho Testamento, é feita por Cristo para as Suas próprias palavras. Mat. 24: 35: “As Minhas palavras não hão de passar.”


O cristianismo foi apresentado por Cristo como religião autorizada pela Bíblia. Seus argumentos estavam sempre baseados nas Escrituras e eram decididos através de textos sagrados. Seus inimigos foram reprovados, por não conhecerem melhor as mensagens divinas e o próprio Satanás foi repelido por declarações das páginas sagradas.


O Mestre dos mestres sempre citou as Escrituras como conselhos divinos para o Seu ministério, como atestam as seguintes passagens: Luc. 4:21; 7:22, 27; 18:31.


4. João 10:35
“A Escritura não pode ser anulada.”


A Escritura contém a palavra escrita de Deus, por isso é uma fonte perene de poder, que jamais será anulada.


OBSERVAÇÕES NEGATIVAS SOBRE A BÍBLIA


Há pessoas que por se escandalizarem com relatos que incluem depravação dos sentidos, torpezas do coração, covardias, atitudes indignas, procuram amesquinhar o valor da Bíblia e afirmar que ela não é inspirada. É certo que essas histórias escabrosas ali se encontram como a evidência máxima de que todos os homens são pecadores (Rom. 3:23, 11:32) e de que a Bíblia é exata e realista em suas descrições. Os escritores bíblicos narram estes fatos para mostrar as conseqüências dos erros e a necessidade suprema do ser humano de aceitar a Cristo para libertar-se do poder do pecado.


A inspiração não implica na aprovação divina de todos os atos e sentimentos que são citados, se não que Deus cuida que seja um registro fiel. Assim, quando a Bíblia relata alguns pecados ou crimes dos patriarcas e outros personagens bíblicos, temos uma história fidedigna, porém isto não implica na complacência de Deus para estes atos. De modo idêntico a inspiração não aprova as palavras de Satanás ou as idéias dos amigos de Jó, mas simplesmente cuida pela fidelidade da citação.


OUTROS MODOS DE COMPREENDER A INSPIRAÇÃO


A inspiração profética tem sido compreendida de vários modos, como nos provam ainda os seguintes pensamentos:


De um estudo do bispo Westcott publicado no livro História, Doutrina e Interpretação da Bíblia de Joseph Angus, Vol. l, pág. 99, destacamos o seguinte:


“Ensina-nos que a Inspiração é uma operação do Espírito Santo, atuando nos homens, de acordo com as leis da constituição humana; que não é neutralizada pela influência divina, mas aproveitada como um veículo para a expressão completa da mensagem de Deus. Ensinam-nos que a Inspiração está geralmente combinada com o progresso moral e espiritual do Doutrinador, de maneira que há no todo uma conformidade moral entre o Profeta e a sua doutrina.”


Opinião dos Reformadores


Os reformadores adotaram a opinião de que os Livros Sagrados foram ditados por Deus palavra por palavra.


Segundo esta opinião de encarar o problema os escritores da Bíblia foram apenas amanuenses do Autor Divino.


A inspiração verbal é difícil de ser defendida em face da diversidade de estilos e das declarações dos próprios escritores bíblicos.


O bispo Elicott, em seu livro Aids to Faith, p. 411, escreveu:


“A Escritura é a revelação através de meios humanos da inteligência infinita de Deus para a mente finita do homem, e reconhecendo nós na palavra escrita não só o elemento divino mas também o elemento humano, cremos verdadeiramente que o Espírito Santo penetrou tanto a mente do escritor, iluminou a sua alma, e apoderou-se dos seus pensamentos que ele, sem lhe ser tirada a sua individualidade, recebeu tudo quanto era necessário para o habilitar a expor a Verdade divina em toda a sua plenitude.”


Ellen G. White no livro O Grande Conflito, da Casa Publicadora Brasileira, CD, na página 7, afirma:


“A Escritura Sagrada aponta a Deus como seu autor; no entanto, foi escrita por mãos humanas, e no variado estilo de seus diferentes livros apresenta os característicos dos diversos escritores. As verdades reveladas são dadas por inspiração de Deus (II Tim. 3:16); acham-se, contudo, expressas em palavras de homens. O Ser infinito, por meio de Seu Santo Espírito, derramou luz no entendimento e coração de Seus servos. Deu sonhos e visões, símbolos e figuras; e aqueles a quem a verdade foi assim revelada, concretizaram os pensamentos em linguagem humana.”


Outra declaração análoga da escritora inspirada se encontra no Manuscrito 24, 1886:


“A Bíblia não nos é dada numa linguagem super-humana. Para atingir o homem onde ele se encontra, Jesus assumiu a humanidade. A Bíblia tem de ser dada na linguagem dos homens. (. . .) Sentidos diferentes são expressos pela mesma palavra; não há nenhuma palavra para cada idéia diferente. A Bíblia foi dada para propósitos práticos. As características da mente são diferentes. Todos não entendem da mesma maneira expressões e declarações. Alguns entendem as declarações das Escrituras para se adaptarem aos seus próprios casos e desígnios particulares.”


OPOSIÇÃO À BÍBLIA


Apenas poucos anos se passaram, desde que João escreveu o Apocalipse, e doutrinas errôneas se levantaram, como a dos gnósticos, dos docetistas, dos epicureus, dos ebionitas, etc. No fim do século XVIII apareceram os racionalistas negando tudo o que fosse sobrenatural. Defendiam eles que a razão humana é o único critério válido de verdade. Por conseguinte consideram a Bíblia como uma coleção de livros puramente humanos, fruto de atividade meramente natural, e portanto sujeitos a todas as falhas de qualquer outro livro humano sem excluir os erros.


Os protestantes liberais e os modernistas negam também a inspiração da Bíblia, e quando a admitem é com um conceito totalmente desfigurado do que significa inspiração.


Homens sábios aos seus próprios olhos, começaram a atacar a Bíblia afirmando que ela não podia ser divina porque continha várias espécies de erros, destacando-se entre estes os erros científicos e os históricos.


1) Erros científicos:
Afirmam muitos que os ensinos da Bíblia se contradizem com a ciência moderna.


Não é este o lugar, nem a finalidade de nosso trabalho, nem o autor pessoa credenciada para desenvolver este assunto, por isso não nos alongaremos na apresentação destes pseudo-erros e muito menos em contestá-los.


Apenas um pensamento de Santo Agostinho: “A Bíblia não fala dos fenômenos naturais de um modo precisamente científico, mas apresenta-os na maneira popular da época em que foi escrita.”


2) Objeções históricas:
Até o princípio do século XIX céticos afirmavam que a Bíblia não merecia crédito, porque fazia determinadas afirmações que não eram comprovadas pela História. Porém, nestes dois últimos séculos, descobertas feitas pelos arqueólogos e por muitos eruditos da Bíblia como Champollion, Rawlinson, De Morgan, Layard, Petrie e muitos outros nos levam a crer na veracidade de suas afirmações e a ter plena confiança nas Escrituras Sagradas.


Dois preeminentes eruditos, Champollion e Rawlinson, com tenacidade, conseguiram decifrar e explicar os hieróglifos do Egito e a escrita cuneiforme de Babilônia. Tanto a língua do Egito, como a de Babilônia vieram confirmar verdades apresentadas na Bíblia, mas postas em dúvida por aqueles que não crêem na sua inspiração divina.


Antes destas descobertas, muitos punham em dúvida a existência dos hititas, apresentadas na Bíblia em II Reis 7:6 como tendo a mesma projeção social e o mesmo poderio bélico dos egípcios. Descobertas e posteriores decifrações de inscrições egípcias e assírias atestam a existência de um povo forte, os heteus, que mantiveram lutas renhidas com o Egito e a Assíria.


Isaías 20:1 faz referência a Sargom, rei da Assíria, mas os eternos inimigos da Palavra de Deus afirmavam que este rei nunca existiu, portanto a Bíblia não era verídica nesta afirmativa. Posteriormente, foi descoberto em Khorsabad um palácio, no qual havia inscrições que pertenciam a Sargom II.


Afirmações eram feitas, referentes a Moisés, no sentido de que ele não poderia naquele tempo, isto é, no século XV AC, ter apresentado um código de leis daquela estatura.


A descoberta de códigos anteriores e contemporâneos do Pentateuco, como o de Hamurabi (que reinou entre os anos 1728 e 1686 AC), e parte de um Código Assírio (descoberto em Assur pelo Dr. Andrae e colocado por Rodolfo Kittel no ano 1380 AC) são provas convincentes de que Moisés por sua cultura, experiência como líder e sobretudo pela orientação divina estava plenamente categorizado para nos brindar com suas sábias e inteligentes leis.


O propósito definido da Bíblia é revelar ao homem a vontade divina, o plano da salvação, por isso todos os seus assuntos, em última análise, poderiam ser condensados nesta simples síntese – revelar a Cristo.


A prova máxima de que a Bíblia tem origem divina está no seu poder de transformar vidas.


Texto Pedro Apolinário, História do Texto Bíblico, Capítulo 5.

Nomenclatura da Crítica Textual


Como toda a ciência, a Crítica Textual Bíblica tem a sua nomenclatura própria, os seus termos técnicos, cujo conhecimento será muito útil para a boa compreensão da matéria.


A presente lista propiciará aos estudantes apreciável subsídio.


Antilegômena – o termo em grego significa contestado – e aplica-se a alguns livros da Bíblia, que no período da formação do cânon, foram mais difíceis de serem introduzidos, como Apocalipse 11 e III João, II Pedro, Hebreus, Tiago.


Aparato Crítico – Conjunto de sinais e termos técnicos que nos elucidarão sobre a validade das variantes do texto bíblico.


Apócrifo – Etimologicamente significa escondido, oculto. Literariamente o termo foi usado para livros que eram guardados do público por causa do seu conteúdo. Nome dado aos livros não inspirados, que aparecem nas Bíblias Católicas, mas que não fazem parte do Cânon Sagrado Hebraico. . .


Arquétipo – Modelo principal de certo tipo de texto. O Coridete é o arquétipo da Família Cesareense.


Autenticidade – Este termo designa o escrito digno de fé, de confiança, que não suscita nenhuma dúvida.


O Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, Vol. I, pág. 54, assim define autenticidade: “A distinção entre autêntico e inautêntico é empregada na crítica literária para distinguir as partes originais de uma passagem ou fonte de acréscimos posteriores, e na discussão sobre se um escrito deve ser atribuído ao autor cujo nome é associado com ela. Não dá a entender, necessariamente, um julgamento de valor, quanto à historicidade ou valor geral da obra em discussão.”


Autógrafo – É o escrito do próprio punho do escritor bíblico.


Canonicidade – Qualidade atribuída aos livros da Bíblia que estavam de acordo com os cânones, isto é, com as regras e princípios reconhecidos pela Igreja como divinos.


Códice – Nome dado ao livro antigo que substituiu o rolo. A palavra vem do latim codex – tronco de árvore, livro. A palavra era usada para as folhas de papiro ou pergaminho usadas para se escrever.


Colação – Comparação entre os manuscritos. Este confronto quase sempre foi feito com base no Textus Receptus.


Comma Joanina – Da expressão latina – comma johanneum – usada por autores católicos, significando o “inciso” ou “interpolação” relativa a João. Referência a I João 5: 7 e 8, ou às três testemunhas celestiais, cujas palavras não se encontram no original.


Diáspora – A dispersão dos judeus residentes na Palestina para as regiões da Assíria, Babilônia, Egito, Grécia, Itália e muitos outros lugares.


Diatessaron – Titulo dado por Taciano ao seu livro Harmonia dos Quatro Evangelhos. Trabalho concluído no ano 170.


Emenda – Correção feita no texto ou na margem para a melhoria dos manuscritos.


Epigrafia – Interpretação dos relatos escritos que têm sobrevivido do antigo passado.


Escólio – Observações explicativas colocadas ao lado do texto, para a melhor compreensão do leitor.


Evidências – Provas internas e externas, que nos levam a concluir qual a melhor entre algumas variantes de leitura.


Exegese – É á aplicação das regras e princípios estabelecidos pela hermenêutica.


Família – Denominação criada por técnicos da Crítica Textual, especialmente Farrar e Lake para designar manuscritos, que apresentam muita semelhança. São bem conhecidas as famílias 1 e 13 dos manuscritos minúsculos. Os eruditos da Crítica Textual classificaram todos os manuscritos existentes em quatro famílias: Alexandrina, Bizantina, Cesareense, Ocidental.


Frases latinas – Existem três frases latinas, muito citadas em Crítica Textual, cujo significado deve ser conhecido.


Dificilitor lectio potior – entre uma variante fácil e outra difícil, prefira-se a difícil.


Brevior lectio potior – prefira-se o texto mais breve ao mais longo.


Proclivi scriptioni praestat ardua – o texto mais difícil deve ser preferido ao mais fácil.


Glosa – Breve explicação de palavras ou frases difíceis.


Higiógrafo – Em grego, escrito sagrado. Uma das três divisões dos livros do Cânon Hebraico. Sendo as outras duas: o Pentateuco e os Profetas.


Hapax Legomenon – Expressão que de acordo com o grego significa – hapax – uma só vez e legomenon – particípio passivo do verbo lego – dizer. Significando portanto a designação para as palavras bíblicas empregadas apenas uma vez.


Haplografia – Erro do copista, que escrevia uma só vez o que devia ser repetido.


Hermenêutica – É a ciência que nos ensina os preceitos, as regras e os métodos para uma correta interpretação.


Schleiermacher assim definiu hermenêutica: “A doutrina da arte de compreender.”


Homoioteleuton – terminação igual de duas linhas, induzindo, por vezes o copista a pular da primeira para a segunda linha.


Integridade – Qualidade do livro de chegar até nós na forma em que foi escrito, isto é, sem perda de seu conteúdo por acréscimo, omissão ou troca.


Ítala – Para alguns é a mais notável das antigas versões latinas, para outros é o nome dado ao conjunto destas versões.


Kerigma – Vocábulo grego muito usado nos primeiros séculos cristãos para a proclamação do evangelho de Cristo.


Lecionário – Manuscrito contendo partes do Novo Testamento, destinadas à leitura nos serviços de adoração.


Midrasch – Comentário homilético do texto sagrado seguindo mais ou menos versículo por versículo. Este trabalho visava a edificação da comunidade e seu maior apego aos livros da Bíblia.


Mishná – do hebraico shaná – repetição, Termo usado para designar as leis judaicas transmitidas oralmente, para distinguir de Micrá, as leis transmitidas através de documentos.


Nomina Sacra – Designação atribuída aos nomes sagrados, como Deus, Salvador, Cristo, Jesus, Senhor, Espírito Santo. Estes nomes eram abreviados ou contraídos pelos copistas.


Paleografia – Arte de decifrar escritos antigos e classificar a idade dos manuscritos. Ciência que tem como objetivo o estudo da escrita antiga em qualquer espécie de material.


Palimpsesto – Nome formado de duas palavras gregas – palin = de novo e psesto = raspado. Manuscrito raspado da primitiva escrita, para poder receber uma nova escrita.


Patrística – Conjunto das obras dos Pais da Igreja.


Perícope – Seção ou parágrafo de um livro sagrado.


Prolegômenos – Introdução geral de uma obra científica, artística ou religiosa. Prefácio longo.


Querê e Kethibi – Querê: Designação dada pelos massoretas à forma correta que devia estar no texto, mas foi trocada por outra errada pelos copistas. Significa o que deve ser lido. A palavra correta era colocada na margem. Kethibi: o escrito. Nome dado à palavra errada do texto.


Recensão – Comparação de uma edição de autor antigo com os manuscritos, visando descobrir o texto de uma edição com o respectivo manuscrito.


Septuaginta – Tradução do Velho Testamento para o grego, feita em Alexandria no século III AC por um grupo de setenta judeus.


Talmude – Livro dos judeus, contendo interpretação bíblica, comentários, conselhos, etc. Compilado desde o tempo de Esdras, V século AC até o VI século da Era Cristã. Em hebraico a palavra significa estudo, ensino. A exemplo da palavra Bíblia deve ser sempre escrito com inicial maiúscula.


Targum – Tradução ou paráfrase de partes do Velho Testamento em aramaico para os judeus da Palestina que não mais entendiam o hebraico.


Aurélio define targum assim: Conjunto de traduções e comentários de textos bíblicos que falam do século VI A.C.


Testemunha – Conjunto dos manuscritos, versões e citações patrísticas que sancionam determinada variante.


Textus Receptus – Expressão latina proveniente de uma frase da edição do Novo Testamento (1633) dos irmãos Boaventura e Abraão Elzevir.


A base do Textus Receptus foi o grego do Novo Testamento de Erasmo, em que se basearam as traduções em alemão e inglês, inclusive a KJV (1611). Por ser um texto bizantino, baseado em pequeno número de manuscritos, a Crítica Textual achou melhor substituí-lo por textos melhores como o de Westcott e Hort.


A frase latina significa em português texto recebido.


Tipo – Nome dado ao modelo de determinado texto do novo testamento, que apresenta caracteres afins com outros manuscritos. Os quatro tipos de texto são: alexandrino, bizantino, cesareense e ocidental.


Variante – Modo diferente da mesma passagem se apresentar nos manuscritos.


Versão Autorizada – Nome da versão inglesa da Bíblia (1611), preparada por uma douta comissão, autorizada pelo rei Tiago da Inglaterra.


Veteres Latinae ou Velhas Latinas – Nome dado às traduções latinas feitas antes da Vulgata.


Vulgata – Palavra proveniente do latim “vulgare” – fazer conhecido, publicar. Nome dado à versão latina da Bíblia, preparada por Jerônimo a pedido do Papa Dâmaso (383 d.C.). A Vulgata paulatinamente substituiu as outras versões latinas usadas na igreja primitiva, tais como a Antiga Latina (Vetus Latina). No Concílio de Trento (1546) recebeu autoridade canônica na Igreja Católica Romana.


Texto de Pedro Apolinário, História do Texto Bíblico, Capítulo 4.

Por que razão Paulo ordenou que as mulheres ficassem caladas na igreja? (I Co 14:34 e 35)


A igreja de Corinto era composta de conversos de origem judaica e grega (At 18:4). Nos serviços religiosos das sinagogas da época, as mulheres judias assumiam uma atitude passiva, permanecendo separadas dos homens e comportando-se com decoro e discrição. Já o paganismo grego de Corinto estimulava uma participação litúrgica feminina proverbialmente irreverente e imoral. Alusões são encontradas a cerca de mil prostitutas cultuais que atuavam no templo dedicado à Afrodite (deusa do amor), na Acrópole daquela cidade.


O conselho de Paulo em I Coríntios 14:34 e 35 pode ter sido motivado pela manifestação de resquícios de irreverência litúrgica entre as mulheres que aceitaram o cristianismo, provenientes do paganismo. Endossando essa posição, Jack J. Blanco parafraseou interpretativamente esse texto, em sua The Clear Word, da seguinte forma: “Como em nossas sinagogas, as mulheres que freqüentam a igreja não deveriam falar em voz alta e comportar-se de maneira repreensível, como fazem nos templos pagãos, mas permanecer em silêncio e prestar atenção, como a lei ordena, de modo a não ofender os crentes judeus. Se vossas mulheres não conseguem entender o que está sendo ensinado, não deveriam interromper o pregador, mas esperar até chegarem em casa e perguntarem a seus maridos. Embora as mulheres pagãs falem em voz alta e interrompam os outros nos lugares de culto, é desonroso a uma mulher cristã comportar-se dessa maneira.”


Não se pode descartar a possibilidade de que Paulo, no texto em discussão, estivesse também restringindo o ensino religioso público às pessoas do sexo masculino. Mesmo sancionado à mulher o direito de orar e profetizar (ver I Co 11:5), Paulo era incisivo em não permitir que a mulher ensinasse publicamente: “A mulher aprenda em silêncio, com toda a submissão. E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio” (I Tm 2:11 e 12; ver também Ef 5:22-24). Essa atitude do apóstolo, de aparente discriminação da mulher, tem sido entendida por muitos comentaristas como uma manifestação de respeito para com a cultura religiosa judaica da época (ver I Co 9:20; I Ts 5:22), não podendo ser considerada como universalmente normativa. Mesmo sem que lhes seja permitido o exercício das funções ministeriais, as mulheres têm participado ativamente nos cultos públicos cristãos em culturas que o permitem.


Texto de autoria do Dr. Alberto Timm, publicado na Revista Sinais dos Tempos, março de 1999, p. 27.
Via Sétimo Dia

Virus da Gentileza!

Jesus não poderia vir como adulto, morrer e ressuscitar no mesmo dia?

Se o único objetivo da vinda de Cristo à Terra fosse salvar a humanidade, bastaria um único dia; mas morrer pelos seres humanos não era Seu único objetivo.



Em Romanos 1:25, a Bíblia diz que trocaram a verdade de Deus por mentiras. O contexto não fala de Satanás, mas nos lembra que ele inventou mentiras a respeito de Deus. Cristo teve como missão desmentir o inimigo, mostrando que a Lei de Deus é perfeita, que é possível o ser humano viver sem transgredi-la, e que o caráter do Pai é puro e verdadeiro.


Assim, lemos em Hebreus 4:15 que “não temos Sumo Sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas fraquezas, antes foi Ele tentado, em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”. E, em João 14:9, Jesus disse: “Quem Me vê a Mim, vê o Pai…”


Concluímos que a vinda de Cristo à Terra teve três objetivos principais: primeiro, buscar e salvar o perdido; segundo, revelar o verdadeiro caráter de Deus e, terceiro, desmentir Satanás, mostrando que o ser humano pode viver sem pecar.
Via Evidências Proféticas

Voará como Águia - Nadson Portugal

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Qual foi o pecado de Eva?


Vamos começar lendo Gênesis 3:6:  “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. Gênesis 3:6. Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu”.
Quando foi que Eva pecou? Quando tomou o fruto, ou antes de tomá-lo?
Pense a respeito da seqüência dos fatos em Gênesis 2 e 3. Deus disse a Adão e Eva que evitassem a árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2:17), mas o maligno sugeriu a Eva que não se podia confiar em Deus (Gênesis 3:1-5). Em resultado, Gênesis 3:6 relata que Eva tomou o fruto e comeu.
Ela tomou. Mas observe que algo aconteceu na mente e no coração de Eva antes dela tomar o fruto. Quando tomou o fruto, já havia pecado. Em outras palavras, ela dissera a Deus que Se afastasse, que ela sabia melhor do que Ele o que era bom para si mesma. Eva rejeitou a palavra e a vontade do Senhor Deus, substituindo-as pela própria sabedoria e vontade. Antes de alcançar o fruto, ela já colocara a sua vontade acima da vontade de Deus. Colocara o eu no trono da sua vida, no centro do seu universo, destronando desse modo o próprio Deus. Na realidade, concentrara seu amor em si mesma, em vez de concentrá-lo em Deus. Essa é a essência do pecado.
Eva cometeu pecado no momento em que amou a si mesma e ao desejo próprio mais do que a Deus e a Sua vontade. Ela cometeu pecado em seu coração. E o pecado do coração a levou a tomar o fruto e comer. Pecados íntimos do coração conduzem a pecados por meio de atos.
Essa é a perspectiva que Jesus desenvolve no Sermão do Monte. Pecado é muito mais do que os olhos podem ver. Pecado envolve muito mais do que atos. Só porque evito cometer o ato, não quer dizer que sou reto diante de Deus.

“Quero parar de masturbar-me. O que devo fazer?”


Abaixo, algumas providências que podem ser tomadas pela pessoa que deseja superar o hábito da masturbação.
1. Use o recurso da oração. Peça a Deus para dar-lhe a vitória. Demore-se não em suas falhas pessoais, mas no poder de Deus. Demore-se em meditar sobre a bondade de Deus e louvá-lo pelas bênçãos que ele tem derramado em sua vida.
2. Demore-se apenas em pensamentos e informações puras. As literaturas bem como os programas que você assiste devem ser os mais culturais e sadios. Isto para que não venham a minar sua resistência física, intelectual e moral.
3. Utilize alimentos no estado mais natural possível, evitando os derivados animais. O regime alimentar deve ser o mais simples, livre de excesso de condimentos. Abundante uso de cereais e frutas, preparados sem gorduras e ingeridos no estado mais natural possível, serão importantes para uma mudança em termos de qualidade de vida. É importante diminuir o uso de alimentos de origem animal tais como ovos e principalmente a carne. Estes alimentos contêm estimulantes que aumentam o desejo por práticas sexuais. A satisfação do paladar deve levar em conta a saúde física, intelectual ou moral. Alimentos de origem animal, com alto teor de proteínas, podem ser substituídos com vantagens por outros de origem vegetal (nozes, castanhas, feijões, etc.).
4. Procure praticar algum esporte, para obter melhor condicionamento físico. A prática habitual de exercícios físicos não somente fortalece o corpo, mas também fortalece a mente para escolher propósitos mais nobres. Alguns esportes como a natação ou até mesmo longas caminhadas, são excelentes.
5. Dedique tempo em servir aos semelhantes. Quando esquecemos um pouco nossos projetos e nos dedicamos a satisfazer as necessidades daqueles que estão ao nosso redor fazemos grande bem a nós mesmos, pois substituímos os hábitos egoístas e sensuais por hábitos de bondade e benevolência.
A vitória sobre a masturbação não é fácil, mas pode ser conseguida. Partilhe sua luta com Jesus. Você perceberá que com ele você pode libertar-se de qualquer hábito escravizador e ser plenamente feliz!
Seu irmão em Cristo,
Pr. Valdeci Junior
Via A Ultima Advertência ao Mundo

Porque o Céu é Azul?

 
Você já parou para pensar nessa pergunta? Qual a explicação para o fato de o céu ser azul? 
A resposta está em como os raios solares interagem com a atmosfera.
Quando a luz passa através de um prisma, o espectro é quebrado num arco-íris de cores. Nossa atmosfera faz o mesmo papel, atuando como uma espécie de prisma onde os raios solares colidem com as moléculas e são responsáveis pelo dispersão do azul.
Quando olhamos a cor de algo, é porque este "algo" refletiu ou dispersou a luz de uma determinada cor associada a um comprimento de onda. Uma folha verde utiliza todas as cores para fazer a fotossíntese, menos o verde, porque esta foi refletida. Devido ao seu pequeno tamanho e estrutura, as minúsculas moléculas da atmosfera difundem melhor as ondas com pequenos comprimentos de onda, tais como o azul e violeta. As moléculas estão espalhadas através de toda a atmosfera, de modo que a luz azul dispersada chega aos nossos olhos com facilidade.
Luz azul é dispersada dez vezes mais que luz vermelha.
A luz azul tem uma frequência ( ciclos de onda por segundo ) que é muito próximo da frequência de ressonância dos átomos, ao contrário da luz vermelha. Logo a luz azul movimenta os elétrons nas camadas atômicas da molécula com muito mais facilidade que a vermelha. Isso provoca um ligeiro atraso na luz azul que é re-emitida em todas as direções num processo chamado dispersão de Rayleigh ( Físico inglês do século 19 ). A luz vermelha, que não é dispersa e sim transmitida, continua em sua direção original, mas quando olhamos para o céu é a luz azul que vemos porque é a que foi mais dispersada pelas moléculas em todas as direções.
Luz violeta tem comprimento de onda menor que luz azul, portanto dispersa-se mais na atmosfera que o azul. Porque então não vemos o céu violeta ? Porque não há suficiente luz ultravioleta. O sol produz muito mais luz azul que violeta.
Quando o céu está com cerração, névoa ou poluição, há partículas de tamanho grande que dispersam igualmente todos os comprimentos de ondas, logo o céu tende ao branco pela mistura de cores. Isso é mais comum na linha do horizonte.
No vácuo, existente fora das proximidades do planeta Terra, onde não há atmosfera, os raios do sol não são dispersos, logo eles percorrem uma linha reta do sol até o observador, por isso, os astronautas veem o céu escuro, como se fosse sempre noite.
por Fisicaju

Como harmonizar a aparente contradição entre o “ouvir” e o “ver” na conversão de Saulo? (At 9:7; 22:9)


Existe, à primeira vista, uma aparente tensão entre as descrições de Atos 9:7 e 22:9 sobre a experiência dos  companheiros de Saulo por ocasião da conversão dele. Porém, considerando mais detidamente esses textos,  percebe-se que em Atos 9:7 é dito que os companheiros ouviram “a voz”, mas não viram “ninguém”, enquanto que Atos 22:9 acrescenta que eles “viram a luz, sem contudo perceberem o sentido da voz que falava” com Saulo.


Tanto a voz quanto a luz mencionadas nessas passagens eram do próprio Jesus (ver At 9:5; 22:8; 26:15). Os companheiros de Saulo ouviram a “voz” de Jesus falando com ele, mas não entenderam o “sentido” das palavras proferidas. Viram apenas uma “luz” sobrenatural, sem terem o privilégio de contemplar a forma específica dAquele que Se revelara a Saulo. Cremos, assim, que os textos se complementam em suas declarações.


Texto de autoria do Dr. Alberto Timm Publicado na revista Sinais dos Tempos, novembro/dezembro de 2001. p. 30. Via Sétimo Dia

Escute o que Deus diz!

Atividade física produz tipo de gordura que protege de doenças


Um hormônio produzido em resposta à prática de exercícios pode transformar a gordura comum do corpo em gordura marrom, boa para a saúde, reduzindo o risco de doenças como obesidade e diabetes. A conclusão é de um estudo publicado  na Nature e abre perspectiva para a criação de um medicamento capaz de reproduzir os efeitos da atividade física para o corpo.
Ao contrário da gordura comum (também chamada de ‘branca’), a gordura marrom é metabolicamente ativa, ou seja, leva à queima de calorias. Até pouco tempo, achava-se que ela existia apenas nos bebês, mas estudos revelaram que adultos também podem fabricar esse tipo de gordura “desejável”.
A pesquisa, conduzida por pesquisadores do Instituto de Câncer Dana-Farber e da Faculdade de Medicina de Harvard, ajuda a entender como os exercícios afetam o organismo em nível celular.
O estudo analisou uma substância chamada PGC1-alpha, produzida em abundância pelos músculos durante e após os exercícios.
“Parece claro que o PGC1a é responsável por muitos dos benefícios atribuídos aos exercícios”, afirma Bruce Spiegelman, professor das duas instituições e autor do estudo.
Segundo ele, ratos que foram induzidos a produzir grandes quantidades da substância nos músculos mostraram-se resistentes à obesidade e ao diabetes, assim como muitas pessoas que praticam exercícios com regularidade.
Os pesquisadores descobriram que a substância estimula a expressão de uma proteína chamada Fndc5, que há muito tempo chama atenção dos biólogos.
Fonte: BOL Notícias

Se isso é o que Deus quer

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O que a Bíblia diz sobre o pagamento de impostos?

Jesus nos deu um exemplo de boa cidadania ao pagar impostos. Mateus 17:27:  Mas, para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por mim e por ti.
Jesus também nos aconselha a que paguemos impostos. Mateus 22:17-21: Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar tributo a César, ou não? Jesus, porém, percebendo a sua malícia, respondeu: Por que me experimentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um denário. Perguntou-lhes ele: De quem é esta imagem e inscrição? Responderam: De César. Então lhes disse: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.
Os cristãos devem pagar os seus impostos de boa vontade. Romanos 13:5-7: Pelo que é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa da ira, mas também por causa da consciência. Por esta razão também pagais tributo; porque são ministros de Deus, para atenderem a isso mesmo. Dai a cada um o que lhe é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.
Sobre os que devem impostos, Romanos 13:7 a 8, diz: Dai a cada um o que lhe é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra. A ninguém devais coisa alguma, senão o amor recíproco; pois quem ama ao próximo tem cumprido a lei.

Por que Jesus disse “o Pai é maior do que Eu”? (Jo 14:28)


Essa e outras declarações que falam da subordinação de Cristo ao Pai referem-se à condição de Cristo durante a encarnação, e não à Sua natureza divina como contrastando com a do Pai. Em Filipenses 2:5-11, Paulo declara (1) que antes da encarnação Cristo possuía a mesma “forma de Deus” e era “igual a Deus” (verso 6); (2) que durante a encarnação Ele “Se esvaziou” e “Se humilhou”, “assumindo a forma de servo” (versos 7-8); e (3) que após a encarnação Ele reassumiu todo o Seu status original de igualdade com o Pai (versos 9-11).


Cristo destacou várias vezes, durante Seu ministério terrestre, Sua posição de igualdade com o Pai. De acordo com a compreensão oriental, ao Cristo afirmar que “Deus era seu Próprio Pai”, Ele estava fazendo-Se “igual a Deus” (Jo 5:18). Cristo também disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10:30). Em outra ocasião Ele chegou mesmo a reivindicar para Si o título sagrado “EU SOU” (Jo 8:58), usado no Antigo Testamento para designar a Deus (ver Êx 3:14).


Durante Sua encarnação, Cristo viveu como homem entre os homens, deixando-nos um exemplo de perfeita dependência do Pai (I Pe 2:21). Nessa condição Ele não apenas declarou que “o Pai é maior do que Eu” (Jo 14:28) e que “o Filho nada pode fazer de Si mesmo” (Jo 5:19), mas também pôs-Se de joelhos e orou ao Pai (Lc 22:41-42). Não podemos, no entanto, usar essas declarações para tentar justificar a falsa teoria de que Cristo é de alguma forma inferior ao Pai.


O Novo Testamento é claro em afirmar que Cristo é verdadeiramente Deus (Jo 1:1; 20:28; Tt 2:13; Hb 1:8; II Pe 1:1) e que nEle “habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” (Cl 2:9). Paulo jamais poderia ter falado de Cristo como possuindo “toda a plenitude da Divindade” se Ele não fosse coeterno com o Pai e da mesma essência que Ele.


Texto de autoria do Dr. Alberto Timm publicado na Revista Sinais dos Tempos, abril de 1998, p. 29. Via Setimo Dia

Vida Inteligente?

Como interpretar a parábola do rico e Lázaro em Lucas 16:19-31?

 
Alguns sugerem que o relato de Lucas 16:19-31 deveria ser interpretado literalmente, como uma descrição do estado do homem na morte. Mas essa interpretação nos levaria a uma série de conclusões inconsistentes com o restante das Escrituras. Em primeiro lugar, teríamos de admitir que o Céu e o inferno se encontram suficientemente próximos para permitir uma conversa entre os habitantes de ambos os lugares (versos 23-31). Teríamos de acreditar também na vida após a morte, enquanto o corpo jaz na sepultura, continua existindo de forma consciente uma espécie de alma espiritual que possui “olhos”, “dedo” e “língua”, e que inclusive pode sentir sede (versos 23 e 24).


Se esta fosse uma descrição real do estado do homem na morte, então o Céu certamente não seria um lugar de alegria e de felicidade, pois os salvos poderiam acompanhar de perto os infindáveis sofrimentos de seus entes queridos que se perderam e até mesmo dialogar com eles (versos 23-31). Como poderia uma mãe sentir-se feliz no Céu, contemplando ao mesmo tempo as agonias incessantes, no inferno, de seu amado filho? Num contexto como esse, seria praticamente impossível o cumprimento da promessa bíblica de que então “não haverá luto, nem pranto, nem dor” (Ap 21:4).


Diante disso, a maioria dos eruditos bíblicos contemporâneos considera a história do rico e Lázaro (Lc 16:19-31) como uma parábola, da qual nem todos os detalhes podem ser interpretados literalmente. George E. Ladd, por exemplo, diz que essa história era provavelmente “uma parábola de uso corrente no pensamento judaico e não tenciona ensinar coisa alguma acerca do estado dos mortos”. (O Novo Dicionário da Bíblia [São Paulo: Vida Nova, 1962], vol. 1, p. 512). Sendo esse o caso, temos que procurar entender qual o verdadeiro propósito da parábola.


Nos capítulos 15 e 16 de Lucas, Cristo apresenta várias parábolas em resposta à preconceituosa discriminação dos escribas e fariseus para com as classes marginalizadas da época (Lc 15:1 e 2; 16:14 e 15). A parábola de Lucas 16:19-31, que aparece no final desses dois capítulos, é caracterizado por um forte contraste entre “certo homem rico” e bem vestido (verso 19) e “certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas” (verso 20). O relato ensina pelo menos duas grandes lições. A primeira é que o status e o reconhecimento social do presente não são o critério de avaliação para a recompensa futura. Em outras palavras, aqueles que, à semelhança dos escribas e fariseus, se julgam mais dignos do favor divino podem ser os mais desgraçados espiritualmente aos olhos de Deus (comparar com Mt 23).


A segunda lição é que o destino eterno de cada pessoa é decidido nesta vida, e jamais poderá ser revertido na era vindoura, nem mesmo pela intervenção de Abraão (Lc 16:25 e 26). A referência à impossibilidade de Abraão salvar o homem rico do seu castigo reprova o orgulho étnico dos fariseus, que se consideravam merecedores da salvação por serem descendentes de Abraão (ver Lc 3:8; 13:28; Jo 8:39 e 40, 52-59).


É importante lembrarmos que um dos princípios básicos da interpretação bíblica é que não devemos fundamentar doutrinas nos detalhes acidentais de uma parábola, sem primeiro verificar se as conclusões obtidas estão em perfeita harmonia com o consenso geral das Escrituras. A própria parábola de Lucas 16:19-31 afirma que, para obter vida eterna, o ser humano precisa viver em plena conformidade com a vontade de Deus revelada através de “Moisés e os profetas” (verso 29; comparar com Mt 7:21), ou seja, através da “totalidade da Escritura” (L. L. Morris).


Mesmo não tencionando esclarecer o estado do homem na morte, esta parábola declara, em harmonia com o restante das Escrituras, que os mortos só podem voltar a se comunicar com os vivos através da ressurrreição (Lc 16:31). E, se analisarmos mais detidamente o que “Moisés e os profetas” têm a nos dizer sobre o estado na morte, perceberemos que os mortos permanecem inconscientes na sepultura até o dia da ressurreição final (ver Jó 14:10-12; Sl 6:4-5; Ec 9:5, 10; Jo 5:28 e 29; 11:1-44; I Co 15:16-18; I Ts 4:13-15).


Texto de autoria do Dr. Alberto Timm. Via Setimo Dia

Preciso freqüentar a igreja para me tornar cristão?


A idéia de reunir um grupo de crentes num corpo organizado não é humana, mas divina. Sobre Si mesmo – afirmou Cristo – Sua Igreja seria edificada (veja Mateus 16:8). E o apóstolo Pedro convida: “Chegando-vos para Ele, a perda que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vos mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual.” (I Pedro 2:4 e 5).


Cristo confiou à Igreja “as chaves do reino” (Mateus 16:19). Estas chaves podem abrir ou fechar o Céu à humanidade. Que são elas? Jesus deu a entender, certa feita, quando falava sobre a liderança judaica: “Ai de vós… porque tomaste a chave da ciência” (Lucas 11:52).


Onde, portanto, se pode encontrar a chave do conhecimento da salvação que abrirá as portas do Céu? Tal conhecimento, obviamente, somente pode ser encontrado na Palavra de Deus, “as sagradas letras que podem tornar-te sábio para a salvação, pela fé em Cristo Jesus” (II Timóteo 3:15).


O ato de adoração, o estudo das Escrituras e o hábito de comungar junto com aqueles que amam a Deus, unindo as habilidades e talentos para a divulgação das boas novas de salvação – tudo isso ajuda o cristão individual a desenvolver uma forte e radiante experiência cristã.


E fica aqui um conselho importantíssimo: “Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar… Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas outras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações, e tanto mais quanto vendes que o dia se aproxima.” (Hebreus 10:23-25).


Via Evidências Proféticas

Como entender a promessa de Cristo ao bom ladrão expressa nas palavras “hoje estarás comigo no paraíso”? (Lc 23:43)


A versão Almeida Revista e Atualizada (2.ª edição) traduz Lucas 23:43 da seguinte forma: “Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” Mas se discute se o advérbio “hoje” (grego sémeron) estaria ligado ao verbo que o sucede (“estar”) ou ao verbo que o antecede (“dizer”). Embora a maioria das traduções opte pela primeira alternativa (“te digo, hoje estarás comigo no paraíso”), existem algumas traduções que preferem a segunda opção (“te digo hoje, estarás comigo no paraíso”). Já a Tradução Ecumênica da Bíblia preferiu preservar a ambigüidade do texto original grego: “Em verdade eu te digo, hoje, estarás comigo no paraíso”.


A problemática envolvida na tradução de Lucas 23:43 é cuidadosamente exposta e analisada por Rodrigo P. Silva em sua tese doutoral, intitulada “Análise Lingüística do Sémeron em Lucas 23:43”, defendida em outubro de 2001 na Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo. Com base em uma minuciosa investigação das ocorrências do advérbio sémeron nos textos gregos do Antigo Testamento (tradução da Septuaginta) e do Novo Testamento, o autor da tese afirma que “na maioria absoluta dos casos” em que existe uma ambigüidade semelhante à de Lucas 23:43, “a ligação de sémeron com o primeiro verbo demonstrou-se a mais natural”. Isso significa que a tradução de Lucas 23:43 mais consistente com a sintaxe original seria “te digo hoje, estarás” (e não “te digo, hoje estarás”).


Se o propósito de Cristo em Lucas 23:43 fosse prometer ao bom ladrão que este estaria com Ele “no paraíso” naquele mesmo dia, então a promessa acabou não se cumprindo, pois dois dias mais tarde o próprio Cristo afirmou que ainda não subira para Seu Pai (Jo 20:17). É certo que alguns intérpretes procuram contornar o problema sugerindo uma distinção artificial entre o “paraíso” celestial, para onde iria o bom ladrão, e as “moradas” celestiais, onde habita Deus o Pai. Mas essa tentativa acaba agravando ainda mais o problema, pois o lugar para onde Cristo prometera levar Seus seguidores não é outro senão as “muitas moradas” preparadas “na casa” de Seu Pai (Jo 14:1-3; ver também Ap 21:3; 22:3 e 4).


Assim, a versão em espanhol Nueva Reina-Valera 2000 está correta ao traduzir Lucas 23:43 como: “Então Jesus lhe respondeu: ‘Eu te asseguro hoje, estarás comigo no paraíso’.” E esse paraíso é o próprio “paraíso de Deus” (Ap 2:7), onde Cristo habita com Seu Pai, e para onde serão levados os remidos de todas as épocas (Ap 7:9-17).


Texto de autoria do Dr. Alberto Timm publicado na revista Sinais dos Tempos, março/abril de 2002. p. 30. Via Setimo Dia 

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