quinta-feira, 14 de julho de 2011

“Está Consumado.”


 
Cristo não entregou Sua vida antes que realizasse a obra que viera fazer, e ao exalar o espírito, exclamou: “Está consumado.” (João 19:30). Ganhara a batalha. Sua destra e Seu santo braço Lhe alcançaram a vitória. Como Vencedor, firmou Sua bandeira nas alturas eternas. Que alegria entre os anjos! Todo o Céu triunfou na vitória do Salvador. Satanás foi derrotado, e sabia que seu reino estava perdido.
Era um ser admirável de poder e glória o que se pusera em oposição a Deus. De Lúcifer, diz o Senhor: “Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura.” (Ezequiel 28:12). Lúcifer fora o querubim cobridor. Estivera à luz da presença divina. Fora o mais elevado de todos os seres criados, e o primeiro em revelar ao Universo os desígnios divinos.
Depois de pecar, seu poder de enganar tornou-se consumado, e mais difícil o descobrir-lhe o caráter, em virtude da exaltada posição que mantivera junto do Pai.
 Deus poderia haver destruído Satanás e seus adeptos tão facilmente, como se pode atirar um seixo à terra; assim não fez, porém. A rebelião não seria vencida pela força. Poder compulsor só se encontra sob o governo de Satanás. Os princípios do Senhor não são dessa ordem. Sua autoridade baseia-se na bondade, na misericórdia e no amor; e a apresentação desses princípios é o meio a ser empregado. O governo de Deus é moral, e verdade e amor devem ser o poder predominante.
Era desígnio divino colocar as coisas numa base de segurança eterna, sendo decidido nos conselhos celestiais que se concedesse tempo a Satanás para desenvolver os seus princípios, o fundamento de seu sistema de governo. Pretendera serem os mesmos superiores aos princípios divinos. Deu-se tempo para que os princípios de Satanás operassem, a fim de serem vistos pelo Universo celestial. Satanás induziu o homem ao pecado, e o plano de redenção entrou em vigor. Por quatro mil anos, esteve Cristo trabalhando pelo reerguimento do homem, e Satanás por sua ruína e degradação. E o Universo celestial contemplava tudo.
Ao vir Jesus ao mundo, o poder de Satanás voltou-se contra Ele. Desde o tempo em que aqui apareceu, como a Criancinha de Belém, manobrou o usurpador para promover Sua destruição. Por todos os meios possíveis, procurou impedir Jesus de desenvolver infância perfeita, imaculada varonilidade, um ministério santo e sacrifício irrepreensível. Foi derrotado, porém. Não pôde levar Jesus a pecar. Não O conseguiu desanimar, ou desviá-Lo da obra para cuja realização viera ao mundo. Do deserto ao Calvário, foi açoitado pela tempestade da ira de Satanás, mas quanto mais impiedosa era ela, tanto mais firme Se apegava o Filho de Deus à mão de Seu Pai, avançando na ensangüentada vereda. Todos os esforços de Satanás para oprimi-Lo e vencê-Lo, só faziam ressaltar, mais nitidamente, a pureza de Seu caráter.
 Todo o Céu, bem como os mundos não caídos, foram testemunhas do conflito. Com que profundo interesse seguiram as cenas finais da luta! Viram o Salvador penetrar no jardim do Getsêmani, a alma vergando sob o horror de uma grande treva. Ouviram-Lhe o doloroso grito: “Meu Pai, se é possível, passe de Mim este cálice!” (Mateus 26:39). À medida que dEle era retirada a presença do Pai, viram-nO aflito por uma dor mais atroz que a da grande e derradeira luta com a morte. Suor de sangue irrompeu-Lhe dos poros, gotejando no chão. Por três vezes foi-Lhe arrancada dos lábios a súplica de livramento. Não mais pôde o Céu suportar a cena, e um mensageiro de conforto foi enviado ao Filho de Deus.
O Céu viu a Vítima entregue às mãos da turba homicida, e, com zombaria e violência, impelida à pressa de um a outro tribunal. Ouviu os escárnios dos perseguidores por causa de Seu humilde nascimento. Ouviu a negação por entre juras e imprecações da parte de um de Seus mais amados discípulos. Viu a frenética obra de Satanás, e seu poder sobre o coração dos homens. Oh! Terrível cena! O Salvador aprisionado à meia-noite no Getsêmani, arrastado daqui para ali, de um palácio a um tribunal, citado duas vezes perante sacerdotes, duas perante o Sinédrio, duas perante Pilatos, e uma diante de Herodes, escarnecido, açoitado, condenado e conduzido fora para ser crucificado, carregando o pesado fardo da cruz, por entre os lamentos das filhas de Jerusalém e as zombarias da gentalha!
Com dor e espanto contemplou o Céu a Cristo pendente da cruz, o sangue a correr-Lhe das fontes feridas, tendo na testa o sanguinolento suor. O sangue caía-Lhe, gota a gota, das mãos e dos pés, sobre a rocha perfurada para encaixar a cruz. As feridas abertas pelos cravos aumentavam ao peso que o corpo fazia sobre as mãos. Sua difícil respiração tornava-se mais rápida e profunda, à medida que Sua alma arquejava sob o fardo dos pecados do mundo. Todo o Céu se encheu de assombro quando, em meio de Seus terríveis sofrimentos, Cristo ergueu a oração: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” (Lucas 23:34).
E, no entanto, ali estavam homens formados à imagem de Deus, unidos para esmagar a vida de Seu unigênito Filho.
Houvesse-se podido achar um só pecado em Cristo, tivesse Ele num particular que fosse cedido a Satanás para escapar à horrível tortura, o inimigo de Deus e do homem teria triunfado. Cristo inclinou a cabeça e expirou, mas manteve firme a Sua fé em Deus, e a Sua submissão a Ele. “E ouvi uma grande voz no Céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do Seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite.” (Apocalipse 12:10).
Satanás viu que estava desmascarado. Sua administração foi exposta perante os anjos não caídos e o Universo celestial. Revelara-se um homicida. Derramando o sangue do Filho de Deus, desarraigou-se Satanás das simpatias dos seres celestiais. Daí em diante sua obra seria restrita. Qualquer que fosse a atitude que tomasse, não mais podia esperar os anjos ao virem das cortes celestiais, nem perante eles acusar os irmãos de Cristo de terem vestes de trevas e contaminação de pecado. Estavam rompidos os derradeiros laços de simpatia entre Satanás e o mundo celestial.
Todavia, Satanás não foi então destruído. Os anjos não perceberam, nem mesmo aí, tudo quanto se achava envolvido no grande conflito. Os princípios em jogo deviam ser mais plenamente revelados. E por amor do homem, devia continuar a existência de Satanás. O homem, bem como os anjos, devia ver o contraste entre o Príncipe da Luz e o das trevas. Cumpria-lhes escolher a quem servir.
No início do grande conflito, declarara Satanás que a lei divina não podia ser obedecida, que a justiça era incompatível com a misericórdia, e que, fosse a lei violada, impossível seria ao pecador ser perdoado. Cada pecado devia receber seu castigo, argumentava Satanás; e se Deus abrandasse o castigo do pecado, não seria um Deus de verdade e justiça. Quando o homem violou a lei divina, e Lhe desprezou a vontade, Satanás exultou. Estava provado, declarou, que a lei não podia ser obedecida; o homem não podia ser perdoado. Por haver sido banido do Céu, depois da rebelião, pretendia que a raça humana devesse ser para sempre excluída do favor divino. O Senhor não podia ser justo, argumentava, e ainda mostrar misericórdia ao pecador.
 Mas mesmo como pecador, achava-se o homem, para com Deus, em posição diversa da de Satanás. Lúcifer pecara, no Céu, em face da glória divina. A ele, como a nenhum outro ser criado, se revelou o amor de Deus. Compreendendo o caráter do Senhor, conhecendo-Lhe a bondade, preferiu Satanás seguir sua própria vontade independente e egoísta. Essa escolha foi decisiva. Nada mais havia que Deus pudesse fazer para o salvar. O homem, porém, foi enganado; obscureceu-se-lhe o espírito pelo sofisma de Satanás. A altura e a profundidade do amor divino, não as conhecia o homem. Para ele, havia esperança no conhecimento do amor de Deus. Contemplando-Lhe o caráter, podia ser novamente atraído para Ele.
Por meio de Jesus, foi a misericórdia divina manifesta aos homens; a misericórdia, no entanto, não pôs de parte a justiça. A lei revela os atributos do caráter de Deus, e nem um jota ou til da mesma se podia mudar, para ir ao encontro do homem em seu estado caído. Deus não mudou Sua lei, mas sacrificou-Se a Si mesmo em Cristo, para redenção do homem. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo.” (II Coríntios 5:19).
 A lei requer justiça – vida justa, caráter perfeito; e isso não tem o homem para dar. Não pode satisfazer as reivindicações da santa lei divina. Mas Cristo, vindo à Terra como homem, viveu vida santa, e desenvolveu caráter perfeito. Estes oferece Ele como dom gratuito a todos quantos o queiram receber. Sua vida substitui a dos homens. Assim obtêm remissão de pecados passados, mediante a paciência de Deus. Mais que isso, Cristo lhes comunica os atributos divinos.
Forma o caráter humano segundo a semelhança do caráter de Deus, uma esplêndida estrutura de força e beleza espirituais. Assim, a própria justiça da lei se cumpre no crente em Cristo. Deus pode ser “justo e justificador daquele que tem fé em Jesus”. (Romanos 3:26).
O amor de Deus tem-se expressado tanto em Sua justiça como em Sua misericórdia. A justiça é o fundamento de Seu trono, e o fruto de Seu amor. Era o desígnio de Satanás divorciar a misericórdia da verdade e da justiça. Buscou provar que a justiça da lei divina é um inimigo da paz. Mas Cristo mostrou que, no plano divino, elas estão indissoluvelmente unidas; uma não pode existir sem a outra. “A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram.” (Salmo 85:10). Por Sua vida e morte, provou Cristo que a justiça divina não destrói a misericórdia, mas que o pecado pode ser perdoado, e que a lei é justa, sendo possível obedecer-lhe perfeitamente. As acusações de Satanás foram refutadas. Deus dera ao homem inequívoca prova de amor.
 Outro engano devia ser então apresentado. Satanás declarou que a misericórdia destruía a justiça, que a morte de Cristo anulava a lei do Pai. Fosse possível ser a lei mudada ou anulada, então não era necessário Cristo ter morrido. Anular a lei, porém, seria imortalizar a transgressão e colocar o mundo sob o domínio de Satanás. Foi porque a lei é imutável, porque o homem só se pode salvar mediante a obediência a seus preceitos, que Jesus foi erguido na cruz. Todavia, os próprios meios porque Cristo estabeleceu a lei, foram apresentados por Satanás como destruindo-a. A esse respeito sobrevirá o derradeiro conflito da grande luta entre Cristo e Satanás.
O ser defeituosa a lei pronunciada pela própria voz divina, o haverem sido certas especificações postas à margem, eis a pretensão apresentada agora por Satanás. É o último grande engano que ele há de trazer sobre o mundo. Não necessita atacar toda a lei; se pode levar os homens a desrespeitar um só preceito, está conseguido seu objetivo. Pois “qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos”. (Tiago 2:10). Consentindo em transgredir um preceito, são os homens colocados sob o poder de Satanás. Substituindo a lei divina pela humana, procurará Satanás dominar o mundo. Essa obra é predita em profecia. Acerca do grande poder apóstata que é representante de Satanás, acha-se declarado: “Proferirá palavras contra o Altíssimo e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão.” (Daniel 7:25). Os homens hão de certamente estabelecer suas leis para anular as de Deus. Procurarão obrigar a consciência de outros, e, em seu zelo para impor essas leis, oprimirão os semelhantes.
A guerra contra a lei divina, começada no Céu, continuará até ao fim do tempo. Todo homem será provado. Obediência ou desobediência, eis a questão a ser assentada por todo o mundo. Todos serão chamados a escolher entre a lei divina e as humanas. Aí se traçará a linha divisória. Não existirão senão duas classes. Todo caráter será plenamente desenvolvido; e todos mostrarão se escolheram o lado da lealdade ou o da rebelião. Então virá o fim.
Deus reivindicará Sua lei e livrará Seu povo. Satanás e todos quantos se lhe houverem unido em rebelião serão extirpados. O pecado e os pecadores perecerão, raiz e ramos (Malaquias 4:1) – Satanás a raiz, e seus seguidores os ramos. Cumprir-se-á a palavra dirigida ao príncipe do mal: “Pois que estimas o teu coração como se fora o coração de Deus, … te farei perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas. … Em grande espanto te tornaste, e nunca mais serás para sempre.” (Ezequiel 28:1 a 21). Então “o ímpio não existirá; olharás para o seu lugar, e não aparecerá” (Salmo 37:10); “e serão como se nunca tivessem sido”. (Obadias 16).
 Isso não é um ato de poder arbitrário da parte de Deus. Os que Lhe rejeitam a misericórdia ceifarão aquilo que semearam. Deus é a fonte da vida; e quando alguém escolhe o serviço do pecado, separa-se de Deus, desligando-se assim da vida. Ele está “separado da vida de Deus” (Efésios 4:18). Cristo diz: “Todos os que Me aborrecem amam a morte.” (Provérbio 8:36). Deus lhe dá existência por algum tempo, a fim de poderem desenvolver seu caráter e revelar seus princípios. Feito isso, receberão os resultados de sua própria escolha. Por uma vida de rebelião, Satanás e todos quantos a ele se unem colocam-se em tanta desarmonia com Deus, que Sua própria presença lhes é um fogo consumidor. A glória dAquele que é amor os destruirá.
Havendo-se completado o plano da redenção, o caráter de Deus é revelado a todos os seres inteligentes. Os preceitos de Sua lei são vistos como perfeitos e imutáveis. Então o pecado terá patenteado sua natureza, Satanás o seu caráter. O extermínio do pecado reivindicará o amor de Deus, e estabelecerá Sua honra perante um Universo de seres que se deleitam em fazer Sua vontade, e em cujo coração está a Sua lei. A destruição do pecado e de Satanás fora para sempre assegurada, que a redenção do homem era certa e que o Universo estava para sempre a salvo. O próprio Cristo compreendeu plenamente os resultados do sacrifício feito no Calvário. A tudo isto olhava Ele quando exclamou na cruz: “Está consumado.” (João 19:30).
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 758.
Fonte: Artigo extraíd odo Livro O Selo de Deus na Lei, no capítulo 18

Os Gentios e a Lei

 
Mostrando indisfarçável aversão pela lei divina, alguns citam Romanos 2:14, isolando a expressão “os gentios que não tem lei”, para concluir erroneamente que a lei só fora dada a Israel, e que os gentios não precisam de lei. Ora, a Bíblia diz justamente o contrário, e preferimos crer nela. Em Isaías 56, por exemplo, lemos as grandes promessas feitas por Deus aos gentios que se unissem ao Seu concerto e guardassem o Sábado.
Note-se que o capítulo se refere à dispensação cristã, quando “a salvação está prestes a vir e a justiça a manifestar-se”. Leia Números 15:15. E Gálatas 3:29, afirma que os cristãos são descendentes de Abraão e herdeiros conforme a promessa.
A Escritura também não diz que Deus o é dos gentios? – “E porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente.” (Romanos 3:29). No entanto, esse Deus, reiteradamente é denominado “Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”. Todas as bênçãos divinas foram transferidas para o gentilismo: o concerto, a lei, o evangelho, tudo, em fim. Somos o Israel espiritual.
Para compreender realmente Romanos 2:14, leiamos o verso 11 ao 16, e veremos que o apóstolo faz interessantes afirmações.
1.ª – Que Deus não faz distinção de homens (pois só tem um padrão de julgamento: a Sua santa Lei. Sejam judeus ou gentios).
2.ª – Que os que pecaram, mesmo não conhecendo a lei, perecerão. Notem bem: perecerão (porque o salário do pecado é a morte). Não se diz que se salvam pela consciência da lei.
3.ª – Que os que pecaram, conhecendo a lei, por ela serão julgados. (Logo, não foi abolida porque será norma de julgamento). Paulo diz isso em sentido genérico, não restrito aos judeus. E os que forem julgados por ela, sendo achados em falta, necessariamente serão condenados, pois a transgrediram.
4.ª – O verso 13 estabelece um cortejo entre os que “ouvem” e os que “praticam” os preceitos divinos. (compare com Tiago 1:22 a 26). E o apóstolo conclui que somente os últimos, os praticantes alcançam a justificação, e isto porque a sua fé os levou a obedecerem ao padrão do Céu.
5.ª – Os versos 14 à 16 em conjunto revelam que ninguém escapa ao julgamento de Deus, que julgará os segredos dos homens. Não escaparão nem mesmo os que não tendo lei, julgam a praticar “as coisas que são da lei” sob o tríplice testemunho do coração, da consciência e do pensamento.
Note-se a que alusão a “gentios” é motivada pelo contraste que Paulo estabelece na impenitência dos judeus. A tese forçada de que a lei não é necessária aos gentios, encontra o seu desmentido especialmente nos versos 12 e 13. É só ler com atenção e entendimento.
Milton C. Wilcox faz judicioso comentário deste assunto, que reproduzimos:
“A lei divina é uma só. O pagão que a tinha, ou supunha tê-la em sua capacidade, certamente julgava-se bem com a consciência mesmo nos tempos em que podia ter uma multidão de esposas. Àquele tempo ele podia praticar outras coisas que as próprias convenções da época não permitiriam – e que a luz da Palavra de Deus sem dúvida condenaria – tal como se deu com Abraão e Jacó. Mas sentiam-se bem com a consciência. A lei escrita em seus corações de início não constituía um conhecimento completo, senão um princípio de agir correto. Assim se expressa Deus em II Crônicas 16:9: “Os olhos do Senhor passam por toda a Terra para mostrar-Se forte com aqueles cujo coração é perfeito para com Ele.” – Milton C. Wilcox, Guestions Answered, pág. 96.
Isto é o que Deus requer – afeição perfeita, perfeito coração. A força “propulsora” do homem é a sua afeição, seu amor, mesmo que seu conhecimento seja pouco.
Mesmo que se manifeste apenas um raio de luz do trono de Deus, este raio de luz domina a sua vida, e o homem que se submete a ele é aceito por Deus. Mesmo tendo um conhecimento parcial da verdade, vive ele de acordo com a luz que possui.
O pagão que tem pequena luz, sem dúvida submete-se a toda luz, quando esta lhe for revelada, e alegremente submeter-se-á aos mandamentos divinos. Para ele é somente questão de revelação para confirmar o que já está no coração. E este amor é abonado pelo Mestre para ‘obediência da lei’.
Porém aquele que tem o conhecimento da Lei de Deus, expressa nos dez mandamentos, e ainda se submete ao pecado, por pequeno que seja, repele a luz. Se persistir nessa prática, será rejeitado por Deus. [veja também em Próximos do Fim: O pecado imperdoável].
Concluir que os gentios não precisam de lei, seria admitir que eles não pecam, não precisam de revelação, não precisam de Deus. E se os gentios que não conheceram a lei, dispensam-na e se julgam pela consciência – como querem alguns – também, pelo mesmo raciocínio, os gentios que não conhecem o evangelho podem dispensá-lo pelas mesmas razões. Por aí se vê a debilidade do argumento.
Nada, absolutamente nada prova que a lei fora dada exclusivamente os judeus, mas o que a Bíblia claramente revela é que Deus de modo especial honrou a Israel fazendo daquele nação Seu povo escolhido e depositário de Sua lei. (Romanos 9:4). Era objetivo de Deus que Israel tornasse conhecida a Sua vontade expressa na lei, a todas as demais nações. Leia ainda Deuteronômio 4:6 a 8; Romanos 3:1 e 2. E quando os gentios aceitaram a religião de Israel, também se sujeitaram à Lei de Deus. (Números 15:15 e 16; Isaías 56:6 a 8).
Deus proferiu Sua lei santa, no monte Sinai, ao seu redor estavam os judeus. Também ao redor de Cristo, no sermão do Monte, só havia judeus… Mas as bênçãos da Lei e do Evangelho se estenderam aos gentios. Graças a Deus, pelo Seu Dom inefável!
Por onde se vê a citação de Romanos 2:14 saiu às avessas, porque Paulo prova justamente o contrário, a validade da lei e sua extensão aos gentios. Dizem que “pregar a lei ao povo remido é um insulto e uma ofensa à igreja de Deus”! Calma, gente. Então que grandes insultadores foram Cristo, Paulo Tiago e João!!! E Wesley, Moody, Barnes, Clarke e outros. E Taylor, que disse ser “uma bênção se cada púlpito trovejasse a voz divina ao Decálogo, porque a lei é o aio que conduz a Cristo”? E os milhões de cristãos obedientes ao divino padrão? – O nosso zelo nos leva afirma: insultadores, na verdade, são os que desprezam a Lei de Deus, pisam os seus preceitos, ou os que negam deliberadamente. Examine-se cada um a si mesmo.
Livre da Lei do Marido.
É comum citarem o começo do capítulo 7 da epístola aos Romanos (o símile da mulher casada e a lei), para concluir desastradamente pela ab-rogação da lei divina. É realmente deplorável que ajam com tal subtileza. É lastimável que cheguem a uma conclusão inteiramente contrária à que o próprio Paulo chegou, conclusão que pode ser encontrada especialmente nos versículos 7, 12, 14 e 22: “porque eu não conhecia a concupiscência se a lei não dissesse: Não cobiçarás… E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom… bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado… consinto que a lei é boa… Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de Deus.”
Inevitável é admitir que a conclusão paulina é inteiramente a favor da lei, e não contra. É de exaltação ao padrão divino, e não de desprezo. Paulo amava a Lei de Deus. Fazia elogios à ela. Exaltava-a, como bom cristão que era. Vamos estudar o tópico de Romanos 7, sem idéias preconcebidas. O que Paulo está explanando neste capítulo? O mesmo assunto dos capítulos precedentes e subseqüentes: o homem carnal – escravo do pecado – incapaz de salvar-se por si e que deverá encontrar a salvação pela graça de Deus em Cristo Jesus.
Notemos que Paulo estabelece a premissa: “a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo em que vive”. (Romanos 7:1). Na mesma epístola, em vários lugares, ele demonstra que o pecador, por ter transgredido a Lei de Deus, está sob o domínio do pecado. Em outras palavras, nossa velha natureza pecaminosa – que Paulo define como “o homem velho”, exerce domínio sobre nós. Por isso declarou o apóstolo sobre o seu estado anterior: “o que quero, isso não faço, mas o que aborreço isso faço”. (versículo 15). Quis ele dizer que nós, por nós mesmos, não podemos nos livrar do domínio do pecado.
Como nos libertaremos, então, do “velho homem” que nos mantém em sujeição?
Somente pela morte desse “velho homem”, ou seja, pela nossa conversão, porque assim, pela conversão, a nossa velha natureza é crucificada. Leia Romanos 6:6. Mas, não é bastante a morte do “homem velho”; é necessário o nascimento do “novo homem”. (Romanos 6:4)
No caso em tela, Paulo refere-se a esta mudança que se opera no homem, e para ilustrá-la convenientemente, usa o símile de um matrimônio. Nesta comparação, há 4 partes principais: uma mulher, seu primeiro marido, seu segundo marido, e a lei do matrimônio. Leia atentamente Romanos 7: 2 e 3.
A mulher representa aí o pecador, ligada ao primeiro marido, ou seja o “homem velho” com suas paixões e cobiças, ao qual está ligado pela lei: porém não pela lei em si, mas o seu objeto, o que estabelece e aponta: o pecado. E para desfazer qualquer idéia equívoca a esse respeito, Paulo apressa-se em advertir incisivamente: “É a lei pecado? De modo nenhum.” (versículo 7). Enquanto o “homem velho” viver, está ligado à “mulher”, que a ele se sujeita. Se morre o “marido”, então o pecador se livra da condenação da lei, tornando-se um “novo homem”, quer dizer, ligando-se a Cristo, o novo marido.
O primeiro ponto importante, nesta ilustração, é que Paulo não está falando da morte da lei, mas da morte de um marido. E nem haveria objetivo na ilustração, se a lei fosse morta, pois se o fosse, nada haveria que prendesse a esposa a seu marido. E também qualquer referência a adultério seria inadmissível (verso 4). Como haveria a possibilidade de adultério – que é a transgressão de um mandamento da Lei de Deus – se a lei que o capítula fora morta? Meditem bem nisso leitores. Vejam a confusão em que se metem os torcedores do sentido claro das Escrituras.
A lei do matrimônio não fica abolida, pela morte de um marido. A aplicação paulina é a vida do homem que se converte do pecado para a justiça. A primeira parte do verso 4 é claríssima. É só ler com entendimento. Fomos crucificados com Cristo. Seu corpo foi crucificado vicariamente por nós. Toda a exigência condenatória da lei sobre o nosso “homem velho” cessa com a morte de tal “homem”. Assim estamos livre da condenação, e podemos estar casado com Cristo. Então “demos fruto para Deus”.
E ainda se deve considerar o seguinte: se o estar “livre da lei” (verso 6) se refere à morte da lei – como ensinam alguns – então estaria Paulo fazendo horrível confusão na própria analogia do casamento, e contradizendo irremediavelmente as afirmações literais do mesmo contexto. Mas não é assim. Ele fala da morte de um marido, e pela aplicação, refere-se à nossa morte. O verso 4 não diz que a lei está morta, mas nós é que estamos mortos para a lei (pois ela não nos pode mais condenar, em virtude do nosso casamento com Cristo).
A expressão “morremos para aquilo em que estávamos retidos”, claramente refere-se à nossa natureza pecaminosa. O pecado, agindo mediante a nossa natureza corrupta, era o que nos retinha. (versos 24 e 25). E acrescente-se que o original diz “tenho morrido” ou “estando mortos”, o que reforça e esclarece ainda mais o pensamento do apóstolo.
Os eruditos Jamieson, Fausset e Brown assim concluem: “A morte aí referida, como vimos, não é da lei, mas a nossa, e isso mediante a união com o Salvador crucificado.” – Assim entendem os sinceros estudiosos do Livro Santo.
Muitos englobam em “mandamentos” todas as ordens, mandados, admoestações e diretrizes dos apóstolos, confundindo-os com os mandamentos da Lei de Deus.
Não há dúvida que houve “mandamento” de profetas, de Cristo, de Paulo, de Pedro e de outros. Muitos deles restritos ou para serem cumpridos por certos grupos, igrejas ou pessoas sob certas circunstâncias. Mas para o pesquisador sincero, é óbvio que tais “mandamentos” nada têm a ver com o Decálogo, e nivelá-los com a eterna Lei de Deus, denota incompreensão da revelação bíblica.
Nada melhor que o contexto para esclarecer a que se referem os mandamentos. E com espírito despido de conceitos pré-firmados, com simplicidade e dentro da exata contextuação é que podemos ser guiados pelo Espírito na compreensão da Palavra de Deus.
A. B. Christianini, Subtilezas do Erro, 2.ª ed., 1981, pág. 139.
Fonte: Artigo extraído do livro O Selo de Deus na Lei, no capítulo 17

Perguntas Frequentes sobre o Dilúvio


 1. De onde veio e para onde foi a água do dilúvio?
Os oceanos contêm água suficiente para cobrir a Terra. Se a superfície da Terra fosse perfeitamente plana, sem montanhas ou bacias oceânicas, ela seria coberta por uma camada de água com 3 km de profundidade (1). Há água suficiente para inundar a Terra. Antes do dilúvio, certa quantidade de água estava provavelmente nos mares, certa quantidade na atmosfera e uma quantidade desconhecida de água poderia ser subterrânea. A maior parte da água está agora em bacias oceânicas. É possível que mais água tenha sido acrescentada durante o dilúvio pela colisão de um ou mais cometas, que podem ser compostos em grande parte de água.
2. Como o dilúvio pôde encobrir o Monte Everest?
Durante o dilúvio, a área onde está agora o Monte Everest era uma bacia na qual sedimentos estavam se acumulando. Isto é mostrado pela presença de fósseis marinhos no Monte Everest (2). Após o soterramento dos fósseis, atividades catastróficas elevaram os sedimentos a uma altura bem acima de sua posição anterior, formando as montanhas do Himalaia. A maioria das montanhas atuais pode ter-se formado de maneira semelhante, durante o dilúvio ou logo após.
3. Como a Terra poderia ser destruída por 40 dias e 40 noites de chuva?
O dilúvio não consistiu apenas de 40 dias de chuva. As águas do dilúvio aparentemente não começaram a diminuir antes de 150 dias (Gênesis 7:24). Outros 150 dias se passaram antes que a arca pousasse (Gênesis 8:3, 4). Dez meses de inundação contínua provavelmente seriam capazes de produzir grandes mudanças geológicas na superfície da Terra. Em regiões mais distantes do ponto em que a arca pousou, o dilúvio pode ter durado bem mais do que um ano.
A água não foi o único agente envolvido na catástrofe mundial. As camadas fósseis contêm mais de 100 crateras formadas por impactos de objetos extraterrestres tais como asteróides, meteoritos e cometas (3). A crosta terrestre passou por grandes modificações durante o dilúvio. Sem dúvida, a chuva teve um papel importante, mas houve muito mais do que chuva na catástrofe conhecida como o dilúvio.
4. Como sabemos que o dilúvio foi mundial? Ele não poderia ter sido restrito a algum lugar do Oriente Médio?
Jesus usou o dilúvio como um exemplo do julgamento universal (Mateus 24:37-38). Pedro confirma que apenas oito pessoas foram salvas (II Pedro 2:5).
As expressões do texto de Gênesis parecem inconsistentes com um dilúvio local (4). A linguagem é o mais universal possível: “… e cobriram todos os altos montes que havia debaixo do céu;” Gênesis 7:19. Se a água cobriu os altos montes, iria também cobrir as regiões mais baixas. Como o propósito de Deus era destruir todos os seres humanos (Gênesis 6:7), o dilúvio deveria necessariamente ter-se estendido pelo menos a todas regiões habitadas por seres humanos. Além do mais, Deus prometeu que nunca mais ocorreria outro dilúvio como aquele (Gênesis 9:11, Isaías 54:9), como simbolizado pelo arco-íris (Gênesis 9:13-17). Tem havido muitas inundações locais bastante destrutivas, que literalmente varreram muitas pessoas. O arco-íris é visto em todo mundo, indicando que a promessa se aplica a todo mundo. O dilúvio do Gênesis deve ter envolvido um nível de atividade diferente de qualquer coisa vista desde então.
Se o dilúvio foi local, a história bíblica do dilúvio não faz sentido. Não haveria necessidade de uma arca para salvar Noé e seus animais. Noé poderia ter migrado com seus animais para outra região para evitar o dilúvio local.
Alguns têm afirmado que a presença de uma camada de barro em algumas partes do vale da Mesopotâmia é uma evidência de um dilúvio local. Entretanto, esta camada de barro é encontrada apenas em algumas das cidades. Sem dúvida, a região foi inundada alguma vez, mas isto não tem nada a ver com o dilúvio dos tempos de Noé relatado em Gênesis.
5. Que problemas não resolvidos sobre o dilúvio são de maior preocupação?
Como um evento catastrófico conseguiu produzir a seqüência ordenada de fósseis que é observada? Por que os fósseis na parte inferior da coluna geológica parecem tão diferentes de qualquer coisa viva atualmente, enquanto os fósseis na parte superior da coluna são mais semelhantes às espécies que vivem agora? Por que alguns fósseis se apresentam numa série morfológica que se ajusta, de um modo geral, com a teoria da evolução? Como as plantas e animais chegaram ao local onde agora estão após o dilúvio?
____________________
Notas para as perguntas sobre o dilúvio
Sugerimos aos interessados em mais detalhes sobre o Dilúvio a leitura do livro publicado pela SCB intitulado “Uma breve história da Terra”, de autoria do geólogo criacionista Dr. Nahor Neves de Souza Júnior.
1. Dubach H. W., Taber R. W. 1968. “Questions about the oceans”. Publication G13. Washington DC: U.S. Naval Oceanographic Office, p 35.
2. Odell N. E. 1967. “The highest fossils in the world”. Geological Magazine 104(1):73-74.
3. (a) Grieve R. A .F. 1987. “Terrestrial impact structures”. Annual Review of Earth and Planetary Sciences 15:245-270; (b) Grieve R. A .F. 1990. “Impact cratering on the Earth”. Scientific American 262(4):66-73; (c) Lewis F. S. 1996. “Rain of iron and ice”. NY: Helix Books, Addison-Wesley Publishing; (d) Gibson L. J. 1990. “A catastrophe with an impact”. Origins 17:38-47.
4. (a) Hasel G. F. 1975. “The biblical view of the extent of the flood”. Origins 2:77-95; (b) Hasel G. F. 1978. “Some issues regarding the nature and universality of the Genesis flood narrative”. Origins 5:83-98; (c) Davidson R. M. 1995. “Biblical evidence for the universality of the Genesis Flood”. Origins 22:58-73.

99 maneiras de amar sua mulher do modo que ela é

 
1. Comunique-se com ela; jamais a deixe de fora
2. Considere-a importante.
3. Faça tudo o que puder para compreender os sentimentos dela.
4. Interesse-se pelos amigos dela.
5. Peça sempre a opinião dela.
6. Dê valor ao que ela diz.
7. Não deixe de demonstrar sua aprovação e afeto por ela.
8. Seja amável e terno com ela.
9. Aprenda a responder aberta e verbalmente quando ela quer comunicar-se.
10. Conforte-a quando estiver deprimida. Por exemplo, coloque os braços em volta dela e segure-a por alguns momentos, sem advertências ou censuras.
11. Interesse-se pelo que ela acha importante na vida.
12. Corrija-a com amabilidade e ternura.
13. Permita que ela o ensine sem levantar suas defesas.
14. Separe tempo especial para passar com ela e seus filhos.
15. Seja digno de confiança.
16. Elogie sua mulher com freqüência.
17. Seja criativo ao expressar seu amor, quer em palavras ou atos.
18. Aceite-a como é; descubra que ela é única e especial.
19. Admita seus erros: não tema ser humilde.
20. Lidere sua família em relação espiritual com Deus.
21. Permita que sua esposa falhe; discuta o que houve de errado depois de tê-la consolado.
22. Tomem tempo para sentarem-se e conversar calmamente.
23. Faça passeios românticos.
24. Escreva-lhe ocasionalmente uma carta, dizendo-lhe o quanto a ama.
25. Surpreenda-a com um cartão ou flores.
26. Expresse quanto a aprecia.
27. Diga-lhe como se orgulha dela.
28. Dê-lhe conselhos de maneira amorosa quando vier pedi-los a você.
29. Defenda-a perante outros.
30. Prefira-a a outros.
31. Não permita que exerça atividades que superem sua capacidade emocional ou física.
32. Tome tempo para notar o que ela fez por você e para a família.
33. Compartilhe com ela seus pensamentos e sentimentos.
34.. Converse com ela sobre seu trabalho se estiver interessada.
35. Tome tempo para ver como ela passa o dia, no trabalho ou em casa.
36. Aprenda a gostar do que ela gosta.
37. Cuide dos filhos antes do jantar sempre que necessário.
38. Ajude-a nos serviços domésticos.
39. Compreenda as limitações físicas dela se tiverem vários filhos.
40. Discipline seus filho com amor e não com ira.
41. Ajude-a a alcançar seus objetivos – nos passatempos ou educação formal.
42. Trate-a como se Deus tivesse gravado em sua testa: “Manuseie com cuidado”.
43. Livre-se dos hábitos que a aborrecem.
44. Seja amável e solícito com os parentes dela.
45. Não compare os parentes dela com os seus de maneira negativa.
46. Agradeça-lhe as coisas que tiver feito sem esperar nada em troca.
47. Não espere que uma banda toque quando você ajudar na limpeza
da casa.
48. Veja se ela compreendeu tudo que você está planejando fazer.
49. Faça pequenas coisas para ela – um beijo inesperado, café na cama.
50. Trate-a como alguém de seu mesmo nível intelectual.
51. Descubra se quer ser tratada como fisicamente mais frágil.
52. Descubra do que tem medo na vida.
53. Veja o que pode fazer para eliminar seus temores.
54. Descubra o que a torna insegura.
55. Planeje o seu futuro juntos.
56. Não brigue por causa de palavras, mas tente descobrir os sentimentos ocultos.
57. Pratique cortesias comuns como segurar a porta para ela, despejar o café.
58. Verifique se ela não se sente confortável quanto à maneira como o dinheiro é gasto.
59. Convide-a para sair de vez em quando.
60. Segure sua mão em público.
61. Coloque o braço ao redor dela na frente de amigos.
62. Diga-lhe que a ama – com freqüência
63. Lembre-se das datas de aniversários de casamento, nascimento e outras ocasiões especiais.
64. Aprenda a gostar de fazer compras.
65. Ensine-a a caçar e pescar ou o que quer que você goste de fazer.
66. Dê-lhe um presente especial de tempos a tempos.
67. Não deprecie as características femininas dela.
68. Permita que ela se expresse livremente, sem medo de ser chamada de estúpida ou ilógica.
69. Escolha cuidadosamente as suas palavras, especialmente quando estiver zangado.
70. Não a critique em frente de terceiros.
71. Não deixe que ela o veja ficar entusiasmado com a aparência
física de outra mulher se isso a aborrece.
72. Tenha sensibilidade com relação a outras pessoas.
73. Faça com que sua família saiba que você quer passar um tempo especial com ela.
74. Prepare o jantar para ela de vez em quando.
75. Mostre simpatia quando ela fica doente.
76. Avise quando for chegar tarde.
77. Não discorde dela na frente dos filhos.
78. Leve-a para jantar e para passar o fim-de-semana fora.
79. Permita que ela tome tempo para conversar sozinha com as amigas.
80. Compre para ela o que possa considerar um presente íntimo.
81. Leia um livro recomendado por ela.
82. Faça-lhe perguntas específicas sobre o dia dela que indiquem que você sabe o que ela estava planejando fazer ( ex.: “Como foi sua consulta com o médico?” ).
83. Tente ouvir e fazer perguntas.
84. Planeje um programa com vários dias de antecedência, é preferível do que esperar até sexta à noite e perguntar o que ela quer fazer.
85. Faça elogios à aparência dela.
86. Demonstre empatia pelos sentimentos dela quando ela estiver aborrecida.
87. Ofereça-se para ajudá-la quando estiver cansada.
88. Quando ela falar com você, abaixe a revista ou desligue a televisão e dê-lhe sua atenção.
89. Observe quando ela está aborrecida ou cansada e pergunte o que ela tem para fazer. Então se ofereça para ajudar fazendo algumas das suas tarefas.
90. Diga-lhe quando você estiver planejando tirar uma soneca ou sair.
91. Quando você estiver fora da cidade, ligue para deixar um número de telefone onde poderá ser encontrado e para que ela saiba que você chegou bem.
92. Lave seu carro e limpe o interior antes de um programa com ela.
93. Ofereça-se para dar-lhe uma massagem nas costas, no pescoço ou nos pés ( ou todas as três ).
94. Não aperte o controle remoto para canais diferentes quando ela estiver assistindo televisão com você.
95. Quando estiverem de mãos dadas, não deixe que sua mão fique frouxa.
96. Sugira restaurantes diferentes ao saírem; não empurre para ela o peso de decidir aonde ir.
97. Crie ocasiões em que ambos possam se vestir a rigor.
98. Seja compreensivo quando ela se atrasar ou decidir.
99. Preste mais atenção nela do que nos outros em público.
por: Renato Varges

Pedro foi o primeiro Papa?


A alegação que os católicos romanos fazem de que o apóstolo Pedro foi o principal líder dos apóstolos - o primeiro papa - tem fundamento nas Escrituras?

Há um pensamento geral entre os católicos de que Pedro foi o apóstolo que recebeu de Jesus a tarefa primordial de liderar os seus companheiros e fundar a Igreja.

Este artigo foi elaborado exatamente no período das festividades conhecidas por “juninas”, em 2008, dentre as quais há um dia dedicado a Pedro. Na época, em entrevista a uma emissora de televisão da Paraíba, uma senhora católica afirmou sua fé e respeito por “São” Pedro, citando exatamente a passagem na qual ela acredita que Jesus comissionou o apóstolo a fundar a Igreja Católica. Outra entrevistada concluiu a referência ao texto bíblico, dizendo que Pedro é a “pedra” sobre a qual Jesus edificou Sua Igreja. 

As senhoras supra-citadas estavam fazendo referência à passagem do capítulo 16 do evangelho de Mateus, no verso 18, que diz: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Mas era mesmo isso que Jesus queria dizer? Podemos afirmar, sem sombra de dúvidas, que Jesus colocou em Pedro a liderança total sobre os demais apóstolos? A “pedra” a que Jesus Se referiu pode, realmente, ser entendida como sendo Pedro?

O presente estudo faz uma análise não exaustiva da passagem em questão, complementando com a pesquisa de outras referências bíblicas no Novo Testamento (ou NT), tentando chegar a uma conclusão para as questões inicialmente propostas sobre o papel real de Pedro na liderança da Igreja Cristã do tempo dos apóstolos. 

Evangelho de Mateus: Escrito em Aramaico ou em Grego?

Um dos pilares do ensinamento católico sobre o papel de Pedro na fundação da Igreja está no fato de Roma utilizar-se da língua aramaica para a passagem de Mt 16:18, na qual as palavras “Pedro” e “pedra” são grafadas da mesma maneira: “kepha”. Dessa forma, a Igreja Católica fundamenta-se dizendo que Jesus fez de Pedro a “pedra” sobre a qual o Senhor edificou a Igreja.

Há algumas referências ao texto hebraico de Mateus, ocorridas entre os chamados “Pais da Igreja”, que parece abonar o argumento católico. Dentre tais referências, uma relevante é aquela atribuída a Papias, considerado um dos discípulos diretos do apóstolo João. Eusébio de Cesaréia, historiador cristão dos primeiros séculos, falecido por volta do ano 340 d.C., cita o seguinte:

“Referente a Mateus, [Papias] diz o seguinte: ‘Mateus ordenou as sentenças em língua hebraica, mas cada um as traduzia como melhor podia’”. Baseado em referências patrísticas como esta é que a Igreja Católica fundamenta um dos seus principais argumentos acerca da interpretação de Mt 16:18 como Pedro sendo a pedra de edificação da Igreja, uma vez que, como citado anteriormente, no texto hebraico (aramaico) não há distinção entre “Pedro” (kepha) e “pedra” (kepha).

Porém os estudiosos não são unânimes em acreditar que Mateus escreveu realmente seu evangelho em aramaico (hebraico). Dentre os argumentos utilizados, podemos citar os seguintes: 

1. As várias citações que Mateus faz do Antigo Testamento não refletem uma única forma textual, ou seja, não são a própria versão de Mateus em aramaico tirada da Bíblia normalmente aceita pela Igreja Primitiva, que era a Septuaginta (LXX). 

2. O texto grego de Mateus não soa como uma tradução, pois apresenta muitas expressões que demonstram um profundo conhecimento do pensamento judaico, que os estudiosos chamam de “semitismos”.

O que tem sido aceito dentre importantes teólogos da atualidade é que Papias estava, na verdade, declarando que o “estilo” ou a “forma” literária utilizada por Mateus é que eram hebraicos, mas não a “escrita” em si. O Dr. David Alan Black, por exemplo, cita a pesquisa de J. Kürzinger na qual a expressão utilizada por Papias (traduzida por: “em língua hebraica”), foi hebraidi dialektō, que pode significar tanto “em língua hebraica” quanto “em estilo hebraico”, dependendo do contexto. Segundo a pesquisa acima mencionada, no contexto em questão, [Papias] estava explicando alguns problemas quanto ao estilo e/ou conteúdo de Marcos, pois esse relato não possuía nem o estilo judaico de Mateus nem o estilo literário normal de uma biografia grega como o relato de Lucas. 

Esse erro de interpretação da citação de Papias, cometido inclusive por Orígenes, acabou sendo perpetuado por escritores posteriores, levando ao pensamento atual entre alguns teólogos de que o evangelho de Mateus foi escrito em hebraico, o que parece estar mesmo descartado. 

Breve Exegese do Texto Grego de Mt 16:18

Adotando-se a evidência de que Mateus escreveu seu evangelho em grego, assim como os demais escritores do NT, podemos realizar uma exegese não exaustiva das palavras gregas utilizadas por Mateus para “Pedro” (petros) e “pedra” (petra), para verificarmos que Jesus não colocou sobre Pedro a fundação da Igreja.

O texto em português foi traduzido assim: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”

A respeitada tradução espanhola, Reina Valera, verte o texto da seguinte forma: “Mas yo también te digo que tú eres Pedro [PETROS, no grego]; y sobre esta roca [PETRA, no grego] edificaré mi iglesia, y las puertas del Hades no prevalecerán contra ella.”

A palavra grega “petros”, ocorrer 100 vezes no Novo Testamento, como original para o nome de Pedro (cf. 1Pe 1:1; 2Pe 1:1). Já “petra” ocorre apenas 4 vezes, sendo duas delas relacionadas diretamente a Jesus como sendo a Pedra (cf. 1Co 10:4; 1Pe 2:7-8).

Há um pensamento comum, porém não irrefutável, de que “petros” é uma referência a um “pedregulho”, uma pedra de menor importância; enquanto que “petra” é uma “rocha”, uma pedra de maior durabilidade. 

Partindo deste ponto de vista, na verdade Jesus quis dizer que Pedro era uma pedra menor, enquanto Ele, Cristo, é a verdadeira pedra (ou rocha) sobre a qual a Igreja seria edificada. 

Pedro Era Mesmo o “Chefe” dos Apóstolos?

Além do estudo das palavras gregas empregadas por Jesus, algumas evidências internas nos revelam que, caso Jesus tenha realmente colocado sobre Pedro a primazia entre os demais apóstolos e líderes da Igreja, esta não foi a interpretação que eles mesmos deram às palavras de Cristo. Vejamos algumas dessas evidências encontradas dentro do próprio texto bíblico:

1. Os discípulos permaneceram com insinuações de quem seria considerado como o “maior” entre eles (cf. Mc 9:33-35). Isso certamente não aconteceria, caso Jesus tivesse colocado sobre Pedro a supremacia pastoral.

2. Vemos em Mt 20:20-28 (claramente posterior à conversa do capítulo 16) que a mãe de Tiago e João fez um curioso pedido a Jesus: para que seus filhos fossem o n° 1 e o n° 2 no governo do reino de Cristo. Demonstrando claro descontentamento com tal pensamento, Jesus novamente expressa Seu desejo de que não haja este tipo de sentimento, onde um se considere superior aos demais. O conceito católico de “primo entre pares” parece encontrar aqui uma clara reprovação de Cristo.

3. No Concílio de Jerusalém (At 15:1-29), por exemplo, também não há evidências de que Pedro tenha presidido tal reunião de líderes da Igreja, o que seria lógico, caso fosse ele realmente o líder maior, como advogam os católicos. Vemos que Pedro teve um papel importante (v. 7), assim como também tiveram Barnabé e Paulo (v. 12), e Tiago (v. 13), que parece ter dado a palavra final sobre o debate teológico em questão. O próprio Pedro já havia mencionado o nome de Tiago com certo destaque no governo da Igreja (cf. At 12:17).

4. Paulo declara que não só Pedro, mas também Tiago e João, eram considerados “colunas” da Igreja (cf. Gl 2:9), o que mostra que a responsabilidade de liderança era dividida igualmente. E mesmo nessa citação, Paulo não menciona Pedro em primeiro lugar, o que poderia ter ocorrido caso houvesse alguma ordem de autoridade entre essas “colunas”.

5. Na mesma epístola aos Gálatas, Paulo cita um curioso evento no qual ele repreendeu Pedro na presença de todos os demais discípulos (cf. Gl 2:11-16). Como poderia o apóstolo Paulo, que nem mesmo fora um dos 12, ousar repreender teologicamente o “papa” da Igreja? Essa é mais uma fortíssima evidência de que Pedro não era considerado o maioral dos apóstolos, muito menos possuía a infalibilidade (ex-catedra), arrogada pelo bispo de Roma da atualidade. Paulo também condena aqueles que queriam colocar Pedro, ou qualquer outro, em posição de destaque (cf. 1Co 1:10-12).

6. O próprio Pedro se considerava um presbítero companheiro e igual aos demais (cf. 1Pe 5:1), o que mostra que ele não possuía tal pensamento de considerar-se melhor ou superior aos outros líderes. Aliás, há uma referência bíblica que demonstra claramente que não havia apenas um bispo em cada cidade, como quer a teologia católica, mas algumas delas poderiam ter vários, conforme, talvez, o tamanho de sua população convertida, como era o caso de Filipos (cf. Fp 1:1).

7. Interessante notar, ainda, que Pedro não é mencionado na carta de Paulo aos romanos, escrita por volta do ano 58 d.C. Isto pode ser uma forte evidência de que Pedro era, na verdade, um pregador itinerante (cf. 1Pe 1:1), e não o “bispo de Roma” como querem os católicos. Inclusive, Eusébio (citado acima) menciona que o primeiro “bispo” de Roma foi Lino (cf. 2Tm 4:21), logo após o martírio de Paulo e Pedro, considerados pelo historiador como os fundadores do evangelho em Roma. 

Uma Igreja Monárquica

Vemos que há um grande esforço na teologia católica em colocar sobre Pedro o fundamento humano da Igreja Cristã, sendo que, a partir dele, tal autoridade foi sendo transmitida ao longo dos séculos, de bispo para bispo, mantendo-se uma estrutura hierárquica forte, onde no topo da “pirâmide” de poder está o papa, líder supremo da cristandade, para os católicos.

Esta estrutura hierárquica robusta e consistente, que tem se mantido ao longo de quase 2 milênios, parece não ter surgido realmente na declaração de Cristo a Pedro, como pregam os católicos, mas em uma ambição meramente humana, nascida na mente de um imperador romano, pretensamente convertido à fé cristã. O professor católico Luis Aznar, faz um interessante comentário em uma edição do livro História Eclesiástica, de Eusébio:

Culminava então (313 AD) a carreira política do imperador Constantino para a monarquia universal e absoluta. A audaz empresa exigia uma mudança substancial na concepção forjada por Augusto e retocada por Adriano e Deocleciano... Constantino compreendeu que necessitava do apoio das tenazes comunidades cristãs para edificar o novo império. Assim, desde que foi proclamado imperador pelo exército, em 306, tomou sob sua proteção os cristãos e ingressou entre os que podiam escutar a leitura dos evangelhos nos templos. Porém seu pensamento era político e não religioso. Queria organizar as comunidades episcopais autônomas em uma igreja universal. 

Vê-se que o objetivo por trás da instituição da hierarquia da Igreja Católica, encabeçada pelo papa, era mais uma estratégia política de dominação (que realmente deu certo!), do que o cumprimento de uma orientação divina.

Resumo e Conclusão

Não há evidências conclusivas sobre a composição em aramaico do evangelho de Mateus. A hipótese da escrita nesta língua é defendida por alguns teólogos católicos, por facilitar o argumento de que Jesus colocou sobre Pedro a autoridade de fundamentar a Sua Igreja, conforme o texto de Mt 16:18. 

Porém, há fortes evidências de que o texto foi mesmo escrito em grego, no qual o “jogo” das palavras petros e petra pode indicar que Jesus colocou sobre Si mesmo, a pedra angular (cf. At 4:11; 1Pe 2:7), a autoridade única de fundamento da Igreja Cristã.

Há também, dentro do próprio texto do Novo Testamento, fortes indicações de que Pedro não exerceu a função de líder maior da Igreja, como pôde ser visto no Concílio de Jerusalém, no debate com Paulo acerca dos ritos judaicos para os gentios conversos, da não-citação de Pedro na epístolas aos romanos, entre outros pontos que foram aqui analisados.

Podemos concluir, então, que Pedro era um importante apóstolo de Cristo, com papel de destaque em diversos acontecimentos ocorridos nas primeiras décadas da Igreja. Entretanto, ele não assumiu o papel de um “papa”, nos moldes que a Igreja Católica defende, nos quais Pedro teria iniciado uma “linhagem” papal, que foi transmitida ao longo dos séculos a cada “bispo de Roma”, chegando até o atual papa Bento XVI. Pedro assumiu um papel relevante, sim, mas sem exercer supremacia sobre os demais apóstolos, bispos ou presbíteros da Igreja Primitiva.

A verdadeira Pedra sobre a qual Cristo edificaria Sua Igreja foi,
sem sombra de dúvidas, Ele mesmo (cf. At 4:11).

Para pegar uma cópia do artigo original, com as fontes bibliográficas, clique aqui.

A origem dos idiomas e a Torre de Babel

Antes de Deus confundir a língua dos homens na torre de Babel, já existiam diversas línguas?
Como podemos saber se Deus realmente responde as nossas orações?
É necessário o batismo ou apenas aceitar Jesus é suficiente?
Qual a orientação bíblica quanto ao batismo?
O ser humano pode chegar à perfeição?
Quando morremos ficamos dormindo ou no purgatório?
Há algum embasamento bíblico que apóie a teoria da transubstanciação?
Jesus invalidou o quarto mandamento quando conversou com o jovem rico sem citá -lo?

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Orar por Alimentos Imundos? (1Tim. 4:1-5)

I TIMÓTEO 4:1-5

“Mas o espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento, e ordenam a abstinência de alimentos que deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças; porque tudo o que deus criou é bom, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças; porque pela palavra de deus, e pela oração, é santificada”.

É muito comum algumas pessoas se apegarem a esta passagem da Bíblia para justificarem o fato de que, segundo elas, a "nova aliança" (ou "dispensação" para os mais "chiques") não exige mais a obediências aos princípios alimentares do Antigo Testamento (cf. Lev. 11).

Mas... é isso mesmo?
Alimentos declarados como imundos na Bíblia são purificados pela oração?

Há dois problemas com esse tipo de interpretação:

1. A contradição com outras passagens da Bíblia:
  • Isa. 66:17 - “os... que comem carne de porco, coisas abomináveis e rato serão consumidos, diz o Senhor”.
  • Salmo 89:34 - “...não alterarei o que saiu dos Meus lábios”.
  • 2Cor. 6:17 - “...não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei” (Isa. 52:11; Deut. 14:8).
  • Apoc. 18:2 - “...babilônia, ...esconderijo de toda ave imunda e detestável”.
2. Muito dificilmente os defensores dessa posição comeriam, mesmo com oração, certos animais. Teríamos também que admitir a prática do canibalismo, se os canibais apenas orarem antes de comer. Absurdo!

Analisando o texto

“Mas o espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento, e ordenam a abstinência de alimentos que Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças; porque tudo o que Deus criou é bom, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças; porque pela palavra de deus, e pela oração, é santificada” (grifos acrescentados).

1. Apostasia da fé, doutrina de demônios, mentira - podemos dizer que as orientações bíblicas sobre alimentação são de natureza “apóstata”, “demoníaca” ou “mentirosa”? É claro que não!

  • Em Lev.11 é onde estão as leis sobre animais limpos e imundos, e o texto começa com a expressão “disse o Senhor a Moisés...”.
2. Proibir casamento - os que gostam de criticar a Igreja Adventista por defender os princípios de saúde do AT ficam com uma grande dificuldade aqui, pois a IASD não pratica o celibato.

3. Quais os alimentos que Deus criou para os fiéis que conhecem a verdade?

  • Gên. 6:9 diz que Noé era justo, íntegro e andava com Deus. Noé era um fiel e foi o primeiro (mencionado na Bíblia) a conhecer a verdade sobre os animais limpos e os imundos (7:1-2).
A Bíblia faz separação entre os alimentos dos fiéis e dos infiéis

  • Deut. 14:21: “não comereis nenhum animal que morreu por si. Podereis dá-lo ao estrangeiro [infiel], que mora nas vossas cidades, ou vendê-lo ao estranho. Mas vós sois povo santo [fiel] ao Senhor vosso Deus”.

4. Tudo o que Deus criou é bom? Sim, mas nem tudo se come!

  • Prov. 16:4: “O Senhor fez todas as coisas para determinados fins e até o perverso, para o dia da calamidade”.
Sendo assim, Deus fez tudo bom:
  • Os vegetais - para alimento, antes do dilúvio (Gên. 1:29).
  • Certos animais - para alimento após o dilúvio (Gên. 9:3).
  • Outros animais - para ornamentação, cargas, limpeza, equilíbrio ecológico, etc. (mas não para alimentação).
5. Oração e ação de graças

Em 1Tess. 5:18 somos admoestados a dar graças a Deus por tudo.
Algumas mudanças operadas pela oração:
  • Êx. 15:23-25 - águas amargas ficaram doces.
  • Êx. 17 - da rocha jorrou água.
  • 2Reis 2:19-22; 4:38-41 - o veneno da sopa e das águas foi neutralizado.
  • Marcos 16:18; Atos 28:3-6 - o veneno de serpentes e em bebidas perdeu o efeito.
Mas não há NENHUM relato na Bíblia que nos faça crer que, pela oração, um animal imundo, vivo ou morto, tenha sido transformado em animal limpo.Só se for em livros apócrifos...rsrs

Na visão simbólica de Pedro em Atos 10 (também muito usado pelos que gostam de comer todo tipo de alimentos imundos), não são os animais, mas os gentios (que eram considerados como animais pelos judeus) que são purificados (v. 28).

A que Paulo, então, se refere em 1Tim. 4:1-5?

Houve uma heresia grega que floresceu no seio do cristianismo primitivo, chamada de gnosticismo, que entre outras coisas afirmava ser a matéria (corpo) algo mau.
Sendo assim, alguns renegavam a tudo o que fosse material, como certos alimentos (para eles eram criados por uma divindade inferior), e o casamento. Simpatizantes destes pensamentos gnósticos chegaram a afirmar até que Jesus não tinha um corpo, apenas “parecia ter”, caso contrário Ele não poderia ser considerado um perfeito Messias.

Outros se entregavam às mais degradantes práticas, por crerem que não importava o que fizessem com o corpo, pois isso não afetaria seu espírito.
Portanto, o que Paulo estava atacando era este movimento filosófico que tentava impor regras de vida para as pessoas, não como tentativa de adoração ao Senhor, mas sim como meio de “maltratar” e subjugar a carne – o corpo.

Nada tinha que ver com os alimentos imundos descritos em todo o restante das Escrituras.

Por mais que os descrentes (e até alguns "crentes") desejem justificar seus maus hábitos alimentares, jamais poderão usar a Bíblia para isso, pois ela sempre defendeu o uso de uma alimentação saudável, equilibrada e livre de artigos condenados pelas leis divinas.

OBS.: Fiz neste texto uma adaptação de um material elaborado a algum tempo, porém não sei quem foi o autor original, por isso não citei as fontes.

O Uso do Véu em Corinto

Deve a mulher cristã usar véu na igreja hoje?
(Adaptado)
É comum encontrarmos em algumas de nossas Igrejas, pessoas com dúvidas sobre o uso do véu feminino dentro do templo, com base em declarações do apóstolo Paulo. Como é certo que não podemos confundir princípios com costumes, precisamos analisar até que ponto as orientações de Paulo à igreja de Corinto, no que se refere ao uso do véu pelas mulheres, também são aplicáveis à igreja cristã da atualidade, inclusive a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Vamos, primeiramente, analisar um pouco sobre a situação da igreja de Corinto na época do apóstolo.

Com base em informações levadas a Paulo pelos da família de Cloé (1Cor. 1:11), o apóstolo ficou sabendo do espírito divisionista com que vários setores da igreja se identificavam com líderes específicos (1:10-17). Outros pontos abordados por Paulo em sua primeira epístola podem também ter sido relatados a ele pela casa de Cloé, ou por outra fonte (talvez Estéfanas, Fortunato e Acaico – 16:17). Foram eles:
1. Alguns que recaíam aos antigos hábitos da vida (cap. 5)
2. Haviam dúvidas sobre o matrimônio (cap. 7)
3. Problemas quanto ao consumo de comidas sacrificadas a ídolos pagãos (cap. 8)
4. Haviam aqueles que estavam participando de forma errada da Ceia do Senhor (11:17-34)
5. Os dons espirituais estavam trazendo confusão ao culto público, especialmente o dom de línguas (cap. 14)
6. Outros não criam na ressurreição e em temas relacionados a ela (cap. 15)
7. E também haviam problemas referentes à participação pública das mulheres no culto (11:2-16)

Vê-se que na igreja de Corinto Paulo enfrentou problemas que não surgiram nas demais igrejas. Ele não preocupa-se em escrever sobre a maioria destes temas às outras igrejas, mas somente a Corinto. Isso mostra que esta igreja passava por uma crise doutrinária e de costumes, que refletia muito bem a situação cultural e religiosa da época e do local.

Vamos analisar aqui, particularmente, a exortação de Paulo às mulheres cristãs de Corinto, com relação ao uso do véu. Por que ele tratou desse tema naquela igreja? O mesmo conselho do apóstolo (para que as mulheres usem véu sobre a cabeça durante o culto público) tem validade universal para todas as igrejas cristãs?
Para responder a estas perguntas, vamos estudar primeiro um pouco sobre dois pontos importantes:

1) a maneira como as mulheres se trajavam na época;
2) o significado do véu naquela circunstância.

Um antigo costume
Na Antigüidade, a mulher carregava no corpo um sinal da autoridade do marido. Esse sinal era o véu. Esse mesmo costume prevalece até hoje entre alguns povos do Oriente. Nestes lugares, a mulher honesta não deve aparecer em público sem o véu, ou algo correspondente. No Irã, por exemplo, se usa o xador; no Afeganistão, os Talibans criaram a burca (um vestido comprido que cobre até os olhos); na Arábia Saudita, uma mulher pode até apanhar de chicote, caso esqueça o véu em casa.

O significado do véu
Era um sinal da honra e da dignidade das mulheres (Gên. 24:65; Cant. 4:1). Também considerava-se o véu um sinal de subordinação da mulher ao marido, por isso que não o usavam as mulheres de luto, as prostitutas e as esposas infiéis.
No tempo dos apóstolos, esse costume ainda era largamente praticado, mas parece que em Corinto um movimento de libertação feminina estava se iniciando e tirando a paz da igreja. Por isso, as mulheres estavam tirando o véu no culto público, por sentirem que o Evangelho as libertava do “jugo” do marido. Isso estava causando intrigas nos lares e na igreja, e estava também repercutindo mal na comunidade, pois as pessoas que presenciavam os cultos cristãos escandalizavam-se por ver mulheres sem véu (ou seja, "indecentes" e "desonradas") tomando parte no culto. Seria realmente aquela uma religião própria para mulheres honestas e fiéis, ou tratava-se de uma seita formada por prostitutas? Era a crítica normal feita à igreja.

Então, como vimos anteriormente, o problema chegou ao conhecimento do apóstolo Paulo, que escreveu a carta para orientar à igreja sobre este tema, entre outros.

A orientação de Paulo
Primeiramente, o apóstolo preocupa-se em reafirmar o princípio bíblico da igualdade entre os sexos (7:3-4). Mas, ele também confirma que o homem deve ser o “cabeça” da mulher, apesar da igualdade entre ambos (11:3). Em seguida, o apóstolo orienta que as mulheres cristãs seguissem o costume do uso do véu, próprio naquela cidade e ocasião (v. 6). Vê-se que o véu não era para todas as igrejas, mas para aquelas fundadas em lugares, especialmente no Oriente (como era o caso de Corinto), onde seu uso significasse submissão feminina ao marido, como manda a Escritura (Gên. 3:16).
Nos vv. 4-16 Paulo trata do tema de cobrir a cabeça, especialmente em relação com os serviços religiosos. Esta realmente é uma das passagens de Paulo à qual bem podem ser aplicadas as palavras de Pedro, de que Paulo escreveu "algumas" coisas "difíceis de entender" (2Pe 3:16), por isso precisamos estudá-la livre de preconceitos ou idéias preconcebidas. Devemos deixar que o contexto da passagem fale o que ela realmente significa.

Paulo proclamava uma nova e gloriosa liberdade no Evangelho. Essa proclamação tinha em si a semente do princípio cristão da dignidade do sexo feminino e sua liberação da condição degradada em que eram tidas as mulheres nos países pagãos. O apóstolo declarou: "Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há varão nem mulher; porque todos vós são um em Cristo Jesus" (Gál. 3:28). Essa deveria ser a prática na vida social da Igreja que estava dando seus primeiros passos.
Porém, uma revolução social tão marcante não aconteceria sem problemas. Seria fácil ver como algumas mulheres convertidas ao cristianismo poderiam distorcer e usar mal sua liberdade no Evangelho para causar descrédito à igreja. Uma das difamatórias e infundadas acusações que se apresentaram contra o cristianismo, à medida que este se difundia e que despertaram o ódio de muitos, foi que os cristãos eram imorais. Não há dúvida de que esta acusação já podia haver-se espalhado nos dias de Paulo. Por isso era muito necessário que os cristãos se abstivessem "de toda espécie de mal" (1Tes. 5:22), e que recordassem o conselho adicional de seu professor: que embora certo proceder seja lícito, pode não ser conveniente (1Co 6:12). Mesmo que o Evangelho libertasse as mulheres de sua condição humilhante (mas, não descartava a autoridade que o marido deveria manter sobre a família), elas não deveriam utilizar esta “liberdade” para agir no culto público de forma a trazer escândalo, como acontecia com o abandono do uso do véu.

Esta análise do contexto da 1ª epístola aos Coríntios não deve ser desconsiderada, se queremos realmente obter a mensagem que o apóstolo tinha em mente ao falar àquela igreja.
O uso do véu por si só não produz honra, pois prostitutas também chegaram a usá-lo no passado (Gên. 38:14-15). O que as mulheres cristãs mais deveriam se preocupar era com a decência do vestuário, pois ele seria uma demonstração do caráter da mulher que se apresentava para participar do culto (1Tim. 2:9).

Da mesma forma, os cabelos compridos, somente, também não trazem honra, pois a mulher que enxugou os pés do Senhor Jesus, o fez com os próprios cabelos, que eram muito grandes, entretanto sabemos que sua honra não era das melhores (Jo 11:2; Lc 7:37-39). Quanto aos homens, nos dias de Paulo o costume entre os judeus, gregos e romanos era levar o cabelo curto. Entre os israelitas se considerava como vergonhoso que um homem tivesse o cabelo comprido, a menos que tivesse feito o voto de “nazireado” (Núm. 6:1-5).

COSTUMES (locais) X PRINCÍPIOS (universais)
O tema do uso do véu, na verdade, deve levar-nos a analisar o princípio envolvido por trás da exortação do apóstolo, pois bem sabemos que os costumes culturais variam com o passar do tempo; os princípios envolvidos, não. Por exemplo:
1. Deus mandou que Moisés retirasse as sandálias dos pés, pois o local em que estava era terra santa (Êx 3:5). Algumas religiões orientais seguem o mesmo costume ainda hoje, tirando os calçados quando vão entrar no templo para adoração. A ordem de Deus indica que temos que tirar o calçado quando nos aproximamos dEle em adoração? Devemos obedecer a mesma “ordem” ainda hoje? É claro que não, pois a mesma não aparece em nenhum outro momento, sendo que nem Jesus nem os apóstolos determinaram que essa deveria ser uma prática para a igreja mundial. Precisamos entender o princípio envolvido: reverência, respeito, humildade e submissão. Os costumes podem variar de cultura para cultura, mas o princípio da reverência é universal.
2. Para a problemática igreja de Corinto, Paulo também adverte que as mulheres deveriam ficar “caladas” na igreja (1Co 14:34). Seria este um conselho a ser seguido para todas as igrejas? Não. Se assim o fosse, ele o teria enviado às demais, mas enviou apenas para a de Corinto, o que mostra o caráter local dessa determinação. O princípio é o mesmo do uso do véu e da manifestação ordenada do dom de línguas – manter um culto reverente e livre de aparência do mal, evitando que se traga opróbrio à Igreja de Deus.
3. Os homens também deveriam cobrir a cabeça quando fossem ler as Escrituras (2Cor 3:14-16). Devemos seguir o mesmo costume hoje? O próprio Paulo diz que não, pois os judeus que faziam isso em sua época o faziam por não conhecerem a liberdade trazida pelo evangelho, como o próprio apóstolo declara (v. 16). O princípio envolvido aqui, mais uma vez, é a reverência para com o Senhor.
4. E o que dizer do ÓSCULO SANTO (cf. Rom. 16:16; 1Cor. 16:20; 2Cor. 13:12; 1Tess. 5:26)?
Poucos são os "barbados" que adoram buscar pretextos nos costumes bíblicos (a exemplo do uso do véu, mulheres caladas na igreja, etc.), e que estão dispostos a sairem trocando beijinhos com seus "irmãos bigodudos".

RESUMO
Após analisarmos o contexto das afirmações de Paulo sobre o uso do véu na igreja de Corinto podemos entender, livres de concepções pré-estabelecidas, que o uso do véu era um costume adequado àquela época, mas que não precisa ser observado na maioria das igrejas cristãs atuais, com exceção daquelas que estejam situadas em comunidades nas quais o véu seja um símbolo de recato, pudor e submissão da mulher ao seu marido, o que não é o caso do Brasil.
Temos, então, a seguinte compreensão para a passagem que trata do uso do véu em Corinto:

1Co 11:5 – “Toda mulher, porém, que ora ou profetiza com a cabeça sem véu desonra a sua própria cabeça, porque é como se a tivesse rapada.”
A mulher que se apresentasse sem o véu, estava desonrando a si mesma, pois seria considerada de má fama, como acontecia com aquelas que raspavam a cabeça.

11:6 – “Portanto, se a mulher não usa véu, nesse caso, que rape o cabelo. Mas, se lhe é vergonhoso o tosquiar-se ou rapar-se, cumpre-lhe usar véu.”
Se a mulher achava que tinha a mesma liberdade do homem para não usar o véu, então que também cortasse o cabelo como os homens cortavam. Mas isso seria ainda mais desonroso para ela. Então, o mais sensato seria usar o véu no culto público.

11:7 – “Porque, na verdade, o homem não deve cobrir a cabeça, por ser ele imagem e glória de Deus, mas a mulher é glória do homem.”
O véu simbolizava a submissão que a mulher deveria ter em relação ao marido. Como o homem era feito à própria imagem de Deus (vv. 8-9), ele não deveria usar o véu, mas a mulher sim, pois ela estava em uma posição de respeito e submissão ao seu marido.

11:10 – “Portanto, deve a mulher, por causa dos anjos, trazer véu na cabeça, como sinal de autoridade.”
Os anjos estavam (e estão) presentes nas reuniões de adoração ao Senhor. As mulheres de Corinto que compareciam a estas reuniões sem usarem o véu estavam desonrando a presença dos anjos, pois estavam, aos olhos do mundo, rebelando-se contra a autoridade devida aos seus respectivos maridos.
Nos vv. 11-12 Paulo mostra que, apesar dessa sujeição da mulher ao homem, eles devem entender que ambos estão ligados entre si, pois no evangelho não há mais a condição feminina humilhante que havia anteriormente.

11:13 – “Julgai entre vós mesmos: é próprio que a mulher ore a Deus sem trazer o véu?”
Após explanar a necessidade do véu, Paulo faz uma pergunta retórica para que seus leitores vissem por si mesmos a necessidade de colocarem o assunto em sua correta direção. Depois do que Paulo explicou, a única resposta para tal pergunta seria “não”, ou seja, a mulher comprometida que viesse participar do culto público em Corinto deveria usar o seu véu.

11:14 – “Ou não vos ensina a própria natureza ser desonroso para o homem usar cabelo comprido?”
Paulo lembra seus leitores de que a ordem natural das coisas (PHUSIS, em grego) demonstra que o uso do cabelo comprido do homem, naquela época e lugar, era considerado desonroso. Houve outros momentos da história em que homens poderiam usar cabelo comprido e não eram considerados sem honra, pelo contrário, eram tidos como mais abençoados e santificados que os demais, por exemplo: Sansão, João Batista e o próprio Jesus Cristo.

11:15 – “E que, tratando-se da mulher, é para ela uma glória? Pois o cabelo lhe foi dado em lugar de mantilha.”
A palavra “mantilha” é a tradução do termo grego PERIBOLAION, que significa “cobertura”. A natureza, ou seja, o costume social aceito correntemente, era de que a mulher deveria utilizar o cabelo comprido para se distinguir dos homens. O cabelo longo seria um sinal de sua feminilidade.

11:16 – “Contudo, se alguém quer ser contencioso, saiba que nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus.”
Paulo não deseja que o sentimento de contenda faça parte da Igreja de Deus. Ninguém deveria utilizar os temas polêmicos para distrair a igreja do seu real objetivo – pregar o evangelho. Alguns utilizavam as reuniões para semear discórdias e levar os irmãos a afastarem-se do propósito principal (vv. 17-19).

Portanto, percebe-se claramente que o uso do véu era sim uma obrigação para as mulheres de Corinto, defendida exaustivamente pelo apóstolo Paulo.Porém, como explicado neste estudo, tal obrigação não se aplica a todas as demais igrejas cristãs, especialmente aqui no Brasil, onde o véu não é considerado um símbolo de respeito e submissão da esposa para com o seu marido.

Fonte: Gilson Medeiros

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