segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O que é o período intertestamentário?



Entre a última parte do Antigo Testamento e o início da narrativa do Novo Testamento há um período de aproximadamente quatro séculos, chamado de período intertestamentário, considerado por muitos como um “período de silêncio”, pois não temos nenhuma obra inspirada, ou registro profético. Houve muitos acontecimentos que transformaram o cenário político, social e religioso de Israel durante esse período. 
Durante o quarto século a. C. os judeus viveram sob o domínio Persa, que não interferiu na religião judaica. Foi em 457 a. C. que Artaxerxes decretou a reconstrução de Jerusalém, restabelecendo-a como CIDADE CAPITAL. 
A unificação dos gregos e macedônios fez surgir um império forte e poderoso, que sob a liderança de Alexandre o Grande, derrotou o rei persa e o seu exército na batalha de Arbela em outubro de 331. 
Alexandre, conhecedor da filosofia grega e discípulo de Aristóteles, empenhou-se por conquistar todo mundo antigo e exigiu que a cultura grega fosse espalhada por todo território conquistado. Como os judeus estavam sob o domínio dos gregos, havia uma forte tendência de humanização e corrupção dos valores e conceitos da religião de Israel. Embora Israel desfrutasse de liberdade religiosa, essa realidade durou até o aparecimento de Antíoco Epines IV, um dos sucessores do império selêucida que perseguiu os judeus, profanou o templo de Jerusalém em 168 a.C. e interrompeu o sacrifício diário do templo, erigindo altares idólatras na frente do templo para o sacrifício de porco. Queimou algumas edificações e destruiu parte dos muros da cidade, isso gerou muito conflito entre os judeus, sentimento de revolta e desencadeando muita instabilidade e conflito, como a revolta dos acabeus, que conseguiu restabelecer a ordem e o serviço do templo em 165 a.C. 
Em 63 a.C., Pompeu de Roma conquistou a palestina dando fim ao reinado Macabeu e colocando toda a Judéia sob o domínio de César (imperador Romano). Foi no ano 40 a.C. que se iniciou a dinastia herodiana, pois Herodes ganhou o favor de Antônio e Otaviano, que na época tinham aliança, e o senado votou unanimemente Herodes como rei da Judéia. Ele não foi aceito pelos judeus, houve conflitos e resistência, mas logo estava no trono de uma cidade em ruínas e de uma nação que o odiava. 
Nesta época as culturas gregas, romanas e judaicas estavam misturadas. Havia um sincretismo religioso muito grande, e os israelitas aguardavam uma libertação. Acreditavam ser o povo escolhido e criam que Deus enviaria um libertador para escaparem do jugo Romano. Roma havia ampliado suas estradas e rotas comerciais, com um sistema político bem avançado. Os gregos haviam contribuído com a língua que era vastamente falada. O palco estava montado, o cenário preparado, essa era a “plenitude do tempo... [em que] Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher” (Gálatas 4:4). Todo ambiente contribuiria para a pregação do evangelho, mas foi sob o domínio dos Romanos que Jesus foi condenado, morto, mas ressuscitou e hoje vive. 
Essas sãos as boas novas decorrentes da vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
por Hudson Cavalcanti, parceiro do Site Bíblia e a Ciência

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