ÊXODO. 20.4: Esculturas.
Você já conheceu alguém muito rico, inteligente ou
até importante mas que deseja ficar no anonimato, ser discreto ou quase
imperceptível? Nestes tempos em que todos querem ser famosos e aclamados pelas
multidões, isto até parece lenda. Mas por incrível que possa parecer a Pessoa
mais importante do Universo é assim. Deus prefere ser uma PRESENÇA SUTIL em
nossa vida. Vejamos como.
§
Este mandamento fala de nossa perspectiva de
Deus.
§
Como O vemos? Qual é a dimensão do nosso Deus?
Podemos fazer projeções e formar imagens de Deus ou de Jesus? Como Ele se
revela? Não é natural que concebamos representações ideológicas ou projeções
religiosas de Deus?
§
O que é uma imagem? - Denota uma
representação material de um animal, de um ser humano ou de uma forma mista,
usada para propósitos de adoração; para denotar uma relação entre Deus e o
homem.
§
É a representação de alguma coisa real ou irreal,
física ou metafísica, por desenho, pintura, escultura ou projeção humana.
Este mandamento declara explicitamente:
1. De que natureza
Deus é e com que modalidade de culto deve ser adorado e honrado, para que Lhe
não ousemos atribuir algo sensório.
2. Deus não quer
que Seu legítimo culto seja profanado mediante ritos supersticiosos. Por
isto Ele afasta totalmente as insignificantes observâncias materiais que
nossa mente tão finita costuma inventar quando O concebe.
3. Seu legítimo
culto é espiritual, e estabelecido e instruído por Ele mesmo, e não pelos
desejos humanos de cultuá-Lo.
4. As formas mais
grosseiras de idolatria são: idolatria exterior, e um culto feito sob
o “que o ser humano acha que deve ser” e não como Ele gostaria que fosse.
OBS- Alguns pastores, professores e líderes da
igreja conceituaram o culto divino como algo que deve ser “atrativo para os
jovens”. Eles querem fazer um culto gostoso aos sentidos humanos, para que não
faltem adoradores na casa de Deus. Mas seu enfoque está equivocado. Porque?
a) O culto não é feito para o adorador e sim para O
adorado. Não importa quantos adoradores há em nossa igreja no Sábado pela
manhã. É claro que seria muito bom que nosso templo estivesse sempre lotado.
Mas o que mais deve nos comover é se Deus realmente estará conosco e
aceitará “esse nosso culto”. O homenageado é Deus e não os ouvintes. Se o
culto é um presente a Ele, devo oferecê-lo como Ele deseja. Ë assim que fazemos
quando presenteamos a alguém.
b) A parte principal do culto não é a música, as
apresentações que possam existir ou falatórios bonitos, mas a adoração
espiritual a Ele. O culto também não é primordialmente evangelístico, mas
para adoração. E o AT mostra-nos isto claramente. O templo de Jerusalém não
possuía o aspecto evangelístico que hoje estamos querendo colocar em nossos
cultos. Os pagãos deveriam assistir os cultos no templo, e impressionados com a
grandeza, misericórdia e poder de Jeová, se converteriam a Ele e passariam
também a adorá-lo com os israelitas. Talvez hoje, o nosso culto seja tão
fraco no evangelismo por este motivo: estamos apresentando excelentes
conjuntos, lindos sermões, mas nunca a adoração verdadeira que o Criador
merece. Palavras ou música não transformam ninguém, se antes a Pessoa do
Criador não for apresentada.
COMO OBSERVAR ESTE MANDAMENTO?
1-
Jamais
devemos fazer deuses fundidos, isto é, construir deuses ou imagens divinas
através do processo de fundição. Êxo. 34.17.
a)
também
são proibidas imagens de seres vivos, como animais, homens ou mulheres. Deut.
4.15-18. Israel chegou a usá-las. I Reis 12.28-31.
2-
Os
passos que nos levam à idolatria não começam quando fundimos deuses, mas quando
às costas a Deus. Lev. 19.4. Portanto todos nós somos, em potencial,
idólatras. Para não cair neste pecado, precisamos vigiar sempre,
procurando desenvolver um relacionamento genuíno com Jesus a cada dia.
3-
Jamais
devemos reverenciar as estrelas, o sol e a lua. Deut. 4.19-20.
A astrologia (arte metafísica de adivinhar por meio
de astros) não tem nenhuma ligação com a astronomia (ciência moderna e
avançada que estuda a constelação física das estrelas e o universo em geral). A
astrologia não tem nenhuma base científica.
4- O casamento misto (cristão com incrédulo)
pode nos levar à idolatria.
a)
Na
vida a dois, pela associação diária, o cristão vai perdendo seus valores e
conceitos espirituais. Perde a noção do certo e do errado, e facilmente passa a
adorar coisas e idéias contrárias ao primeiro mandamento.
b) O incrédulo é
incrédulo porque vive para este mundo e ao que ele oferece. Não deseja viver
conforme as expectativas de Deus. Valoriza então como seu deus o dinheiro, os
prazeres do mundo, a posição, etc. O cônjuge cristão poderá facilmente passar a
adotar esses princípios errados em sua vida também.
c)
EX-
os filhos de Sem, as filhas de Ló, os israelitas, Sansão- todos estes são
exemplos desta verdade bíblica.
d) “Ligaram-se
matrimonialmente com os cananeus, e a idolatria espalhou-se como uma praga por
toda a terra”. Patriarcas e Profetas, pág. 582. Salm. 106. 34-40.
5- As associações, convivência com incrédulos e
mesmo acordos de todos os tipos podem levar o cristão ao mesmo nível do cônjuge
casado com um incrédulo. Os motivos acima citados são válidos para ambos os
casos.
a) Israel, quando entrou em Canaã associou-se aos
cananeus em vez de destruí-los. Com o tempo tornaram-se piores do que os ímpios
cananeus.
1-
Ezequiel
traz uma nova dimensão a este mandamento, dizendo que ele deve ser observado no
coração. Ezeq. 14.1-11.
a)
os
deuses do coração não são visíveis, passivos de disciplina da sociedade, ou da
igreja, mas certamente nos desviam do Senhor e contaminam o pensamento e a vida
cristã, tanto quanto os ídolos visíveis o fazem.
6- Jamais devemos aceitar adoração humana.
a)
Paulo
e Barnabé guardaram este mandamento, sobretudo quando não aceitaram serem
adorados pelos homens e mulheres de Listra. Atos 14. 8-18.
7- A conversão deve levar o novo crente a
abandonar os ídolos e os ritos e livros de magia, que também fazem parte da
idolatria.
a)
Paulo
levou os efésios a este ponto quando os evangelizou. Atos 19.18-19.
b) Deus deseja nossa
conversão das ferraduras, dos pés de coelhos e de todas as outras formas de
superstição, projeções humanistas e idolatria.
8- Buscar primeiro o reino de Deus, antes de
todas as demais coisas. Mat. 6.33.
a)
No
sermão do monte, Jesus, o grande doador e intérprete da Lei, mostrou como
observá-la. E o capítulo 6 de Mateus nos mostra como Ter a Deus em primeiro
lugar em nossa vida, e como não possuir outros deuses além dEle.
b) A comunhão
pessoal, a santificação diária, e a dedicação a Seu serviço nos educarão a
colocá-Lo sempre em primeiro lugar em nosso viver. E nossa visão será desviada
das coisas materiais e temporais (trabalho, dinheiro, sobrevivência, status,
posições e riquezas- deuses naturais do coração humano) para Ele, nosso Criador,
Redentor e Deus.
CONSEQÜÊNCIAS DE
NÃO OBSERVARMOS ESTE MANDAMENTO.
1-
Maldito
e abominável a Deus será, e o povo dirá amém. Deut. 27.15.
2-
Castigo,
exílio, vergonha e destruição total desta vida. Quem não toma
cuidado com a idolatria visível ou invisível, mais cedo ou mais tarde terá sua
vida destruída como conseqüência natural de seu pecado. Perderá tudo o que
conseguiu para sua prórpia destruição. (Dinheiro, emprego, imóveis, móveis,
posições, fama, prazeres, e pode ser que até mesmo a família, a saúde e a
vida).
a)
Israel
(as 10 tribos). Todos os reis de Israel tanto toleraram a idolatria com
incentivaram-na no país, e alguns, como Acabe, casaram-se com mulheres de
outras nações, idólatras, para que sua idolatria fosse completa. Sua principal
forma de idolatria eram os postes-ídolos e árvores ao lado do altar ou colunas.
Resultado: bem mais cedo do que Judá, em 722 A.C. Israel foi
invadido, levado cativo e praticamente destruído pelos assírios. Nunca mais as
10 tribos do norte figuraram em algum lugar como uma nação independente. Muitos
foram mortos, muitas famílias foram destruídas ou separadas para sempre, além
do que entraram num sincretismo religioso do qual nunca mais se separaram.
b) Judá. Houve os
chamados reis maus, que fizeram o que Deus não queria e ainda apoiaram a
idolatria; os reis bons, que fizeram o que Deus queria, mas toleraram a
idolatria; os reis excelentes, que fizeram o que Deus queria e ainda
derrubaram os lugares altos e proclamaram reformas no meio do povo- Ezequias e
Josias. Resultado: demoraram bem mais tempo do que Israel para irem ao
cativeiro, mas ele veio, em 605 e depois definitivamente em 586 A .C., quando Jerusalém
foi destruída, o belíssimo templo de Salomão virou cinzas e todo o povo, a não
ser os inválidos da sociedade foram deportados para a Babilônia. Mas, devido
a esta relativa devoção, Deus ainda lhes deu nova chance de continuarem
sendo Seu povo, e de cumprirem Seus desígnios.
c)
Depravação
total do caráter. EX- os cananeus, nos servem como exemplo de
tudo o que acontece com os povos idólatras do mundo.
- Tornaram-se semelhantes aos deuses que adoravam. Sal. 115.8.
Tornaram-se então sanguinários, cruéis, sensuais, promíscuos e desenfreados.
- Baal, e Astarote, sua esposa, eram seus
principais deuses. Os Baalins eram imagens de Baal. Asera era um
poste sagrado, cone de pedra, ou um tronco de árvore, que representava a deusa.
- Os “Lugares Altos”, como já vimos seu
principal lugar de adoração, continham imagens e placas ornamentais de
Astarote, exibindo, grosseriramente exagerados, os órgãos sexuais, destinados à
provocação de desejos sexuais.
- Seus sacerdotes, escolhidos a dedo e muito
honrados e venerados, eram homossexuais, sodomitas e prostitutas.
- Haviam as sacerdotizas e sacerdotes que viviam
para estas funções. Os cananeus eram povos agrários, e dependiam totalmente da
chuva, do sol e dos campos para viverem. Por isto, cultuavam Baal, seu maior
deus, mantendo relações sexuais com as sacerdotizas. Ejaculavam seus
espermatozóides na terra para que seu deus lhes enviasse a chuva e a
fertilidade que precisavam, tanto na agricultura como no casamento.
- Havia também o costume de, quando a menina tivesse
sua primeira menstruação (menarca), era levada ao templo para oferecer sua
virgindade a serviço dos deuses, sendo usada sexualmente pelos homens que iam
ao templo para adorar. Algum tempo depois voltava para seus pais para seguir
sua vida normal.
- O menino, ao atingir a idade de 12 anos,
era feito “efebo” de um homem adulto, que bem poderia ser casado ou não. Acreditavam
que tendo relações homossexuais com homem mais velho, e andando com ele, o
menino desenvolveria suas capacidades naturais, amadureceria para as
responsabilidades futuras, e sua masculinidade seria fortalecida. Portanto, era
muito comum os homens serem bissexuais.
- Em muitas oportunidades o filho primogênito poderia
ser sacrificado aos deuses. A Baal; quando se ia construir uma casa, cujo corpo
da criança era metido no alicerce, a fim de trazer felicidade para o resto da
família; e outras ocasiões de agradecimento.
- Por isto não nos choca a idéia de Deus em
destruí-los completamente.
FONTE: Manual Bíblico, H.H. Halley pág. 129.
Editora Vida Nova.
3-
A
idolatria, além de cortar nosso relacionamento com Deus, nos deprava tanto que
nos tornamos covardes e incapazes diante dos desafios da vida.
- foi o que ocorreu com os israelitas no tempo dos
juízes. Não tinham coragem nem força de enfrentarem seus inimigos em nome do
Senhor. ( Leia todo o capítulo “Os Primeiros Juízes” do livro Patriarcas
e Profetas, Ellen White, CPB).
4- A idolatria dos pais certamente afetará o
caráter dos filhos, levando-os também às mesmas conseqüências.
a) Israel: “... os pais haviam preparado o caminho
para a apostasia de seus filhos. O desacato às instruções do Senhor disseminou
sementes de males, as quais continuaram a produzir amargos frutos por muitas
gerações”. Patriarcas e Profestas, pág. 583.
5- Perda desta vida, como da vida eterna. I
Cor. 6.9-10.
a) EX- o jovem rico: perdeu suas riquezas na
destruição de Jerusalém, bem como sua salvação eterna. Desejado de Todas
as Nações, pág.
CONSEQÜÊNCIAS
POSITIVAS PARA QUEM OBSERVAR ESTE MANDAMENTO.
1. Deus concede Sua
eterna misericórdia a quem observa este mandamento. Êxo. 20.6.
2. Sua misericórdia
renova-se a cada dia sobre o fiel. Joel 2.12-13.
3. O fiel torna-se
santo, puro e semelhante ao Criador. Deut. 4.15-19.
EX-
Gideão, Josias, Ezequias e Daniel e seus 3 amigos.
APÊNDICE
PORQUE O HOMEN FAZ IMAGENS DE DEUS? Porque é tão
natural para o homem fazer projeções da divindade? Como explicar a idolatria em
todas as épocas, em todas as civilizações e em todos os homens no mundo? Por
que o homem não se dá por satisfeito só com Deus?
ü
Deus é invisível, mas as imagens são visíveis.
Através do visível, o homem busca segurança. Psicologicamente é
muito mais fácil dominar o visível do que o invisível.
ü
Um deus visível pode ser alterado, modificado,
manipulado. E o homem que cria uma imagem mais cedo ou mais tarde vai
abandoná-la. Como este deus é impessoal, é fácil desistir dele pois não
há relacionamento, e sem relacionamento não há compromisso.
ü
Como as imagens podem ser manipuladas, fica
confortante a idéia de mudar meu deus segundo minhas aspirações e planos
egoísta. Na verdade, a religião do idólatra é SEU PRÓPRIO EU.
PODEMOS USAR FIGURAS, ILUSTRAÇÕES VISUAIS PARA
REPRESENTAR AS LIÇÕES DA BÍBLIA?
ü
Não há qualquer problema, desde que estas
ilustrações não estejam desvinculadas com a mensagem bíblica, e que não
sejam encaradas como “realmente foi assim que ocorreu”, ou que
sejam usadas para veneração.
ü
Deus Pai e Deus Espírito Santo jamais devem ser
representados graficamente por meio de imagens, pois Ele não podem ser
concebidos pela mente humana, e fazê-lo, diz o segundo mandamento, é pecado.
Jesus pode ser concebido porque tomou a forma humana, e nesta dimensão podemos
até representá-lo. Mas jamais pensarmos em Sua forma divina.
ü
As ilustrações devem ser usadas com fins
educativos, para que a exposição da verdade fique mais fácil e atraente para o
ouvinte.
Fonte: A ética dos 10 mandamentos.
APELO: DEUS É INCOMPARAVELMENTE E DEUS. É ESPÍRITO
E IMPORTA QUE ASSIM SEJA ADORADO- João 4. 20-24.
FONTE: A ética dos 10 mandamentos, H.U.Reifler,
Vida Nova
Pr. MARCELO
AUGUSTO de CARVALHO SP 1997
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