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Quais são as dispensações que Deus nos concedeu? Estamos sob a dispensação da graça?
Alberto R. Timm
Muita especulação tem havido sobre o número e a natureza das dispensações ou sistemas de relacionamento entre Deus e a raça humana. A grande maioria dos “dispensacionalistas” contemporâneos alega (1) que a história bíblica está dividida em sete dispensações distintas; (2) que Deus possui ainda hoje propósitos salvíficos diferentes para Israel e para a Igreja; e (3) que vivemos hoje sob a “dispensação da graça”, enquanto os israelitas estiveram, do Sinai à morte de Cristo, sob a “dispensação da lei”.
Por mais atrativos que os diagramas dispensacionalistas possam parecer, eles carecem de fundamentação bíblica. A divisão da história da salvação em sete dispensações distintas, como proposta pelos dispensacionalistas, não deriva de uma exegese acurada dos textos bíblicos onde aparecem os termos gregos oikonomia(traduzido como “dispensação” em Ef 1:10; 3:2 e 9; Cl 1:25) ou aión (traduzido como “era[s]” em Lc 20:35; Jd 25), e nem sempre é sugerida pelo consenso geral das Escrituras. Tal divisão não passa, portanto, de um esquema artificial, arbitrariamente imposto às Escrituras, que acaba retalhando a unidade tipológica da Palavra de Deus.
A própria Bíblia divide a história humana em duas grandes dispensações, interligadas através de um relacionamento tipológico. A primeira delas é a dispensação do Antigo Testamento, que se estendeu da queda do homem à morte de Cristo; e a segunda é a presente dispensação do Novo Testamento, que iniciou com a morte de Cristo e prossegue até a Sua segunda vinda. A epístola aos Hebreus define o relacionamento tipológico existente entre ambas as dispensações ao mencionar que a primeira foi um tipo (“figura” ou “sombra”) da segunda; e que esta, por sua vez, é o antítipo (realidade ou concretização) da primeira (ver Hb 7:10).
Já a teoria dispensacionalista de uma permanente distinção entre Israel e a Igreja desconhece completamente o conceito neotestamentário de que em Cristo todas as distinções raciais e étnicas foram desfeitas. Paulo é claro em afirmar que em Cristo “não há distinção entre judeu e grego” (Rm 10:12), e que todos os que estão em Cristo são também “descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa” (Gl 3:26-29; ver Hb 11:8-16).
Sérias implicações teológicas estão associadas à falsa dicotomia dispensacionalista de que sob a antiga dispensação israelita “da lei” os pecadores eram salvos “pela lei” sem a graça, e que sob a presente dispensação cristã “da graça” as pessoas são salvas “pela graça” sem a lei. Se todos os seres humanos de todas as épocas são igualmente pecadores (Jr 13:23; Rm 3:23; Ef 2:1-3), como foi possível que alguns deles puderam ser salvos pelos seus próprios méritos de obediência à lei? Não teria Deus sido injusto para com as pessoas do Antigo Testamento, ao impor-lhes um plano de salvação legalista, bem mais severo do que o do Novo Testamento?
Uma análise detida do conceito bíblico de salvação revela o fato de que os pecadores foram, sob ambas as dispensações e em todos os tempos, sempre salvos pela graça (Sl 6:4; Is 55:1-4; Ef 2:8 e 9), justificados pela fé (Gn 15:6; Hb 2:4; Rm 5:1) e julgados pelas obras (Dt 28; Mt 5:16-21; 25:31-46; Ap 20:11-13). Isso significa, em primeiro lugar, que o Antigo Testamento não ensina um caminholegalista de salvação. É interessante notarmos que, mesmo no concerto do Sinai (ver Êx 19:24), Deus primeiro salvou o Seu povo da escravidão do Egito (Êx 20:1 e 2) para depois proclamar-lhe o Decálogo e exigir a obediência (Êx 20:3-17). Por semelhante modo, o Deuteronômio “não ensina”, de acordo com Gerhard von Rad, “um caminho legalista”, pois nele os imperativos da obediência requerida são sempre uma resposta de Israel aos indicativos da salvação anteriormente provida pelo Senhor. Além disso, todos os sacrifícios oferecidos sob a antiga dispensação prefiguravam em símbolos a suprema revelação da graça salvífica de Deus na morte de Cristo como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29).
Por outro lado, a nova dispensação não ensina um caminho antinomista (sem lei) de salvação. A falsa teoria de que a graça de transgressão da lei” (I Jo 3:4) e a lei fosse abolida, então não existiriam mais pecadores e, conseqüentemente, não haveria mais necessidade de salvação. Paulo refuta esta teoria ao afirmar que a fé não anula a lei moral (Rm 3:31; ver Mt 5:17 e 18), pois o problema do pecado não está na lei, que é santa, justa e boa (Rm 7:12), mas no próprio pecador que precisa ser regenerado pela graça de Deus (Rm 3:23). Aqueles que verdadeiramente aceitam o dom gratuito da salvação de Deus em Cristo passam da condenação da lei (Rm 8:1-4) para a conformidade com a lei (Hb 8:8-10).
Fonte: Sinais dos Tempos, outubro de 1997, p. 29 (usado com permissão)
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E Satanás, vendo as hostes diante dele, desceu para um vale ressequido. E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
Bem-aventurados os independentes, autossuficientes e emancipados, o pessoal do “eu consigo com minhas próprias forças!”, pois deles é o reino do inferno.
Bem-aventurados os que não choram por seu pecado, que somente expressam um arrependimento superficial e mundano, porque seus corações serão endurecidos.
Bem-aventurados os que têm ar de superioridade, que derrubam os outros, que têm sua própria galera, que afirmam seus direitos, que batalham por seus próprios planos, porque herdarão o inferno.
Bem-aventurados os que são indiferentes à falta de piedade em suas vidas e ao seu redor, porque eles certamente terão seu quinhão de pecado nesta vida.
Bem-aventurados os que não têm misericórdia, que exigem que todo mal contra si seja corrigido, que facilmente se ofendem, e que contra-atacam seus oponentes com calúnia, fofoca, e brutalidade aberta, porque eles receberão o mesmo como troco.
Bem-aventurados os que permitem que muitas impurezas infiltrem-se em seu coração através de meios inocentes como a televisão, a internet, relacionamentos e seus smartphones, porque eles não verão a face de Deus.
Bem-aventurados os que causam conflito, criam divisões, apreciam a controvérsia, colocam um contra o outro, porque serão chamados filhos de Satanás.
Bem-aventurados os que procuram evitar a perseguição sendo silenciosos, “inofensivos”, evitando piedade pública, porque terão grandes mansões no inferno.
Bem-aventurados sois vós quando os outros pensarem que vós sois fantásticos, divertidos, legais e a alegria da festa por minha causa. Exultai e alegrai-vos, pois grande é a vossa dor no inferno, porque assim eles trataram os ímpios por toda a história.
Stephen Altrogge | Traduzido por Josaías Jr | Reforma21|
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Conheça o relato impressionante das profecias que apontam ao processo das verdades de Deus sendo atentadas dia após dia.
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Esse dia maravilhoso e abençoado onde Deus o separou para que todos nós possamos adora-lO. Veja o que é relatado nas escrituras sagradas a respeito do verdadeiro dia de adoração
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O que significam os 10 Mandamentos? Devemos seguir esses ou foram totalmente abolidos? Veja nesse tema onde é abordado, com base nas escrituras sagradas, toda a verdade sobre os Mandamentos de Deus.
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É muito bom receber notícias de pessoas sinceras que, depois de terem sido cegadas por algum tempo, permitiram que Deus iluminasse suas mentes para uma compreensão mais plena da verdade.
A seguir você conhecerá um pouco da história de Moisés Lucas. Ele escreveu para o programa “Na Mira da Verdade” contando de sua trajetória no meio dissidente e do entusiasmo por hoje viver uma nova paixão pela Pessoa do Espírito Santo.
Reparta essa história com antitrinitarianos que se encontram presos nas garras do diabo. Confio que tal relato será um instrumento da Terceira Pessoa do “Trio Celestial” (expressão usada pela trinitariana Ellen White!) para auxiliar essas pobres pessoas que já perderam o sabor da verdadeira religião.
Afinal, eles pregam para quem é da Igreja, ao invés de pregar as Três Mensagens Angélicas (Ap 14:6-12) para os de fora... Como um “evangelismo” dessa espécie pode produzir verdadeiro contentamento espiritual? Impossível.
O diabo não tem poder para cegar uma pessoa por toda a vida se ela não quiser. Por isso, oro nesse momento para que você, caso seja um dissidente, clame aos céus por auxílio e deixe de lado as heresias e revolta que vem alimentando há algum tempo.
Leia a seguir o belíssimo relato (destaquei algumas partes e comentei-as entre colchetes):
Boa tarde, Leandro Quadros. Meu nome é Moisés Lucas e sou de Santa Catarina. Vou lhe contar um pouquinho da minha história de vida como Adventista do 7° Dia. Nasci num lar adventista. Meus pais conheceram a verdade quando tinham +/- 3 anos de casados, através do irmão de meu pai. Sempre fui ativo na IASD desde pequeno devido à influência dos meus pais, que sempre foram líderes na igreja onde morávamos.
Tenho dois irmãos, ambos casados, e namoro uma linda moça. No ano 2000 morávamos em Blumenau e meu pai era obreiro da IASD. Foi ali que comecei o contato pela 1° vez com a doutrina antitrinitariana. Confesso que no inicio me assustei um pouco, mas, com o passar dos meses, fui me adaptando à nova crença de meu pai. Por ele ter uma influência enorme na minha vida (pois o amo e respeito muito), aceitei a tese de que o Espírito Santo era apenas o poder ativo de Cristo [os dissidentes não chegaram a um consenso: alguns pensam ainda hoje que o Espírito Santo é “o próprio Cristo”; outros, que é o “poder de Deus Pai e de Cristo” enquanto que os demais chegam ao cúmulo de dizer que o Espírito é “o anjo Gabriel! É uma verdadeira “babilônia” de heresias!]
Os anos passaram e já era 2004. Meu pai foi excluído da igreja. Foi algo muito triste. Meu pai – obreiro de Deus e que cursou 3 anos de teologia – agora tinha seu nome removido do rol de membros da igreja que tanto defendia! Entrei no mesmo barco. Não cheguei a ser removido por que nunca me posicionei verbalmente sobre o assunto. Tinha apenas uma luta interna.
No ano de 2006 foi o auge da minha revolta. Sem ter chão e parecendo que Deus havia me abandonado, fui colportar. Que coisa, não? Não acreditava na Trindade e fui para a colportagem?! Realmente Deus me tirou de minha cidade. Nessa campanha de colportagem conheci a minha namorada. Terminando a campanha fui morar em Blumenau. Ali a minha luta interna aumentou devido a ver as palestras dos pastores defendendo a Trindade.
Eu dizia para mim mesmo: "Esses pastores são um bando de ignorantes, mal sabem o quanto estão perdidos". Passou os anos e permaneceu da mesma maneira. Porém, veio a mudança em minha vida!
Era o ano de 2010 e eu estava sufocando devido a essa doutrina [percebeu, amigo leitor? A heresia antitrinitariana – predita por Ellen White e chamada de “Apostasia Ômega” – tira a paz!]. Eu estava indo na igreja, mas não acreditava na Trindade! Sentia-me muito mal cantando na congregação, orando e participando! Realmente eu era uma pessoa de duas caras [viu os “resultados” diabólicos do antitrinitarianismo dos dissidentes?]
Não sei ao certo o mês, mas foi mais ou menos em maio. Pela 1° vez caí de joelhos e implorei a Deus que me desse luz! Não aguentava essa angústia! [quando uma pessoa ora com sinceridade, Cristo a liberta!] Na mesma hora Deus me mostrou um livro: “Como Conhecer a Deus: Um plano de 5 dias” (Pr. Morris Wenden). Leandro ali começou a minha mudança! Tirei a doutrina do foco e coloquei Cristo. Pedi a Ele para não me deixar enganar pela mistura da verdade com mentira e, pela 1° vez em 10 anos, senti novamente o Espírito Santo, enchendo o vazio que havia em mim! [Graças a Deus por isso!]
Ele fechou a ferida como se nunca estivesse existido! [Algo que o dissidente precisa muito] Hoje não apenas creio no Espírito Santo, mas falo do milagre dEle em minha vida por onde passo. Realmente Ele carregou o meu fardo (que não era pouco), e conduziu-me a liberdade. Hoje O sinto em cada segundo como Deus da minha vida! [Aleluia!]
Na verdade há muita coisa para contar desse período. Se tivesse oportunidade gostaria de testemunhar através de um vídeo, para que todas as pessoas que saíram da igreja (devido à crença na Trindade) vejam que ainda não pecaram contra o Espírito Santo e que há volta! Que Deus abençoe a todos.
[Se você também é um “ex-dissidente” e deseja que outras pessoas sejam motivadas a abandonarem tal caminho de trevas, escreva-me contando sua história. E-mail: leandro.quadros@novotempo.org
Fonte: Em Defesa do Espírito Santo
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Será que a morte tem a última palavra? Para onde vamos após morrer? Veja aqui nesse tema de grande debate entre as pessoas de todas as denominações e crenças.
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Um assunto incrível e bastante polêmico. Veja como podemos entender o processo dos mil anos citado em Apocalipse.
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Descubra a promessa da volta de Jesus através das escrituras sagradas e também prometida pelo próprio Senhor Jesus Cristo.
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Como podemos saber o que está acontecendo no mundo em relação a volta de Jesus como também certificar o cumprimento das profecias.
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Descubra, na Palavra de Deus, como é o plano da salvação e o que devemos fazer nos dias em que vivemos para obtê-la.
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Existem vários questionamentos sobre a questão do bem e do mal, o que existe e não existe. Veja a verdade sobre o que acontece a cerca desse tema
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O seu parceiro ou parceira tem alguns hábitos sexuais estranhos? Algumas práticas durante esse momento de intimidade parecem fora do normal para você? Você já ouviu falar de pessoas que têm obsessão pelos pés do parceiro durante o sexo? Ou gostam de se fantasiar? Ou ser amarrados? Bem vindo ao mundo do fetiche. Um tipo de transtorno que pode ser saudável, maléfico ou até mesmo ilegal em alguns casos. É sobre isso que vamos conversar no Sem Tabus de hoje com pastor e "doutor em aconselhamento familiar" Marco Lamarques.
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É um fato aceito por todos nós, deduzível da leitura de Gênesis 1:31 e 2:2, que Deus acabou a Sua obra criativa no sexto dia. O verso 2 do segundo capítulo parece contradizer esta crença ao declarar: “E havendo Deus terminado no dia sétimo a Sua obra …”.
Creem alguns comentaristas que há aqui uma deficiência da linguagem, pois a leitura dos dois versos anteriores de Gênesis 2:2 nos evidencia que a obra já estava concluída no sexto dia. A pobreza dos tempos verbais em hebraico talvez seja responsável por esta aparente divergência. O sentido do original devia ser este: “estando já acabada a obra no sétimo dia”.
O mui conhecido e digno de crédito comentarista Adam Clarke assim se expressou sobre este verso:
“É voz geral da Escritura que Deus terminou toda a criação em seis dias e repousou no sétimo, dando-nos um exemplo de que trabalhemos seis dias e no sétimo descansemos de toda a antiguidade manual. É digno de nota que a Septuaginta, a Siríaca e a Samaritana dizem sexto dia, em vez de sétimo dia; e isto deve ser considerado certo”.
Ele conclui suas explicações aventando a hipótese de ter havido uma confusão no hebraico entre os números 6 e 7 por serem muito parecidos.
O Comentário Bíblico Adventista afirma, sobre Gênesis 2:2 – “Tem sido feitas várias tentativas para resolver a aparente dificuldade entre os versos 1 e 2; um declara que a obra de Deus foi terminada no sexto dia e o outro no sétimo dia. A Septuaginta e as versões samaritana e siríaca escolheram o caminho mais fácil para resolver o problema, substituindo a palavra ‘sétimo’, do texto hebraico, pela palavra ‘sexto’… ‘Acabou’. Alguns eruditos, começando com Calvino, têm traduzido como ‘havia acabado’, o que é gramaticalmente possível. Outra interpretação considera que a obra da criação foi terminada apenas depois da instituição do dia de repouso”.
Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário – Passagens Aparentemente Conflitantes – item 1
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Para melhor compreensão do assunto definamos as palavras corpo, espírito e alma.
Corpo
É a parte física do homem que torna ao pó por ocasião da morte.
Espírito
“É o princípio de vida dado ao homem por Deus” (E. E. Vine).
Para Lutero, espírito é a parte mais elevada e nobre do homem, por capacitá-lo para captar as coisas incompreensíveis, invisíveis e eternas.
De acordo com o hebraico “ruach” e o grego “pneuma” aplicado ao homem significa:
1º) O fôlego de vida que Deus soprou nas narinas do homem, bem como em todos os animais (Gênesis 2:7; 7:22; Mateus 27:50; Lucas 8:55).
2º) Disposição, atitude, temperamento, sede das emoções e do conhecimento (Marcos 2:8; João 13:21; 1Pedro 3:4).
3º) O instrumento pelo qual o homem se comunica com Deus (Lucas 1:47; Atos18:25).
É também por meio do espírito que Deus se comunica conosco (Ezequiel 36:26-28).
Alma
Gesênio, o maior lexicógrafo hebraico, definiu alma da seguinte maneira: “Fôlego, o espírito vital, o mesmo que o grego “psiquê” e o latim “anima“, mediante a qual vive o corpo, a saber o princípio de vida manifestado no fôlego”.
O espírito vivificante de Deus no corpo fez com que o homem se tornasse alma vivente. Uma melhor tradução de acordo com o hebraico “nephesh hayyah” seria ser vivente, criatura vivente, como aparece em algumas traduções inglesas de Gênesis 2:7.
Para Vincent, notável estudioso de palavras gregas do Novo Testamento, “alma”: “É o princípio de individualidade, a sede das impressões pessoais… a sede dos sentimentos, desejos, afeições e aversões”.
“Nephesh”, de acordo com Bullinger, em A Critical Lexicon and Concordance, pág.721, pode ser traduzida de 44 maneiras diferentes.
Das 752 vezes usadas no Velho Testamento, ela é traduzida 473 por “alma”, 118 por “vida”, 29 por “pessoa”, 15 vezes por “corpo”, etc.
“Nephesh” designa o ser humano completo, e não parte de uma pessoa como os gregos ensinavam.
Eis apenas mais uma distinção: “O espírito é o sopro do fôlego de Deus na criatura, o princípio de vida proveniente de Deus”.
“A alma é a possessão individual do homem, o que distingue um homem de outro e da natureza inanimada” (O Pregador Adventista, setembro a dezembro de 1948, pág. 23).
A existência do ser humano, ou “alma vivente”, se tornou possível pela união do “corpo” e do “fôlego de vida” na criação (Gênesis 2:7).
Na morte, o corpo volve à terra, o fôlego saindo do corpo vai para Deus (Eclesiastes12:7), a alma ou criatura vivente desaparece (Salmos 6:5; 146:4; Eclesiastes 9:5 e 6). A Bíblia não ensina que a alma é uma essência abstrata e imortal que sobrevive à matéria. A ideia grega de que o homem tem uma alma não é defensável pela Bíblia, desde que os escritos inspirados asseguram que ele é uma alma.
A Revista Adventista de julho de 1964, pág. 32, em resposta a um de seus consulentes sobre a diferença destas palavras o fez com esta síntese: “Espírito é a parte pensante do homem; alma, a parte sensitiva, a sede dos sentimentos, que chamamos também coração; corpo é a parte física”.
Duas Teorias sobre a Natureza do Homem
1º) A teoria tricotomista defende uma natureza tríplice: corpo, alma e espírito. 1Tessalonicenses 5:23 parece apoiar esta opinião.
2º) A teoria chamada dicotomista defende uma natureza dupla: corpo e alma (ou espírito). Proposição que parece conformar-se com o ensinamento bíblico de Gênesis 2:7; 1Reis 17:21; Tiago 2:26. Seu ponto negativo seria a semelhança com o dualismo grego de Platão: a alma imortal e o corpo mortal.
Qual destas duas teorias aceitamos?
Parece não haver, em nossos escritos, uniformidade neste sentido.
Eis a prova: “Muitos cristãos consideram o homem e a mulher como seres que se compõem de três partes: corpo, alma e espírito. Este conceito até se tornou proverbial. Naturalmente, isto é assim enquanto estávamos vivos; mas, que acontece na morte?…” – O Ministério Adventista, julho e agosto de 1983, pág. 22.
“A teoria dicotomista parece ser mais razoáve1 à luz de Gênesis 2:7 e passagens várias, como 1Reis 17:21; Tiago 2:16″ – Auxiliar da Lição da Escola Sabatina, 20/04/1975.
Um estudo mais aprofundado de nossas doutrinas e das palavras originais para alma e espírito nos leva à conclusão de que não devemos aceitar nenhuma dessas duas teorias. Biblicamente o homem é um todo indivisível, ou, em outras palavras, é uma unidade que não pode ser dividida nas partes componentes.
O homem, segundo o Antigo Testamento, forma uma unidade psicofísica indissolúvel. O israelita não é tricotomista e nem dicotomista, mas monista.
O conceito, influenciado pelas ideias platônicas, que distinguem a alma do corpo (dicotomia) é totalmente alheio aos conceitos doutrinários do Velho Testamento sobre o homem, por considerá-lo um ser indivisível.
O que Paulo quis dizer em 1Tessalonicenses 5:23: “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo, sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.
“A passagem de 1Tessalonicenses 5:23 não indica uma tricotomia de espírito, alma e corpo, mas apenas apresenta o homem como um ser total, cuja personalidade necessita ser santificada por Deus”. [Confira Deuteronômio 6:5] – The Interpreter’s Dictionary of the Bible, Vol. 3, pág. 429.
W. E. Vine, em seu Comentário às Escrituras do Apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses, após chamar a atenção para a necessidade do espírito e corpo serem conservados incontaminados, na página 110, apresenta estas palavras muito significativas: “No texto grego, a palavra que se traduz por “conservados” está no singular, pois o homem, apesar de sua tríplice natureza – espírito, alma e corpo – é um ser indivisível”.
A conclusão a que Vine chegou precisa ser destacada: O homem é um ser indivisível. Logo, na morte, não pode subsistir uma parte imortal enquanto outra desce ao pó, visto que isso o tornaria um ser divisível.
Vincent, em Word Studies in the New Testament, vol. 4, pág. 52, com sua autoridade, sentencia: “É inútil tentar extrair destas palavras (espírito, alma e corpo) uma declaração técnica, psicológica de uma divisão tríplice da personalidade humana. Se Paulo reconhecesse qualquer divisão técnica desse tipo, seria mais provavelmente dupla: o corpo ou parte material, e a parte imaterial com seus aspectos superior (espírito) e inferior (alma)”.
Das ideias apresentadas no Comentário Bíblico Adventista, sobre 1Tessalonicenses 5:23, estas devem ser realçadas: “Espírito, alma e corpo. Paulo não está apresentando um estudo sobre a natureza do homem, mas certificando-se de que nenhuma parte da vida de seus conversos seja deixada sem o toque do poder santificador de Deus. Geralmente a Bíblia parece falar de uma divisão dupla no homem, seja corpo e alma ou corpo e espírito. Em Tessalonicenses essas ideias estão combinadas para enfatizar que nenhuma parte do homem deve ser excluída da influência da santificação”.
A seguir, assim define as três palavras:
“Por espírito pode-se entender o princípio mais elevado de inteligência e pensamento, dos quais o homem é dotado e com os quais Deus pode comunicar-Se através de Seu Espírito. Por alma, quando distinta de espírito, pode-se entender aquela parte da natureza do homem que encontra expressão através dos instintos, emoções e desejos. O significado de corpo (soma) parece evidente. É a estrutura corpórea – carne, sangue e ossos – que é controlada pela natureza inferior ou pela superior”.
Uma nota da Lição da Escola Sabatina, de 22/04/1975, explicando 1Tessalonicenses, 5:23 dizia: “O apóstolo Paulo não ensina que o homem é composto de três partes: corpo, alma e espírito, mas fala de três diferentes modos em que uma pessoa pode relacionar-se com outras pessoas. Na Bíb1ia o homem é um todo indivisível. Termos como alma ou corpo ou espírito não são usados para indicar partes separadas do homem. Cada um desses vocábulos se refere ao homem numa função particular”.
Conclusão
Corpo, alma e espírito se referem a três aspectos deste todo indivisível que é o homem. Espírito é o aspecto que faz do homem uma pessoa, feita à imagem de Deus, e capaz de comunhão com Deus. Alma, que vem do latim anima, é o que o homem tem em comum com os animais, isto é, vida. Sem vida o homem é um corpo inanimado, morto. Corpo é o fundamento material do homem feito de ossos, músculos, nervos, etc.
O triângulo tem três lados. Se um destes vier a faltar, o triângulo deixa de existir. De igual modo, se um dos aspectos do homem – espírito, alma, corpo – vier a faltar, o homem deixa de existir.
Não somos tricotomistas, nem dicotomistas, mas holísticos, isto é, cremos que o homem é um todo indivisível.
Livro: Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário.
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Como conciliar “Deus não tem prazer na morte do perverso”, de Ezequiel 18:23, com a afirmativa de Salomão, em Provérbios 16:4, “O Senhor fez todas as coisas para determinados fins, e até o perverso para o dia da calamidade”?
É princípio primário de interpretação que, se um texto é difícil, ele deve ser comparado com outros que sejam mais fáceis para esclarecê-lo. Jamais esquecer que a Bíblia se explica pela própria Bíblia.
Se lermos Eclesiastes 7:29 – “Eis o que tão somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias”, saberemos que Deus não podia criar perversos.
Provérbios 16:4 será bem compreendido atentando para o livre arbítrio, a possibilidade do homem escolher entre o bem e o mal. Deus não é o originador do mal, mas se o homem escolhe praticar o mal, Deus haverá de destruí-lo.
Joseph Angus declarou sobre esta passagem: “A ideia de que os ímpios foram criados para poderem ser condenados, a qual alguns julgam estar compreendida nesta passagem, não se conforma com inumeráveis lugares da Escritura (Salmos 145:9; Ezequiel 18:23; 2Pedro 3:9). A significação, portanto, daquele texto é a de que todo o mal contribui para a glória de Deus e promove a realização dos seus insondáveis desígnios” (História, Doutrina e Interpretação da Bíblia, pág. 153).
Há pessoas que citam Provérbios 16:4 e Romanos 9:15-24 como prova de que a Bíblia ensina que algumas pessoas não podem ser salvas. Esta conclusão é totalmente errada diante de uma infinidade de passagens, como por exemplo João 3:16.
Wilcox, dando resposta a esta pergunta – “Provérbios 16:4 e Romanos 9:15-24 não ensinam que algumas pessoas não podem ser salvas?” – afirmou: “Não; Deus salva o caráter; e chama toda alma a possuir um caráter que possa ser salvo. O primeiro texto simplesmente ensina que todas as coisas se encaixam no plano de Deus. Os ímpios pertencerão ao dia da ira, mas Deus não compele ninguém a ser ímpio. Veja Seu juramento em Ezequiel 33:11.
“Deus teria glorificado Seu nome através da submissão de Faraó se o monarca egípcio houvesse se submetido, da mesma forma que fez através de Nabucodonosor e Ciro. Ele o suscitou e o colocou no trono para este propósito. Faraó não quis se submeter, por isso o Espírito de Deus o entregou à dureza de coração. Deus, porém, trouxe glória para Si próprio apesar da teimosia do rei.
“Estude uma expressão em Romanos 9:15. De quem é a vontade de Deus ter misericórdia? ‘E faço misericórdia até mil gerações daqueles que Me amam e guardam os Meus mandamentos’ (Êxodo 20:6). Esperamos isso; mas sobre que outra classe é a vontade de Deus mostrar compaixão e misericórdia? (Isaías 55:7; Ezequiel 33:11). Deus não está tantalizando quando diz ‘todo aquele que crê’ em João 3:16 e ‘quem quiser’ em Apocalipse 22:7″.
Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário – Passagens Aparentemente Conflitantes – item 4
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“E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram”.
“O altar apresentado no quadro profético era provavelmente reminiscências do altar de bronze do santuário dos hebreus, e os mártires podem ser lembrados como sacrifícios apresentados a Deus. Como o sangue das vítimas era derramado na base do altar, e a vida da carne está no sangue, assim as almas daqueles que foram martirizados são comparadas como estando debaixo do altar” (Comentário Bíblico Adventista, Apocalipse 6:9).
“O altar corresponde nesta liturgia celeste ao altar dos holocaustos (1Reis 8:64). Os mártires, testemunhas da Palavra, são associados à imolação de seu Mestre (Filipenses 2:7). Segundo a concepção bíblica e oriental, a vida reside no sangue. Aqui as vidas dos mártires estão ‘escorrendo’ para a base do altar celeste onde se consumam os seus sacrifícios cruentos (Levíticos 4:7)” (A Bíblia de Jerusalém, Apocalipse 6:9).
As “almas debaixo do altar”, apresentadas por João nesta passagem, são uma representação simbólica aos filhos de Deus, que foram martirizados na Idade Média por causa do Evangelho. O sangue ou a vida que seus perseguidores derramaram simbolicamente clama a Deus pedindo vingança, a exemplo do sangue de Abel, em Gênesis 4:10, que clamava a Deus. Se o altar do sacrifício estava sobre a terra, e as almas são representadas como estando debaixo do altar do sacrifício, consequentemente não eram almas que estavam no céu.
O que deixa a muitos leitores perplexos nesta passagem é o conceito popular, mas antiescriturístico da palavra alma – uma essência imaterial, invisível e imortal que existe no homem. O conhecimento da palavra no original hebraico e grego jamais admite tal definição. Dentre seus múltiplos significados se destacam também os de vida e pessoa. Este é o caso de Apocalipse 6:9, onde as “almas de baixo do altar” simbolizam pessoas, isto é, os mártires, sendo altar simbólico de sacrifício ou martírio. Seria um disparate indescritível a aceitação literal de que essas almas estivessem presas, debaixo de um altar no céu. Se aceitássemos o relato como real, essas almas no céu, e os seus ímpios perseguidores no inferno, segundo a crença popular, qual a razão de clamarem ainda por vingança, já que os seus torturadores estavam pagando seu merecido castigo?
Esta passagem traz uma mensagem de conforto para os que sofreram, sofrem e sofrerão por Cristo: o cuidado incessante de Deus em favor dos que aceitaram o Seu plano de salvação. Muitos não podem compreender por que Deus permite que alguns de Seus filhos fiéis sejam maltratados pelos ímpios. Embora o procedimento divino, por vezes, esteja além de nossa limitada compreensão, de uma coisa podemos ter certeza: Deus fará justiça dando o galardão aos fiéis e deixando que os ímpios sejam destruídos.
No capítulo seis de Apocalipse, João apresenta uma profecia dos acontecimentos que se realizariam durante a era cristã.
A referência às “almas debaixo do altar” do verso 9 relaciona-se com a época da Reforma. Tanto a história secular quanto a sagrada nos informam que milhares e milhares dos chamados hereges foram barbaramente massacrados e mortos por todos os meios imagináveis. Felizmente, este estado de coisas teve o seu fim, com o protesto dos príncipes na Dieta de Spira em 1529 e o incremento da Reforma através de toda a Europa. O contexto geral das Escrituras nos impede de tomar esta passagem em seu sentido literal, pois se assim fosse teríamos de aceitar a Morte e o Inferno cavalgando um cavalo literal através da terra.
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“Ora, ninguém subiu ao Céu, senão Aquele que de lá desceu, a saber, o filho do homem” (João 3:13), parece contrariar outros testemunhos escriturísticos que nos inteiram que Enoque, Elias e Moisés já haviam subido ao Céu.
Temos aqui uma “alusão à ascensão, que manifestará a origem celeste de Jesus e o entronizará na glória do Filho do Homem” (Anotação da Bíblia de Jerusalém a esta passagem).
A leitura atenta do contexto nos mostrará que o que Cristo quis dizer é que ninguém subira ao Céu para obter informações acerca do plano de Deus concernente ao homem.
Clarke apresenta o seguinte comentário: “Parece haver aqui uma expressão figurada, indicando que ninguém conhece os mistérios do reino de Deus como lemos em Deuteronômio 30:12; Salmos 73:17; Provérbios 50:4; Romanos 11:34. A expressão pode ser compreendida relacionando-a com a seguinte máxima: “Para estar perfeitamente familiarizado com os acontecimentos de um lugar é necessário que a pessoa esteja no lugar”. Nosso Senhor provavelmente pretendia corrigir uma falsa noção dos judeus, a saber, que Moisés ascendera ao céu para receber a lei”.
Sobre a variante – “que está no céu” – que aparece em algumas traduções, ela não se encontra no original. Talvez tenha sido uma anotação tardia feita por um copista, quando Jesus em realidade estava no Céu.
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Unicórnio de 4 toneladas
Pelo fato de algumas versões bíblicas trazerem a palavra “unicórnio”, muitos céticos a acusavam de se referir a um ser mitológico, o tal cavalo que teria um chifre na testa e supostos poderes mágicos. De fato, a Bíblia menciona nove vezes um animal conhecido pelo termo hebraico re’ém (רֶאֵם) (veja Is 34:7; Jó 39:9, 10; Nm 23:22; 24:8; Dt 33:17; Sl 22:21; 29:6; 92:10). A Septuaginta trocou o termo re’ém pelo grego monokeros (mono = um; keros = corno ou chifre), dando, assim, o sentido de “unicórnio”, ou seja, “com um chifre”. A Vulgata latina frequentemente traduz o termo re’ém para “rinoceronte”. E a Bíblia traduzida de Lutero (Luther Bibel, 1545) traduz re’ém para einhörner (ein = um; horner = chifre), que também significa único chifre ou unicórnio.
Embora algumas versões bíblicas brasileiras como a João Ferreira de Almeida troquem o termo “unicórnio” por “boi selvagem” ou “búfalo”, uma descoberta recente pode ajudar a resgatar o termo “unicórnio” – e não se trata do cavalo mágico. Pesquisadores acreditavam que a espécie Elasmotherium sibiricum se limitava à região da Sibéria e, portanto, não poderia ser conhecida nas terras bíblicas. Ocorre que um crânio fossilizado desse animal foi encontrado no Cazaquistão. A descoberta foi relatada em estudo publicado no periódico American Journal of Applied Science. “O unicórnio em questão parece mais um rinoceronte com um chifre na testa do que o cavalo místico que carregamos na imaginação. De acordo com os pesquisadores, o animal tinha cerca de dois metros de altura, quatro de comprimento e chegava a pesar até quatro toneladas. E, apesar de seu tamanho e peso, é bem provável que só se alimentasse de grama”, informa o site da revista Galileu.
Nada impede que esse animal (ou os ancestrais dele) tenha vivido em outras regiões. A Bíblia também descreve uma criatura interessante chamada de beemote, cuja descrição parece a de um dinossauro (Jó 40:15-19). Os autores bíblicos podem ter tido contato com esses animais ou, então, ter tomado conhecimento da existência deles. A Bíblia não é um compêndio de zoologia, mas deve ser respeitada como um documento sério e histórico.
(Michelson Borges, com informações de Raciocínio Cristão e revista Galileu)
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Será que Paulo em Romanos 9:13-24 declara que Deus não deseja a salvação para todos, enquanto, em 1Timóteo 2:3-4, afirma que Deus deseja que todos se salvem? A primeira declaração é falsa; porém a segunda é verdadeira.
O problema subjacente nestas declarações paulinas poderia ser apresentado com uma palavra – predestinação. Este assunto vem explicado em nosso livro Explicação de Textos Difíceis da Bíblia.
Quanto a este controvertido tema, a verdade está sintetizada na frase: “Deus quer que todos os homens se salvem”.
Romanos 9:13-24 não diz que há pessoas a quem Deus não possa salvar, diz apenas que tudo se adapta ao seu plano. O ímpio será destruído, mas Deus não impele ninguém a ser ímpio (Ezequiel 33:11). A ação de Deus sobre o homem é semelhante a ação do sol. O sol é culpado por endurecer o barro? Não. O problema está com a natureza do barro. Podemos culpar a Deus por alguns corações se endurecerem e outros se abrandarem? A resposta apenas pode ser negativa. O mesmo sol que endurece o barro, derrete a manteiga e a cera.
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Na primeira citação, Lucas declara que as pessoas que iam com Paulo ouviram a voz, mas, em Atos 22:9, o próprio Paulo afirma que os circunstantes não ouviram a voz.
A tradução de Almeida Revista e Corrigida assim apresenta as duas passagens:
Atos 9:7 – “E os varões, que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém”.
Atos 22:9 – “E os que estavam comigo viram, em verdade, a luz, e se atemorizaram muito; mas não ouviram a voz daquele que falava comigo”.
Na Edição Almeida Revista e Atualizada este problema de tradução já foi sanado, pois Atos 22:9 reza: “Os que estavam comigo viram a luz, sem contudo perceber o sentido da voz de quem falara comigo”.
Vincent apresenta a seguinte nota para Atos 22:9 – “O verbo deve ser tomado no sentido de compreender, como em Marcos 4:33; 1Coríntios 14:2, que explica a aparente discrepância com Atos 9:7.
A Bíblia de Cambridge apresenta o seguinte esclarecimento:
“Paulo ouviu palavras inteligíveis; os outros ouviram uma voz, sem distinguir as palavras. Não ouviram a voz, isto é, as palavras dirigidas a Paulo. Só tinham consciência de ter ouvido um som próximo”.
Em outras palavras: Paulo compreendeu o sentido das palavras; os outros só ouviram o som.
O conhecimento da sintaxe grega ajuda a solucionar o problema:
“Quem lê grego facilmente pode resolver a dificuldade. A construção do verbo ouvir (akouo) não é a mesma nos dois relatos. Em Atos 9:7 o verbo é empregado como genitivo, e em Atos 22:9 com o acusativo. A construção com o genitivo simplesmente expressa que algo está sendo ouvido, ou que determinados sons alcançam o ouvido. Não se indica se a pessoa entende ou não o que ouve. A construção com o acusativo descreve um ouvir que inclui apreensão mental da mensagem falada. Daí se torna evidente que as duas passagens não se contradizem. Atos 22:9 não nega que os companheiros ouviram determinados sons. Simplesmente declara que não ouviram de modo a entender o que estava sendo dito. Algumas línguas, nesse caso, não são tão expressivas como o grego” (W. Arndt, A Bíblia se Contradiz?, pág. 11).
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A Igreja Católica, baseada em algumas passagens bíblicas, como Mateus 3:6, Lucas 5:21 e 7:49, destacando-se João 20:23, instituiu a confissão auricular.
Autoriza a Bíblia esta doutrina? Vejamos o que ela diz sobre a confissão.
Alfredo Vaucher, em L’Histoire du Salut, diz:
“Parte alguma da Escritura designa os guias espirituais como encarregados de receber as confissões dos fiéis e conceder ou recusar absolvição”.
Nenhuma passagem da Bíblia autoriza a confissão auricular como afirmam teólogos católicos.
João 20:23: “Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; se lhos retiverdes, são retidos”.
Alguns exegetas afirmam que os verbos perdoar e reter deste verso se equivalem a ligar e desligar que aparecem em Mateus 16:19 e 18:18. A exegese de Mateus não pode ser aplicada neste contexto de João.
A interpretação eclesiástica católica defende que os apóstolos na qualidade de representantes de Cristo podiam, na realidade, perdoar ou reter os pecados dos homens no sentido literal, através da administração do confessionário. Sendo que a transferência apostólica, no seu entender, foi feita para os sacerdotes católicos, eles se sentem no direito de ter hoje este privilégio. Essa transferência se baseia única e exclusivamente na tradição eclesiástica, e não em qualquer declaração bíblica ou na autoridade das Escrituras.
As passagens bíblicas que falam em confissão e perdão de pecados, de modo nenhum autorizam a confissão auricular e muito menos lhe dão o direito de perdoar pecados. É desarrazoada a crença de que uma criatura possa perdoar pecados cometidos por outra criatura contra o Criador.
Mateus 3:6 é uma referência a João que batizava os que se arrependiam e confessavam os pecados. Mas a quem eles confessavam? Naturalmente a Deus e aos semelhantes a quem eles haviam ofendido.
De acordo com a Bíblia temos três espécies de confissões:
a) A confissão feita a Deus, de todos os nossos pecados;
b) A confissão recíproca às pessoas, que ofenderam e foram ofendidas;
c) A confissão pública de pecados que se tornaram públicos e trouxeram escândalo à igreja.
De maneira nenhuma podemos aceitar que, em João 20:23, Cristo instituísse a confissão auricular. Nesta passagem Cristo reconhece que Sua Igreja está investida de autoridade. Os atos da legítima igreja de Deus na Terra, em matéria de disciplina imposta aos seus membros, são ratificados pelo céu como concluímos da leitura de Mateus 18:18.
De acordo com o relato inspirado, somente Deus pode perdoar pecados (Neemias 9:17; Salmos 32:1; Romanos 4:6-8), porque Ele esquadrinha o nosso coração e nos cerca com Sua providência (Salmos 139:1-18; Jeremias 17:10).
O comentário que o insigne exegeta metodista Adam Clarke fez sobre João 20:23 não pode ser ignorado por nós:
“É certo que Deus, unicamente, pode perdoar pecados; e seria não somente uma blasfêmia, mas também crasso absurdo dizer que qualquer criatura pudesse perdoar a culpa de uma transgressão cometida contra o Criador. Os apóstolos receberam do Senhor a doutrina da reconciliação e a doutrina da condenação. Os que, em consequência de sua pregação, cressem no Filho de Deus, tinham perdoados os seus pecados; e os que não cressem, permaneciam na condenação”.
É uma sublime esperança, a declaração bíblica da disposição divina em nos perdoar, conforme relata o profeta Isaías (55:7). De outro lado, devemos exercer para com nosso próximo a mesma misericórdia que esperamos de Deus (Mateus 6:14; 18:23-25; Marcos 11:25).
Deus nos perdoa em Cristo por ter Ele vertido o Seu sangue pelos pecadores (Efésios 4:32; 1Pedro 1:18-19).
A declaração paulina de 1Timóteo 2:5 é muito enfática, em nos assegurar que o ser humano não necessita confessar os seus pecados a um sacerdote: “Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”.
Cristo deu a Sua vida pela nossa redenção; aceitando-O pela fé, receberemos a remissão dos pecados (Atos 13:38; 26:18).
Outra passagem que mereceria ser destacada, no contexto de confissão e perdão de pecados é Tiago 5:16, por aconselhar: “Confessai, pois, os nossos pecados uns aos outros…”.
Não encontramos nesta exortação a ideia de que devemos confessar os pecados a uma terceira pessoa, porém, está ele recomendando a reconciliação entre o ofensor e o ofendido, além da confissão a Deus, que em última análise foi também ofendido.
João 20:23 proclama esta sublime verdade: a mensagem de reconciliação trazida e perdão aos que a recebem, mas resulta em condenação e permanência da culpa com os que a rejeitam.
Segue-se o que diz o Comentário Bíblico Adventista sobre João 20:23:
“Aqueles a quem perdoardes os pecados. Jesus fala aqui aos discípulos como representantes de Sua igreja na Terra, à qual, atuando na capacidade de corporação, havia Ele confiado a responsabilidade de cuidar dos interesses e necessidades espirituais de seus membros individualmente. Jesus já lhes havia explicado plenamente como tratar com membros errantes: em primeiro lugar, pessoalmente (veja Mateus 18:1-15, 21-35), e, então, com a autoridade da igreja (ver os versos 16-20). Reitera Ele agora o conselho dado naquela ocasião anterior.
“A igreja deve trabalhar fielmente para a restauração de seus membros errantes, encorajando-os a arrependerem-se e se volverem de seus maus caminhos. Quando há evidências de que as coisas foram acertadas com Deus e os homens, a igreja deve aceitar o arrependimento como genuíno, liberar o errante das acusações trazidas contra ele (“perdoar” seus “pecados”), e recebê-lo de volta em plena comunhão. Tal ato de perdoar pecados é ratificado no céu; em realidade, Deus já aceitou e perdoou ao penitente (veja Lucas 15:1-7). Ensinam expressamente as Escrituras, porém, que a confissão do pecado e o arrependimento por havê-lo praticado devem ser feitos diretamente ao trono da graça no céu (veja Atos 20:21; 1João 1:9), e que a liberação da alma do pecado vem apenas pelos méritos de Cristo e Sua mediação pessoal (1João 2:1). Esta prerrogativa jamais foi delegada por Deus a errantes mortais, que tão frequentemente necessitam eles próprios da divina misericórdia e graça, muito embora sejam líderes nomeados da igreja. Veja O Desejado de Todas as Nações, 769-770; Mateus 16:19.
“Lhes são retidos. Quando não há evidências de genuíno arrependimento, as acusações trazidas contra um membro errante devem ser “retidas”. O céu reconhecerá a decisão da igreja, pois nenhum homem pode estar em condição satisfatória para com Deus quando deliberadamente está em desavença com seu próximo. Aquele que despreza o conselho dos representantes de Deus nomeados na Terra não pode esperar desfrutar do favor de Deus. Para uma ilustração da operação deste princípio na igreja primitiva leia Atos 5:1-11″.
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