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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Presença Sutil


ÊXODO. 20.4: Esculturas.

Você já conheceu alguém muito rico, inteligente ou até importante mas que deseja ficar no anonimato, ser discreto ou quase imperceptível? Nestes tempos em que todos querem ser famosos e aclamados pelas multidões, isto até parece lenda. Mas por incrível que possa parecer a Pessoa mais importante do Universo é assim. Deus prefere ser uma PRESENÇA SUTIL em nossa vida. Vejamos como.

§         Este mandamento fala de nossa perspectiva de Deus.
§         Como O vemos? Qual é a dimensão do nosso Deus? Podemos fazer projeções e formar imagens de Deus ou de Jesus? Como Ele se revela? Não é natural que concebamos representações ideológicas ou projeções religiosas de Deus?
§         O que é uma imagem?  - Denota uma representação material de um animal, de um ser humano ou de uma forma mista, usada para propósitos de adoração; para denotar uma relação entre Deus e o homem.
§         É a representação de alguma coisa real ou irreal, física ou metafísica, por desenho, pintura, escultura ou projeção humana.

Este mandamento declara explicitamente:
1.     De que natureza Deus é e com que modalidade de culto deve ser adorado e honrado, para que Lhe não ousemos atribuir algo sensório.
2.     Deus não quer que Seu legítimo culto seja profanado mediante ritos supersticiosos. Por isto Ele afasta totalmente as insignificantes observâncias materiais que nossa mente tão finita  costuma inventar quando O concebe.
3.     Seu legítimo culto é espiritual, e estabelecido e instruído por Ele mesmo, e não pelos desejos humanos de cultuá-Lo.
4.     As formas mais grosseiras de idolatria são: idolatria exterior,  e um culto feito sob o “que o ser humano acha que deve ser” e não como Ele gostaria que fosse.

OBS- Alguns pastores, professores e líderes da igreja conceituaram o culto divino como algo que deve ser “atrativo para os jovens”. Eles querem fazer um culto gostoso aos sentidos humanos, para que não faltem adoradores na casa de Deus. Mas seu enfoque está equivocado. Porque?
a) O culto não é feito para o adorador e sim para O adorado. Não importa quantos adoradores há em nossa igreja no Sábado pela manhã. É claro que seria muito bom que nosso templo estivesse sempre lotado. Mas o que mais deve nos comover é se Deus realmente estará conosco e aceitará “esse nosso culto”. O homenageado é Deus e não os ouvintes. Se o culto é um presente a Ele, devo oferecê-lo como Ele deseja. Ë assim que fazemos quando presenteamos a alguém.
b) A parte principal do culto não é a música, as apresentações que possam existir ou falatórios bonitos, mas a adoração espiritual a Ele. O culto também não é primordialmente evangelístico, mas para adoração. E o AT mostra-nos isto claramente. O templo de Jerusalém não possuía o aspecto evangelístico que hoje estamos querendo colocar em nossos cultos. Os pagãos deveriam assistir os cultos no templo, e impressionados com a grandeza, misericórdia e poder de Jeová, se converteriam a Ele e passariam também a adorá-lo com os israelitas.  Talvez hoje, o nosso culto seja tão fraco no evangelismo por este motivo: estamos apresentando excelentes conjuntos, lindos sermões, mas nunca a adoração verdadeira que o Criador merece. Palavras ou música não transformam ninguém, se antes a Pessoa do Criador não for apresentada.

COMO OBSERVAR ESTE MANDAMENTO?

1-  Jamais devemos fazer deuses fundidos, isto é, construir deuses ou imagens divinas através do processo de fundição. Êxo. 34.17.
a)  também são proibidas imagens de seres vivos, como animais, homens ou mulheres. Deut. 4.15-18.  Israel chegou a usá-las. I Reis 12.28-31.
2-  Os passos que nos levam à idolatria não começam quando fundimos deuses, mas quando às costas a Deus. Lev. 19.4. Portanto todos nós somos, em potencial, idólatras. Para não cair  neste pecado, precisamos vigiar sempre, procurando desenvolver um relacionamento genuíno com Jesus a cada dia.
3-  Jamais devemos reverenciar as estrelas, o sol e a lua. Deut. 4.19-20.
A astrologia (arte metafísica de adivinhar por meio de astros)  não tem nenhuma ligação com a astronomia (ciência moderna e avançada que estuda a constelação física das estrelas e o universo em geral). A astrologia não tem nenhuma base científica.
4- O casamento misto (cristão com incrédulo) pode nos levar à idolatria.
a)  Na vida a dois, pela associação diária, o cristão vai perdendo seus valores e conceitos espirituais. Perde a noção do certo e do errado, e facilmente passa a adorar coisas e idéias contrárias ao primeiro mandamento.
b) O incrédulo é incrédulo porque vive para este mundo e ao que ele oferece. Não deseja viver conforme as expectativas de Deus. Valoriza então como seu deus o dinheiro, os prazeres do mundo, a posição, etc. O cônjuge cristão poderá facilmente passar a adotar esses princípios errados em sua vida também.
c)  EX- os filhos de Sem, as filhas de Ló, os israelitas, Sansão- todos estes são exemplos desta verdade bíblica.
d) “Ligaram-se matrimonialmente com os cananeus, e a idolatria espalhou-se como uma praga por toda a terra”. Patriarcas e Profetas, pág. 582. Salm. 106. 34-40.
5- As associações, convivência com incrédulos e mesmo acordos de todos os tipos podem levar o cristão ao mesmo nível do cônjuge casado com um incrédulo. Os motivos acima citados são válidos para ambos os casos. 
a) Israel, quando entrou em Canaã associou-se aos cananeus em vez de destruí-los. Com o tempo tornaram-se piores do que os ímpios cananeus.
1-  Ezequiel traz uma nova dimensão a este mandamento, dizendo que ele deve ser observado no coração. Ezeq. 14.1-11.
a)  os deuses do coração não são visíveis, passivos de disciplina da sociedade, ou da igreja, mas certamente nos desviam do Senhor e contaminam o pensamento e a vida cristã, tanto quanto os ídolos visíveis o fazem.
6- Jamais devemos aceitar adoração humana.
a)  Paulo e Barnabé guardaram este mandamento, sobretudo quando não aceitaram serem adorados pelos homens e mulheres de Listra. Atos 14. 8-18.
7- A conversão deve levar o novo crente a abandonar os ídolos e os ritos e livros de magia, que também fazem parte da idolatria.
a)  Paulo levou os efésios a este ponto quando os evangelizou. Atos 19.18-19.
b) Deus deseja nossa conversão das ferraduras, dos pés de coelhos e de todas as outras formas de superstição, projeções humanistas e idolatria.
8- Buscar primeiro o reino de Deus, antes de todas as demais coisas. Mat. 6.33.
a)  No sermão do monte, Jesus, o grande doador e intérprete da Lei, mostrou como observá-la. E o capítulo 6 de Mateus nos mostra como Ter a Deus em primeiro lugar em nossa vida, e como não possuir outros deuses além dEle.
b) A comunhão pessoal, a santificação diária, e a dedicação a Seu serviço nos educarão a colocá-Lo sempre em primeiro lugar em nosso viver. E nossa visão será desviada das coisas materiais e temporais (trabalho, dinheiro, sobrevivência, status, posições e riquezas- deuses naturais do coração humano) para Ele, nosso Criador, Redentor e Deus.

CONSEQÜÊNCIAS DE NÃO OBSERVARMOS ESTE MANDAMENTO.

1-  Maldito e abominável a Deus será, e o povo dirá amém. Deut. 27.15.
2-  Castigo, exílio, vergonha e destruição total desta vida. Quem não toma cuidado com a idolatria visível ou invisível, mais cedo ou mais tarde terá sua vida destruída como conseqüência natural de seu pecado. Perderá tudo o que conseguiu para sua prórpia destruição. (Dinheiro, emprego, imóveis, móveis, posições, fama, prazeres, e pode ser que até mesmo a família, a saúde e a vida).
a)  Israel (as 10 tribos). Todos os reis de Israel tanto toleraram a idolatria com incentivaram-na no país, e alguns, como Acabe, casaram-se com mulheres de outras nações, idólatras, para que sua idolatria fosse completa. Sua principal forma de idolatria eram os postes-ídolos e árvores ao lado do altar ou colunas. Resultado: bem mais cedo do que Judá, em 722  A.C. Israel foi invadido, levado cativo e praticamente destruído pelos assírios. Nunca mais as 10 tribos do norte figuraram em algum lugar como uma nação independente. Muitos foram mortos, muitas famílias foram destruídas ou separadas para sempre, além do que entraram num sincretismo religioso do qual nunca mais se separaram.
b) Judá. Houve os chamados reis maus, que fizeram o que Deus não queria e ainda apoiaram a idolatria; os reis bons, que fizeram o que Deus queria, mas toleraram a idolatria; os reis excelentes, que fizeram o que Deus queria e ainda derrubaram os lugares altos e proclamaram reformas no meio do povo- Ezequias e Josias. Resultado: demoraram bem mais tempo do que Israel para irem ao cativeiro, mas ele veio, em 605 e depois definitivamente em 586 A.C., quando Jerusalém foi destruída, o belíssimo templo de Salomão virou cinzas e todo o povo, a não ser os inválidos da sociedade foram deportados para a Babilônia. Mas, devido a esta relativa devoção, Deus ainda lhes deu nova chance de continuarem sendo Seu povo, e de cumprirem Seus desígnios.
c)  Depravação total do caráter. EX- os cananeus, nos servem como exemplo de tudo o que acontece com os povos idólatras do mundo.
- Tornaram-se semelhantes aos deuses que adoravam. Sal. 115.8. Tornaram-se então sanguinários, cruéis, sensuais, promíscuos e desenfreados.
- Baal, e Astarote, sua esposa, eram seus principais deuses. Os Baalins eram imagens de Baal. Asera era um poste sagrado, cone de pedra, ou um tronco de árvore, que representava a deusa.
- Os “Lugares Altos”, como já vimos seu principal lugar de adoração, continham imagens e placas ornamentais de Astarote, exibindo, grosseriramente exagerados, os órgãos sexuais, destinados à provocação de desejos sexuais.
- Seus sacerdotes, escolhidos a dedo e muito honrados e venerados, eram homossexuais, sodomitas e prostitutas.
- Haviam as sacerdotizas e sacerdotes que viviam para estas funções. Os cananeus eram povos agrários, e dependiam totalmente da chuva, do sol e dos campos para viverem. Por isto, cultuavam Baal, seu maior deus, mantendo relações sexuais com as sacerdotizas. Ejaculavam seus espermatozóides na terra para que seu deus lhes enviasse a chuva e a fertilidade que precisavam, tanto na agricultura como no casamento.
- Havia também o costume de, quando a menina tivesse sua primeira menstruação (menarca), era levada ao templo para oferecer sua virgindade a serviço dos deuses, sendo usada sexualmente pelos homens que iam ao templo para adorar. Algum tempo depois voltava para seus pais para seguir sua vida normal.
- O menino, ao atingir a idade de 12 anos, era feito “efebo” de um homem adulto, que bem poderia ser casado ou não. Acreditavam que tendo relações homossexuais com homem mais velho, e andando com ele, o menino desenvolveria suas capacidades naturais, amadureceria para as responsabilidades futuras, e sua masculinidade seria fortalecida. Portanto, era muito comum os homens serem bissexuais.
- Em muitas oportunidades o filho primogênito poderia ser sacrificado aos deuses. A Baal; quando se ia construir uma casa, cujo corpo da criança era metido no alicerce, a fim de trazer felicidade para o resto da família; e outras ocasiões de agradecimento.
- Por isto não nos choca a idéia de Deus em destruí-los completamente.
FONTE: Manual Bíblico, H.H. Halley pág. 129. Editora Vida Nova.
3-  A idolatria, além de cortar nosso relacionamento com Deus, nos deprava tanto que nos tornamos covardes e incapazes diante dos desafios da vida.
- foi o que ocorreu com os israelitas no tempo dos juízes. Não tinham coragem nem força de enfrentarem seus inimigos em nome do Senhor. ( Leia todo o capítulo “Os Primeiros Juízes”  do livro Patriarcas e Profetas, Ellen White, CPB).
4- A idolatria dos pais certamente afetará o caráter dos filhos, levando-os também às mesmas conseqüências.
a) Israel: “... os pais haviam preparado o caminho para a apostasia de seus filhos. O desacato às instruções do Senhor disseminou sementes de males, as quais continuaram a produzir amargos frutos por muitas gerações”.  Patriarcas e Profestas, pág. 583.
5- Perda desta vida, como da vida eterna. I Cor. 6.9-10.
a) EX- o jovem rico: perdeu suas riquezas na destruição de Jerusalém, bem como sua salvação eterna.  Desejado de Todas as Nações, pág.

CONSEQÜÊNCIAS POSITIVAS PARA QUEM OBSERVAR ESTE MANDAMENTO.
1.     Deus concede Sua eterna misericórdia a quem observa este mandamento. Êxo. 20.6.
2.     Sua misericórdia renova-se a cada dia sobre o fiel. Joel 2.12-13.
3.     O fiel torna-se santo, puro e semelhante ao Criador. Deut. 4.15-19. EX- Gideão, Josias, Ezequias e Daniel e seus 3 amigos.

APÊNDICE
PORQUE O HOMEN FAZ IMAGENS DE DEUS? Porque é tão natural para o homem fazer projeções da divindade? Como explicar a idolatria em todas as épocas, em todas as civilizações e em todos os homens no mundo? Por que o homem não se dá por satisfeito só com Deus?
ü      Deus é invisível, mas as imagens são visíveis. Através do visível, o homem busca segurança. Psicologicamente é muito mais fácil dominar o visível do que o invisível.
ü      Um deus visível pode ser alterado, modificado, manipulado. E o homem que cria uma imagem mais cedo ou mais tarde  vai abandoná-la. Como este deus é impessoal, é fácil desistir dele pois não há relacionamento, e sem relacionamento não há compromisso.
ü      Como as imagens podem ser manipuladas, fica confortante a idéia de mudar meu deus segundo minhas aspirações e planos egoísta. Na verdade, a religião do idólatra é SEU PRÓPRIO EU.

PODEMOS USAR FIGURAS, ILUSTRAÇÕES VISUAIS PARA REPRESENTAR AS LIÇÕES DA BÍBLIA?
ü      Não há qualquer problema, desde que estas ilustrações não estejam desvinculadas com a mensagem bíblica, e que não sejam encaradas  como “realmente foi assim que ocorreu”, ou que sejam usadas para veneração.
ü      Deus Pai e Deus Espírito Santo jamais devem ser representados graficamente por meio de imagens, pois Ele não podem ser concebidos pela mente humana, e fazê-lo, diz o segundo mandamento, é pecado. Jesus pode ser concebido porque tomou a forma humana, e nesta dimensão podemos até representá-lo. Mas jamais pensarmos em Sua forma divina.
ü      As ilustrações devem ser usadas com fins educativos, para que a exposição da verdade fique mais fácil e atraente para o ouvinte.
 Fonte: A ética dos 10 mandamentos.

APELO: DEUS É INCOMPARAVELMENTE E DEUS. É ESPÍRITO E IMPORTA QUE ASSIM SEJA ADORADO-  João 4. 20-24.
FONTE: A ética dos 10 mandamentos, H.U.Reifler, Vida Nova 

Pr. MARCELO AUGUSTO de CARVALHO SP 1997

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A única forma de amar


 
EXODO. 20.3- “Não terás outros deuses diante de mim”.

 AS ABELHAS IJ 84. 347
* As abelhas operárias nascem, secam suas asas e já começam a trabalhar. Cada uma tem a sua tarefa. Algumas são enfermeiras, outras faxineiras, condicionadoras de ar, e outras ajuntam o néctar para fazer mel.
Incrível é que, uma vez tendo começado a trabalhar, nunca mais param por toda sua vida! Não pegam férias, nem mesmo um relax no fim de semana.
Quando não podem trabalhar fora da colméia, trabalham dentro ajudando a manter o lugar limpo e fazendo outras obrigações.
As abelhas são, no entanto, máquinas incessantes que não saberiam o que fazer com tempo livre. Tudo isto porque? Ela tem apenas um propósito na vida: SERVIR A RAINHA.
Seu senso de adoração é tão absurdo que trabalham sem parar (com exceção da noite) do nascimento até morrerem.

O centro de nossa vida também é adorar. Somos adoradores compulsivos.
Dizer isto a um cristão é meio confuso porque em nossa cabeça, adorar é apenas quando montamos um altar e ali oferecemos dádivas ao deus que reverenciamos.
Mas a Bíblia enxerga o assunto bem mais amplamente.
Cada minuto de nossa vida, tudo o que fazemos, cada desejo, gosto, vontade, trabalho e objetivo tiveram um motivo: QUEREMOS ADORAR.
A grande pergunta é: QUEM OU O QUE ADORAMOS? VÁRIAS COISAS.
-Alguns adoram os FILHOS, TRABALHO, CASA, O DINHEIRO, O STATUS SOCIAL, A FAMA, A BELEZA PRÓPRIA, A SENSUALIDADE, O JOGO, ARTISTAS, JOGADORES etc.
Tudo isto revela o centro de nossa adoração: NOSSO EU.
- Adoramos todas estas coisas pois na verdade elas SATISFAZEM nossos desejos e natureza. Por isto as usamos para saciar nossa sede de adoração.

Mas aí vem Deus, e coloca como início de Sua Lei, o ponto central de nossa existência: Você precisa rever sua adoração para que possa ser feliz.

Este mandamento ensina que:
1.     Deus existe e que decidiu revelar-Se.
2.     Não dará Sua glória a nenhum outro deus, ou Sua honra a imagens de escultura.
3.     Nada menos do que a totalidade de nossas vidas deve estar sob o senhorio de Deus.
4.     Deus quer, só, Ter a preeminência em Seu povo e exercer Seu direito em plena medida.

ABRANGÊNCIA.
1.     A idolatria é um declínio para a anormalidade, e não um estágio anterior que gradualmente e com dificuldade é superado.
2.     Deus condena qualquer tipo ou nível de idolatria, visível ou invisível: alveja o:
§         Ateísmo: não precisamos de nenhum Deus, em vez de necessitamos de Deus;
§         Politeísmo: precisamos de muitos deuses em vez de precisamos de somente de um Deus vivo e poderoso sobre todos;
§         Formalismo: precisamos apenas de uma religião formal , em vez de precisamos de uma fé viva, que ama, teme e serve ao Senhor de todo o coração, corpo, espírito e alma.
§         Não devemos nem nos lembrar dos nomes de outros deuses, nem sequer pronunciá-los. Para os judeus, usar o nome de uma pessoa significa relacionar-se e identificar-se com ela. Êxo. 23.13.
§         O casamento misto leva à idolatria. O parceiro pagão leva o cristão, mais cedo ou mais tarde, à quebra do primeiro mandamento. Êxo. 34.15-17.
§         A feitiçaria e a astrologia são formas diretas de idolatria. Tanto no aspecto visível- fetiches, deuses de madeira, pedra, bronze, prata, ouro, cartomantes, médiuns, como invisíveis- imagem humana, “ídolos do esporte, tv etc.”, glutonaria, honra, prestígio, influência, ambição, domínio, sabedoria humana, posição, atitudes, pensamentos, orgulho, avareza ou riquezas idolatradas.   Col. 3.5
§         Portanto, quebrar o primeiro mandamento significa cultuar qualquer coisa visível ou invisível, exterior ou interior, pessoal ou impessoal. Só Deus merece essa afeição.

CONSEQÜÊNCIAS DA QUEBRA DO MANDAMENTO.
1.     Separação espiritual de Deus, e perda dos privilégios espirituais de ser parte de Seu povo. EX- a história de Israel passa-se entre a verdadeira adoração a Jeová e sua apostasia ante os deuses cananeus. Êxo. 32.7.
2.     No AT o idólatra perdia a vida, por apedrejamento. Deut. 13. 6-9.
3.     Muitas penas e vergonha. Sal. 97.7.
4.     Para os profetas, as conseqüências da idolatria eram: pestilência, morte, fome, rejeição, deportação, pragas, e a separação da comunhão com o Senhor.

COMO GUARDAR O PRIMEIRO MANDAMENTO?
1-  Confiar na suficiência de Deus.
O GANSO PATOLA IJ 86 248
* O ganso-patola é uma bela ave branca com extremidades pretas nas asas.
Vivem em colônias nos EUA e na Inglaterra. Tem hábitos curiosos: se acasalam por toda a vida com a mesma companheira, que é escolhida com muito cuidado. É muito bom no vôo, mas não consegue decolar de uma posição estável; por isto vai até o penhasco mais próximo e se atira sobre o ar, alçando vôo.
Também é um hábil pescador. Como ambos os olhos estão na frente da cabeça, pode enxergar 1 peixe nadando na água de uma altura acima de 120 metros. Mergulha na água e por alguns segundos persegue e captura. seu almoço
Mas o que mais nos chama a atenção é a fé de seus filhotes em seus pais.
Fazem seus ninhos em colônias, voltando a eles a cada ano. Após a postura dos ovos, tanto o macho como a fêmea incubam os ovos. Ao nascerem, também ambos caçam para alimentarem os filhotes que, sempre esperam já de boca aberta a volta dos pais com a comida. Quando chegam, os pais abrem o bico, e os filhotes enfiam a cabeça ali e comem o peixe agora vomitado.
§         Nós não precisamos de outros deuses, porque podemos confiar na suficiência de Deus.
§         Não temos motivos para querer outros deuses ou precisar deles.
§         Jeová nos é suficiente. Podemos confiar e esperar nEle.
§         Se temos um problema para resolver, uma decisão a tomar oramos, pedindo sua direção.  I Ped. 5.7
§         Para aquele que crê na suficiência de Deus, restam apenas palavras de gratidão e louvor. I Reis 8.23.
2-  Ser fiel a Deus.
- Através de nossa fidelidade a Ele dizemos ao mundo e ao universo: Deus é o nosso Senhor e ninguém mais, nenhum homem, nem Satanás, nem a religião, nem a superstição ou os prazeres do mundo, e nem eu mesmo posso sê-lo.
EX- Daniel em Babilônia.
3-  Adorar ao Senhor. (Como Ele deseja e não como eu gosto de fazê-lo).
§         A adoração e a comunhão são o ponto central da religião. Em toda a história de Israel sempre foi este o ponto central da mensagem dos profetas e do erro dos israelitas. E no final dos tempos, o foco da mensagem dos 3 anjos de Apocalipse 14 é justamente “Temei a Deus e dai-lhe glória, e adorai aquele que fez tudo”.  * CAIM: Deus deseja ser adorado da forma como está explícita em Sua Palavra. Ele merece respeito. Da forma certa, no dia certo, com o motivo certo.
§         Cultivar conscientemente Sua adoração nos guarda do mal. Os cananeus e demais nações pagãs se envolveram numa cultura de pecados por causa de sua imensa idolatria. EX- os cananeus:
§         O perfeito louvor mantém o desenvolvimento espiritual. EX- numa época de profunda frieza espiritual, Ana e Elcana mantiveram viva sua fé pela adoração fiel. I Sam 1.3.
4-  Amar o próximo. Mat. 22.37-40.
ALBERT SCHWEITZER  IJ 83 20
* Nascido a 14 de janeiro de 1875, em Alta Alsácia, Alemanha, sua infância religiosa o impregnou com o seguinte pensamento: SER UM CRISTÃO É SEGUIR OS PASSOS DE JESUS.
E para ele, tais passos o levavam a sonhar em salvar a ÀFRICA para Cristo.
Quando era simplesmente o Diretor  do renomado Colégio São Tomás, deixou tudo para trás para servir a Cristo.
Nos 30 anos de sua vida, já havia sido filósofo, músico, pastor e escritor internacionalmente famoso. Mas agora dizia: Quero ser médico, de modo que possa trabalhar sem ter de falar. Quero mostrar às pessoas amor, e não apenas falar-lhe sobre o amor.
Seus amigos tentaram demove-lo da idéia, mas em vão.
Assim, por 50 anos, Albert trabalhou em LAMBARÉNE, África, mostrando às pessoas o amor de Deus. Construiu ali 1 hospital e 1 colônia de leprosos, além de ganhar milhares de pessoas para o Reino dos Céus.

- Cristo mostrou que amar a Deus é não adorar outros deuses. Mas só isto não basta. Ele mostra que esse amor não pode ficar só na direção horizontal. Deve ser estendido também na direção horizontal, para o próximo.
5-  Adorar a Jesus.
- Jesus mostrou-nos mediante suas tentações no deserto que, jamais devemos adorar pessoas influentes, ídolos humanos, mesmos que tenham dado uma valiosa contribuição à pátria, mas somente Ele merece tal adoração, pois nos criou e nos redimiu.
Fonte:A ética dos 10 mandamentos

POR QUE PRECISAMOS ADORAR A DEUS?
1- Quando estamos longe de Deus, começamos a morrer. Longe do Criador- o Mantenedor da vida- morremos em todos os aspectos de nossa existência.
EX- O SOL-  se o sol fosse “desligado” por poucos segundos, simplesmente haveria um caus total em nosso sistema solar, principalmente em nosso pequeno planeta. Tudo o que ocorre aqui na Terra depende do sol. Ele tanto é a fonte de energia para manter os seres vivos vivos, como também controla o movimento do planeta e os infindáveis siclos de ações no ecossistema da Terra. Sem Deus nossa vida também fica assim, desolada por completo.
2- Longe de Deus, nos tornarmos pessoas totalmente depravadas e corrompidas, pois deixamos de crescer à Sua imagem.
* Incrível é constatarmos que num mundo onde milhões de pessoas sofre por meio  de doenças, pobreza, miséria, falta de saneamento básico, analfabetismo, pestes, etc., muitas outras pessoas gastam milhões de dólares com moda, divertimentos, passeios, e vícios.
- Um exemplo deste desperdício é o florescente mercado dos cães. Em 1974 os americanos gastaram mais dinheiro para alimentarem cães dos que em alimentos para bebês.
- Em 1976, o mercado americanos tinha 23 milhões de cães (1 para cada 9 habitantes) foi avaliado em 40 bilhões de dólares (quase a metade da nossa dívida externa).
- Este mercado altamente lucrativo conta com todas as comodidades necessárias para que a vida dos cães seja mais “humana” possível.
- Pasme: nos EUA são gastos por ano 800 milhões de dólares em banheiras adequadas para cães, pijamas, finos suéteres adornados com golas de “vision” e outras prendas caninas.
- No Brasil, que possui 1 cão para cada 12 habitantes, está despontando como o paraíso das butiques para cães.
- Em Los Angeles, EUA, um psiquiatra abriu um consultório psicanalítico para cães, onde não faltam o divã, música ambiente e os arquivos com a história clínica de cada “cliente”.  Os tratamentos para curar ansiedades, complexos de depressão, frustrações ou agressividades nos cães, duram 6 sessões de 45 minutos cada uma e custam 380 dólares!
APELO: PRIORIDADE. Deus não quer que separemos um tempo por dia para Ele. Também não quer ser lembrado nas datas especiais. Nem tão pouco ser convidado a estar em nossa vida. Deus quer o único lugar que Ele merece em nossa vida; O TRONO DA ALMA. Quer EXCLUSIVIDADE. Ser o ÚNICO.
Ou Ele é ÚNICO, ou não será mais nada para nós. Que lugar dará você ao Senhor?
PENSAMENTOS
Ø      Pode haver adoração sem palavras. James Lowell.
Ø      Os homens só começam a crescer quando começam a adorar. Calvin Coolidge.
Ø      Há mais restauradora alegria em 5 minutos de adoração do que em 5 noites de folia. A W Tozer.
Ø      A verdadeira adoração exalta a Deus, colocando-o em Seu devido lugar em nossas vidas. Anônimo.
Ø      Os homens carnais contentam-se com o “ato” de adoração; eles não têm  desejo de comunhão com Deus. John Everett.
Ø      O homem que tenta diminuir a glória de Deus, recusando-se a adorá-lO, é como um lunático que deseja apagar o sol, escrevendo  a palavra “escuridão” nas paredes de sua cela. C.S.Lewis.
Ø      As nossas mentes são constituídas de tal forma que não podem, ao mesmo tempo, concentrar-se no Senhor e fixar-se no casaco novo ou chapéu para o próximo inverno. A W Pink.
Ø      Orar é menos do que adorar. Clarence Walworth.
Ø      Muitas vezes, a postura na adoração é nada mais do que impostura. Thomas Watson.

FONTE: A ética dos 10 mandamentos, H.U.Reifler, Vida Nova 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho Registro 05/03/2003

domingo, 29 de julho de 2012

Escolhendo a Metade da Sua Laranja


1. Introdução

1.1 As três grandes decisões na vida
– A vida é feita de decisões, estamos sempre a escolher, entre possibilidades, entre pessoas, entre situações, entre comportamentos, entre valores, entre interesses… e tudo isto nos parece às vezes, arriscado, complicado e difícil. No entanto a vida nos parecerá mais simples se reconhecermos que há apenas três grandes decisões na vida; três decisões fundamentais, que vão orientar todas as demais decisões e escolhas. São elas:
• Que lugar darei a Deus na minha vida? – Esta é certamente a decisão mais importante de todas. Se compararmos a vida à construção de uma casa, esta seria o alicerce. O lugar que damos a Deus, e não somente o fato de acreditarmos que Ele existe, vai determinar toda a direção da nossa construção.
• Que orientação profissional escolherei? – Que vou fazer com os meus talentos, capacidades, aptidões? Hoje mais do que nunca o jovem é confrontado com a necessidade de especificar a sua área de ação e fazer para ela a formação adequada se quer ter êxito na sua atividade. Atividade que possibilitará a sua subsistência mas também contribuirá para o desenvolvimento da sua personalidade para a realização do seu potencial.
• Com quem partilharei a minha vida? Que pessoa escolherei para formar a minha família? Esta é também uma questão determinante, sobretudo para o crente. E. White diz que alguns com o casamento selam a sua salvação ou a sua perdição (procurar citação). Sendo assim tão importante esta escolha não devemos fazê-la de olhos fechados acreditando na sorte ou no destino. Para que o casamento não seja a tal “carta fechada” é preciso conhecer e tomar como referência alguns critérios para escolher com inteligência e responsabilidade, não deixando que os sentimentos sejam únicos soberanos nesta escolha, porque o “amor cego” é realmente aquele que, sendo irresponsável, não quer ver.

2. Critérios de seleção

2.1 Porque escolhemos quem escolhemos
De todos os tempos os seres humanos se têm questionado sobre as razões das escolhas amorosas. Porque escolhemos uma pessoa e não outra? Porque nos sentimos atraídos para uma determinada pessoa, enquanto outra pessoa nos deixa indiferentes? Parece que muito dessa escolha é inconsciente; os estudiosos têm tentado desvendar as motivações gerais, inconscientes das escolhas amorosas e dão um bom leque das mesmas, das quais consideraremos algumas:
a) Teoria Evolucionista ou Bio-lógica. Segundo esta teoria os humanos selecionam parceiros que garantirão a sobrevivência da espécie. Está neles subjacente a preocupação, inconsciente, da reprodução da espécie. Assim os homens escolhem mulheres jovens, belas e saudáveis, pois estas têm as condições ideais de boas reprodutoras. Enquanto que as mulheres selecionam parceiros com boa situação econômica, que garantam a subsistência da prole, com capacidade de dominar outros machos e trazer para casa o maior “quinhão da matança”. O domínio masculino assegura a sobrevivência do grupo familiar.
b) Teoria da Permuta. Segundo esta teoria selecionamos parceiros que tenham as qualidades que nos faltam e vice-versa. Quando estamos à procura de alguém, consciente ou inconscientemente, observamo-nos mutuamente com a frieza com que um executivo analisa um negócio, neste caso, o que se avalia é a atração física, o nível financeiro e social, os diversos traços de personalidade, como a bondade, a criatividade e o sentido de humor. Com a velocidade de um computador somamos o total de pontos, um do outro, e se os números são aproximadamente equivalentes a campainha soa e a transação tem início.
c) Teoria do Modelo Interior. Esta teoria tem que ver com as figuras parentais interiorizadas. Diz que procuramos sempre alguém que tenha as características predominantes das pessoas que nos criaram. Procuramos, também, pessoas que satisfaçam as nossas necessidades fundamentais não plenamente satisfeitas pelos nossos pais. Trata-se de uma tendência para recriar o ambiente da nossa infância a fim de curar velhas feridas que permaneceram abertas.
d) Teoria da Persona: Aqui o fator mais determinante na seleção do parceiro é a maneira como um candidato em potência aumenta o nosso amor – próprio.
Cada um de nós tem uma máscara, uma “persona” que é a face que mostramos ao mundo. A nossa escolha recai na pessoa que dá ênfase a essa auto-imagem.
e) Expectativas de realização Pessoal: Segundo esta teoria enamoramo-nos da pessoa que pressentimos ter qualidades e condições que nos permitam a realização das nossas capacidades pessoais, ou que tenham elas qualidades que temos mas não pudemos desenvolver e que de alguma maneira a vamos desenvolver através delas, vivendo a sua realização como se fora nossa.
f) Predestinação : Teoria da alma gêmea, a qual me está destinada, por Deus ou pelos astros, desde a criação do mundo. Só que quando as coisas não vão bem, especialmente no casamento, alguns deduzem que se enganaram e continuam buscando a alma gêmea.
Será que Deus escolhe para nós algo sem nós? E logo numa coisa tão importante?
Ainda que cada uma destas teorias seja insuficiente para desvendar todo o mistério da atração amorosa, certamente que cada uma tem uma parte da verdade. Assim, mais recentemente, os especialistas organizaram e resumiram todas estas teorias em três grandes critérios gerais:
2.2 Três critérios gerais
1º- Homogamia – Segundo este critério a atração amorosa é determinada pelo fato de que os dois parceiros têm os mesmos valores e objetivos de vida, acreditam nas mesmas coisa, têm os mesmos gostos, as mesmas aspirações, e os mesmos interesses. Está baseado no principio comportamental de que “ Os semelhantes atraem-se…”
No critério por homogamia os parceiros satisfazem-se, mutuamente, no seu intercâmbio ao ponto de quererem reforçar e continuar essas relações. A relação amorosa é então resultado de experiências positivas feitas um com o outro.
2º- Heterogamia – Como o próprio nome indica este critério de escolha é baseado na diferença. A atração amorosa é determinada pelo fato de que cada parceiro ama no outro a necessidade inversa, complementar da sua. Está baseado no principio de que “Os opostos atraem-se…”
Exemplos: Alguém que sente a necessidade de proteger, sente-se atraído por outro que sente necessidade de proteção. Alguém que necessita de dominar será atraído para alguém que tem necessidade de ser dependente, etc.
3º- Compatibilidade – A compatibilidade é o acordo de características individuais combinadas de maneira a que os cônjuges (ou namorados) recebam benefícios mútuos. A questão coloca-se em termos de personalidade global e não segundo uma lista de necessidades comparadas.
Aqui o êxito da relação é diretamente proporcional ao grau de compatibilidade, quanto maior compatibilidade maior satisfação e maior realização do casal. Esta compatibilidade consiste numa dosagem delicada e única de semelhanças e diferenças.
2.3. Fatores específicos a considerar
Sem negar que possa haver algo de inconsciente nas nossas escolhas amorosas, temos no entanto a certeza que nenhum ser humano é joguete nas mãos de forças que não pode controlar. Uma maneira de controlar essas forças e ser autor e ator da sua própria história, é refletir, analisar e escolher de maneira responsável usando todos os recursos de que dispõe, inteligência, informação, sensibilidade, responsabilidade, fé e outros.
Proximidade espacial – algo que não devemos esquecer é que geralmente escolhemos pessoas que estão dentro da nossa esfera de vida, que já encontramos, observamos, comunicamos etc. Embora possa ocorrer o fenômeno do “amor à primeira vista”, atração que se pode sentir por uma pessoa exterior ao nosso campo, durante um encontro fortuito. Também pode acontecer a atração por alguém não apenas fora do nosso espaço relacional como do existencial, o que é bastante menos frequente mas que pode acontecer; disso são exemplo Eduardo VII de Inglaterra que abdicou do trono por uma mulher plebéia, divorciada, com quem se casou, a Sª Simpson. Mas, à parte raros casos, escolhemos os nossos parceiros dentro dos nossos espaços de vida.
Vejamos então alguns fatores a considerar na escolha de parceiro(a) amoroso(a):
Etnia ou raça – Não por causa da cor da pele, do formato dos olhos ou outras características físicas, menos ainda, por qualquer complexo de superioridade ou inferioridade racial, pois como diz o apostolo Paulo, “Deus de um só fez toda a geração dos homens, para habitar sobre a face de toda a terra…” Atos 17:26, mas as diferenças por vezes muito grandes a nível da cultura, mentalidade e por consequência dos valores e comportamentos devem levar o jovem a ter muito cuidado na escolha de um parceiro de outra raça. Geralmente o amor que sentem um pelo outro no início não aguenta a pressão e o desgaste de diferenças que podem ser destabilizadoras, para além das pressões, geralmente exercidas, sobre eles pelas famílias e pela sociedade. Citação de E.white.
Origem Social – Ainda que a história esteja cheia de bons exemplos de casamentos com êxito entre pessoas oriundas de meios sociais diferentes, a experiência mostra também que, numa grande percentagem, a construção do casal se faz mais dificilmente. As diferenças entre as famílias de origem, dos valores e perspectivas fazem com que as grelhas de interpretação de ambos sejam, por vezes, tão diferentes que poderão quase parecer antagônicas. Não se trata de uma questão de valor pois como diz o livro de provérbios, “ O homem de classe alta e o de classe baixa, um e outro são vaidade”, mas de diferenças que tornam difícil a conjugalidade.
Cultura ou instrução - O mesmo é verdade, praticamente pelos mesmos motivos, no que diz respeito à diferença a nível da cultura ou instrução. As grelhas de interpretação das situações podem ser tão diferentes que torne quase impossível uma compreensão de base, necessária ao êxito da vida conjugal.
Idade – As grandes diferenças de idade são também um fator destabilizador pelas diferenças de experiências de vida, de interesses, muitas vezes de saúde, etc. Durante algum tempo a construção parece fazer-se normalmente mas chegará o momento em que a diferença de idade se tornará pesada e isso, na generalidade, com prejuízo para o parceiro mais jovem para quem a existência pode perder o brilho e tornar-se num fardo privando-o do apoio e companheirismo tão necessários ao seu desenvolvimento.
Religião – As diferenças religiosas são, certamente, das mais difíceis de conjugar e de transpor, dependendo da importância que as crenças têm para cada parceiro. Quanto mais seguras as convicções mais difícil o acordo com parceiro de convicções diferentes.
Apesar de todos os conselheiros desaconselharem casamentos mistos, a tendência a agir dessa maneira não pára de crescer. Estimativas indicam que 1 em cada 4 judeus casa com pessoa não judia. 2 em cada 4 católicos casa com pessoa não católica. 2 em cada 4 protestantes se casa com pessoa não protestante. A revista americana “Seventeen” inquiriu 200 adolescentes, raparigas, acerca da relação entre namoro e religião, 97% responderam que a religião não tem nada a ver com a escolha do namorado e 75% afirmaram que não poriam objeções ao casamento com pessoa de formação religiosa diferente da sua.
Muitas pesquisas têm indicado que aqueles que não têm religião estão expostos a maiores riscos que aqueles que professam uma fé. Nos casamentos em que apenas uma pessoa é religiosa, o divórcio e a delinquência juvenil são, geralmente, duas vezes mais elevados que entre os casamentos onde os dois parceiros partilham a mesma fé. Durante os períodos de namoro e noivado, o par que frequenta a igreja é mais bem sucedido, tem menos rompimentos e depois de casados, os casais que frequentam regularmente uma igreja, apresentam um grau mais elevado de satisfação matrimonial.
2.4 Consequências de casamentos mistos:
Conflitos sobre frequência à igreja: numa boa parte destes casamentos ou namoros o crente para evitar conflitos e decepções acaba por ir cedendo, primeiro reduzindo a frequência à igreja para se ajustar ao programa do descrente e depois acabará por ceder nos princípios e finalmente desistirá por considerar impossível conjugar as duas coisas, casamento e fé.
Conflito acerca da religião para os filhos: A maior causa de problemas é a educação religiosa dos filhos. Se os casais já não conseguem entender-se sobre questões religiosas, quando os filhos entram em cena tudo se complica ainda mais. A pergunta é: Daremos educação religiosa aos filhos? Em caso positivo, qual religião? Quando se é jovem a ideia de ser pai ou mãe é algo de muito longínquo, esta questão não parece pertinente, mas quando o momento de ser pai, ou mãe, chega, até a pessoa que aparentemente perdeu o interesse na religião antes, ou pouco depois, do casamento terá dificuldades em permanecer indiferente em relação à educação a dar aos filhos, e alguns descobrirão que as coisas que antes tinham perdido sentido para eles voltaram a tê-lo.
Conflitos com os sogros – As atitudes dos dois pares de sogros em matéria religiosa vem também à baila e contribui para o conflito matrimonial. Cada um estará observando e esperando para ver se o neto será criado na igreja “verdadeira”. Podem também sentir-se compelidos a pressionar os pais, tentando levá-los a ceder. E as crianças, joguetes nas mãos de uns e de outro, acabarão não se interessando por nada.

3. O Projeto de Deus

3.1 Um amor universal
Tanto no Antigo como no Novo Testamento, a Palavra de Deus é muito clara sobre este tão importante assunto:
“ O Senhor teu Deus, vai-te conduzir à terra, para onde te diriges, a fim de tomares posse dela. Ele vai expulsar muitos povos… Não faças aliança com eles, nem tu, nem teus filhos, nem tuas filhos. Pois, dessa forma, os teus filhos deixariam de me seguir e prestariam culto a outros deuses …” Deut.7:1-4 (Português corrente).
“Não se prendam aos que não têm fé. Pois que poderá haver de comum entre a fé e a descrença? Que ligação existe entre a luz e a escuridão? Que harmonia pode haver entre Cristo e o Diabo? Ou que colaboração pode haver entre um crente e um descrente? Que têm os falsos deuses a ver com o templo de Deus? é que nós somos templos do Deus vivo.” II Cor.6:14-16
É importante que compreendamos, jovens e menos jovens, que Deus não proíbe os casamentos mistos pelo fato dos crentes serem melhores pessoas do que os descrentes. Muitas vezes, é o contrário que se verifica. Também não devemos pensar que Deus ama mais os crentes do que os descrentes, que uns são queridos e outros, carne para canhão. Pessoas sensíveis podem, por vezes, sentir-se chocadas com aquilo que parece ser mais segregação religiosa do que outra coisa. Não se trata de uma preferência de Deus, mas de uma manifestação do seu amor e sabedoria. Deus ama todos os seres humanos de igual modo. Muitos dos que hoje somos crentes, já fomos descrentes e Deus amou-nos, e buscou-nos, e salvou-nos e continuará a fazer isso sem cessar a todos os outros, quase sempre através de nós, individualmente e como igreja.
3.2 Um projeto maravilhoso
Mas Deus tem projetos para os seus filhos e a associação com descrentes pode solapá-los completamente. Deus tinha um projeto para Israel, projeto que tinha como objetivo último, a salvação de todos os povos, incluindo a daqueles mesmos com quem Deus proibiu o seu povo de fazer aliança pelo casamento. O casamento é um mau e ineficaz meio de evangelização. Quase todos os que usaram este meio ficaram, uns frustrados e outros perdidos. Para Deus o problema reside não em que tragamos os descrentes para Ele, de todas as maneiras Ele vai procurá-los, mas em que eles afastem de Si os que já são crentes. Esta é a única razão apresentada por Deus. A experiência tem demonstrado que Deus tinha razão… Ou seja, a maioria dos que têm optado por essa decisão têm abandonado a fé, morrido espiritualmente e os que, apesar de tudo, permanecem vindo à igreja, não estarão mortos mas são cristãos em coma; a igreja não pode contar com eles, o seu investimento é mínimo. Diferente é a situação dos que se convertem estando já casados, em que a conversão de um confronta o outro, e pode ser positiva para os dois.
Deus tem um plano para cada filho Seu: que este realize todo o seu potencial humano, a nível intelectual afetivo e espiritual e que, pela graça de Deus, atinja, plenamente, a sua semelhança com Cristo, no caráter e no serviço, preparando-se, já aqui, para a eternidade. Ora o casamento é um dos meios providos por Deus para a realização desse plano. Pela natureza íntima e total dessa aliança, que implica partilha de corpos, vida, interesses e objetivos, o crescimento de um promove o crescimento do outro, como o movimento de duas rodas dentadas. No caso de um casamento com descrente é quase sempre este que condiciona o movimento da relação e, quase sempre, produz afastamento, desinteresse, tornando-se no maior e mais perigoso obstáculo da caminhada cristã. Como diz E.White Deus não quer que morramos.

4. A personalidade ideal

Não basta considerar os aspectos externos da escolha amorosa, a personalidade do eleito(a) é também muito importante. Dois jovens podem ser da mesma raça, do mesmo extrato social, terem cultura equivalente, pertencerem à mesma igreja e, ainda assim, não serem a escolha adequada um para o outro. A personalidade e as experiências de vida são muito importantes para uma escolha acertada.
4.1 Quatro características indispensáveis
Honestidade : capacidade de reconhecer suas forças e fraquezas, sua verdade, seus erros; pois só isso promove a superação e o crescimento.
Tolerância: Esta qualidade depende da primeira. Quando aceitamos os nossos fracassos estamos dispostos a aceitar também os dos outros, sem fazer disso um drama.
Capacidade afetiva: Capacidade para dar amor, carinho, apoio, entreajuda…
Maturidade: ser capaz de gerir frustrações e êxitos sem ficar nem exaltado nem prostrado, sabendo colher de cada situação todas as possibilidades que oferecem.
4.2 Dez fatores especiais considerados promotores de maturidade:
1- Pais felizes
2- Infância feliz
3- Ausência de conflito com a mãe
4- Disciplina doméstica firme mas não severa
5- Forte apego à mãe
6- Forte apego ao pai
7- Ausência de conflito com o pai
8- Pais de diálogo franco sobre sexo
9- Castigos pouco frequentes e suaves na infância
10- Atitudes pré-matrimoniais para com o sexo livres de aversão.
4.3 Três Critérios Indispensáveis
Face à escolha de um namorado(a) o crente deve referir-se a três parâmetros: 1) Os seus sentimentos ou enamoramento. Deve questionar-se: quem desejo? Quem amo? Quem quero? 2) A sua razão. Questionando-se: Quem será o meu companheiro? Quem será mãe/pai dos meus filhos? Quem partilhará comigo penas, alegrias, derrotas e vitórias? 3) A sua Fé, questionando-se: Qual é o projeto de Deus para mim? O que pensa Deus do meu eleito? É importante que consiga respostas positivas nos três domínios.

5. Quando começar a namorar?

Com que idade se deve começar a namorar? Esta é uma questão muitas vezes colocada pelos jovens, e nem sempre fácil de responder. Há dois tipos de idade: biológica e psicológica, física e emocional. A idade emocional é aquela que revela a maturidade, e é mais importante para o namoro do que a biológica. A idade emocional varia grandemente entre os jovens; alguns com 13 anos já são estáveis emocionalmente; outros com 18 anos ainda não o são. Alguns jovens de 18 anos agem como se tivessem 13, daí a dificuldade em responder a esta pergunta.
Um inquérito levado a cabo por um psicólogo americano, o Dr.Thomas Poffenberger, revelou que 13% dos alunos do ensino médio já tinham namorado aos 14 anos de idade. Revelou também que 5% já tinham namorado aos 12 anos e 95 aos 13 anos. Quando questionados sobre com que idade começar a namorar, 11% sugeriram que poderia ser entre os 13 e os 14 anos, 67% concordaram com a idade de 14 a 16 anos. Os demais acharam que não se deveria começar antes dos 17 ou 18 anos ou até mesmo depois.
Há 50 anos a idade aceitável para começar a namorar era aos 16 anos. Hoje começa-se mais cedo ainda que os casamentos se realizem muito mais tarde. O importante parece-nos ser que os jovens adolescentes desenvolvam muitas e boas amizades com jovens de ambos os sexos. Por isso, as famílias e as igrejas tem aqui um papel a desempenhar, e felizmente têm-no feito, em proporcionar atividades aos jovens a fim de que este espírito de camaradagem saudável, supervisionado por alguns adultos, se desenvolva e promova a maturidade indispensável para namoro.
Texto de autoria do Pr.José Carlos Costa
Fonte: Sétimo Dia

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Vídeos da Semana Jovem 2012

Para você que não pôde assistir via internet ou pelo Tv Novo Tempo a programação da Semana de Oração Jovem 2012, ainda pode assistir todos os videos da Semana aqui.


Sermão de Sábado





Sermão de Domingo





Sermão de Segunda-Feira





Sermão de Terça-Feira





Sermão de Quarta-Feira





Sermão de Quinta-Feira





Sermão de Sexta-Feira





Sermão de Sábado- Final


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