Mostrando postagens com marcador Sábado. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sábado. Mostrar todas as postagens

domingo, 25 de outubro de 2015

Deputado pede resguardo do sábado para policias judeus e adventistas


Deputado pede resguardo do sábado para policias judeus e adventistas
PL pede resguardo do sábado para policias adventistas

Um projeto apresentado na Assembleia Legislativa de Rondônia pede que as crenças religiosas sejam consideradas nas academias de Polícia Militar e Civil, para que judeus e adventistas consigam resguardar o pôr do sol da sexta-feira e aos sábados.

O projeto foi apresentado pelo deputado Alex Redano (SD) durante uma sessão ordinária. A ideia é que judeus e adventistas sejam dispensados do trabalho durante os dias sagrados sem computação de falta e penalizações.
Para seguidores das duas religiões o dia sagrado começa no pôr do sol da sexta-feira e encerra no pôr do sol do sábado. Nesse período eles não podem exercer nenhuma atividade.

“Sabemos que a liberdade de crença consiste na possibilidade que cada indivíduo tem de escolher a religião com que mais se identifica e seguir os seus dogmas ou de não seguir religião alguma”, afirmou o autor do projeto.
A ideia é garantir em lei que esses seguidores sejam dispensados de aulas, realizar exames e até mesmo trabalhar neste período. Redano ainda afirma que o ideal seria que a prestação alternativa de serviço fosse adotada pelas instituições públicas e empresas privadas.

O deputado estadual ainda propõe que a Câmara Federal crie um projeto para regulamentar os incisos VI e VII do artigo 5º da Constituição que determina “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei”. Com informações Folha Nobre, via Gospel Prime

sábado, 24 de outubro de 2015

Banho no Sábado



“Na sexta-feira deverá ficar terminada a preparação para o sábado. Tende o cuidado de pôr toda a roupa em ordem e deixar cozido o que houver para cozer. Escovai os sapatos e tomai vosso banho. É possível deixar tudo preparado, se se tomar isto como regra. O sábado não deve ser empregado em consertar roupa, cozer o alimento, nem em divertimentos ou quaisquer outras ocupações mundanas”. Ellen G. White, Testemunhos Seletos 3, 12

“No sexto dia deve-se fazer todos os preparativos necessários para o sábado. Todas as compras devem ter sido feitas, e todo o nosso cozinhar terminado, na sexta-feira. Seja tomado o banho, engraxados os sapatos e preparada a roupa”. EGW, Nos lugares celestiais, 151

Os textos de Ellen White orientam que toda preparação para o sábado deve ser concluída antes do por do sol. As tarefas de preparação dos alimentos, das roupas e a higiene devem ser feitas na sexta-feira evitando sobrecarregar o dia de sábado com afazeres cotidianos. Devemos porém, considerar que o banho na época de Ellen White era uma tarefa exaustiva. Grande parte das residências não possuía água encanada e serviços de esgoto. Era preciso buscar a água em baldes, aquecê-la para o banho e finalmente descartá-la. Muitas pessoas nem mesmo tomavam banho rotineiramente. Foi por isso que ela aconselhou: “Deve ser encarecido o valor do banho diário para promover a saúde e estimular a ação mental.” Educação, 200

As comodidades dos dias atuais permitem que tomemos banho diariamente sem dispender grande tempo. O que precisamos ter em mente é o princípio bíblico. Se for possível tomar o banho antes das horas do sábado e estar pronto ao por do sol, com certeza, a pessoa se sentirá mais confortável para desfrutar das horas sagradas.

Mas não haverá nada de errado em tomar um banho logo ao despertar, antes de ir para a igreja. Além disso devemos considerar o clima de cada região. Em locais muito quentes, as pessoas sentirão a necessidade de tomar banho com mais frequência e isso pode incluir as horas do sábado.

Via Centro White

Diretrizes sobre a Observância do Sábado




Propósito e Perspectiva


O principal objetivo deste documento sobre a observância do sábado é oferecer conselhos ou diretrizes aos membros da Igreja que desejam uma experiência mais rica e significativa de observância do sábado.  Espera-se que se produza um estímulo para uma genuína reforma quanto à guarda do sábado em âmbito mundial.

Conhecendo-se o fato de que a comunidade mundial de adoradores encontra numerosos problemas quanto à observância do sábado, originários de determinados contextos culturais e ideológicos, tentou-se tomar essas dificuldades em consideração.  Não pretende este documento abranger todas as questões relativas à guarda do sábado, mas apresentar princípios bíblicos e diretrizes do Espírito de Profecia que ajudem os membros da Igreja em seu esforço por seguir a orientação do Senhor.

Espera-se que os conselhos dados neste documento sejam úteis.  Em última análise, entretanto, as decisões feitas sob circunstâncias críticas devem ser motivadas pela fé e confiança pessoal no Senhor Jesus Cristo.

Sábado – Salvaguarda de Nosso Relacionamento com Deus

O sábado engloba toda nossa relação com Deus.  É uma indicação dos atos de Deus em nosso favor no passado, presente e futuro.  O sábado protege a amizade do homem com Deus e proporciona o tempo essencial para o desenvolvimento dessa relação.  O sábado esclarece a relação entre Deus e a família humana, pois aponta a Deus como criador numa época em que os seres humanos gostariam de usurpar a posição de Deus no universo.

Nesta era de materialismo, o sábado conduz homens e mulheres àquilo que é espiritual e pessoal.  São sérias as consequências de esquecer o dia do sábado para o santificar.  Esse esquecimento produzirá uma distorção e final destruição do relacionamento de uma pessoa com Deus.

Quando é guardado o sábado, ele torna-se testemunha do repouso que advém de confiar apenas em Deus como sustentador, como base de nossa salvação e como o fundamento de nossa esperança no futuro.  Como tal, o sábado é um deleite porque entramos no descanso de Deus e aceitamos o convite para comungar com Ele.

Quando Deus pede que nos lembremos do dia do sábado, Ele o faz porque deseja que nos lembremos dEle.

Princípios e Teologia da Observância do Sábado

1) Natureza e Propósito do Sábado.  A origem do sábado encontra-se na criação, quando Deus descansou de Sua obra no sétimo dia (Gên. 1-3).  O sábado tem importância como sinal perpétuo do concerto eterno entre Deus e Seu povo, a fim de que soubessem quem os criou (Êx. 31:17) e os santifica (Êx. 31:13; Ezeq. 20:12), e para que O reconhecessem como o Senhor seu Deus (Ezeq. 20:20).

2) O Caráter Singular do Sábado.  O sábado é uma ocasião especial para a adoração de Deus como Criador e Redentor, e como o Senhor da vida, com quem toda a família humana se reunirá por ocasião do segundo advento.  O mandamento do sábado forma o centro da lei moral, como o selo da autoridade de Deus.  Sendo que constitui um símbolo do relacionamento de amor de Deus com seus filhos terrestres, os seres humanos são obrigados a respeitar este dom no sentido de que farão o possível para promover e envolver-se em atividades que ajudem a estabelecer e reforçar um relacionamento duradouro com Deus.  Assim Seu povo se envolverá apenas em atividades voltadas para Deus e seus semelhantes, e não naquelas que se inclinam para a gratificação do próprio eu e dos próprios interesses.

3)  A Universalidade do Sábado.  A universalidade tem sua raiz na criação.  Dessa maneira seus privilégios e obrigações são vigentes para todas as nações, classes ou setores. (Êx. 20:11; 23:12; Deut. 5:13; Isa. 56:1-8).  A observância do sábado diz respeito a todos os membros da casa, incluindo as crianças, e estende-se até mesmo “ao estrangeiro que está dentro das tuas portas” (Êx. 20:10).

4) Os Limites do Tempo do Sábado.  Dados bíblicos: o sábado começa no final do sexto dia da semana e dura um dia, de anoitecer a anoitecer (Gên. 1; Mar. 1:32).  Esse tempo coincide com o tempo do ocaso do sol.  Nos lugares onde for difícil determinar exatamente a hora do pôr-do-sol, o guardador do sábado começará o sábado no final do dia, marcado pela diminuição da luz.

5) Princípios que Orientam a Observância do Sábado.  Embora a Bíblia não trate diretamente de muitas questões específicas que possamos ter atualmente quanto à observância do sábado, ela nos apresenta princípios gerais aplicáveis hoje (ver Êx. 16:29; 20:8-11; 34:21; Isa. 58:13; Nee. 13:15-22).

“A lei proíbe trabalho secular no dia de repouso do Senhor; o labor que constitui o ganha-pão, deve cessar; nenhum trabalho que vise prazer ou proveito mundano é lícito nesse dia; mas como Deus cessou Seu labor de criar e repousou no sábado, e o abençoou, assim o homem deve deixar as ocupações da vida diária, e devotar essas sagradas horas a um saudável repouso, ao culto e a boas obras.” (O Desejado de Todas a Nações, p. 186).

Esse conceito, entretanto, não apóia a inatividade total. O Antigo e o Novo testamentos nos convidam a cuidar das necessidades e aliviar o sofrimento dos outros, pois o sábado é um bom dia para todos, particularmente para os humildes e oprimidos (Êxodo 23:12; Mat. 12:10-13; Mar. 2:27; Luc. 13:11-17; João 9:1-21).

Contudo, nem mesmo as boas obras devem obscurecer a principal característica da observância do sábado, a saber, o repouso (Gên. 2:1-3).  Isso inclui tanto o repouso físico (Êxodo 23:12) como o espiritual em Deus (Mat. 11:28).  O último leva o observador do sábado a procurar a presença de Deus e à comunhão com Ele no culto (Isa. 48:13), tanto na meditação silenciosa (Mat. 12:1-8) como na adoração pública (Jer. 23:32; II Reis 4;23; 11:4-12; I Crônicas 23:30; Isa. 56:1-8).  Seu objetivo é reconhecer a Deus como Criador e Redentor (Gên. 2:1-3; Deut. 5:12-15), e é compartilhado pela família isoladamente e pela comunidade maior (Isa. 56:1-8).

6)  O Sábado e a Autoridade da Palavra de Deus.  Ellen White assinala que o mandamento do sábado é único, pois contém o selo da Lei de Deus.  Unicamente ele “apresenta não só o nome mas o título do Legislador.  Declara ser Ele o Criador dos céus e da Terra e mostra, assim, o Seu direito à reverência e culto, acima de todos.  Afora esse preceito, nada há no decálogo para mostrar por que autoridade a lei é dada” (O Grande Conflito, pp. 451-452).

O sábado, com sinal do Criador, aponta para Sua autoridade e direito de propriedade.  Uma significativa observância do sábado, portanto, indica a aceitação de Deus como Criador e Possuidor, e reconhece Sua autoridade sobre toda a criação, inclusive o próprio ser.  A observância do sábado baseia-se sobre a autoridade da Palavra de Deus.  Não há para ela outra razão lógica.

Os seres humanos têm a liberdade de entrar em relacionamento com o Criador do universo como um amigo pessoal.

Os guardadores do sábado podem ter de enfrentar resistências por vezes devido ao seu compromisso com Deus no sentido de santificar o sábado.  Para aqueles que não reconhecem a Deus como seu Criador, parece arbitrário ou inexplicável que alguém deixe seu trabalho no dia de sábado meramente por  motivos religiosos.  A observância significativa do sábado testifica do fato de que escolhemos obedecer ao mandamento de Deus.  Assim reconhecemos que nossa vida é agora vivida em obediência à Palavra de Deus.  O sábado constituirá uma prova especial no tempo do fim.  O crente terá de fazer uma escolha entre submeter-se à Palavra de Deus ou à autoridade humana (Apoc. 14:7,12).

A Vida no Lar e na Família e sua Relação com o Sábado

1) Introdução.  A vida doméstica é a pedra angular da apropriada observância do sábado.  Somente quando as pessoas observam o sábado conscienciosamente no lar e assumem suas correspondentes responsabilidades como membros da família, a Igreja como um todo revelará ao mundo as alegrias e privilégios do santo dia de Deus.

2) Diferentes Tipos de Lares.  No século XXI há vários tipos de lares; por exemplo, o lar onde há marido, esposa e filhos; o lar onde há marido e esposa sem filhos; o lar onde há apenas um pai (ou mãe) com filhos (onde, devido ao falecimento ou ao divórcio, o pai ou a mãe precisam atuar como pai e mãe ao mesmo tempo); o lar em que uma pessoa tenha se casado ou em que a morte ou o divórcio tenha deixado alguém sozinho, sem filhos; ou o lar em que apenas o pai ou a mãe seja membro da Igreja.  Ao levar em conta as necessidades e os problemas dessas categorias, deve-se entender que alguns dos princípios e sugestões enunciados se aplicarão a todos os grupos, e alguns serão mais especializados.

3) Duas Instituições Sagradas – O Lar e o Sábado.  “No princípio” Deus colocou um homem e uma mulher no Jardim do Éden, seu lar.  Também “no princípio” Deus deu o sábado aos seres humanos.  Essas duas instituições, o lar e o sábado, andam juntas.  Ambas são dons de Deus.  Portanto, ambas são sagradas, sendo que a última fortalece e enriquece de maneira única os laços da primeira.

O companheirismo íntimo é um elemento importante do lar. O companheirismo íntimo com outros seres humanos é um elemento importante do sábado. Ele aproxima as famílias a Deus e os indivíduos uns aos outros.  Vista a partir dessa perspectiva, a importância do sábado para o lar não pode ser subestimada.

4) Responsabilidades dos Adultos como Mestres.  Ao escolher Abraão como pai do povo escolhido, Deus disse: “Eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele.” (Gên. 18:19).  Parece claro, então, que foi dada aos adultos uma enorme responsabilidade no lar com vistas ao bem-estar espiritual dos filhos.  Tanto por preceito como por exemplo, devem eles proporcionar o tipo de estrutura e atmosfera que torne o sábado um deleite e uma parte tão vital da vida cristã que, mesmo muito tempo depois de deixar o lar, os filhos continuem os costumes que lhes foram ensinados na infância.

Em harmonia com a injunção “tu as inculcarás (as palavras e mandamentos de Deus) a teus filhos” (conforme Deut. 6:4-9), os membros adultos da família devem ensinar os filhos amarem a Deus e guardarem seus mandamentos.  Devem ensiná-los a ser leais a Deus e a seguir sua direção.

Desde a mais tenra infância, as crianças devem ser ensinadas a participar do culto familiar, a fim de que o culto na casa de Deus se torne uma extensão do costume da família.  Também desde a infância, as crianças devem ser ensinadas sobre a importância da assistência à igreja, aprendendo que a verdadeira observância do sábado envolve ir à casa de Deus para o culto e o estudo da Bíblia.  Os adultos da família devem dar o exemplo, assistindo aos cultos de sábado, formando um padrão que será visto como importante quando os filhos tomarem decisão sobre aquilo que tem valor na vida.  Através de discussões, enquanto as crianças crescem e se tornam mais maduras, e através do estudo da Bíblia, deve-se-lhes ensinar o significado do sábado, sua relação com o viver cristão e sua natureza permanente.

5) Preparação para o Sábado.  Se o sábado deve ser observado devidamente, a semana inteira deve ser programada de tal maneira que todos os membros estejam prontos para receber o santo dia quando ele chegar.  Isso significa que os membros adultos da família farão planos para que as tarefas domésticas – a compra e o preparo de alimentos, o preparo das roupas e todas as outras necessidades da vida diária – sejam completadas antes do pôr-do-sol de sexta-feira.  O dia de repouso deve tornar-se o eixo em torno do qual gira a roda da semana inteira.  Quando se aproximar o pôr-do-sol e o anoitecer de sexta-feira, adultos e crianças poderão saudar o sábado com tranquilidade de consciência, tendo concluído todos os preparativos e com a casa pronta para passar as seguintes 24 horas com Deus e uns com os outros.  As crianças podem ajudar nesse sentido, assumindo responsabilidades de preparo para o sábado de acordo com seu grau de maturidade.  A maneira como a família se aproxima do início do sábado, ao pôr-do-sol de sexta-feira, e a maneira como é passada a noite de sexta-feira, constituirão o cenário para o recebimento das bênçãos que o Senhor tem em reserva para todo o dia que se segue.

6) Vestuário Apropriado para o Sábado. Onde há crianças no lar, ao vestir-se a família no sábado de manhã para ir à igreja, os adultos podem por preceito e exemplo ensinar os filhos que uma forma de honrar a Deus é ir à Sua casa com roupas limpas, que representem apropriadamente a cultura em que vivem.

7) A Importância da Hora do Estudo da Bíblia.  Nos lugares onde as crianças não têm a vantagem de frequentar escolas adventistas, a Escola Sabatina torna-se o mais importante meio de instrução religiosa fora do lar.  Não se pode subestimar o valor desta hora de estudo da Bíblia.  Os pais, portanto, devem assistir aos cultos do sábado de manhã e fazer todo o possível para levar os filhos consigo.

8) Atividades da Família no Sábado.  Na maioria das culturas, a reunião de sábado ao meio dia, quando a família se reúne em torno da mesa para o almoço no lar, é um ponto alto da semana.  O espírito de sagrada alegria e companheirismo, iniciado na hora de levantar e continuado durante a programação da manhã na igreja, intensifica-se.  Sem as distrações de uma atmosfera secular, a família pode conversar sobre temas de interesse mútuo e manter a disposição espiritual do dia.      

Quando é compreendida a natureza sagrada do sábado e existe um relacionamento de amor entre pais e filhos, todos procurarão evitar a intromissão, nas horas sagradas, de música secular, rádio, jornais, livros, revistas e programa de televisão e vídeo.

As tardes de sábado, tanto quanto possível, serão empregadas em atividades de família – explorar a natureza, fazer visitas missionárias a doentes ou pessoas de resguardo ou a outras que necessitem de encorajamento, e assistir às reuniões da igreja.  À medida que as crianças crescem, as atividades se ampliarão para atingir outros membros de sua faixa etária na igreja, sempre com a pergunta em mente: “Esta atividade me leva a compreender melhor a verdadeira e sagrada natureza do sábado?”  Assim, a devida observância do sábado no lar exercerá uma influência duradoura para o tempo e a eternidade.

A Observância do Sábado e as Atividades Recreativas

1) Introdução. A observância do sábado inclui o culto e a comunhão. O convite para desfrutar ambos é amplo e generoso. O culto sabático dirigido a Deus geralmente ocorre numa comunidade de crentes.  A mesma comunidade provê comunhão. Tanto o culto como a comunhão oferecem um potencial ilimitado de louvor a Deus que enriquecem a vida dos cristãos.  Quando o culto sabático ou a comunhão são distorcidos ou abusados, o louvor a Deus e o enriquecimento pessoal ficam ameaçados.  Como o dom de Si mesmo que Deus nos faz, o sábado traz genuíno gozo no Senhor.  É uma oportunidade para que os crentes reconheçam e atinjam o potencial que receberam de Deus.  Assim, para o crente, o sábado é um deleite.

2) Fatores Alheios à Observância. O sábado pode ser facilmente invadido por elementos alheios ao seu espírito.  Na experiência do culto e da comunhão, o crente deve estar sempre alerta em relação a fatores que prejudiquem a sua percepção da natureza sagrada do sábado.  O senso da santidade do sábado é ameaçado particularmente por tipos errados de comunhão e atividades.  Por contraste, a santidade do sábado é exaltada quando o Criador permanece como centro desse dia santo.

3) Fenômenos Culturalmente Condicionados na Observância do Sábado. É importante compreender que os cristãos prestam obediência a Deus e, dessa maneira, observam o sábado no lugar histórico e cultural onde vivem.  É possível que tanto a história quanto a cultura nos condicionem de maneira falsa e produzam a distorção de nossos valores.  Ao apelar para a cultura podemos ser culpados de dar-nos a desculpa ou licença de condescender com esportes e atividades recreativas incompatíveis com a santidade do sábado.  Por exemplo, o exercício físico intenso e várias formas de turismo não se harmonizam  com a verdadeira observância do sábado.

Qualquer tentativa de regulamentar a observância do sábado além dos princípios bíblicos, preparando listas de proibições para o dia do sábado, serão contraprodutivas para uma experiência espiritual sólida.  O cristão submeterá a sua experiência sabática ao teste do princípio.  Ele sabe que o principal objetivo do sábado é fortalecer o elo de união entre si mesmo e Deus.  Dessa forma, são aceitáveis as atividades guiadas por princípios bíblicos e as que contribuem para esse fortalecimento.

Visto que ninguém pode avaliar corretamente os motivos pessoais dos outros, o cristão deve ser muito cuidadoso para não criticar seus irmãos que vivem em contextos culturais diferentes de seu próprio.

Em viagem, os turistas adventistas devem fazer todo esforço no sentido de observar o sábado juntamente com seus irmãos daquela região.  Por respeito à santidade do sétimo dia, recomenda-se que os adventistas evitem usá-lo como dia livre para passeios turísticos e atividades seculares.

Igrejas e Instituições da Igreja

Ao estabelecer diretrizes e praxes específicas para a Igreja como um todo e para as instituições da Igreja, a organização está apresentando um exemplo da guarda do sábado para os membros em geral.  É responsabilidade dos membros a aplicação dos princípios da verdadeira observância do sábado à sua própria vida.  A Igreja pode ajudar, apresentando princípios sobre a guarda do sábado encontrados na Bíblia e no Espírito de Profecia, mas não pode ser consciência para os membros.

1) Igrejas – O Papel da Igreja  e da Família nas Atividades de Sábado à Tarde.  O pastor e os líderes da igreja local têm a responsabilidade de oferecer atividades sabáticas cuidadosamente planejadas para crianças, jovens, adultos e idosos, bem como para famílias e pessoas que vivem sozinhas, enfatizando a importância de tornar o sábado um dia de alegria, adoração e repouso.  As atividades da igreja devem complementar e não substituir as atividades da família e do lar.

2) Igrejas – Música de Sábado.  A música produz um impacto poderoso sobre a disposição de espírito e as emoções da pessoa.  Os líderes da igreja selecionarão a música e os músicos que realçarão a atmosfera reverente do repouso sabático e o relacionamento do adorador com Deus.  Os ensaios do coral no sábado devem ser evitados durante os horários de reuniões sabáticas regularmente programadas.

3) Igrejas – Penetração na Comunidade.  Embora os cristãos possam participar de certos tipos de obra social em favor dos estudantes, jovens e pobres nos subúrbios e favelas, devem tomar o cuidado de exercer uma influência exemplar de guarda coerente do sábado.  Quando envolvidos num curso de extensão ou especial para crianças e jovens, devem escolher assuntos e aulas que sejam diferentes das matérias seculares normais ou aulas da semana, e incluir atividades que contribuam para a cultura espiritual.  Passeios pela vizinhança ou junto à natureza podem substituir os recreios; caminhadas ou excursões junto à natureza que exijam apenas esforço mínimo podem substituir matérias ou aulas seculares.

4) Igreja – Recolta.  O procedimento geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia é realizar a recolta em dia que não seja o sábado.  Nos lugares onde for costume recoltar no sábado, a atividade deve ser executada de modo a trazer benefícios espirituais a todos os participantes.

5) Igreja – Arrecadação de Fundos no Sábado.  A doutrina da mordomia cristã encontra-se em todas as Escrituras.  O ato de dar tem lugar definido nos cultos de adoração.  Quando se fazem apelos para ofertas, devem ser feitos de tal maneira que preservem a santidade do culto e do sábado.

6) Igrejas – Casamentos aos Sábados.  A cerimônia matrimonial é sagrada e, em si mesma, não estaria em desacordo com a guarda do sábado.  Contudo, a maioria dos casamentos envolve um considerável trabalho e quase inevitavelmente se cria uma atmosfera secular durante os preparativos e a recepção.  A fim de que não se perca o espírito do sábado, deve-se desaconselhar a realização de casamentos aos sábados.

7) Igrejas – Funerais aos Sábados.  Em geral, os adventistas devem tentar evitar os funerais aos sábados.  Em alguns climas e sob certas condições, entretanto, pode ser necessário realizar os funerais sem demora, apesar do dia de sábado.  Nesses casos, devem ser feitos arranjos antecipados com agentes funerários e funcionários do cemitério, para que realizem suas tarefas de rotina antes do dia de sábado, reduzindo assim o trabalho.  Em alguns casos a cerimônia fúnebre pode ser realizada, deixando-se o sepultamento propriamente dito para mais tarde.

8) Instituições Médicas Adventistas.  As instituições médicas adventistas constituem o único contato que muitas pessoas têm com a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Os hospitais adventistas devem ser mais do que meramente sistemas de atendimento médico.  Têm eles a oportunidade única de dar um testemunho cristão 24 horas por dia junto às comunidades que servem.  Além disso, têm o privilégio de apresentar a mensagem do sábado pelo exemplo, cada semana.  Na cura dos enfermos e na libertação dos portadores de debilidades  físicas, mesmo no sábado, Cristo deixou um exemplo que consideramos a base para o estabelecimento e funcionamento das instituições médicas adventistas.  Portanto, uma instituição que ofereça atendimento médico ao público deve estar preparada para ministrar às necessidades dos enfermos e sofredores independentemente de horas ou dias.

Esse fato coloca uma grande responsabilidade sobre as instituições, no sentido de elaborarem e executarem regulamentos que reflitam o exemplo de Cristo e apliquem os princípios da observância do sábado encontrados nas escrituras e ensinados pela Igreja Adventista do Sétimo Dia.  Os administradores têm a responsabilidade especial de cuidar para que todos os departamentos mantenham o verdadeiro espírito da guarda do sábado, instituindo procedimentos apropriados e evitando a frouxidão na observância do sétimo dia.

Recomenda-se as seguintes aplicações dos princípios de observância do sábado:

a.   Oferecer atendimento médico de emergência sempre que necessário, com boa disposição, ânimo e alto nível de profissionalismo.  Entretanto, nem as instituições nem os médicos e dentistas adventistas devem oferecer os mesmos serviços de clínica ou consultório que oferecem nos outros dias da semana.

b.   Suspender todas as atividades rotineiras que podem ser adiadas.  Geralmente isso significa fechar completamente os departamentos e instalações que não tenham relação direta com o atendimento aos pacientes e manter um número mínimo de pessoas qualificadas em outros departamentos para tratar das emergências.

c.    Adiar serviços eletivos de diagnósticos e terapia.  O médico de plantão deve decidir o que é necessário ou casos de emergência.  Se ele abusar desse direito, os casos devem ser tratados pela administração do hospital.  Os funcionários da instituição que não trabalham na administração não devem envolver-se nas decisões, nem ser obrigados a enfrentar o(s) médico(s) de plantão.  Podem-se evitar mal-entendidos deixando claro em estatutos para a equipe médica que somente serão realizados procedimentos cirúrgicos, terapêuticos ou de diagnóstico que não possam ser adiados devido à condição do paciente.  Um entendimento claro com todos os que são designados para a equipe, no momento da admissão, fará muito para evitar mal-entendidos e abusos.

Cirurgias simples e opcionais devem ser desencorajadas ou limitadas às sextas-feiras.  Procedimentos assim planejados permitem ao paciente ficar no hospital durante o final de semana e assim perder menos dias de trabalho.  Entretanto, isso coloca o primeiro dia pós-operatório, normalmente o que necessita cuidado hospitalar mais intenso, no sábado.

d.   Fechar os escritórios administrativos para atendimento de rotina.  Embora possa ser necessário admitir ou dar alta a pacientes no sábado, recomenda-se que seja evitada a apresentação de contas e o recebimento de dinheiro.  Jamais deve a guarda do sábado ser motivo de irritação para aqueles que procuram servir e salvar, mas sim constituir o sinete dos “filhos da luz” (Efé. 5:8; Atos dos Apóstolos, p. 260).

e.    Fazer do sábado um dia deleitoso para os pacientes, provendo uma lembrança do testemunho cristão que jamais será esquecida.  A guarda significativa do sábado será conseguida muito mais facilmente em uma instituição que empregue uma equipe predominantemente adventista.  A apresentação do sábado sob um prisma favorável pode ser conseguida pelos obreiros encarregados do atendimento aos pacientes e pode constituir uma influência convincente na vida dos que não pertencem à nossa fé.

f.    O atendimento aos enfermos é uma atividade dos sete dias da semana.  A doença não conhece calendário.  Entretanto, ao escalar os funcionários, as instituições médicas devem tomar em consideração as crenças, observâncias e práticas sinceras dos empregados ou futuros empregados.  A instituição deve dar margem razoável a essas crenças religiosas, a menos que se demonstre que essa acomodação dificultará o funcionamento da instituição.  Também se reconhece que a consciência das pessoas varia em relação com a conveniência do trabalho aos sábados.  Nem a Igreja nem suas instituições podem atuar como consciência para seus empregados.  Em vez disso, deve-se dar margem razoável para a consciência individual.

g.   Resistência às pressões para afrouxar as normas adventistas.  Algumas instituições têm sido pressionadas por comunidades, equipes médicas e/ou empregados (quando a maioria se compõe de não-adventistas) no sentido de  abandonar ou enfraquecer os princípios quanto à guarda do sábado e suas práticas, de modo que o sábado seja tratado como qualquer outro dia.  Em alguns casos, tem-se feito pressão para manter os serviços no sábado, reduzindo-os então no domingo.  Essa atitude deve ser vigorosamente combatida.  A aquiescência levaria a um sério reexame do relacionamento dessa instituição com a Igreja.

h.    Instruir os empregados que não são adventistas quanto aos princípios de guarda do sábado praticados pela instituição.  Todos os não-adventistas, no momento da admissão em uma instituição médica adventista, devem tomar conhecimento dos princípios adventistas do sétimo dia, especialmente praxes institucionais relativas à observância do sábado.  Embora os não-adventistas possam não crer como nós, eles devem saber desde o início como se espera que se encaixem no programa da instituição para ajudá-la a atingir seus objetivos.

i.     Estimular uma atitude de contínuo testemunho cristão entre os empregados adventistas.  O único contato que muitos funcionários não-adventistas poderão ter com os adventistas do sétimo dia, será na instituição que os emprega.  Todos os relacionamentos devem ser cordiais, bondosos e representativos do amor exemplificado na vida e obra do Grande Médico.  A compaixão para com os enfermos, a abnegada consideração para com os semelhantes, a solícita disposição para servir e uma irrestrita lealdade para com Deus e a Igreja podem bem constituir um cheiro de vida para a vida.  A guarda do sábado é privilégio e honra, bem como dever.  Jamais deve tornar-se pesada ou tediosa para os que a observam ou para os que nos rodeiam.

9) O Trabalho aos Sábados em Hospitais Não-Adventistas.  Embora seja essencial nas instituições médicas que se realize constantemente um mínimo de trabalho para manter o bem-estar e conforto dos pacientes, os empregados adventistas em instituições não-adventistas onde as horas do sábado não trazem diminuição dos deveres rotineiros, encontram-se sob a obrigação de recordar os princípios que regem as atividades sabáticas.  Para evitar situações em que os membros da Igreja enfrentem problemas com a guarda do sábado em instituições não-adventistas, recomenda-se que:       

a. Quando os adventistas aceitam emprego num hospital não-adventista, tornem conhecidos seus princípios de guarda do sábado e solicitem um horário de trabalho que os isente dos deveres do dia de sábado.

b. Nos lugares onde os horários de trabalho ou outros fatores não permitam esse arranjo, os adventistas devem identificar claramente as tarefas, se houver alguma, que poderão realizar conscienciosamente no sábado, bem como sua frequência.

c. Nos casos em que não for possível acomodar-se aos arranjos acima, os membros devem tornar supremas as exigências de lealdade a Deus e abster-se de tarefas rotineiras.

10) Instituições Educacionais Adventistas.  As escolas adventistas de ensino médio com internato desempenham um papel importante na formação de hábitos de observância do sábado das futuras gerações de membros da Igreja, e os colégios e universidades adventistas fazem muito para moldar o pensamento do ministério e da classe profissional na Igreja.  É importante, portanto, que a teoria e a prática sobre como maximizar as deleitosas bênçãos do sábado se aproximem o máximo do ideal nessas instituições.

A aplicação desse princípio deve incluir:

a. Preparo adequado para o sábado.

b. Demarcação do início e final das horas sabáticas.

c. Atividades apropriadas para o lar e a escola: culto, grupos de oração, trabalho missionário, etc.

d.  Deveres necessários reduzidos ao mínimo.  De preferência, devem ser confiados a pessoas que os realizam como serviço voluntário e não as que recebem pagamento pelo mesmo trabalho durante a semana.

e.  Cultos inspiradores, de preferência seguindo com o modelo daquilo que se espera caracterizar os cultos nas igrejas das escolas.

f.   Atividades variadas e apropriadas para as tardes de sábado.

g.  Estruturação do programa semanal, de modo que o sábado represente uma alegria que permanece além do clímax da semana, em vez de ser um prelúdio para atividades contrastantes no sábado à noite.

1. Vendas no Refeitório.  Os refeitórios são destinados a servir os estudantes e os pais que os visitam, bem como os hóspedes autorizados; não devem ser abertos ao público aos sábados.  Para evitar transações desnecessárias durante as horas sagradas, a instituição deve tomar providências para que os pagamentos sejam feitos fora das horas do sábado.

2. Participação do Corpo Docente em Reuniões de Profissionais.  Em alguns países, os adventistas do sétimo dia têm o privilégio de assistir a encontros de profissionais a fim de manter-se a par do progresso em sua área de especialização.  Pode ser tentador justificar a assistência a essa reuniões no sábado.  Recomenda-se, entretanto, que o pessoal acadêmico participe do culto junto com os outros membros da Igreja em vez de unir-se aos colegas profissionais “a trabalho”.

3. Estações de Rádio.  As estações de rádio dos colégios podem ser uma bênção para a comunidade.  Para maximizar essas bênçãos, a programação durante as horas do sábado devem refletir a filosofia da Igreja.  Se durante os sábados forem feitos apelos quanto à arrecadação de fundos, eles devem ser feitos de tal maneira que exaltem a santidade do dia.

4. Viagens Promocionais. A fim de manter a natureza de reverência do dia de sábado, as viagens promocionais devem ser planejadas de forma que reduzam ao mínimo as viagens aos sábados, proporcionando o máximo de tempo para o culto com os irmãos.  As horas do sábado não devem ser usadas em viagem com o objetivo de que haja tempo livre para um programa no sábado à noite.

5. A Observância do Sábado na Educação para o Ministério.  Os pastores têm a grande responsabilidade de moldar a vida espiritual da Igreja por exemplo pessoal.  Portanto, as instituições que preparam os pastores e as esposas de pastores precisam ensinar seus alunos a formar uma nova filosofia de observância do sábado.  A devida orientação recebida na escola pode ser um instrumento na experiência de um genuíno reavivamento das alegrias do sábado em sua própria vida, bem como na vida de sua igreja.

6. Exames no Sábado.  Os adventistas do sétimo dia que enfrentam o caso de exames aos sábados em escolas não-adventistas ou que prestam exames para receber autorização por parte dos conselhos profissionais para o exercício da profissão, encontram problemas especiais.  Ao lidarem com essas situações, recomenda-se que façam arranjos com a administração para prestar os exames em horas que não sejam do sábado.  A Igreja deve incentivar os membros quanto à cuidadosa observância do sábado e, sempre que possível, interceder junto às autoridades competentes para que possibilitem a reverência para com o dia de Deus e o acesso aos exames.

Emprego e Comércio Secular Relacionado com o Sábado

1) Declaração de Princípio.  A visão bíblica do sábado inclui uma dimensão divina e humana (Mat. 12:7).  A partir da perspectiva divina, o sábado convida o crente a renovar seu compromisso com Deus, cessando o trabalho diário para adorar a Deus mais plena e livremente (Êxodo 20:8-11; 31:15-16; Isa. 58:13-14).  Na perspectiva humana, o sábado convoca o crente a comemorar o amor criador e redentor de Deus, revelando misericórdia e solicitude para com o próximo (Deut. 5:12-15; Mat. 12:12; Luc. 13:12; João 5:17).  O sábado, assim, abrange a cessação do trabalho secular com o propósito de amar a Deus e a realização de atos de amor e bondade para com os semelhantes.

2) Trabalho Essencial e de Emergência.  A fim de exaltar a santidade do sábado, os adventistas do sétimo dia devem fazer escolhas sábias na questão do emprego, guiados por uma consciência iluminada pelo Espírito Santo.  A experiência tem demonstrado que há riscos na escolha de vocações que não permitam a adoração do Criador no sábado, livre de envolvimento com o trabalho secular.  Isso significa que evitarão emprego que, embora essenciais para o funcionamento de uma sociedade tecnologicamente avançada, possam oferecer problemas quanto à observância do sábado.

As Escrituras e o Espírito de Profecia são explícitos quanto aos nossos deveres como cristãos para com os semelhantes, mesmo no dia de sábado.  No contexto moderno, muitos empregados em ocupações relacionadas com a salvação de vidas e propriedade são chamados a tratar de emergências.  Arranjar trabalho regular de fim de semana que requeira o uso das horas do sábado num emprego lucrativo de atendimento de emergência ou aceitar trabalho nos fins de semana em ocupações de emergência para aumentar a renda familiar, não se harmoniza com os princípios de observância do sábado apresentadas por Cristo.  Atender a situações de emergência que envolvam risco de vida e segurança é diferente de ganhar o sustento por envolver-se rotineiramente nessas ocupações durante o sábado, já que  frequentemente são acompanhadas por atividades comercias, seculares ou rotineiras.  (Ver os comentários de Cristo sobre o resgate de bois ou ovelhas caídos em valetas e sobre a ajuda de pessoa em necessidade.  Mat. 12:11; Luc. 13:16.)  Ausentar-se da casa de Deus e negar-se à comunhão com os outros membros nos sábados, pode exercer um efeito desanimador sobre a vida espiritual.

Muitos empregadores dessas assim chamadas áreas de serviços essenciais estão dispostos a fazer concessões aos guardadores do sábado.  Quando essas não forem feitas, os membros devem rever cuidadosamente os princípios bíblicos sobre a guarda do sábado e, sob essa luz, examinar o tipo de atividades, ambiente, exigências de trabalho e motivos pessoais antes de envolver-se no trabalho aos sábados.  Devem perguntar ao Senhor como o fez Paulo na estrada de Damasco: “Senhor, que queres que eu faça?” Quando prevalece essa atitude de fé, somos persuadidos de que o Senhor levará o crente a discernir Sua vontade e suprirá a força e sabedoria para segui-la.

3) Decisões Morais Relativas à Observância do Sábado.  Os privilégios sabáticos são algumas vezes negados ou restringidos por organizações militares, educacionais, políticas ou outras.  Para evitar e/ou reduzir essas  situações lamentáveis, devem-se considerar as seguintes sugestões:

Um administrador competente da Igreja, de preferência o diretor do Departamento de Deveres Cívicos e Liberdade Religiosa, deve ser designado para manter-se informado quanto a circunstâncias que poderiam minar a liberdade de culto aos sábados.  Quando necessário, esse oficial procurará as autoridades responsáveis para interceder no caso da possibilidade de um pacto adverso sobre os adventistas do sétimo dia com consequência de alguma legislação ou medida em perspectiva.  Essa linha de ação pode evitar a promulgação de leis que restrinjam ou neguem os privilégios sabáticos.

Os membros adventistas devem ser encorajados a defender pela fé o princípio da guarda do sábado independentemente das circunstâncias, descansando na certeza de que Deus honrará a lealdade para com ele.

Os membros da Igreja devem oferecer ajuda espiritual, moral e, se necessário, material, para outros que estejam passando por problemas  por causa do sábado.  Esse apoio servirá para fortalecer a dedicação ao Senhor, não só da pessoa que está enfrentando os problemas relativos ao sábado, mas da Igreja como um todo.

4) Compra de Bens e Serviços no Sábado.

a.  O sábado foi designado para prover liberdades e gozo espiritual para todas as pessoas (Êxodo 20:8-11). Como cristãos, devemos apoiar esse direito humano básico que o Criador concedeu a todos.  Como regra geral, comprar produtos, comer em restaurantes e pagar por serviços a serem prestados por terceiros são coisas que devem ser evitadas por estarem em desarmonia com o princípio e a prática da guarda do sábado.

b.  Além disso, as atividades comerciais mencionadas acima desviarão a mente da santidade do sábado.  (Ver Nee. 10:31; 13:15.)  Com o devido planejamento, pode-se tomar com antecedência medidas apropriadas referentes às necessidades previsíveis do sábado.

5) Viagens aos Sábado.  Embora possa ser necessária uma viagem no sábado em conexão com as atividades sabáticas, não se deve permitir que as viagens aos sábados se tornem um evento secular; portanto, os preparativos devem ser feitos com antecedência:  o combustível do veículo e outros elementos necessários devem ser providenciados antes do início do sábado.  Devem ser evitadas viagens em transportes comerciais para atender assuntos particulares ou de trabalho.

6) Como Tratar um Problema Específico de Trabalho.  Quando um membro da Igreja acha necessário renunciar a um trabalho ou perde seu emprego por causa de problemas de guarda do sábado e é admitido pela denominação numa atividade semelhante,  e quando o novo trabalho, por sua natureza, requer que o membro trabalhe no sábado, recomendam-se as seguintes sugestões:

a.  Dar-se-á ao membro uma cuidadosa explanação sobre a natureza essencial do trabalho.

b.  A organização deve fazer todos os esforços no sentido de certificar-se de que somente os aspectos essenciais do novo trabalho sejam executados no sábado.  Os administradores também devem explicar ao novo empregado os propósitos religiosos e objetivos básicos da organização empregadora.

c. Adotar-se-á um programa de rodízio para que o membro que conscienciosamente aceita esse trabalho aos sábados possa com frequência participar de uma comemoração mais completa do dia de sábado.

7) Trabalho em Turno.  Quando um adventista do sétimo dia trabalha onde existe um sistema de turnos, o empregador poderá solicitar-lhe que trabalhe no sábado ou em parte do sábado.  Nessas circunstâncias, encoraja-se o membro envolvido a considerar o seguinte:

a.   O membro deve esforçar-se por ser o melhor funcionário que puder, um empregado de valor a quem o empregador não se dê ao luxo de perder.

b.   Se surge um problema, o membro deve procurar resolvê-lo através de um entendimento direto com o empregador, solicitando-lhe um arranjo baseado em boa vontade e justiça.

c.   O membro deve ajudar o empregador sugerindo-lhe arranjos como:

1.   Trabalhar com horário flexível;

2.   Aceitar um turno indesejável;

3.   Trocar de turno com outro empregado;

4.   Trabalhar nos feriados.

d.  Se o empregador resiste à ideia de um arranjo, o membro deve imediatamente procurar a ajuda do pastor e do Departamento de Deveres Cívicos e Liberdade Religiosa nos países onde houver envolvimento nessas atividades.

A Comissão Executiva da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia na sessão da Conferência Geral em Indianápolis, Indiana, em 9 de julho de 1990, votou a aceitação do documento acima sobre a observância do sábado.

domingo, 23 de agosto de 2015

Jesus Cristo - Violador do Sábado?



Por Júlio César Prado


Cristo observava o sábado não apenas para aproveitar a reunião dos judeus e a eles pregar, mas porque era um preceito da lei de Deus à qual obedecia plenamente. Caso contrário, como poderia alegar mais tarde: “Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai” (S. João 15:10). Ao ser acusado de transgredir o sábado por realizar curas nesse dia Ele Se defendia das acusações declarando realizar apenas atos lícitos.

A palavra “lícito” significa “de acordo com a lei”. Ele demonstrava que a prática de atos de misericórdia nesse dia não constituía transgressão da lei de Deus que tem por base o amor. Assim é que os hospitais adventistas por todo o mundo continuam prestando assistência aos enfermos no dia de sábado porque “é lícito... fazer o bem no sábado”. O que Cristo combatia não era o fato de os judeus observarem o sábado, e sim o fato de guardarem o dia de sábado erroneamente, com extremismos infundados. O mesmo problema existia com respeito a outros mandamentos (ver S. Marcos 7:9 a 13). Ele, portanto, não aboliu nem desrespeitou o mandamento que estabeleceu na criação. Antes corrigia a maneira de observar o dia do Senhor.

Nos dias de Cristo, o respeito a este mandamento da parte dos chefes religiosos, ultraconservadores, era extremo. Como não poderia deixar de acontecer, o Mestre muitas vezes entrou em choque com eles em razão de Sua atitude quanto à observância sabática.

O “mishnah”, coleção de antigas leis tradicionais do judaísmo, por exemplo, alinha 39 espécies de trabalhos que, na determinação dos líderes religiosos, não se podia realizar no sábado. Entre tais se proibiam: atar ou desatar um nó, escrever até duas letras do alfabeto ou apagar um espaço que permitisse escrever duas letras, acender ou apagar fogo, percorrer distância superior a aproximadamente 1 km, etc. Considerava-se também transgressão olhar para um espelho dependurado numa parede. Um ovo que uma galinha botasse no sábado podia ser vendido a um não-judeu, e este podia ser contratado para acender uma lâmpada ou o fogo nesse dia. Era considerado pecado o expectorar sobre a relva pois isto implicaria irrigação de plantas. Não se permitia transportar um lenço aos sábados, a menos que tivesse uma das pontas cosida à roupa. Nesse caso não mais seria tecnicamente um lenço, e sim uma parte do vestuário.

Os rabis judaicos faziam absoluta questão dessas normas com todas as minúcias, e ao realçarem dessa maneira uma religiosidade negativa, baseada em proibições desmedidas, magnificavam as formas exteriores em detrimento de sua substância espiritual.

Na concepção daquele povo escravizado pelo legalismo de seus dirigentes, o sábado não servia ao propósito para o qual fora inicialmente designado, ou seja – conceder ao homem uma oportunidade de comunhão mais plena com seu Autor pela dedicação de tempo à Sua adoração. Em vez de ser o memorial da criação, tornou-se uma recordação semanal da implacável autoridade, egoística e arbitrária, dos escribas e fariseus. Desse modo, Deus não poderia ser realmente honrado. Os sacerdotes que acusaram Cristo de violar o sábado foram os mesmos que o levaram para a cruz.

A Bíblia revela que a acusação assacada a Cristo foi das mais graves, tendo em vista a importância que os judeus, zelosos de suas tradições, atribuíam aquele dia. Acusavam-nO de que “violava o sábado” (João 5:18). Ainda hoje há quem dela se prevaleça para justificar certas atitudes quanto ao quarto mandamento da Lei de Deus.

A análise de alguns episódios bíblicos que revelam o comportamento do Senhor no sábado, expõe o grande ódio que contra Ele nutriam os acusadores, e traz em cena um Mestre sempre argumentando em defesa própria ou na de Seus discípulos, desmascarando, por outro lado, a hipocrisia e falsa hermenêutica dos pretensos “intérpretes da lei” de Seu tempo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Podemos aquecer a comida no sábado?



Durante o Êxodo Deus orientou a não fazer fogo para cozinhar no sábado: “Isto é o que o SENHOR tem dito: Amanhã é repouso, o santo sábado do SENHOR; o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobejar, guardai para vós até amanhã.” Êxodo 16:23  e “Seis dias se trabalhará, mas o sétimo dia vos será santo, o sábado do repouso ao SENHOR; todo aquele que nele fizer qualquer trabalho morrerá. E não acendereis fogo em nenhuma das vossas moradas no dia do sábado.” Êxodo 35: 2 e 3 Porém, Ellen G. White em Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 23 e 24 diz o seguinte “Embora deva a gente abster-se de cozinhar aos sábados, não é necessário ingerir a comida fria. Em dias frios, convém aquecer o alimento preparado no dia anterior.” Existe alguma contradição entre a orientação de Ellen G. White e a Bíblia? Podemos fazer fogo para aquecer a comida no sábado?

O que temos entre esses textos é uma diferença de contexto. A orientação dada por Deus ao povo de Israel foi dada quando eles estavam no deserto. Fazer fogo naquelas condições exigia um grande trabalho e dispendia muito tempo. Para encontrar lenha no deserto era peciso caminhar grandes percursos e não existiam tecnologias para fazer fogo, tais como temos hoje.

O princípio nesta ordenança era que o povo pudesse dedicar as horas do sábado para a comunhão com Deus, evitando as tarefas que iriam tomar tempo excessivo e sobrecarregá-los – observe a proibição ao “trabalho” no mandamento. Além disso, devemos considerar que o clima quente do deserto durante o dia dispensava a necessidade de aquecer o alimento.

Por outro lado, Ellen White viveu em climas frios e em sua época já existiam fogões – modernizados e disseminados durante a Revolução Industrial – e recursos para se obter a lenha ou carvão e também para fazer fogo – os isqueiros datam do século XVI e os fósforos começaram a ser comercializados em 1836, nos EUA. Portanto, aquecer os alimentos do sábado, que foram preparados na véspera, tornou-se acessível.

O consumo dos alimentos aquecidos foram aconselhados por Ellen White por serem mais saudáveis para o organismo: “não aprovo o comer muito alimento frio, porque então a vitalidade do organismo será chamada para aquecer o alimento até que ele se torne da mesma temperatura do estômago antes do trabalho de digestão começar.” (Conselhos Sobre Regime Alimentar,  86)

As refeições aos sábados, na casa de Ellen White foram descritas por sua nora, numa declaração datada de 16 de outubro de 1949: “Toda a preparação possível era efetuada na sexta feira, o dia da preparação, para as refeições aos sábados. No sábado, o alimento, tanto para o desjejum como para o almoço, era servido quente, tendo sido esquentado imediatamente antes da refeição. Todo serviço desnecessário era evitado no sábado, mas em nenhuma ocasião Ellen White considerou uma violação da devida observância do sábado prover os confortos ordinários da vida, como fazer fogo para o aquecimento da casa ou para esquentar o alimento a ser ingerido nas refeições.” (Mensagens Escolhidas, vol. 3, 263)

Portanto, não é pecado aquecer o alimento no sábado. Devemos preparar a comida na sexta-feira e no sábado aquecê-lo, tornando-o mais apetitoso e saudável.

Via Centro White

sábado, 11 de abril de 2015

Sábado e a genética

sexta-feira, 27 de março de 2015

Feliz Sábado em 50 línguas


Aprenda a dizer FELIZ SÁBADO, em 50 línguas!
Feliz sábado – Espanhol / Português
Tapehasa porâ ko Ñandejára árape – Guarani (Brasil)
Salanapa Sabadi Kadepa – Gogodala (Nova Guiné)
Sabato njema –  Swahili (Quênia, Tanzânia, Uganda)
sah-BAHT sah-EED – Árabe
Bon sabbat – Francês
suk-san-wan-sa-ba-to – Tailandês
Gesegneter Sabbat – Alemão
Djam nyalade sabba – Fulfulde (Cameroon)
Tsaa nuusukatu kwasiku tabeni – Comanche (Língua Nativa Americana)
Gëzuar Sabatinë – Tosk (Albania)
Ia oaoa oe i teie Sabati – Tahitian – Lingua indígena falada no arquipélago da sociedade, Polinésia Francesa. 
Sabbat nya bwam – Douala (Camarões)
sa-BAHTH mu-BAR-ak ho - Hindi (India)
Malno pag Sabado – Alangan (Filipinas)
Homeda pa – Twi (Gana)
Sigatabu vinaka – Fijiano (Fiji)
Gezegende Sabbat – Holandês
Shabbat shalom – Hebraico
E ku isimi – Yoruba (Nigeria)
Har en brå Sabbat – Sueco
KEE-poon AHN-seek-eer – Koreano
Menungang Sabadu – Pelawan (Filipinas)
Sabati nyui – Ewe (Togo)
Hamamas sabbath – Pidgin (Nova Guiné)
Diyin Báhazhogi Analá wheel’zhish – Navajo (Língua Nativa Americana)
Buono Sabato – Italiano
soo-BOAT-nyem DNYOHM  – Russo
ahn-shee-rih kwy-lu - Chinês
Anpetu wakan wowiyuskin – Lakota (Língua Nativa Americana)
Man sabbat gnokpa – Baoul‚ (Costa do Marfim)
Suvo Sabbath – Bengali (Bangladesh)
Sabat Fericit – Romeno
Hau’oli La Sabati  – Havaiano
Sabata malamu – Lingala (Congo)
Ayoppa Hullo Nittak – Chickasaw (Língua Nativa Americana)
kah-LO SAH-vah-toe - Grego
Isabato nziza – Kinyarwanda (Ruanda)
Sayya harppa mapadi – Dowa (Nova Guiné)
Subotni Blagoslov – Sérvio / Croata
YO-ee ahn-so-ku-nee-chee-o – Japonês
Sabbath mao – Pohnpeian (Micronesia)
Hafdu gódan hvíldardag - Islandês
Wasi Labwa a Sabbath – Shawnee (Língua Nativa Americana)
Gnepeyiri kpa – Dida (Costa do Marfim)
SHU-bah vish-RON-tee DIN-a-mu – Telugu (India)
Manuia le Sapati – Samoano
God Sabbat – Norueguês
oo-lee-hay-lee-sdee gah-luh-kwoo-dee-yoo ee-gah – Cherokee (Língua Nativa Americana)
Sabbat na nam manom – Bété (Costa do Marfim)
Sabbat a le beng – Bakoko (Camarões)
Felicxan Sabaton! – Esperanto

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Escola Dominical ataca o quarto mandamento


Neste trimestre, os irmãos da igreja Assembleia de Deus estão estudando em suas escolas dominicais o tema “Os Dez Mandamentos: Valores divinos para uma sociedade em mudança”. Até agora, tudo vinha muito bem. Estudaram o primeiro mandamento. O segundo e o terceiro. Mas eis que chega o quarto, e o esperado acontece: dizem que esse mandamento não é bem assim; é “controverso”. Temos que amar a Deus sobre todas as coisas? Sim, claro. Não devemos adorar imagens? Sem dúvida. Não tomar o nome de Deus em vão? Jamais. Lembre-se do dia de sábado – o sétimo dia da semana – para santificá-lo? Aí, não. Esse mandamento era apenas para os judeus e foi “cravado na cruz” – as desculpas de sempre. Lamentável! Será que o autor (ou autores) desse guia de estudo tem noção do estrago que está fazendo ao desencaminhar tantas pessoas? Afinal, a Assembleia de Deus é a maior denominação evangélica do Brasil. Se ele (ou eles) estiver errado, estará atacando um dos dez mandamentos da sagrada e imutável (Mt 5:17-19) lei de Deus, escrita com o dedo dEle (Êx 31:18). Imagine se considerássemos o “não matarás” ou o “não adulterarás” também controversos, passíveis de interpretação? Abriríamos mais ainda a porta ao pecado e à transgressão. Então por que apenas um mandamento, o quarto, é considerado “controverso”? Vamos analisar essa questão, em benefício dos irmãos assembleianos e de todos os interessados no assunto. Para isso, é muito importante que você confira os textos bíblicos citados e acesse todos oslinks abaixo. E que faça isso com oração, pedindo orientação dAquele que inspirou a Palavra de Deus, o Espírito Santo.

A lição nº 6 da Escola Dominical deste trimestre (que pode ser lida aqui) começa afirmando que “o sábado é um presente de Deus para o povo de Israel” e que “a fé cristã é isenta de toda forma de legalismo”, já dando o tom do que vem a seguir. Para começo de conversa, o sábado foi dado “por causa do homem [ser humano]” (Mc 2:27), no Éden, para Adão e Eva, antes de existirem judeus ou quaisquer outros povos sobre a Terra (Gn 2:1-3). Aliás, esse texto menciona que Deus fez três coisas muito especiais e irrevogáveis no sétimo dia da criação: Ele descansou (cessou Sua obra e deu exemplo do que fazer no sábado), santificou (separou para um propósito especial) o sétimo dia e o abençoou (o que Deus abençoa ninguém pode “desabençoar”). Guardar o sábado, portanto, não tem nada a ver com legalismo, muito pelo contrário, tem a ver com celebração e adoração.

O guia prossegue: “Deus celebrou o sétimo dia após a criação e abençoou este dia e o santificou (Gn 2.2,3). Aqui está a base do sábado institucional e do sábado legal. O sábado legal não foi instituído aqui; isso só aconteceu com a promulgação da lei.” Essa separação entre o sábado institucional e o legal é inteiramente artificial. Prova disso é que em Êxodo 16, antes de terem sido dadas as tábuas com os dez mandamentos, o povo hebreu já estava sendo orientado a guardar o sábado. Neste momento, é muito importante que você leia este texto (“O sábado antes do Sinai”) e assista a este vídeo (clique aqui), com o mesmo título. Leia e assista com atenção, porque mais adiante o guia de estudos assembleiano chegará ao ponto de afirmar que os patriarcas não guardaram o sábado!

“O sábado institucional, portanto, não se refere ao sétimo dia da semana; pode ser qualquer dia ou um período de descanso”, afirma o guia. Como assim? De ponta a ponta, no Antigo e no Novo Testamento, a Bíblia é clara em afirmar que o sábado da lei moral (tanto o “institucional” quanto o “legal”, para usar a linguagem artificial do guia) é o sétimo dia da semana. De acordo com Gênesis 20:8-11, o sábado é o memorial da criação e deve ser guardado/celebrado justamente porque Deus criou em seis dias literais de 24 horas. Os adventistas são criacionistas exatamente (e principalmente) por esse motivo, e pregam o que está escrito em Apocalipse 14:6 e 7, ou seja, que devemos adorar “Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (numa alusão clara ao texto de Êxodo 20:8-11). Se o sábado pode ser qualquer dia da semana, por que os evangélicos insistem, então, no domingo? Não deveriam guardar nem defender qualquer dia santo, e simplesmente riscar da Bíblia deles o quarto mandamento.

Como eu havia dito há pouco, o guia afirma que “os patriarcas não guardaram o sábado. O livro de Gênesis não menciona os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó observando o sábado”. Se isso fosse critério para a nossa vida, poderíamos adotar a poligamia, já que alguns patriarcas tiveram mais de uma esposa, e dispensar de vez o dom de línguas dos pentecostais, já que nenhum patriarca (aliás, nenhum dos servos de Deus na Bíblia) jamais falou as tais“línguas estranhas” (na verdade, Deus concede Seu Espírito àqueles que Lhe obedecem: At 5:32). Apesar de seus deslizes, os patriarcas procuraram ser fieis à lei de Deus (conforme você já deve ter visto nos links acima), e a lei de Deus inclui o sábado. (Sobre o sábado através dos séculos, leia este texto [aliás, leia todo o conteúdo desse site].)

Outra mentira: “Nenhum outro povo na história recebeu a ordem para guardar esse dia [o sábado]; é exclusividade de Israel (Êx 31.13,17 [esse texto menciona os filhos de Israel, e eu me considero um deles]).” Que falta faz ler a Bíblia com atenção. Veja isto: “Bem-aventurado o homem [aqui não diz judeu] que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto; que se guarda de profanar o sábado, e guarda a sua mão de fazer algum mal. E não fale o filho do estrangeiro, que se houver unido ao Senhor, dizendo: Certamente o Senhor me separará do Seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que sou uma árvore seca. Porque assim diz o Senhor a respeito dos eunucos, que guardam os Meus sábados, e escolhem aquilo em que Eu Me agrado, e abraçam a Minha aliança: Também lhes darei na Minha casa e dentro dos Meus muros um lugar e um nome, melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. E aos filhos dos estrangeiros, que se unirem ao Senhor, para O servirem, e para amarem o nome do Senhor, e para serem seus servos, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem a Minha aliança, também os levarei ao Meu santo monte, e os alegrarei na Minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no Meu altar; porque a Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos” (56:1-8; os grifos em “estrangeiro” e “todos” são meus, justamente para destacar o fato de que Deus deseja que todas as pessoas guardem Seus mandamentos, inclusive o sábado.)

Outro ponto: “O sábado e a circuncisão são os dois sinais distintivos do povo judeu ao longo dos séculos (Gn 17.11).” Igualar o sábado (estabelecido antes do pecado) com a circuncisão (depois do pecado) é outra leviandade. Como vimos, o sábado foi dado para a humanidade e é eterno, pois será guardado inclusive na nova Terra (Is 66:22, 23). Já a circuncisão, de fato, foi dada aos descendentes de Abraão e foi revogada pelos apóstolos (At 15:1-31). Em Romanos 2:25-29, Paulo chega a dizer que é inútil ser circuncidado e não guardar a lei de Deus.

“A expressão ‘Lembra-te do dia do sábado, para o santificar’ (Êx 20.8) remete a uma reminiscência histórica e, sem dúvida alguma, Israel já conhecia o sábado nessa ocasião. Mas parece [parece?] não ser referência ao sábado da criação.” Simplesmente absurdo! Como não se trata de referência ao sábado da criação, se o próprio texto dá o motivo pelo qual o sábado deve ser lembrado e guardado? “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou” (v. 11).

O guia passa a usar Jesus com o objetivo de continuar descaracterizando o mandamento que o próprio Mestre guardou (Lc 4:16): “O Senhor Jesus Cristo disse mais de uma vez que a guarda do sábado é um preceito cerimonial. Ele colocou o quarto mandamento na mesma categoria dos pães da proposição (Mt 12.2-4).” Nada a ver! Jesus comparou a atitude dos discípulos de matar a fome no sábado (o que, definitivamente, não é pecado) com a dos homens de Davi, que só tinham os pães da proposição para comer e lhes foi permitido fazer isso. A lição é clara: Deus ama os seres humanos e criou a lei para eles e não eles para a lei. Os fariseus legalistas distorceram muitos mandamentos de Deus, inclusive o sábado, e Jesus veio ensinar a correta observância de Sua lei. Imagine o Cristo do Sinai (o Eu Sou de João 8:58) dizendo algo assim: “No monte Sinai Eu lhes dei Meus mandamentos, agora venho lhes dizer que aboli somente o quarto.” Faz sentido? Mas faz muito sentido o próprio Legislador ter vindo para ensinar comodevemos guardar Sua lei. Só Ele tem autoridade para isso.

Veja mais esta: “Se o oitavo dia da circuncisão do menino coincidir com um sábado, ela tem que ser feita no sábado, nem antes e nem depois. Assim, Jesus mais uma vez declara o quarto mandamento como preceito cerimonial e coloca a circuncisão acima do sábado.” Típico argumento non sequitur, ou seja, uma ideia não tem nada a ver com a outra e não se segue a ela. Se preferir, pode chamar também de “balaio de gato”. Sinceramente, quem escreveu essas coisas terá que dar contas a Deus! Circuncisão era uma atividade religiosa, assim como o culto de sábado, a visita aos doentes, etc. Que pecado há em se praticar essas coisas no sábado? Onde está escrito isso? Pelo contrário, a Bíblia diz que “é lícito fazer bem aos sábados” (Mt 12:12). Essas coisas não são atividades seculares nem são remuneradas. Por que Deus “trabalha” no sábado? (Jo 5:17). Porque a atividade dEle consiste unicamente em manter-nos a todos com vida. A atividade de Deus é essencialmente “religiosa” e plenamente de acordo com o espírito do sábado. Francamente, não usemos Deus o Pai nem o Filho para sancionar nossas transgressões! Isso é grave!

Com isto eu tenho que concordar: “Jesus é o Senhor do sábado (Mc 2.28). O sábado veio de Deus e somente Ele tem autoridade sobre essa instituição.” E Ele em momento algum, em versículo nenhum sequer sugeriu que o sábado devesse ser substituído pelo domingo. Na verdade, em Mateus 24:20, Ele antevê Seus seguidores ainda guardando o sábado, quatro décadas no futuro. Se Ele fosse transferir o dia de guarda ou abolir o sábado, certamente teria feito algum comentário a respeito disso.

Outro absurdo: “O primeiro culto cristão aconteceu no domingo e da mesma forma o segundo (Jo 20.19, 26).” O quê? Aqui é melhor citar o texto na íntegra: “Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-Se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco” (v. 19). Eles estavam fazendo culto? Onde é dito isso? Estavam era com medo de ser mortos como o Mestre havia sido. Como podiam estar celebrando a ressurreição, se ainda nem criam nesse evento? E o verso 26 diz que Jesus tornou a aparecer oito dias depois, ou seja, numa segunda-feira.

Mais uma mentira: “O dia do Senhor foi instituído como o dia de culto, sem decreto e norma legal, pelos primeiros cristãos desde os tempos apostólicos (At 20.7; 1Co 16.2; Ap 1.10). É o ‘sábado’ cristão! O sábado legal e todo o sistema mosaico foram encravados na cruz (Cl 2.16,17), foram revogados e anulados (2Co 3.7-11; Hb 8.13). O Senhor Jesus cumpriu a lei (Mt 5.17,18), agora vivemos sob a graça (Jo 1.17; Rm 6.14).” O texto de 1 João 2:4 parece servir como uma luva em quem afirma coisas como essas. Os primeiros cristãos, a começar por Maria, mãe de Jesus (Lc 23:56; texto escrito 30 anos depois), e os apóstolos guardavam o sábado (At 16:13). João, no Apocalipse, lá pelo ano 100 d.C., disse ter sido arrebatado em visão no “dia do Senhor” (Ap 1:10), que, na Bíblia, é o sábado (Lc 6:5; leia também isto). Quem ousou mudar o dia de repouso foi o imperador pseudocristão/pagão Constantino, em 7 de março 323 d.C., tendo depois o aval da Igreja Católica Apostólica Romana. Essa igreja, pelo menos, tem um argumento “lógico” para o que fez: a autoridade do papa, que eles consideram até superior à da Bíblia. Mas como ficam os evangélicos, ao perceber que não existe base bíblica para se guardar o domingo? Têm que admitir que obedecem a um mandamento católico...

Quanto a Colossenses 2:16 e 17, ali lemos o seguinte: “Ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados,que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.” O sábado da lei moral, estabelecido na criação do mundo, não era sombra de coisas futuras, pois, como já vimos, foi dado à humanidade antes do pecado. As cerimônias do santuário (a chamada “lei cerimonial”), essas, sim, foram abolidas na cruz, pois apontavam para Jesus, o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29). Leia novamente Colossenses 2:16 e 17. Algum mandamento do Decálogo menciona comidas, bebidas ou dias de festas? Claro que não. Isso pertence às cerimônias do santuário. As festas judaicas – como Páscoa, Primícias, Dia da Expiação – eram feriados nacionais, dias de descanso, por isso também chamadas de sábados, mas eram distintas do sábado semanal do quarto mandamento.

E a conclusão do guia da Assembleia de Deus é a seguinte: “A palavra profética anunciava o fim do sábado legal (Jr 31.31-33; Os 2.11). Isso se cumpriu com a chegada do novo concerto (Hb 8.8-12). Exigir a guarda do sábado como condição para a salvação não é cristianismo e caracteriza-se como doutrina de uma seita.” Aqui fica claro a quem eles querem atacar. Nenhum adventista do sétimo dia esclarecido crê ou ensina que a salvação se conquista pela guarda do sábado. Isso seria absurdo, e o guia mente uma vez mais. Cremos que a salvação é pela graça (Ef 2:8), inteiramente pelos méritos de Cristo. Obedecemos à lei de Deus porque entendemos que Ele sempre quer o melhor para nós (Sl 119:97); porque ela é como um espelho que mostra o pecado em nós mesmos (Tg 1:23-25) e aponta para Jesus como a solução. A lei diagnostica o pecado; Jesus perdoa. Amamos a Cristo e por isso obedecemos aos Seus mandamentos (Jo 14:15). Se isso é ser “seita”, prefiro pertencer a essa seita. Os primeiros cristãos também enfrentaram esse tipo de acusação (At 24:14).

O guia de estudos da Assembleia de Deus deste trimestre acusa na capa a sociedade de estar em mudança, mas se esquece de que os evangélicos aceitaram uma mudança muito pior que a da sociedade: a mudança na lei de Deus, promovida pelo poder descrito em Daniel 7:25 e Apocalipse 13. Oro para que muitas pessoas sinceras, ao estudar esse guia da Escola Dominical, sejam despertadas pelo Espírito Santo, façam perguntas, questionem a si mesmas e a seus líderes, e tenham a humildade de reconhecer o verdadeiro Deus Criador e Seu memorial eterno da criação.

Michelson Borges

sábado, 4 de outubro de 2014

Podemos nadar, jogar bola ou lavar a louça no sábado?


"Toda operação de milagres por Cristo era essencial e devia revelar ao mundo que havia uma grande obra a ser realizada no dia de sábado para alívio da humanidade sofredora, mas não o trabalho comum. Procurar prazeres, jogar bola, nadar, não era uma necessidade, mas pecaminosa negligência do dia sagrado santificado por Jeová. Cristo não realizava milagres meramente para mostrar Seu poder, mas sempre para enfrentar a Satanás ao afligir ele a humanidade sofredora. Cristo veio ao nosso mundo para satisfazer as necessidades dos sofredores aos quais Satanás estava torturando". Ellen White, Carta 252, 1906. citado em Mensagens Escolhidas, vol. 3, 258.


Outras atividades proibidas nos sábados:

"Recomendamos a todos que não lavem sua louça no sábado se for possível evitá-lo. Deus é desonrado por todo trabalho desnecessário efetuado no Seu santo dia. Não é incoerente, e, sim, apropriado, que a louça fique por lavar até o fim do sábado, se isto puder ser feito assim". Ellen White, Carta 104, 1901. citado em Mensagens Escolhidas, vol. 3, 258.

"Barulho ruidoso e contenda não devem ser permitidos em nenhum dia da semana; mas no sábado todos devem manter silêncio. Não devem ser ouvidas ordens em voz alta em nenhuma ocasião; mas no sábado isso é completamente impróprio". Ellen White, Mensagens Escolhidas, vol. 3, 257.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Jesus permitiu que os discípulos colhessem espigas no sábado?

terça-feira, 3 de setembro de 2013

A verdade sobre o sábado (em dois minutos)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Lembra-te




2Pedro 3:1- Amados, esta é agora a segunda carta que lhes escrevo. Em ambas quero despertar com estas lembranças a sua mente sincera para que vocês se lembrem. (NVI)

Uma das coisas mais importantes em nossa vida é a nossa memória. E então, o apóstolo Pedro se esforça em duas epístolas para trazer as lembranças das verdades que foram proferidas no passado pelos profetas e apóstolos. Muitas vezes nós nos esquecemos de muitas coisas que deveríamos lembrar. Nossa memória parece estar adormecida, mas deve ser constantemente despertada.

A Bíblia nos admoesta sobre muitas coisas de que nos devemos lembrar. Há na Palavra de Deus coisas que jamais deveríamos esquecer, se nós quisermos nos salvar.  Há 5 grandes lembranças para o bem de nossa salvação que eu quero destacar; são 5 grandes coisas que jamais devemos esquecer.

I – LEMBRA-TE DOS TEUS PECADOS

Gên 41:9 - Então o chefe dos copeiros disse ao faraó: "Hoje me lembro de minhas faltas. (NVI)

Faraó, rei do Egito tivera um sonho que lhe perturbara a mente e lhe preocupava o espírito. Ele tivera um sonho estranho e perturbador de 5 vacas magras e famélicas que devoravam outras 5 vacas gordas e formosas. Então, ele mandou chamar a todos os magos e sábios do Egito, contou-lhes o sonho, mas ninguém podia lhe dar a interpretação do sonho. Foi quando o copeiro chefe recordou-se de um jovem que interpretava sonhos difíceis. Falou a Faraó do jovem José e começou dizendo assim: "Lembro-me hoje de minhas ofensas. Lembro-me de meus pecados diante do rei, meu senhor."

O profeta Ezequiel registrou o que disse Deus para o Seu povo: "Então, vos lembrareis dos vossos maus caminhos e dos vossos feitos que não foram bons; tereis nojo de vós mesmos por causa das vossas iniquidades e das vossas abominações." Ez 36:31.

Quando Jacó lutava com o Anjo de Deus, em sua noite de agonia, pôde lembrar-se de seus pecados e do engano com que tratou a seu pai, e da fraude que fizera ao seu irmão Esaú. Um senso de culpa lhe passou pela memória. O seu irmão vinha com um poderoso exército contra ele e a sua família, completamente despreparados para a guerra. Então, Jacó se humilhou diante de Deus e lhe confessou todas as suas culpas. Lembrou-se de todos os seus pecados e enganos. Mas apegou-se a Deus e lutando com o Anjo, e recebendo a revelação de que ali estava o próprio Deus, Jesus Cristo em Pessoa, disse-Lhe: "Não Te deixarei ir, se não me abençoares." E a resposta do Anjo foi esta: "Como príncipe lutaste com Deus e os homens e prevaleceste."

Davi caíra em um pecado terrível e hediondo, mas queria esconder o seu pecado e abafá-lo, a fim de que ninguém descobrisse o que ele tinha feito. Então, como diz a Bíblia, um abismo chama outro abismo e um pecado chama outro pecado, Davi foi mais além de seu adultério com Bate-Seba, que reclamava estar gestante. Davi arquitetou um plano de mandar matar o esposo dela. Chamou-o e deu-lhe uma carta orientando a Joabe, o comandante do exército de Israel, para que ele colocasse a Urias na frente mais perigosa da guerra em que se encontrava o seu exército, sem proteção, a fim de que morresse. Urias inocentemente levou a sua própria condenação, sem saber que haveria de morrer na frente do exército dos inimigos. Mas Deus mandou o profeta Natã a Davi, e lhe disse: "Tu és o homem que deve morrer, porque transgrediste contra os mandamentos de Deus." E Davi se lembrou de seus pecados e disse: “Pequei contra o Senhor.” E Natã respondeu: “Também Deus perdoou a inquidade do seu pecado!”

Lembra-te dos teus pecados. Se hoje nos recusamos a lembrar dos nossos pecados, Deus enviará um de seus instrumentos para nos fazer lembrar dos nossos maus caminhos e dos nossos pecados e de nossas transgressões, e daí, poderá ser tarde demais. Disse Jesus Cristo à Sua Igreja: "Lembra-te, ... de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras." Apocalipse 2:5.

Certa vez, Cristo realizou um poderoso milagre, efetuando uma pesca maravilhosa, tirando um grande cardume de peixes de onde não havia peixes. Ao ver isso, Pedro ficou tão impressionado com a convicção da divindade de Jesus, que se ajoelhou diante dEle e lhe disse: “Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador.” (Lc 5:8). Pedro estava lembrando e reconhecendo os seus pecados.

Mas muitos ainda não querem se lembrar dos seus pecados; só se lembram dos pecados dos outros. Os escribas e fariseus, que levaram a mulher adúltera aos pés de Jesus para que fosse apedrejada, não queriam se lembrar dos seus próprios pecados. Chegando diante de Jesus, lançaram-lhe um dilema judicial: “Senhor, esta mulher foi pega em flagrante adultério e a lei mosaica ordena o apedrejamento sumário. Mas tu, Senhor, o que dizes?” Então Jesus começou a escrever na terra. O que escrevia Ele? Ele escrevia os pecados dos acusadores da mulher. Mas como ainda não tinham percebido o que estava acontecendo, insistiram na pergunta, e Jesus lhes disse: “Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra!”

Daí, diante dessas palavras penetrantes, e lendo as palavras escritas no chão, lembraram-se de seus pecados e, humilhados, confusos, saíram, um por um, em vergonhosa derrota. Porque os fariseus daquele tempo e de hoje, só se lembram dos pecados dos outros e são prontos em acusar e censurar. “Então, erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém senão a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu te condeno; vai-te, e não peques mais.” (Jo 8:10-11).

Lembre-se dos seus pecados hoje, a fim de se livrar deles, porque amanhã poderá ser tarde demais. No Dia do Juízo final, todos se lembrarão dos seus pecados que não quiseram confessar e corrigir. Sim, todos os que não quiseram se lembrar antes, para serem perdoados. Será suficiente apenas aquele penetrante olhar, um olhar perscrutador do Juiz de toda a terra.

 O reconhecimento do pecado é o efeito do Espírito Santo operando em nossos corações. É o primeiro passo de aceitação. O orgulhoso não alcança o perdão prometido. O orgulho o impede de reconhecer os seus pecados. A promessa é para os humildes que se reconhecem pecadores necessitados da misericórdia divina. O apóstolo Tiago escreveu por inspiração: “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” (Tiago 4:6).

Jesus Cristo, o nosso Salvador, morreu na Cruz do Calvário, a fim de tirar os nossos pecados, como o “Cordeiro de Deus” (Jo 1:29). Mas a promessa de perdão ainda é condicional, a fim de que Ele possa aplicar o Seu perdão particularmente a cada um de nós. “Se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça.” Então, “o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado” (1Jo 1:7, 9).

A ordem divina é esta: “Lembra-te dos teus pecados. Lembra-te de onde caíste. Arrepende-te e volta à prática das primeiras obras." (Ap 2:5). Portanto, a lembrança de nossos erros e faltas, pecados e transgressões é importante para nos arrependermos, confessarmos, alcançarmos o perdão, esquecermos todo o passado pecaminoso e obtermos a vitória sobre todos eles, -  “porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé (1Jo 5:4).

II – LEMBRA-TE DOS MANDAMENTOS DE DEUS

Núm 15:40: “Para que vos lembreis de todos os Meus mandamentos, e os observeis, e sejais santos para com o vosso Deus.”

 O plano de Deus com respeito a nós é para que nos lembremos dos Seus Mandamentos e os guardemos. E Ele diz mais: Para que “sejais santos para com o vosso Deus.” Mas como poderíamos nos tornar santos pela observância dos mandamentos da Lei? Paulo ensinou que isso é impossível: “Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e como oferta pelo pecado, na carne condenou o pecado” (Rom 8:3).

Paulo nos diz que pela Lei ninguém pode ser santo, por causa da fraqueza de nossa carne, por causa da natureza pecaminosa. Mas Deus tornou isso possível porque Ele enviou a Jesus Cristo para morrer em nosso lugar, condenando no corpo de Cristo os nossos pecados. Então, ao pagar o preço de nossa redenção, todos agora podem guardar a Lei de Deus. Jesus Cristo morreu “a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8:4). Sendo a Lei santa, justa e boa, e transunto da perfeição divina, segue-se que o caráter formado pela obediência a esta lei será santo. Portanto, não há possibilidade de desenvolvermos caráter santo se esquecermos da Lei de Deus.

Certa vez, quando jovem, eu tive a oportunidade de assistir a um conferencista, na cidade de Alagoinhas, BA, onde eu morava na época. Então, ele baseou a sua conferência nas seguintes palavras do evangelho: “Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna!” (Jo 6:68). E qual foi a conclusão do conferencista? Foi esta: “Pedro dissera ao Mestre: Senhor, para onde iremos nós? Iremos nós para a Lei? Não! Iremos nós para os Dez Mandamentos? Não! Iremos nós para a caducidade da letra? Não! Tu tens as palavras da vida eterna!” Mas o próprio Cristo já dissera: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” (Mt 5:17). É impossível aceitar a Cristo e rejeitar a Sua Lei e os Seus Mandamentos. “Se Me amais,” disse o divino Mestre, “guardareis os Meus Mandamentos” (Jo 14:15).

Os líderes religiosos modernos ensinam que você não precisa se lembrar dos mandamentos de Deus. Os teólogos sem teologia afirmam do púlpito sagrado que você não precisa se recordar da lei. Os conferencistas populares dizem hoje que você não precisa mais da lei, que a lei caducou, que ela foi anulada com a velha aliança. Mas a Bíblia ensina que quando nós entramos na nova aliança com Deus, a Sua Lei é gravada em nossos corações:  “Esta é a aliança que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu coração as minhas leis, e sobre a sua mente as inscreverei” (Heb 10:16). Portanto, os mandamentos da Lei foram gravados em nossa mente e em nosso coração a fim de que não nos esqueçamos deles. Disse Deus: “Para que vos lembreis de todos os Meus mandamentos, e os observeis.”

Além de todos os estímulos que temos na Bíblia para nos lembrarmos dos mandamentos de Deus, está o fato inamovível de que a Lei é eterna e imutável. Disse o salmista Davi: Sl 111:7-8: “...fiéis são todos os seus preceitos; firmados estão para todo o sempre.” Mas é interessante como Davi diz que “todos os mandamentos” de Deus são justiça, e acrescenta, em oração ao Senhor: “A Tua justiça é justiça eterna, e a Tua Lei é a própria verdade” (Sl 119:172,142). O apóstolo Paulo, respondendo às questões dos falsos ensinadores, disse: “Anulamos, pois, a lei pela fé? De modo nenhum; antes estabelecemos a lei” (Rom 3:31).

III – LEMBRA-TE DO DIA DO SÁBADO

Êxo 20:8: “Lembra-te do dia do sábado para o santificar.”

Se nos lembrarmos dos Mandamentos de Deus, nós nos lembraremos de santificar o sábado, pois este é o 4º mandamento situado no centro e no coração da eterna lei de Deus.

Mas alguém poderia perguntar: Por que haveríamos de nos lembrar do sábado, quando todo o mundo já o esqueceu? Não deveríamos antes guardar o domingo? Por que nos lembrar do sábado? Por várias razões.

Em primeiro lugar porque o sábado é o memorial da Criação. Diz o mandamento: “porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há.” O sábado nos aponta para a Criação, e quando nós nos lembramos do Sábado, adoramos ao Criador. Adorar significa venerar, respeitar, reverenciar, admirar e louvar. Admirando a Criação de Deus nós O adoramos. E se O adoramos, vamos nos livrar do evolucionismo, ateísmo, materialismo e cepticismo.

Em segundo lugar, nós necessitamos de um descanso semanal e o sábado foi feito para que tivéssemos esse descanso. Diz o mandamento que Deus descansou no sétimo dia. Não quer dizer que Deus Se cansa. Disse o profeta Isaías: “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga?” (Is 40:28). Ele descansou no 7º dia no sentido de cessar as Suas obras nesse dia memorável. E assim, deixou-nos um exemplo de como deveríamos fazer. O sábado nos proporciona um descanso material, porque deixamos nossos trabalhos comuns de nossa profissão. Mas o descanso espiritual nos leva a adorar e louvarmos ao Criador.

Em terceiro lugar, devemos lembrar do sábado porque há nele uma bênção divina. Diz o mandamento: “por isso, o Senhor abençoou o dia do sábado.” Com efeito, preciosas bênçãos há reservadas para os que se lembram do sábado. Bênção bem da palavra “bens”. Bens de saúde, prosperidade e a proteção de Deus são bênçãos prometidas aos Seus filhos obedientes. Deus ainda nos promete por boca do profeta Isaías que nos dará um memorial e um nome eterno (Is 56:5), e isso inclui a vida eterna.

Em quarto lugar, nós nos lembramos do sábado porque ele é um sinal de santificação. “o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou” (Êx 20:11). Ele disse por meio do profeta Ezequiel: “Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o SENHOR que os santifica.” (Ez 20:12). O Senhor nos santifica, quando nos lembramos do sábado para o santificar, tornando o sábado um dia para buscarmos a Deus e O adorarmos em espírito e verdade.

Lembremo-nos do santo dia do sábado, pois ele foi feito para o benefício do homem. Disse Jesus Cristo, o Senhor do sábado: “O sábado foi estabelecido por causa do homem” (Mc 2:27). Os grandes benefícios do sábado estão reservados aos fiéis que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos.

IV – LEMBRA-TE DO TEU CRIADOR

Ec 12:1: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer.”

Estas palavras não excluem nem crianças nem velhos, porque Jesus Cristo disse: “Vinde a Mim todos”; “Aquele que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora” (Mt 11:28; Jo 6:37). Mas há aqui um apelo especial à juventude. Deus sabe que é nessa fase da vida que o jovem enfrenta as maiores tentações diante dos encantos do mundo em suas diversões e prazeres. Deus sabe que é nessa fase da vida que o jovem está mais vulnerável diante das paixões da mocidade.

A Bíblia nos fala de grandes homens que se lembraram de Deus nos dias de sua juventude. José foi um jovem valoroso porque se lembrou de seu Criador, não só nos momentos de alegria, mas também nas suas maiores crises. As tempestades da prova e da tentação sopravam furiosamente contra ele quando já estava no Egito, e ameaçavam derrubá-lo. Lá estava ele como escravo de uma nação pagã, porque fora vendido por seus irmãos invejosos. Distante do seu pai Jacó, sabendo que ele nem sequer sabia do ocorrido, imaginado que ele estivesse morto. Vivendo em uma terra de língua estranha, sendo tratado rudemente, forçado a fazer trabalhos pesados, lembrou-se de Deus e se perguntava: “Por quê?”

Mas José foi prosperando, porque quem se lembra de Deus sempre cresce na vida, e foi parar na casa de Potifar, oficial de Faraó e comandante da guarda. Mas a vida de José que estava mudando para melhor, teve um grande problema, porque a mulher de Potifar, bela e sedutora, colocou os olhos naquele jovem formoso. E se ofereceu para ele. Provavelmente, ela sabia como provocar ao jovem, e pensava que os seus planos dariam certo.

Tentou-o no primeiro dia, no segundo dia, até que, não conseguindo a atenção do jovem, ela foi mais direta e disse: “José, deita-te comigo!” Como se sairia você em tal situação? Mas José permaneceu inabalável, e disse: “Seu esposo me confiou todas as coisas, e só me vedou só a você por ser esposa dele. Como, pois, eu cometeria tamanha maldade e pecaria contra Deus?” (Gn 39:9). Aqui está um jovem que se lembrou de seu Criador nos dias de sua mocidade. Ele sabia que Deus não o abandonaria, mesmo nas mais difíceis situações. Seu primeiro pensamento foi para Deus. Apegou-se a Deus, apoderou-se de sua força, e saiu vitorioso.

Mas há muitos que se esquecem de Deus na sua mocidade. Mas Ele continua dizendo: “Lembra-te do teu Criador!”

O filho de um casal camponês foi estudar na cidade. Passaram-se vários meses, e um dia, o pai sentiu saudades do seu filho e, atrelando o seu cavalo à carroça, saiu de madrugada em direção à cidade, onde o filho estudava. Foi uma viagem penosa, pois a cidade ficava muito longe de sua casa. Depois de alguns dias de viagem, afinal, quase ao anoitecer, contemplou ao longe a cidade. Seu coração bateu mais depressa, pois em poucos momentos abraçaria o seu filho querido. Fustigou novamente o cavalo já cansado, pois a saudade o estimulava a avançar mais rapidamente.

Afinal, estava na última reta, já para entrar na cidade. “Que alegria, que felicidade!”, pensou. Bem perto da cidade, ele viu que três jovens vinham saindo dela, cantarolando, rindo e se divertindo. Ele olhou com mais intensidade, e seus olhos perceberam que o jovem do meio era o seu filho a quem tanto amava. Então, ele parou a carroça, desceu rapidamente, e procurou chegar e abraçar o filho, dizendo: “Ó filho querido, que saudades tenho de ti!”

Mas o moço, envergonhado de seu pai, pois vinha com dois colegas, rapazes da cidade, falou: “Que é isso, velhinho, você deve estar enganado! Eu não sou o seu filho! Onde já se viu, você meu pai?” Então, afastou com uma gargalhada o velho pai que tanto se sacrificara pelo filho. Mas o pai insistiu: “Meu filho, o que é isso? Eu sou o teu pai; não me conheces mais? Eu vim de longe para te ver! Tinha tanta saudade que não aguentei mais e vim te ver. Filho, já esqueceste do teu pai?” Procurou novamente abraçá-lo, mas com desprezo o filho o afasta, dizendo: “Velhinho, creio que você não está regulando bem. Deve estar muito enganado, não sou o seu filho; não me aborreça e deixe-me em paz!” O pai, trêmulo se afasta com o coração quebrantado por um filho que não queria reconhecer nem receber o seu próprio pai!”

Certamente, você diria: “Que filho ingrato! Que filho sem coração!” Eu também diria. No entanto, quantas vezes fazemos a mesma coisa com o nosso Pai celeste! Quantas vezes nós nos esquecemos de nosso Criador! Quantas vezes nós O negamos por nossos pensamentos, palavras e atos. E ainda queremos ser considerados filhos de Deus!

O conselho divino que chega até nós é: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade!” Antes que venham os dias de desgosto para a tua vida. Antes que as doenças batam à porta de sua casa. Antes que cheguem o reumatismo e a pressão alta. Antes que as forças se extingam. Antes que a morte se aproxime, porque a morte não manda cartão de visita, e pode chegar ao velho, mas também chega aos jovens.

V – LEMBRA-TE DE JESUS CRISTO

2Tim 2:8: “Lembra-te de Jesus Cristo, ressuscitado de entre os mortos, descendente de Davi” (2Tim 2:8).

Lembra-te de Jesus Cristo em sua vida na terra. Foi um verdadeiro Exemplo a todos. Era dotado de sabedoria espiritual de tal modo que aos 12 anos já ensinava no templo, surpreendendo aos doutores da lei. No entanto, era humilde e Se dedicou até para trabalhar como um carpinteiro com o Seu pai terrestre.

Lembra-te de Jesus Cristo em Seu caráter. Era puro e imaculado. Não dava lugar à tentação e quando Satanás se apresentava com os seus enganos e sutis insinuações, Ele lhe mostrava um “Está Escrito!” e saía vitorioso no conflito contra o mal. Preparava o Seu caminho observando a Palavra de Deus. Confiava no Pai com a simplicidade de uma criança.

Sua presença levava aos lares uma atmosfera pura e cheia de ânimo e encorajamento. Ajudava aqueles que se achavam desanimados com as lutas e tentações da vida, dirigindo-lhes palavras animosas e reconfortantes. Todos se sentiam felizes em Sua presença. Era bondoso para com todos e compreendia com terna simpatia as fraquezas dos outros.

Lembra-te de Jesus Cristo no Jardim do Getsêmani. Acompanhado dos Seus discípulos, o Salvador caminhava triste e taciturno para o lugar da aflição. As trevas adensavam-se em Sua mente, porque já começava a sentir a suprema angústia da separação do Pai, em consequência de levar sobre Si os pecados de toda a humanidade.

Lembra-te de Jesus Cristo sendo julgado por um tribunal injusto e ímpio formado por líderes cheios de inveja e preconceito. Ali estavam homens cruéis prontos para massacrar a vida do imaculado Filho de Deus. Pensa em Cristo sendo conduzido para o Calvário, arrastado atropeladamente para o martírio como se tivesse sido o pior dos criminosos, sendo batido, cuspido, açoitado, sofrendo pelos nossos pecados. Contempla-O pendendo na Cruz, pendurado entre o céu e a terra, recebendo a ira de Deus sobre Si mesmo, a fim de pagar pelos nossos pecados e entregar a vida a fim de remir a humanidade inteira.

“Lembra-te de Jesus Cristo, ressuscitado de entre os mortos,” após quebrar poderosamente os grilhões da sepultura e romper com as cadeias da morte, levantando os braços e dizendo: “Eu sou a Ressurreição e a Vida!” Garantiu assim a vitória sobre o mal, deu uma esperança a todos os habitantes deste mundo e nos encheu de alegria por Seu imenso sacrifício pelo qual estamos salvos, confiados em Sua redenção.

Mas muitos se esquecem de Jesus e não poucos os que olvidam o Salvador. A estes o apóstolo Paulo diz: “Lembra-te de Jesus Cristo”.

 Era um lindo dia de sol, quando bateu insistentemente à porta do pastor. Ao ser aberta a porta, uma senhora se precipita para dentro da sala exclamando: “Por que ela me fez isto? Dei-lhe tudo o que desejava, e agora vejo que foi tudo em vão. Por que ela me fez isto?” A história é a seguinte: Possuíam uma filha única que foi educada com todo esmero, recebeu tudo o que desejava e agora, depois de tudo isso, ela vivia um vida irregular, dando muito desgosto aos pais, que tinham feito tudo pela filha única, que era todo o seu orgulho nesta vida. “Demos-lhe tudo”, exclamava repetidamente a mãe, “e agora ela nos fez isto!” O pastor, compenetrado na curta mas tocante história, duma mãe desesperada e aflita, fez então calmamente a seguinte solene pergunta: “Também lhe deste Jesus?” “Não”, respondeu a mãe. “Nós não somos muito religiosos.”

Que tristeza: tinham dado tudo à filha, mas esqueceram o que era mais importante. Lembraram-se de tudo, mas se esqueceram de Jesus Cristo. Tudo, menos Jesus e eis o fracasso. No mundo há apenas duas classes de pessoas: As pessoas que se esquecem de Jesus e as pessoas que se lembram de Jesus. A qual das duas classes você pertence?

Lembremo-nos de que Jesus Cristo morreu para que nós fôssemos salvos. Que Ele ressuscitou a fim de nos desse a vida eterna. Que Ele foi assunto ao Céu a fim de interceder por nós e nos dar força na hora da tentação. E lembremos também que Ele voltará a fim de nos levar ao Paraíso eterno da bem-aventurança. Portanto, lembremo-nos de Jesus Cristo a fim de nos prepararmos para a Sua volta em glória e majestade.

CONCLUSÃO

1. Devemos nos lembrar de nossos pecados, a fim de nos livrar deles, alcançar o perdão e a purificação e a vitória completa.

2. Se nos lembramos de nossos pecados, vamos nos lembrar da Lei de Deus, porque o pecado é a transgressão da lei.

3. Se nos lembramos da Lei, vamos nos lembrar de santificar o sábado, que é o 4º mandamento.

4. Se nos lembramos do sábado, vamos nos lembrar de nosso Criador, especialmente nos dias de nossa força e mocidade.

5. Se nos lembramos de nosso Criador, vamos nos lembrar de Jesus Cristo que nos criou, mas também nos redimiu, razão por que Lhe pertencemos por criação e redenção.

Lembra-te de Jesus Cristo. O meu Deus é um Deus real. O meu Deus é Todo poderoso. Ele é onisciente; Ele é onipresente. Ele é o Princípio e o Fim. Ele é a Estrela da manhã. É o Lírio do Vale. Ele é eterno e imutável. Ele é invencível. Ele é a minha vitória. O Seu nome é Jesus Cristo. Ele abre as portas da morte. Ele é a Ressurreição e a vida. Ele é o Rei dos reis. Ele é o Senhor dos senhores. Ele domina o universo. Ele criou os bilhões de mundos através das centenas de bilhões de galáxias. Ele sabe o nome de cada uma das bilhões de estrelas que existem nas bilhões de galáxias. Ele exalta aos pobres. Ele abate os soberbos. Ele salva os humildes. Ele é justiça. Ele é amor. O Seu caráter é santo. Não existe ninguém igual a Ele em todo o vastíssimo universo. Ele é ímpar.
Ele é chamado de Jeová. O Seu nome está acima de todos os nomes. Ele sempre existiu, e nunca houve um tempo em que Ele não existisse. Ele está aqui do meu lado. Ele está aí do seu lado. Ele quer te levar para o Céu onde Ele mora. Você nunca terá um amigo melhor do que o meu Deus, chamado Jesus Cristo. Ele é o seu Criador. Ele é o meu Salvador. Ele é o meu Redentor. Ele é o meu Advogado. Ele nunca perdeu uma causa. Ele é o meu Sumo Sacerdote. Ele é o meu Intercessor. Ele é o meu Mediador. Ele quer salvar a você também. Você também pode amá-lO. Ele morreu por você numa Cruz. Aceita-O, como o seu poderoso e suficiente Salvador.

PR. ROBERTO BIAGINI
Teólogo, Mestre em Teologia. Realizou vários cursos de Extensão Teológica da Andrews University e do Centro de Educação Contínua da DSA. Trabalhou como distrital de várias igrejas do centro, norte e sul do país. É casado com a Profª. Silvane Luckow Biagini, e tem dois filhos, Ângela e Roberto.

Fonte: Nisto Cremos

▲ TOPO DA PÁGINA