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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Grávidas e fuga no sábado



Gostaria de saber o significado da frase : “Ai das que estiverem grávidas...” e “orai para que vossa fuga não se dê no inverno nem no sábado”
(Mat. 24:19 e 20). 
Jesus está falando do que sobreviria à cidade de Jerusalém, em 70 a.C.: a cidade seria cercada, invadida e destruí-da pelos romanos, o que realmente aconteceu. Obviamente, mulheres grávidas que desejassem fugir ao cerco teriam tremendas dificuldades para fazê-lo; ou então, pelas circunstâncias, sofreriam ainda mais em todo o contexto do cerco e invasão da cidade. Fugir no inverno traria a dificuldade do rigor do tempo frio.
Orar para que a fuga não acontecesse no sábado foi uma orientação dada por Cristo a Seus discípulos que haveriam de fugir da cidade (como realmente aconteceu, pois entendo que nenhum cristão pereceu na invasão), em consideração à natureza do dia que Deus mandou guardar: os discípulos escapariam da cidade condenada, e o sábado, por ser santo, não seria inteiramente próprio para uma fuga apressada, pois a santidade do dia estaria assim comprometida; para o guardarem devidamente, não deveriam se preocupar com fugas e coisas afins. Jesus aqui reconhece que a guarda do sábado estaria em pleno vigor entre Seus discípulos 40 anos depois de Sua crucifixão, o que derruba a teoria de que o sábado foi abolido na cruz.

Texto de José Carlos Ramos extraído da Revista Adventista de  Janeiro de 2002

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Deleitoso e digno de honra


sábado é um período sagrado no tempo. E esse espaço de tempo, que se repete a cada
sete dias, é descrito na Bíblia como “deleitoso” e “digno de honra” (Isa. 58:13). Algumas
pessoas, porém, trocam o adjetivo “deleitoso” pelo termo “deitoso”.
As preferências variam: uns elegem as horas da Escola Sabatina como o período mais adequado para dormir, ao passo que outros escolhem o período da tarde. E há os que, cansados das lutas da semana, dormem nos dois períodos. Eclesiastes 5:12 é seu verso favorito: “Doce é o sono do trabalhador.” E, para alicerçar suas preferências, acham que o texto do quarto mandamento ficaria melhor assim: “Seis dias trabalharás e no sábado dormirás.”
Ellen White, já em seus dias, preocupava-se com essa tendência. Escrevendo sobre a observância do sábado, afirmou: “Não deveis perder as preciosas horas do sábado, levantando-vos tarde. No sábado a família deve levantar-se cedo. Despertando tarde, é fácil atrapalhar-se com a refeição matinal e a preparação para a Escola Sabatina.” – Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 23.

“Ninguém se deve sentir na liberdade de gastar tempo santo inutilmente. Desagrada a Deus
que os observadores do sábado durmam muito tempo no sábado.” – Idem, vol. 1, pág. 291.

A esta altura, os legalistas estão vibrando: “Finalmente, surgiu alguém com coragem suficiente para denunciar os napeiros sabáticos!” Mas tanto os legalistas quanto os amigos do travesseiro desconhecem o significado do adjetivo “deleitoso”. E, muito menos, a expressão “digno de honra”.
O legalista acha que, abstendo-se de trabalhos seculares no sábado, está guardando o mandamento. Ao invés de comer a polpa da fruta, contenta-se com a casca. A casca é a formalidade. Diz Ellen White: “Não devemos observá-lo [o sábado] simplesmente como objeto de lei.”– Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 20. 

O legalista, que se ufana de muitas coisas (inclusive de não dormir nas horas sabáticas), é transgressor por achar que sua “estrita obediência” o recomenda diante de Deus. Que presunção! É também transgressor por se relacionar apenas com formalidades, e não com o Senhor do sábado.
Se o tipo “boa-vida” transforma o sábado em um dia “deitoso”, o legalista o transforma
em um dia “tedioso”. Mas ambos fecham os olhos para as maravilhas da natureza e para um
saudável relacionamento com Deus e com o próximo.
Como proceder para que o sábado seja, de fato, um dia deleitoso e digno de honra? Isaías
58:13 responde: “não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs”. Muitas coisas, durante os seis dias de trabalho, são lícitas e louváveis. Já no sábado, traduzem apenas os nossos interesses.
O sábado, além de memorial da Criação, é um dia reservado para o desenvolvimento de
um companheirismo mais íntimo com o Criador de todas as coisas. Durante a semana, andamos de mãos dadas com Jesus; no sábado, sentamo-nos a Seus pés. É um dia para aprofundarmos nosso relacionamento com os membros da igreja e de nossa família. É dia de louvor e gratidão nos átrios do Senhor. Além disso, cumpre-nos ministrar aos necessitados, seguindo o exemplo do Mestre, que disse: “É lícito, nos sábados, fazer o bem” (Mat. 12:12).
Certo sábado, quando minhas filhas eram pequenas, estávamos no topo de uma elevação, perto da Rodovia dos Imigrantes, que liga São Paulo a Santos. O céu estava pintado de nuvens brancas.
A relva e as flores enfeitavam a colina. A certa altura, enquanto minha esposa falava sobre o poder criador de Deus, uma de nossas filhas sugeriu: “Vamos fazer uma oração neste lindo lugar?” O sábado aproxima a criatura dAquele que fez todas as coisas. Fala também do poder recriador de Cristo.
Como povo de Deus, precisamos restaurar a observância do sábado, tornando-o um dia
deleitoso. Não nos contentemos com a casca; deliciemo-nos com a polpa.

Texto de Rubens Lessa extraído da Revista Adventista de Junho de 2001

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Podemos ou não aquecer os alimentos no sábado?


Podemos ou não aquecer os alimentos no sábado?
Satanás tem ou não acesso a nossa mente?
As mulheres só podem usar cabelos cumpridos?
O Espírito Santo é uma pessoa ou apenas uma força?
Se Deus é completamente bom, como explicar Isaías 45:7?
Como Samuel escreveram livros que relatam a própria morte?

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O “dia longo” de Josué mudou o dia de guarda?


Como Deus realizou um milagre em favor de Josué “segurando” o Sol por quase um dia, o sábado passou a ser sexta-feira? – M.

Resposta: 

Primeiramente, é bom lembrar que Jesus, o Filho de Deus, intérprete autorizado das Escrituras, guardou o sábado do sétimo dia quando esteve aqui na Terra. Portanto, qualquer que tenha sido o fenômeno que ocorreu nos dias de Josué, certamente não afetou o ciclo semanal. O dia pode ter sido mais longo, mas não foram dois dias – terminou ao pôr do sol, e só aí veio um novo dia.

Parece não haver relato desse fenômeno nos registros de nenhum outro povo distante, portanto, é possível que talvez tenha se tratado de um fenômeno local.

Via Criacionismo

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

"No Sábado Não Saia do Seu Lugar"



“NO SÁBADO NÃO SAIA DO SEU LUGAR”

Muito bem, o texto é correto. Precisamos só não destacá-lo do contexto. A ordem não é para ficar estático, paralisado em algum lugar enquanto passam as horas sagradas do Sábado. A ordem foi dada para“não sair do lugar” a fim de “apanhar maná”, no Sábado (Êxo. 16:23-29). Isto realça a santidade desse dia. Na sexta-feira Deus enviava o maná em dobro para que no Sábado ninguém o transgredisse saindo aos campos para apanhá-lo. O Sábado é santo, nele a “padaria” do Céu não funcionava.

“PAULO DISSE QUE QUEM NÃO TRABALHA, NÃO DEVE COMER”

Isso é verdadeiro ainda nos dias atuais. Só não devemos esquecer de imitá-lo (Fil. 3:17), já que ele assim exige, ok? Paulo trabalhava durante a semana inteira, mas no Sábado, ele ia sempre à igreja (Atos 18:1-4). Este costume – ir à igreja aos Sábados – era evidente na vida de Paulo (Atos 17:2). Leia o capítulo nº 8.

“ESTAMOS DEBAIXO DA GRAÇA E NÃO DEBAIXO DA LEI”

Esta é mais uma declaração sincera, proferida por todos os evangélicos: leigos, seminaristas, Pastores. Porém, torna-se uma expressão sem o peso que lhe dão quando isolada do contexto bíblico.

Veja bem: O que é um “fora da Lei”?

– É aquele foragido da justiça. O que transgrediu a lei existente para proteger os cidadãos. Se está “fora da lei”, evidentemente está sob sua penalidade.

Da mesma maneira, os cristãos que estão “debaixo da Graça” não podem estar “fora da lei”. A Graça se torna uma dádiva para os que obedecem. Mas Deus também tem uma lei para identificar os obedientes. Por isso dizemos: só se pode estar “debaixo da Graça” estando “dentro da lei”! (Leia o capítulo nº 21).

QUAL O GRANDE MANDAMENTO DA LEI? – Mateus 22:36

Jesus definiu a lei como sendo: Amor a Deus e amor ao próximo. Sábia e divinamente Deus dividiu Seus Dez Mandamentos em duas partes. Assim que, os primeiros quatro mandamentos dizem de nossa obrigação para com Deus, e os seis restantes, de nossa obrigação e respeito ao nosso semelhante. Por conseguinte, destes “dois” mandamentos depende toda a lei.

– Então, qual o grande mandamento da Lei? Resposta: A lei toda!

“EU FUI ARREBATADO NO DIA DO SENHOR” – Apocalipse 1:10

Qual é este Dia do Senhor? Observe:

- Deus chama o Sábado de: “Meu santo dia”. Isa. 58:13.
- Mateus denomina o Sábado de Dia do Senhor. Mat. 12:8.
- Marcos e Lucas fazem o mesmo. Mar. 2:28; Luc. 6:5.
- Deus diz: “Lembra-te do dia de Sábado para o santificar...” Êxo. 20:8-11.
- Paulo, ao implantar o cristianismo na Europa, o fez em um dia de Sábado. Atos 16: 13,11,12.
- Paulo era fabricante de tendas e trabalhava durante a semana, mas no Sábado fechava a oficina e dirigia-se à igreja. Atos 18:1-4.
- Tiago diz que quem quebra um mandamento (certamente esta palavra tem endereço certo – o Sábado) é culpado de todos; transgrediu conscientemente toda a lei. Tiago 2:10.
- João chama de mentiroso quem diz guardar a lei só de boca (I S.João 2:4), e a Lei Moral consigna o Sábado. Êxo. 20:8-11.
- Jesus exortou Seus discípulos a orar para evitar transgredir o Sábado. Mat. 24:20.
- Jesus disse que quem O ama, guarda Seus mandamentos (João 14:15); por isso Ele criou e conservou o Sábado. Êxo. 20:8-11; Luc. 4:16.
- Jesus afirmou que quem O ama deve andar como Ele andou (I S.João 2:6). Ele guardava o Sábado. Luc. 4:16; Mat. 5:17-18.
- Os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas escreveram seus evangelhos por volta do ano 61, d.C.; Paulo escreveu suas epístolas em um espaço compreendido entre os anos 51 a 68 d.C., e João escreveu o Apocalipse no ano 97 d.C. Há portanto uma diferença muito pequena entre eles (trinta anos, mais ou menos) em que possa ter acontecido a mudança do dia de repouso e não ficasse definida como tal. É impossível que em tão pouco tempo o mundo tivesse esquecido ou deixado de tomar conhecimento da mudança do Sábado para o domingo.
- Mais impossível ainda é que, em apenas este espaço de tempo, João tenha se referido ao domingo (Apoc. 1:10) e não ao Sábado, levando-se em conta que todos os evangelistas e apóstolos só mencionavam o Sábado como o Dia do Senhor. Mat. 12:8; Mar. 2:28; Luc. 6:5, etc.

DOMINGO – não aparece na Bíblia nenhuma vez.
SÁBADO – só no Novo Testamento, ocorre 59 vezes.

Ademais, não seria tremenda contradição achar que João ensine seja o domingo o Dia do Senhor (Apoc. 1:10), e depois Deus dá-lhe uma visão e nela apresenta a arca que continha os Dez Mandamentos, e ali consigne o Sábado escrito pelo Seu próprio dedo? Apoc. 11:19; Êxo. 31:18: 32:16.

Como coadunar o pseudo domingo de Apocalipse 1:10 com o inexorável Sábado em Apocalipse 11:19? (A Lei de Deus está dentro da Arca e o Sábado é o quarto mandamento da Lei – Êxo.31:18, Deut. 10:4; I Reis 8:9). Se não há contradição na Palavra de Deus, temos então de aceitar o que é mais correto e lógico, estribando-se no conjunto de Escrituras paralelas contextuais, isto é: que o Dia do Senhor mencionado na Bíblia é o Sábado, sempre o será, pois que ele é claro e contundente em toda a Bíblia.

– Então, qual é este Dia do Senhor? – Lógico, o Sábado!

A suposição de o domingo ser o Dia do Senhor tomou grande impulso com o passar dos anos, iniciado pela Igreja Romana e continuado pelas milhares de religiões cristãs espalhadas pelo mundo. O processo foi o mesmo ocorrido com o cruzeiro novo e velho, lembra-se?

Ao ser introduzido o cruzeiro novo, criou-se pequeno embaraço, mas logo passou, e ninguém mais se lembra do cruzeiro velho. Ocorre que, ainda assim, o cruzeiro não deixou de ser cruzeiro. (Em sua época, é claro).

Ainda que o número de religiões cristãs que adote o domingo e o denomine o Dia do Senhor seja quase a totalidade, choca-se com a Bíblia, que é a bigorna da verdade; ela não diz jamais que o domingo é o Dia do Senhor, mas o Sábado, sim. Também a Bíblia não assegura em nenhuma de suas páginas que o Sábado, agora, é o “domingo cristão”. Isso é tradição, e tradição tem que ser submetida enquanto a Escritura Sagrada existir, pois que esta é divina e aquela, humana.

ANTIGO TESTAMENTO – cristãos guardam o Sábado
NOVO TESTAMENTO – cristãos guardam o domingo, será?

Como será na Nova Terra? Isaías 66:23 informa que lá todos guardarão o Sábado. Ora! Então aprende-se a guardar o domingo hoje, para voltar a guardar o Sábado na Nova terra? Isto, para mim, é grande prova a favor do Sábado.

– O Sábado é o grande teste do cristão!

Se Adão ressuscitasse hoje e descobrisse que o domingo é o dia de descanso, muito se surpreenderia, já que ele guardou o primeiro Sábado neste mundo, junto ao próprio Deus (Gên.1:27; 2:2-3). Por isso é inconcebível Deus dar o Sábado a Adão, e o domingo ao cristão.
Evidentemente é tão impossível mudar o dia de repouso do Sábado para o domingo, como é impossível mudar a data de nosso nascimento.

Os homens podem não aceitar o Sábado, mas, negá-lo é impossível, a menos que o retirem da Bíblia, o que será um crime imperdoável. Se isso ocorrer, terão transbordado a “medida do cálice da ira de Deus”. Apoc. 14:10.

“JESUS DISSE QUE O DIA TEM DOZE HORAS, POR ISSO NÃO ACEITO O PÔR-DO-SOL COMO LIMITE PARA O DIA”

Jesus tem absoluta razão ao declinar: “...há doze horas no dia...” (João 11:9). Apenas, é um equívoco achar que por isso o dia agora começa à meia-noite.

Ora, como base escriturística não se pode negar que a contagem bíblica do dia é de uma tarde a outra tarde, um pôr-do-Sol a outro pôr-do-Sol (Gên. 1:5,8,13,19,23, 31). Observe: “E foi a tarde (noite) e a manhã (dia), o primeiro dia.” (Gên. 1:5).

Não é esquisito alguma coisa começar pela metade? (Meia-noite...).
Pela contagem humana, é que nunca serão doze, as horas do dia. Se duvida, faça um gráfico e, começando pela meia-noite, some 12 horas e veja onde irá acabar.


Pela contagem humana, difícil será destacar as doze horas, que são as horas claras do dia. Experimente. (A única solução é começar uma conta de chegar, tirar, aproximar, etc., para conciliar a complicação que se fazem com algo tão simples, como simples são as coisas de Deus!) O dia (ciclo de 24 horas), não há dúvidas, é contado pelo declinar da tarde (pôr-do-Sol). Só isso!

Extraído do livro Assim diz o Senhor, de autoria de Lourenço Gonzales.

sábado, 1 de setembro de 2012

Cineasta adventista fala sobre o sábado em entrevista

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O Sábado no Livro de Apocalipse


Um dos ensinos mais divulgados pelos Adventistas do Sétimo Dia é que a questão central no conflito final da história do mundo diz respeito ao mandamento do sábado no decálogo.

Os adventistas crêem que os habitantes da Terra terão que escolher um dia entre o culto ao Deus verdadeiro, no dia de sábado, e o culto a um deus falso em um outro dia.
Contudo, tal ensinamento tem sofrido crescentes ataques, tanto de dentro da Igreja quanto de fora dela. Como muitos adventistas perceberam que o termo sábado não ocorre em parte alguma do Apocalipse, alguns deles vieram a questionar se esse ensino tem base bíblica ou se é fundamentado unicamente nos escritos de ElIen White.
Além disso, a questão em si quanto à oposição entre sábado e domingo parece ter perdido a relevância para as pessoas do mundo de hoje. Se perguntarmos a uma pessoa comum, nas ruas, se o sábado ou o domingo seria o dia correto de adoração, essa pessoa provavelmente responderá:
— Se vocês cristãos brigam por coisas tão irrelevantes, então para que serve ir à igreja?
Num ambiente tão negativo quanto a um ensino da Igreja, eu pensei que seria adequado fazer uma re-análise do sábado no livro do Apocalipse. Há uma base exegética para a declaração de que o sábado é uma questão central na crise final da história do mundo? O autor do Apocalipse nos aponta a direção do sábado na crise final ou os adventistas têm defendido essa posição sem uma justificativa bíblica?

A Linguagem da Alusão

Para compreendermos essa questão, é necessário entender uma característica básica do livro do Apocalipse. O Apocalipse está cheio da linguagem, idéias, lugares e pessoas do Antigo Testamento. Embora se trate de um livro do Novo Testamento, a estrutura lingüística básica do Apocalipse se fundamenta nas experiências do povo de Deus como estas se encontram registradas no Antigo Testamento.
Sendo assim, muitas pessoas deixam de perceber, em plenitude, a mensagem do Apocalipse porque elas não levam em consideração a natureza veterotestamentária de sua linguagem.
Mas aqueles que buscam compreender as raízes veterotestamentárias do Apocalipse logo encontram um problema considerável. O livro nunca cita o Antigo Testamento, ele somente alude a ele com uma palavra aqui, urna frase ali e um nome acolá.
Embora seja essencial identificar as referências veterotestamentárias no Apocalipse, pode ser bastante difícil reconhecer exatamente quando seu autor pretende aludir ao Antigo Testamento. Estratégias rigorosas precisam ser empregadas para garantir que o intérprete do Apocalipse compreenda o significado real do texto sem lhe impor qualquer significado externo.
Eu escrevi minha própria dissertação de doutorado acerca das sete trombetas do Apocalipse. Poucos assuntos poderão ser mais desafiadores. Eu logo descobri que faria pouco progresso com respeito às trombetas sem uma estratégia consistentemente bíblica para determinar as raízes veterotestamentárias das passagens. Primeiro, eu vou apresentas essa estratégia brevemente e, depois, vou ilustrá-la mais detalhadamente.

Uma Estratégia para Avaliar Alusões

Primeiro, utilize os rodapés da Bíblia, os comentários, as concordâncias e as listas de alusões (como as listas que aparecem no texto grego padrão de Nestlé-Aland); com essas informações, crie uma lista de alusões em potencial (que essas várias fontes admitem ocorrer em uma determinada passagem do Apocalipse em referência ao Antigo Testamento). Essa lista não deve ser aceita sem criticismo, mas deve ser criteriosamente avaliada da forma como sugiro a seguir.
Em segundo lugar, coloque a passagem selecionada do Apocalipse lado a lado com as várias passagens do Antigo Testamento em sua lista. Tente identificar paralelos verbais, temáticos e estruturais entre o Apocalipse e cada uma das passagens veterotestamentárias que estão sendo avaliadas.
Em terceiro lugar, pese essa evidência verbal, temática e estrutural para determinar se há uma alusão (uma referência intencional do autor a um contexto específico na literatura anterior) ao Antigo Testamento ou meramente um eco (uma referência não intencional baseada no conhecimento geral do autor acerca da literatura anterior e/ou sua influência no ambiente do autor).
Em quarto lugar, aplique os “insights” apropriados ao texto do Apocalipse. Se o autor estiver conscientemente aludindo ao Antigo Testamento, ele deve assumir que o leitor está familiarizado com o texto específico do Antigo Testamento e seu contexto mais amplo. Seria essencial para o intérprete, em tal caso, que ele estivesse atento à alusão e ao impacto de seu contexto na passagem do Apocalipse.
Se o autor estiver meramente fazendo eco ao texto do Antigo Testamento sem pretender, conscientemente, fazê-lo, o intérprete deve se acautelar para não importar o contexto veterotestamentário que o autor do Apocalipse não tinha em mente. Em outras palavras, pode-se falhar na interpretação do Apocalipse de duas formas: ignorando o papel do Antigo Testamento na linguagem do autor ou excessivamente valorizando tal papel.
A titulo de exemplificação de como o Antigo Testamento tem impacto na interpretação de um texto do Apocalipse, pode-se mencionar Apocalipse 13:1-2.
Essa passagem contém uma alusão fascinante ao Antigo Testamento: “Vi emergir do mar uma besta, que tinha dez chifres e sete cabeças e. sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia. A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso, e boca como boca de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade.” A maioria dos eruditos bíblicos presume que Apocalipse 13 se baseia em Daniel 7 onde quatro bestas saem do mar. Vamos avaliar esse ponto de vista.
Daniel 7 descreve quatro animais que saem do mar: um leão, um urso, um leopardo e um monstro bizarro e indescritível com dentes de ferro e dez chifres na cabeça. Já que o leopardo é caracterizado com quatro cabeças, essa quadrilha tem um total de sete cabeças.
Esses animais também têm um total de dez chifres. Lembra-se da besta de Apocalipse 13? Assim como as bestas de Daniel 7, ela sai do mar. Além disso, ela tem características de leão, urso e leopardo. Ela tem sete cabeças e dez chifres, um nítido paralelo com o total de cabeças e chifres das quatro bestas de Daniel 7. Parece claro, portanto, que Apocalipse 13:1-2 tem por base a visão de Daniel 7.

Paralelos Verbais, Temáticos e Estruturais

As coisas, no entanto, dificilmente se apresentam tão claramente em Apocalipse. Como, então, avaliar o pano de fundo veterotestamentário do Apocalipse quando a evidência é menos clara do que no caso de Apocalipse 13? Para tal, é necessário que se coloque o texto de Apocalipse lado a lado com a possível fonte do Antigo Testamento. É preciso compará-los cuidadosamente, buscando três tipos de evidência: paralelos verbais, paralelos temáticos e paralelos estruturais entre os textos.
Os paralelos verbais ocorrem quando há palavras de destaque em comum entre a passagem do Apocalipse e a possível fonte do Antigo Testamento. Palavras menos importantes como preposições, conjunções e artigos definidos geralmente não contam.
Quanto mais palavras em destaque as duas passagens tiverem em comum, mais provavelmente o autor tenha tido a intenção de chamar a atenção do leitor para o Antigo Testamento a fim de que ele aplique o significado veterotestamentário à sua compreensão do Apocalipse.
No exemplo de Apocalipse 13 e Daniel 7, os paralelos verbais são “mar,”“leão,”“urso”, “leopardo”, “cabeças” e “chifres.” Esse é um dos paralelos mais fortes com o Antigo Testamento em todo o livro do Apocalipse.
Os paralelos temáticos podem ocorrer entre passagens mesmo quando há somente uma palavra (e, às vezes, nenhuma palavra) em comum entre elas. Paralelos temáticos envolvem um paralelo de tema ou idéia, não necessariamente assinalado por palavras paralelas.
Em si mesmos, os paralelos temáticos são o mais fraco dos três tipos de evidência em favor de uma alusão direta. Em Apocalipse 13 há um paralelo temático com Daniel 7 em termos de animais que saem do mar e representam poderes mundiais.
Os paralelos estruturais ocorrem quando várias palavras e temas de uma seção do Apocalipse aparecem em paralelo com um contexto específico do Antigo Testamento. Esses paralelos estruturais com o Antigo Testamento fornecem, de modo geral, forte evidência em favor das alusões intencionais nos detalhes mais específicos do texto apocalíptico.
Exemplos de paralelos estruturais bem organizados em Apocalipse incluem o uso do texto de Ezequiel (em Apocalipse 4, 7 e 17-22); o uso de Daniel em Apocalipse 5, 13 e 17; o uso de Gênesis 3 em Apocalipse 12; as pragas de Êxodo nas trombetas e nas pragas apocalípticas, e a queda da antiga Babilônia em Apocalipse 16-19. Em Apocalipse 13, há numerosos e marcantes paralelos com Daniel 7, embora eles não ocorram exatamente na mesma ordem. Nas duas passagens bestas emergem do mar, sete cabeças e dez chifres estão envolvidos e referências são feitas a um leão, um urso e um leopardo.
Em conclusão, enquanto que o uso que o autor faz do Antigo Testamento no livro de Apocalipse é mais ambíguo do que gostaríamos que fosse, uma atenção cuidadosa às palavras, temas e estruturas dentro daquele livro pode nos aproximar muito das intenções originais do autor quanto a seu uso do Antigo Testamento e, portanto, oferecer-nos uma visão mais clara de como o autor gostaria que suas palavras fossem interpretadas.

O Contexto de Apocalipse 12 e 14

Voltemos agora à questão que motivou este artigo: o papel do sábado na crise final da história deste planeta. O texto básico acerca deste assunto, no livro de Apocalipse, é o capítulo 12 verso 17. Ali encontramos uma descrição da guerra entre o dragão e o remanescente, uma guerra que é pormenorizada em Apocalipse 13 e 14.
Em certo sentido, Apocalipse 12:17 é um resumo antecipado da crise final como um todo. Assim, os capítulos 13 e 14 servem como uma exegese e um desenvolvimento da declaração básica feita em 12:17: Apocalipse 13 pormenoriza a guerra do dragão e Apocalipse 14 elabora acerca do caráter e da mensagem do Remanescente.
O dragão faz guerra contra o Remanescente no capítulo 13. Ele busca o auxílio de dois aliados no conflito, um emerge do mar e o outro emerge da terra. Os três protagonistas (o dragão, a besta do mar e a besta da terra) formam uma trindade iníqua que busca contrafazer a obra da verdadeira Trindade. O dragão contrafaz a obra de Deus, o Pai; a besta do mar, a obra de Deus; o Filho; e a besta da terra, a obra do Espírito Santo. Essa tríplice e iníqua aliança ataca o Remanescente na batalha final.
Qual é a questão básica em tal ataque? Os capítulos 13 e 14 não nos deixam qualquer dúvida. Em sete ocasiões diferentes (Ap 13:4, 8, 12, 15; 14:9, l1), o texto desses capítulos fala sobre a adoração do dragão, sobre a adoração da besta do mar e sobre a adoração da imagem da besta. A questão na crise final da história deste planeta é claramente uma questão relativa à adoração.
Em contraste com esse apelo que é proferido sete vezes para que adoremos a iníqua trindade ou a imagem da besta. há um único apelo, nesses capítulos, para que adoremos a Deus (Ap 14:7). O chamado para adorar “Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” torna-se, portanto, a afirmação central de toda essa seção do Apocalipse e, talvez, o apelo central de todo o livro. Tudo o que está escrito nos capítulos 12-14 focaliza esse chamado para a adoração. A adoração é de forma patente, a questão central envolvida na derradeira crise da história deste planeta.
Um aspecto interessante é que a linguagem dessa afirmação central se baseia nas expressões encontradas no quarto mandamento, em Êxodo 20:11. Ali é declarado que “em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há...” Esses dizeres se encontram refletidos em Apocalipse 14:7 — “Adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” O ponto central e nevrálgico da descrição apocalíptica da crise final é uma alusão direta a Êxodo 20.
A atenção ao mandamento do sábado é, portanto, a resposta ideal ao chamado final de Deus para a adoração e, da mesma forma, a resposta ideal aos sete apelos que a besta faz para a adoração da trindade iníqua.

Os Paralelos de Apocalipse 14:7 com o Antigo Testamento

Paralelos Verbais:
Nesse ponto, leitores argutos podem suscitar uma objeção. Como podemos saber que o autor do Apocalipse conscientemente pretendia que o leitor compreendesse uma alusão ao quarto mandamento exatamente aqui (Ap 14:7) em sua narrativa? O Salmo 146:6 não contém exatamente a mesma linguagem de Êxodo 20? Como podemos saber que João estava citando Êxodo 20 e não o Salmo 146? Ele não poderia estar aludindo ao referido salmo, em cujo caso não haveria referência alguma ao quarto mandamento?
Essa é uma argumentação válida. O Salmo 146:5-6 afirma: “Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxilio, e cuja esperança está no Senhor seu Deus que fez os céus e a terra, o mar e tudo quanto neles há, e que guarda a verdade para sempre.” Isso se aproxima muito de “adorai Aquele que fez o céu e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14:7).
Com efeito, na Septuaginta (uma tradução grega do Antigo Testamento disponível no período neotestamentário), as palavras do Salmo 146:6 (SI 145:6, na Septuaginta) são praticamente as mesmas encontradas em Apocalipse 14:7. Portanto, há fortes paralelos verbais em Apocalipse 14 tanto em relação a Êxodo 20 quanto ao Salmo 146, com uma pequena vantagem talvez para o Salmo 146.

Paralelos Temáticos:
Contudo, os paralelos verbais são apenas um tipo de evidência em favor de urna alusão consciente ao Antigo Testamento em Apocalipse. Os paralelos temáticos e estruturais são também importantes. Há paralelos temáticos entre Apocalipse 14:7 e Êxodo 20? Sim. Os primeiros quatro dos dez mandamentos (Êxodo 20:3-11) contêm três motivações para a obediência.
Primeiramente, há a motivação da salvação. O preâmbulo do decálogo (Êxodo 20:2-3) diz: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim.” Nossa obediência deve ser uma resposta ao que Deus já fez por nós.
Em segundo lugar, há a motivação do juízo. O segundo mandamento fala acerca de visitar “a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração” (Êxodo 20:5). Isto é, há conseqüências para a desobediência.
Finalmente, em terceiro lugar, há a motivação da criação. “Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou” (Êxodo 20:11). Deus criou o homem e sabe o que é melhor para ele. Portanto, há três motivações para a obediência na primeira parte da lei: salvação, juízo e criação.
As mesmas três motivações ocorrem no contexto de Apocalipse 14:7. Apocalipse 14:6 fala de um anjo que proclama “o evangelho eterno”. Aqui vemos o tema da salvação. Em Apocalipse 14:7 encontramos também o tema do juízo:
“Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é chegada a hora do seu juízo.” E, anteriormente, já havíamos visto o tema da criação em Apocalipse 14:7: “adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.”

Sendo assim. Apocalipse 14:6-7 tem as mesmas três motivações que induzem a uma mesma reação às quais encontramos na primeira tábua da lei (isto é, nos quatro mandamentos que normatizam a relação entre a criatura e o Criador): salvação, juízo e criação. E, além disso, esses ocorrem na mesma ordem em que aparecem em Êxodo 20!
Algum desses temas ocorre no Salmo 146? Sim. Ali aparece o tema da salvação: “Não confieis em príncipes, nem em filho de homem, em quem não há auxílio... Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, e cuja esperança está no Senhor seu Deus” — vs. 3 e 5. Há também ali o tema da criação:

que fez os céus e a terra, o mar e tudo quanto neles há” — v. 6.

Há ainda o tema do juízo: “que faz justiça aos oprimidos” — v. 7. Os paralelos temáticos com o Salmo 146 são, portanto, tão fortes quanto aqueles com Êxodo 20, mas não na mesma ordem. Sendo assim, pode-se afirmar que há forte evidência em favor de ambos contextos no Antigo Testamento, mas há uma ligeira vantagem para Êxodo 20, sob a perspectiva de que os temas ocorrem na mesma ordem em Apocalipse 14 e Êxodo 20.

Paralelos Estruturais:

Isso nos conduz à busca de paralelos estruturais. Examinemos, agora, a evidência estrutural de Apocalipse 12-14. Os dez mandamentos, dos quais Êxodo 20:11 é uma parte, parecem ser uma estrutura principal subjacente a toda essa seção do Apocalipse. O remanescente e caracterizado, entre outras coisas, como sendo aqueles que “guardam os mandamentos de Deus” (Apocalipse 12:17; 14:12).
Entretanto, a questão, aqui, não envolve os mandamentos de forma indiscriminada. O ponto nevrálgico se centraliza no aspecto da adoração. E, especificamente, esse aspecto é enfocado na primeira tábua do decálogo (isto é, nos quatro primeiros preceitos): os mandamentos que dizem respeito a nosso relacionamento com Deus.
Quando se compreende essa realidade, não é surpreendente que, em Apocalipse 13, as bestas contrafaçam não apenas a Trindade, mas também cada um dos quatro primeiros mandamentos do decálogo. O primeiro mandamento declara: “Não terás outros deuses diante de mim” (Ex 20:3), mas a besta que emerge do mar pretende tomar o lugar de Deus ao receber adoração (Ap 13:4, 8).
O segundo mandamento adverte-nos com respeito à adoração de imagens, no entanto, a besta que emerge da terra erige uma imagem a fim de ser adorada (Ap 13:14-15). O terceiro mandamento diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão”, mas a besta do mar “abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome” (Ap 13:6).
O quarto mandamento diz: “Lembra-te do dia de sábado.” Os tabletes que continham os antigos pactos eram lacrados com selos estampados sobre eles. Tais selos eram um sinal de propriedade e autoridade. Uma vez que o decálogo segue a forma desses antigos tabletes de concerto, ele também tem um selo de propriedade e autoridade estampado sobre ele — o mandamento do sábado: “Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado. e o santificou” (Ex 20:11).
A declaração acima é a única contida nos dez mandamentos em que é declarado o fundamento da autoridade de Deus sobre toda a criação: Ele é o Criador. De igual forma, o conceito do selo é importante também em Apocalipse: os 144 mil são selados em suas frontes (Ap 14:1; cf. 7:3-4; Ex 31:13 e 17).

A trindade iníqua oferece, também, uma contrafação do selo, a marca da besta (Ap 13:16-17). Destarte, todos os quatro mandamentos da primeira tábua do decálogo sofrem ataque por parte da trindade iníqua de Apocalipse 13. A primeira tábua da lei está no centro do conflito entre o dragão e o remanescente.
Essa série de conexões verbais e temáticas entre o conteúdo dessa parte do Apocalipse e passagens relacionadas aos dez mandamentos, indica que um importante paralelo estrutural dá-se em relação ao decálogo, especialmente no que tange à porção que diz respeito à relação entre o adorador e a Divindade.
Essa evidência estrutural oferece um apoio incontestável à probabilidade de que o significativo paralelo verbal entre Apocalipse 14:7 e Êxodo 20:11 tenha sido intencional. Não há absolutamente nenhuma relação entre Apocalipse e Salmo 146 que se assemelhe a essa.
A evidência cumulativa é tão forte que um intérprete bem pode afirmar que não há nenhuma alusão direta ao Antigo Testamento (em Apocalipse) que seja mais certa do que a alusão ao quarto mandamento em Apocalipse 14:7.
Quando o autor de Apocalipse descreve o apelo final de Deus à raça humana, no contexto do engodo do tempo do fim, ele o faz em termos de um chamado à adoração do Criador no contexto do quarto mandamento.

A Questão da Relevância

Não obstante, ainda que biblicamente correto, faz qualquer sentido ver o sábado corno uma espécie de questão definidora na crise final da história deste planeta? Por que Deus escolheria esse tipo de questão como centro focal da crise escatológica?
No centro da questão está o fato de que o sábado é uma forma ideal de testar se as pessoas são, de fato, leais a Deus. O mandamento sabático é diferente dos outros nove. Todos os demais têm uma fundamentação racional motivada pelo interesse próprio: afinal de contas, os princípios da segunda tábua do decálogo são mesmo a legitima base de governo em muitos países.
Vejamos: “Não matarás” é uma lei lógica para qualquer um que não queira morrer. “Não furtarás” faz perfeito sentido para qualquer um que queira proteger suas propriedades adquiridas com muito esforço pessoal. Mandamentos assim são racionais e chegam até a apelar a uma certa parcela de interesse próprio.
A mesma coisa acontece com os três primeiros mandamentos, que dizem respeito a nosso relacionamento com Deus, Se Deus é quem Ele alega ser, não faz sentido adorar a nenhum outro.
A única parte do decálogo que não é lógica é o mandamento de adorar no sábado, em vez de em qualquer outro dia da semana1 Tal mandamento é tão destituído de lógica que as pessoas seculares o acham até difícil de considerar seriamente, pois não vêem nenhum beneficio ou interesse próprio em tal princípio.
Afinal de contas, ninguém conseguiu até hoje demonstrar qualquer base cientifica ou racional para se considerar um dia mais especial para Deus do que os demais. O sol brilha e a chuva cai de igual maneira tanto no sábado quanto no domingo. Guardar o sábado requer que confiemos em Deus, mesmo quando os cinco sentidos nos informam que não há nenhuma razão lógica para fazer isso.
O sábado representa, escatologicamente, aquilo que a árvore do conhecimento do bem e do mal representava no princípio. O fruto da árvore era, provavelmente, tanto palatável quanto nutritivo. A única razão para não comê-lo era o fato de Deus o ter proibido.
Assim é com o sábado. A única razão de preferir o sábado ao domingo é porque Deus assim o ordenou, não há nenhuma outra explicação. Aceitamos o sábado respaldados unicamente pela Palavra de Deus, pois cremos que as Escrituras são um relato confiável da mente e da vontade de Deus.
O sábado é, portanto, um bom teste de nossa fidelidade a Deus e Sua Palavra. As Escrituras são um registro tão fiel das ações de Deus no passado quanto das realidades futuras no tempo do fim, É porque cremos nas Escrituras que damos crédito àqueles eventos do tempo do fim por elas descritos.

Em conclusão, o Apocalipse pinta o fim do mundo como tempo de um grande engodo mundial, que vai transcender os cinco sentidos, mesmo entre o povo de Deus. Entretanto, aqueles que crerem, aceitarem e seguirem os reclamos da Palavra de Deus, esses não perderão o rumo durante esse tempo do engano final.

Autor: John Paulien, Ph.D, professor de Novo Testamento na Andrews University, EUA; artigo traduzido do manuscrito original em Inglês pelo Dr. Milton L. Torres e publicado na Revista Teológica do SALT – IAENE de Janeiro-Junho de 1999.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Como guardar o sábado com alegria e prazer?



1. Quando o sábado começa?

Gênesis 1:5

“Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia.”

Levítico 23:32

“Sábado de descanso solene vos será; então, afligireis a vossa alma; aos nove do mês, de uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado.”

Comentário – de acordo com a Bíblia, o dia é contado a partir da parte escura. Isto indica que o Sábado deve ser santificado  a partir do pôr-do-sol de sexta-feira, que é o dia de preparação para o Sábado, até o pôr-do-sol de Sábado. Na Bíblia, um novo dia começa a ser contado no pôr-do-sol e não depois da meia-noite.

2.  Como a guarda do sábado pode ser uma bênção para a  minha família?

Êxodo 20:10

“Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro.”

Comentário – Deus se alegra com a família que guarda o sábado. Neste dia, trabalho secular é cessado e a família tem garantido o seu dia especial com Deus. A paz, a alegria e o amor mútuo são manifestados em gestos de carinho, alegrando o coração do Criador que por Sua vez faz chover bênçãos mil sobre cada um.

3. O que fazer no Sábado?

a) Inicie com Deus

Gênesis 1:31; 2:1-3

“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia… Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército.  E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito.  E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.”

Comentário – é maravilhoso celebrar a chegada do Sábado com um breve culto de adoração a Deus em família, ao pôr-do-sol de sexta-feira.

b) Vá a igreja

Levítico 23:3

“Seis dias trabalhareis, mas o sétimo será o sábado do descanso solene, santa convocação; nenhuma obra fareis; é sábado do SENHOR em todas as vossas moradas.”

Lucas 4:16

“Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler.”

Comentário – No sábado, nada melhor do que ir à igreja. Participar de programações espirituais nos coloca em íntima ligação com Deus.

c) Visite a natureza

Atos 16:13

“No sábado, saímos da cidade para junto do rio, onde nos pareceu haver um lugar de oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que para ali tinham concorrido.”

Comentário – podemos participar de bons retiros espirituais com os nossos irmãos. É muito bom no Sábado fazer piqueniques com a família, com pratos saborosos. Já pensou em fazer isso na beira de um lago? Isto é marcante especialmente para as crianças. Elas nunca esquecem! Ir a zoológicos, parques… Este contato com a natureza traz saúde mental, proporciona cuidado à emoção e mostra aos filhos o quanto o Sábado é um dia especial.

d) Realize o bem ao próximo

Mateus 12:12

“Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo, é lícito, nos sábados, fazer o bem.”

Comentário – o sábado é um excelente dia para fazer o bem em favor do próximo. Visitar os necessitados é uma atividade própria para este dia. Fazer algo por alguém que precisa é um remédio para a baixa auto-estima. O Sábado não será Sábado se não for um dia de serviço dedicado ao próximo.

e) Mantenha o pensamento em Deus

Isaías 58:13-14

“Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no SENHOR. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do SENHOR o disse.”

Comentário – direcione sua atenção para assuntos espirituais. Fale sobre Deus, o céu, a vida eterna, o amor de Jesus Cristo, o Seu perdão sem igual, etc. Esse tipo de diálogo, diferente das conversas que temos durante a semana, é bom para melhorar o convívio com a família e agradável para a roda de amigos.

f) Tenha um maior contato com a Bíblia

Atos 13:42-44

“Ao saírem eles, rogaram-lhes que, no sábado seguinte, lhes falassem estas mesmas palavras. Despedida a sinagoga, muitos dos judeus e dos prosélitos piedosos seguiram Paulo e Barnabé, e estes, falando-lhes, os persuadiam a perseverar na graça de Deus.  No sábado seguinte, afluiu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.”

Comentário – ore e estude mais a Bíblia. O Sábado é ideal para a devoção pessoal e também para estudar a Bíblia com um amigo.

4. O que não fazer no Sábado?

Neemias 10:31; 13:15

“De que, trazendo os povos da terra no dia de sábado qualquer mercadoria e qualquer cereal para venderem, nada comprariam deles no sábado, nem no dia santificado; e de que, no ano sétimo, abririam mão da colheita e de toda e qualquer cobrança… Naqueles dias, vi em Judá os que pisavam lagares ao sábado e traziam trigo que carregavam sobre jumentos; como também vinho, uvas e figos e toda sorte de cargas, que traziam a Jerusalém no dia de sábado; e protestei contra eles por venderem mantimentos neste dia.”

Comentário – Este não é um dia para comprar, vender, ou realizar qualquer atividade comercial desnecessária (não devemos contribuir para que outras pessoas desrespeitem o Sábado).

5. O que Jesus mais gostava de fazer no Sábado?

a) Ir à igreja (Lucas 4:16);

b) Ler a Palavra (Lucas 4:16);

c) Ensinar as pessoas sobre a Bíblia (Lucas 4:31; 6:6; 13:10);

d) Trabalhar em favor do próximo (João 5:17);

e) Sair com os amigos para evangelizar e fazer o bem (Mateus 12:1);

f) Visitar pessoas e orar pela cura delas (Mateus 12:9-13; João 5:1-15; 9:1-16).

Resumo:

O Sábado oferece inúmeras oportunidades para crescimento espiritual. Enxergar estas oportunidades exige criatividade e disposição para aprender. Peça a Deus que lhe ensine como tornar este dia muito especial em sua vida e na vida de seus familiares. O prazer, a paz, a alegria da comunhão e a certeza de salvação irão inundar o coração daquele que ama a Deus e dedica este dia para agradar ao Criador.

Extraído do Site Sabado.org

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Deus oferece bênçãos especiais aos que amam a Sua Lei


1. A Palavra de Deus pode me trazer prazer e qualidade de vida?

Salmos 1

“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.   Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.   Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido.   Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento dispersa.   Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos.   Pois o SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá.”

Comentário – o reino de Deus é construído nas bases do amor. Sendo assim a Palavra de Deus, e também a Sua Lei, tem o objetivo de nos trazer prazer e garantir nossa qualidade de vida.

2. Quais são as bênçãos anunciadas por Isaías para os que santificam o sábado?

Isaías 56:2;

“Bem-aventurado o homem que faz isto, e o filho do homem que nisto se firma, que se guarda de profanar o sábado e guarda a sua mão de cometer algum mal.”

Isaías 58:13-14

“Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs,   então, te deleitarás no SENHOR. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do SENHOR o disse.”

Comentário – felizes são os que fazem a vontade de Deus. Eles passam a conhecer a Deus de uma forma experimental e sua alegria é indescritível.

3. As bênçãos do sábado serão estendidas também à Nova Terra?

Isaías 66:22-23

“Porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o SENHOR, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome.   E será que, de uma Festa da Lua Nova à outra e de um sábado a outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o SENHOR.”

Comentário – O sábado foi santificado na criação. Adão e Eva usufruíam das bênçãos do sábado no Éden e o mesmo privilégio está reservado para os salvos na Nova Terra.

4. Quais as bênçãos contidas no quarto mandamento?

Êxodo 20:11

“porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.”

Comentário – existem muitas bênçãos implícitas neste mandamento, mas podemos destacar cinco principais: (1) Obtemos uma visão mais clara do caráter de Deus.  (2) Desenvolvemos maior sensibilidade à revelação de Deus na natureza.  (3) Desenvolvemos a estabilidade existencial que deriva do relacionamento criatura-Criador.  (4) Aprimoramos o nosso relacionamento social.  (5) Melhoramos nossa saúde física e mental.

5. Como Deus provou a obediência do povo de Israel através do sábado?

Êxodo 16:4-5

“Então, disse o SENHOR a Moisés: Eis que vos farei chover do céu pão, e o povo sairá e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu ponha à prova se anda na minha lei ou não.  Dar-se-á que, ao sexto dia, prepararão o que colherem; e será o dobro do que colhem cada dia.”

Êxodo 16:22-25

“Ao sexto dia, colheram pão em dobro, dois gômeres para cada um; e os principais da congregação vieram e contaram-no a Moisés.   Respondeu-lhes ele: Isto é o que disse o SENHOR: Amanhã é repouso, o santo sábado do SENHOR; o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobrar separai, guardando para a manhã seguinte.   E guardaram-no até pela manhã seguinte, como Moisés ordenara; e não cheirou mal, nem deu bichos.   Então, disse Moisés: Comei-o hoje, porquanto o sábado é do SENHOR; hoje, não o achareis no campo.”

Comentário – a experiência vivida pelos israelitas com o maná é muito importante e revela a seriedade de Deus no cumprimento de Sua Lei.  Devemos lembrar que toda promessa de Deus envolve alguma prova de fidelidade afim de que a bênção seja entregue.

6. Como o salmista se sente em relação à Deus e seus ensinos?

Salmo 119:97

“Quanto amo a tua lei! É a minha meditação todo o dia!”

Comentário – aquele que está em sintonia com Deus terá prazer em obedecê-lo e fará tudo para agradá-lo.

Resumo:

Deus é amor e por essa razão todo o Seu reino é fundamentado no amor. As Leis de Deus refletem o Seu caráter e foram estabelecidas para proporcionar prazer, alegria e proteção ao homem. O sábado foi dado como um presente maravilhoso que propicía intimidade com o Criador. Por outro lado, o sábado tem sido um dos maiores desafios aos cristãos, porque os coloca na contra-mão do mundo. O Senhor, em Sua misericórdia, compreende os limites humanos e as dificuldades envolvidas, e sendo assim, oferece a todos fé e poder para vencer.

Extraído do Site Sabado.org

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Deus apresenta recomendações sobre o sábado


1. Neemias deu razão ao povo por não estar guardando o sábado?

Neemias 13:15

“Naqueles dias, vi em Judá os que pisavam lagares ao sábado e traziam trigo que carregavam sobre jumentos; como também vinho, uvas e figos e toda sorte de cargas, que traziam a Jerusalém no dia de sábado; e protestei contra eles por venderem mantimentos neste dia.”

Comentário – o povo de Deus havia passado pela dura experiência do cativeiro e tinham abandonado a guarda do sábado. Quando Neemias viu a condição do povo e como ele desrespeitava a Lei de Deus, protestou contra suas práticas e trabalhou para que o povo voltasse para o caminho correto. Não há desculpas para a desobediência.

2.Que preocupação Deus colocou no coração de Daniel?

Daniel 7:25

“Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo.”

Daniel 8:12

“O exército lhe foi entregue, com o sacrifício diário, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade; e o que fez prosperou.”

Comentário – quando Daniel começou a ver o que aconteceria com a Lei de Deus, ele ficou angustiado. Os mandamentos seriam pisados, desrespeitados e mudados. Podemos admitir que o mandamento que se refere a “tempo” é o da observância do sábado (o quarto mandamento) e que Deus mesmo começa dizendo “lembra-te” (Êxodo 20:8), porque futuramente seria alterado.

3.O que Isaías disse para quem acha que Deus não está preocupado com o cumprimento de Suas Leis?

Isaías 59:1-2

“Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir.   Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.”

Comentário – o profeta Isaías apela às pessoas que o desrespeito às Leis de Deus provoca a separação de Deus. Ninguém pode verdadeiramente ouvir a voz de Deus estando em rebelião contra ele.

4. Qual a exortação que o apóstolo João faz aos cristãos?

1João 1:6

“Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.”

Apocalipse 12:17; 14:12,7

“Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar.”

Apocalipse 14:12

“Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.”

Comentário – o apóstolo João escreveu de forma franca e objetiva em sua primeira carta, referindo-se aos cristãos desobedientes como mentirosos. Em seu livro Apocalipse ele apresenta o grande motivo para o ódio de Satanás contra o povo obediente de Deus: a guarda de Seus mandamentos e a fé em Jesus.

5. O que Tiago falou sobre quem conhece uma verdade, mas não a pratica?

Tiago 1:22-25

“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.   Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural;   pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência.   Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar.”

Comentário – Tiago convida a todos os cristãos a serem praticantes da Lei de Deus e revela o seu grande objetivo: a Lei existe para mostrar os erros que existem em nós para que Jesus Cristo possa nos limpar por Sua graça e perdão.

6. Que pedido Deus faz sobre o trabalho no Sábado?

Jeremias 17:19-22

“Assim me disse o SENHOR: Vai, põe-te à porta dos filhos do povo, pela qual entram e saem os reis de Judá, como também a todas as portas de Jerusalém,  e dize-lhes: Ouvi a palavra do SENHOR, vós, reis de Judá, e todo o Judá, e todos os moradores de Jerusalém que entrais por estas portas.   Assim diz o SENHOR: Guardai-vos por amor da vossa alma, não carregueis cargas no dia de sábado, nem as introduzais pelas portas de Jerusalém;  não tireis cargas de vossa casa no dia de sábado, nem façais obra alguma; antes, santificai o dia de sábado, como ordenei a vossos pais.”

Comentário – Jeremias foi enviado por Deus para falar ao povo. O profeta alertava a todos contra o trabalho aos sábados dizendo: “obedeçam por amor a vossas almas”. O Senhor Deus continua ainda hoje convidando o Seu povo para a obediência, que é na verdade, uma grande prova de amor.

7. Que recomendação Jesus deixou aos futuros discípulos guardadores do sábado com respeito a destruição de Jerusalém?

Mateus 24: 20

“Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado.”

Comentário –  Jesus sabia que seus discípulos estariam guardando e santificando o Sábado, por ocasião da destruição de Jerusalém, e ora para que fossem protegidos. No ano 70dC, Jerusalém foi destruída e nenhum cristão pereceu.

8.Em que momento o sábado começa?

Gênesis 1:31

“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.”

Comentário –  para o Criador um novo dia começa ao pôr-do-sol (tarde), atravessa o nascer do sol (manhã) e termina com o próximo pôr-do-sol, quando se completam suas 24 horas. É por isso que todos os cristão nos tempos bíblicos guardavam o sábado de um pôr-do-sol ao outro.

9. Paulo também guardou o sábado?

Paulo na sinagoga – Atos 13: 14, 42 e 44 

(v.14) “Mas eles, atravessando de Perge para a Antioquia da Pisídia, indo num sábado à sinagoga, assentaram-se.”

(v.42) “Ao saírem eles, rogaram-lhes que, no sábado seguinte, lhes falassem estas mesmas palavras.”

(v.44) “No sábado seguinte, afluiu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.”

Paulo junto à natureza – Atos 16: 13

“No sábado, saímos da cidade para junto do rio, onde nos pareceu haver um lugar de oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que para ali tinham concorrido.”

Paulo e seu costume – Atos 17: 2

“Paulo, segundo o seu costume, foi procurá-los e, por três sábados, arrazoou com eles acerca das Escrituras.”

Trabalhando durante a semana, descansando no Sábado - Atos 18:3 e 4  

“E, posto que eram do mesmo ofício, passou a morar com eles e ali trabalhava, pois a profissão deles era fazer tendas.   E todos os sábados discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos.”

9. Que exemplo foi deixado por Jesus?

João 15:10

“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço.”

Comentário – assim como Jesus obedeceu e agradou o Pai, ele espera que nós façamos o mesmo.

Resumo:

Ao olhar Deus para o futuro, vê que Seu povo se esqueceria da instituição eterna do sábado e toma providências de misericórdia. As tábuas dos Dez Mandamentos entregues a Moisés no monte Sinai foi uma ação divina para não permitir que os homens se esquecessem definitivamente do Seu Decálogo. Posteriormente Deus enviou profetas para reconduzir o povo à obediência da Lei. Neemias e Jeremias protestaram em favor do sábado. Daniel recebeu profecias sobre mudanças que ocorreriam nos tempos e nas Leis. Mais tarde João, Tiago, Paulo e muitos outros, alertaram sobre a necessidade da obediência aos Mandamentos do Senhor. Mas, a maior revelação encontra-se no próprio Filho de Deus que teve o trabalho de testemunhar e resgatar o verdadeiro espírito da Lei.

Extraído do Site Sabado.org

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