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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Zaqueu: Um homem com muitas conexões



Muitos têm explorado a história de Zaqueu (Lc 19:1-10) a partir da perspectiva de sua relação com outras passagens em Lucas. Alguns a relacionam com as histórias sobre o rico (Lc 18:18-24), a cura do cego (Lc 18:35-43), a filha de Abraão (Lc 13:16), e do paralítico (Lc 5:18-26). Outros a relacionam não só com o rico e a cura do cego, mas também com a parábola do publicano e do fariseu (Lc 18:9-14). Enquanto isso, alguns estudiosos sugerem que a história de Zaqueu diz respeito à história da viúva persistente (Lc 18:1-5) e das crianças vindo a Jesus (18:15-17). Eles sugerem que Zaqueu tinha um baixo status social, como tinha a pobre viúva, o coletor de impostos, as criancinhas, e o cego, e que a Zaqueu foi oferecida a salvação assim como a eles.

Este artigo explora os componentes e a importância dessas conexões e o fato de que Jesus encontrou Zaqueu após os eventos descritos acima e antes de sua entrada em Jerusalém.

A Viagem de Jesus à Jerusalém

A viagem de Jesus à Jerusalém começa no Monte da Transfiguração, quando Elias, Moisés, e o próprio Jesus falavam “sobre a partida de Jesus, que estava para se cumprir em Jerusalém” (Lucas 9:31). 6 Eles podem ter falado sobre a morte de Jesus em Jerusalém, e até sobre sua ascensão e redenção.

Depois da Transfiguração, Jesus desceu da montanha (Lc 9:37) e, continuando sua viagem para Jerusalém (Lc 9:51, 52; 13:22, 33; 17:11), finalmente disse a Seus discípulos: “Estamos subindo para Jerusalém “(Lc 18:31). Jesus encontrou Zaqueu (Lc 19:1-10) antes de ele chegar lá (19:28-44). Zaqueu, por conseguinte, foi o último indivíduo chamado que Jesus conheceu antes de entrar em Jerusalém.

Características de Zaqueu

Lucas 19, versículos 2 e 3, apresenta, sem rodeios, os fatos sobre Zaqueu: (1) ele é um chefe dos publicanos, (2) ele é rico, (3) ele não era capaz de ver Jesus, e (4) ele era baixinho. Zaqueu, como chefe cobrador de impostos, se conecta com a parábola do fariseu e do publicano (Lc 18:9-14). Em sua oração, o fariseu não só descreve o que ele não é, mas o que ele é. Com sete auto-descrições, o fariseu parece estar dizendo “eu sou perfeito”; em contrapartida, o cobrador de impostos, diz humildemente: “Deus, sê propício a mim, pecador” (v. 13). É como se o coletor de impostos estivesse dizendo, “Eu sou o pecador descrito pelo fariseu”.

A palavra telōnēs , “coletor de impostos”, ocorre 24 vezes no Novo Testamento (NT) e só é encontrada nos Evangelhos. Lucas usa mais 11. Os fariseus e os judeus classificavam os cobradores de impostos como pecadores (Lc 5:30, 7:34, 15:1).

Em Lucas, o termo “cobrador de impostos” ocorre primeiro no capítulo 3, versículo 12, onde apenas uma má prática (de muitos) dos coletores de impostos é mencionada: o recolher mais do que aquilo que era necessário. O termo aparece, pela última vez, no capítulo 18, versículo 13, onde o coletor de impostos se identifica como “o pecador” descrito pelo fariseu (versos 11, 12). No capítulo 19, versículo 1, a palavra telōnēs realmente aparece mais uma vez, mas apenas como parte da palavra architelōnēs, “chefe dos publicanos”, a única ocorrência no NT.

Zaqueu também era rico. O adjetivo plousios, “rico”, aparece 16 vezes nos quatro Evangelhos, na maioria das vezes em Lucas (6:24; 12:16, 14:12, 16:01, 19, 21-23; 18:25; 19:02 ; 21:1). Há relatos ou provérbios em Lucas, onde a palavra plousios aparece mas não é encontrada em Mateus e Marcos: o ai para os ricos (Lc 6:24), a parábola do rico insensato (Lc 12:16-21), Jesus falando sobre quem deve e não deve ser convidado para um jantar (Lc 14:12-14), a parábola de um homem rico e seu tesoureiro desonesto (Lc 16:1-9), a parábola do homem rico e Lázaro (Lc 19:31 ), e a história de Zaqueu (Lc 19:1-10). Em Lucas, os ricos são descritos como tendo recebido a sua recompensa, desqualificados para o reino dos céus (Lc 6:20, 24;. Cf Lc 16:25), egoístas e insensatos (12:16-21). Jesus diz: “Porque é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus” (Lc 18:25).

Zaqueu era tão rico quanto o jovem rico (Lc 19:02;. Cf Lc 18:23), e ambos estão de alguma forma relacionadas com a distribuição aos pobres (Lc 18:22; cf. Lc 19:8). O uso do verbo sōzō, “salvar” (Lc 18:26), e sōtēria, “salvação” (Lc 19:9), sugere que ambas as histórias estão relacionadas com a salvação. Além dessas semelhanças, há também contrastes entre Zaqueu e o jovem rico. O rico, para responder às palavras de Jesus, ficou muito triste (Lc 18:22); Zaqueu, em resposta ao convite de Jesus, O recebeu com alegria (Lc 19:6). A palavra grega archōn “administrador, oficial, chefe” (Lc 18:18), não ocorre na história de Zaqueu. No entanto, essa palavra implicitamente coexiste com a palavra telōnēs, “cobrador de impostos”, e ambas formam a palavra composta architelōnēs, “chefe dos publicanos” Esta palavra composta reforça não só a conexão de Zaqueu às características de rico administrador, mas também àquelas de coletor de impostos no capítulo 18, versículos 10 a 13. Independentemente da obediência do rico aos mandamentos de Deus (versos 20, 21), Jesus diz que uma coisa está faltando: “vende tudo o que tens, e reparte com os pobres” (v. 22). A instrução de Jesus contém dois imperativos: “vender” e “distribuir”. Vender tudo o que tinha, não seria um problema para ele, mas distribuir aos pobres seria, no entanto, um caso diferente. Sobre este rico, Jesus disse: “Como é difícil para quem é rico entrar no reino de Deus!” (V. 24). Se era difícil para o rico, podia ser também difícil para Zaqueu.

Zaqueu queria ver Jesus, mas não era possível “por causa da multidão, pois era de baixa estatura” (Lc 19:03). Essa situação é semelhante à dos meninos que foram trazidos para Jesus (Lc 18:15-17 ) e a do cego chorando pela cura (Lc 18:35-43). Os discípulos repreendiam os que trouxeram os seus pequeninos para Jesus. Lucas usa epetimōn “repreendiam” nesta passagem, e ele também usa epetimōn para descrever a multidão que repreendeu o cego clamando pela misericórdia de Jesus (Lc 18:39). Havia também um obstáculo para Zaqueu ver Jesus: “por causa da multidão” (Lc 19:3). Baseado no contexto, podia ser a mesma multidão que repreendeu o homem cego. O desejo de Zaqueu de ver Jesus – “ele estava procurando ver Jesus”, ecoa ao do mendigo cego.

Todas as dificuldades (ou obstáculos) – chefe de cobradores de impostos, chefe de pecadores, e estatura - que impedia que estes indivíduos tivessem acesso a Jesus são encontradas em uma pessoa, Zaqueu.

Existia esperança para Zaqueu?

Zaqueu no contexto da viagem de Jesus a Jerusalém

Em sua viagem para Jerusalém, Jesus encontrou Zaqueu, a última pessoa chamada antes de entrar Jerusalem. Quando Jesus expressou sua intenção de ficar na casa de Zaqueu, a multidão murmurava dizendo: “Este homem foi se hospedar na casa de um pecador!”(Lc 19:7). A denúncia foi dirigida a Jesus, mas a resposta veio de Zaqueu. Isso é incomum. No capítulo 5, versículos 30 e 31, quando os fariseus e doutores da lei protestaram por Jesus comer com publicanos e pecadores, a resposta veio diretamente de Jesus (cf. Mt 9:10, 11;. Marcos 2:15, 16 ). Mas agora era Zaqueu que respondera. No entanto, sua resposta não era para a multidão, mas para Jesus: “Olha, Senhor! Estou dando a metade dos meus bens aos pobres; e se de alguém extorqui alguma coisa, devolverei quatro vezes mais” (Lucas 19:8 NVI).

AJ Kerr sugere que a idéia da restituição quádrupla não vem da lei judaica, mas do direito romano. Se Êxodo 22, versículo 1, é considerado como prática do Antigo Testamento, Zaqueu deve ter se comprometido a restituir cinco vezes, e não apenas quatro vezes, pois o que ele tinha roubado poderia ter sido muito mais do que o valor de um Boi. No entanto, Bruce W. Grindlay comenta: “Se Davi fez uma restituição quádrupla, não poderia um [Zaqueu] que também tinha “enganado”, como Davi, fazer uma restituição quádrupla na presença do Filho de Davi?” Este estudo apoia a observação de Grindlay. Se Zaqueu estava familiarizado com a história da confissão de Davi (2 Sam. 12:16), então ele estaria provavelmente familiarizado com a oração de confissão de Davi no Salmo 51.

A resposta de Jesus a Zaqueu pode ser vista no contexto de suas respostas em passagens anteriores. Jesus diz sobre o coletor de impostos, “Este homem desceu justificado para sua casa ao invés do outro “(Lucas 18:14, grifo do autor). Sobre os meninos, Jesus afirma: “Quem não receber o reino de Deus como uma criança pequena, de modo algum entrará nele” (v. 17, NVI). Em resposta à admiração de seus discípulos sobre a dificuldade de um homem rico ser salvo, Jesus responde: “As coisas que são impossíveis aos homens são possíveis a Deus” (v. 27). Para o mendigo cego, que pede para enxergar novamente, Jesus diz: “Recupere a visão! A sua fé o curou” (Luc 18:42). A resposta de Jesus a Zaqueu confirma também sua salvação: “Hoje a salvação entrou nesta casa, porquanto também este é filho de Abraão” (Lc 19:9).

A história de Zaqueu termina com a famosa frase de Jesus: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido” (Lc 19:10). O uso do verbo apollumi, que ocorre na expressão para apolōlos “que estava perdido” no capítulo 19, versículo 10, aparece seis vezes em Lucas 15: na parábola da ovelha perdida (Lc 15:4-7), na parábola da dracma perdida (versos 8-10) e na parábola do filho pródigo (versos 11-32). A definição da situação que introduz as três parábolas era a mesma que aconteceu quando Jesus foi à casa de Zaqueu. As pessoas queixaram-se: “Este homem recebe pecadores e come com eles” (v. 15:1; cf 19:07). Embora todas as três parábolas terminem com uma festa alegre celebrando o encontro / retorno dos perdidos, não está explicitamente claro quem é representado pelo pastor (15:4), a mulher (v. 7), e o pai (v. 20). Jesus dá a identidade de quem procura o perdido: o Filho do Homem, Jesus (Lc 19:10). Nesse sentido, Zaqueu tinha estado perdido, mas foi encontrado pelo buscador dos perdidos.

As características do publicano Zaqueu, um rico que era baixinho e não podia ver Jesus, refletem as descrições do cobrador de impostos, do ricos administrador, da criancinha e do mendigo cego. Se era difícil para esses quatro personagens serem salvos ou terem acesso a Jesus, então, teria sido muito mais difícil para o próprio Zaqueu, que personificava a todos.

Existe Esperança para os Zaqueus?

Como evangelistas, pastores, missionários podemos encontrar algumas pessoas com múltiplos problemas ou obstáculos como Zaqueu. Não devemos perder a esperança de alcançá-las. Jesus encontrou Zaqueu e se tornou sua salvação. Deus nos guiará em chegar às pessoas como Zaqueu.

Com a Cruz como o nosso foco e fonte de motivação, podemos superar qualquer obstáculo para chegar até as pessoas mais difíceis. Esse espírito do ministério é demonstrado por Jesus. Ele mostra que chegar às pessoas problemáticas não é impossível. O fato de Zaqueu ter sido o último indivíduo chamado que Jesus encontrou antes de entrar em Jerusalém destaca a verdade de que, através da Cruz, a salvação é possível para todos, mesmo para Zaqueu e aqueles dentre nós que são como ele.

Texto de autoria de Richard A. Sabuin, publicado no site da revista Ministry Magazine. Crédito da tradução: Blog Sétimo Dia http://setimodia.wordpress.com/

domingo, 30 de setembro de 2012

Explicação de Hebreus 4:12.


Hebreus 4:12 diz: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”.

Esta expressão utilizada no livro de Hebreus, se encontra em um sentido figurado. As expressões “alma e espírito”, “juntas e medulas” descrevem até onde penetra a palavra de Deus. O valor desta figura de linguagem mostra que “vida” e “ânimo” são, pelo menos para os propósitos práticos, inseparáveis.

Para a sua melhor compreensão, vamos analisar o sentido bíblico de alma e espírito.

Alma – No Novo Testamento, a palavra traduzida por alma sempre vem do grego “psuche”. Mas esta palavra também se acha traduzida às vezes por:

a) Vida (Marcos 3:4, Lucas 6:9);
b) Ânimo (Atos 14:2; Hebreus 12:3);
c) Coração (Efésios 6:6).

Espírito – Espírito é traduzido do hebraico “ruach”, que o léxico de Gesênio define como “espírito, fôlego, ar em movimento, brisa, vida, sede dos sentidos, afeições e emoções de várias espécies, etc”. A palavra espírito, no Velho Testamento, é sempre traduzida de “ruach”, exceto em Jó 26:4 e Prov. 20:27, onde o original é “neshamah”. “Ruach” é a maior parte das vezes traduzida por espírito; mas muitas vezes foi traduzida por vento. (Todas as vezes que se encontra esta palavra no Velho Testamento, provem ela do original ruach) Outras vezes a tradução dá respiração (como no Salmo 104: 29). Outras, fôlego (Eclesiastes 3:19), sopro (Êxodo 15:8). Às vezes a tradução de espírito é ira, ar, tempestade.

Foi o paganismo que trouxe a principal e mais nociva perversão da doutrina bíblica. O ensino de que o corpo é mau e apenas um cárcere para a alma, ou espírito como querem alguns, é até mesmo grotesco e perigoso. Em vários períodos da história chegou-se a desprezar o corpo para que ele se consumisse logo liberando assim o espírito que é bom e eterno.

Tanto a Bíblia como o nosso linguajar comum e poético não pervertem as coisas. Por exemplo, quando a Bíblia diz que “saiu-lhe a alma e expirou”, quer simplesmente dizer: morreu. Quando dizemos “quer uma mãozinha?”, “estou distante mas minhas mãos estão estendidas até você”; não pensamos em mão pequena nem mão de borracha, apenas entendemos “estou pronto para ajudá- lo”.

Quando dizemos “põe a mão na consciência”, ninguém entende que a mão tem tal capacidade; entendemos: “dá uma refletida no assunto”.

Quando Jesus disse temei aqueles que podem matar o corpo e a alma, Ele deu-nos a entender duas coisas:

1) Para aqueles que pensam que a alma é imortal Ele disse: cuidado; pois ela pode morrer;

2) O sentido correto e simples é: “cuidado com morrer sem estar preparado para a vida eterna, pois que adianta o homem ganhar o
mundo inteiro e perder a sua vida” (alma)?

Quando ouvimos parlamentares falando “porque o espírito de nossa constituição (leis) aponta para a moralidade …, etc”, não entendemos que a lei tenha um ente ou ser em si mesma, mas sim que “o sentido, a direção, a intenção da lei aponta para a moralidade, …, etc.”

As expressões corpo, alma, espírito, coração, rins, pés, mãos, usadas na Bíblia podem receber a interpretação normal que damos a elas sem o vício da interpretação pagã.

Portanto a expressão “alma” e “espírito” em Hebreus 4:12 podem ser consideradas como se referindo ao nosso ser mais íntimo, mais pessoa. Deus, e Sua Palavra, alcançam o nosso mais profundo ser ajudando-nos a perceber nossas falhas e nos entregarmos completamente à vontade de Deus. 

domingo, 9 de setembro de 2012

O valor do estudo bíblico


É essencial que tenhamos um bom senso de valores. Sabemos que isso é verdade no dia-a-dia. Sai caro ao comprar ou vender se não tivermos um senso correto de valores. A Bíblia mostra os naufrágios de muitos que não tinham um discernimento de valores – Ló, Esaú, Balaão, Judas e Demas. Nós reconhecemos o valor do estudo da bíblia?


A fim de ter o valor correto do estudo bíblico, temos primeiro que ter um valor apropriado da bíblia. Para aqueles que provavelmente vão ler isso, você já sabe o valor da Bíblia. Sabemos que é muito proveitoso como guia para esta vida e para apontar o caminho para a vida eterna. Podemos falar da boca para fora do seu valor, mas se realmente a valorizamos, iremos estudá-la. Vamos rever alguns motivos que nos lembram o valor do estudo bíblico.

Dá-nos fé (João 20:31). A fé é necessária para a conversão (Atos 15:7) e para agradar a Deus (Hebreus 11:6). É essencial para o filho de Deus pois “o justo viverá por fé” (Romanos 1:17). A fé é nosso escudo (Efésios 6:16) e nos dará a vitória (1 João 5:4).

Irá fortalecer nossa esperança que pode nos salvar (Romanos 8:24). Irá estimular nosso desejo de ir para o céu e nos dará a segurança de que estamos a caminho. Servirá de âncora nas tempestades da vida (Hebreus 6:18-20).

O estudo bíblico nos fará sábios naquilo que realmente importa (Salmo 119:98-99). Isto é, o estudo vai nos fazer sábios se continuarmos nas coisas aprendidas (2 Timóteo 3:14-15).

O estudo da palavra nos guarda do pecado (Salmo 119:9,11) e nos capacitará para superar o pecado (1 João 2:4).

O estudo da Bíblia nos ajudará a evitar a apostasia (Salmo 37:31). A falta de conhecimento da palavra de Deus leva a destruição (Oseías 4:6).

Dá alegria (Salmo 19:8). O mundo enganado não acredita, mas a alegria completa se encontra em Deus (1 João 1:4). O estudos faz-nos capazes de ter alegria mesmo nas coisas ruins (Tiago 1:2-4; Romanos 8:28).

O estudo da Bíblia consola (Salmo 119:92). Quando um ente querido parte deste mundo, nada pode nos consolar como a Bíblia (1 Tessalonicenses 4:18). Haverá horas na vida de cada um em que precisaremos de consolo. O estudo nos capacitará a encontrar consolo.

Fornece alimento para a alma (Mateus 4:4). Tem uma receita apropriada para a criança e outra para o maduro (1 Pedro 2:2). A palavra de Deus deve ser mais desejada do que ouro e todas as coisas materiais (Salmo 19:10).

Tem bons frutos (Mateus 7:16). Tem um efeito exaltante na humanidade. Tem liberdade avançada. Opõe-se as coisas que corrompem. Levanta a moralidade e dá dignidade às mulheres.

Salva a alma quando recebida corretamente (Tiago 1:21). Não é fria nem morta, mas é como um fogo (Jeremias 23:29) e é viva e poderosa (Hebreus 4:12). Levou 3.000 pessoas a procurarem a salvação em Cristo no dia de Pentecostes (Atos 2).

Se conhecemos e cremos nestas coisas, o estudo da Bíblia fará parte do nosso dia-a-dia.
–por Robert W. Goodman

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Como entender a Bíblia


Não sou teólogo nem sei falar hebraico ou grego. Como posso entender a Bíblia corretamente?

Sabemos que ler a Bíblia é importante para nossa comunhão com Deus. Muitas pessoas acreditam, entretanto, que apenas um pastor ou doutor em Teologia pode interpretar a Bíblia de maneira correta. Mas é interessante que os escritores da Bíblia pensavam o contrário: eles esperavam que todos a lessem e compreendessem, mesmo aqueles que não eram cultos (Dt 30:11-4; Jo 20:30, 31; At 7:11; Ap 1:3). Sugerimos alguns passos simples e úteis para a compreensão da Bíblia, que podem ser utilizados por qualquer pessoa:

1. Estude a Bíblia com oração e humildade – Nosso coração é, por natureza, enganoso (Jr 17:9). Por natureza não temos disposição de ser ensinados. É natural para o ser humano ler a Bíblia de tal maneira a evitar algo que não deseja aprender. Não importa quanto você saiba sobre o idioma grego ou quantos doutorados você possui, se não tiver um coração disposto a aprender, seu estudo não terá qualquer valor.

Conhecer a Deus, de acordo com a Bíblia, é mais que uma atividade intelectual ou estudo acadêmico (Jo 7:17; 1Co 2:14; 2Ts 2:10; Tg 1:5). O conhecimento de Deus vem de uma disposição de aprender a verdade que vem de Deus não importando o que custar (2Ts 2:10). Conhecer a Deus pode custar sua vida, família, amigos e reputação. Mas, se você estiver disposto a encontrar a verdade não importando quais desafios tiver que enfrentar, você a alcançará.

O estudo da Bíblia deve começar com aquilo que pode ser chamado de “oração autêntica”. Essa oração pode ser feita assim: “Senhor, eu desejo a verdade não importa o que ela me custar, pessoalmente.” Essa é uma oração difícil de ser feita, mas, se você orar dessa maneira, conhecerá a verdade de Deus. Jesus prometeu que o Espírito Santo nos guiará ao buscarmos conhecer a vontade de Deus (Jo 16:13, 14). Jesus está ansioso para cumprir Sua promessa.

2. Compare várias traduções da Bíblia – Se você não tem acesso à Bíblia em hebraico e grego, pode consultar várias traduções bíblicas ao estudar algum texto. Boas traduções em português são a Almeida Revista e Atualizada, a Bíblia de Jerusalém e a Nova Versão Internacional. As duas primeiras utilizam linguagem mais culta, e a última, linguagem mais acessível.

Cada tradução tem suas limitações e, em alguma medida, reflete os conceitos e preconceitos dos tradutores. Essas limitações podem ser minimizadas ao se comparar várias traduções. Cada tradução apresenta um aspecto do significado do texto. Portanto, quando comparamos várias traduções, temos uma compreensão melhor.

Suponhamos que você está comparando, por exemplo, cinco traduções bíblicas. Se quatro ou cinco traduzem um texto bíblico de forma semelhante, é mais provável que o texto original seja claro e, portanto, essa é a forma correta de ser traduzido. Por outro lado, se cada tradução apresenta um sentido diferente, provavelmente o texto original é difícil ou ambíguo.

Quando várias traduções são semelhantes e, portanto, o texto é claro, podemos nos basear com segurança na tradução daquele texto. Quando as traduções indicam que o texto que estamos estudando é ambíguo e difícil de ser traduzido, não é seguro basearmos alguma doutrina ou prática naquele texto específico.

3. Dedique a maior parte de seu tempo aos textos claros da Bíblia – Se você realmente deseja que a Bíblia fale por si mesma, passe a maior parte do estudo nos textos bíblicos mais claros. Existem muitas partes da Bíblia sobre as quais há pouco acordo entre os cristãos e mesmo para especialistas em hebraico e grego. Portanto, um passo extremamente importante no estudo da Bíblia é dedicar a maior parte de seu tempo nas seções que são razoavelmente claras. Os textos claros da Bíblia o ajudarão a ter uma boa compreensão sobre os assuntos centrais da mensagem bíblica, impedindo-o de utilizar de maneira errada os textos que são mais ambíguos.

Por outro lado, se você passar a maior parte de seu estudo em textos como as trombetas do Apocalipse ou Daniel 11, você corre o risco de se tornar espiritualmente desequilibrado. Pessoas que interpretam a Bíblia de maneira errada geralmente se concentram em textos difíceis, desenvolvem soluções criativas para as dificuldades que encontram e se baseiam em textos obscuros para criar uma teologia inteira. Esses leitores acabam distorcendo as passagens claras da Bíblia porque elas vão contra as falsas doutrinas criadas por eles.

4. Procure ler capítulos inteiros em vez de versículos isolados – Muitas pessoas costumam estudar a Bíblia de maneira fragmentada. Leem um versículo e então o comparam com dezenas de versículos que acham que tratam do mesmo assunto. Essas pessoas já criaram uma teoria e simplesmente procuram textos bíblicos que apoiam a ideia. Qual o problema com isso? A pessoa não permite que a Bíblia fale por si mesma, mas impõe suas ideias sobre os textos bíblicos. Muitos acham que existe virtude em citar grande número de versículos bíblicos, mas acabam cometendo o erro de distorcer a Bíblia.

Muitas pessoas, em vez de ler o texto bíblico em si mesmo, costumam estudar uma concordância bíblica, que é um livro que mostra todas as vezes em que determinada palavra aparece na Bíblia. Sem os passos corretos para entender a Bíblia, ler uma concordância tende a levar a pessoa a ler os versículos isolados do contexto. É como pegar uma tesoura e recortar 50 textos da Bíblia, jogar em uma bacia, fazer uma “salada de frutas”, oferecer a alguém e dizer: “Esta é a mensagem do Senhor.”

Por outro lado, quando você lê um livro bíblico do começo ao fim, o autor bíblico está no controle da sequência e desenrolar do texto. Esse é o tão importante contexto. O autor conduz você de uma ideia a outra, e o estudo não é controlado pelos interesses ou ideias que você possui. Ler os textos bíblicos de maneira completa permite que o leitor entenda as intenções dos escritores bíblicos e ajuda a ver o “quadro completo”, que é maior garantia contra interpretações bizarras de partes isoladas.

Ler textos completos estimula uma disposição de aprender e ajuda a ver o texto como ele deve ser entendido. Não somos nós que devemos ensinar algo à Bíblia; é ela que deve nos ensinar. É importante comparar textos bíblicos que tratam do mesmo assunto, mas antes disso precisamos ler e reler um texto bíblico completo. Muitas vezes, o leitor encontra um versículo difícil e não entende o que significa.

Na maioria das situações, tudo que precisamos fazer para entender um texto difícil da Bíblia é ler seu contexto – os versículos que vêm antes e os que vêm depois. Quando encontrar um versículo difícil, leia todo o capítulo em que ele está. Depois, procure se familiarizar com a mensagem do livro inteiro. Mas nunca leia um versículo sem considerar o contexto.

Quando buscarmos a Deus de todo o coração, poderemos dizer: “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e, luz para os meus caminhos” (Sl 119:105).

(Matheus Cardoso é editor associado da revista Conexão JA e editor assistente de livros na Casa Publicadora Brasileira)

Fonte: Jon Paulien, The Deep Things of God: An Insider's Guide to the Book of Revelation (Hagerstown, MD: Review and Herald, 2004), p. 79-92. 
Fonte: Criacionismo

domingo, 8 de julho de 2012

A Criação do Universo e da Terra



“No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Génesis 1:1); a que “princípio” se refere este versículo? O próprio verso nos dá a resposta logo de seguida: “criou Deus os céus e a terra”. Ou seja, “princípio” refere-se a uma época onde se inclui o momento em que a terra e os céus foram criados por Deus.


Porém, este termo surge por diversas vezes na Bíblia, em diferentes contextos. Há, no entanto, alguns textos bíblicos com o mesmo sentido e contexto específico do que é aqui mencionado, os quais nos poderão ajudar a confirmar definitivamente qual a época em causa:
1) “Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obra das Tuas mãos” (Hebreus 1:10). Mais uma vez é nos dito que a fundação da terra e dos céus foram um dos acontecimentos desta época designada “princípio”.
2) “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos do vosso pai: ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira” (João 8:44). Podemos entender aqui que “princípio” diz respeito ao período que decorria quando o mal surgiu em Lúcifer, pois antes desse facto não existia o mal nem homicidas. Nessa altura o diabo era um anjo celestial sem mácula. Tudo isto aconteceu antes da fundação do mundo, nos céus.
3) “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez” (João 1:1-3).
Sabemos que o “Verbo” aqui mencionado é Cristo:
.1) “E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus” (Apocalipse 19:13);
.2) “Pai, aqueles que Me deste, quero que, onde Eu estiver, também eles estejam Comigo, para que vejam a Minha glória que Me deste; porque Tu Me hás amado antes da fundação do mundo” (João 17:21);
.3) “E, agora, glorifica-Me Tu, ó Pai, junto de Ti mesmo, com aquela glória que tinha Contigo, antes que o mundo existisse” (João 17:5).
Constatamos que aqui “princípio” se refere à época anterior à fundação do mundo.
4) “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (I João 3:8); refere-se à época durante a qual surgiu o mal, e por consequência o pecado. Sabemos que este acontecimento sucedeu nos céus, antes da criação do mundo.
Concluímos assim que este “princípio” foi um período, de duração desconhecida, que antecedeu a criação do mundo. Acontecimentos deste período (não podem ser datados, por isso não há aqui ordem cronológica, mas sim uma ordem da sucessão dos fatos):
- os céus foram criados;
- surge o mal, em Lúcifer;
- rebelião de Satanás contra Deus;
- batalha de Jesus e Satanás no céu;
- criação da terra “sem forma e vazia”; este acontecimento teria de ser obrigatoriamente anterior à expulsão de Satanás;
- Satanás e os seus anjos foram expulsos para a terra.
Outra questão que se levanta é: a que céus se refere Génesis 1:1?
Mais uma vez, a Palavra de Deus não nos deixa desamparados e esclarece-nos, se analisarmos alguns textos:
1) “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca” (Salmos 33:6).
Que exércitos são estes? São os exércitos dos céus,tal como o próprio verso indica . Mas por quem é constituído esse exército dos céus? Sabemos que a Bíblia chama de exército aos anjos de Deus, que O servem, conforme podemos observar nestes versículos:
2) “E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo...” (Lucas 2:13);
3) “Mas Deus se afastou, e os abandonou a que servissem ao exército do céu, como está escrito no livro dos profetas: porventura me oferecestes vítimas e sacrifícios no deserto, por quarenta anos, ó casa de Israel?” (Atos 7:42);
4) “E como antes disse Isaías: se o Senhor dos Exércitos nos não deixara descendência, teríamos sido feitos como Sodoma, e seríamos semelhantes a Gomorra” (Romanos 9:29);
5) “E seguiam-no os exércitos no céu, em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro” (Apocalipse 19:14);
6) “Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos” (Tiago 5:4);
7) “Assim, os céus, e a terra, e todo o seu exército foram acabados” (Génesis 2:1).
A expressão “Senhor dos exércitos”, repetida inúmeras vezes em toda a Bíblia, é clara, trata-se dos exércitos do Senhor, os anjos celestiais.
No entanto, Génesis 2:1 acaba com esta dúvida de vez, indicando-nos precisamente o mesmo contexto de Salmos 33:6 “os céus, e a terra, e todo o seu exército”, ou seja, o exército dos céus e o exército da terra, isto é, tudo o que os céus contém, e tudo o que a terra contém. Podemos assim concluir que este exército é constituído não apenas pelos anjos celestiais, mas também por todo o universo e seus planetas, bem como pelos seres não caídos.
1) “Quando vejo os Teus céus, obra dos Teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste...” (Salmos 8:3); trata-se dos céus que contém a lua e as estrelas.
2) “Ele fez a terra com o Seu poder, e ordenou o mundo com a Sua sabedoria, e estendeu os céus com o Seu entendimento” (Jeremias 51.15).
3) “Ele é o que está assentado sobre o globo da terra, cujos moradores são para Ele como gafanhotos: Ele é o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda para neles habitar” (Isaías 40:22); se Deus está assentado sobre o globo da terra estes “céus” apenas se podem referir ao espaço sideral, isto é, todo o espaço para além da atmosfera terrestre, onde estão localizadas as estrelas e todos os outros planetas.
4) “Ele fez a terra pelo Seu poder; Ele estabeleceu o mundo por Sua sabedoria, e com a Sua inteligência estendeu os céus” (Jeremias 10:12).
Se isto ainda não bastasse, há ainda um aspeto que nos permite afirmar, com certeza, o fato de que estes “céus” correspondem ao espaço sideral.
A própria Bíblia (pelo menos na tradução da edição revista e corrigida João Ferreira de Almeida) faz a distinção entre “céus” (espaço sideral) de Génesis 1:1 e “Céus” (atmosfera terrestre) de Génesis 1:8.
De destacar que esta distinção surge única e exclusivamente nestes versículos, ao longo de toda a Bíblia. E mesmo assim a distinção apenas está presente desde o versículo 1 até ao versículo 8, pois no versículo 9, e a partir daí, no resto da Bíblia, quando se fala da atmosfera terrestre o termo utilizado é “céus”, como podemos observar nos versos 14, 17, 20 e em diante (nestes, porém, a distinção continua mesmo assim a ser efetuada, quando se está a falar da atmosfera terrestre, não pelas letras minúsculas ou maiúsculas, mas através do termo “expansão dos céus”. Mas, a partir daí desaparece totalmente).
Esta diferenciação, feita pela própria maneira como os termos estão escritos, é natural se tivermos em conta que no versículo 8 se trata de um nome próprio, que aliás, estava a ser utilizado pela primeira vez para designar algo, neste caso a atmosfera terrestre. Para além disso, o termo “céus” de Génesis 1:1 nunca poderia ser no sentido de atmosfera terrestre, pois esta só foi criada posteriormente, no versículo 8.
Ainda em Génesis 1:1, outra questão se coloca: a que “terra” se refere este verso?
a) A uma “terra” sem forma e vazia, sem qualquer tipo de luz, coberta de água. “E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Génesis 1:2); “observei a terra, e eis que estava assolada e vazia; e os céus, e não tinham a sua luz” (Jeremias 4.23). Apesar do contexto aqui ser diferente e de ter passado muito tempo depois de Génesis 1:1, 2, Jeremias, como que tendo uma visão, faz uma descrição do estado desta “terra”, descrição essa que até mesmo nos termos é praticamente igual à de Génesis 1:2.


b) Esta “terra” representa o estado primordial do planeta, antes de Deus iniciar o seu processo de ordenamento e renovação, processo esse iniciado apenas a partir do verso 3, pois no verso 2 Deus estava presente mas ainda não tinha comçado a agir: “o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. Trata-se de uma terra que existiria provavelmente sob a forma de matéria, talvez um “planeta morto”; “envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra” (Salmos 104:30).


c) De fato, esta “terra” de Génesis 1:1 apenas se poderia referir a este “esboço” do planeta, pois a Terra (continente) propriamente dita só foi criada posteriormente, nos versículos 9 e 10: “... e apareça a porção seca. E assim foi. E chamou Deus à porção seca Terra...”
E mais uma vez, à semelhança do que aconteceu com a questão dos “céus”, a distinção entre “terra” (“esboço”) de Génesis 1:1 e “Terra” (continente) de Génesis 1:10 é feita também pela própria maneira dos termos estarem escritos, sendo que no verso 10 surge com maiúscula (na tradução João Ferreira de Almeida, edição revista e corrigida) pois é um nome próprio, uma designação que estava a ser dada a algo novo e que estava a surgir pela primeira vez. Esta distinção, tal como aconteceu com a questão dos “céus”, surge unicamente entre Génesis 1:1 e Génesis 1:10 (logo de seguida, no versículo 11 e em diante, já aparece “terra”, com minúscula e não maiuscúla) não estando presente em mais lado nenhum em toda a Bíblia.


Levantam-se assim algumas questões pertinentes: qual o motivo de surgir esta distinção na forma como os termos, “céus” e “terra”, foram escritos? Por que razão não surge esta diferenciação em lado algum na Bíblia, e apenas nestes versículos? Por três razões possíveis, algumas delas já enunciadas:
a) Os termos com maiúsculas são nomes próprios, dados a algo novo que surgia pela primeira vez;
b) Esta distinção surge apenas neste capítulo e nestes versos específicos provavelmente porque era justamente aqui que era necessário ela ser feita;
c) Depois dos termos “Céus” e “Terra” aparecerem não voltam a surgir, pois depois de atribuídos pela primeira vez seria desnecessário estar sempre a repetir e a própria distinção também seria desnecessária.


Conclusões
a) Foi para o “esboço” do planeta terra que Satanás foi precipitado, juntamente com os anjos que aderiram à sua causa (isso aconteceu no período designado “princípio”, de Génesis 1:1), pois a criação da Terra (continente) e do ser humano foram posteriores (Génesis 1:9, 10). A ação de criação e renovação deste “esboço” só foi iniciada no versículo 3.
b) A Terra propriamente dita, que consistia num único continente (a chamada “Pangea”, que ficou dividida posteriormente com o Dilúvio) só foi criada já no terceiro dia: “...e chamou Deus à porção seca Terra... E foi a tarde e a manhã o dia terceiro” (Génesis 1:10, 13); "eles voluntariamente ignoram isto: que, pela palavra de Deus, já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste" (II Pedro 3:5).
c) O planeta irá, de certa forma, regressar ao seu estado inicial (o “esboço”), depois da segunda vinda de Cristo, quando Satanás ficar cá sozinho durante o milénio, enquanto os filhos de Deus estarão no céu com Cristo. Podemos constatar isso pela descrição que é feita na Bíblia do estado em que o planeta ficará e estabelecendo os paralelismos:
.1) “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão” (II Pedro 3:10);
.2) “Eis que o dia do Senhor vem, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação, e destruir os pecadores dela. Porque as estrelas dos céus e os astros não deixarão brilhar a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e a lua não fará resplandecer a sua luz... Pelo que, farei estremecer os céus, e a terra se moverá do seu lugar, por causa do furor do Senhor dos Exércitos, e por causa do dia da sua ardente ira” (Isaías 13:9, 10, 13);
.3) “Ai daqueles que desejam o dia do Senhor! para que quereis vós este dia do Senhor? trevas será, e não luz... Não será, pois, o dia do Senhor trevas e não luz? Não será completa escuridade, sem nenhum resplandor?” (Amós 5.18, 20);
.4) “Tocai a buzina em Sião, e clamai em alta voz, no monte da Minha santidade: perturbem-se todos os moradores da terra, porque o dia do Senhor vem, ele está perto: Dia de trevas e de tristeza; dia de nuvens e de trevas espessas, como a alva espalhada sobre os montes, povo grande e poderoso, qual desde o tempo antigo nunca houve, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração. Diante dele, um fogo consome; e atrás dele, uma chama abrasa: a terra diante dele é como o jardim do Éden, mas atrás dele, um desolado deserto; sim, nada lhe escapará...Como o estrondo de carros sobre os cumes dos montes, irão eles saltando; como o ruído da chama de fogo que consome a pragana, como um povo poderoso, ordenado para o combate... Diante dele, tremerá a terra” (Joel 2:1, 2, 3, 5, 10);


.5) “O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do Senhor: amargamente clamará, ali, o homem poderoso. Aquele dia é um dia de indignação, dia de angústia e de ânsia, dia de alvoroço e de desolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas...” (Sofonias 1:14, 15);
.6) “E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas, e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas” (Lucas 21:25);
.7) “E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra” (Apocalipse 6:12);
.8) “E, naquela mesma hora, houve um grande terramoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terramoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram muito atemorizados, e deram glória ao Deus do céu” (Apoca. 11.13);
.9) “E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terramoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terramoto. E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande Babilónia se lembrou Deus, para lhe dar o cálix do vinho da indignação da sua ira. E toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam” (Apocalipse 16:18, 19, 20).
Pormenores que se destacam: a terra ficará em trevas, desolada, vazia, como um deserto (Jeremias 4:23-28); as águas invadirão a terra (se bem que não permanecerão “e vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Apocalipse 21:1); um tremor de terra gigantesco altera a geografia e topografia dos continentes, ficando a forma da terra alterada por consequência. O paralelismo com o “esboço” da terra de Génesis 1:1 é flagrante, as características são as mesmas (com a exceção de que o planeta não ficará totalmente coberto com águas).
Destaque também para Apocalipse 20:1-3: “e vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão... Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos; E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois, importa que seja solto por um pouco de tempo.E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois, importa que seja solto por um pouco de tempo.”
O lugar onde Satanás é lançado é descrito como um “abismo”, que é precisamente o mesmo termo utilizado em Génesis 1:2 para descrever o “esboço” da terra. O Pr. Mark Finley confirma este fato; no livro “Examinai Tudo”, pág.70, a respeito deste aspecto diz também “Apocalipse 20:1,2 acrescenta que Satanás está amarrado por uma cadeia de circunstâncias nesse “poço sem fundo”, ou abismo. A palavra grega “abussos” é a mesma palavra usada na tradução grega do hebraico do Velho Testamento para a frase “sem forma e vazia”. Em Génesis 1:2, quando Deus chamou o mundo à existência, ele era sem forma e vazio, isto é, um mundo desolado, envolto em trevas, um abismo onde nada existia, até que Deus separou a parte seca e criou então um novo mundo, cheio de vida. A terra será, de novo, reduzida ao nada. O pecado será destruído. Desse abismo do velho mundo, Deus criará uma nova terra de extraordinária beleza (II Pedro 3:13; Apoc. 21.1-5).


O ciclo da Criação voltará assim a repetir-se. Em Génesis 1 o “esboço” da terra foi criado e depois Deus iniciou o processo de organização e renovação, surgindo o território retirado das águas. Da mesma forma, durante o milénio Satanás estará num planeta Terra muito semelhante ao “esboço” que existia em Génesis 1, mas depois disso, com a descida da Nova Jerusalém, tudo voltará a ser renovado e reorganizado (o que é confirmado, como se viu, pelo texto acima mencionado do Pr. Mark Finley).


A luz presente em Génesis 1:3 não era proveniente do Sol nem da Lua, pois estes só foram criados posteriormente em Gén. 1:14-18, no quarto dia da criação/remodelação da Terra. Mas esta iluminação era proveniente da glória de Deus; “porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo” (II Coríntios 4:6), tal como voltará a suceder na Nova Jerusalém: “e a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. E as nações andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra. E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite” (Apocalipse 21:23, 24, 25).


Da mesma forma, assim como na Nova Jerusalém o Sol e a Lua não serão necessários, também no “esboço” da terra de Génesis 1 não eram necessários porque Deus a iluminava, pois “o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas...” (Génesis 1:2), sendo como “lâmpada... e luz...” (Salmos 119:105).


Os criacionistas, de uma forma geral, atribuem uma idade de cerca de 6.000 anos à Terra: não se sabe, porém, quanto tempo teve o período designado “princípio” (Génesis 1:1), nem se sabe durante quanto tempo existiu o “esboço” da terra (Génesis 1:2).
Autor: Nuno Neves, arqueólogo, membro da IASD Coimbra

sábado, 7 de julho de 2012

Eu sou a 100ª ovelha

por Prof Gilson Medeiros)


“…o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido” (Mateus 18:11).


“…o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:10).


Uma das parábolas mais conhecidas que Jesus contou foi a que fala das 100 ovelhas, dentre as quais uma se perdeu. A parábola é interpretada de variadas formas. Mas eu gosto de me imaginar como sendo aquela 100ª ovelha, a única que se desgarrou do rebanho, e pela qual o Pastor, o Bom Pastor, fez todo esforço para trazê-la de volta. Jesus é enfático ao dizer que, após ter encontrado a ovelha perdida, o Pastor se alegrou e a conduziu para casa, cheio de júbilo, porque havia resgatado uma de suas mais preciosas “amigas”.




Sim, porque para o Bom Pastor a ovelha não é um mero animal, um simples objeto de lucro… não! Ele a vê como um ser vivo, alguém que tem sentimentos, que tem valor para ele, um valor que transcende o financeiro…. Ele a ama!


A lição da Escola Sabatina de alguns meses atrás nos fez lembrar sobre a EXPIAÇÃO NA CRUZ, revelando para nós um pouco do terrível resultado físico, mental e espiritual que o Sacrifício de Jesus trouxe sobre Ele, ao aproximar-se o momento da Sua entrega.


Em meio às expressões gregas, por vezes “teológicas” demais, é possível ver o quanto o nosso Deus investiu para nos resgatar das garras do pecado. O preço pago foi muito, muito elevado, e o próprio Criador do Universo teve que suportar a angústia, o cálice da ira, as trevas, o temor, o abandono… e a própria morte!


Lembro-me da letra de uma bela canção do nosso irmão Nadson Portugal:”Quem é este Homem? Por que me ama assim?!”


Frequentemente me “pego” meditando sobre a grandeza do amor de Deus por mim, um miserável pecador. Mesmo sem merecer, mesmo sendo tão falho, mesmo rejeitando tantas vezes este amor… mesmo assim o meu Pastor não desistiu de mim! Ele esteve lá, desde o gelado Getsêmani até a terrível Cruz, e em nenhum momento sequer pensou em desistir de mim. Eu era a 100ª ovelha, e precisava ser trazida de volta. No livro “Desejado de Todas as Nações” é-nos revelado que Jesus decidiu salvar o homem (eu, Gilson Medeiros da Silva), “custasse o que custasse de Sua parte”. Que amor é esse?!


E as outras 99 ovelhas?


Eu fico imaginando qual terá sido a reação das outras 99 ovelhas, quando o Pastor trouxe a perdida de volta. O texto não diz… mas, como elas simbolizam seres humanos na parábola, é possível imaginar que nem todas se alegraram com a chegada da “rebelde”. Afinal, foi ela mesma a culpada, por não ter permanecido junto do rebanho! Preferiu ir por outro caminho, então que suportasse as conseqüências! Ora, o Pastor deixou todas elas, sozinhas, no deserto frio para se desbravar pelos campos em busca de uma única rebelde. Até parece que ela era a preferida dEle… a queridinha! E se um lobo aparecesse enquanto Ele estivesse fora? Quem as protegeria? Elas tinham motivos para receberam a 100ª com desdém, indiferença e ira.


E o pior de tudo é que o Pastor chegou todo arranhado, todo machucado, havia passado a noite sem dormir, à procura daquela rebeldezinha, mas agora estava feliz por tê-la encontrado. Elas nunca O tinham visto tão contente. E isso deixou muitas das outras ovelhas com ciúmes… “Por que ela não ficou lá no deserto?”, algumas devem ter “desejado”.


E o irmão mais velho?


É curioso como nesta seqüência de parábolas sobre o que se perdera (cf. Lucas 15), Jesus também acrescentou detalhes na do “Filho Pródigo” que nos mostram o quanto o irmão mais velho dele ficou chateado com sua volta. Afinal, por que o Pai estava tão contente com o retorno daquele filho ingrato e esbanjador? Ele, o mais velho, não era suficiente? Por que ainda gastar o dinheiro que restou com uma festa em homenagem a uma pessoa tão desprezível como aquela?!


Em ambas as histórias são usados seres vivos (ovelhas e pessoas) para representarem uma só lição: a de que Deus nos ama com um amor tal que faz de tudo para nos ter de volta.


E nós?


Eu fico a imaginar como, muitas vezes, temos agido como as ovelhas ciumentas, ou como o irmão mais velho… não sentimos a mesma alegria pelos que Jesus consegue resgatar das garras do inimigo.


Quantas e quantas vezes nós já não abandonamos pelo meio do caminho aqueles “irmãos” (?) e “irmãs” (?) que preferiram se desgarrar do rebanho!? Até seus nomes fazemos questão de esquecer… Aproveite para lembrar agora mesmo, sim agora, os nomes de alguns que estiveram do seu lado nos cultos de sábado, e hoje lá não mais estarão…


Quantas e quantas reuniões de Comissão não ocorrem com o objetivo único de disciplinar os que se extraviaram!?


Quantos e quantos sermões não são pregados a cada semana apenas com o objetivo de atacar, chicotear e humilhar alguém que esteja em erro!?


Ao refletir sobre o extremo preço que Jesus pagou por nós, eu cheguei à conclusão de que não temos a mesma alegria que Ele tem ao ver pessoas deixando o mundo do pecado e tentando caminhar para a Luz. Nossa hipocrisia não permite!


Pregamos infinitas vezes sobre perdão e misericórdia, mas praticamos pouquíssimas vezes isso em nossas vidas… Falamos da importância do amor e da comunhão entre os irmãos, mas não pensamos duas vezes antes de nos unirmos para fofocar ou desdenhar deles…


Dizemos que a igreja é um “hospital”, onde todos estão doentes e precisam de cura, mas nossos atos revelam que nos consideramos mesmo os Diretores da Instituição, com o “poder” de definir quem fica ou quem deve deixar a enfermaria… e morrer…


E quando algum se perde?! Ai é que nosso “amor de mentirinha” se revela… Abandonamos o irmão; deixamos que ele colha os frutos do seu próprio mau procedimento… já não o visitamos mais… não mandamos um e-mail… não gastamos os bônus do celular ligando para ele… não… nada!


Uma vez eu ouvi alguém dizer que “a igreja é o único exército que abandona seus feridos no campo de batalha”, e o “engraçado” foi que esta mesma pessoa agiu assim quando teve oportunidade de recolher um ferido, colocá-lo em seus ombros, e levá-lo à enfermaria…. nós somos assim! Infelizmente!


Perdemos horas e horas em disputas tolas sobre doutrinas, profecias, chips, marcas, selos, trombetas, teologuês, etc… mas somos incapazes de dedicar alguns minutos para ajudarmos o Pastor, o Bom Pastor, a trazer de volta aquela 100ª ovelhinha… Preferimos ficar “quentinhos” na companhia das outras 98, e deixar que Ele faça todo o trabalho sozinho.


Para quê tem servido a igreja, então?


Tenho certeza que bem perto de você há uma 100ª ovelha que está desejosa de voltar, às vezes ela apenas não sabe como fazer isso. Por que você não quebra este “paradigma”, esta cultura da indiferença, e se une ao nosso Bom Pastor para trazer de volta para o rebanho esta por quem Ele deu o próprio sangue?


REFLEXÃO: “Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:35)

A Parábola do Rico e Lázaro


Uma explicação sobre a passagem encontrada em Lucas 16:19-31, conhecida como a "Parábola do Rico e Lázaro". Esta parábola nada diz das almas imortais que "saem" do corpo depois da morte, como alguns espiritualistas crêem (tanto espíritas, quanto católicos, quanto evangélicos). Além do mais, um princípio fundamental de interpretação bíblica determina que não se pode basear doutrinas sobre parábolas ou alegorias, pois tais históricas são meramente ilustrativas.
Eis aqui algumas razões que impedem tomar os personagens desta parábola de forma literal:
1. Se esta parábola for tomada em forma literal, as Sagradas Escrituras estariam se contradizendo quanto à inconsciência dos mortos até o dia em que ressuscitam (cf. Ecles. 9:5, 6 e 10; João 11:11-14; 5:28-29). Vê-se que o ensino bíblico é de que os mortos não estão no Céu, nem no purgatório, nem no inferno (Atos 2:29 e 34; Jó 3:11-19; 17:13). De modo geral, os cristãos crêem que o Espírito Santo não pode contradizer-se (2Tim. 3:15-17; 2Pedro 1:21), portanto, não podemos considerar a parábola como sendo a expressão literal do tema da morte.






2. Se esta parábola for tomada literalmente também devemos aceitar que o Céu e o inferno estão tão próximos que os salvos e os condenados podem ver-se e ouvir-se. Este seria o maior castigo que poderiam receber todos quantos se salvem, pois estariam vendo e ouvindo seus entes queridos que se perderam em sofrimento. Que absurdo! E tanta gente acredita nesta falácia!


A Bíblia declara abertamente que os maus serão totalmente destruídos (Salmo 37:9 e 20).


3. Se esta parábola for interpretada literalmente, contradiz-se a crença popular de que a alma abandona o corpo no momento da morte, pois na parábola é dito que Lázaro e o rico estão presentes no "pós-morte" com seus próprios corpos físicos, pois se mencionam o “dedo” de um e a “língua” do outro.


Todos sabemos que o corpo permanece na tumba e se desintegra totalmente. Além disso, a sede que sente o rico é própria do corpo, e, afinal de contas, de que serviria um “dedo” molhado “em água” para aliviar os rigores extremos de um fogo verdadeiro? Vê-se que toda a história é recheada de simbologias, alegorias e analogias.


Conclusão


Poderíamos explorar muito mais os detalhes da parábola, mas pelas razões acima já é possível concluir-se que o relato não é literal, e faz parte de uma série de cinco parábolas que Jesus pronunciou (Lucas 15 e 16) para destacar verdades básicas.


Jesus baseou esta parábola numa crença comum entre os judeus, mas contrária às Escrituras, e que havia sido trazida da cultura de Babilônia, Egito e nações circunvizinhas.


Nosso Senhor tomou muito das coisas conhecidas por Seus ouvintes para apresentar Suas
parábolas; uma maneira fácil de chegar ao coração, mas não necessariamente uma aceitação incondicional do material, e sim um argumento que servia de meio para destacar um ensino.


Por outro lado, os judeus colocavam Abraão acima de Jesus: “Nosso pai é Abraão ... És maior do que o nosso pai Abraão... ?” (João 8:39 e 53; Mateus 3:9). E Jesus põe na boca de Abraão as palavras que este haveria de ter dito em pessoa: “Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tão pouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos” (São Lucas 16:29-31).


É comum a Bíblia personificar seres inanimados. Por exemplo: as árvores se reúnem para nomear um rei (Juízes 9:8-15); “O cardo ... mandou dizer ao cedro ... Dá tua filha por mulher a meu filho” (2Reis 14:9); “Porque a pedra clamará da parede, e a trave lhe responderá do madeiramento” (Habacuque 2:11); “Se eles se calarem, as próprias pedras clamarão” (Lucas 10:40; Mateus 3:9; ver Jó 12:7 e 8).


Também devemos tomar estas declarações de forma literal? É óbvio que não!


O objetivo de Jesus não era que os elementos fossem considerados de forma literal, com relação à vida após a morte, mas sim os 2 princípios gerais que se destacam nesta parábola:


1. Que a recompensa se baseará na conduta adotada enquanto se vive;


2. E que o importante é obedecer à Palavra divina, e não confiar em nossa raça ou origem, nem mesmo sendo carnalmente “filhos de Abraão”.


Fonte: "Tira Dúvidas", Voz da Profecia.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Os Falsos deuses da Bíblia



Conheça a cada um dos falsos deuses que existiram na Bíblia Sagrada, sabendo exatamente onde são citados, e várias informações sobre eles.


Adrameleque
Ídolo dos de Sefarvaim (Cidade, ou cidades da Assíria, de onde o rei assírio trouxe muitos cativos para repovoarem as cidades de Samaria – Capital do antigo reino do norte), que Salmaneser II, rei da Assíria, trouxe para colonizar as cidades da Samaria, depois de ter levado para aquele país os habitantes cativos (2 Rs 17.31) “Os aveus* fizeram Nibaz e Tartaque; os sefarvitas queimavam seus filhos em sacrifício a Adrameleque e Anameleque, deuses de Sefarvaim.” (NVI). Este ídolo era adorado com ritos semelhantes aos de Moloque, sendo-lhe sacrificadas as crianças.


*Aveus = (Povo primitivo de Canaã. Habitava em vilas, ou em acampamentos nômades, ao sul de Sefela, grande planície ocidental, que vai até Gaza).


Anameleque
Ídolo dos de Sefarvaim (Cidade, ou cidades da Assíria, de onde o rei assírio trouxe muitos cativos para repovoarem as cidades de Samaria – Capital do antigo reino do norte), que Salmaneser II, rei da Assíria, trouxe para colonizar as cidades da Samaria, depois de ter levado para aquele país os habitantes cativos (2 Rs 17.31) “Os aveus* fizeram Nibaz e Tartaque; os sefarvitas queimavam seus filhos em sacrifício a Adrameleque e Anameleque, deuses de Sefarvaim.” (NVI). Este ídolo era adorado com ritos semelhantes aos de Moloque, sendo-lhe sacrificadas as crianças. *Aveus = (Povo primitivo de Canaã. Habitava em vilas, ou em acampamentos nômades, ao sul de Sefela, grande planície ocidental, que vai até Gaza).


Ártemis - (ver Diana).
Aserá (Astarote, Astarte)
Postes de madeira (postes-ídolos), talvez entalhados com a imagem de Aserá, deusa cananéia do amor e da guerra, erigidos para homenageá-la e colocados perto dos altares do culto cananeu. (Jz. 3:7; 6:25; 1 Rs. 18:19; 2 Rs. 17:16; 21:3; 23:4; 23:7) “Os israelitas fizeram o que o SENHOR reprova, pois esqueceram-se do SENHOR, o seu Deus, e prestaram culto aos baalins e a Aserá… Naquela mesma noite o SENHOR lhe disse: “Separe o segundo novilho do rebanho de seu pai, aquele de sete anos de idade. Despedace o altar de Baal, que pertence a seu pai, e corte o poste sagrado de Aserá que está ao lado do altar…Agora convoque todo o povo de Israel para encontrar-se comigo no monte Carmelo. E traga os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas de Aserá, que comem à mesa de Jezabel…Abandonaram todos os mandamentos do SENHOR, o seu Deus, e fizeram para si dois ídolos de metal na forma de bezerros e um poste sagrado de Aserá. Inclinaram-se diante de todos os exércitos celestiais e prestaram culto a Baal…Reconstruiu os altares idólatras que seu pai Ezequias havia demolido e também ergueu altares para Baal e fez um poste sagrado para Aserá, como fizera Acabe, rei de Israel. Inclinou-se diante de todos os exércitos celestes e lhes prestou culto…O rei deu ordens ao sumo sacerdote Hilquias, aos sacerdotes auxiliares e aos guardas das portas que retirassem do templo do SENHOR todos os utensílios feitos para Baal e Aserá e para todos os exércitos celestes. Ele os queimou fora de Jerusalém, nos campos do vale de Cedrom e levou as cinzas para Betel…Também derrubou as acomodações dos prostitutos cultuais, que ficavam no tempo do SENHOR, onde as mulheres teciam para Aserá.” (NVI). Aserá era supostamente considerada esposa de Baal.


Asima
Era um deus adorado pelo povo de Hamate. O respectivo culto foi introduzido na Samaria pelos colonos de Hamate, a quem o rei da Assíria estabeleceu naquela terra (2 Rs 17.30) “Os da Babilônia fizeram Sucote-Benote, os de Cuta fizeram Nergal e os de Hamate fizeram Asima.” (NVI).


Astarote (Astarte. Outra forma do nome é Aserá)
Estrela, o planeta Vênus. A principal divindade feminina dos fenícios (Sidônios), como Baal era o principal dos deuses. Assim como Baal foi identificado com o Sol, assim Astarote, ou Astarte, com os seus crescentes, o era com a Lua, simbolizada pela vaca. O culto desta deusa veio dos caldeus para os cananeus. Era a deusa do poder produtivo, do amor, e da guerra. Entre os filisteus o seu culto era acompanhado de grande licenciosidade, em que os bosques representavam uma proeminente parte. As pombas eram-lhe consagradas. O povo fenício era proveniente da Fenícia e este nome foi-lhe dado pelos gregos, podendo-se ver a palmeira como emblema nas moedas de Tiro e Sidom (Sidônios), as principais cidades daquele distrito. O seu nome nativo era Canaã (terra baixa), para distinguir das terras altas de Arã, o nome hebraico da Síria. (Jz. 10:6; 1 Sm. 7:3; 1 Rs. 11:5; 1 Rs. 11:33 etc. ) “Mais uma vez os israelitas fizeram o que o SENHOR reprova. Serviram aos baalins, às imagens de Astarote, aos deuses de Arã, aos deuses de Sidom, aos deuses de Moabe, aos deuses dos amonitas e aos deuses dos filisteus. E como os israelitas abandonaram o SENHOR e não mais lhe prestaram culto… E Samuel disse a toda a nação de Israel: “Se vocês querem voltar-se para o SENHOR de todo o coração, livrem-se então dos deuses estrangeiros e das imagens de Astarote, consagrem-se ao SENHOR e prestem culto somente a ele, e ele os libertará das mãos dos filisteus…Ele seguiu Astarote, a deusa dos sidônios, e Moloque, o repugnante deus dos amonitas… Farei isso porque eles me abandonaramb e adoraram Astarote, a deusa dos sidônios, Camos, deus dos moabitas, e Moloque, deus dos amonitas, e não andaram nos meus caminhos, nem fizeram o que eu aprovo, nem obedeceram aos meus decretos e às minhas ordenanças, como fez Davi, pai de Salomão.” (NVI).


Baal-Berite
(Jz. 8:33; Jz. 9:4) “Logo depois que Gideão morreu, os israelitas voltaram a prostituir-se com os baalins, cultuando-os. Ergueram Baal-Berite como seu deus…Deram-lhe setenta peças de prata tiradas do templo de Baal-Berite, as quais Abimeleque ( usou para contratar alguns desocupados e vadios, que se tornaram seus seguidores.” (NVI).


Baal-Peor - Ver Baal.
Baal – BAAL (BAALIM)
Senhor, Principal. Este nome, na sua origem, significava senhor, ou possuidor, mas posteriormente empregava-se para mostrar a relação do homem para com sua mulher, ou da divindade para com o seu adorador. Nunca foi estritamente um nome próprio, mas era o nome do deus de cada lugar, como Baal-Peor (Nm 25.3) “Assim Israel se juntou à adoração a Baal-Peor. E a ira do SENHOR acendeu-se contra Israel.” (NVI). E o seu plural era Baalim. Comparem-se os nomes pessoais, como Hasdrubal, e Baal-Hanan. Nos "lugares altos" era Baal adorado como princípio macho, que dava acrescentamento aos rebanhos e produção à terra. Os atos rituais eram realizados com muita pompa e cerimônias, havendo ofertas dos produtos da Natureza e incenso, holocaustos e sacrifícios humanos (Os 2.8; Jr 19.5) “Ela não reconheceu que fui eu quem lhe deu o trigo, o vinho e o azeite, quem a cobriu de ouro e de prata, que depois usaram para Baal…Construíram nos montes os altares dedicados a Baal, para queimarem os seus filhos como holocaustos oferecidos a Baal, coisa que não ordenei, da qual nunca falei nem jamais me veio à mente.” (NVI). Os seus sacerdotes, em certas ocasiões, excitavam-se a tal ponto que chegavam a ferir-se com facas, como procediam outros sacerdotes pagãos, mencionados por Heródoto e Plutarco (1 Rs 18.28) “Então passaram a gritar ainda mais alto e a ferir-se com espadas e lanças, de acordo com o costume deles, até Sangrarem.” (NVI).


Baal-Zebube
Deus Filisteu de Ecrom; (Ecrom – Era a mais setentrional ou mais ao norte, das cinco cidades pertencentes aos príncipes dos filisteus). (2 Rs. 1:2,3,6 e 16) “Certo dia, Acazias caiu da sacada do seu quarto no palácio de Samaria e ficou muito ferido. Então enviou mensageiros para consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom, para saber se ele se recuperaria. Mas o anjo do SENHOR disse ao tesbita Elias: “Vá encontrar-se com os mensageiros do rei de Samaria e pergunte a eles: Acaso não há Deus em Israel? Por que vocês vão consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom?… Eles responderam: “Um homem veio ao nosso encontro e nos disse: ‘Voltem ao rei que os enviou e digam-lhe: Assim diz o SENHOR: “Acaso não há Deus em Israel? Por que você mandou consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom? Por isso você não se levantará mais dessa cama e certamente Morrerá!… Ao chegar, disse ao rei: “Assim diz o SENHOR: ‘Acaso não há Deus em Israel? Por que você mandou consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom? Por isso você não se levantará mais dessa cama e certamente morrerá!.” (NVI).


Bel-Merodaque
Marido da deusa babilônica Zer-Banite. (Ver Sucote-Benote).


Bel(Bel-Marduque)
Bel significa, senhor, título referente a Marduque, o deus principal da Babilônia. (Is. 46:1; Jr. 50:2; Jr. 51:44) “Bel se inclina, Nebo se abaixa; os seus ídolos são levados por animais de cargaa. As imagens que são levadas por aí, são pesadas, um fardo para os exaustos… Anunciem e proclamem entre as nações, ergam um sinal e proclamem;não escondam nada.Digam: ‘A Babilônia foi conquistada; Bel foi humilhado, Marduque está apavorado. As imagens da Babilônia estão humilhadas e seus ídolos apavorados… Castigarei Bel na Babilônia e o farei vomitar o que engoliu. As nações não mais acorrerão a ele. E a muralha da Babilônia cairá.” (NVI).


Belzebú (Baal-Zebube)
Senhor das moscas. Supõe-se que o nome é uma desdenhosa modificação judaica de Baal-Zebul "Senhor da casa alta" (Mt 10.25) “Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se o dono da casa foi chamado Belzebu, quanto mais os membros da sua família!.” (NVI) e também "Senhor da mosca da esterqueira". Não deixa de ser natural tal designação, visto como são numerosas as moscas nos climas quentes, sendo certo, também, que os egípcios fizeram do escaravelho um deus.


Bezerro de Ouro
Ídolo para adorar falsos deuses;


a) Feito por Arão (Êx. 32:1-24) “O povo, ao ver que Moisés demorava a descer do monte, juntou-se ao redor de Arão e lhe disse: “Venha, faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu”. Respondeu-lhes Arão: “Tirem os brincos de ouro de suas mulheres, de seus filhos e de suas filhas e tragam-nos a mim”. Todos tiraram os seus brincos de ouro e os levaram a Arão. Ele os recebeu e os fundiu, transformando tudo num ídolo, que modelou com uma ferramenta própria, dando-lhe a forma de um bezerro. Então disseram: “Eis aí os seus deuses, ó Israel, que tiraram vocês do Egito!” Vendo isso, Arão edificou um altar diante do bezerro e anunciou: “Amanhã haverá uma festa dedicada ao SENHOR”. Na manhã seguinte, ofereceram holocaustos e sacrifícios de comunhãoc. O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar à farra. Então o SENHOR disse a Moisés: “Desça, porque o seu povo, que você tirou do Egito, corrompeu-se. Muito depressa se desviaram daquilo que lhes ordenei e fizeram um ídolo em forma de bezerro, curvaram-se diante dele, ofereceram-lhe sacrifícios, e disseram: ‘Eis aí, ó Israel, os seus deuses que tiraram vocês do Egito’ ”. Disse o SENHOR a Moisés: “Tenho visto que este povo é um povo obstinado. Deixe-me agora, para que a minha ira se acenda contra eles, e eu os destrua. Depois farei de você uma grande nação”. Moisés, porém, suplicou ao SENHOR, o seu Deus, clamando: “Ó SENHOR, por que se acenderia a tua ira contra o teu povo, que tiraste do Egito com grande poder e forte mão? Por que diriam os egípcios: ‘Foi com intenção maligna que ele os libertou, para matá-los nos montes e bani-los da face da terra’? Arrepende-te do fogo da tua ira! Tem piedade, e não tragas este mal sobre o teu povo! Lembra-te dos teus servos Abraão, Isaque e Israel, aos quais juraste por ti mesmo: ‘Farei que os seus descendentes sejam numerosos como as estrelas do céu e lhes darei toda esta terra que lhes prometi, que será a sua herança para sempre’ ”. E sucedeu que o SENHOR arrependeu-se do mal que ameaçara trazer sobre o povo. Então Moisés desceu do monte, levando nas mãos as duas tábuas da aliança; estavam escritas em ambos os lados, frente e verso. As tábuas tinham sido feitas por Deus; o que nelas estava gravado fora escrito por Deus. Quando Josué ouviu o barulho do povo gritando, disse a Moisés: “Há barulho de guerra no acampamento”. Respondeu Moisés: “Não é canto de vitória, nem canto de derrota; mas ouço o som de canções!” Quando Moisés aproximou-se do acampamento e viu o bezerro e as danças, irou-se e jogou as tábuas no chão, ao pé do monte, quebrando-as. Pegou o bezerro que eles tinham feito e o destruiu no fogo; depois de moê-lo até virar pó, espalhou-o na água e fez com que os israelitas a bebessem. E perguntou a Arão: “Que lhe fez esse povo para que você o levasse a tão grande pecado?”


22 Respondeu Arão: “Não te enfureças, meu senhor; tu bem sabes como esse povo é propenso para o mal. Eles me disseram: ‘Faça para nós deuses que nos conduzam, pois não sabemos o que aconteceu com esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito’. Então eu lhes disse: Quem tiver enfeites de ouro, traga-os para mim. O povo trouxe-me o ouro, eu o joguei no fogo e surgiu esse bezerro!.” (NVI);


b) Feito por Jeroboão (1 Rs. 12:26-33) “eroboão pensou: “O reino agora provavelmente voltará para a dinastia de Davi. Se este povo subir a Jerusalém para oferecer sacrifícios no templo do SENHOR, novamente dedicarão sua lealdade ao senhor deles, Roboão, rei de Judá. Eles vão me matar e vão voltar para o rei Roboão”. Depois de aconselhar-se, o rei fez dois bezerros de ouro e disse ao povo: “Vocês já subiram muito a Jerusalém. Aqui estão os seus deuses, ó Israel, que tiraramc vocês do Egito”. Mandou pôr um bezerro em Betel, e o outro em Dã. E isso veio a ser um pecado, pois o povo ia até Dã para adorar aquele bezerro. Jeroboão construiu altares idólatras e designou sacerdotes dentre o povo, apesar de não serem levitas. Instituiu uma festa no décimo quinto dia do oitavo mês, semelhante à festa realizada em Judá, e ofereceu sacrifícios no altar. Ele fez isso em Betel, onde sacrificou aos bezerros que havia feito. Também estabeleceu lá sacerdotes nos seus altares idólatras. No décimo quinto dia do oitavo mês, data que ele mesmo escolheu, ofereceu sacrifícios no altar que havia construído em Betel. Assim ele instituiu a festa para os israelitas e foi ao altar para queimar incenso.” (NVI).


Camos – Ver, Quemos.
Dagom
O deus nacional dos filisteus. Havia templos consagrados ao deus Dagom em Gaza e Asdode (Jz 16.23,24; 1 Sm 5.5,6; 1 Cr 10.10) “Os líderes dos filisteus se reuniram para oferecer um grande sacrifício a seu deus Dagom e para festejar. Comemorando sua vitória, diziam: “O nosso deus entregou o nosso inimigo Sansão em nossas mãos”. Quando o povo o viu, louvou o seu deus:“O nosso deus nos entregou o nosso inimigo, o devastador da nossa terra, aquele que multiplicava os nossos mortos…Por isso, até hoje, os sacerdotes de Dagom e todos os que entram em seu templo, em Asdode, não pisam na soleira. Depois disso a mão do SENHOR pesou sobre o povo de Asdode e dos arredores, trazendo devastação sobre eles e afligindo-os com tumores… Expuseram suas armas num dos templos dos seus deuses e penduraram sua cabeça no templo de Dagom.” (NVI).


Dagom era deus da agricultura. Procede desta circunstância o fato de serem mandados pelos filisteus ao Deus de Israel cinco ratinhos de ouro, semelhantes aos do campo, como sacrifício expiatório pelo pecado; o rato do campo simbolizava, talvez, aquele Deus que tinha castigado os adoradores de Dagom. Há, provavelmente, alguma conexão no fato de que a praga era, na sua origem, uma doença de rato.


Diana ou Ártemis
Deusa dos Efésios. Deusa que muitos gregos adoravam. (At. 19:24,27,28,34 e 35) “Um ourives chamado Demétrio, que fazia miniaturas de prata do templo de Ártemis e que dava muito lucro aos artífices…Não somente há o perigo de nossa profissão perder sua reputação, mas também de o templo da grande deusa Ártemis cair em descrédito e de a própria deusa, adorada em toda a província da Ásia e em todo o mundo, ser destituída de sua majestade divina… Ao ouvirem isso, eles ficaram furiosos e começaram a gritar: “Grande é a Ártemis dos efésios!…Mas quando ficaram sabendo que ele era judeu, todos gritaram a uma só voz durante cerca de duas horas: “Grande é a Ártemis dos efésios!… O escrivão da cidade acalmou a multidão e disse: “Efésios, quem não sabe que a cidade de Éfeso é a guardiã do templo da grande Ártemis e da sua imagem que caiu do céu?.” (NVI).


Lugares Altos (Altares Idólatras)
Um lugar para adorar ídolos. (1 Rs. 14:23; 2 Cr. 31:1; 33:3) “Também construíram para si altares idólatras, colunas sagradas e postes sagrados sobre todos os montes e debaixo de todas as árvores frondosas… Quando a festa acabou, os israelitas saíram pelas cidades de Judá e despedaçaram as pedras sagradas e derrubaram os postes sagrados. Eles destruíram os altares idólatras em todo o Judá e Benjamim, e em Efraim e Manassés. Depois de destruírem tudo, voltaram para as suas cidades, cada um para a sua propriedade… Reconstruiu os altares idólatras que seu pai Ezequias havia demolido, ergueu altares para os baalins e fez postes sagrados. Inclinou-se diante de todos os exércitos celestes e lhes prestou culto.” (NVI).


Medeba
Deus de Moabe. (Is. 15:1,2) “Advertência contra Moabe: Sim, na noite em que foi destruída, Ar, em Moabe, ficou arruinada! E na noite em que foi destruída, Quir, em Moabe, ficou arruinada! Sobe-se ao templo em Dibom, a seus altares idólatras, para chorar; por causa de Nebo e de Medeba Moabe pranteia. Todas as cabeças estão rapadas e toda barba foi cortada.” (NVI).


Merodaque
Um dos deuses dos babilônios. Estes criam que as pessoas eram más porque Merodaque as tinha criado do sangue de um deus mau. (Jr. 50:2) “Anunciem e proclamem entre as nações, ergam um sinal e proclamem;não escondam nada. Digam: ‘A Babilônia foi conquistada; Bel foi humilhado, Marduque está apavorado.As imagens da Babilônia estão humilhadas e seus ídolos apavorados.” (NVI).


Milcom - (Veja Moloque, Moleque).
Moloque
MOLEQUE, MOLOQUE. Rei. Também chamado Milcom. O nome é realmente Moleque (rei); com a mudança de uma vogal os hebreus quiseram sugerir a palavra bosete "vergonha", por motivos de repugnância, como aconteceu com Is-Bosete por Meribe-Baal. Era o deus do fogo dos amonitas, como Camos era dos moabitas. Sacrifícios humanos e provas de fogo eram alguns dos meios que se empregavam para tornar propícia aquela divindade. Os israelitas foram avisados contra este culto com ameaças de terríveis castigos. Aquele que oferecesse o seu filho a Moleque devia ser morto por apedrejamento (Lv 18.21; 20.2 a 5) “Não entregue os seus filhos para serem sacrificados a Moloque. Não profanem o nome do seu Deus. Eu sou o SENHOR…Diga aos israelitas: Qualquer israelita ou estrangeiro residente em Israel que entregar um dos seus filhos a Moloque, terá que ser executado. O povo da terra o apedrejará. Voltarei o meu rosto contra ele e o eliminarei do meio do seu povo; pois deu os seus filhos a Moloque, contaminando assim o meu santuário e profanando o meu santo nome. Se o povo deliberadamente fechar os olhos quando alguém entregar um dos seus filhos a Moloque, e deixar de executá-lo, voltarei o meu rosto contra aquele homem e contra o seu clã, e eliminarei do meio do seu povo tanto ele quanto todos os que o seguem, prostituindo-se com Moloque.” (NVI). Fazer passar o filho ou a filha pelo fogo, em adoração de Moleque (2 Rs 23.10,13) “Também profanou Tofete, que ficava no vale de Ben-Hinom, de modo que ninguém mais pudesse usá-lo para sacrificar seu filho ou sua filha a Moloque… O rei também profanou os altares que ficavam a leste de Jerusalém, ao sul do monte da Destruição, os quais Salomão, rei de Israel, havia construído para Astarote, a detestável deusa dos sidônios, para Camos, o detestável deus de Moabe, e para Moloque, o detestável deus do povo de Amom.” (NVI), era matar a criança e depois oferecê-la em holocausto à maneira de Mesa. O sacrifício de crianças era não somente expiatório, mas também purificatório; por ele se supunha que as vítimas eram assim purificadas da imundícia do corpo, alcançando então a união com as forças divinas. Está averiguado que a imagem de Moleque era na forma de um bezerro, com as mãos estendidas para diante, como querendo receber qualquer coisa. No caso de haver ídolo semelhante em outro país, as mãos eram postas na direção do chão de tal maneira que a criança, quando colocada sobre elas, era lançada numa cova de fogo. Os sacerdotes de Moleque tomavam a precedência com respeito aos príncipes de Amom (Jr 49.3) “Lamente-se, ó Hesbom,pois Ai está destruída!Gritem, ó moradores de Rabá! Ponham veste de lamento e chorem! Corram para onde der,pois Moloque irá para o exílio com os seus sacerdotes e os seus oficiais.” (NVI). Era um dos muitos deuses mencionados no Velho Testamento. Baal, que significa, senhor e mestre, era um termo mais genérico. Qualquer deus podia ser chamado Baal. Alguns acham que Moloque era talvez o deus principal dos amonitas, e em Moabe o chamavam Camos.


Nebo
(Ás vezes chamado Nabu) era o filho de Marduque, homenageado no nome de reis babilônios). (Is. 15:2; 46:1) “Sobe-se ao templo em Dibom, a seus altares idólatras, para chorar; por causa de Nebo e de Medeba Moabe pranteia. Todas as cabeças estão rapadas e toda barba foi cortada… Bel se inclina, Nebo se abaixa; os seus ídolos são levados por animais de carga. As imagens que são levadas por aí, são pesadas, um fardo para os exaustos.” (NVI). Conhecida divindade dos babilônios e dos assírios, que se supunha presidir à ciência e às letras. O seu caráter geral corresponde ao de Mercúrio na mitologia latina. O nome forma parte das palavras Nebu-cadenezar (Nabucodonosor) e Nebuzaradã. Nabucodonosor reedificou completamente o seu templo em Borsipa.


Nergal
O deus da guerra, da doença, e da morte, na mitologia da Assíria e da Babilônia. Os homens de Cuta, colocados nas cidades da província de Samaria pelo rei da Assíria, adoravam a Nergal (2 Rs 17.30) “Os da Babilônia fizeram Sucote-Benote, os de Cuta fizeram Nergal e os de Hamate fizeram Asima.” (NVI), sob o símbolo de "homem leão". Cuta ou Tigaba, especialmente dedicada a Nergal é, na tradição arábica, a cidade por excelência de Ninrode; e por essa circunstância tem sido conjeturado que Nergal pode representar o divinizado Ninrode, "poderoso caçador diante do Senhor". Senaqueribe edificou um templo a Nergal na cidade de Tarbisa, perto de Nínive.


Neustã
Uma coisa de cobre, ou, talvez, serpente. O desdenhoso epíteto que o rei Ezequias aplicou à serpente de cobre, que Moisés tinha mandado fabricar no deserto, e que se tinha tornado objeto de culto (2 Rs 18.4) “Removeu os altares idólatras, quebrou as colunas sagradas e derrubou os postes sagrados. Despedaçou a serpente de bronze que Moisés havia feito, pois até aquela época os israelitas lhe queimavam incenso. Era chamadab Neustã.” (NVI). A serpente, que era uma recordação do livramento do povo israelita, adquiriu, no decorrer dos anos, uma santidade supersticiosa, havendo já para com ela uma reverência idólatra. O povo tinha caído no costume de lhe queimar incenso (2 Rs 18.4 ver vs. acima).


Nibaz
Deus dos Aveus (Os Aveus eram um povo primitivo de Canaã). (2 Rs. 17:31) “Os aveus fizeram Nibaz e Tartaque; os sefarvitas queimavam seus filhos em sacrifício a Adrameleque e Anameleque, deuses de Sefarvaim”. (NVI).


Nisroque
Um dos deuses dos Assírios. (Is. 37:37,38) “Assim Senaqueribe, rei da Assíria, fugiu do acampamento, voltou para Nínive e lá ficou. Certo dia, quando estava adorando no templo de seu deus Nisroque, seus filhos Adrameleque e Sarezer o feriram à espada, e fugiram para a terra de Ararate. E seu filho Esar-Hadom foi o seu sucessor.” (NVI). O culto de Baal tinha-se propagado por uma extensa área, e existia desde os tempos primitivos (Nm 22.41) “Na manhã seguinte Balaque levou Balaão até o alto de Bamote-Baal, de onde viu uma parte do povo.”(NVI). Predominava entre os cananeus e moabitas, passando destes para o povo de Israel. Pelo casamento de Acabe com Jezabel tornou-se o culto fenício de Baal a religião do Estado entre os israelitas, até que foi desarraigado no reinado de Jeú. O culto prestado a Baal nunca obliterou inteiramente a adoração ao Senhor. Por certo tempo foram seguidas lado a lado as duas religiões; e mais tarde veio a ser o Senhor o Baal ou Senhor de Canaã, sendo adorado com os hediondos ritos do deus pagão. E assim aconteceu, como já foi dito, que os israelitas ligaram o nome de Baal com os seus próprios nomes, como fizeram com o nome do Senhor em palavras como Isaías (Is-Baal, Is-Bosete). Os profetas do Senhor sempre combateram com toda energia este culto degradante e cruel. Elias corajosamente e com êxito levantou a consciência nacional contra a prática da desmoralizadora religião (1 Rs 18, ler na Bíblia). Oséias também a condenou como sendo verdadeira idolatria, e Jeú atacou com todo o rigor esse culto de Baal introduzido por Acabe, não conseguindo, contudo, suprimi-lo inteiramente, porque mais tarde Josias foi compelido a empregar medidas violentas com o fim de evitar a sua revivescência entre o povo escolhido, que tinha levantado templos ao deus falso, e posto as suas imagens e altares em toda parte, sustentando os seus sacerdotes (2 Rs 23.4,5) “O rei deu ordens ao sumo sacerdote Hilquias, aos sacerdotes auxiliares e aos guardas das portas que retirassem do templo do SENHOR todos os utensílios feitos para Baal e Aserá e para todos os exércitos celestes. Ele os queimou fora de Jerusalém, nos campos do vale de Cedrom e levou as cinzas para Betel. E eliminou os sacerdotes pagãos nomeados pelos reis de Judá para queimarem incenso nos altares idólatras das cidades de Judá e dos arredores de Jerusalém, aqueles que queimavam incenso a Baal, ao sol e à lua, às constelações e a todos os exércitos celestes.”(NVI). Praticava-se o falso culto nos lugares altos (1 Rs 18.20) “Acabe convocou então todo o Israel e reuniu os profetas no monte Carmelo.”(NVI), ou mesmo sobre os terraços das casas (Jr 32.29) “Os babilônios, que estão atacando esta cidade, entrarão e a incendiarão. Eles a queimarão com as casas nas quais o povo provocou a minha ira queimando incenso a Baal nos seus terraços e derramando ofertas de bebida em honra a outros deuses.”(NVI). Tão largamente propagado estava o culto de Baal, que indícios dessa religião se encontram em muitos países, isto é em Babilônia (Bel), e nas colônias fenícias do Mediterrâneo.


Postes-Ídolos/Bosque (Aserá)
Esta palavra ocorre freqüentes vezes no A.T., como uma das feições do culto idólatra, sendo tal culto proibido ao povo de Israel (Êx 34.13; Jz 6.25 a 30; 1 Rs 16.33; 2 Rs 18:4; Is 17.8, etc.) “Ao contrário, derrube os altares deles, quebre as suas colunas sagradas e corte os seus postes sagrados…Naquela mesma noite o SENHOR lhe disse: “Separe o segundo novilho do rebanho de seu pai, aquele de sete anos de idade. Despedace o altar de Baal, que pertence a seu pai, e corte o poste sagrado de Aserá que está ao lado do altar. Depois faça um altar para o SENHOR, o seu Deus, no topo desta elevação. Ofereça o segundo novilho em holocausto com a madeira do poste sagrado que você irá cortar”. Assim Gideão chamou dez dos seus servos e fez como o SENHOR lhe ordenara. Mas, com medo da sua família e dos homens da cidade, fez tudo de noite, e não durante o dia. De manhã, quando os homens da cidade se levantaram, lá estava demolido o altar de Baal, com o poste sagrado ao seu lado, cortado, e com o segundo novilho sacrificado no altar recém-construído! Perguntaram uns aos outros: “Quem fez isso?”Depois de investigar, concluíram: “Foi Gideão, filho de Joás”. Os homens da cidade disseram a Joás: “Traga seu filho para fora. Ele deve morrer, pois derrubou o altar de Baal e quebrou o poste sagrado que ficava ao seu lado”…Fez também um poste sagrado. Ele provocou a ira do SENHOR, o Deus de Israel, mais do que todos os reis de Israel antes dele…Removeu os altares idólatras, quebrou as colunas sagradas e derrubou os postes sagrados. Despedaçou a serpente de bronze que Moisés havia feito, pois até aquela época os israelitas lhe queimavam incenso. Era chamada Neustã.…Não olharão para os altares, obra de suas mãos, e não darão a mínima atenção aos postes sagrados e aos altares de incenso que os seus dedos fizeram.”(NVI). A palavra hebraica é Aserá, ou (pl.) Aserim, que parece ter sido uma coluna sagrada para marcar o lugar do culto pagão, ou como símbolo de qualquer adorada divindade. Segundo alguns intérpretes, o termo bosque ou arvoredo não está bem em (1 Sm 22.6) “Saul ficou sabendo que Davi e seus homens tinham sido descobertos. Saul estava sentado, com a lança na mão, debaixo da tamargueira, na colina de Gibeá, com todos os seus oficiais ao redor.”(NVI), devendo ser substituído por tamargueira. Postes de madeira, talvez entalhados com a imagem de Aserá, deusa cananéia do amor e da guerra, erigidos para homenageá-la e colocados perto dos altares do culto cananeu. *Veja, Bosque.


Quemos (Camos)
Deus dos Moabitas. (Jz. 11:24; 1 Rs. 11:7; 2 Rs. 23:13; Jr. 48:13) “Acaso não tomas posse daquilo que o teu deus Camos te dá? Da mesma forma tomaremos posse do que o SENHOR, o nosso Deus, nos deu…No monte que fica a leste de Jerusalém, Salomão construiu um altar para Camos, o repugnante deus de Moabe, e para Moloque, o repugnante deus dos amonitas…O rei também profanou os altares que ficavam a leste de Jerusalém, ao sul do monte da Destruição, os quais Salomão, rei de Israel, havia construído para Astarote, a detestável deusa dos sidônios, para Camos, o detestável deus de Moabe, e para Moloque, o detestável deus do povo de Amom… Então Moabe se decepcionará com Camos, assim como Israel se decepcionou com Betel, em quem confiava.”(NVI).


Raínha dos Céus (Ishtar/Rainha deusa)
(*veja Astarote.) Era o título dado àquela deusa que as mulheres hebraicas, com a conivência de seus maridos, adoravam, oferecendo-lhes bolos, fazendo libações e queimando incenso em sua honra nas ruas de Jerusalém (Jr 7.18; 44.17 a 25) “Os filhos ajuntam a lenha, os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa e fazem bolos para a Rainha dos Céus. Além disso, derramam ofertas a outros deuses para provocarem a minha ira… É certo que faremos tudo o que dissemos que faríamos — queimaremos incenso à Rainha dos Céus e derramaremos ofertas de bebidas para ela, tal como fazíamos, nós e nossos antepassados, nossos reis e nossos líderes, nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém. Naquela época tínhamos fartura de comida, éramos prósperos e nada sofríamos. Mas, desde que paramos de queimar incenso à Rainha dos Céus e de derramar ofertas de bebidas a ela, nada temos tido e temos perecido pela espada e pela fome”. E as mulheres acrescentaram: “Quando queimávamos incenso à Rainha dos Céus e derramávamos ofertas de bebidas para ela, será que era sem o consentimento de nossos maridos que fazíamos bolos na forma da imagem dela e derramávamos as ofertas de bebidas?” Então Jeremias disse a todo o povo, tanto aos homens como às mulheres que estavam respondendo a ele: “E o Senhor? Não se lembra ele do incenso queimado nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém por vocês e por seus antepassados, seus reis e seus líderes e pelo povo da terra? Será que ele não pensa nisso? Quando o Senhor não pôde mais suportar as impiedades e as práticas repugnantes de vocês, a terra de vocês ficou devastada e desolada, tornou-se objeto de maldição e ficou desabitada, como se vê no dia de hoje. Foi porque vocês queimaram incenso e pecaram contra o Senhor, e não obedeceram à sua palavra nem seguiram a sua lei, os seus decretos e os seus testemunhos, que esta desgraça caiu sobre vocês, como se vê no dia de hoje”. Disse então Jeremias a todo o povo, inclusive às mulheres: “Ouçam a palavra do Senhor, todos vocês, judeus que estão no Egito. Assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: ‘Vocês e suas mulheres cumpriram o que prometeram quando disseram: “Certamente cumpriremos os votos que fizemos de queimar incenso e derramar ofertas de bebidas à Rainha dos Céus” ’.“Prossigam! Façam o que prometeram! Cumpram os seus votos!.”(NVI). Muito provavelmente se poderá identificar esta deusa com a Istar de Babilônia, ou com o planeta Vênus, ou com a Lua. Hoje se faz referência às Nossas Senhoras, Marias de Fátima, Conceição…etc, (deusas) dos Católicos.


Sucote-Benote
Cabanas, ou tendas das filhas. Nome de deuses que foram criados pelos homens da Babilônia (2 Rs 17.30) “Os da Babilônia fizeram Sucote-Benote, os de Cuta fizeram Nergal e os de Hamate fizeram Asima.”(NVI). Parece que se trata de uma corrompida forma da divindade babilônica, Bel-Merodaque, ou de sua mulher, Zer-Banite.


Tartaque
Deus dos Aveus (Os Aveus eram um povo primitivo de Canaã). (2 Rs. 17:31) “Os aveus fizeram Nibaz e Tartaque; os sefarvitas queimavam seus filhos em sacrifício a Adrameleque e Anameleque, deuses de Sefarvaim”. (NVI).


Zer-Banite
Esposa do deus babilônico Bel-Merodaque. (Ver Sucote-Benote).


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Escrito por Mauro Carlos Graner

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