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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Porque não bebo Bebida Alcóolica

“Ai dos que se levantam cedo para embebedar-se, e se esquentam com o vinho até à noite!” (Isaías 5:11) – NVI
De tempos em tempos, a imprensa popular divulga que uma taça de vinho diariamente ajuda na prevenção de doenças. Para muitas pessoas, isso confirma a crença comum de que a Bíblia aprova o uso moderado de bebidas alcoólicas. Não entendem por que os adventistitas do sétimo dia são totalmente contra o seu uso. Escrevo para explicar o porquê, tanto da perspectiva bíblica como da saúde.
O Vinho e a Cerveja no Antigo Testamento
Vários termos hebraicos e gregos que se referem ao vinho e à cerveja são usados nas Escrituras. Fazem-se comentários, tanto positivos como negativos, sobre essas bebidas. Grande parte das referências sobre o vinho no Gênesis fala sobre eventos negativos – Noé fica bêbado em Gênesis 9, as duas filhas de Ló praticam incesto com seu pai após embriagá-lo com vinho (Gn 19) e Jacó engana Isaque com comida e vinho (Gn 27:25). Entretanto, podem-se encontrar referências como a de Números 18:12: “Todo o melhor do azeite, do mosto e dos cereais, as suas primícias que derem ao Senhor, dei-as a ti.” Geralmente os comentários positivos sobre o vinho referem-se à abundância dos alimentos produzidos na Palestina – óleo de oliva, grãos e vinho (Dt 7:13; Jr 31:12).
Mesmo assim, os comentários negativos persistem: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio” (Pv 20:1).?Provérbios 23:29-35 descreve as desgraças causadas pelo alcoolismo.
O Que Dizer de Jesus em Relação ao Vinho?
Alguns podem responder que isso é aplicável apenas nos casos de abuso do álcool. Jesus não produziu uma abundância de vinho no casamento de Caná?(João 2). Realmente, Ele fez cerca de 600 litros de vinho (do grego oinos) para a festa. Entretanto, como muitas referências positivas sobre o vinho no Antigo Testamento, a referência a oinos está num contexto em que descreve um evento festivo em que a abundância de comida e bebida é o ponto alto dessa alegre ocasião. Além disso, note que as palavras do mestre-sala soam como um provérbio: “Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam fartamente, servem o inferior.” E continua falando: “Tu, porém, guardaste o bom vinho até agora.”
Esse “dito popular” é visto por muitos como um comentário astuto de alguém sob o efeito entorpecente do álcool. Quando as pessoas começam a beber, têm condições de perceber a qualidade do vinho. Porém, após ficarem bêbadas, tudo parece igual; assim, para que gastar o bom vinho com quem já está bêbado?
Entretanto, omitem o elemento-chave do texto e interpretam erroneamente o significado da comida e da bebida num ambiente festivo. O elemento-chave ignorado é o fato de que o mestre-sala da festa ainda podia perceber a diferença entre o bom vinho e o inferior. Obviamente, ele não estava bêbado e era também óbvio que havia bebido o vinho servido anteriormente, de modo que percebeu a diferença. O significado de comida e bebida numa festa é que a abundância fazia parte da alegria. Intimamente ligado a isso, estava a tradicional e profunda ênfase na hospitalidade. Em tal cenário de normas sociais, servir o “bom vinho” aos convidados no início da festa seria uma forma de honrá-los.
Conduta cristã
Somos chamados para ser um povo piedoso, que pensa, sente e age de acordo com os princípios do Céu. Para que o Espírito recrie em nós o caráter de nosso Senhor, só nos envolvemos naquelas coisas que produzem em nossa vida pureza, saúde e alegria semelhantes às de Cristo. Isso significa que nossas diversões e entretenimentos devem corresponder aos mais altos padrões do gosto e beleza cristãos. Embora reconheçamos diferenças culturais, nosso vestuário deve ser simples, modesto e de bom gosto, apropriado àqueles cuja verdadeira beleza não consiste no adorno exterior, mas no ornamento imperecível de um espírito manso e tranquilo. Significa também que, sendo o nosso corpo o templo do Espírito Santo, devemos cuidar dele inteligentemente. Junto com adequado exercício e repouso, devemos adotar a alimentação mais saudável possível e abster-nos dos alimentos imundos identificados nas Escrituras. Visto que as bebidas alcoólicas, o fumo e o uso irresponsável de medicamentos e narcóticos são prejudiciais ao nosso corpo, também devemos abster-nos dessas coisas. Em vez disso, devemos empenhar-nos em tudo que submeta nossos pensamentos e nosso corpo à disciplina de Cristo, o qual deseja nossa integridade, alegria e bem-estar. (Rm 12:1, 2; 1Jo 2:6; Ef 5:1-21; Fl 4:8; 2Co 10:5; 6:14–7:1; 1Pe 3:1-4; 1Co 6:19, 20; 10:31; Lv 11:1-47; 3Jo 2.)Além disso, há ocasiões na literatura grega onde oinos é claramente de natureza não alcoólica, sendo razoável crer que, nesse contexto, esse foi exatamente o tipo de bebida providenciado por Jesus.
Abstinência é um Imperativo Moral?
Alguns podem admitir que, após essa explicação, pode-se apoiar o valor de uma vida sem bebidas alcoólicas. Mas isso é um imperativo moral? Várias linhas de evidências sugerem que sim. Primeiro, as estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram as pesadas perdas provocadas pelo álcool.Elas representam cerca de 1,8 milhões de mortes, por ano, em todo o mundo (3,2% do total de mortes) e 58,3 milhões de anos de vida, incluindo incapacidades (4,0 por cento do total).
O álcool é responsável também, em todo o mundo, por 20 a 30% das mortes por câncer de esôfago, câncer de fígado, cirrose hepática, homicídio, epilepsia e acidentes automobilísticos. Seu consumo está aumentando nos países em desenvolvimento, com quase nenhuma infra-estrutura para prevenção e tratamento dos problemas associados aos efeitos do álcool. Se não for por outra razão, além da preocupação que devemos ter com o nosso semelhante, temos a responsabilidade de pregar e ensinar total abstinência do álcool.
Estar Prontos para o Retorno de Jesus
Há uma razão ainda mais importante que apoia a total abstinência. É o breve retorno de Jesus Cristo! O Novo Testamento está repleto de advertências para permanecermos sóbrios à luz do breve retorno do Senhor (Lc 21:34-36; 1Pe 1:13). A esse conceito dou o nome de temperança escatológica. Em contraste, o álcool adormece a mente! Seu uso conflita com as instruções de Jesus para permanecermos alerta todo o tempo.
Às vezes, as pessoas perguntam se esse ou aquele mandamento ainda se aplica a nós hoje. Com frequência, questionam se ainda é válido. Raramente consideram a possibilidade de que alguns mandamentos podem ser aplicados muito mais a nossos dias do que ao passado. Creio que é o caso da abstinência do álcool. No antigo mundo mediterrâneo, as bebidas alcoólicas já existiam, mas não eram disponíveis em abundância para a maioria do povo. Além disso, seu teor alcoólico não era maior que 10 a 15%, no caso do vinho (apenas 4 a 6% na cerveja), e o vinho, geralmente, era diluído em até três partes de água para uso normal. A situação é completamente diferente no mundo de hoje, no qual o álcool é muito mais facilmente acessível e em concentrações muito mais altas nas bebidas destiladas (comumente 40 a 60%). As estatísticas da OMS mostram uma triste história de desgraças causadas pelo álcool e como sua sombra está se espalhando ao redor do globo.
Sou um adventista do sétimo dia e aguardo a vinda de Jesus! À luz desse grande evento, creio que devo manter minha mente e corpo prontos e alerta para agir o tempo todo. Creio que tenho a responsabilidade de ajudar meu próximo a se preparar para o retorno do nosso Senhor e que um estilo de vida saudável é coerente com as Escrituras e um dever do cristão. É por isso que não uso bebida alcoólica.
1)- João 2:10.
2)- O verbo grego é methusko, que significa “ficar bêbado” ou “beber à vontade”.
3)- Veja Aristóteles, Meteorologica 384.a.4-5 e 388.b.9-13 para o uso genérico do termo oinos.
4)- Estatísticas do Web site da Organização Mundial de Saúde, www.who.int/substance_abuse/facts/alcohol/en/index.html.
5)- “Vinho sem mistura” de Apocalipse 14:10 seria o vinho sem a adição de água. Na dramática advertência de Apocalipse 14, a ira de Deus é revelada, sem misturar-se à misericórdia. Para referências sobre a diluição do vinho, veja David E. Aune, Revelation 6-16, Word Biblical Commentary, vol. 52b (Nashville: Thomas Nelson, 1998), p. 833.
REFLEXÃO: “Como é feliz o homem constante no temor do Senhor! Mas quem endurece o coração cairá na desgraça” (Provérbios 28:14) – NVI
*Tom Shepherd, Ph.D., Dr. P.H., é professor de interpretação do Novo Testamento no Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia na Universidade Andrews.
Fonte: Adventist World – Outubro/2009

Bebidas alcóolicas

“O VINHO é zombador e a BEBIDA FERMENTADA provoca brigas; NÃO é SÁBIO deixar-se dominar por eles” (Provérbios 20:1) – NVI
Homens e mulheres encontram o sentido da vida na cerveja, na vodca, na caipirinha. Não é a bebida em si, mas o efeito que provoca: o esquecimento de si e do mundo. Bebem para liberar um “eu recôndito”, para dançar, desinibir, falar coisas que não diriam se estivessem sóbrios.
Bebem para comemorar, bebem para aliviar a dor. Paradoxalmente, estejam felizes ou tristes, o mesmo método será usado.
Se você quer a alienação de si mesmo, é porque sua vida já perdeu o sentido há muito tempo. É preciso se divertir, dar risada, entrar em estado de graça. O álcool proporcionará tudo isso? Quem bebe é feliz, faz amizades, diverte-se, aproveita mais? No dia seguinte, vem a ressaca. Vale a pena? Os problemas foram resolvidos? As dores melhoraram? Laços de amizades verdadeiras foram feitos? As pessoas foram mais amadas do que antes? Provavelmente, não.
Como alguém pode “curtir a vida”, se precisa fugir dela? Extasiada pela bebida, o que a pessoa viu? Nada. Só o próprio vômito, suas entranhas, seu corpo pedindo socorro, sua alma afogada em álcool, uma insuportável dor de cabeça. Mas muitos dirão: “Eu sou feliz, por isso bebo.” Certo. Pergunte para si mesmo: Eu quero uma cerveja gelada ou um abraço quente? Eu quero uma caipirinha ou compreensão? Eu quero vodca ou uma palavra amiga?
Uma pesquisa feita pelo projeto Este Jovem Brasileiro, desenvolvida pelo Portal Educacional em conjunto com o psiquiatra Jairo Bouer, ouviu 11.846 alunos de 96 escolas particulares de todo o Brasil e conclui que grande parte dos adolescentes começam a beber devido a problemas familiares, mal exemplo dos pais consumidores de bebidas e, imagine, jovens sem uma religião e com desempenho fraco no colégio. Pelo que parece, eles não começam a beber por excesso de felicidade.
Não é preciso mencionar as enfermidades físicas causadas pela ingestão de álcool, como a esteatose, cirrose, inflamação no miocárdio, pancreatite, neuropatia, além, é claro, de sua ação depressiva no cérebro e no sistema nervoso central. Mas por que as pessoas bebem, então? Por falta de amor próprio? Pelo contrário, elas se amam tanto que, por medo e desespero de não receberem a valorização que merecem, jogam-se em um líquido qualquer para arrebatá-las da solidão e dessa vida difícil e dura. Em um folheto publicado pelo Conselho Nacional de Alcoolismo de Nova York, podemos encontrar frases do tipo: “O alcoólatra é notavelmente sensível. Mas, para ele, essa sensibilidade não é uma característica saudável e construtiva. Em vez de ampliar seus horizontes e aumentar sua capacidade criativa, como a sensibilidade faz em pessoas saudáveis, ela limita os horizontes do alcoólatra, virando-o para dentro, onde escapa do mundo que não o compreende.” Se é assim, cada ser entregue à bebida, na verdade, precisava de outra coisa: compreensão, amor, apoio e, até mesmo, repreensão dura, porém amorosa, como a de uma mãe, de um pai. Será que alguém se destrói por livre e espontânea vontade? Ou será que esse alguém foi destruído em seus sonhos mais íntimos e agora acha que está tudo acabado? Sim, está tudo acabado quando decidimos nos entregar e enterrar nossa última quimera. E não se trata de alcoolismo crônico – aquele que bebe socialmente também é um ébrio social.
Mas como recomeçar? Com uma simples atitude, mudando uma vírgula aqui e uma letra ali: SER, VEJA o sentido da vida!
Ser, veja o amor de Deus, o amor do outro, as bênçãos que tem nas mãos, enquanto muitos nem mãos têm, mas que, mesmo assim, agarram as benesses. Não diga “tudo foi pro brejo pra mim” ou “está tudo perdido”. Não está. Mário de Andrade dizia: “Sou pelo nivelamento por alto, não por baixo.” Infelizmente, é mais fácil nivelar pelo chão, se jogar na lama do que alcançar uma lâmpada. Nossa lâmpada é Deus e, muitas vezes, Ele desce para nos alcançar, porque conhece nossas fraquezas. Não nos manda um avião do tipo Concorde, porque esse não nos alcançaria; manda um barquinho, uma canoa que nos alcance no brejo, no rio da solidão. Ser, veja o sentido da vida, suba no barquinho e fique inebriado pelo poder do Senhor.
REFLEXÃO: “O temor do Senhor conduz à vida: quem O teme pode descansar em paz, livre de problemas” (Provérbios 19:23) – NVI

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A Bíblia e a bebida alcoólica

Às vezes parece difícil saber ao certo que postura o cristão deve tomar diante das bebidas alcoólicas. De um lado, acham-se muitos textos que parecem incentivar a abstinência, mas, por outro lado, há trechos em que Jesus transformou a água em vinho, bebeu vinho etc. Qual é o ensino das Escrituras acerca do uso do álcool? Para entendermos esse assunto corretamente, é necessário começar com uma postura adequada. Devemos descartar as idéias preconcebidas e não procurar encaixar as Escrituras à força na posição que preferimos ou já concluímos ser a mais correta. Precisamos tratar da questão com a mente aberta e tentando apenas descobrir o que a Palavra de Deus ensina sobre o assunto. Este artigo tratará de vários aspectos das Escrituras e, somente após de analisarmos vários textos e conceitos, chegaremos em uma conclusão sobre o cristão e as bebidas alcoólicas. Quando ler esses trechos que mencionaremos, procure entender cada um por vez, mas aguarde para só no fim do estudo formular uma conclusão que le em conta todos os aspectos em questão.
Analise vários textos
Esses textos serão citados com poucos comentários. Estude cada um e analise com cuidado o seu significado. "O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio" (Provérbios 20:1). O sábio mostra que há um perigo no vinho e que ele é enganador. "Ouve, filho meu, e sê sabio; guia retamente no caminho o teu coração. Não estejas entre os bebedores de vinho nem entre os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência vestirá de trapos o homem" (Provérbios 23:19-21). "Para quem são os ais? Para quem, os pesares? Para quem, as rixas? Para quem, as queixas? Para quem, as feridas sem causa? E para quem, os olhos vermelhos? Para os que se demoram em beber vinho, para os que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. Pois ao cabo morderá como a cobra e picará como o basilisco. Os teus olhos verão cousas esquisitas, e o teu coração falará perversidades. Serás como o que se deita no meio do mar e como o que se deita no alto do mastro e dirás: Espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e não o senti; quando despertarei? Então tornarei e beber" (Provérbios 23:29-35).

Que cena patética a do homem que se deixou vencer pelo álcool. "Palavras do rei Lemuel, de Massá, as quais lhe ensinou sua mãe. Que ti direi, filho meu? Ó filho do meu ventre? Que ti direi, ó filho dos meus votos? Não dês às mulheres a tua força, nem os teus caminhos, às que destroem os reis. Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte. Para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os aflitos. Dai bebida forte aos que perecem e vinho, aos amargurados de espírito; para que bebam e se esqueçam da sua pobreza, e de suas fadigas não se lebrem mais" (Provérbios 31:1-7).
 O vinho não serve para os reis, mas sim para os que não têm nada por que viverem. "Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice e continuam até alta noite, até que o vinho os esquenta!" (Isaías 5:11). "Ai dos que são heróis para beber vinho e valentes para misturar bebida forte" (Isaías 5:22). "O Senhor derramou no coração deles um espírito estonteante; eles fizeram estontear o Egito em toda a sua obra, como o bêbado quando cambaleia no seu vômito." (Isaías 19:14). "Mas também estes cambaleiam por causa do vinho e não podem ter-se em pé por causa da bebida forte; o sacerdote e o profeta cambaleiam por causa da bebida forte, são vencidos pelo vinho, não podem ter-se em pé por causa da bebida forte; erram na visão, tropeçam no juízo. Porque todas as mesas estão cheias de vômitos, e não há lugar sem imundícia" (Isaías 28:7-8). Junto com a vergonha da embriaguez, as Escrituras geralmente frisam o efeito causado sobre a mente. Quando sacerdotes, profetas e juízes bebem, eles desviam os homens de Deus. O texto a seguir ressalta o mesmo pensamento: "A sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento" (Oséias 4:11). "Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro, misturando à bebida o seu furor, e que o embebeda para lhe contemplar as vergonhas! Serás farto de opróbrio em vez de honra; bebe tu também e exibe a tua incircuncisão; chegará a tua vez de tomares o cálice da mão direita do SENHOR, e ignomínia cairá sobre a tua glória" (Habacuque 2:15-16). "Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus." (1 Coríntios 6:9-10). "Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenções, facções, invejas, bebedices, glutonarias e cousas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais cousas praticam" (Gálatas 5:19-21). "Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andando em dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias. Por isso, difamando-vos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão" (1 Pedro 4:3-4). A embriaguez é um pecado muitas vezes condenado.
Analise a História
A bebida forte tem um passado sórdido. O justo Noé caiu por causa do vinho: "Bebendo do vinho, embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda" (Gênesis 9:21). Parece que a bebida alcoólica influencia a pessoa para fazer o que jamais faria se estivesse sóbria. Quando as filhas de Ló desejaram ter filhos do pai, elas o embrigaram e depois o procuraram. O álcool em si não estimulou a concepção, mas elas sabiam que Ló ficaria muito mais passível de cometer essa imoralidade se estivesse bêbado. "Subiu Ló de Zoar e habitou no monte, ele e suas duas filhas, porque receavam permanecer em Zoar; e habitou numa caverna, e com ele as duas filhas. Então, a primogênita disse à mais moça: Nosso pai está velho, e não há homem na terra que venha unir-se conosco, segundo o costume de toda terra. Vem, façamo-lo beber vinho, deitemo-nos com ele e conservemos a descendência de nosso pai. Naquela noite, pois, deram a beber vinho a seu pai, e, entrando a primogênita, se deitou com ele, sem que ele o notasse, nem quando ela se deitou, nem quando se levantou. No dia seguinte, disse a primogênita à mais nova: Deitei-me, ontem, à noite, com o meu pai. Demos-lhe a beber vinho também esta noite; entra e deita-te com ele, para que preservemos a desccendência de nosso pai. De novo, pois, deram aquela noite, a beber vinho a seu pai, e, entrando a mais nova, se deitou com ele, sem que ele o notasse, nem quando ela se deitou, nem quando se levantou. E assim as duas filhas de Ló conceberam do próprio pai" (Gênesis 19:30-36). Absalão decidiu matar Amnom enquanto este bebia, talvez por crer que ele seria menos capaz de se defender se estivesse num estado um tanto inebriado: "Absalão deu ordem aos seus moços, dizendo: Tomai sentido; quando o coração de Amnom estiver alegre de vinho, e eu vos disser: Feri a Amnom, então, o matareis. Não temais, pois não sou eu quem vo-lo ordena? Sede fortes e valentes" (2 Samuel 13:28). Um dos pecados de Belsazar, na noite em que viu a mão na parede e em que seu reino foi tomado, foi o fato de estar bebendo: "Beberam o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra" (Daniel 5:4).
Analise a palavra vinho na Bíblia
O termo vinho na Bíblia tem vários significados. Nos textos acima, está claro que a palavra se refere à bebida alcoólica. Mas, em outras ocasiões, significa suco de uva. Examine, por exemplo, Lucas 5:36-38: "Também lhes disse uma parábola: Ninguém tira um pedaço de veste nova e o põe em veste velha; pois rasgará a nova, e o remendo da nova não se ajustará à velha. E ninguém põe vinho novo em odres velhos, pois o vinho novo romperá os odres; entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão. Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em odres novos." O vinho novo nesse texto diz respeito ao suco de uva fresco. A idéia é que quando o suco é posto nos odres, ele aumenta durante o processo de fermentação. Se colocado em odres velhos que já estão esticados, estes se romperão. É um fato geralmente aceito, como mostra claramente esse texto, que o vinho na Bíblia nem sempre era alcoólico. Talvez as nossas palavras beber e bebida possam ser um bom exemplo da mesma duplicidade de sentido. Dependendo do contexto, beber pode certamente estar relacionado com bebidas alcoólicas ou apenas significar a ingestão de algum líquido qualquer. É muito importante lembrarmos desse sentido duplo da palavra vinho. Em João 2, Jesus transformou perto de 600 litros de água em vinho. Fez isso depois que os convidados da festa "beberam fartamente". Jesus fez vinho suco de uva ou vinho alcoólico? Lembre-se que as duas coisas são possíveis tendo em vista a própria definição do termo vinho. Mas há duas considerações que nos levam a crer firmemente que se tratava de suco e não de bebida alcoólica. Em primeiro lugar, Jesus o fez na hora. No primeiro momento em que o vinho daquela época era produzido, ele era suco. Somente após um processo de envelhecimento e de fermentação é que se tornava alcoólico. Em segundo lugar, o que é mais importante, se Jesus tivesse feito vinho alcoólico, ele teria estado incentivando a embriaguez. A questão aqui não é um ou dois copos de vinho. Essas pessoas, após já terem bebido muito, receberam mais umas centenas de litros. Jesus jamais incentivou os pecados do homem, tampouco contribuiu para eles.Se tivesse incentivado teria caido na maldição de Habacuque 2:15!! Portanto, parece claro que esse vinho era do tipo não-alcoólico.
É também útil entender algumas coisas sobre os vinhos alcoólicos das terras bíblicas. Naquela época, só havia fermentação natural. Eles ainda não tinham inventado a tecnologia para acrescentar mais álcool às bebidas fermentadas por processo natural. Isso significa que o mais alcoólico dos vinhos da Palestina tinha cerca de 8% de álcool. Pela lei, esses vinhos eram diluídos em água, normalmente três ou quatro partes de água para uma parte de vinho. Esses vinhos fracos, enfraquecidos mais ainda pela adição de enormes quantidades de água, passaram a ser usados como bebidas para acompanhar as refeições. Não eram usados como bebidas, mas apenas como se usa um copo de água ou uma xícara de café que se bebe com a refeição. Vários textos bíblicos parecem apontar para esse uso do vinho --como uma bebida para acompanhar as refeições (observe 1 Timóteo 3:3, 8; Tito 1:7; Mateus 11:18-19).
Analise algumas conclusões
Provérbios 23, já citado, condena o uso do vinho "vermelho" que brilha no copo. O tipo de bebidas alcoólicas usado em nossa sociedade é o mesmo tipo sistematicamente condenado na Bíblia. Jamais fiquei sabendo de alguém que tomasse um pequeno copo de vinho fraco diluído na proporção 4:1 de água como acompanhamento de uma refeição. Os vinhos, as cervejas e os licores de hoje enquadram-se na categoria de bebida forte, e nenhum texto sequer pode ser encontrado na Bíblia que permita que sejam consumidos por um filho de Deus.
- Paulo estimulou a Timóteo de modo especial para que tomasse "um pouco de vinho" por questões de saúde (1 Timóteo 5:23). Às vezes se usa esse texto para mostrar que é possível beber. Mas, de fato, o que ele faz é justamente o oposto. O vinho que Paulo se refere aqui nesse texto é o puro suco da uva, pois ele mesmo condena o vinho alcoólico em Efésios 5:18, se ele antes condenou e depois recomenda então ele estaria se contradizendo e caindo na maldição de Habacuque 2:15, pois ali diz Maldito é aquele que dá de beber bebidas alcoólicas ao seu companheiro!!.Sabemos hoje que o suco da uva é rico em flavonóides, que fazem muito bem a saúde, Paulo provavelmente sabia disso, pois em Isaías 65:8 diz que não devemos desperdicar o "vinho"(suco da uva) do cacho de uvas pois "há benção nele".
- O servo de Cristo deve sempre analisar o efeito de seus atos sobre o próximo: "É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra cousa com que teu irmão venha a tropeçar" (Romanos 14:21). Mesmo que o cristão pudesse beber moderadamente, de qualquer modo esse texto ainda o estaria proibindo na maioria dos casos. A bebida alcoólica leva tantos cristãos a cair, que aquele que tenta ajudar o seu irmão a não tropeçar certamente não lhe dará o exemplo, bebendo diante dele.
- A Bíblia sistematicamente exige que sejamos sóbrios (leia com cuidado 1 Tesssalonicenses 5:6; 2 Timóteo 4:5; 1Pedro 4:7; 5:8). Entre as primeiras conseqüências da bebida são a ausência de inibições, o enfraquecimento do autocontrole, a falta de juízo. Essas conseqüências ocorrem bem antes da pessoa começar a perder o controle das habilidades motoras, a falar arrastadamente etc. O diabo está sempre procurando-nos tentar; para enfrentar a essas tentações, o filho de Deus deve estar profundamente alerto e sóbrio em todo tempo.
Embora não fosse possível afirmar, com base nas Escrituras, que ingerir qualquer quantidade de álcool por qualquer motivo é sempre pecado, parece claro que o servo de Deus não será alguém que simplesmente bebe canecas de cerveja ou taças de vinho. O beber socialmente que vemos hoje em dia é o tipo condenado em muitos textos das Escrituras. "O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio" (Pròverbios 20:1).
­por Gary Fisher, complementos Douglas

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