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terça-feira, 3 de março de 2015

Revelações do Santuário - Pr. Neumoel Stina (26 Temas - Completo)

sábado, 1 de novembro de 2014

Por que o santuário celestial é importante?


Um estudo sobre o significado do templo celestial deve examinar a natureza de Deus, Sua interação conosco e a veracidade dessa relação. A interação com Deus e Sua presença em relação às Suas criaturas são temas teológicos sumamente importantes, e o templo celestial desempenha papel fundamental para que eles sejam compreendidos.

1.Natureza de Deus: Deus é único e singular. Dentro do Universo, tudo pertence à esfera do que foi criado, menos Ele. Os teólogos se referem a essa dimensão de Deus como Sua transcendencia; em outras palavras, Ele está acima e independente dos cosmos. A criação não é grande o suficiente para conte-Lo (1Rs 8). Com relação à Criação, Deus é, por natureza, o Ser distante. A criação não emanou dEle, mas veio à existência por meio de Sua palavra, que está fora dEle. Uma vez que que Ele tem vida em Si mesmo, nada na natureza pode contribuir para Sua existência ou é necessário para que Ele preserve a Si mesmo. A natureza é o habitat exclusivo das criaturas finitas.
Embora, por natureza, Deus seja transcendente, por opção Ele é Aquele que está sempre presente. Os teólogos se referem a essa caracteristica como a imanência divina. Deus está presente com Sua criação. Essa é uma rejeição ao deísmo, segundo o qual Deus criou o Universo para, em seguida, abandona-lo à sua própria sorte. Nesse caso Deus seria um Criador absolutamente ausente. A imanência de Deus está claramente retratada em Gênesis 2, onde Ele é descrito como sendo ativo dentro da Criação, enquanto cria seres humanos. O Deus bíblico escolheu viver perto de Suas criaturas, no espaço que Ele criou para elas. A criação é uma expressão do Seu amor.

2.Proximidade de Deus:  A pergunta seguinte é: Como Deus está presente em Sua criação? Diferente e, às vezes, complexa, esta pergunta já recebeu diversas respostas. Uma das mais comuns é a onipresença, que quer dizer que Ele está em todos os lugares. Essa resposta elimina a heresia do panteísmo - na qual Deus é uma força impessoal que permeia tudo e, portanto, em último sentido, tudo é divino.
Mas o Deus bíblico é uma pessoa. A Bíblia fala sobre a onipresença de Deus no senso de que nada no cosmos acontece fora da Sua presença e em total independencia de Suas ações. Essa compreensão de onipresença presume que Ele está em toda parte, porque Ele está em algum lugar em particular. Ele Se coloca dentro do espaço de Suas criaturas em um lugar especifico. O Deus transcendente Se torna o Deus imanente ao entrar em nosso espaço em um determinado local. Descrevendo o que aconteceu no princípio, o salmista declara com segurança:"O Teu trono está firme desde a antiguidade; Tu existes desde a eternidade" (Sl 93:2). Deus "estabeleceu Seu trono nos Céus, e como rei domina sobre tudo o que existe" (Sl 103:19). Para o salmista o trono de Deus está no templo celestial (Sl 11:4).
O fragmento único de espaço onde o infinito e o finito se cruzam entre si, e onde a proximidade de Deus é vista e sentida por Suas criaturas inteligentes, é o que chamamos de templo celestial. Sua majestade e grandeza permanecem misteriosas e inimagináveis para nós. Esse local é tão antigo quanto a própria criacao.

3.Um Templo Real: O templo celestial não é um detalhe incidental na teologia bíblica, ou uma especulacao desnecessária. É um lugar real que revela o caráter pessoal de Deus e Seu intenso amor por Seus filhos. Esse templo não foi feito por mãos humanas, mas é um ato singular da criação divina. Sua existência é afirmada pelo fato de que é um centro cósmico de adoração para incontáveis seres inteligentes (Sl 89:5, 6; Dn 7:9, 10; Ap 4:2-7)  e o centro do Reino cósmico de Deus (Sl 103:19). De lá, Ele revela Sua vontade para Suas criaturas (Sl 103:20, 21). Desse majestoso templo, Deus trabalha na resolução do conflito cósmico por meio de julgamento (Sl 11:4-6; 33:13-15). De lá, Ele desce e liberta Seu povo da opressão do inimigo (Sl 18:6-9, 16, 17), concede perdão para o pecado (1Rs 8:30, 38, 39), abençoa e justifica Seu povo (Dt 26:15; 1Rs 8:32). Nesse espaço singular, Cristo intercede por nós diante do Pai (Hb 7:25). Por intermédio de Cristo, Deus veio ao nosso mundo pecaminoso e podemos desfrutar de Sua proximidade salvadora (Jo 1:14).

Por Ángel Manuel Rodriguez, extraído da Revista Adventist World de março de 2014.

domingo, 12 de agosto de 2012

Apocalipse (O Fim Revelado) 13 - O santuário do céu

sábado, 2 de junho de 2012

Templo de Jerusalém em 3D


sábado, 25 de fevereiro de 2012

Deveres da Congregação no Dia da Expiação


 Vivemos no grande dia da expiação, e agora é tempo de que cada um se arrependa. Testemunho para Ministros, pág. 224.


O grande plano de redenção, conforme revelado na obra final para estes últimos dias, deve ser cuidadosamente estudado. As cenas relacionadas com o santuário celestial devem de tal modo impressionar o espírito e o coração de todos, que estes sejam capazes de impressionar também a outros. Todos precisam compreender melhor a obra da expiação que está sendo efetuada no santuário do Céu. Quando essa importante verdade for reconhecida e compreendida, os que a abraçaram trabalharão de acordo com Cristo, a fim de preparar um povo que esteja em pé no grande dia de Deus e seus esforços serão bem-sucedidos. Testemunhos Seletos, vol. 2, págs. 218-220.


Havia dois compartimentos no santuário, ou tabernáculo; No primeiro o serviço era realizado diariamente durante o ano, simbolizando assim a obra de convidar as pessoas e ajuntá-las no banquete das bodas. Em um dia, no final do ano, o serviço era realizado no segundo compartimento, simbolizando a obra de escolha, entre os muitos que aceitam o convite, daqueles que são dignos da vida eterna, como ilustrado na parábola das bodas, a qual o rei entra para examinar os convidados.
Os que não aceitaram o convite, portanto, não serão julgados nessa ocasião.


Deus esperava que Seu antigo povo O servisse fielmente cada dia do ano, e aceitava seus serviços. Mas vindo o dia da expiação, requisitos especiais eram impostos sobre eles durante aquele dia:


Deveres da congregação no dia da expiação no tipo, na figura (Heb. 8:5):


1) Neste dia tereis santa convocação
2) Afligireis a vossa alma
3) Trazeis oferta queimada ao Senhor
4) Nesse dia nenhuma obra fareis (Levíticos 23:27 e 28)


Vivemos agora durante o dia antítipo da expiação ou o juízo investigativo, de forma que, temos deveres especiais como congregação e pessoa nesse dia.


1)         Aquele dia devia ser uma santa convocação. O povo devia congregar-se para o culto religioso. Paulo exorta àqueles que são tentados a abandonar os serviços religiosos quando estamos quase no limiar da obra no santuário celestial ser concluída:
“Tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência... e consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia”. Hebreus 10:21-25. Aquele que não tem prazer de se encontrar com os da mesma fé, para adorar a Deus, tem uma “má consciência”, e perdeu sua fé para com a breve volta do Nosso Senhor Jesus Cristo.
Além do mais, uma benção cai sobre os que se reúnem para adorar a Deus; Cristo prometeu que mesmo onde estivessem dois ou três reunidos ali Ele estaria.
Este requisito é um termômetro espiritual, por meio do qual cada cristão pode testar sua condição espiritual.
           
2)         “Afligir” a alma é o mesmo que examinar o coração e remover cada pecado de lá – passando muito tempo em oração. Com isso estava ligado o segundo requisito: abstinência de alimento.
Precisamos meditar continuamente na obra de nosso Sumo Sacerdote no santuário celestial. Caso contrário, por termos a mente repleta de pensamentos terrenos, como as virgens loucas, verificaremos tarde que o noivo veio, a porta está fechada, que a obra terminou e não temos parte alguma nela.
            No serviço simbólico, a congregação no átrio prestava atenção aos sonidos das campainhas de ouro da vestimenta do sumo sacerdote, e dessa maneira o acompanhava em seu trabalho. Igualmente agora, nosso Sumo Sacerdote nos tem dado sinais nos céus, na terra e entre as nações para determinar o progresso de Sua obra.
            O verdadeiro dia da expiação abrange um período de anos. No símbolo, exigia-se um jejum de 24 horas. Agora durante o dia antítipo requer-se um completo controle do apetite. Deus designou que seu povo mantenha subjugado o apetite (I Coríntios 9:27). satanás está sempre a sugerir rédeas livres ao apetite, para controlar essas pessoas.
            Apesar de muitos fiéis fazem o possível para deter a maré da intemperança, satanás opera com tal poder que a embriaguez e o crime aumentam em ritmo alarmante na Terra.
Em 1844, quando o juízo investigativo teve início no Céu, apenas poucos homens eram escravos do tabaco. Mas agora contam-se não em milhares, mas em milhões; não só de homens, mais também de mulheres e jovens que são destruídos pelo vício.
            Deus nos convida a ter mente limpa e discernimento claro para entender tanto verdades terrenas quanto celestiais. Porém poucos estão desejosos de renunciar as coisas que seu apetite anseia.
O profeta Isaías, olhando através dos séculos, descreve o estado das coisas: “O Senhor Deus dos exércitos vos convidou naquele dia para chorar e prantear, para rapar a cabeça e cingir o cilício; mas eis aqui gozo e alegria; matam-se bois, degolam-se ovelhas, come-se carne, bebe-se vinho, e se diz: Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos Mas o Senhor dos exércitos revelou-se aos meus ouvidos, dizendo: Certamente esta maldade não se vos perdoará até que morrais, diz o Senhor Deus dos exércitos.” (Isaías 22:12-14).
Estaremos entre os que choram e pranteiam, nesse tempo solene o qual deve haver devido exame da vida e do coração? Ou estaremos com a alegria falsa e momentânea do vinho e a maldade da matança dos animais? Por que “Quem mata um boi é como o que tira a vida a um homem” (Isaías 66:3). O sábio Salomão dá conselhos sobre esse assunto: “Não estejas entre os beberrões de vinho e nem entre os comilões de carne” (Provérbios 23:20). E “Melhor é um prato de hortaliça, onde há amor, do que o boi gordo, e com ele o ódio” (Provérbios 15:17).
            No dia de pentecostes os apóstolos se encheram do Espírito Santo como predito pelo profeta Joel. Mas Pedro diz que não aconteceria apenas com eles aquelas maravilhas, mas o derramamento do Espírito Santo teria lugar novamente no final da história da igreja quando chegasse “os tempos da restauração de todas as coisas” (Atos 3:21). Esse tempo é agora: o dia da expiação, e o nosso dever é cumprirmos o plano original de Deus; quanto ao alimento dado ao homem está expresso em Gênesis 1:29, o qual não inclui a morte de um animal para que sirva de alimento ao homem, porque “Todo o ser que respira louva ao Senhor” (Salmos 150:6). O regime vegetariano – este é o indicado por Deus, o qual seu povo desprezou inúmeras vezes. Acaso nós repetiremos a história?
           
3)        O terceiro requisito prescrito era trazer “oferta queimada ao Senhor”. As ofertas queimadas eram consumidas sobre o altar. Hoje, no antítipo, não oferecemos ofertas de carneiros ou ovelhas. Mas Deus espera que cumpramos o antítipo, ou seja, deseja que “espírito e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” I Tessalonicenses 5:23. Que toda a vida do cristão esteja sobre o altar, pronta para ser usada como convém ao Senhor.
Ninguém pode cumprir isso se não aceitar a Cristo diariamente como sua oferta pelo pecado, e saber o que significa ser aceito no amado. Há um texto muito conhecido que Paulo fala claramente sobre este ponto: “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”.


4)         O Dia da Expiação era reverenciado pela antiga congregação como um sábado cerimonial (Levíticos 23:31). Eis o quarto requisito: Todo trabalho era posto de lado, e a força do pensamento concentrada em buscar a Deus e servi-lo. A obra divina ocupava o pensamento o dia todo. Assim era o símbolo. Mas isso não significa que no dia antítipo da expiação ninguém deve atender aos seus negócios, pois Deus nunca intentou que Seu povo fosse remisso em suas atividades profissionais (Romanos 12:11). Ele prometeu abençoa-los nas coisas temporais se cumprissem o antítipo conferindo à sua obra e serviço o primeiro lugar, e aos seus interesses temporais o segundo (Mateus 6:31-33). Isso foi ensinado de modo sublime pelas palavras do Senhor: “E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia”. Lucas 21:34.
            Freqüentemente satanás persuade pessoas de bem fazendo-as crer que os cuidados cotidianos domésticos são tão importantes que não lhes sobra tempo algum para estudar a Palavra de Deus e orar. Finalmente, por falta de alimento espiritual e comunhão com Deus, tornam-se tão fracas espiritualmente que aceitam dúvidas e a incredulidade que o inimigo continuamente lhes apresenta. Quando chegar o momento em que julgarem ter tempo para estudar sua Bíblia, constatarão que agora perderam todo o gosto pela Palavra de Deus.


            O Senhor está provando a congregação de hoje, a do tempo da revelação das verdades ocultas pelos simbolismos. Devemos estar prontos. Quem cumprirá o antítipo, não deixando de congregar-se com o povo de Deus? Quem conservará sua mente clara através do controle do apetite, e o coração purificado pela oração e profundo exame introspectivo? Quem consagrará todo seu interesse sobre o altar do Senhor, a fim de ser um instrumento para sua glória, nunca permitindo que os “cuidados desta vida” debilitem a obra divina ou tragam negligência para o estudo das Sagradas Escrituras?
           Destes, nosso Sumo Sacerdote dirá que o “justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda”. Apocalipse 22:11.



TIPO

Levíticos 23:27 – “Tereis santa convocação” Todos deviam se reunir em adoração.



Levíticos 23:27 e 29 – Todos deviam afligir a alma, passando o dia em “oração, jejum e profundo exame de coração”.




Levíticos 23:27 – Trazia uma “oferta queimada ao Senhor” havia inteira consagração.




Levíticos 23:30 – Toda obra secular era posta de lado no Dia da Expiação.
ANTÍTIPO

Hebreus 10:25 – O Povo de Deus deve se reunir principalmente ao saber que o dia se aproxima



Lucas 21:34-36; Isaías 22:12-14 – A exortação é para haver clareza de espírito: “Acautelai-vos de vós mesmos” fala da abstinência a produtos prejudiciais, e da embriaguez.



I Tessalonicenses 5:23; Romanos 12:1 – “Espírito, alma e corpo” devem ser totalmente consagrados a Deus.



Lucas 21:34-36; Mateus 6:32-33 – Os cuidados da vida não nos devem sobrecarregar, neutralizando a obra de Deus no coração.



segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O templo de Salomão substituiu o santuário do deserto?


Realmente, o tabernáculo no deserto foi substituído pelo templo de Salomão; este pelo de Zorobabel, que por sua vez foi substituído pelo templo construído por Herodes.
Jesus profetizou de que não ficaria pedra sobre pedra do templo dos seus dias (reconstruído por Herodes). No ano 70 se cumpriu a profecia. Por isso hoje o templo do povo de Israel não pode mais ser encontrado.  Mateus 24:1 e 2 diz que “tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo.  Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada”.
Mais importante do que o templo para as reuniões públicas, é nós nos entregarmos a Deus como templos vivos em adoração e serviço ao Senhor. Deus deseja morar em nós, templos vivos. “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?  Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado.” (1 Coríntios 3:16-17).
O Apocalipse relata que um dia todos os filhos de Deus estarão reunidos para adora-Lo em um templo real o céu – lugar da habitação de Deus. Poderíamos dizer que o santuário e o templo de Jerusalém eram apenas cópia muito simplória deste templo original.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Segredos do Santuário

Por Steven Winn, David Boatwright e Doug Batchelor



Um fato surpreendente: A memória eidética, também chamada memória fotográfica, é marcada pela recordação extraordinariamente detalhada e vívida de imagens visuais com um nível de detalhe quase perfeito. Um homem com esse dom, Mehmed Ali Halici, de Ankara, Turquia, recitou 6666 versos do Alcorão de memória, em seis horas, sem um erro sequer. Seis estudiosos do Corão monitoraram a recitação.


Especialistas já provaram que um dos métodos mais bem sucedidos de memorização é através da associação de imagens. O Senhor usa essa técnica de ensino, porque Ele sabe que os seres humanos são criaturas extremamente visuais. Esta é uma das principais razões pela qual Jesus ensinava com parábolas. Histórias em parábolas ajudam as pessoas a compreenderem e lembrarem os muitos princípios abstratos da salvação por associá-los com imagens visuais.


Deus em primeiro lugar ilustrou o plano de salvação imediatamente depois que Adão e Eva pecaram, através do sacrifício de um cordeiro. Este processo impressionou o primeiro casal sobre o resultado hediondo do pecado e prefigurou a morte do “Cordeiro de Deus” por seus pecados.


Por um tempo, os filhos de Israel passaram 400 anos no Egito servindo como escravos à uma nação pagã, o Senhor viu que seu povo precisava ser completamente re-educado quanto à “grande figura” do plano da redenção, incluindo o seu papel e o papel de Deus na limpeza de seus pecados para serem restaurados à Sua imagem.


É por isso que, quando os filhos de Israel, finalmente, deixaram o Egito, mancando, com cicatrizes em suas costas e com visões de dança na Terra Prometida em suas mentes, Deus não os levou imediatamente ao norte em direção à Terra Prometida, mas em direção ao Mt. Sinai no sul. Ele estava prestes a entregar a esta infante nação uma das lições mais fortes e duradouras já registradas. E Ele o faria quase inteiramente com símbolos.


O Senhor disse a Moisés: “Os israelitas deverão fazer uma Tenda Sagrada para mim a fim de que eu possa morar no meio deles” (Êxodo 25:8 – NTLH). Tenha em mente que este tabernáculo terrestre nunca foi destinado a ser um edifício para abrigar a Deus dos elementos da natureza. Jeová não é um Deus sem-teto. Quando Salomão estava construindo o primeiro templo em Jerusalém, ele disse: “Mas será possível que Deus habite na terra? Os céus, mesmo os mais altos céus, não podem conter-te. Muito menos este templo que construí!” (1 Reis 8:27).


Esta, então, é a chave para o enigma do santuário. A estrutura e as cerimônias eram para servir como símbolos para ilustrar a seqüência e o processo de salvação.


Ao considerarmos o santuário e seus símbolos, o melhor exemplo seria partirmos do primeiro santuário – aquele que Moisés tinha feito o povo construir no deserto. Esta tenda portátil foi muitas vezes chamada de “tabernáculo”. Da mesma forma que Deus estabeleceu as dimensões precisas para a construção da Arca de Noé, Deus deu a Moisés os planos exatos para tudo no santuário, até os mínimos detalhes dos acessórios.


O plano de Deus não foi arbitrário. Ele já tinha uma morada real no céu, onde o plano de salvação foi concebido. O santuário terrestre era para ser um modelo em miniatura, ou sombra, do celestial. Deus disse a Moisés: “E você, Moisés, faça a Tenda e todos os seus móveis de acordo com o modelo que eu vou lhe mostrar” (Êxodo 25:9 – NTLH). Diferente de qualquer outro edifício já construído, o santuário seria tridimensional. Cada componente, da maior cortina ao mais ínfimo pedaço de mobília, tinha um significado simbólico que ajudaria os filhos de Israel a ver, experimentar e compreender o plano da salvação e o papel do santuário celeste de um modo muito prático.


Uma Viagem à Deus


Vamos começar uma breve turnê por esta estrutura incomum e aprender algumas lições básicas antes de examinarmos os significados mais profundos do sistema do santuário.


O santuário consistia em três áreas principais: o pátio, o lugar santo e o lugar santíssimo. Estes três locais representavam os três principais passos no processo da salvação conhecidos como justificação, santificação e glorificação, e eles correspondiam às três fases do ministério de Cristo: o sacrifício substitutivo, a mediação sacerdotal, e o julgamento final.


O Santo dos Santos, local mais sagrado do Tabernáculo, representava a presença de Deus. As paredes ao redor do pátio e o lugar santo ilustravam vividamente a separação do homem de Deus. “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Isaías 59:2). Todos os serviços do santuário representavam a jornada do pecador de volta à Deus. Nos três primeiros capítulos da Bíblia, o pecado entra no mundo e o homem é expulso do jardim do Éden. Nos últimos três capítulos, o pecado está erradicado e o homem é restaurado para o jardim e comunhão com Deus.


Por favor, tenha em mente que enquanto nos aventuramos sobre esta terra sagrada estamos recolhendo apenas algumas gemas da verdade. Volumes poderiam ser escritos sobre o santuário e seus símbolos, sem esgotar o assunto.


A Porta


A primeira coisa que percebemos a medida que nos aproximamos do santuário é que há apenas uma porta. Nem mesmo uma saída de emergência! Lembre-se das palavras de Jesus: “Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo…” (João 10:9).


Todos os que são salvos são redimidos unicamente por Jesus. “Não há salvação em nenhum outro: porque não há nenhum outro nome debaixo do céu dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12). O único caminho para Deus é através de Cristo, a única porta.


O Pátio


Todo o edifício do santuário foi cercado por um pátio feito de cortinas de linho configuradas em uma orientação muito específica. Foi criada a abertura de uma frente para o leste. Esse arranjo garantiu que os adoradores e sacerdotes que ficavam na porta estivessem de costas para o sol nascente, em vez de encará-lo de frente como as religiões pagãs que cultuavam o sol faziam. O povo de Deus adorava ao Criador, em vez da criação.


O Altar dos Holocaustos


Imediatamente após entrar na porta do pátio estava o altar de holocaustos. O altar era feito de madeira de acácia e revestido de bronze. Alguns tem comparado a parte de madeira com as obras humanas e o bronze com a obra de Cristo. Sem o bronze, a moldura de madeira teria sido consumida pelo fogo durante a queima das oferendas, da mesma forma que seremos consumidos no lago de fogo, se não acreditarmos que a graça de Jesus deve eclipsar nossas boas obras.


A Pia


Entre o altar do holocausto e o tabernáculo ficava a pia. Também era feita de bronze e ficava cheia de água para a limpeza dos sacerdotes.


A imagem da justificação dos pecadores ficava clara no pátio. Antes que Deus desse aos israelitas a Sua Lei em tábuas de pedra, Ele salvou-os da escravidão no Egito por força de sua fé no Cordeiro da Páscoa (simbolizado pelo altar) e batizou-os no mar (representado pela pia). Deus nos toma tal como estamos e perdoa os nossos pecados. Quando aceitamos a Cristo, confessamos nossos pecados e pedimos perdão, o registro celeste do nosso pecado é coberto pelo sangue de Jesus.


O Lugar Santo


O tabernáculo real estava na metade oeste do pátio. Foi dividido em dois compartimentos ou salas. Embora a largura das duas salas fosse a mesma, o comprimento do primeiro quarto, o lugar santo, era duas vezes mais longo que o do lugar santíssimo. As paredes da estrutura central eram feitas de tábuas de acácia revestidas com ouro e prata (Êxodo 26).


Todos os que entraram no lugar santo para ministrar viam a si mesmos refletidos nas paredes de ouro por todos os lados, lembrando-se que os olhos do Senhor tudo vêem. “fizeram para a tenda uma cobertura de pele de carneiro tingida de vermelho, e por cima desta uma cobertura de couro” (Êxodo 36:19). Os sacerdotes podiam olhar para cima e ver que eles ministravam debaixo da pele vermelha. Da mesma forma, os cristãos são uma nação de sacerdotes que servem a Jesus protegidos por seu sangue.


O santuário tinha três artigos de mobiliário. Vamos analisá-los um por um.


O Candelabro de Ouro


No interior do santuário do lado esquerdo (ao sul), estava o menorá de ouro que tinha sete ramos (ver Êxodo 25:31-40). Eles não usavam velas de cera como nós as conhecemos, mas as luzes eram alimentadas por azeite puro de oliva. O sacerdote preparavam os pavios diariamente, e enchiam as taças com azeite de modo que o menorah fosse constantemente uma fonte de luz para o lugar santo. Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo” (João 8:12).


Ele também disse: “Vós sois a luz do mundo” (Mateus 5:14). O azeite nas lâmpadas simbolizava o Espírito Santo que ilumina a Igreja. A lâmpada era um símbolo da Palavra (Salmo 119:105).


A Mesa dos Pães


Em frente ao candelabro estava a mesa dos pães, no lado norte. Foi construída de madeira de acácia e coberta com ouro (Êxodo 25:23-30). Nela eram mantidos 12 pães ázimos (Levítico 24:5-9). Esses pães simbolizavam a Jesus, que é o pão da vida (João 6:35). Eles eram em número de 12 e significavam as 12 tribos de Israel e os 12 apóstolos de Jesus que alimentariam o povo de Deus com o pão da vida, que é também um símbolo da Bíblia (Mateus 4:4).


O Altar do Incenso


O altar de incenso estava localizado em frente ao véu Ex 40:26, que separava o lugar santo do lugar santíssimo. Como vários outros itens no santuário, também era feito de madeira de acácia e coberto com ouro (Êxodo 30:1-3). Era muito menor do que o altar no pátio e continha um pote de bronze que mantinha as brasas do altar dos holocaustos. Era ali que o sacerdote queimava uma mistura muito especial de incenso, que enchia o Santuário com uma nuvem de perfume adocicado, representando as orações de intercessão e confissão dos crentes adoçadas pelo Espírito Santo (Êxodo 30:8).


O Lugar Santo


Representa o processo de santificação. Isso corresponde às peregrinações de Israel no deserto. A coluna de fogo era o seu menorah, e o maná era seu pão. A coluna de nuvem era sua nuvem de incenso.


Santificação é o processo na vida do cristão de aprender a obedecer. É composto de uma série de justificativas. Cada vez que pecamos, pedimos perdão e somos justificados novamente. No entanto, Deus oferece mais do que perdão quando nos confessamos. Em 1 João 1:9, Ele nos promete que, “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”


É esta “limpeza da injustiça” que constitui a santificação. Os ingredientes-chave para a nossa santificação são uma vida devocional baseada na Palavra, oração e testemunho. O pão, o incenso, e a lâmpada no Santuário representam esses elementos.


O Lugar Santíssimo


O comprimento do lugar santíssimo era igual a sua largura para que ele formasse um quadrado. Também era tão alto quanto sua largura e comprimento, tornando-se um cubo perfeito, exatamente como a Nova Jerusalém será (ver Apocalipse 21:16). O lugar continha apenas uma peça de mobiliário.


O Véu


Este véu ou cortina, separando o lugar santo do lugar santíssimo do santuário tem um grande significado, porque foi este véu que se rasgou no momento em que Jesus morreu na cruz (Mateus 27:51, Marcos 15:38, Lucas 23 : 45). Sua morte simboliza o fim da necessidade do exclusivo sacerdócio levítico para fazer a mediação entre Deus e o homem.


O véu representa o corpo de Jesus (Hebreus 10:19, 20). Somente passando por esse véu era possível ter acesso ao lugar santíssimo (Hebreus 4:16). O rasgar do véu simboliza a morte do Cordeiro de Deus, que agora permite ao crente em sua expiação, acesso imediato ao local mais sagrado através do novo Sumo Sacerdote, Jesus Cristo o único Mediador entre Deus e o homem.


A Arca da Aliança


Dentro do lugar santíssimo, ou “santo dos santos”, ficava uma peça de mobiliário – a arca da aliança. Esta caixa sagrada, também construída de madeira de acácia e coberta com ouro, continha as tábuas de pedra sobre as quais Deus havia escrito os Dez Mandamentos. Também continha a vara de Arão, que tinha brotado e um pequeno pote de maná.


A tampa da arca era chamada de propiciatório (Êxodo 25:17) e, acima dela, estava a glória do Senhor, ou Shekinah (que literalmente significa “habitação”), irradiando entre os dois querubins cobridores, ou anjos, em cada extremidade da arca. Este era um símbolo do trono de Deus e da presença do Todo-Poderoso nos céus. As paredes do lugar santíssimo foram gravadas com muitos anjos, representando as nuvens da vida, anjos que cercam a pessoa de Deus no céu (1 Reis 6:29).


Como Tudo Funciona


O santuário mostra como Deus trata com o pecado. O pecado não pode ser ignorado. Seu salários é a morte (Romanos 6:23). A lei não pode ser alterada para fazer os pecadores não culpados. O salário do pecado deve ser pago, quer pelo pecador recebendo a morte eterna, ou por Cristo na cruz. Vamos ver como um pecado, uma vez que é confessado, é processado através do santuário.


O Ministério do Pátio


Quando um pecador se convencia do pecado pelo Espírito Santo e queria se confessar, ele ia até a porta do pátio com um animal imaculado (geralmente um carneiro) para o sacrifício. Ele colocava suas mãos sobre a cabeça da vítima inocente e confessava o seu pecado. Este era simbolicamente transferido para o cordeiro. Então, com sua própria mão ele tinha que matar o animal e derramar seu sangue. Isso era feito para impressionar o pecador arrependido que seus pecados acabariam por exigir a morte do imaculado Cordeiro de Deus.


Esta era a parte do pecador no serviço do santuário. Os sacerdotes, que representavam a mediação de Cristo entre o pecador culpado, e seu Deus, faziam o resto.


Depois de confessar o seu pecado e matar o cordeiro, o pecador ia embora perdoado, seus pecados eram cobertos pelo sangue derramado da vítima. É claro que o sangue do cordeiro não cobria os pecados, mas representava o sangue de Cristo, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29).


Depois o sacerdote, pegava um pouco do sangue e o resto derramava no chão na base do altar e o animal era queimado sobre o altar. O altar simboliza a cruz onde Jesus foi sacrificado pelos pecados do mundo. Seu sangue foi derramado no chão, aos pés da cruz quando o centurião lhe furou o lado (João 19:34).


O sangue do cordeiro, simbolicamente, com a culpa do pecador, era levado pelo sacerdote e transferido para o lugar santo do santuário. No entanto, nunca o sacerdote entrava no santuário sem antes se purificar na pia. Esta lavagem é simbolo do batismo e é listada como um dos símbolos para a salvação (Atos 2:38) Os israelitas tiveram de atravessar o Mar Vermelho, antes de serem libertos da escravidão do Egito. “Em Moisés, todos eles foram batizados na nuvem e no mar” (1 Coríntios 10:2).


Assim, no pátio, passamos pelo fogo e pela água. Jesus disse: “Aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” (João 3:5).


No lugar santo a fumaça do incenso subindo do altar representava a interseção do Espírito Santo em nome de Jesus, fazendo nossas orações de confissão aceitáveis ao Pai (Romanos 8:26-27). Cada dia o sangue, levando a culpa, era aspergido diante do véu, transferindo assim a culpa do pecador para o tabernáculo. Lá a culpa dos pecadores arrependidos eram acumuladas ao longo do ano até o Dia da Expiação.


O Ministério do Lugar Santíssimo


Uma vez por ano, no Dia da Expiação, o sumo sacerdote levava dois cabritos perfeitos, e lançava sorte sobre eles para determinar qual seria bode do Senhor, e qual seria o bode expiatório (chamado de Azazel, em hebraico). Depois de confessar seus pecados e os de sua família, o sumo sacerdote colocava suas mãos sobre o bode do Senhor e confessava os pecados de toda a congregação que tinha sido acumulada no lugar santo durante o ano. Então o bode do Senhor era morto, e o sangue era levado pelo sumo sacerdote ao lugar santíssimo e oferecido diante do propiciatório da arca onde a presença de Deus habitava.


A arca da aliança contém alguns dos símbolos mais belos e significativos de todo o plano de salvação de Deus. Dentro da arca, entre o vaso de ouro do maná, simbolizando a providência de Deus, e a vara de Arão que floresceu, simbolizando a autoridade de Deus e a disciplina, estavam as duas tábuas de pedra em que o dedo de Deus escreveu a Lei que foi violada por todos os homens (Romanos 3:23). A quebra dessa lei é pecado (1 João 3:4) e a pena para o pecado é a morte (Romanos 6:23).


Entre a lei que nos condena à morte e à presença consumidora de Deus está o propiciatório, ou a tampa da arca. Este arranjo mostra que somente a misericórdia de Jesus nos salva de sermos consumidos pela presença ardente da justiça de Deus. Mas a misericórdia de Jesus não é barata. Ele nos comprou com seu próprio sangue. Ele pagou o salário do pecado para que Ele pudesse oferecer misericórdia a todos aqueles que a aceitassem.


Em seguida, representando a Cristo como mediador, o sumo sacerdote transferia os pecados que haviam poluído o santuário para o bode vivo, Azazel, que era levado para fora do acampamento dos israelitas. Isto simbolicamente removia os pecados do povo e preparava o santuário para mais um ano de ministério. Assim, todas as coisas ficavam bem entre Deus e o Seu povo mais uma vez.


Uma Visão Ampla da Salvação


O plano de salvação é o tema de toda a Bíblia. A salvação dos filhos de Israel do Egito seguiu exatamente este plano. O Egito correspondia ao pátio onde a justificação acontecia. Deus sacrificou todos os primogênitos do Egito, representando aqueles que irão pagar por seus próprios pecados. Mas os israelitas tinham permissão para substituir o sangue do seu filho primogênito, pelo do cordeiro pascal, representando aqueles que aceitaram o pagamento de Jesus. Após o sacrifício, vinha a limpeza. Todos os filhos de Israel foram “batizados” no Mar Vermelho (1 Coríntios 10:1, 2), simbolizado pela pia.


Este progresso diário em caráter de construção é o processo de santificação. Mas qual é o resultado final da santificação? Finalmente chegamos ao lugar onde preferímos morrer do que desonrar nosso Salvador por pecarmos. Isso é quando a nova aliança é cumprida em nós. “Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei nos seus corações e serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (Jeremias 31:33). Quando a lei de Deus é o nosso deleite e prazer o pecado não tem mais poder sobre nós, então o processo de santificação é completo.


Expiação


Durante dez dias que antecediam o Dia da Expiação, os filhos de Israel iam limpar seu campo, casas, corpos e culpa, confessando todas as falhas conhecidas. Depois que o sumo sacerdote fazia o ritual de purificação do santuário, Deus tinha um santuário e um povo limpo.


Agora, como a expiação real está ocorrendo no céu, o povo de Deus deve ser purificado novamente. Para terminar a limpeza do santuário e trazer o Seu povo ao céu, Cristo não pode ter mais qualquer pecados confessados. Os ímpios seguem pecando, mas eles vão pagar os salários do pecado no julgamento.


Os justos, por outro lado, terão ganho a vitória sobre o pecado através do sangue de Jesus Cristo. Isso acontece quando todos eles têm a experiência da nova aliança, que toma a lei das tábuas de pedra e a faz parte integrante do seu coração. Neste tempo, Cristo pode terminar a limpeza de Seu santuário celestial e vir para Sua noiva porque seu santuário terrestre e seu povo também estarão limpos. Ele terá um santuário limpo no Céu e um santuário limpo na Terra. Jesus não disse que nós somos Seu templo? (Efésios 2:19-21, 1 Coríntios 3:16).


Jesus é o Santuário


Este estudo poderia continuar por centenas de páginas, pois afinal o tema central de todo o sistema do santuário é Jesus. Jesus é a porta, o Cordeiro imaculado e nosso Sumo Sacerdote. Ele é a luz do mundo e o pão da vida. Ele é a água viva na pia e a pedra na qual está escrita a lei de Deus na arca. Seu amor é o ouro cintilante em todo o lugar sagrado. É dele o sangue que torna possível que nos aproximemos do Pai. Na verdade, Jesus é a essência do templo, pois Ele disse: “Destruí este templo e em três dias eu o levantarei. … Mas ele falava do templo do seu corpo” (João 2:19, 21) .


Você tem feito de Cristo, seu santuário? As Escrituras prometem: “Eis que reinará um rei com justiça, e com retidão governarão príncipes. um varão servirá de abrigo contra o vento, e um refúgio contra a tempestade, como ribeiros de águas em lugares secos, e como a sombra duma grande penha em terra sedenta” (Isaías 32:1-2).


“Temos esta esperança como âncora da alma, firme e segura, a qual adentra o santuário interior, por trás do véu” (Hebreus 6:18-19).


“Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hebreus 4:16).


Artigo Escrito por Steven Winn, David Boatwright & Doug Batchelor, publicado no site Amazing Facts em Fev/2000. Tradução feita pelo Blog www.setimodia.wordpress.com


domingo, 4 de dezembro de 2011

O Santuário em Hebreus


Santuário terrestre é figura do celestial
O título nos manuscritos gregos mais antigos é simplesmente "Prós Hebráious" (Aos Hebreus). Este título é particularmente apropriado, já que o livro trata principalmente do significado do santuário e seus serviços, temas que sem dúvida devem ter sido de especial significado para os primitivos cristãos de origem Hebréia ou judia. A paternidade literária do livro aos Hebreus foi motivo de debates desde os primeiros tempos. Muitos atribuíam o livro a Paulo, mas outros se opunham intensamente a esta opinião. Orígenes, pai da igreja que escreveu a começos do século III, concluía seu exame do livro com esta declaração: "Quem a tenha escrito é só conhecido por Deus" (chamado por Eusébio, História eclesiástica vi, 25, 14). Outros pais pensavam que o autor pôde ter sido Barnabé, Apolo, Clemente ou Lucas.
Esta incerteza quanto à paternidade literária da Epístola aos Hebreus foi um fator importante na relutância de muitos antigos cristãos do ocidente do Império Romano para aceitá-la como canônica.
Nos séculos seguintes cessou a discussão sobre a paternidade literária de Hebreus, e a maioria dos cristãos aceitou como obra de Paulo, opinião que foi apoiada em forma geral até os tempos modernos; então se agitou de novo a polêmica, debatida especialmente pelos eruditos.
As evidências contra do ponto de vista de que Paulo escreveu a Epístola aos Hebreus foram extraídas principalmente de considerações quanto ao estilo literário e o conteúdo do livro. É possível que o vocabulário de um autor e seu estilo variem segundo o tema de que trate, mas essas variações serão principalmente nos termos técnicos, característicos dos diversos temas a respeito dos quais se escreva.
Apreciando o tema em seu conjunto, o estilo literário geral de Hebreus difere notavelmente de qualquer das epístolas que levam o nome de Paulo. O estilo Paulino tem a marca inconfundível de vívidos e ferventes passagens que revelam a corrente impetuosa dos pensamentos do autor. Mas Hebreus apresenta um tema completamente organizado e mantém um nível retórico mais elevado que o de qualquer outro livro.
Por meio do descobrimento dos papiros bíblicos do Chester Beatty, do século III, ficou manifesto alguma provável evidência em favor da paternidade literária paulina da Epístola aos Hebreus. No códice que contém as epístolas paulinas, Hebreus se acha entre Romanos e 1 Coríntios. Embora este fato não demonstra a paternidade literária paulina de Hebreus, é um significativo indício de que desde muito antigo na história da igreja havia quem acreditava que Hebreus devia ser incluída como parte dos escritos do Paulo.
Aceita-se geralmente que Hebreus foi escrito antes da queda de Jerusalém. O número de dirigentes da igreja era muito reduzido nos anos anteriores ao ano 70 d.c. Qual desses dirigentes poderia ter exposto um tema tão profundo como o que se apresenta no livro de Hebreus? A pessoa mais possível é, sem dúvida alguma, Paulo. Dizer que o autor foi um cristão desconhecido desse cedo período, só levanta um novo problema: como é possível que um cristão que possuísse o discernimento teológico necessário e a capacidade lógica suficiente para produzir uma obra como Hebreus, pudesse ter ficado no anonimato em um tempo quando os dirigentes cristãos eram tão poucos, mas tão completo o registro que se tinha dos mesmos?
Paulo e quem o acompanhava, compreendiam suficientemente bem os ritos mosaicos e as cerimônias para avaliá-los corretamente e lhes dar seu devido lugar no plano da salvação, Paulo conhecia a natureza transitiva desse sistema e sabia que já havia se cumprido o período para sua utilidade. A igreja cristã de origem judia, cujo centro estava em Jerusalém. Os cristãos de origem judia ainda guardavam as festas, seguiam sacrificando como em anos anteriores e continuavam em seu zelo pela lei cerimonial. Tinham só um vago conceito da obra de Cristo no santuário celestial; sabiam pouco de seu ministério; não compreendiam que seus sacrifícios eram inúteis devido ao grande sacrifício do Calvário. Esses milhares de cristãos judaicos "todos... ciumentos pela lei", teriam que enfrentar uma crise quando fossem destruídos a cidade e o templo. Isto evidentemente ocorreu só um curto tempo depois de que se escreveu a Epístola aos Hebreus. Tinha chegado o tempo quando os olhos dos cristãos de origem judia deviam abrir-se às realidades celestiais. Quando seu templo fora destruído, ser-lhes-ia necessário que sua fé se apoiasse em algo seguro e firme que não falhasse. Se sua atenção pudesse fixar-se no Sumo-Sacerdote celestial, no santuário e nos sacrifícios melhores que os de bezerros, não desfaleceriam quando desaparecesse o santuário terrestre. Mas se não tinham esta esperança, se careciam de uma visão do santuário do céu, sentiriam-se confundidos e perplexos quando vissem a destruição do templo em que tanto acreditavam.
Acredita-se que nessa hora de crise apareceu o livro de Hebreus. Continha precisamente à ajuda necessária: luz sobre o tema do santuário, de Cristo como Sumo Sacerdote, do sangue "que fala melhor que o de Abel" (Hb 12:24); do repouso que fica para os filhos de Deus (Hb 4:9).
O capitulo 8 de Hebreus é definido por muitos como um esboço da mentalidade filoplatônica do autor sagrado. Em outras palavras, ele vê a realidade como uma estrutura em dois andares. O andar inferior é o mundo físico e temporal. Mas este mundo inferior é apenas cópia ou imitação do mundo superior. Assim também o templo terreno é apenas uma cópia do templo celestial. Os sacerdotes terrenos ministram na mera cópia, mas o Filho ministral no real santuário celestial. Como podemos entender a inter-relação da obra mediadora no santuário terrestre e celestial?
Vamos então tomar por base de que Paulo é o autor de Hebreus!
Hebreus foi escrito para cristãos indecisos que estavam pensando em abandonar a fé e voltar ao judaísmo. Resumidamente, Paulo falou: “Não abandonem a Jesus. Pois se o abandonarem, o que sobrará? Não há significado nenhum no ritual do santuário se ele não apontar para Cristo. Se vocês rejeitarem o antítipo, para que servirá o tipo?”
Todo o livro de Hebreus é a respeito do santuário? Não! O santuário ocupa o centro do livro. No entanto, todo o livro é usado para mostrar a superioridade de Cristo. Ele é maior que os anjos, que Josué, Moisés, Sumo-Sacerdote, sacrifícios, é o melhor sangue, o melhor santuário, o melhor concerto, etc. Todas as sombras do AT apontam para Jesus, não o podiam rejeitar.
Paulo usa a tipologia para estabelecer a doutrina em seu livro. Este livro tem sido o campo de batalha para muitos dos que se opõem a esta doutrina da IASD. Foi este livro que fez com que Ballenger rejeitasse a doutrina. Foi a mesma situação com Desmond Ford.
Alguns dizem que Hebreus e Levítico não batem, estão em descontinuidade, vejamos se isso é verdade.
Alguns argumentos usados para afirmar a descontinuidade:
Afirmam que existem muitos conceitos de Philo e Platão. Ambos argumentam a favor do dualismo. Existem coisas no céu e as mesmas na terra. As do céu são eternas, e as da terra são transitórias. As coisas do céu são idéias abstratas, e as da terra são tangíveis, concretas. As únicas que duram para sempre são as abstratas celestes. Estes argumentos são usados por alguns evangélicos. No entanto, não é isso que encontramos no restante da Bíblia. Você não encontra o dualismo no resto da Bíblia. No entanto, esta idéia tem crescido dentro da mentalidade ocidental. Afirmam que não existe nada real no céu, simplesmente algo abstrato, intangível.A mentalidade hebraica é concreta e não abstrata. Toda palavra hebraica tem uma figura, uma ilustração, por trás dela. Quando lemos Hebreus, não encontramos os mesmos argumentos que existem em Philo e Platão. Como poderia haver um Cristo real no céu? Segundo eles, Jesus seria algo abstrato também. No entanto, o livro diz que Jesus é real, concreto. Está em um santuário real, exercendo um sacerdócio real. Não existem metáforas neste livro. Apresenta a realidade celestial.
Outro argumento é que o autor de hebreus nem mesmo conhece sua própria Bíblia. Não sabia como era o santuário, errou na localização dos móveis. Falam isso baseados em Hb 9, v. 2, 3, 4, onde se tem a impressão que o autor coloca o altar de incenso dentro do santíssimo. Você acha que o desconhecimento do autor é o melhor argumento para este texto? Quando estudamos atenciosamente, percebemos que Paulo conhecia muito bem. É preciso um estudo acurado do texto grego.
“Na oferta do incenso o sacerdote era levado mais diretamente à presença de Deus do que em qualquer outro ato do ministério diário. Como o véu interno do santuário não se estendia até ao alto do edifício, a glória de Deus, manifestada por cima do propiciatório, era parcialmente visível no primeiro compartimento. Quando o sacerdote oferecia incenso perante o Senhor, olhava em direção à arca; e, subindo a nuvem de incenso, a glória divina descia sobre o propiciatório e enchia o lugar santíssimo, e muitas vezes ambos os compartimentos, de tal maneira que o sacerdote era obrigado a afastar-se para a porta do santuário. Como naquele cerimonial típico o sacerdote olhava pela fé ao propiciatório que não podia ver, assim o povo de Deus deve hoje dirigir suas orações a Cristo, seu grande Sumo Sacerdote que, invisível aos olhares humanos, pleiteia em seu favor no santuário celestial.” Cristo em Seu Santuário, 33.
“Diante do véu do lugar santíssimo, estava um altar de intercessão perpétua; diante do lugar santo, um altar de expiação contínua.”
Ex 30:10 – Indica o altar de incenso como sendo algo do santíssimo, sendo conectado ao Dia da Expiação.
Paulo foi além da prática. Foi até à teologia do santuário. Foi além da descrição, foi até à função, colocando junto ao santíssimo tendo em vista a sua função e não a localização geográfica. Será que Paulo era um ignorante em santuário? NÃO!!! Era um especialista!
Outros afirmam que não podemos usar os tipos do VT para irmos aos antítipos do NT. Mas o que Paulo está fazendo em Hebreus? É exatamente isto!
Hb 8:3-5 – No AT havia um sacrifício, portanto o sacerdote celestial também oferece um sacrifício. Aqui está indo do Tipo para o Antítipo, e não o contrário. O autor usa a palavra: “necessidade”. Se é necessário no Tipo, é necessário no Antítipo também. Hb 9:23, 24 – Necessário. Qual o apoio que Paulo tinha? O tipo apoiando o antítipo. Mas, se foi este o raciocínio de Paulo, porque não usarmos?
Veja algumas expressões usadas em Hebreus pelo apóstolo:
"Necessidade" – Hb 8:3; 9:23
"Tipos e Antítipos" – Hb 8:5; 9:24 - “Em relação a.”
"Cópia" – Hb 8:5; 9:24 – Cópia do que?
“Aletinós” – 8:2; 9:24 – Verdade/Real
“Skia” – 8:5; 10:1 – sombra só pode ser de alguma coisa não acha?
Aqui é preciso ter alguns cuidados com a tipologia. Se é uma sombra, não se pode ter uma visão completa. Não adianta tentar explicar todos os detalhes daquilo que se vê apenas por sombra. Deus nos deu as informações necessárias, mas não todas as respostas ou todas as informações e detalhes. Se tentarmos ir além, teremos problemas.
No primeiro século depois de Cristo, havia um rabino chamado Hillel, que estabeleceu sete princípios sólidos de hermenêutica, que são usados até hoje. Um deles é “Qal wahómer”, significando “do leve para o pesado”, semelhante ao latim “a fortiori”. Isto implica que o segundo é muito maior que o primeiro. Em Hebreus é isto que ocorre: o segundo é muito maior que o primeiro. O que Ford e outros argumentam é que isto não pode ocorrer. Mas ao vermos os termos acima, vemos que o que Paulo faz é usar esta técnica hermenêutica.
O mundo chega ao seu fim cada dia mais cético. Desde os dias de Tomé a descrença naquilo que não se vê impera. A confiança no mundo físico faz parte do cotidiano humano. Estamos perdendo de vista realidades muito mais superiores. Realidades estas que não somente desmascaram um pensamento distorcido da verdade (pensamento grego), mas vindica o caráter e a soberania de Deus. A nossa escolha delimitará o nosso futuro. Se decidirmos hoje confiar nas coisas do alto, deixaremos os sofismas do passado, a confiança nas coisas corruptíveis e viveremos a altura do plano proposto para cada filho e filha de Deus. Não deseja você usufruir a realidade superior que Deus reserva para seus filhos?


Weber Marques e Adriano Euzébio

domingo, 20 de novembro de 2011

Momentos anteriores e posteriores ao encerramento do Juízo no Santuário Celestial

O Espírito Santo e os perdidos Mas, se você analisar o que escrevi logo acima perceberá que ainda existe um probleminha para o Juiz: mesmo que Jesus conclua a lista com todos os nomes das pessoas que existiram na Terra, por quem Jesus morreu, sim, todos eles registrados no Livro da Vida, e desça ao nosso planeta para resgatar os que O escolheram como Deus, como Ele destruirá aqueles que tiveram seus nomes riscados no julgamento e continuaram com o Espírito, já que ainda não haviam cometido o “pecado eterno”? Realmente há a necessidade de uma decisão global sincrônica dos moradores da Terra vivos no período entre o fechamento da porta da graça (que é o mesmo que dizer fim do juízo pré-advento! Cf. Dn 12:1, 7:26, Ap 16:5 e 18:8,20 ) e o retorno glorioso e visível de Jesus! A Bíblia chama o clímax desse ínterim de “Armagedom”. Vamos entendê-lo.


Os Selamentos “Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma. Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus” (Ap 7:1-3). “Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem” (Mt 24:37). “Por causa das águas do dilúvio, entrou Noé na arca, ele com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos. E aconteceu que, depois de sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio” (Gn 7:7 e 10). Noé, o “pregador da justiça” (II Pe 2:5),  tipificando o Salvador Jesus, após terminar a construção da arca para salvar os que aceitaram o convite, “entrou Noé na arca”, “na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos” (I Pe 3:20); “e JAVÉ fechou a porta após ele” (Gn 7:16). Da mesma forma o Salvador subiu ao Céu para “preparar-vos lugar” (Jo 14:2) por meio de Sua intercessão à destra de Deus Pai (Hb 8:1,2 e 9:24) e, desde 1844, por meio do julgamento pré-advento onde Ele tira para sempre “os pecados de muitos” (Hb 9:28) purificando assim Seu ambiente de trabalho, o Santuário celestial (Hb 9:23) que contém registrados todos os atos, palavras e pensamentos dos pecadores (Ap 22:12, Mt 12:36,37 e I Co 4:5), e portanto, necessita uma purificação (Dn 8:14)! “E quando eu for e vos preparar lugar, voltarei” (Jo 14:3). Antes disso, porém, JAVÉ fechará novamente a porta da graça ao encerrar o julgamento, onde todos os casos terão sido pesados na balança do Juiz (Dn 5:27) e onde o veredito a respeito do destino eterno de cada pecador terá sido dado! O selamento dos salvos vivos (os 144.000) pelos anjos (Ap 7:3) e pelo Senhor Espírito (Ef 1:13 e 4:30) e dos rebeldes vivos pela “besta” (Ap 13:16-18) e pelo “dragão” (Ap 13: 4) será o último evento na Terra antes do fim do juízo anterior à vinda do Rei ou do fechamento da porta da graça ou ainda do começo das 7 pragas do Apocalipse!


Entre o fim do Julgamento e a vinda do Rei Não ocorrerá nada de diferente na vida aqui em nosso planeta no instante do término do grande julgamento. À semelhança do que aconteceu com os selados salvos na arca de Noé e com os selados perdidos fora dela durante aqueles longos 7 dias (Gn 7:10), o mundo prosseguirá em sua rotina – os santos continuarão a santificar-se e os imundos a sujar-se (cf. Ap 22:11). “Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro” (Mt 13:30). Entretanto, lá na atual capital do universo de Deus, o destino de todos já está patente aos assistentes judiciários do Senhor Jesus, do mesmo jeito que Noé e sua família escapariam do Dilúvio prestes a cair, quando entraram na arca, e os outros seres humanos, os rebeldes e ingratos, seriam afligidos inevitável e impiedosamente pelas águas de Deus, quando deliberadamente se recusaram a descansar na arca! 
via  (Hendrickson Rogers)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O Santuário do Antigo Testamento e as Constelações

"Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos" Salmo 19:1. Em Números, nos capítulos 1 e 2, encontra-se o censo do povo e as instruções detalhadas para orientar o arraial deles. Por quê? Nossa premissa é: não há nenhum detalhe incluído ali que não tenha sido incluído deliberadamente pelo projeto de Deus. Se examinarmos estes detalhes mais de perto, alguns sinais notáveis vêm à tona.

O Tabernáculo Quando Moisés recebeu os Dez Mandamentos no Monte Sinai, ele também recebeu especificações detalhadas e instruções para a construção de um santuário que pudesse ser transportado, o Tabernáculo, ou Tenda da Congregação. [81] O propósito desta estrutura não-usual era prover um local para que Deus habitasse no meio do seu povo. [82] O Tabernáculo sempre era colocado no centro do arraial de Israel, virado para o oriente. A tribo de Levi foi designada para cuidar do Tabernáculo, e acampava ao redor dele. Moisés, Arão e os sacerdotes acampavam do lado oriental, próximo à entrada. As três famílias da tribo de Levi (Merari, Coate e Gérson) acampavam ao norte, sul e ao ocidente, respectivamente. As outras Doze Tribos agrupavam-se em quatro arraiais ao redor dos Levitas.

Doze ou Treze? É importante perceber que, na verdade, haviam 13 tribos, não apenas 12. Isso pode parecer confuso para os leitores iniciantes. Jacó teve doze filhos, cada um se tornou o fundador de uma das Doze Tribos. Entretanto, José foi vendido como escravo e veio a se tornar o primeiro-ministro do Egito. [83] No Egito, José casou-se com Azenate e teve dois filhos: Manassés e Efraim. Quando Jacó e o restante da família se juntaram a José no Egito, Jacó adotou seus dois netos como filhos. [84]  Portanto, a tribo de José dividiu-se em duas partes, resultando num total de 13 tribos. As Doze Tribos de Israel (Jacó) são listadas vinte vezes no Velho Testamento. [85] Elas são listadas pela mãe (Lia, Raquel, Zilá e Bilá), pela  numeração, pelo arraial, ordem de marcha, relações geográficas, etc. Cada vez elas são listadas numa ordem diferente. Os levitas eram isentos dos deveres militares. Quando as tribos são listadas por ordem de marcha, há 12 tribos, excluindo Levi. Neste caso, José é dividido em dois: Efraim e Manassés. (Assim, Levi é omitido em quatro ocasiões. Semelhantemente, Dã é omitido em três ocasiões, a mais notável em Apocalipse 7).

O Mazzaroth (As Constelações) O nome hebraico para o zodíaco é Mazzeroth. [86] Os nomes hebraicos antigos são a chave para designação original das constelações, que foram posteriormente corrompidas na Torre de Babel e continuam sendo corrompidas até hoje. [87] Chega a ser engraçado ir aos planetários, pois eles ainda ensinam a noção de que as várias figuras associadas com as constelações são fruto da imaginação de povos de antigamente, a partir da forma das constelações. Se você já tiver estudado o assunto cuidadosamente, verá que essa hipótese chega a ser absurda e pode ser descartada facilmente. Já tentou visualizar um "urso" na constelação Ursa Maior ? Ou tentou "enxergar" uma "senhora confinada numa cadeira" no W-entortado conhecido como Cassiopéia? A chave para os conceitos originais que estão por trás dos vários "sinais" eram os nomes das estrelas associadas com cada sinal, na sua ordem de magnitude (brilho). Os nomes das estrelas remetia a uma história, sumarizada no nome e na figura associada a cada "sinal". Isto serviu como convenientes mnemômicos (técnicas de memorização) para lembrar e ensinar a narrativa como um todo. As antigas tradições persa e árabe reconhecem Adão, Sete e Enoque como os inventores da astronomia. A narrativa, começando em Virgem, continua ao redor do Zodíaco até o clímax com o Leão da Tribo de Judá (Leão). A interpretação destes "macro-códigos cósmicos" depende da descoberta dos antigos nomes hebraicos das estrelas envolvidas. Infelizmente, muitos não estão mais disponíveis, mas as tradições árabes, aramaicas e similares são sugestivas. Cada uma das Doze Tribos de Israel estava associada com uma das 12 constelações. [88] Vamos observar um exemplo:

Virgem Virgem é tradicionalmente representada com uma mulher com um ramo na sua mão direita e uma espiga de milho na sua mão esquerda. O nome Virgem deriva do latim; em hebraico, é chamada de Bethulah, a virgem. A estrela mais brilhante é Spica, uma espiga de milho. [89] Em hebraico, é chamada Zerah, a Semente (a "Semente da Mulher"). [90]  Em Egípcio, é Aspolia, a semente. A segunda estrela mais brilhante é, em hebraico, Tsemech, o Ramo (ou o Renovo), um título do Messias. [91] Outras estrelas são Zavijaveh, gloriosamente belo; [92]  e Al Mureddin, aquele que terá domínio. [93] É significativo também que o Signo de Virgem está associado com a tribo de Zebulom, onde Nazaré está localizada. [94]

As Quatro Faces Todas as vezes que a Bíblia menciona uma visão do Trono de Deus, percebemos os mesmos seres viventes – talvez um tipo de "Super Anjos" – de alguma forma associados com a proteção do seu trono, sua santidade, etc. Também percebemos as mesmas quatro faces: um Leão, um Homem, um Boi e uma Águia. [95] Também iremos encontrá-los numa função chave entre as bandeiras das Doze Tribos de Israel. Alguns conseguem perceber que o foco específico de cada um dos Evangelhos – Mateus, Marcos, Lucas e João – é centralizado em quatro temas: O Messias, Leão da tribo de Judá; O Servo Sofredor; O Filho do Homem; e O Filho de Deus, respectivamente. Têm-se notado que as quatro faces não são inadequadas para simbolizar os quatro Evangelhos.

Os Quatro "Arraiais" As Doze Tribos, excluindo os Levitas, agrupavam-se em quatro "arraiais". [96] Cada um desses grupos, com três tribos cada, deveria organizar-se pela bandeira da tribo principal. A bandeira tribal de Judá era, obviamente, um leão. O símbolo de Rúbens era um homem; o de Efraim, um boi; o de Dã, uma águia. É interessante observar que estes quatro estandartes tribais primários – o leão, o homem, o boi e a águia – são os mesmos que as quatro faces dos seres viventes que sempre aparecem ao redor do Trono de Deus. [97] Parece que o arraial de Israel – com o tabernáculo no meio – iria, portanto, assemelhar-se a um modelo do Trono de Deus: sua presença no centro (representada pelo tabernáculo), rodeada pelas quatro faces, tudo isso rodeado pelo seu povo. Mas ainda tem mais. Por que os números específicos ?

O Censo A contagem das tribos é detalhada em Números, capítulo 1. A verdadeira população representada era obviamente maior que esta contagem, pois apenas homens, acima de 20 anos e aptos a irem para guerra, foram contados. A maior parte dos estudiosos estima que mulheres, crianças e idosos multiplicariam o número por três ou mais. O arraial todo iria ter aproximadamente 2 milhões de pessoas. Ainda que os números de cada tribo aparentemente não revelem muito, os totais de cada um dos quatro grupos serão bastante reveladores:
Judá
  74.600

Rúbens
  46.500
Issacar
  54.400

Simeão
  59.300
Zebulom
  57.400

Gade
  45.650

186.400


151.450





Efraim
  40.500

  62.700
Manassés
  32.200

Aser
  41.500
Benjamim
  35.400

Naftali
  53.400

108.100


157.600
Pontos Cardeais Cada um dos arraiais, de três tribos cada, deveria acampar num dos quatro pontos cardeais (Norte, Sul, Leste, Oeste), respeitando o arraial dos levitas que ficaria junto ao tabernáculo. [98]  Não podemos saber com precisão o espaço que era necessário para os levitas, se era 30 metros de cada lado, ou 100 metros. Mas seja lá qual for o espaço, adotaremos este espaço como uma unidade básica. Para entender completamente todas as implicações, você precisará tentar pensar como um rabi: você tem que manter um respeito extremamente elevado aos detalhes precisos das instruções. Eles adotavam medidas heróicas no seu zelo por cumprir cada letra da lei. As tribos de Judá, Issacar e Zebulom – coletivamente chamadas de Arraial de Judá – tinham que acampar ao leste dos levitas. Então surge um problema técnico. Perceba que, se a largura do arraial deles fosse maior que a largura do arraial dos levitas, o excedente estaria no sudeste ou noroeste, e não ao leste. Portanto, se eles fossem seguir estritamente suas instruções, seu arraial teria que ter apenas a mesma largura dos levitas, e então eles teriam que estender-se ao leste para obter o espaço necessário. Os arraiais de Rúbens, Efraim e Dã tinham a mesma situação ao sul, oeste e norte respectivamente. A extensão de cada um seria proporcional à população total de cada arraial.
A Vista Aérea Se juntarmos aquilo que podemos inferir pelo relato bíblico, é possível imaginar como o arraial de Israel era visto de cima: o Tabernáculo e os Levitas no centro, rodeados pelas quatro faces das bandeiras das tribos, e cada um dos quatro arraiais de Judá, Efraim, Rúbens e Dã, estendendo-se nas quatro direções cardeais. Também podemos anotar o tamanho aproximado de cada tribo, para determinar o tamanho relativo de cada arraial quando eles estavam estendidos em cada uma das quatro direções cardeais. Veja a seguir os resultados impressionantes: 

Parece que, quando os israelitas acampavam, eles formavam uma gigantesca cruz! Isso é um tremendo macro-código! E ele está na Torá, e não no Novo Testamento! O Novo Testamento, na verdade, está oculto no Velho Testamento; O Velho Testamento é revelado no Novo Testamento.


Mais sobre o Mazzaroth Cada uma das 12 constelações do Mazzaroth está associada com três constelações adicionais chamadas decans. As três constelações (decans) que estão associadas com Virgem são Coma (o Desejado), Centauro (o Desprezado) e Bootes (Aquele que virá).

Coma é, em egípcio, Sheznu, o Filho Desejado. [99] Geralmente é representado por uma mulher com um bebê. (O que uma mulher com um bebê está fazendo no signo de Virgem ?).

Centauro em hebraico é Bezeh, o Desprezado. [100] Outro nome em hebraico é Asmeate, a oferta pelo pecado. [101] Nas tradições gregas há o nome Cheiron, que significa o Traspassado. [102] Uma das estrelas é, em hebraico, Toliman que significa aqui, antes e daqui em diante, similar à identidade dada a Moisés na sarça ardente, o "Eu Sou". [103]


Bootes, Aquele que virá, [104] inclui as principais estrelas de Arcturus, Ele vem; [105] Al Katuropos, o renovo que é pisado; Mirac, protetor, guardador; Mufride, aquele que separa e Nekkar, o Traspassado. [106] Repare a natureza dupla: Deus, e mesmo assim desprezado. A dupla natureza está inserida na idéia da oferta pelo pecado feita pelo desprezado, ao mesmo tempo sendo o supremo Rei. Em 1893 eles descobriram que a estrela Tsemech em Virgem é uma estrela dupla! 



Referências:

[81] Êx. 25-27; 36-38; 40.
[82] Para um estudo aprofundado sobre o Tabernáculo, leia The Mystery of the Lost Ark (O Mistério da Arca Perdida).
[83] Gên 41:37-41.
[84] Gên 48.
[85] Gên 29, 35; 46; 49; Êx 1; Núm 1:1-15; 1:20-43; 2:7; 10; 13; 26; 34; Deut 27; 3; Jos 13; Juízes 5; I Crôn 2:1; 2:3-8; 12; 27; Eze 48; Apoc 7.
[86] Jó 38:32.
[87] Gên 11:1-9.
[88] Para um estudo aprofundado sobre as 12 tribos, leia nosso Comentário Expositivo de Josué (Expositional Commentary on Joshua) volume 2.

[89] João 12:23, 24, 27.
[90] Gên 3:15. Veja também Gên 15:5 e Gál 3:16 (descendência está no singular, e não no plural).
[91] Isa 4:2 - "O Renovo do Senhor", um título de Jesus Cristo; Jer 23:5 e 33:15 – um rei da linhagem de Davi; Zac 3:8 – servo de Jeová; Zac 6:12 – construirá o templo.
[92] Isaías 4:2.
[93] Salmo 72:8.
[94] Para estudar mais, veja Sinais nos Céus (Signs in the Heavens), ou outras referências na bibliografia.
[95] Ez 1:10; 10:14; Apoc 4:7.
[96] Números 2.
[97] Ez 1:10; 10:14; Apoc 7.
[98] Núm 2:3, 10, 18, 25.
[99] Ageu 2:7.
[100] Isaías 53:3.
[101] Jeremias 33:10.
[102] Zacarias 12:10.
[103] Êx 3:13, 14; Apoc 1:8.
[104] Salmo 96:13, Apoc 14:14-16.
[105] Jó 9:9.
[106] Zacarias 12:10.


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