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sábado, 28 de maio de 2016

O estranho fóssil de baleia: evidência do dilúvio universal?

 
A fossilização é um evento raro e, para tanto, deve haver soterramento de forma rápida, antes que o animal morto comece a apodrecer, a se decompor ou a ser consumido no ambiente – devido a animais carniceiros, a microorganismos, à ação da chuva e do sol, etc. Em abril de 1976, foram encontrados os restos fósseis de uma baleia de cerca de 25 metros no interior de um depósito de diatomáceas (esqueletos minúsculos de algas unicelulares), na mina Miguelito, em Lompoc, Califórnia, EUA. Infelizmente, naquele mesmo ano, o fóssil ainda não tinha sido completamente desenterrado quando o artigo descrevendo o achado foi publicado.[1] Mas ao longo do período de escavação a equipe do Museu de História Natural de Los Angeles teve uma surpresa em relação à posição em que o fóssil da baleia se encontrava.

O fóssil estava na posição vertical, apoiado sobre a cauda, ultrapassando vários estratos geológicos. Como poderia esse fóssil de baleia ter mantido sua posição e integridade ao longo de centenas de milhares de anos, sendo enterrado gradual e lentamente milímetro após milímetro? Uma investigação no local, a partir de uma perspectiva atualista, revelou que a unidade de diatomito (rocha porosa e absorvente) que enterrou a baleia também estava inclinada no mesmo ângulo, portanto, a baleia deve ter sido enterrada no diatomito quando ambas estavam na posição horizontal, e mais tarde os movimentos de terra foram elevando-as e inclinando-as em sua orientação atual.

Portanto, a explicação atualista é a de que houve um deslizamento de terra submarino durante um dos inúmeros terremotos da Califórnia e o conjunto rochoso se deslocou e soterrou o animal, porém, o que o atualismo não explica satisfatoriamente é a sedimentação que teria de ser muito rápida para poder preservar cada osso da baleia em sua posição original, sem qualquer deslocamento com relação à sua orientação.[2] O modelo criacionista prevê um enterro catastrófico e, também, uma rápida deposição das camadas de sedimentos, sepultando as diatomáceas; isso somente ocorreria por meio de um enorme episódio catastrófico: um dilúvio universal.[3]

De fato, para ser evitada a dispersão dos ossos, o soterramento deve ter ocorrido no máximo em três anos. Parece que as correntes marinhas teriam acumulado enormes quantidades desses seres (isto é, de diatomáceas) para formar o que alguns chamaram de “um purê de organismos”. Aliás, se esse diatomito foi depositado gradualmente, como reivindicado por geólogos atualistas, o diatomito não seria puro, como ele é. Ademais, a taxa de deposição lenta resultaria em corrosão e eliminação dos ossos da baleia, porque a caixa torácica, por exemplo, teria ficado aguardando sepultamento por eras. 

Se não bastasse, a deposição Lompoc não apresentou moradores de fundo do mar (moluscos, mexilhões e caracóis), em vez disso foram encontrados no local outros companheiros fósseis para a baleia, tais como “bacalhau, peixes arenque, peixes-agulha [parente dos cavalos-marinhos], leões marinhos e pássaros, nenhum dos quais é morador do fundo do mar”, tornando-se evidente que “o conjunto Lompoc representa um cemitério fóssil catastroficamente enterrado, não o enterro progressivo de um habitat.”[2: p. 256]

O curioso é que, de acordo com o pessoal do museu, até meados de 1997, a camada de rocha de diatomito contendo o fóssil da baleia permanecia sobre um vagão no fundo do museu devido à falta de dinheiro e ao espaço necessário para que fosse curadoriada.[4] Será mesmo esse o real motivo de o achado ter sido ignorado por décadas? Talvez uma evidência como essa que aponta para uma catástrofe de grande escala e contraria o atualismo vigente não ofereça mesmo um bom motivo para curadoriá-la.

(Everton Fernando Alves é enfermeiro e mestre em Ciências da Saúde pela UEM; seu e-book pode ser lido aqui)

Referências:
[1] Reese KM. “Workers find whale in diatomaceous earth quarry.” Chemical and Engineering News 1976; 54(41):40.
[2] Snelling AA. “The Whale Fossil in Diatomite, Lompoc, California.” CEN Tech. J. 1995; 9(2):244-58. Disponível em: http://creation.com/images/pdfs/tj/j09_2/j09_2_244-258.pdf
[3] Ackerman PD. It’s a Young World After All. Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1986, p. 81-83.
[4] South D. “A Whale of a Tale.” The TalkOrigins Archive, 1997. Disponível em: http://www.talkorigins.org/faqs/polystrate/whale.html

domingo, 15 de maio de 2016

Vestígios Culturais - Pictogramas Chineses


Uma das principais evidências que o relato criacionista bíblico é verdadeiro e singular entre os demais, é a própria construção da história secular. Entre lendas, mitos e costumes inseridos nas culturas podemos encontrar enormes pontos de ligação com os primeiros capítulos do livro de Gênesis. Estes pontos apontam para uma origem, apontam para algo que realmente aconteceu e foi tão marcante que culturas em todo o planeta decidiram registrar.

Uma das mais impressionantes evidências são os pictogramas chineses. Então vamos entender primeiramente qual os pontos que devemos observar.

O que são pictogramas ?
É um símbolo que representa um objeto ou conceito por meio de desenhos figurativos. Pictografia é a forma de escrita pela qual ideias e objetivos são transmitidos através de desenhos. Ossos encontrados em Honan (China) mencionam governantes da dinastia de Shang (1766 a. C. – 1123 a. C.), o que nos dá a certeza de que a escrita chinesa tem pelo menos essa idade. Certamente é a língua usada na atualidade que é mais antiga.A língua chinesa contém cerca de 600 símbolos básicos, que são palavras básicas. Outras palavras podem ser formadas pela combinação desses símbolos básicos para as figuras mais complicadas. 

China antes de Buda
Quando falamos em 2.000 a.c estamos falando de um período anterior ao budismo, pois a nascimento de Buda se deu por volta de 600 a.C. A língua chinesa teve origem por volta de 2.500 a.c e o livro de Gênesis foi escrito quase mil anos depois disso. Então uma breve cronologia seguiria esta ordem :

-3.000 a.c - Evento "torre de babel"
-2.500 a.c - Início da escrita chinesa
-1.400 a.c - Gênesis foi escrito por Moisés
-600 a.c - Nascimento de Buda
-240 a.C - Início do Budismo como Religião.

Antes de Buda e do Budismo, a religião chinesa era muito parecida com a religião do povo que habitava a terra após a evento da "torre de babel". Durante as três primeiras dinastias (Hsia, Shang e Shou) ou chineses adoravam a um único Deus. Este Deus era chamado por eles de "Shang Di", que traduzido quer dizer "Deus dos céus".

Chineses migraram para o Oeste
Depois da "torre de babel", a bíblia nos ensina que as nações foram espalhadas pela terra.  Isso ocorreu mais ou menos 500 anos antes do surgimento da escrita chinesa. E de acordo com os estudos sobre a origem do povo chinês, sabe-se que eles migraram da região onde hoje está localizado o Iraque, antiga Babilônia. Por coincidência, esta região era onde se localizava a torre de babel. E como evidência criacionista de que o relato bíblico é fiel, todas as nações se originaram deste evento. Então qualquer vestígio cultural que possamos encontrar, nos remete a origem deste costume e de onde ele veio.

Rastreando a migração dos antepassados chineses, eles deveriam vir do Oeste se isolando por trás de cadeias de montanhas que em determinado período ficou inacessível aos demais povos. Isso explica a singularidade física do povo chinês em relação aos outros povos. O isolamento genético fez seu trabalho nos séculos a seguir, deixando os chineses com uma característica ímpar.



Podemos ter certeza disto analisando o primeiro pictograma chinês. Perceba que os pictogramas simples das palavras Grande, Divisão, Oeste e Passeio, formam o ideograma ( que exprime a ideia) de Migrar. Então concluímos que a formação dos ideogramas são fundamentados em experiências reais.

Podemos achar que talvez isto seja uma coincidência contida no idioma chinês, no meio de tantos símbolos talvez alguns realmente tenham algo em comum. Um argumento comum dos céticos quanto à universalidade dos relatos bíblicos, sobretudo os eventos do Gênesis (a Criação, o Éden e o Dilúvio), é a de que civilizações antigas como a China não têm [aparentemente] nenhuma ligação cultural e religiosa com a visão teísta-criacionista das Escrituras.Entretanto, os autores C. H. Kang e a Dra. Ethel R. Nelson, em sua obra “Descoberta do Gênesis na Língua Chinesa” (The Discovery of Genesis) – que, aliás, já está na minha lista de aquisições urgentes – mostram justamente o oposto. Publicado em 1979, foi lançado em português somente em 2011, pela SCB.
A Dra. Ethel R. Nelson explica: 

“Um estudo dos mais antigos escritos Chineses, artigos de bronze e oracle bone writing [escritos em cascos de tartarugas ou ossos, feitos por adivinhadores], apoia a ideia de seu [dos chineses] conhecimento detalhado do mundo pré-diluviano. Estas formas de escrita primitiva são mais pictográficas (pictogramas) do que a taquigrafia de hoje. Os caracteres mais primitivos e básicos, chamados ‘radicais’, servem como o ‘ABC’ da escrita. Quando os radicais são combinados, eles formam um tipo de caractere mais complexo, chamado ‘ideograma’, que relata uma história ou conceito.”
A evidência dos relatos do Gênesis na escrita milenar dos chineses é algo precioso histórica, cultural e teologicamente. Como bem frisou Paul Zimmerman, presidente do Concordia Teachers College (River Forrest, Illinois):

“À semelhança de arqueólogos pacientes e cuidadosos, os autores ajuntaram as evidências. Muitos hão de concordar. Outros, sem dúvida, colocarão em cheque este trabalho. Mas, as evidências parecem pedir que se cave mais fundo, pois não podem ser ignoradas. Não, as evidências não podem ser colocadas de lado, como se os pontos correspondentes entre os 6 ideogramas chineses e o Gênesis fossem mero produto do acaso. Não, este livro clama por consideração muito mais séria.”

Vamos analisar alguns pictogramas encontrados na escrita chinesa que apontam para os primeiros capítulos do livro de Gênesis.


A bíblia em Gênesis 2:27 traz a seguinte narração : "Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente." Perceba a conexão entre os pictogramas. A palavra "Boca", também representa "homem" ou "pessoa", por este ideograma podemos entender que "uma pessoa viva de pó". Ainda podemos relacionar a palavra "falar" com "caminhar" para formar o pictograma "criar" em chinês. 


Ainda podemos relacionar as palavras VIVO, PÓ, HOMEM e formar o Ideograma PRIMEIRO em chinês. Seria muita coincidência estes ideogramas comporem justamente as palavras que confirmam o relato bíblico.


No princípio o homem desfrutava de uma comunhão com Deus. Havia verdadeira felicidade no relacionamento entre o homem e Deus. No jardim Deus abençoou o homem vivente, e no jardim desfrutou de felicidade e comunhão. Confira os relatos em Gênesis 1:26 ou Gênesis 3:9.


Uma criança chinesa pode em algum momento ter perguntado de onde veio o primeiro homem. Como já vimos anteriormente, os chineses migraram do oeste. E o ideograma de representação da palavra "OESTE" é composto pelas palavras UM, HOMEM e JARDIM FECHADO.


Esta mesma criança podia ter perguntado sobre a origem da primeira mulher. E mais uma vez os ideogramas mostram uma fina sintonia com o primeiro livro da Bíblia. A mulher foi desejada pelo homem e podemos observar que a palavra "OESTE" aparece nas duas concepções de ideogramas. Gênesis 2:18.


Na Bíblia também também encontramos o relato de como começou a humanidade. Foram com duas pessoas, Adão e Eva.  E delas toda a humanidade se originou.


Em Gênesis 2:8-9 lemos que Deus plantou um jardim no oriente. E que haviam muitas árvores, mas apenas duas especiais. E que Deus havia proibido o homem de comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Leia Gênesis 2:16-17. O homem foi proibido de comer o fruto de uma árvore, e se desobedecesse a outra (Árvore da Vida) seria tirado dele também.


Em Gênesis 3:1-8 lemos que a serpente, enganou a mulher. E após isso, homem e mulher cobiçaram o fruto proibido da árvore do conhecimento do bem e do mal e ambos pecaram diante de Deus. Como já vimos, a palavra desejar tem contida a palavra mulher. E se mudarmos para cobiça, temos a ideia formada de DUAS ÁRVORES com uma MULHER. 


Sabemos pela Bíblia que satanás, o tentador foi responsável por induzir Adão e Eva ao pecado no jardim do Éden. Na palavra diabo temos a ocorrência de um segredo contado em um jardim para as pessoas. E na palavra "tentador" temos a ocorrências das duas árvores.



O livro de Gênesis também relata o que aconteceu imediatamente após ter comido o fruto proibido. Adão e Eva viram que estavam nus. Uma das palavras que descreve "homem" é associada a palavra "fruta" para compor a ideia de "nudez".


Sabemos que houve um castigo aplicado ao homem e a mulher por desobedecer os conselhos de Deus. Ao homem foi dito que com suor tiraria o alimento da terra, e a terra produziria ervas daninhas. A mulher sentiria dor no parto e isto seria uma espécie de punição pelo erro cometido. As ideias de dor e tristeza são compostas por elementos das histórias relatadas em Gênesis.



Quando analisamos o grande dilúvio global que Gênesis relata, vemos que apenas oito pessoas se salvaram. A ideia de "navio" é composta pelas palavras "boca", "oito" e "barco". Logicamente o evento foi tão marcante nos descendentes de noé que ficou registrado na escrita.


Até para formarmos a ideia de "total" temos que unir as palavras OITO, UNIDOS e TERRA. Fazendo uma clara alusão ao oito sobreviventes da arca de noé que formaram a totalidade dos seres vivos após o dilúvio.


Conforme a Bíblia, o dilúvio se estendeu por toda a terra. Se adicionarmos a ideia de ÁGUA e a ideia de TOTAL, temos o ideograma que representa DILÚVIO ou INUNDAÇÃO. 


 O estudo destes pictogramas evidencia o fato de quê o registro de Gênesis não é exclusivo do povo hebreu. Outro fato a se atestar é que o registro de Gênesis é fiel ao que realmente aconteceu. A tradição oral e os vestígios culturais ficaram presos ao tempo e nos mostram evidências de que a verdade está presente nos dias atuais.



domingo, 31 de janeiro de 2016

Fóssil de Baleia é encontrado na vertical ultrapassando vários estágios geológicos - evidência do Dilúvio Universal?




A fossilização é um evento raro e, para tanto, deve haver soterramento de forma rápida, antes que o animal morto comece a apodrecer, a se decompor ou a ser consumido no ambiente – devido a animais carniceiros, a microorganismos, à ação da chuva e do sol, etc. Em abril de 1976, foram encontrados os restos fósseis de uma baleia de cerca de 25 metros no interior de um depósito de diatomáceas (esqueletos minúsculos de algas unicelulares), na mina Miguelito, em Lompoc, Califórnia, EUA. Infelizmente, naquele mesmo ano, o fóssil ainda não tinha sido completamente desenterrado quando o artigo descrevendo o achado foi publicado.[1] Mas ao longo do período de escavação a equipe do Museu de História Natural de Los Angeles teve uma surpresa em relação à posição em que o fóssil da baleia se encontrava.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Professor de geologia e paleontologia fala sobre dinossauros

Ele busca evidências para entender os seres vivos que habitaram o planeta Terra há muitos anos. Entre eles, os temidos dinossauros. O professor de Geologia e Paleontologia, e coordenador do Núcleo de Estudo das Origens do Unasp campus São Paulo, doutor Marcos Natal de Souza Costa, explica o que é verdade e o que não passa de ficção sobre a extinção dos dinossauros.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Mapa quantifica pela primeira vez água escondida debaixo da terra no mundo


O volume total de água armazenada no subsolo do planeta é estimado em 23 milhões de km³. Seria o suficiente para cobrir toda a superfície da Terra com uma camada de 180 metros de profundidade.

Essa foi a conclusão de um estudo conduzido por pesquisadores canadenses e publicado na revista científica Nature Geoscience.



Mas apenas 6% dessa água é própria para consumo humano. Isso porque a chamada água "moderna" presente no subsolo está próxima da superfície e pode ser extraída ou usada para complementar recursos localizados acima do solo, em rios e lagos.

"Esta é a água que é renovada mais rapidamente na escala de vida humana", explicou Tom Gleeson, da Universidade de Victoria, no Canadá, responsável pelo estudo.

"Ao mesmo tempo, é a mais sensível a mudanças climáticas e contaminação humana. Trata-se, portanto, de um recurso vital que precisa ser mais bem gerenciado."

Recurso finito

Para quantificar a água armazenada nos dois primeiros quilômetros da superfície da Terra, Gleeson e sua equipe combinaram extensas bases de dados e modelos computacionais.

Foram analisados, entre outros fatores, a permeabilidade de rochas e do solo, sua porosidade e características dos lençóis freáticos.

A chave para determinar a idade de toda a água armazenada foram medições feitas com trítio, uma forma radioativa de hidrogênio que surgiu na atmosfera há 50 anos como resultado de testes de bombas termonucleares.

A partir desse elemento químico, os cientistas puderam identificar toda a chuva que chegou ao subsolo desde então.

Reservas

O mapa acima mostra a distribuição da água moderna presente no subsolo ao redor do mundo. As manchas em azul escuro mostram onde ela é renovada rapidamente. Em tom mais claro, a água mais antiga, que em sua maioria está estagnada e não pode ser renovada.

"As características dessa água antiga variam muito", disse Gleeson à BBC News. "Em alguns lugares, é muito profunda. Em outros, não. Em muitos lugares, ela é de má qualidade e pode ser mais salina que a água do mar, além de ter metais e outros componentes químicos dissolvidos nela e que teriam de ser tratada antes de se tornar potável ou usada na agricultura."

Isso torna ainda mais importante as reservas modernas e a necessidade de administrá-las de forma sustentável, alertam os cientistas.

O estudo destaca ainda como elas estão distribuídas de forma desigual no planeta. O próximo passo, afirmou Gleeson, é determinar o ritmo com que algumas reservas estão sendo consumidas.

"Essa visão global da água no subsolo irá conscientizar de que nossas reservas mais recentes no subsolo, aquelas que são mais sensíveis a mudanças ambientais e provocadas pelo homem, são finitas", disse Ying Fan, da Rutgers University, nos Estados Unidos.

Fonte: Uol notícias

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Fósseis de humanos e dinossauros juntos?



Não era assim que eles viviam...

Tenho ouvido argumentos do tipo: se ossos humanos e de dinossauros não são encontrados juntos, então eles não viveram ao mesmo tempo. Porém, não é possível afirmar que eles não viveram ao mesmo tempo. Mas é possível afirmar, sim, que eles não foram enterrados juntos. Especialmente, quando é levada em conta a teoria do zoneamento paleoecológico.[1] Esse modelo explica que é possível diversas criaturas viverem ao mesmo tempo no planeta, mas nunca se cruzarem devido ao fato de que cada organismo vivia em ambientes diferentes.[2] Por exemplo, você já viu um tigre e um urso panda no mesmo habitat? Portanto, só porque os animais não são encontrados juntos no mesmo espaço geográfico ou na mesma camada geológica (considerando seus fósseis) não significa que eles não viveram ao mesmo tempo.

A fossilização é um evento raro, especialmente de seres humanos que têm muita mobilidade em comparação com os répteis (incluindo os dinossauros). Um ponto crucial a ser levado em consideração é o da mobilidade diferencial. Uma vez que as águas do dilúvio universal levaram semanas para cobrir a terra, muitas pessoas poderiam ter feito barcos, ter se agarrado a detritos flutuantes, e assim por diante. Alguns podem ter subido para terrenos mais elevados. Embora eles não tivessem durado tanto tempo e teriam finalmente sido afogados, muitos corpos podem ter ficado flutuando na superfície da água e ter sido decompostos ou devorados (por aves ou animais marinhos carnívoros) e, portanto, não ter sido fossilizados.[3]

Mas suponhamos que esses corpos tivessem sido soterrados pelos sedimentos, a decomposição orgânica poderia ainda ocorrer posteriormente (isto é, pós-deposição). Por exemplo, se as águas subterrâneas que permeiam os sedimentos (tais como arenito) contivessem oxigênio suficiente, em seguida, o oxigênio provavelmente oxidaria as moléculas orgânicas nos corpos enterrados e, assim, as destruiria. Do mesmo modo, as águas subterrâneas quimicamente ativas também poderiam ser capazes de dissolver os ossos humanos, a remoção de todos os vestígios de pessoas enterradas.[3]

Outras hipóteses criacionistas postulam que os continentes pré-diluvianos foram subduzidos para dentro do manto terrestre, aniquilando totalmente os restos das civilizações.[4] Os fósseis que foram preservados devem ter sido soterrados no final do dilúvio, perto da superfície terrestre, e teriam estado sujeitos à erosão e destruição mais uma vez pela força e velocidade das águas que regrediam, enquanto partes do continente se elevavam.

Outro ponto que dificulta a possibilidade de encontrar fósseis humanos e de dinossauros juntos relaciona-se aos locais de escavação desses fósseis. Os paleontólogos têm escavado regiões desérticas, principalmente na África, conclui o jornalista Michelson Borges.[5] Porém, Genesis 8:1 relata que, após o dilúvio, Deus enviou um vento forte que levou para longe os cadáveres que estavam boiando. Possivelmente, para as montanhas - onde esbarrariam, seriam soterrados e teriam a chance de ser fossilizados. Quem sabe um dia eles ainda não sejam descobertos por lá? As evidências levantadas pelo biólogo Roberto César de Azevedo corroboram essa nossa inferência, ao listar alguns locais com grande possibilidade de se encontrar fósseis de seres humanos antediluvianos.[6]

Por outro lado, é fato que os vestígios de cadáveres podem desaparecer de uma só vez. Em 26 de dezembro de 2004, por exemplo, o tsunami que atingiu o sudeste da Ásia (Indonésia) foi um lembrete chocante da velocidade com que a água e outras forças podem eliminar todos os vestígios de corpos, mesmo quando se sabe o local exato por onde procurar. Segundo relatório emitido pela ONU e a Cruz Vermelha, cerca de 37.000 vítimas do tsunami nunca foram encontradas após cessarem as buscas.[7, 8] Possivelmente, muitos foram soterrados e podem ter sido fossilizados.

Dezenas de fósseis são encontrados todo mês e, por isso, muitos acreditam que as descobertas de fósseis humanos também sejam abundantes. Porém, o número encontrado de fósseis humanos e dinossauros, na verdade, é relativamente pequeno, comparado a outros tipos de criaturas.[3, 9] Segundo pesquisas, 95% de todos os fósseis são de criaturas marinhas (moluscos, corais, trilobitas, etc.). Dos 5% restantes, 4,74% dos fósseis são de plantas. Menos de 1% de todos os fósseis são animais terrestres. Isso inclui répteis (dinossauros, por exemplo), anfíbios, mamíferos, aves e humanos.

Outro ponto interessante é o de que a população humana pré-diluviana era relativamente pequena, embora as estimativas sejam baseadas em pouca informação, já que Gênesis 1 não informa sobre o tamanho das famílias ou sobre o crescimento populacional. O que se sabe é que Noé estava na décima geração de sua linhagem, e ele viveu cerca de 1.650 anos após a semana da criação. Gênesis também indica que as crianças da linhagem até Noé nasceram quando os pais tinham idades entre 65 e mais de 500 anos (quando Noé gerou seus três filhos). Sabe-se que as pessoas das linhagens de Adão a Noé viviam mais de 900 anos cada uma, mas não se sabe ao certo se todos viveram tanto tempo.

Também são desconhecidas as taxas de natalidade e mortalidade das crianças. Entretanto, a Bíblia relata que a violência encheu a terra; assim as taxas de morte podem ter sido extraordinariamente altas. As estimativas indicam que existia no momento do dilúvio entre 5 a 17 milhões de pessoas.[10-12] Mesmo se fizermos uma suposição generosa de 200 milhões de pessoas no momento da inundação, haveria pouco mais de um fóssil humano por quilômetro cúbico de sedimentos previsto pelo dilúvio.

Diante disso, é possível que os fósseis humanos do período diluviano possam existir, mas simplesmente ainda não foram encontrados. E mesmo que os fósseis de humanos e de dinossauros não sejam encontrados na mesma camada, isso não afeta em nada a narrativa bíblica da história, diante das evidências aqui apresentadas.

(Texto traduzido e adaptado do original Hodge [13] por Everton F. Alves, enfermeiro e mestre em Ciências da Saúde pela UEM; seu e-book pode ser lido aqui)

Referências:
[1] Clark HW. The New Diluvialism. Angwin, CA: Science Publications, 1946, pp. 37-93.
[2] Roth AA. Origins: Linking Science and Scripture. Hagerstown, Maryland: Review and Herald Publ. Assn., 1998, p. 170-175.
[3] Snelling AA. “Where are all the human fossils?” Creation 1991; 14(11):28-33. Disponível em: http://creation.com/where-are-all-the-human-fossils
[4] Morris JD. “Why Don’t We Find More Human Fossils?” Acts & Facts 1992; 21(1). Disponível em: http://www.icr.org/article/why-dont-we-find-more-human-fossils/
[5] Borges, M. A História da Vida. Tatuí, SP: CPB, 2011.
[6] Azevedo RC. A origem superior das espécies: uma nova teoria. São Paulo: Unaspress, 2004, p. 136.
[7] Relatório da Cruz Vermelha. “Indonésia: a resposta humanitária desde o tsunami” [13/04/2005]. Disponível em: https://www.icrc.org/por/resources/documents/update/6e8gfv.htm
[8] Cluff LS. “Effects of the 2004 Sumatra-Andaman Earthquake and Indian Ocean Tsunami in Aceh Province.” The Bridge. 2007; 37(1):12-16. Disponível em: https://www.nae.edu/File.aspx?id=7405
[9] Morris J. The Young Earth. GreenForest, AR: MasterBooks, 2001.
[10] Morris HM. Biblical Cosmology and Modern Science. Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1970, 77-78.
[11] Pickett T. Population of the PreFlood World. Lambert Dolphin’s Library, 2004. Disponível em: http://www.ldolphin.org/pickett.html
[12] Morris JD. The Young Earth. Green Forest, AR: Master books, 2007.

[13] Hodge B. “Why Don’t We Find Human & Dinosaur Fossils Together?” Capítulo 13, The New Answers Book, 2007. Disponível em: 

https://answersingenesis.org/dinosaurs/humans/why-dont-we-find-human-dinosaur-fossils-together/

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Dinossauros depois do dilúvio?



Carcaça encontrada na Nova Zelândia

Na Revista Criacionista número 68, há duas matérias interessantes sobre possíveis avistamentos recentes de dinossauros. A primeira trata da descoberta da carcaça de um animal marinho encontrada pelo navio pesqueiro japonês Zuiyo Maru, em 1977, na costa da Nova Zelândia. O biólogo Michihiko Yano, que estava a bordo no navio, fotografou a carcaça e extraiu alguns pelos córneos da extremidade da nadadeira anterior. Embora alguns a tenham considerado a carcaça de um tubarão-baleia, nem o biólogo, nem os pescadores experientes a classificaram assim. Para muitos pesquisadores, tratava-se da carcaça de um plessiossauro. Plesiosauria era uma ordem importante do chamado período Mesozoico. Inclui répteis marinhos carnívoros de pescoço curto e longo. A variedade de pescoço curto era maior e podia alcançar até dez metros, pesando cerca de 20 toneladas ou mais. Já os de pescoço longo eram mais leves e tinham maior número de vértebras cervicais.

Em 2003, o fóssil de um plessiossauro adulto com cerca de dez metros de comprimento foi encontrado às margens do Lago Ness, na Escócia. O fóssil foi descoberto pelo aposentado Gerald McSorley, que ligou para o Museu Nacional da Escócia.

O local é lar de uma das maiores lendas do Reino Unido: o monstro do Lago Ness, animal de coloração escura com um longo pescoço e que viveria no lago escocês, que tem 200 metros de profundidade. Até hoje, não foram obtidas provas de sua existência, apesar da insistência de moradores da região.

“Estou certo de que Nessie [apelido dado ao monstro] existe, já que muitas pessoas o viram”, disse McSorley. “Creio que (o dinossauro) é um dos antepassados de Nessie.” “Contaminados” pela visão evolucionista, os cientistas descartaram de imediato a relação entre os dois animais, já que o Lago Ness, segundo eles, teria se formado há 15 mil anos, mais de supostos 100 milhões de anos depois de o plessiossauro ter morrido.

“Admitir que existam animais do tipo do plessiossauro vivos ainda hoje causaria considerável constrangimento aos evolucionistas. Voltando-se ao passado, encontramos um crescente número de relatos sobre dinossauros tanto em terra como no mar. De fato, nos tempos medievais eles constituíam quase lugar comum. Isso indica que eles eram bastante numerosos há não muito tempo atrás, o que não se enquadra na escala de tempo evolucionista, segundo a qual eles teriam sido extintos há cerca de 65 milhões de anos, e, portanto, não mais existiriam hoje! É por essa razão que os relatos de qualquer avistamento seu são ignorados pelo estamento científico, e as evidências como as dessa carcaça são rapidamente rejeitadas.”

Outra matéria dessa mesma edição da Revista Criacionista tem como título “Em busca do dinossauro do Congo” e foi escrita por William Gibbons. Ele informa que em 1776 um grupo de missionários franceses descobriu na floresta da África Equatorial pegadas de um animal desconhecido. Pelo tamanho, elas só poderiam ter sido feitas por um grande elefante; mas tinham garras! Em 1913, o governo alemão decidiu fazer um mapeamento da sua então colônia dos Camarões e escolheu o capitão Freiherr von Stein zu Lausnitz para comandar a expedição. Eis aqui um trecho com o relato de Lausnitz.

“[A criatura é] muito temida pelos nativos de certas partes do território do Congo, nos baixos dos rios Ubangi, Sangha e Ikelemba. Eles chamavam de Mokele-mbembe aquele animal. Dizem que o animal é de uma coloração marrom acinzentada... e seu tamanho aproximadamente de um elefante. Dizem que ele tem pescoço bastante longo e flexível. Alguns falam de sua longa cauda musculosa semelhante à de um crocodilo. [...] Dizem que sua alimentação é totalmente vegetariana.”

O mais interessante é que anos depois, na década de 1970, outros relatos de nativos davam conta do mostro. Quando um pesquisador mostrou um livro com figuras de dinossauros a um curandeiro, ele não teve dúvidas em apontar para o diplodoco.

O diplodoco, cujo nome significa “dupla viga” ou “dupla alavanca”, era um saurópode que chegava a medir 45 metros de comprimento e podia pesar até 38 toneladas. O diplodoco tinha dentes próprios para desfolhar vegetação leve, como samambaias, e que não serviam para mastigar. Existiram quatro espécies principais de diplodoco: Diplodocus longus, Diplodocus carnegii, Diplodocus hayi e Diplodocus lacustris. Os diplodocos tinham pés largos e redondos, semelhantes aos dos elefantes.

Via Criacionismo

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Dinossauros e Humanos Conviveram Juntos após o Dilúvio




Por Everton F. Alves

Alguns criacionistas acreditam que os dinossauros foram extintos no dilúvio devido ao fato de a maioria dos fósseis serem encontrados na coluna geológica até o período evolutivo Cretáceo-Terciário (correspondente ao período bíblico diluviano). Mas as evidências apontam para a sobrevivência dos dinos após o dilúvio, como afirma Gênesis 6:19 e 20. Nesse texto, vemos que “todas as espécies” entraram na arca. Possivelmente, alguns dinossauros de pequeno porte e/ou filhotes tenham entrado e permaneceram em estado de hibernação. 

Os capítulos 40 e 41 do livro de Jó descrevem os monstros beemote e leviatã, respectivamente. Algumas traduções atuais da Bíblia deram a eles os nomes de hipopótamo e crocodilo, mas uma análise mais aprofundada revela que os detalhes contidos nas descrições do livro de Jó fazem menção, sem dúvida alguma, aos dinossauros. Isso quer dizer que Jó conviveu com esses animais, cuja maioria era herbívora.

Alguns criacionistas também argumentam que esses capítulos apresentariam uma linguagem poética, portanto, não condizente com características realísticas. Não vou me ater aos fatos, pois não é o objetivo desse texto, mas há um grande perigo teológico em considerar essas descrições como totalmente poéticas, sem base histórica. Para quem quiser saber mais sobre o tema, há uma infinidade de materiais disponíveis na literatura especializada. Mas adianto que, entre todas as descrições magníficas e detalhistas da fisionomia e do comportamento desses animais dadas por Deus a Jó, e que de modo algum diriam respeito a tão singelos animais como o hipopótamo e o crocodilo, uma delas que me chama a atenção é a seguinte: “obra-prima de Deus” (Jó 40:19), a qual sugere que aquele era o maior animal que Deus havia feito.

Na Bíblia, há ainda outra referência importante no período pós-diluviano de uma serpente voadora: as “áspides voadoras” (Isaías 30:6). Isso poderia estar se referindo a um dos pterodáctilos, que são populares como dinossauros voadores, tais como o pteranodonte, o ramforinco ou ornitocheiro [1]. Esse verso menciona, inclusive, vários outros animais conhecidos, tais como leões, víboras, burros, etc. Aparentemente, as serpentes voadoras eram animais tais como os outros, existentes naquela região do mundo e durante aquele tempo. Possivelmente, daí derivaram as lendas de dragões presentes em muitas culturas.

Mas como um amante da ciência e um pesquisador curioso, vou apresentar algumas evidências científicas que jogam por terra a ideia de que todos os dinossauros foram extintos há 65 milhões de anos pelo impacto de um cometa em um evento chamado extinção Cretáceo-Terciário (KT), ou seja, período este condizente com o dilúvio bíblico. Em 2009, um estudo sugeriu que alguns dinossauros não aviários sobreviveram até o Paleoceno e, portanto, a extinção dos dinossauros teria sido gradual [2]. Muitos céticos argumentaram que os fósseis analisados pudessem ter sido reformulados geologicamente, isto é, lavados e arrastados por córregos e rios para fora de seus locais originais e, em seguida, reenterrados em sedimentos muito posteriores.

Em 2012, outro estudo usou um novo método de datação para analisar diretamente uma amostra de osso (não a rocha onde ele foi encontrado) de um dinossauro saurópode (Alamosaurus sanjuanensis) e determinou que esse osso tem 64,8 ± 0,9 milhão de anos, portanto, 700 mil anos mais jovem do que qualquer outro osso de dinossauro conhecido (relativo ao Paleoceno, primeira época do Paleogeno) [3]. A fim de evitar novas alegações de reformulação geológica, os autores confirmaram que as áreas de amostragem dos ossos analisados representaram sistemas geoquímicos fechados a partir do momento da sua mineralização original até o presente.

Ademais, a teoria da extinção dos dinossauros devido ao impacto de um asteroide com a Terra tem sido contestada por cientistas evolucionistas. Em 2009, um estudo sugeriu que o impacto do asteroide (Península de Yucatan) não teve o efeito dramático na diversidade de espécies, como se pensava [4]. Durante escavações na cratera de Chicxulub, na região de El Penon, México, o grupo encontrou registros de 52 espécies em sedimentos abaixo da camada do período do impacto (fronteira KT) e as mesmas 52 em sedimentos acima, ou mais recentes. Segundos os cientistas, “não encontramos sinal de uma única espécie que foi extinta como resultado do impacto de Chicxulub”.

Existem outros artigos publicados que também relatam achados de dinossauros que sobreviveram ao suposto período da extinção KT (ou período exato do dilúvio bíblico universal), no entanto, decidi apresentar apenas as principais evidências científicas. Como vemos, mais uma vez a ciência tem confirmado as narrativas bíblicas pós-diluvianas da sobrevivência de dinossauros, tais como apresentadas em Jó 40:15-24, Jó 41:1-34, Salmo 74:13, Isaías 27:1 e Malaquias 1:3.

(Everton Fernando Alves é enfermeiro e mestre em Ciências da Saúde pela UEM; seu e-book pode ser lido aqui: https://www.widbook.com/ebook/teoria-do-design-inteligente)

REFERÊNCIA:

[1] Wellnhofer P, Sibbick J. Pterosaurs: The Illustrated Encyclopedia of Prehistoric Flying Reptiles. New York: Barnes and Noble Books, 1996.

[2] Fassett JE. New geochronologic and stratigraphic evidence confirms the Paleocene age of the dinosaur-bearing Ojo Alamo Sandstone and Animas Formation in the San Juan Basin, New Mexico and Colorado. Palaeontologia Electronica 2009; 12(1):3A:146p. Disponível em: http://palaeo-electronica.org/2009_1/149/149.pdf

[3] Fassett JE, Heaman LM, Simonetti A. Direct U-Pb dating of Cretaceous and Paleocene dinosaur bones, San Juan Basin, New Mexico. Geology. 2012; 40(4):e260-e261. Disponível em: http://geology.gsapubs.org/content/40/4/e260.full

[4] Keller G, Adatte T, Juez AP, Lopez-Oliva JG. New evidence concerning the age and biotic effects of the Chicxulub impact in NE Mexico. Journal of the Geological Society 2009; 166(3):393-411.

terça-feira, 28 de julho de 2015

O Dilúvio e as Evidências de Águas Subterrâneas




Por Everton F. Alves

Gênesis 7:11 diz: "No dia em que Noé completou seiscentos anos um mês e dezessete dias, precisamente nesse mesmo dia, TODAS AS FONTES DAS GRANDES PROFUNDEZAS JORRARAM, e as comportas do céu se romperam.".

Portanto, a Bíblia diz que primeiro veio água debaixo, e depois água de cima. Mas será que existem evidências que corroboram essa afirmação? Sim, existem evidências técnicas e científicas sobre a origem da água do dilúvio. Em primeiro lugar vamos nos focar nas evidências técnicas. Em 1989, um projeto iniciado na península de Kola, Rússia, perfurou um poço de 12.262km, considerado um dos poços mais profundos já realizados na história. O objetivo era analisar o que havia entre a camada de granito e basalto, mais especificamente na zona intermediária. Eles ficaram surpresos com os achados! Havia água salina e extremamente quente (180 ºC).

Em 1994, outra equipe perfurou um poço na Bavária (Alemanha) e atingiu a profundidade de 9.101km. Eles encontraram água quente e salina com um teor duas vezes maior que as águas de nossos mares aqui na superfície. Como foi parar lá toda essa água salgada? Note que ambos os poços não estavam próximos ao mar, portanto, não teria como as rochas ou as camadas terem prendido água salgada entre elas. Ademais, ambas as profundidades vão muito além de qualquer poço artesiano que captam água de lençóis freáticos. Eles encontraram essa camada de água subterrânea há cerca de 11.500 km de profundidade, com uma espessura de 1 km preenchida por água.

Na busca pela Verdade, baseando-se no relato bíblico e nos achados técnicos de perfuração de poços ultraprofundos, o engenheiro mecânico Dr. Walter Brown, cientista criacionista, propôs em 1980 a Teoria das Hidroplacas atualmente, a teoria mais coerente a respeito do clima na Terra “primitiva” (antes do dilúvio) e de um dilúvio universal que deixou seus rastros no registro fóssil espalhado pelo planeta. De fato, a Bíblia informa de onde veio toda a água do dilúvio. Mas para onde ela foi após o dilúvio? Sabe-se que parte dela está por aí nos oceanos e mares. E a respeito da outra parte? Ao que tudo indica essa outra parte teria voltado ao seu lugar de origem.

Em 2014, um estudo publicado na revista Nature analisou um cristal microscópico de um mineral nunca antes visto em uma rocha terrestre que detém pistas para a presença de uma enorme reserva de água escondida no centro da Terra [1]. A descoberta foi feita a partir de um diamante com peso inferior a um décimo de um grama, encontrado no Brasil. A maioria dos diamantes se formam em profundidades de cerca de 150 a 200 quilômetros, mas diamantes ultraprofundos 'vêm de uma região do manto conhecida como a “zona de transição”, localizada a 410-660 quilômetros abaixo da superfície. Os autores sugerem que a reserva poderia conter o equivalente a todos os oceanos combinados.

Em 2014, outro estudo publicado na revista Science descobriu um vasto reservatório de água a 660 km (400 milhas) abaixo da crosta da Terra, na zona de transição, o suficiente para encher os oceanos da Terra três vezes [2].

A conclusão é esta: a ciência mesmo atrasada acaba confirmando o relato bíblico.

(Everton Fernando Alves é enfermeiro e mestre em Ciências da Saúde pela UEM; seu e-book pode ser lido aqui: https://www.widbook.com/ebook/teoria-do-design-inteligente)

REFERÊNCIAS:

[1] Pearson DG, Brenker FE, Nestola F, McNeill J, Nasdala L, Hutchison MT, Matveev S, Mather K, Silversmit G, Schmitz S, Vekemans B, Vincze L. Hydrous mantle transition zone indicated by ringwoodite included within diamond. Nature. 2014; 507(7491):221-4. http://www.nature.com/nature/journal/v507/n7491/full/nature13080.html

[2] Schmandt B, Jacobsen SD, Becker TW, Liu Z, Dueker KG. Earth's interior. Dehydration melting at the top of the lower mantle. Science. 2014; 344(6189):1265-8. http://www.sciencemag.org/content/344/6189/1265

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Arca de Noé comportaria 70 mil animais



Maravilha náutica

Desde que o filme Noé obteve grande sucesso nos cinemas, a história bíblica da salvação dos animais do dilúvio voltou a ser comentada. Inclusive no meio acadêmico. Estudantes do mestrado de Física e Astronomia na Universidade de Leicester, Inglaterra fizeram um aprofundado estudo sobre as dimensões exatas da grande barca descritas em Gênesis. Sua motivação era descobrir se uma construção tão grande e tão pesada poderia mesmo flutuar. Deus instruiu Noé a construir uma arca com 300 côvados de comprimento por 50 de largura e 30 de altura. Mandou usar madeira de Gofer e revestir com piche [resina, no original, o que pode ter sido uma substância de origem vegetal]. Os estudantes ingleses começaram tomando por base as medidas de côvado usadas pelos hebreus e egípcios. Estabeleceram uma média para tentar descobrir com exatidão o quanto ele mediria. Os hebreus adotavam a medida de 44,5 centímetros, enquanto que o [côvado] dos egípcios tinha 52,3 centímetros. Os pesquisadores adotaram a média, ou seja, 48,2 centímetros.

Feita a multiplicação a partir desse referencial, concluíram que a Arca tinha 144,6 metros de comprimento por 14,1 m de altura e 24,1 m de largura. Isso seria semelhante ao tamanho dos grandes navios cargueiros que existem hoje, como o Ark Royal.

Os pesquisadores dizem que Gofer poderia ser cedro, cipreste ou pinheiro. Para efeitos da pesquisa foi utilizado o cipreste, estimando que seria semelhante em densidade. O peso da arca vazia seria cerca de 1,2 milhão de quilos.

Pelas leis da física, para flutuar, um objeto precisa exercer uma força igual ao peso da água deslocada por ele. Portanto, a arca afundaria se sua densidade fosse maior que a da água ao seu redor.

O estudante Benjamin Jordan, 21, explica: “Usando as dimensões da Arca e a densidade da água, fomos capazes de calcular a força de empuxo. Isso, de acordo com o princípio de Arquimedes, é igual ao peso do volume de fluído deslocado pelo objeto. Não há dúvidas que o peso gravitacional superaria a força de empuxo, fazendo com que o ela não afundasse.”

A pesquisa indicou que para abrigar todos os animais que a Bíblia [menciona], seriam necessários 8.454 metros quadrados, com a capacidade de cerca de 34 metros cúbicos de espaço. Seria o equivalente a 445 vagões, ou 10 trens com 44 vagões cada.

Tendo um formato de “caixa”, poderia carregar 51 milhões de quilos, sem afundar. Isso seria o equivalente ao peso de 70 mil animais, levando em conta o tamanho e peso médio de cada espécie. Eles usaram esse referencial a partir de uma pesquisa anterior, a qual estima que havia cerca de 35 mil espécies de animais que precisariam ser salvos por Noé.

Presumindo que todas as espécies marinhas permaneceram no oceano, logo a arca acomodaria perfeitamente todas as espécies que existiam naquele tempo.

A conclusão dos ingleses é que um barco com essas dimensões e peso poderia sim flutuar. O estudante Thomas Morris, 22, esclarece: “Não estamos tentando provar que ela realmente existiu, mas o que está relatado [na Bíblia] definitivamente funciona”. 

(Gospel Prime; com informações do Telegraph)

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Terremoto do Nepal deslocou o monte Everest



8.850 metros e subindo

O forte terremoto de 7,8 graus que abalou o Nepal no dia 25 de abril deslocou o monte Everest, a maior montanha do planeta, em três centímetros para o sudoeste, afirma a Administração Chinesa de Estudos, Cartografia e Informação Geológica, citada nesta terça-feira pela imprensa. Segundo um estudo do organismo, o Everest (8.848 metros) aumentou três centímetros nos últimos 10 anos e se deslocou quase 40 centímetros para o nordeste. O Everest “se desloca constantemente para o nordeste e o terremoto provocou um pequeno avanço na direção oposta”, afirmou Xu Xiwei, vice-diretor do Instituto de Geologia da Administração Chinesa para Terremotos, citado pelo jornal China Daily. “A magnitude do movimento é normal”, completou. A maior montanha do planeta, situada na fronteira entre o Nepal e a região autônoma chinesa do Tibete, constitui um bom ponto de observação das placas tectônicas Euroasiática e Indiana, que se chocam nesta região altamente sísmica, segundo Xu.

O segundo terremoto registrado no Nepal em 12 de maio, de 7,5 graus de magnitude, não provocou um deslocamento perceptível do Everest, segundo o estudo realizado com instrumentos de medição por satélite. O duplo terremoto deixou pelo menos 8.700 mortos no Nepal, incluindo 18 alpinistas que morreram em um deslizamento no Everest.

Os cientistas estabeleceram que o vale altamente povoado de Katmandu, situado 80 km a sudeste do epicentro do terremoto, foi deslocado dois metros para o sul após o tremor. A própria cidade de Katmandu, capital do Nepal, “deslizou mais de 1,5 metro na direção sul e se elevou em aproximadamente um metro”, declarou à AFP Madhu Sudan Adhikari, chefe do departamento de estudos do ministério nepalês da Administração Territorial. “Estudamos o centro das zonas afetadas pelo tremor e foi detectado ummovimento geral (de deslocamento) em direção ao sul”, indicou.

A altura oficial do Everest é de 8.848 metros, determinada em 1954 por um estudo da Índia, mas essa dimensão pode variar alguns metros de acordo com diferentes critérios. A China reduz quatro metros excluindo a camada de gelo e neve do cume, enquanto os Estados Unidos estabeleceram sua altura em 8.850 metros em 1999, utilizando uma tecnologia de GPS, dimensão finalmente aceita pela Sociedade Americana de Geografia. [...]

(Folha de S. Paulo)

Nota: Conforme já disse aqui, se um único terremoto é capaz de deslocar uma montanha inteira e as atividades geológicas podem elevar uma cordilheira, do que seriam capazes muitos terremotos, enormes derrames de lava e grande atividade tectônica causadas por um bombardeio de meteoritos e por uma catastrófica inundação global, conforme sustenta o modelo diluvianista? A Terra foi literalmente devastada. Outro detalhe: se cordilheiras como a do Himalaia estão subindo, no passado foram mais baixas ou sequer existiam. Novamente, isso é previsto pelo modelo diluvianista segundo o qual a Terra possuía colinas suaves e não as formações montanhosas abruptas originadas, conforme se crê, pelo dilúvio e suas consequências. [MB]

Via Criacionismo

terça-feira, 19 de maio de 2015

Everest - A Terra é Testemunha



Documentário: Lírios do mar no topo do Everest e outras evidências do dilúvio, com participação de Walter Veith.

domingo, 19 de abril de 2015

Quanta água estava a bordo da Arca?

Quanta água estava a bordo da Arca?

Sabemos que houve muita água fora da Arca durante Dilúvio de Noé. Mas você já pensou em quanta água Noé e sua família teria precisado a bordo e como eles iriam obtê-lo?

É claro que eles precisam de água potável para si e todos os animais. A água também teria sido necessária para tomar banho e para lavar roupas e pratos. A família de Noé poderia tê-lo usado para limpar alguns dos estábulos de animais, e alguns dos anfíbios teria ocasionalmente necessária a sua água para ser transferido para fora.

Timber # 1
No Colorado, recentemente, o primeiro feixe foi cortado e commemoratively gravada para ser colocado dentro do tamanho natural Arca de Noé no norte Kentucky! (LR: Leroy Troyer e Todd Geer de Troyer Construção; Patrick Marsh, Mike Zováth, Leroy LaMontagne da AIG / Ark Encounter)


No Encontro Ark, atualmente em construção no norte do Kentucky (veja a foto associada acima), calculamos aproximadamente a quantidade de água que teria sido necessário para todas essas atividades. A Arca tinha espaço mais do que suficiente para confortavelmente para cisternas grandes o suficiente para um quarto da água necessária, o que equivale a cerca de um fornecimento de três meses. Na verdade, não há espaço suficiente para cisternas ainda maiores, mas para manter a água ficando estagnada é melhor para reabastecer continuamente uma quantidade menor.

Então, de onde veio toda essa água fresca? Noé poderia ter usado o telhado da Arca para recolher e canalizar chuva para grandes cisternas. De lá, a água pode ser canalizada para locais em toda a Arca.

Sem dúvida, houve chuva suficiente durante a fase inicial do Dilúvio para manter as cisternas completas, mas haveria chuvas suficientes durante o resto do tempo que eles estavam na Arca? Nossos cálculos mostram que apenas uma polegada de chuva por semana teria mantido as cisternas abastecidas. Isto é sobre o mesmo montante que a precipitação média em Kentucky. A evaporação da água  quente das enchentes provavelmente teria causado mais chuva, o suficiente para cair durante o resto do tempo de Noé na Arca, garantindo que eles tivessem muita água.

Artigo Traduzido pelo Site Bíblia e a Ciência do Original How Much Water Was On Board the Ark?

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

“Grand Canyon” é encontrado debaixo do gelo antártico


Grande erosão escondida sob o gelo
Na era dos satélites e da globalização, algumas pessoas podem achar que não há mais montanhas a serem descobertas. Uma equipe de pesquisadores do Reino Unido, no entanto, mostrou que isso não é verdade: eles descobriram um enorme vale de dimensões parecidas com as do famoso Grand Canyon dos Estados Unidos. Como uma formação rochosa como essa levou tanto tempo para ser descoberta? Simples: ela está perdida no gelo do Polo Sul. Debaixo da camada de gelo do oeste da Antártica, os pesquisadores encontraram uma antiga cordilheira congelada com um imenso vale de mais de três quilômetros de profundidade e 300 quilômetros de comprimento. O chão desse “Grande Canyon” subglacial está a cerca de dois mil quilômetros abaixo do nível do mar. Formada há alguns milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista], a região descoberta é possivelmente o “berço” do Manto de Gelo da Antártica Ocidental. Os detalhes da descoberta foram publicados na edição deste mês da revista científica Geological Society of America Bulletin.

O vale foi encontrado durante pesquisas para mapear as áreas submersas da Antártica. Os pesquisadores usaram radares com tecnologia para penetrar no gelo e dados de observações por satélites. Depois, em viagens a Antártica, usaram aeronaves e veículos para transporte na neve para conseguir mapear toda a extensão do vale. [...]

Mas o mais importante é que a descoberta mostra que ainda temos muito a aprender sobre a Terra. Ao menos foi essa a mensagem que o autor principal do estudo, o pesquisador Neil Ross, da Universidade de Newcastle, passou em mensagem divulgada pela universidade. “Para mim, a descoberta mostra o quão pouco nós conhecemos do nosso próprio planeta. A exploração de locais escondidos e anteriormente desconhecidos ainda é possível nos dias de hoje, e é extremamente empolgante”.

O estudo pode ser encontrado no site da Geological Society of America Bulletin (conteúdo pago).

ÉPOCA

terça-feira, 20 de março de 2012

Quanto tempo durou o dilúvio

(Gráfico elaborado pelo pastor Sávio Lúcio dos Santos; clique na imagem para vê-la ampliada)

domingo, 29 de janeiro de 2012

Amalgamação: Declarações de Ellen G. White em relação às condições por ocasião do Dilúvio


Por Francis D. Nichol 
(Adaptado de seu livro Ellen G. White and Her Critics, pp. 306-322) 
No verão de 1864, o “Prelo a Vapor da Associação de Publicações dos Adventistas do Sétimo Dia”, de Battle Creek, Michigan, publicou, de Ellen G. White, um volume de trezentas páginas intitulado “Fatos Importantes da Fé em Conexão com a História dos Homens Santos do Passado”. Esse foi o terceiro de uma série de quatro volumes cujo título geral é Spiritual Gifts.
Nesta obra é apresentada a narrativa da história do princípio do mundo, começando com “A Criação” e estendendo-se até a outorga da lei a Israel, sendo que estes assuntos, como a autora declara no Prefácio, lhe foram mostrados em visão. 
No capítulo 6, intitulado “A Criminalidade Antes do Dilúvio”, a Sra. White, ao descrever as condições deploráveis que levaram à catastrófica destruição do mundo, fala sobre a amalgamação de homens e animais. No capítulo seguinte, há uma outra referência semelhante. Indagações ocasionais são feitas quanto ao que a Sra. White escreveu em relação a isso e o que suas declarações queriam dizer, e por que elas não são encontradas em suas obras posteriores que estão em circulação hoje. Algumas pessoas relacionam as declarações sobre amalgamação com a lembrança de mitos antigos sobre criaturas estranhas produzidas por uniões profanas entre seres humanos e animais, e perguntam se as declarações de E. G. White não defendem essas fábulas. Insinuam também que elas tendem rumo à evolução. 
As únicas citações nos escritos da Sra. White que são de interesse em relação a isso, encontram-se no livro Spiritual Gifts, volume 3, já mencionado, e foram republicadas no Spirit of Prophecy, volume 1, em 1870. A primeira, no capítulo 6, “A Criminalidade Antes do Dilúvio”, é esta: 
“Mas se houve um pecado maior que qualquer outro que requereu a destruição da raça humana pelo dilúvio, este foi o vil crime da amalgamação de homens e animais, que desfigurou a imagem de Deus e causou confusão por toda parte. Deus Se propôs a destruir por um dilúvio essa poderosa raça longeva que corrompera seus caminhos diante dEle” Spiritual Gifts, vol.3, pág. 64. 
O capítulo 7 intitula-se “O Dilúvio”, e contém a seguinte declaração: 
“Todas as espécies de animais que Deus criara foram preservadas na arca. As espécies confusas que Deus não criou, que eram resultado de amalgamação, foram destruídas pelo dilúvio. Desde o dilúvio, tem havido amalgamação de homens e animais, conforme pode ser visto nas quase infindas variedades de espécies de animais, e em certas raças de homens”. Idem, pág. 75. 
Essas são as únicas declarações da Sra. White sobre o assunto da amalgamação de homens e animais. 
Exatamente o que a Sra. White queria dizer com estas passagens tem sido objeto de algumas especulações no decorrer dos anos, e surgiram duas explicações. Alguns afirmam que ela ensinou não apenas que homens e animais coabitaram, mas que houve descendentes dessa relação. Porém, aqueles que sustentam essa idéia afirmam que isso não apóia a teoria da evolução. A teoria da evolução depende da idéia de que estruturas vivas pequenas e simples podem gradualmente evoluir para formas mais elevadas de vida, gerando, finalmente, o homem. 
O fato de que formas de vida relacionadas de maneira mais próxima ou menos próxima podem se cruzar e produzir descendentes híbridos, não é questionado pelos criacionistas hoje. O fato de muito tempo atrás, quando a virilidade era maior e as condições possivelmente diferentes em alguns aspectos, formas mais diversas de vida poderem ter se cruzado – como o homem e algumas espécies mais elevadas de animais – pode ser apresentado apenas como uma suposição. Essa suposição, porém, evocou a oposição de todo o peso da crença científica atual. Sem dúvida, os cientistas erram, às vezes, ao pensar que todo o passado deva ser compreendido em termos dos processos que vemos em andamento hoje. 
Poderíamos deixar essa questão como estando além dos limites da investigação ou da comprovação. A própria Bíblia contém algumas declarações deste tipo, como todo estudante das Escrituras bem sabe. Mas há uma outra explicação para estas passagens sobre amalgamação, que é bem fundamentada e, cremos, mais satisfatória, e que evita qualquer conflito com os dados observáveis da ciência. 


O que Significa a Palavra “Amalgamação”? 
Primeiro, qual é o significado geral da palavra “amalgamação”? Ela é usada alguma vez para descrever o ato depravado de coabitação de homem  com  animal? Nenhum dicionário a que tivemos acesso, nem mesmo o exaustivo  Oxford English Dictionary,indica que o termo já foi usado alguma vez para descrever esse ato. Há uma outra palavra no inglês padrão que pode corretamente ser usada para descrever tal coabitação. 
O uso primário da palavra “amalgamação”, no decorrer dos anos, tem sido o descrever a fusão de certos metais e, por extensão, denotar a fusão de raças humanas. Em meados do século XIX, a palavra era comumente empregada nos Estados Unidos para descrever o casamento entre a raça branca e a negra. 
1
Estabelecido há muito tempo, o significado da palavra-chave “amalgamação” como a mistura entre raças deveria ter um grande peso ao se determinar a interpretação das citações questionadas. 
Segundo, o teor geral dos escritos da Sra. White proporciona um forte testemunho contra a afirmação de que ela está aqui procurando solenemente apresentar como fato algumas histórias antigas sobre descendentes anormais da relação homem-animal. Seus escritos não estão maculados por fábulas imaginárias do passado. Pelo contrário, eles são de natureza bem realista. Se a autora tivesse sido uma sonhadora e visionária, ela teria, freqüentemente, divertido seus leitores com mitos e histórias misteriosas da antiguidade.


Qual o Significado da Frase? 
3O ponto crucial das citações sobre “amalgamação” é este: “amalgamação de homens e animais”. A frase pode ser interpretada como significando amalgamação de homens com animais, ou amalgamação de homens e  de animais. Numa construção como esta, a preposição “de” não precisa necessariamente ser repetida, embora possa estar claramente subentendida. Poderíamos falar sobre a dispersão de homens e animais sobre a Terra, porém, não queremos com isto dizer que no passado homens e animais estavam fundidos em uma só massa num único ponto geográfico. Simplesmente estamos falando da dispersão dos homens sobre a Terra, e da dispersão dos animais sobre a Terra, embora a localização original dos dois grupos pudesse ter sido em lados opostos do planeta. Em outras palavras, a dispersão de homens e de animais. 
Então, por que não podemos entender essa construção gramatical específica da mesma forma quando falamos sobre amalgamação? Se podemos falar da dispersão de homens e animais sem subentender de forma alguma que a dispersão começou a partir de um único local, por que não podemos falar da amalgamação de homens e animais sem subentender de forma alguma que homens e animais se fundiram em certo lugar? 
Cremos que o significado da frase-chave em questão é encontrado ao entendermos que ela diz: “amalgamação de homens e [de] animais”. Assim, a citação estaria falando da amalgamação de diferentes raças humanas, e da amalgamação de diferentes raças de animais. A construção gramatical e o uso comum nos permitem entender a preposição “de” como estando subentendida. 


Os Resultados da Amalgamação 
Será que simplesmente a amalgamação de diferentes raças de homens e a amalgamação 
de diferentes espécies de animais são suficientes para corresponder à descrição do caráter pecaminoso da amalgamação e às conseqüências resultantes dela, ou seja, a destruição por um dilúvio? Vamos analisar primeiro a amalgamação de raças de homens. 
Note novamente o primeiro texto citado  (Spiritual Gifts, vol. 3, p. 64) e observe essas características da amalgamação: 
1. Foi “o pecado que, acima de qualquer outro, requereu a destruição da raça 
humana pelo dilúvio”. 
2. “Desfigurou a imagem de Deus e causou confusão por toda parte”. 
3. “Poderosa raça longeva que corrompera seus caminhos diante dEle”. 
Dois grupos distintos de seres humanos são apresentados no início do capítulo intitulado 
“A Criminalidade Antes do Dilúvio”, em Spiritual Gifts, volume 3: (1) “Os descendentes de Sete” e (2) “Os descendentes de Caim”. Os dois grupos eram distintos em duas maneiras marcantes: (1) o primeiro grupo sentiu a maldição “apenas levemente”. (2) o segundo grupo, “que se afastou de Deus e ignorou Sua autoridade, sentiu os efeitos da maldição mais severamente, especialmente na estatura e nobreza de forma”. “Os descendentes de 
Sete foram chamados filhos de Deus; os descendentes de Caim, filhos dos homens”. Aqui duas raças são apresentadas, e elas diferem tanto em características morais como físicas. 


Em seguida, lemos estas palavras: “Como os filhos de Deus se misturassem com os filhos 
dos homens, tornaram-se corruptos e, pela união em casamento com eles, perderam, mediante a influência de suas esposas, seu caráter santo e peculiar, e se uniram com os filhos de Caim em sua idolatria”, páginas 60-61. Depois vem uma descrição de seus maus costumes de idolatria, particularmente o de prostituírem, para fins pecaminosos, o ouro, a prata e outras posses materiais que possuíam. A Sra. White então observa: “Eles se corromperam com as coisas que Deus colocara sobre a Terra para benefício do homem” (página 63). Da discussão sobre idolatria ela vai para a poligamia, e faz esta declaração: 
“Quanto mais os homens multiplicavam esposas para si, mais cresciam em impiedade e infelicidade” (página 63). 
Mesmo neste curto capítulo, encontramos o suficiente para apoiar a posição de que o juízo de um dilúvio sobre os homens ocorreu por causa da amalgamação de raças de homens. Duas raças são apresentadas. A amalgamação das duas resulta em corrupção e idolatria, e a poligamia apenas aumenta a corrupção e a impiedade. A citação questionada diz que Deus mandou o dilúvio porque os homens “haviam corrompido seus caminhos diante dEle”. 


A Imagem Divina Desfigurada 
Vamos ver agora citações paralelas nos escritos da Sra. White. Em Patriarcas e Profetas,onde escreve muito mais extensamente sobre o assunto, ela fala assim dos descendentes de Sete e Caim: 
Por algum tempo as duas classes permaneceram separadas. A descendência de Caim, espalhando-se do lugar em que a princípio se estabeleceu, dispersou-se pelas planícies e vales onde os filhos de Sete haviam habitado; e os últimos, para escaparem de sua influência contaminadora, retiraram-se para as montanhas, e ali fizeram sua morada. Enquanto durou esta separação, mantiveram em sua pureza o culto a Deus. Mas com o correr do tempo arriscaram-se pouco a pouco a misturar-se com os habitantes dos vales. Esta associação produziu os piores resultados. “Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas. ” 
Gên. 6:2. Os filhos de Sete, atraídos pela beleza das filhas dos descendentes de Caim, desagradaram ao Senhor casando-se com elas. Muitos dos adoradores de Deus foram seduzidos ao pecado pelos engodos que constantemente estavam agora diante deles, e perderam seu caráter peculiar e santo. Misturando-se com os depravados, tornaram-se semelhantes a eles, no espírito e nas ações; as restrições do sétimo mandamento eram desatendidas, “e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram”. Os filhos de Sete “entraram pelo caminho de Caim” (Jud. 11); fixaram a mente na prosperidade e alegrias mundanas, e negligenciaram os mandamentos do Senhor. Páginas 81-82. Aqui a Sra. White pinta um quadro da maldade crescente, culminando no dilúvio, e originando-se grandemente da amalgamação da “raça de Caim” com os “filhos de Sete”. Estamos usando a palavra “amalgamação” no significado próprio do dicionário, e de acordo com o uso comum na época em que a Sra. White escreveu – casamento entre diferentes raças. Mais adiante, em Patriarcas e Profetas, a Sra. White declara: 

A poligamia foi praticada em época primitiva. Foi um dos pecados que acarretaram a ira de Deus sobre o mundo antediluviano. Todavia, depois do dilúvio, tornou-se novamente muito espalhada. Era o esforço calculado de Satanás perverter a instituição do casamento, a fim de enfraquecer as obrigações próprias à mesma, e diminuir a sua santidade; pois de nenhuma outra maneira poderia ele com maior certeza desfigurar a imagem de Deus no homem, e abrir as portas à miséria e ao vício. Página 338. 
Num comentário sobre a história de Israel ela afirma: 
O intercâmbio matrimonial com os pagãos tornou-se uma prática comum. … O inimigo regozijou-se no seu êxito em obliterar a imagem divina da mente das pessoas que Deus escolhera como Seus representantes.  Fundamentos da Educação Cristã, p. 499. 
Veja ainda esta citação da Sra. White: 
Casamentos profanos dos filhos de Deus com as filhas dos homens resultaram em apostasia, que culminou na destruição do mundo pelo dilúvio. Testimonies for the Church, vol. 5, p. 93. 


Resumo das Citações Paralelas 
Vamos resumir: O resultado da quebra da instituição do casamento, e particularmente do casamento entre os filhos de Deus e os pagãos, foi desfigurar “a imagem de Deus no homem”. Além disso, “casamentos profanos dos filhos de Deus com as filhas dos homens” levaram a humanidade irresistivelmente a uma iniqüidade crescente “que culminou na destruição do mundo pelo dilúvio”. Substituindo a palavra “amalgamação” por “casamento” nas citações acima, note o surpreendente paralelo com as seguintes declarações na passagem em questão: “o vil crime da amalgamação ... desfigurou a imagem de Deus e ... Deus Se propôs a destruir por um dilúvio essa poderosa raça longeva que corrompera seus caminhos diante dEle”  
Em nenhum desses paralelos, ou em qualquer outra citação que possa ser mencionada, a Sra. White fala da coabitação de homem com animal como sendo uma característica do quadro vulgar e triste da impiedade antediluviana que causou o dilúvio. Pelo contrário, parece que ela fala do casamento entre a raça de Caim e a raça de Sete, com seu inevitável cortejo de idolatria, poligamia e males afins, como sendo a causa do Dilúvio. E tudo isso se harmoniza com a declaração citada, que se encontra no primeiro parágrafo do capítulo que contém a passagem em questão. 
“À medida em que os filhos de Deus se misturaram com os filhos dos homens, tornaram-se corruptos e, pela união em casamento com eles, perderam, mediante a influência de suas esposas, seu caráter peculiar e santo, e se uniram com os filhos de Caim em sua idolatria” _ Spiritual Gifts, vol. 3, pp. 60, 61. 
Como já afirmamos, essa introdução ao capítulo “A Criminalidade Antes do Dilúvio” é seguida por uma narração da idolatria desenfreada, da negação de Deus, do roubo, da poligamia, do assassinato de homens, e da destruição da vida animal. Logo em seguida vem, então, a passagem em questão, como se resumindo tudo: “Mas se houve um pecado maior que qualquer outro que requereu a destruição da raça humana pelo dilúvio, este foi o vil crime da amalgamação de homem e animal, que desfigurou a imagem de Deus e causou confusão em toda parte.” 2

Um aparente obstáculo para se aceitar essa interpretação da citação como sendo casamento entre raças de homens, e cruzamento de espécies diferentes de animais, é a construção da frase: “amalgamação de homem e animal, que desfigurou a imagem de Deus”. Como o cruzamento de espécies de animais poderia fazer isso?
Mas vamos analisar melhor o que ela diz. Dois resultados procedem da “amalgamação de [1] homem e [2] animal”: (1) “desfigurou a imagem de Deus”, e (2) “causou confusão em toda parte”. Vimos como o casamento, a amalgamação, das raças de homens produziu o primeiro dos dois resultados. Por que não poderíamos considerar, apropriadamente, que a amalgamação das raças, ou espécies, de animais produziu o segundo, isso é, “causou confusão em toda parte”? Quando duas coisas relacionadas são descritas em uma sentença, não quer dizer que devemos entender que todos os resultados alistados se referem a cada uma das duas coisas. 


Segunda Citação Examinada 
Isso nos leva a uma consideração da segunda das duas citações relacionadas à 
amalgamação: 
“Todas as espécies de animais que Deus criara foram preservadas na arca. As espécies confusas que Deus não criou, que eram resultados de amalgamação, foram destruídas pelo dilúvio. Desde o dilúvio, tem havido amalgamação de homem e animal, conforme pode ser visto nas quase infindas variedades de espécies de animais, e em certas raças de homens”. Spiritual Gifts, vol. 3, p. 75. 
Essa citação está separada da primeira por apenas algumas páginas, páginas estas que contêm o relato do dilúvio. Aqui ela fala de “todas as espécies de animais que Deus criara”, em contraste com “as espécies confusas que Deus não criou”. “Espécies confusas” de quê? A construção permite apenas uma resposta: Espécies de animais. 
Amalgamação de homem com animal produziria, não uma espécie de animal, mas uma espécie híbrida de homem-animal, qualquer que fosse ela. A Sra. White está aqui falando, com toda certeza, de “espécies confusas” de animais. E ela diz simplesmente que tais “espécies confusas” “eram resultados de amalgamação”. 
Vamos resumir, agora, colocando em colunas paralelas, a essência das duas declarações 
da Sra. White: 


Amalgamação de Homens 
O casamento, a amalgamação, de raças de homens, desfigurou a imagem de Deus. 


Amalgamação de Animais 
A amalgamação de “espécies de animais” resultou em “espécies confusas”.
Cremos que essas citações paralelas certificam completamente a conclusão, já obtida, de que quando a Sra. White disse “amalgamação de homem e animal”, ela quis dizer (1) amalgamação de raças de homens, e (2) amalgamação de espécies de animais. A primeira “desfigurou a imagem de Deus”, e a segunda “causou confusão em toda parte”.


Três Importantes Conclusões 
A Sra. White diz que “desde o dilúvio, tem havido amalgamação de homem e animal”, e acrescenta que os resultados podem ser vistos (1) “nas quase infindas variedades de espécies de animais”, e (2) “em certas raças de homens”. Há várias conclusões importantes resultantes dessa citação: 
1. A Sra. White fala de dois grupos claramente distintos que comprovam essa amalgamação. Há (1) “espécies de animais” e (2) “raças de homens”. Não há nenhuma sugestão que havia espécies parte homem e parte animal. Mas como poderia haver amalgamação de homem com animal e o resultado ser qualquer outra coisa que espécie híbrida homem-animal? Ela nem sequer insinua a existência de monstros subumanos ou caricaturas de homem. Pelo contrário, 
como acabamos de ver, ela fala inequivocamente de “espécies de animais” e “raças de homens”. Ela não cita nem nomeia nenhuma raça particular que apóie a evidência dessa amalgamação. 
2. 2. A Sra. White fala das “quase infindas variedades de espécies de animais” resultantes de amalgamação. Tem-se sugerido que a Sra. White, na questão de amalgamação, refletiu o pensamento daqueles que acreditavam no mito do cruzamento homem-animal. Se entendermos corretamente esse mito, que tem sido transmitido através dos séculos pelos ventos da credulidade, algumas grandes criaturas míticas da antigüidade foram consideradas como resultantes de uma união de homem com animais. E sempre se acreditou que essas criaturas revelavam características tanto humanas como de animais. Mas não há nada 
nesta ficção antiga que apóie a idéia de que “quase infindas variedades de espécies de animais” foram o resultado de um cruzamento anormal de homem com animais. A Sra. White aqui, com certeza,  não está expressando antigo conceito mítico. Nem sequer os pagãos crédulos, totalmente isentos de conhecimentos de biologia, teriam pensado em nutrir tal idéia. Quão mais racional é interpretar a citação como querendo dizer que essas “quase infindas variedades de espécies de animais” resultaram de amalgamação de formas de vida  animal, 
previamente existentes! 
3. A Sra. White pede que o leitor olhe ao seu redor em busca de provas para o que ela está dizendo. Em outras palavras, o que quer que essa amalgamação tenha sido, seu resultado é evidente hoje. “Conforme pode ser visto”, ela diz, “nas quase infindas variedades de espécies de animais, e em certas raças de homens”. Mas pode alguma coisa ser “vista” em nossos dias que apóie o antigo mito de homensanimais? Certamente não há nada nas raças selvagens de algumas terras remotas de pagãos que sequer sugira um cruzamento entre homem e animais. 
se a raça mais degradada de homens não sugere tal cruzamento, muito menos qualquer espécie de animais sugere isso. Mas o resultado da amalgamação que Sra. White fala “pode ser visto” pelo leitor. 


Darwinismo e Criacionismo 
Na época em que a Sra. White escreveu sua declaração sobre amalgamação, em 1864, a influência de Darwin estava apenas começando a ser sentida no mundo. Até que ele publicasse seu livro  Origem das Espécies (24 de novembro de 1859), a maioria dos cientistas, e geralmente os religiosos, defendiam firmemente a teoria de que as espécies são “fixas”, isto é, elas não podem ser cruzadas. Darwin teorizou que toda a criação está em fluxo, sem limites insuperáveis em qualquer forma de vida. Argumentou que a lei natural, expressando-se pela seleção natural e pela sobrevivência do mais apto, faz com que formas simples se tornem gradualmente complexas e cresçam constantemente na escala da vida, até que finalmente apareça o homem. Sua teoria e a doutrina da fixidez das espécies não podiam viver juntas. Uma devorou a outra. Para Darwin e aqueles que concordavam com ele, parecia que o principal obstáculo para a aceitação de sua teoria era a doutrina da fixidez das espécies. E para os cristãos ortodoxos a crença na fixidez das espécies parecia absolutamente essencial à crença em Gênesis. 
Assim, quando a batalha começou entre os Darwinistas e os crentes no Gênesis, a luta foi principalmente sobre esta questão da fixidez das espécies. Os criacionistas geralmente consideravam o termo “espécie” como equivalente ao termo que foi traduzido como “espécie” no Gênesis, para cada uma das quais foi dada a ordem divina: “Produza … conforme a sua espécie” Gên. 1:24. Tal comparação entre o termo “espécie” e a palavra usada no Gênesis, sabemos agora não ser comprovada. 
Todos sabem o resultado de tal luta desigual. Os evolucionistas não tiveram problema nenhum para provar que há  “infindas variedades de espécies de animais”, se pudermos emprestar as palavras da Sra. White em sua declaração sobre amalgamação. E sempre que os criacionistas procuraram defender sua posição sobre a fixidez das espécies, como esse termo é geralmente entendido, foram derrotados. 
Os criacionistas atuais que têm algum conhecimento de genética, que trata das leis que governam a “hereditariedade e as variações entre organismos relacionados”, se saem muito melhor do que seus pais. A genética mostra como intermináveis variedades podem se desenvolver dentro de certos limites - o limite das variações potenciais dentro das características fisiológicas originais de um grupo - mas não além. Em outras palavras, o simples fato das variações nas espécies não fornece, em si, qualquer prova da evolução. Isso é certo. Assim, podemos crer em “infindas variedades de espécies” depois do Ararate, sem acreditar na evolução. A Sra. White escreveu em 1864 que essas “quase infindas variedades” “podem ser vistas”, embora os criacionistas naquela época, e durante meio século mais, não vissem as coisas assim; vissem apenas a fixidez das espécies. 
Mas a Sra. White não tinha tendências para aceitar a teoria de Darwin. Desde o início, ela falou vigorosamente contra a evolução! 


Foi um Pecado? 
A Sra. White descreve a “amalgamação de homens e animais” como um “pecado” e um “vil crime”. Mas por que a amalgamação de várias espécies de animais deveria ser assim descrita? 
Observe primeiro que a Sra. White, no capítulo “a Criminalidade Antes do Dilúvio”, usa a palavra “crime” como sinônima de “pecado”. A palavra-chave perante nós, portanto, é “pecado”. E o que é pecado? É a transgressão da lei de Deus. Isso freqüentemente é restrito ao pensamento teológico quanto à violação dos Dez Mandamentos, a lei moral. Ao se examinar os escritos da Sra. White, fica evidente que ela usa com freqüência a palavra “pecado” num sentido muito maior, incluindo qualquer violação das chamadas leis naturais. A razão pela qual ela faz isto é que ela declara que as chamadas leis da natureza são tão verdadeiramente uma expressão da mente e vontade de Deus como são os Dez Mandamentos. Por exemplo: “Violar as leis de nosso ser é tão pecado como quebrar um dos Dez Mandamentos, pois não podemos num caso como no outro deixar de quebrantar a lei de Deus”, Testemunhos para a Igreja, vol. 2, p. 70. 
Vamos agora ao relato da Bíblia sobre a condição de todo o mundo criado, homens e animais, antes do Dilúvio: “Disse o Senhor: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis, e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito”. Gên. 6:7. Por que o Senhor deveria arrepender-se de “haver feito” os animais, as aves, os répteis, e também o homem? Em alguns versos mais adiante está a resposta: “Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra”. Gên. 6:12. “Pereceu toda carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de animais domésticos e animais selváticos, e de todos os enxames de criaturas que povoam a terra, e todo homem”. Gên. 7:21. 


O Plano de Deus para o Éden 
Quando Deus criou o mundo, colocou sobre ele uma grande variedade de animais e plantas, distribuídos sobre colinas e vales, em planícies ensolaradas e em vales sombreados. O quadro era de beleza e harmonia na diversidade. Podemos, naturalmente, apenas conjeturar sobre os detalhes do mundo edênico. O relato declara que Deus ordenou que cada forma de vida se reproduzisse “conforme a sua espécie”. Gên. 1:24. 
Os registros fósseis dão um testemunho silencioso de que entre as principais formas de vida parece não haver nenhuma forma intermediária. Ao contrário, há grandes lacunas. 
Podemos apenas arriscar uma suposição de que o Senhor projetou que Sua Terra perfeita também preservasse as distinções entre as formas de vida mais intimamente relacionadas. Mas se Ele colocou sobre a terra todas essas formas mais ou menos intimamente relacionadas, parece uma suposição razoável que Ele tenha feito isto como uma expressão de Sua concepção divina de como deveria ser um mundo perfeito. 
Pensamos que isso é mais que uma suposição razoável à luz do conselho específico dado mais tarde a Israel, quando Deus buscava estabelecer nesse mundo pecaminoso um governo de acordo com os planos de céu. Através de Moisés Deus disse a Israel: 
“Guardarás os meus estatutos: não permitirás que os teus animais se ajuntem com os de espécie diversa; no teu campo não semearás semente de duas espécies; nem usarás 
roupa de dois estofos misturados.” Lev. 19:19 (ver também Deut. 22:9-11). 


Satanás e o Reino Animal 
A Bíblia apresenta a descrição de um conflito entre Deus e Satanás que começa com os primórdios de nosso mundo e envolve tudo que está relacionado com nosso planeta. A Bíblia comprova plenamente que Satanás, como um agente moral livre, tem permissão de Deus para vagar pela terra e usar sua habilidade diabólica para criar desordem e destruição. 
O primeiro exemplo da tentativa de Satanás de trazer desordem em nosso mundo foi sua fala através de um animal, uma serpente. E embora Satanás fosse o instigador das palavras ardilosas da serpente, o Senhor incluiu a serpente nos juízos infligidos na queda.

Sendo o relato da Escritura tão curto, devemos ser tardios em dogmatizar. Mas podemos encontrar no ato de Satanás, em seus maus propósitos, e nesse exemplo especificamente mencionado de seu controle sobre um membro do reino animal, uma forte sugestão de que o reino animal sofreu com suas astúcias diabólicas. Não podemos acreditar que no Éden havia animais sedentos de sangue, cruéis, raivosos e ferozes. 
Todos os que crêem na Bíblia admitem que essas mudanças ruins nos animais foram resultados do pecado. Mas como poderia um animal, que não tem uma natureza moral e, portanto, não tem nenhum conhecimento do pecado, ter sua natureza mudada pela entrada do pecado na vida de Adão e Eva? A mente cristã não permitirá a idéia de que Deus mudou os animais assim. No ato de Satanás, cujo domínio da serpente está registrado para nosso aprendizado, encontra-se, de fato, a única verdadeira explicação para a triste mudança que ocorreu no reino animal. Parte dessa mudança, cremos, foi a confusão das espécies, uma mancha no quadro maravilhoso da harmonia divina na diversidade. 


Uma Crença Coerente com as Escrituras 
Admitimos que essa crença quanto à causa da confusão das espécies não pode ser apoiada por um texto claro das Escrituras. Afirmamos apenas que essa crença é coerente com os textos bíblicos que discutem o que ocorreu no princípio do mundo. E nada mais que isso precisa ser afirmado para proteger esta crença de ser levianamente descartada por qualquer crente na Bíblia, como sendo uma explicação irracional. 
É evidente que nesse ponto de vista sobre a confusão das espécies no reino animal encontramos uma resposta satisfatória para a pergunta: Como o cruzamento de formas diferentes de vida animal poderia ser descrito como pecado? O pecado estava envolvido na atividade da serpente? Todos nós respondemos que sim. Mas imediatamente pensamos em Satanás. O mesmo ocorre em relação ao cruzamento de animais. Qualquer e cada ato para arruinar o plano original de Deus só pode ser descrito como pecado. 


A Sra. White Vê Satanás Como o Poder Maligno 
Não é preciso ler muito dentro dos escritos da Sra. White para ficar ciente de que ela vê o 
drama completo de nosso mundo, desde o princípio, como uma grande luta entre Deus e o diabo. 
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A Sra. White descreve Satanás como estando à espreita para atacar a terra, trazendo desordem e devastação, assim como a Bíblia o retrata. É verdade que ela não se referiu especificamente a Satanás nas declarações sobre amalgamação no livro Spritual Gifts. No entanto, outra referência à amalgamação revela seu ponto de vista quanto à causa de algumas das mudanças que ocorreram em nosso mundo depois que Adão e Eva caíram. A declaração diz: 
Nenhuma planta nociva foi colocada no grande jardim do Senhor, mas depois que Adão e Eva pecaram, nasceram ervas venenosas. Na parábola do semeador, foi feita ao dono da casa a pergunta: “Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio?” O dono da casa respondeu: “Um inimigo fez isso”. Mat. 13:27 e 28. Todo joio é semeado pelo maligno. Toda erva nociva é de sua semeadura, e por seus métodos engenhosos de amalgamação ele corrompeu a Terra com joio.  Mensagens Escolhidas, vol. 2, pp. 288-289.

Essa declaração, vista no contexto do teor geral dos escritos da Sra. White, que atribui a Satanás a responsabilidade ativa para toda o mal no mundo, nos permite plenamente concluir que ela atribuiu a Satanás as “espécies confusas” de animais. Portanto ela certamente descreveria essas “espécies” como uma manifestação do pecado, assim como poderia apropriadamente falar do aparecimento de plantas nocivas e ervas venenosas como uma demonstração das atividades do “maligno”. Assim, sua declaração sobre amalgamação, referindo-se a “pecado”, é coerente com tudo o que a Escritura revela sobre os primórdios da terra, em termos da interpretação que demos à frase-chave, “amalgamação de homens e animais”. 


Declaração Não Encontrada em Patriarcas e Profetas 
Passamos a considerar agora o fato de que as declarações sobre amalgamação não foram incorporadas pela Sra. White ao livro Patriarcas e Profetas, em circulação hoje, e à natural indagação de por que estas duas declarações não aparecem ali. Alguns presumem que essas duas declarações foram propositalmente suprimidas. 
O fato de uma citação não ser mantida em publicações posteriores, ou de um determinado livro não ser republicado, não é em si uma razão válida para se presumir que ocorreu uma supressão. A falta de base para tal sugestão torna-se transparentemente clara quando fornecemos estes fatos relacionados ao caso: 
De 1858 a 1864 apareceram, da pena da Sra. White, quatro volumes pequenos levando o título geral de  Spiritual Gifts. Com exceção do volume 2, que é em grande parte autobiográfico, e da última metade do volume 4, os volumes apresentam uma descrição da história sagrada, da criação ao Éden restaurado. 
De 1870 a 1884, ela escreveu quatro volumes maiores, sob o título  The Spirit of Prophecy. Esses volumes abrangem mais plenamente o tema da história religiosa do homem do Éden ao Éden. Em grande parte, o conteúdo de  Spiritual Gifts, exceto o volume autobiográfico, é reproduzido em  The Spirit of Prophecy. Freqüentemente os textos do primeiro são exatamente reproduzidos, capítulo após capítulo, no segundo. Em alguns casos há material deixado fora e muitas vezes há acréscimos. Um estudo detalhado da questão revela que aqui se aplicam os princípios de que um autor, ao trazer à luz um novo e mais completo exame de um tema, pode apropriadamente adicionar, ou subtrair, ou revisar. As duas citações sobre amalgamação aparecem literalmente em The Spirit of Prophecy, no volume 1, publicado em 1870. 
Quão fácil teria sido para a Sra. White o retirar as citações sobre amalgamação na edição de 1870. Elas já tinham levantado questionamentos, como é mostrado pela referência a elas na obra de Uriah Smith, Objections to the Visions Answered (Respostas a Objeções quanto às Visões), publicado em 1868. Aquele era o momento para “eliminá-las” se ela quisesse. Mas dois anos mais tarde ela reproduziu os capítulos contendo as citações, de modo que tanto as citações como o contexto permanecem os mesmos. 
Até esse momento, a Sra. White tinha escrito exclusivamente para a igreja. O próximo passo era o planejamento de livros que pudessem ser vendidos a pessoas fora da Igreja Adventista do Sétimo Dia, mesmo àquelas que não tivessem qualquer formação ou conexão religiosa. Naturalmente, incluso em tal plano estaria o desejo de dar uma ênfase apropriada a certas verdades que distinguem a pregação do movimento adventista.


Agora, assim como um ministro, saindo de sua congregação para se dirigir a uma multidão mista, mudaria completamente seu modo de tratar um assunto, acrescentando, eliminando ou revisando, da mesma forma faria um escritor. 
Em 1890, o grandel assunto do princípio da história humana, que é o tema do Spiritual Gifts, volume 3, e  Spirit of Prophecy, volume 1, foi abordado em novo estilo no livro Patriarcas e Profetas, preparado para venda ao público em geral. Este é um dos volumes da coleção de obras atuais que cobre a história religiosa do homem do Éden ao Éden, e que é geralmente conhecida como Série “Conflito dos Séculos”. Em cada volume da série o assunto é exposto de maneira ampliada e às vezes nova, e não há pretensão de se republicar uma obra antiga. Seria tão coerente afirmar que os quatro volumes completos de The Spirit of Prophecy foram omitidos, como afirmar que umas certas cinco sentenças - o total envolvido nas citações sobre amalgamação – foram omitidas. 
Em relação a esse assunto, lembramos ao leitor que os quatro volumes de Spiritual Gifts, que são a fonte original das citações sobre amalgamação, estão atualmente disponíveis 
numa edição em fac-símile. 


Notas: 
1.  The Century Dictionary, edição de 1889, diz sobre a palavra “Amalgamação”: “2. A mistura ou combinação de coisas diferentes, especialmente de raças”. A idéia da mistura de raças, como um dos significados da palavra, parece ter saído de alguns dicionários, provavelmente tendo em vista o fato de que o termo “hibridação” é agora geralmente usado para denotar fusão, ou cruzamento, de coisas vivas. Entretanto, a publicação de Funk e Wagnalls, em 1949, do  New Standard Dictionary, diz sobre “Amalgamar”: “3. Formar um composto misturando ou combinando; unir; combinar; como amalgamar diversas raças. Usado especificamente, no sul dos Estados Unidos, para casamento entre pessoas brancas e negras”.  
O  Dictionary of American English (Oxford University Press, 1938-1944, 4 vols.) diz: “Amalgamar, v. (1797-, em sentido geral.) De pessoas: a. Combinar ou unir, esp. por casamento entre pessoas de raça ou nacionalidade diferentes. /b. (Ver nota 1859)... 1859 BARTLETT 8  Amalgamar ... é universalmente aplicado, nos Estados Unidos, para a mistura das raças branca e negra. Amalgamação. (1775- em sentido geral.) /A fusão das raças branca e negra através de casamento”. 
2. Alguém pode argumentar que a construção dessa sentença indica que a escritora está listando um novo pecado à série, algo além dos casamentos profanos, idolatria, assassinato, etc. Não acreditamos que tal conclusão seja necessária. Não é algo incomum para um escritor o alistar uma série de itens e, depois, em conclusão, concentrar-se em um deles, com uma frase introdutória como, “Se há um item acima de outro...”. Também não acreditamos que alguma ênfase especial deva ser colocada no fato de que, nessa recapitulação, o escritor amplia o assunto em questão, como se o próprio fato de enfocá-lo parecesse atrair a mente do escritor para um pensamento relacionado. Isso, cremos, é uma forma totalmente racional de ver a construção das frases diante de nós. A Sra. White, no último parágrafo do capítulo, volta a focalizar na causa principal do Dilúvio, que fora delineada anteriormente no capítulo. Ao fazê-lo, ela expande um pouco, de forma a incluir a “confusão” no reino animal que resultou da 
entrada do pecado no mundo.

3. Em meados do século dezenove, quando alguns recessos escuros da terra mal tinham sido tocado por exploradores, histórias estranhas eram freqüentemente contadas sobre os selvagens que habitavam nesses lugares. Provavelmente, alguns dos primeiros que leram as declarações da Sra. White sobre amalgamação, inconscientemente permitiram que essas histórias estranhas determinassem sua interpretação das citações. Não é necessário dizer, agora que todas as raças selvagens são amplamente conhecidas, que o depoimento de quem entrou em contato com elas é que, embora possam ser depravadas, são totalmente humanas em todos os aspectos, e só precisam de oportunidade para adquirir os hábitos e vícios do 
homem branco! A Sra. White não comenta sobre a frase “certas raças de homens”. 
Ela não dá nenhum detalhe sobre como as raças se misturaram após o dilúvio, nem diz que tal mistura pós-diluviana foi um “vil crime”. Precisamos apenas notar que ela faz a simples declaração de que a “amalgamação” produziu “raças de homens”, não raças parte homem, parte animal. 
4. Uma obra de quatro volumes da Sra. White, publicada entre 1870 e 1884, intitulada Spirit of Prophecy, leva o título secundário: O Grande Conflito Entre Cristo e Satanás, e não deve ser confundida com a obra posterior  O Grande Conflito, que é uma expansão do quarto volume. No primeiro volume, as duas citações sobre amalgamação são reimpressas em seu contexto original.
 Ellen White

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