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segunda-feira, 5 de março de 2012

Literal ou simbólico?


Gosto de analisar a maneira pela qual as pessoas interpretam a Bíblia por meio das atitudes de Caim e Abel. O primeiro representa uma visão simbólica do texto bíblico. Em outras palavras: está escrito, mas não quer dizer que foi ou tenha que ser exatamente assim. Já o segundo representa uma visão literal, ou seja, daqueles que simplesmente decidem crer na revelação da forma como está apresentada, mesmo que isso entre em conflito com a visão popular. 
Na história de ambos fica claro o conflito entre a visão literal e a simbólica. Mas esse não é o único debate do gênero em Gênesis. O livro das origens levanta essa discussão nos seus primeiros capítulos. Aliás, um debate que até pouco tempo atrás existia apenas no âmbito da ciência secular, mas agora também agita algumas mentes em nossa igreja. A questão em evidência é: tanto o relato da criação do mundo em seis dias quanto o da origem do pecado são literais ou alegóricos?
Pela ótica de Abel, essa é uma descrição literal. Afinal, está na Bíblia que é a revelação escrita de Deus. Envolve Sua ação sobrenatural, que está fora do alcance de nossa razão. Precisa ser lida e aceita pela fé.
Já, pela visão de Caim, é difícil imaginar uma pessoa culta, inteligente e com visão científica, acreditar que um mundo tão complexo tenha surgido de forma tão simples. Ou mesmo que possa crer em um Deus que expressa Suas grandes ações de forma tão “infantil”. Crer que tudo é fruto de uma evolução natural parece mais lógico, inteligente, científico e politicamente correto do que crer na simples ação sobrenatural de Deus. Afinal, como não crer nisso, uma vez que o tema é apresentado por homens inteligentes e eruditos, enquanto a mensagem da Bíblia parece alcançar pessoas simples e movidas por algo tão inocente chamado fé? Parece mais lógico tentar substituir a ação direta de Deus pela ação humana, apresentando nossa criação como um fenômeno natural, nosso desenvolvimento como um processo evolutivo e nossa sobrevivência como a vitória do mais apto. Esse foi o sacrifício de Caim. Substituiu a palavra de Deus pela visão humana, o literal pelo simbólico.
Como você compreende os primeiros capítulos de Gênesis? Pela ótica de Abel ou de Caim? Parece que, quanto mais “evoluídos” estão os seres humanos, mais cadeados precisam colocar em suas portas. Que evolução é essa? Estamos num processo de evolução ou degeneração? Veja o contraste entre o que ensinam os homens e o que vem da Palavra de Deus. A teoria da evolução indica que surgimos de forma natural, dentro de processos muito primitivos. A partir daí, a vida humana começou a se desenvolver de formas primarias até formas superiores, como as que temos hoje. Já a Revelação indica que fomos criados em nosso máximo potencial, de forma perfeita e pela mão de Deus, nosso Criador. Mas, com a entrada do pecado, começamos um processo de degeneração, alcançando nossos níveis mais baixos, até o fim da história, quando Cristo voltará para nos levar de volta ao estado original. São visões totalmente contrastantes. Na primeira, a ação humana e natural está no comando. O homem é quem dirige os processos. Em outras palavras, nossa vida está completamente em nossas mãos. E para onde estamos indo com o completo controle da vida em nossas mãos? O que está acontecendo com o mundo? A outra mostra Deus no comando. Ele nos fez e dEle dependemos para viver e decidir. Sua vontade é que nos mostra o caminho para nos desenvolvermos e ser felizes. Qual é sua visão, de Abel ou Caim?
Visão literal ou simbólica? - O mais preocupante, porém, são as consequências de uma visão bíblica literal ou simbólica. Para os que têm a visão de Caim, o relato dos primeiros capítulos de Gênesis não tem autoridade. Contém apenas uma mensagem ilustrada ou alegórica. Naturalmente, essa visão acaba se expandindo para toda a Bíblia e, com isso, qualquer pessoa pode escolher, de acordo com seu gosto, o que é simbólico ou literal. A Revelação passa a ser um simples brinquedo nas mãos humanas. Por essa razão, existem tantas crenças, polêmicas, diferenças religiosas e contradições entre os próprios cristãos. Além disso, a visão alegórica de Caim, sobre o Gênesis, destrói verdades fundamentais de nossa fé. O casamento, estabelecido por Deus entre um homem e uma mulher, perde sua razão. A família passa a ser um passatempo e o homossexualismo se torna aceitável. O sábado perde seu papel como memorial da criação. Se não houve criação em seis dias literais, significa que ele também não foi dado por Deus no Éden. Sendo assim, passa a ser apenas opcional e pertencente ao povo judeu. A existência de Satanás e do pecado se torna apenas uma história destinada a amedrontar ou manipular as pessoas. Como consequência, se não existe Satanás nem pecado, também não há necessidade do sacrifício expiatório de Cristo na cruz. Todo o plano da salvação perde sua função. Sendo assim, por que Jesus deveria voltar para nos recriar em uma nova Terra sem pecado?
Como você vê, a visão dos primeiros capítulos de Gênesis pela ótica de Caim abala as verdades bíblicas fundamentais, especialmente o plano da salvação. Mais ainda, anula nossa identidade. Somos adventistas do sétimo dia e levamos em nosso DNA o sábado e a vinda de Jesus. Se não cremos na literalidade dos primeiros capítulos da Bíblia, por que estabelecer um memorial para algo que não existe? O sábado passa a ser um simples dia de descanso e relacionamentos sociais. Se estamos evoluindo para uma raça superior, por que a necessidade da segunda vinda de Cristo?
Mantenhamos a posição de Abel e permaneçamos fiéis à pura revelação da Palavra de Deus.
Erton Köhler é presidente da Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Entenda II Reis 2:9 e 10 que fala da porção dobrada do Espírito.


O profeta Elias estava a ponto de encerrar seu ministério, e deu a oportunidade a seu discípulo, Eliseu, de fazer qualquer pedido. Ele poderia ter pedido riqueza, posição, mas ao invés disso a Bíblia conta que Eliseu pediu porção dobrada “do teu espírito” II Reis 2:9.
O pedido de Eliseu está muito relacionado com seu desejo de servir a Deus de todo o coração. Ele  desejava ser ‘primogênito’, no sentido espiritual, recebendo assim a tarefa de continuar o ministério que havia sido iniciada pelo profeta Elias. Por isso pediu a porção dobrada do Espírito Santo. Elias, porém, respondeu:   “… Dura coisa pediste. Todavia, se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não me vires, não se fará” (verso 10).
Para Elias isso não era algo tão simples, pois um profeta deve receber seu chamado de Deus (Jeremias 1:5; Amós 7:14-15). Por si mesmo ele não poderia dizer quem seria um profeta de Deus, ou quem não seria. Entretanto, inspirado por Deus Elias disse que se Eliseu pudesse presenciar sua ascensão ao céu, seu pedido seria aceito. É interessante notarmos que o pedido de Eliseu foi plenamente atendido, pois são relatados números significativos de milagres executados por ele em relação ao profeta Elias.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O Sinal de Jonas



Por Doug Batchelor


“Então, alguns escribas e fariseus replicaram: Mestre, queremos ver de tua parte algum sinal. Ele, porém, respondeu: Uma geração má e adúltera pede um sinal; mas nenhum sinal lhe será dado, senão o do profeta Jonas. Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra“ (Mateus 12:38-40).


O que é exatamente o “sinal de Jonas”? Essa é a grande questão em relação a este texto familiar. Infelizmente, a maior parte da atenção é geralmente desviada para o problema menor das “três dias e três noites”. Como resultado, esta particular passagem em Mateus conseguiu causar intensa confusão, frustração e até mesmo divisão entre leigos e estudiosos.


Três Dias e Três Noites


Jesus disse que o Filho do Homem estaria “três dias e três noites no coração da terra”. Assumindo que “no coração da terra” signifique, no túmulo, se Jesus morreu sexta-feira e levantou-se domingo, então notamos que Jesus não esteve no túmulo por três noites, embora a Escritura claramente afirme “três noites”.


Eu encontrei pessoas que, por causa desta aparente discrepância, sentiram que a Bíblia não poderia ser confiável. Conheço outras que, a fim de acomodar as três noites mencionadas neste versículo, adotaram a teoria de que Jesus morreu na quarta ou quinta-feira. Outros argumentam que Jesus realmente não quiz dizer três noites literais.


Francamente, isso me deixa triste, ver cristãos gastarem tanta energia lutando para explicar algo que a Bíblia claramente explica! O problema não está nos “três dias e três noites”. O problema está na nossa incompreensão da expressão “no coração da terra”.


Hora Certa, Lugar Errado


Isso me faz lembrar de uma experiência similar que cristãos Mileritas passaram há mais de 150 anos atrás, quando anteciparam a vinda de Cristo em 1844. Sua crença era baseada na Escritura em Daniel 8:14 que diz: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será purificado”. Os Mileritas localizaram o ponto de partida desta profecia (que era 457 aC), em Daniel 9:25: “desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém…”. Ao adicionar 2.300 dias proféticos (um dia na profecia equivale a um ano de acordo com Ezequiel 4:6), eles calcularam que Jesus viria em 1844, porque “obviamente” a terra era para eles o santuário que seria purificado pelo fogo.


Quando Jesus não veio, os Mileritas tentaram encontrar o erro na contagem do tempo. Muitos continuaram reconfigurando as datas, quando na realidade o problema não era com o tempo, mas com o lugar. Em nenhum lugar da Bíblia é a Terra chamada de santuário. O problema não estava no cálculo do tempo, mas no sentido da palavra “santuário”. Jesus não estava vindo para limpar a terra com fogo em 1844. Ele, no entanto, começou um trabalho especial como nosso Sumo Sacerdote para purificar o santuário celestial dos pecados de Seu povo (Daniel 8:12-14, Hebreus 8:1-6, Levítico 16:1-17). Foi também nessa época que Cristo começou a limpar na Terra, o seu santuário, ou igreja, das falsas doutrinas que tomaram conta dela durante a Idade das Trevas.


No Coração da Terra


Sempre que questionamos o significado de uma passagem da Escritura, devemos compará-la com outras passagens relacionadas para permitir que a Bíblia interprete a si mesma. Uma vez que o termo “coração da terra” é encontrado apenas em Mateus capítulo 12 e em nenhum outro lugar nas Escrituras, precisamos olhar para versos semelhantes ou relacionados.


A frase “na terra” aparece 66 vezes na versão King James. Nenhuma dessas referências se referem à sepultura.


Na Oração do Senhor quando oramos “Seja feita vossa vontade assim na terra como no céu”, isso significa que nós estamos orando para que a vontade de Deus seja feita no sepulcro, ou túmulo, como é feita no céu? Não, claro que não! Mas significa que a vontade de Deus seja feita entre os povos da terra, entre as nações da terra, como é feita entre os anjos no céu.


No segundo mandamento, lemos: “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra” Êxodo 20:4. Podemos facilmente reconhecer que “embaixo na terra” não significa na sepultura, ou túmulo, mas sim no mundo.
Novamente Jesus disse: “Bem-aventurados os mansos porque eles herdarão a terra” Mateus 5:5. Isso significa que eles vão herdar o túmulo ou sepultura? Acho que você começa a entender meu raciocínio.
Em Mateus 12:40, a palavra “coração” vem da palavra grega “kardia”, que é de onde nós temos a palavra “cardíacos”.
De acordo com a Concordância exaustiva de Strong, a palavra “kardia” significa: coração, os pensamentos ou sentimentos [mente] e também o centro e lugar da vida espiritual .
A palavra grega para a Terra é “ge”. Que significa: solo, uma região ou a parte sólida ou a totalidade do globo terrestre (incluindo os ocupantes em cada aplicação), país, terreno, terra, mundo.
Assim, a frase “no coração da terra” pode ser facilmente traduzida por “no centro do mundo”, ou no aperto do perdido planeta que Jesus veio para salvar.
Em outras palavras, o Senhor estava dizendo a Seus discípulos em Mateus 12:40 que, como Jonas esteve no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estaria no coração da terra. Observe que Jonas não ficou parado no grande peixe, como acontece com uma pessoa morta em um túmulo. Em vez disso, ele se movia, vivendo cativo e indo onde o peixe o levava. Quando o peixe subia, ele subia, e quando o peixe descia, ele descia. Da mesma maneira, Jesus era um cativo do diabo. Ele estava completamente sob controle de uma multidão inspirada pelo demônio que o levava de um lugar para outro, amontoando abusos, insultos, e castigos físicos sobre nosso Redentor. Quando sofreu o castigo e punição por nossos pecados, Ele estava “no coração”, ou no meio deste mundo perdido.


A Hora da Verdade


A vida de Jesus foi marcada por vários momentos cruciais. Aos 12 anos em Jerusalém, ele tomou consciência da sua vocação de vida e da relação especial com o Pai. No Seu batismo, Jesus começou a Sua vida de ministério público e pregação.
Mas quando exatamente foram os pecados do mundo, colocados sobre o Cordeiro de Deus? Foi quando Ele morreu sobre a cruz, ou quando eles colocaram o seu corpo na sepultura? Não. Isso era parte do pagamento da pena pelo pecado, mas naquele momento seu sofrimento tinha terminado. Foi, talvez, quando pregavam os cravos em suas mãos? Isso foi certamente parte, mas o ponto de partida foi antes da crucificação.
Jesus começou a carregar nossa culpa, nossa vergonha e nossa pena depois de orar a oração de entrega, pela terceira vez no jardim do Getsêmani. Naquela noite de quinta-feira, Jesus orou em agonia, suando grandes gotas de sangue. Ele disse: “não seja feita a minha vontade, mas a tua” Lucas 22:42-44. A partir desse momento, Cristo estava cumprindo seu destino como o portador da culpa para a raça caída. A multidão veio e o levou. Jesus era um cativo do diabo. Sua comunhão com o céu fora cortada. O cordão que sempre o ligou a seu Pai foi cortado com a tesoura do pecado. Ele estava “nas profundezas do mundo.”
Há cinco versículos da Bíblia em que Jesus se refere a quinta-feira à noite como “a hora”.


“Então voltou para os discípulos e disse-lhes: Dormi agora e descansai. Eis que é chegada a hora, e o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores” Mateus 26:45.


“Ao voltar pela terceira vez, disse-lhes: Dormi agora e descansai. – Basta; é chegada a hora. Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores” (Marcos 14:41).


“E, chegada a hora, pôs-se Jesus à mesa, e com ele os apóstolos” Lucas 22:14.


“Eis que vem a hora, e já é chegada, em que vós sereis dispersos cada um para o seu lado, e me deixareis só; mas não estou só, porque o Pai está comigo” João 16:32.


“Depois de assim falar, Jesus, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o Filho te glorifique” João 17:1.


Segundo a lei hebraica, os pecados do povo eram colocados sobre o cordeiro pascal antes de ser morto. Durante a Última Ceia, com pão e suco de uva, Jesus selou sua nova aliança para ser o Cordeiro que tira o pecado do mundo.
Uma mudança marcante ocorreu na hora em que Cristo foi entregue nas mãos “dos pecadores”, ou poderíamos melhor dizer nas mãos do diabo. Algo diferente começou a acontecer. Você vê, até este ponto do ministério de Jesus, que toda vez que uma multidão tentou capturar ou apedrejá-lo ou expulsá-lo de um penhasco, ele passou incólume à direita através de seus dedos. Isso porque ele era inocente diante do Pai e estava sob a divina proteção angelical. Sua hora ainda não havia chegado. Ainda não era sua hora de sofrer pelos pecados do mundo. Mas, depois dessa hora de quinta-feira à noite, quando os pecados passados, presentes e futuros do mundo foram colocados em cima do Cordeiro de Deus, chegou então o tempo.
A partir do momento em que Ele começou a carregar a penalidade por nossos pecados, Jesus esteve no coração da terra. A multidão batia nele. Cuspiram nEle. Ele foi arrastado de um julgamento para outro. Do sumo sacerdote para Pilatos, em seguida, a Herodes e novamente a Pilatos. Ele estava nas garras deste mundo cruel, nas garras do diabo, que é o príncipe deste mundo.
Imagine como Jonas deve ter sofrido durante a sua provação como um cativo no meio do grande peixe. Três dias em que escuridão e viscosidades fétidas devem ter parecido uma eternidade. (Você já parou para pensar que, se Jonas sobreviveu nesse abismo digestivo do grande peixe, ele pode não ter sido a única criatura viva e se mexendo lá dentro?) No entanto, o sofrimento de nosso Senhor era infinitamente maior do que o do profeta desobediente. Quanto Jesus deve nos amar por ter suportado tanto sofrimento, a fim de nos poupar do destino miserável dos perdidos!
Assim quando olhamos novamente o nosso texto da Bíblia, entendemos que Jesus estava “no coração da terra”, em poder do inimigo, durante um período de três dias e três noites – na noite de quinta, na noite de sexta-feira e na noite de sábado. Jesus nunca disse que seriam três segmentos de 24 horas, mas sim um longo período de três dias e três noites.


O Sacrifício de Jonas


Existem muitas outras situações em que Jonas foi um tipo de Cristo. Você se lembra, é claro, que assim como Jesus, Jonas estava dormindo em um barco no meio de uma tempestade. Jonas instruíu os marinheiros para jogá-lo ao mar, se eles quisessem sobreviver e ter paz. Muitas vezes me perguntei por que Jonas não apenas pulou para fora do barco. Se ele tivesse pulado, os marinheiros não teriam de pessoalmente assumir a responsabilidade de oferecer-lhe. Como Jesus, Jonas também foi um sacrifício voluntário. A ira de Deus estava sobre todos os marinheiros condenados, e Jonas tomou a ira, através da oferta de si mesmo. Da mesma forma, devemos pessoalmente tomar a Jesus e oferecer o seu sangue como nosso sacrifício, a fim de passarmos da morte à vida e termos a paz que excede todo o entendimento.


Isaías 53:10 diz: “Todavia, foi da vontade do Senhor esmagá-lo, fazendo-o enfermar; quando ele se puser como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias, e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos”


Agora, observe as semelhanças entre a oração de Jonas de dentro do peixe e a oração profética do Messias na cruz.


Jonas 2:3 – “Pois me lançaste no profundo, no coração dos mares, e a corrente das águas me cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas passaram por cima de mim”.


Salmo 69:2 – “Atolei-me em profundo lamaçal, onde não se pode firmar o pé; entrei na profundeza das águas, onde a corrente me submerge”.


Jonas orou pela fé das entranhas do monstro marinho, e acreditava que o Senhor podia ouvi-lo, apesar da evidência de seus sentidos de que ele estava irremediavelmente separado de Deus. “Então, eu disse: lançado estou de diante dos teus olhos; tornarei, porventura, a ver o teu santo templo?” Jonas 2:4.
Da mesma forma, quando Jesus sentiu a terrível separação de seu pai durante a provação na cruz, Ele clamou: “Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?” Marcos 15:34. Então antes de expirar orou: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” Lucas 23:46. Este foi um grande ato de fé, Cristo estava levando a culpa e pecados de um mundo perdido e sentiu a separação eterna de seu pai.


O Sinal de Jonas Hoje


Muitos pensam que o “sinal de Jonas”, foram os três dias e três noites, mas observe que no evangelho de Lucas, quando referindo-se ao sinal de Jonas, Jesus nunca menciona o período de tempo. A ênfase de Cristo é, sim, na maneira como seu povo rejeitou o Seu ministério, pregação e profecia em comparação com os ninivitas, que receberam e se arrependeram com a pregação de Jonas.


Lucas 11:29-32 registra: “Como afluíssem as multidões, começou ele a dizer: Geração perversa é esta; ela pede um sinal; e nenhum sinal se lhe dará, senão o de Jonas; porquanto, assim como Jonas foi sinal para os ninivitas, também o Filho do homem o será para esta geração. A rainha do sul se levantará no juízo com os homens desta geração, e os condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e eis, aqui quem é maior do que Salomão. Os homens de Nínive se levantarão no juízo com esta geração, e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas; e eis aqui quem é maior do que Jonas”.


Depois que Jonas saiu da água, ele levou três dias para chegar à cidade de Nínive. Ele então entrou na cidade fazendo a jornada dum dia, ou 12 horas, e pregou que, depois de 40 dias a cidade seria destruída (Jonas 3:3-4).
Esta mesma seqüência de tempo de três e meio seguido de 40 também é encontrada em outro lugar nas Escrituras. Por exemplo, Elias, ministrou por três anos e meio durante a fome e, em seguida, fugiu por 40 dias de Jezabel (1 Reis 19:1-8).
Da mesma forma, Jesus subiu das águas do batismo e pregou aos judeus durante três anos e meio, alertando que em uma geração (ou 40 anos), a cidade e o templo seriam destruídos (Mateus 12:41). Porque a nação de Israel não deu ouvidos e se arrependeu, foi destruída. Apenas uma pequena percentagem do povo judeu aceitou-o e estava pronto. Isso pode acontecer de novo com a igreja no momento da Sua segunda vinda?
Muitas são as maneiras em que Jonas foi um sinal, ou tipo de Cristo. O princípio do sinal de Jesus a Seu povo foi a sua ressurreição. “Que sinal de autoridade nos mostras, uma vez que fazes isto? Respondeu-lhes Jesus: Derribai este santuário, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do santuário do seu corpo” João 2:18-21.
Da mesma forma, o “sinal de Jonas” para os ninivitas foi que Deus tinha o ressuscitado da morte certa. Sem dúvida, Jonas, como Jesus, sofreu cicatrizes de seu calvário. Quando Jonas desceu as ruas de Nínive pregando, sua pele poderia muito bem estar esbranquiçada e coberta com pedaços de algas secas. Houve pelo menos três exemplos nos tempos modernos, onde pessoas foram engolidas por algum tipo de peixe grande e foram mais tarde resgatadas com vida. Os relatos foram de que suas peles estavam “queimadas e pálidas”. Estou certo de que Jonas compartilhou com seu público os destaques de sua aventura e sua real ressurreição da morte certa.
Hoje, todo o cristão de verdadel tem, como Jonas, experimentado um tipo de ressurreição e vida nova (Romanos 6:4). Estamos cada um de nós sendo chamados para ir onde Deus nos enviar, sem consultar os nossos medos e para pregarmos uma mensagem de misericórdia e de advertência. No entanto, grande parte da igreja cristã está se afastando dos Jonas modernos. Ainda hoje, há aqueles que não acreditam a menos que vejam sinais e prodígios, curas e milagres.
O sinal que Jesus deu a Sua geração é válido até hoje. Durante três dias e noites Ele levou o castigo por meio do sofrimento até a morte. Depois levantou-se novamente das garras da sepultura. E o mais importante de tudo, Jesus nos deu Sua palavra eterna para nos guiar para o reino. Cristo disse: “Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos” Lucas 16:31.
Pode haver alguns Jonas lendo este artigo agora. Deus chamou você para fazer evangelismo, mas você pode estar fugindo para Társis em um mar tempestuoso. Procure se informar na igreja sobre programas de treinamento para evangelismo. Envolva-se !

Artigo escrito pelo Pastor Doug Batchelor do Ministério Amazing Facts. Traduzido do original “Sign of Jonah” pelo blog www.setimodia.wordpress.com .

domingo, 18 de dezembro de 2011

Corpo, alma e paraíso com harpas x visão bíblica


      Os “novos céus e uma nova terra” não são um retiro espiritual remoto e inconsequente nalgum recanto do espaço como um paraíso etéreo onde almas glorificadas passarão a eternidade trajando vestes brancas, cantando, orando e tocando harpas, navegando sobre nuvens e bebendo leite de ambrósia. Como haverão de ser, então? Veja a análise abaixo para saber.

      A visão dualística da natureza e destino humanos (crença na imortalidade da alma) não pode ser considerada em nada superior ao entendimento holístico desses dois temas. Desafiaríamos os advogados dessa posição a enumerar que aspectos superiores encontrariam no seu entendimento da questão em cotejo com a enumeração que abaixo apresentamos de itens em que se percebe a indiscutível superioridade da visão holística sobre o entendimento de imortalidade da alma:

 1) Muito mais cristocêntrico. O entendimento holístico ressalta que somente em Cristo temos esperança de obter a imortalidade, quando da ressurreição dos justos, não sendo algo que já possuímos inerentemente na forma de uma alma imortal. "Quem tem o Filho, tem a vida" (cf. João 5:28, 29; 1 João 5:12; 1 Coríntios 15:51-54).

 2) Maior embasamento com a doutrina básica da justificação pela fé. Há um só que é bom, disse Jesus: Deus (ver Mateus 19:17). Num sentido absoluto, só Deus é justo e estamos muito aquém de ser detentores de qualquer justiça própria. A visão holística destaca que assim como não possuímos justiça em nós pela qual comparecer perante o Supremo Juiz para obter aprovação (ver Isaías 64:6), também não temos inerentemente o dom da imortalidade, que só a Deus pertence (1 Timóteo 1:17; 6:16).

 3) Maior ênfase e valorização do tema do advento de Cristo. Para os que crêem na imortalidade da alma o tema da segunda vinda de Cristo não merece a mesma importância, pois, na prática, tal evento se torna dispensável, já que a herança eterna se dá com a morte. Daí a ênfase no segundo advento e na "terminação da obra de evangelização" entre os adventistas por todos os meios possíveis (rádio, TV, literatura, testemunho pessoal, conferências públicas, atendimento assistencial e à saúde) em cumprimento de Mateus 24:14, a grande preocupação e motivação da IASD que é a que tem o maior número de terras penetradas e proporcionalmente o maior número de missionários dentre todos os que se empenham na tarefa de evangelização mundial.

 4) Maior coerência com o tema do juízo de cada um. Os que crêem na imortalidade da alma tornam o tema do juízo final ambíguo e sem nexo. Para que haverá tal juízo, se as pessoas na morte já seguem para o seu destino – salvos para "a glória", perdidos para um local de tormento ou, pelo menos, para um sítio nada agradável onde aguardarão o castigo já definido?

 5) Nenhuma identificação com crenças pagãs. A identificação de todos os povos pagãos com conceitos dualistas demonstra outra superioridade da visão holística. Ninguém é capaz de indicar um só povo pagão que deixe de crer em almas e espíritos de pessoas (ou até animais e coisas inanimadas) para crer na ressurreição final como único meio de retorno à existência após a morte, fato ressaltado na própria parábola do rico e Lázaro, um dos fundamentos da visão dualista (cf. Lucas 16:31).

 6) Melhor defesa contra doutrinas perigosas. A visão holística é a melhor proteção e antídoto contra erros sutis que existem ou têm vindo à existência nestes últimos tempos, como o espiritismo, doutrinas católicas do purgatório e intercessão dos santos, mormonismo, Nova Era, religiões orientais, etc., sobretudo ante as advertências de Cristo e de Paulo quanto aos enganos crescentes nos tempos finais (Mateus 24:24; 2 Timóteo 3:1-5).

 7) Visão mais elevada da justiça e amor divinos. A visão da justiça e amor divinos é prejudicada com a crença de um inferno eternamente a arder, com penas inteiramente desproporcionais à culpa dos impenitentes. Na visão holística a paga será proporcional à culpa e o pagamento será liquidado, não eternizado (Mateus 18:30).

 8) Coerência com o sentido bíblico de termos básicos. Conquanto na linguagem bíblica haja muitas menções a "alma" e "espírito", as Escrituras não autorizam qualquer conceito de "alma" ou "espírito" imortal. Além de nos informar que só Deus é possuidor de imortalidade, a Bíblia afirma que a alma pode morrer (Ezequiel 18:4), em vez do contrário disso.

 9) Maior valorização à saúde corporal. É sabido que os cristãos que mantêm o entendimento dualístico da natureza humana conceitualizam a vida presente dualisticamente. Tendem a encarar o cultivo da alma como mais importante do que o cuidado do corpo. O bem-estar físico do corpo muitas vezes tem sido intencionalmente ignorado ou até suprimido. Daí a conhecida preocupação holística dos adventistas do sétimo dia com a saúde e a ênfase no cuidado do corpo como "templo do Espírito Santo" que deve ser consagrado inteiramente ao Senhor (cf. 1 Cor. 16, 17).

10) A visão holística não retrata o mundo por vir do modo imaturo e irreal dos imortalistas, como um paraíso etéreo onde almas glorificadas passarão a eternidade trajando vestes brancas, cantando, tocando harpas, orando, navegando sobre nuvens e bebendo leite de ambrósia. Antes, a Bíblia fala dos santos ressurretos habitando este planeta purificado, transformado e tornado perfeito por ocasião da vinda do Senhor e mediante tal evento (2 Ped. 3:11-13; Rom. 8:19-25; Apoc. 21:1). Os “novos céus e uma nova terra” (Isa. 65:17) não são um retiro espiritual remoto e inconsequente em algum recanto do espaço; antes, são o céu e a terra presentes renovados à sua perfeição original.

Fonte: Prof. Azenilto G. Brito

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Plantas mencionadas na Bíblia

Muitas plantas foram mencionadas na Bíblia, desde aquela época as pessoas usavam as plantas não somente como o alimento, mas também como aromatizante e para uso medicinal. O hissopo era utilizado frequentemente para a purificação (Salmos 51:7), foi usada também para impedir que o sangue coagulasse (EXODUS 12:22). O uso medicinal do hissopo pode ser encontrado em JOÃO (19:29 – 30).


O hissopo bíblico - a planta que é chamada Hyssopus officinalis, é nativa do sul da Europa, mas não ao Oriente Médio antigo ou ao Egito, conseqüentemente o hissopo que nós conhecemos não é o mesmo da Bíblia. Esse poderia ter sido confundido com a manjerona pelos estudiosos da Bíblia, ou a planta alcaparra, ao sorgo, ao broto da samambaia ou ao asplênio. A menta era bem conhecida sendo usada como alimento ou aromatizante, assim como ainda é hoje.


Alguns peritos da Bíblia dizem que a menta estava entre “as ervas amargas” mencionadas no Exodus 12:8, Números 9:11, junto com as folhas da endivia, da chicória, da alface, do agrião da água, do espinafre, e do dente-de-leão. Todas essas ervas eram comidas como salada. A menta era ingerida após as refeições para ajudar o sistema digestivo. A salsinha embora não mencionado na Biblia era abundante e foi usado no passado como um símbolo de uma nova era porque era uma das primeiras ervas a surgir acima do solo. Os romanos serviam-lhe em banquetes como um refrescante da respiração.


Uma outra passagem que refere às ervas amargas é EXODUS 12:8. O anis é mencionado na versão da Biblia do Rei James em MATTHEW 23:23. A palavra anis é considerada um erro na tradução para a maioria das citações modernas dos tradutores que o traduziram como “menta, o dill e o cominho”. O alho ainda é o mesmo que nós usamos hoje, era a erva favorita pelos reis. A cabaça de JONAH 4:6 foi confundida pelos estudiosos com sendo a mamona. A malva era cortada inteira e usada como alimento. Outra planta é a salsola, que é uma planta salina parecida com o espinafre e comido pelos pobres. A mandrágora é mencionado no GÊNESIS 30:14 – 16, a história diz de Raquel convoca os poderes das mandrágoras de Rueben, mas não diz se acreditava em suas qualidades mágicas, naquela época era conhecida a como a maçã do amor.


O espinho-de-Cristo se originou do espinho de Jerusalém Paliurus spina-christi. Outras plantas, usados em perfumes e banhos e as madeiras nobres, mencionadas são, bálsamo, incenso, cânfora, canela, cássia e açafrão. Os cereais, o milho, trigo, lentilha, milheto, feijão e cevada.


As flores mencionadas na Bíblia são salgueiro, lírio da água, violeta, tulipa, sálvia, rosa, ranúnculo, peoni, nigela, narciso, açafrão-da-pradaria, malva, lupina, litrium, lírio, consolida, narciso, hiacinto, galium, açafrão, mostarda, menta, melancia, mandrágora, malva, hissopo, alho, alho porró, cebola, coriandro, anis, cominho, linho, abóbora e cerefólio.


Árvores, canela, salgueiro, pinho, bálsamo, carvalho, amora, mirto, junipero, elmo, castanha, cipestre e cedro. Frutas mencionadas, pomegranate, palma, castanha, maçã e azeitonas.


Duas ervas estão entre as favoritas, o incenso chamado também olibanum foi usado em rituais religiosos por séculos. Mencionado frequentemente nos primeiros 5 livros. Foi usado para tratar dores internas e externas. É usada uma resina gomosa encontrada nas árvores espinhosas pequenas chamadas Boswellia thurifera, crescendo na África, no Yêmen, e nos países do mar vermelho.


Mirra era usada para fazer lavagem para infecções, foi usada pelos egípcios e pelos hebreus como incenso, em cosméticos, em perfumes e como medicinal, muito usado também naquele tempo para embalsamar os corpos. O incenso era considerado um tesouro raro e foi dado como um grande presente para o bebê Jesus!


Commiphora é encontrada na Arábia e na Abissínia, hoje em dia, é usado para tratar as dores de gargantas, infecções e pé-de-atleta. Contem substancias que limpam o organismo e estimula o sistema circulatório e é expectorante.


As dores e as feridas eram tratadas com cataplasma feitos da culatra do urso, ou mel , a resina da hera, o óleo de agrimônia, de sementes de linhaça e a casca do mamão. As torceduras foram envolvidas com uma cataplasma feito das folhas esmagadas da planta consolida. O reumatismo era tratado embebendo o balsamo no óleo verde de oliva e aplicado na parte afetada como linimento. Fazendo massagem com sal seguido por um xampu por todo o corpo, fazia as pessoas sentirem como se estivesse saído de um spa, isto ajudava na circulação do sangue. Os problemas de estômago eram curados com água de alecrim. A raiz do gengibre também era usada mastigada. As dores de cabeça também eram curadas com o chá do alecrim, ou as folhas da hortelã que eram colocadas na testa. O óleo de manjerona era friccionado em cima da região que sofria a dor de cabeça. Os galhos de alecrim eram fervidos em água e usados para lavar o corpo contra as febres.
Via Cura pelas Plantas

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Antes de Cristo existia religião?

 
A ciência tem comprovado que o ser humano é religioso por natureza. Deus nos criou com o desejo de adorá-Lo, mas o pecado corrompeu inclusive a espiritualidade da humanidade. Assim, ao invés de saciar o desejo de adorar alguém cultuando o verdadeiro Criador (Dt 6:4), as várias culturas criaram para si divindades de prata, ouro, pedra e madeira. E isso milênios antes de Cristo.


Existiram muitas "religiões" antes de o Salvador ter vindo a este mundo. Mas elas eram crenças culturais e não denominações religiosas organizadas, como as de hoje. Dos ensinos e sistemas filosóficos que existiram antes de Cristo, apresento alguns:
Paganismo greco-romano: Surgiu por volta do século 3 a.C. e se destacava entre o Império Romano até a ascensão do cristianismo. Cultuava vários deuses, inclusive os "espíritos" dos mortos. Refutação bíblica a essas doutrinas: Êxodo 20:2-6; Isaías 8:19, 20.


Religião egípcia: Surgiu aproximadamente 3.000 anos a.C. e cultuava vários deuses mitológicos, entre eles Amon (deus criador do Universo), Hórus (deus Falcão), Ísis (deusa do amor), Rá (deus do Sol), etc.


Judaísmo: A origem pode ser atribuída a Moisés, por volta do século 15 a.C. O judaísmo aceita os 39 livros do Antigo Testamento e rejeita o Novo Testamento (há grupos judeus, hoje, que aceitam toda a Bíblia). Refutação bíblica ao ensino de que o Novo Testamento não é de Deus: 2 Timóteo 3:16; 2 Pedro 3:15, 16.


Islamismo: Surgiu por volta de 632 d.C. graças a Maomé, um mercador da Arábia. É uma religião monoteísta (acredita em um só Deus), diferente de algumas mencionadas no presente estudo. Não creem na divindade de Jesus Cristo e ensinam que Ele foi apenas um profeta. Refutação bíblica a essa doutrina: João 1:1-3 e 14; Colossenses 2:9.


Budismo: Fundado aproximadamente entre os anos 563 e 483 a.C. por Sidarta Gautama, o Buda. Além de adotar algumas crenças do hinduísmo, entre elas a reencarnação, ensinava que a pessoa, "depois da morte e de constantes reencarnações", poderia chegar a um estado de desenvolvimento e quietude espiritual chamado Nirvana. Refutação bíblica a essa doutrina: Eclesiastes 9:5, 6 e 10; Filipenses 2:13 (até mesmo para ser bons precisamos de Deus. Não podemos nos aperfeiçoar sozinhos).Portanto, não escolha qualquer religião ou sistema filosófico, porque há um só caminho. Cientificamente, duas coisas contraditórias não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo (por exemplo: o ensino bíblico de que a morte é um sono [João 11:11-14] e o ensino budista da reencarnação) e, por isso, a religião ou filosofia de vida que você escolher poderá ser falsa e levar à perdição.


Zoroastrismo: Surgiu por volta dos séculos 6 e 5 a.C. com Zoroastro, nascido na Pérsia. O ensino central é o de que o Universo seria uma eterna luta entre o bem e o mal. Refutação bíblica a esse ensino: Gênesis 1:31; Tiago 1:17.


Hinduísmo: Religião politeísta dos povos da Índia (existe em outros lugares) que surgiu entre os séculos 13 e 9 a.C. Creem na reencarnação e numa espécie de salvação pelas obras. Refutação bíblica a essas doutrinas: Hebreus 9:27; Efésios 2:8, 9.


Jainismo: Surgiu entre os anos 599 e 537 a.C. com o indiano Nataputa Verdamana. Dentre os seus ensinos, se destaca o conceito de que existem "muitas verdades", dependendo do ponto de vista de cada um. Refutação bíblica: João 14:6, 17:17.


Confucionismo: Nasceu por volta do século 5 a.C graças a Confúcio. Uma das ideias desse sistema filosófico é a de que a natureza humana é essencialmente boa. Portanto, não há um conceito de pecado. Refutação bíblica: Romanos 3:23; Lucas 19:10.


Taoísmo: Provavelmente, surgiu no ano 604 a.C. Seu líder principal foi Lao-Tsé, contemporâneo de Confúcio. Não acreditam num Deus Pessoal. Refutação bíblica: Gênesis 1:26 e 27; João 10:30.


Jesus Cristo não concorda com o dito popular de que "todos os caminhos conduzem a Deus". Para Ele, existem apenas dois caminhos: o que leva à salvação e o que leva à perdição: "Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela" (Mateus 7:13, 14). "A este povo dirás: Assim diz o Senhor: Eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o caminho da morte" (Jeremias 21:8). (Grifos acrescentados.)
Não precisamos ficar confusos em meio a tantas religiões. A Bíblia revela que as pessoas sinceras serão guiadas pelo Espírito Santo no conhecimento da Verdade (leia João 7:17; 16:13; Apocalipse 18:4¹) e apresenta em Apocalipse 14:12 e João 13:35 (entre outros textos) as características da igreja de Deus aqui na Terra:


1. Guarda os mandamentos dEle, inclusive o quarto mandamento que ordena a observância do sábado em memória ao Criador - Apocalipse 14:12; Êxodo 20:8:11.


2. Tem o testemunho de Jesus, ou seja, conta com o dom de profecia para guiar as pessoas para mais perto de Cristo e da Bíblia - Apocalipse 14:12; 19:10.


3. Manifesta amor entre os irmãos da fé - João 13:35.


"Se alguém quiser fazer a vontade dEle, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo" (João 7:17).1. O termo "Babilônia" significa "confusão", e nesse texto do Apocalipse se refere a toda confusão religiosa que existe no mundo.


Fonte: Outra Leitura

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O Pecado de Cam: análise bíblica e do Espírito de Profecia


Você já teve curiosidade de saber por que Cam (ou Cão em algumas versões da Bíblia) foi duramente amaldiçoado por seu próprio pai? Será que ter visto o pai nu seria tão pecaminoso a ponto de ter sua descendência condenada à servidão?


Uma vez ouvi dizer que Cam teria se deitado com a mulher de seu pai, mas não havia muitas evidências, mesmo citando Levítico 20:11 que diz: “O homem que se deitar com a mulher de seu pai terá descoberto a nudez de seu pai”. A maioria dos comentaristas da Bíblia simplesmente afirmam que Cam viu o pai nu e isso foi falta de respeito.
O objetivo deste artigo é fazer uma análise bíblica e do Espírito de Profecia para descobrir o que foi esse pecado. Antes, leiamos o texto a ser estudado:
Genesis 9:21 a 25: “Bebendo do vinho, embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda. Cam, pai de Canaã, vendo a nudez do pai, fê-lo saber, fora, a seus dois irmãos. Então, Sem e Jafé tomaram uma capa, puseram-na sobre os próprios ombros de ambos e, andando de costas, rostos desviados, cobriram a nudez do pai, sem que a vissem. Despertando Noé do seu vinho, soube o que lhe fizera o filho mais moço e disse: Maldito seja Canaã; seja servo dos servos a seus irmãos”.
É interessante notar que Noé, pai de Cam, não estava sóbrio, ou seja, seu filho teria se aproveitado de uma situação de embriagues do pai para fazer algo abominável, pois foi dura sua punição.
O que significa ver a nudez? Quando Moisés (o mesmo autor de Genesis) se refere às leis dos pecados sexuais em Levítico, usa o mesmo termo de Genesis para “nudez” (‘erevat). Leia atentamente os textos seguintes para responder o que significa ver ou descobrir a nudez de alguém no pensamento de Moisés:
Levítico 20:17 a 20: “Se um homem tomar a sua irmã, filha de seu pai ou filha de sua mãe, e vir a nudez dela, e ela vir a dele, torpeza é; portanto, serão eliminados na presença dos filhos do seu povo; descobriu a nudez de sua irmã; levará sobre si a sua iniqüidade. Se um homem se deitar com mulher no tempo da enfermidade dela e lhe descobrir a nudez, descobrindo a sua fonte, e ela descobrir a fonte do seu sangue, ambos serão eliminados do meio do seu povo. Também a nudez da irmã de tua mãe ou da irmã de teu pai não descobrirás; porquanto descobriu a nudez da sua parenta, sobre si levarão a sua iniqüidade”.
Ver ou descobrir a nudez é mais do que simplesmente observar com os olhos alguém nu, a expressão é um eufemismo para contatos íntimos ou até mesmo relações sexuais. Assim, provavelmente, o que Cam fez foi mais do que ver seu pai nu.
Não pretendo definir na prática como foi o acontecido, mas fica claro que ele ofendeu a honra do pai, e por isso, ele e sua geração foram amaldiçoados por isso.
Os descendentes de Cam, os Cananitas, perpetuaram práticas homosexuais, e anos mais tarde Deus destruiu Sodoma e Gomorra por causa de perversões, dentre elas, desta mesma natureza. Em Genesis 19 vemos que os cananitas queriam cometer atos homosexuais com os anjos que foram visitar a cidade, e só não fizeram por que foram impedidos pelo poder de Deus.
A escritora Ellen G. White inspirada por Deus comenta o seguinte sobre o pecado e condenação de Cam:
“Seguindo a linhagem de Cão, por meio do filho em vez de o pai, declarou ele: ‘Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos.’ Gên. 9:25. O atentado aos sentimentos de afeição natural por parte de Cão, declarou que a reverência filial muito tempo antes havia sido repelida de sua alma; e revelou a impiedade e vileza de seu caráter. Estas más características perpetuaram-se em Canaã e sua posteridade, cujo delito, continuado, atraiu-lhes os juízos de Deus”. E.G. White, Patriarcas e Profetas, 117.
A expressão usada por ela é “atentado aos sentimentos de afeição natural” ou em inglês “unnatural crime”. Essa mesma expressão “unnatural crime” se refere ao pecado de Ruben (Patriarcas e Profetas, 238), que foi de ordem sexual; e ao pecado de Amnon (Patriarcas e Profetas, 727), também de ordem sexual. Ou seja, quando ela diz que o pecado de Cam foi um “unnatural crime”, ela está se referindo a um pecado de ordem sexual.
Em Romanos 1:26 e 27 Paulo usa uma terminologia semelhante quando fala que homens e mulheres mudaram seu contato ou modo natural, e ele se refere explicitamente ao homossexualismo. Leia: “semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro” (Romanos 1:27).
Note também que ao falar do pecado de Cam Ellen White enfatiza “impiedade e vileza de seu caráter” e que “estas más características perpetuaram-se em Canaã e sua posteridade, cujo delito, continuado, atraiu-lhes os juízos de Deus”. Não poderíamos supor que ver alguém nu seria tão abominável para ser descrito como lemos. E como foi mencionado, os descendentes de Cam realmente foram punidos por essas práticas homossexuais.
Assim, o pecado de Cam pode ter sido o de homossexualismo. Desta forma, fica mais um alerta sobre esta questão que é condenada na Bíblia.
Pr. Yuri Ravem

domingo, 30 de outubro de 2011

Deus age nos bons e maus momentos

“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito.” (Rm 8.28)
Em Rm 8.28, são enumeradas quatro verdades acerca da providência de Deus:
A primeira coisa que sabemos é que Deus age em nossas vidas. A melhor versão para esse texto seria a de que “Deus age em todas as coisas para o bem” e não que “todas as coisas cooperam para o bem”, visto que existem muitas coisas que, por si só, nunca produzirão bem algum. Porém, se Deus for o agente por traz dessas “coisas”, Ele tem poder para transformá-las, por mais mal que possam produzir, em resultados benéficos para nós.
“Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?” (Is 43.13). É Deus quem está no controle. É Ele que está agindo em todas as coisas. É Ele que está por traz da historia. E quando Ele está agindo, quem pode impedi-lo? O próprio Paulo questiona: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (v.31).
Quando Josué precisou assumir a liderança do povo de Israel, às margens do Jordão, ele sabia que enfrentaria guerras e grandes e terríveis dificuldades quando passasse o rio e entrasse na terra prometida. Nesse momento, Deus faz uma promessa para ele: “Ninguém te poderá resistir, todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei” (Js 1.5). Era o que Josué precisava ouvir. Ele conhecia a Deus e sabia que, se o Senhor estivesse com eles, agiria em seu favor, para lhes manifestar o bem.
Portanto, podemos descansar no Senhor. Podemos confiar. Ele está sempre conosco agindo seja em bons ou maus momentos da nossa vida.
A segunda verdade é que “Deus age em todas as coisas”. Essa afirmação “todas as coisas” deve incluir o contexto onde Paulo fala de sofrimentos citados no v.17 e os gemidos do v.23. Deus age em todas as coisas, inclusive sofrimentos e gemidos. Assim, tudo que há de negativo nesta vida passa a ter um propósito positivo na execução do plano eterno de Deus. Nada escapa aos limites do seu governo e de seu domínio.
A terceira verdade é que Ele age em todas as coisas “para o bem”. Agora, qual é o propósito de Deus? Qual será o objetivo para tudo o que acontece conosco? Em Jeremias 29.11 Deus anuncia seus pensamentos sobre nós: “Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês”, diz o Senhor, “planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro.”
Os objetivos do Senhor para nós são os de produzir o bem que esperamos. E principalmente nos dar um futuro. Vida Eterna! Esse é o objetivo final e principal para Deus com relação a tudo o que acontece conosco.
A quarta afirmação verdadeira é que nosso Deus age para o bem “daqueles que o amam”. O agir de Deus utilizando todas as coisas para produzir o bem tem um público alvo. O texto não expressa um otimismo generalizado e superficial, dizendo que no final tudo acabará dando certo para todo mundo.
Por todo o capítulo 8 somos informados quem são: v.1 – os que estão em Cristo Jesus; v.9 – os que vivem no Espírito; v.15 – os que foram adotados por Deus; v.23 – os que têm os primeiros frutos do Espírito; v.28 – os que amam a Deus e foram chamados.
Deus tem compromisso com o fiel, com aquele que entrega sua vida a Cristo e vive a sua vontade. Ele é fiel com quem é fiel com Ele. A carta para a igreja de Esmirna, em Apocalipse capítulo 2, é uma das poucas escritas para uma igreja fiel. Deus não tinha aparentemente nada contra aqueles irmãos que enfrentavam grande perseguição. Uma das promessas que Deus faz a eles é: “… Seja fiel até a morte e eu te darei a coroa da vida” (Ap 2.10c).
São estas as quatro verdades acerca de Deus que nós sabemos. Nem sempre compreendemos e muito menos aceitamos o que Deus faz. Mas, sabemos que em todas as coisas Ele age para o nosso bem supremo. Era esta a convicção de José com relação à crueldade de seus irmãos quando o venderam como escravo para ser levado ao Egito: “Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos” (Gn 50.20).
Fonte: Guiame.

sábado, 22 de outubro de 2011

As Cinco Desculpas de Moisés


por Bonita J. Shields:


Para a mente de uma criança, a igreja de minha cidade natal era enorme. Lembro-me da longa escada que levava até a minha sala de escola sabatina. O salão social era vasto porque lá podíamos até jogar “futebol de caranguejo”. O playground era a última palavra.


Quando ainda na adolescência, subitamente percebi que minha igreja não era tão grande. Não era a menor igreja, mas definitivamente também não era a grande estrutura que eu imaginara em minha infância.


A vida de fé de Moisés não começou em Hebreus 11, o “Quem é Quem da Fé”. Ela se iniciou junto a um arbusto ardente, em conversa com Deus. Moisés não disse ousadamente: “Sim, Senhor, que Tua vontade seja feita”. A conversa foi mais ou menos como: “Senhor, não podes enviar outra pessoa?”


A imagem poderosa de um príncipe egípcio, profeta e chefe militar que libertou milhões de pessoas da escravatura é aquela que nos vem das histórias de nossa infância. Víamos a figura de um caráter supra-real e pensávamos: “Puxa! Nunca poderia ser como ele”. Mas uma leitura acurada da narrativa bíblica nos ajuda a ver Moisés sob luz mais realista. É essa imagem, sem diminuir o impacto que ela teve na história do mundo e da salvação, que me dá esperança, coragem e fé.


Moisés cresceu como um príncipe do Egito, mas fugiu de Faraó depois de se ter interposto numa briga entre um hebreu e um egípcio e matado esse último. Tendo ficado exilado no deserto por cerca de 40 anos, Moisés, com 80 anos a esta altura da narrativa, estava pastoreando ovelhas próximo ao monte Horebe, quando viu algo estranho. Chamas subiam de um arbusto, mas esse não se queimava(Ex 3:2). Ao Moisés aproximar-se do arbusto, ouviu uma voz chamando-o pelo nome. A voz identificou quem falava: “Eu Sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó.” Deus, então, participou Seu plano a Moisés: Ele tinha ouvido os clamores de Seu povo por causa da opressão da escravidão egípcia, e viera para resolver a situação. O Senhor queria que Moisés se unisse a Ele na libertação do povo (Êxodo 3:7-10). Neste ponto, Moisés começou a apresentar uma série de desculpas, algumas das quais podem parecer familiares a você.


Desculpa N° 1: “Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel?” (verso 11).
Boa pergunta. Moisés tinha estado apascentando ovelhas durante 40 anos, e o pensamento de um pastor, a quem os egípcios desprezavam, ir falar com um rei era contrário ao protocolo usual.


A resposta de Deus: “Eu irei contigo; e isto te será por sinal de que Eu te enviei: Quando houveres tirado este povo do Egito, servireis a Deus neste monte” (verso 12).


Deus não somente prometeu Sua presença; Ele também deu a Moisés a certeza de que sua missão seria bem-sucedida. Mesmo na presença de um rei terrestre, ele não tinha razão para temer ou sentir-se inferior. Contudo, Moisés não entendeu a coisa dessa maneira.


Desculpa N° 2: “Eis que quando for aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o Seu nome? Que lhes direi?” (verso 13).


Outra boa interrogação. Se você for dizer a centenas de milhares de pessoas que foi convidado a comandar sua libertação, seria bom ter o nome da pessoa de quem você recebeu tal autoridade. Também, os nomes eram muito importantes para a mentalidade semita, porque descreviam o caráter do indivíduo.


A resposta de Deus: “Eu Sou o que Sou” (verso 14).


Nas Escrituras, depois de Deus Se ter revelado a Seu povo, eles freqüentemente O descreviam de uma nova maneira, à medida que O iam conhecendo (ver, por exemplo, Salmo 140:7, “meu forte libertador”; Salmo 71:5, “minha esperança”; II Coríntios 1:3, “Deus de toda consolação”). Os judeus sempre reconheceram Eu Sou como o nome que distinguia o Deus verdadeiro dos deuses falsos. Não havia engano sobre quem enviava Moisés em sua missão. Deus não apenas disse quem Ele era, mas também exatamente a quem falar, o que dizer, e lhe deu a garantia de que eles o ouviriam. Agora Moisés está pronto para sua missão. Bem, ainda não!



Desculpa N° 3: “Mas eis que me não crerão” (Êxodo 4:1).
Notemos isto: Deus acabara de assegurar a Moisés que os líderes do povo o ouviriam. Está ficando bem claro que Moisés não era um sujeito bem disposto. Contudo, Deus sabia que a fé de Moisés ainda precisava ser fortalecida. Assim Ele operou através dele para transformar uma vara numa cobra, para tornar sua mão leprosa e depois curá-la, e transformar água em sangue.
Não gostaríamos, por vezes, que Deus nos mostrasse sinais sobrenaturais, e então prometeríamos confiar nEle e obedecê-Lo? Sua Palavra parece não ser suficiente. Egito: eis que chegamos ao destino! Bem, não exatamente.


Desculpa N° 4: “Ah, Senhor! eu não sou homem eloqüente, nem de ontem, nem de anteontem, nem ainda desde que tens falado ao Teu servo, porque sou pesado de boca, e pesado de língua. “(verso 10).


À luz do que estava acontecendo — Deus lhe prometera Sua companhia, assegurou-lhe do êxito de sua missão e forneceu-lhe sinais miraculosos — a relutância de Moisés não era um sinal de humildade ou reconhecimento da própria incapacidade. Ela revelou incredulidade na capacidade divina.
Quando recusamos a nos unir a Deus em Sua obra, estamos revelando falta de confiança em Sua habilidade de operar em nós. A Palavra de Deus é cheia de promessas e garantias de Sua presença e competência de agir em nós e por nós. Precisamos aprender a tomá-Lo pela Sua Palavra.
Houve tempos quando cheguei a perguntar a Deus, “Por que o Senhor me deu esta incumbência? Há tantas outras pessoas que não têm as fraquezas que eu tenho. Por que o Senhor não as usa?” Mas então vem a resposta: “A minha graça te basta porque o Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (II Coríntios 12:9). Se nos sentimos fracos, limitados ou inadequados, somos o melhor instrumento mediante o qual o poder de Deus pode operar.
Isso não significa que Deus nos queira manter sob Sua tutela como fracos. Ele Se ocupa do crescimento das pessoas. Deseja que sejamos confiantes e tenhamos um forte senso de valor próprio. Contudo, em lugar de nossa confiança e sentimentos de valor virem de coisas ou de outras pessoas, eles devem ser o resultado de nosso relacionamento com Ele.




A resposta de Deus: “Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não Sou Eu, o Senhor? Vai, pois, agora, e Eu serei com tua boca, e te ensinarei o que hás de falar” (versos 11 e 12).


Aparentemente, Moisés não tinha compreendido bem que o Deus que criou sua boca, ouvidos e olhos era plenamente capaz de fazê-los funcionar. Por vezes nos esquecemos de que estamos lidando com o Criador do Universo.
Agora, Deus ordena que Moisés vá e promete estar com ele. Está Moisés pronto?


Desculpa N° 5: “Ah, Senhor! envia por mão daquele a quem Tu hás de enviar” (verso 13).


Em nossa tradução tais palavras soam como uma queixa, mas no original hebraico repercute como rudeza: “Por favor, envia por mão daquele a quem tu hás de enviar.” Em outras palavras: “Não gostaria de dar essa informação a uma pessoa que vai aceitar o encargo?”
Quando Deus contestou todas as desculpas de Moisés, seus motivos secretos foram revelados: Ele não queria a designação. Acho que Moisés queria unir-se a Deus em Sua obra — apenas tinha dificuldade em crer que Deus poderia torná-lo suficientemente capaz para o trabalho.
O mesmo que sucede com muitos de nós. Quando somos relutantes em obedecer a Deus, não é que não queremos. É que não nos sentimos suficientemente capazes. Mas é aí que precisamos tomar a Deus em Sua palavra. Precisamos confiar nEle o bastante para crer que Ele é capaz de nos qualificar para a obra à qual nos chama. E quando estamos dispostos a avançar pela fé e a obedecê-Lo, vamos sentir a Deus como nunca antes.


A resposta de Deus: “Que tal teu irmão Aarão?” (verso 14).


Deus estabeleceu um relacionamento com Moisés. Ele desejava que Moisés se unisse a Ele na obra em favor de Seu povo. Assim o Senhor estava disposto a encontrar-Se com Moisés justamente onde esse se achava. Infelizmente, o poder que Deus prometeu a Moisés não lhe foi suficiente. Ele somente aquiesceu quando a ajuda de uma criatura finita lhe foi oferecida. Moisés falaria mediante Aarão e isso o limitava em sua obra.
O que acontece com você? Tem você se valido de qualquer das desculpas de Moisés no diálogo com Deus? Está tendo dificuldade de confiar que Ele é capaz de qualificá-lo para o trabalho ao qual o chamou?
Se Deus quisesse criaturas perfeitas para cooperar com Ele, poderia ter usado anjos. Mas, em vez disso, Ele nos escolheu. Se permitirmos que o Senhor trabalhe por nosso intermédio, tornar-nos-emos uma evidência inquestionável de Seu poder. Pela obediência, Moisés tornou-se um líder poderoso — poderoso o suficiente para mudar o curso da história. Ainda mais importante: ele se tornou um possante homem de fé, que participou com Deus da história da salvação e que foi ressuscitado e levado para o céu porque Deus o considerou “Seu amigo” (Êxodo 33:11).

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