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terça-feira, 22 de maio de 2012

Novas ruínas arqueológicas lançam luz sobre Davi



A figura do rei Davi foi mito ou realidade? Essa é uma pergunta sobre a qual arqueólogos israelenses têm se debruçado há muitas décadas. E acabam de surgir novas pistas: três caixas talhadas em pedra. Com cerca de 20 centímetros, os artefatos eram utilizados para guardar objetos sagrados, acreditam os arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém e da Direção Israelense de Antiguidades, que encontraram as peças nos arredores da cidade de Beit Shemesh, a cerca de 35 quilômetros de Jerusalém. Duas das caixas são rosadas e têm uma espécie de pórtico, cuja descrição aparece no Primeiro Livro dos Reis. E suas alturas são exatamente o dobro de suas larguras, como em prédios achados em Jerusalém, o que parece provar a conexão entre a cidade bíblica de Shearaim e a Jerusalém de Davi.


Segundo o arqueólogo Yosef Garfinkel, um dos responsáveis pelo achado, as caixas permitirão interpretar algumas descrições que a Bíblia faz dos reinados de Davi e Salomão. Para o pesquisador, os últimos achados reforçam a corrente que vê na Bíblia, como em qualquer outro texto de sua natureza, um relato fidedigno do que poderiam ser alguns eventos históricos.


“A exatidão das descrições não nos deixa outra opção, e quem não acredita deverá também explicar como é possível semelhante similaridade”, declarou Garfinkel.


Mas quem seria Davi? Nome de origem hebraica, cujo significado é “querido” ou “amado”, Davi foi um dos reis de Israel e o responsável por fazer o maior livro bíblico: os Salmos. Sua figura é particularmente importante para as culturas cristã, judaica e islâmica. No islamismo, é visto como profeta e rei de uma nação; no judaísmo, é encarado como o maior dos reis entre os homens, e no cristianismo Davi é um dos ancestrais do pai adotivo de Jesus, o carpinteiro José.
(Hypescience)

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Religião Hebraica e Cananita

A impressão que dá para muitos é que os cananitas à semelhança dos índios que habitavam no Brasil estavam calmos em sua terra quando um bando de hebreus (semelhantes aos colonizadores europeus) chegou do nada derramando sangue inocente e expulsando da terra seus antigos proprietários, que obviamente seriam legítimos donos, afinal, eles chegaram primeiro.

domingo, 6 de maio de 2012

Pessoas inteligentes acreditam em Deus?

Ao longo da história houve muitas maneiras de demonstrar uma descrença em Deus 
alguns se tornaram ateus, isto é negaram a existência de qualquer divindade, outros optaram pelo deísmo, ou seja acreditam que existe um deus mas que ele não está aqui que abandonou nosso planeta.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Personagens históricos da Bíblia Sagrada

No programa de hoje vamos conhecer algumas fontes extra-bíblicas que confirmam a existência histórica de personagens mencionados nas escrituras e que muitos diziam não existirem de verdade. É que por ser a Bíblia um livro bem mais preservado que outros documentos históricos do passado, muitos nomes de indivíduos só eram conhecidos - até pouco tempo -- através das páginas das escrituras. E como muitos céticos, é claro, não aceitavam a veracidade da Bíblia, declaravam abertamente que tais personagens (bem como a trama que os envolvia) não passavam de pura lenda ou ficção.

terça-feira, 27 de março de 2012

Evidências - Candidatos à Messias

No vídeo anterior, você pode ver algumas argumentações baseadas no Antigo Testamento e em tradicionais textos do judaísmo de que Jesus de Nazaré era, de fato, o esperado messias das profecias bíblicas. Ali também foi dito que na mesma época em que Jesus nasceu havia entre os povos um inédito clima de expectativa tanto em Israel quanto no universo pagão todos, de alguma maneira, judeus ou não judeus sabiam que um grande rei estava para nascer no mundo.


Esta realidade nos dá uma pista para entender como magos estrangeiros viajaram possivelmente desde a pérsia a Belém com o único fim de saudar o recém nascido rei dos judeus, mas assim como toda jóia rara surge com uma falsificação da original, não é de se estranhar que o nascimento do verdadeiro messias seja contextualizado pelo surgimento de falsos messias, usurpadores – na verdade – que aproveitaram o clima de expectativa messiânica dos povos para tirarem proveito em benefício próprio.

Evidências - Seria Jesus o Messias?

Jesus de Nazaré, como bem sabemos é o messias segundo o entendimento do cristianismo.  Aliás esse movimento surgiu entendendo, que em Jesus cumpriram-se as antigas profecias acerca da vinda de um prometido salvador da humanidade, mas os judeus, o próprio grupo étnico a que pertencera Jesus não o aceitou como sendo o esperado messias, o redentor de Israel.


Hoje o assunto do messianismo é um tema controverso entre os próprios seguidores do judaísmo alguns rabinos interpretam que o Messias será uma pessoa real que está por vir outros como sendo  um novo tempo, uma nova era  e alguns chegam a supor que o messias não passa de uma lenda, um mito.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Pesquisador anuncia descoberta de manuscritos de São Marcos‎


Um manuscrito supostamente de autoria de São Marcos foi encontrado por pesquisadores de arqueologia bíblica. A notícia foi dada durante um debate entre Bart Ehrman, professor e chefe do Departamento Religioso da Universidade de Carolina do Norte, e Daniel B. Wallace, professor do Novo Testamento no Seminário Teológico de Dallas.


Os dois professores são profundamente ligados ao cristianismo e são autores de livros, que resultaram de pesquisas sobre tudo o que envolve a igreja do primeiro século. O anúncio da descoberta de um manuscrito de Marcos, que foi definido por um especialista em paleografia (ciência que estuda a origem, forma e evolução de textos antigos) como sendo do primeiro século, foi feito pelo professor Daniel Wallace.


Na ocasião, ele afirmou em resposta a Bart Ehrman, que havia afirmado que a religião cristã não pode ser confirmada por ausência de manuscritos originais, que haviam sim, manuscritos datados do primeiro e do segundo séculos, e que havia recém descoberto o manuscrito mencionado, e que aguardava a oportunidade certa para revelá-lo, pois estava produzindo uma pesquisa e redigindo um livro sobre o manuscrito.


A partir daí, o debate passou a ser em torno da exatidão oferecida pelos métodos paleográficos. O blog “O contorno da Sombra” publicou artigo dizendo ser preciso cautela com essas descobertas: “Sempre que uma descoberta é feita na área da arqueologia bíblica, todo cuidado é pouco. Geralmente estas descobertas podem ser obras de gananciosos falsários ou de pessoas que desejam a todo custo (mesmo às custas da mentira), provar que sua fé é verdadeira”. Porém, no mesmo artigo, o professor Wallace é defendido como sendo pesquisador sério e que publica suas pesquisas com conclusões baseadas em fatos. “Ele demonstra ser bem cuidadoso em suas afirmações e sempre busca bases fáticas para elas. Assim, baseando-se na forma que ele trabalha, há uma boa expectativa de que o que ele afirmou neste debate seja verdadeiro”.



O conteúdo do manuscrito e tudo que o envolve, só estarão disponíveis a partir do lançamento do livro que relata a história em torno da descoberta. Além da informação de que será publicado pela editora E. J. Brill, não foram disponibilizados maiores dados.


Gospel+

sábado, 3 de março de 2012

Sudário de Turim

Para benefício de alguém que talvez não saiba do que estamos falando, o sudário é um pano que segundo consta teria imprimido de maneira miraculosa a imagem de Jesus esta seria a imagem de seu rosto impresso ali por uma ação sobre-humana há anos guardado nesta igreja em Turim o tecido só é apresentado ao publico a cada dez anos o tempo da exposição pode variar entre poucos dias até um mês e meio depende da época, e gente do mundo inteiro, é claro, vai até a Itália para ver de perto a tão valiosa relíquia.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Bíblia com 1500 anos é a mais antiga já descoberta

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Minas de ouro da rainha de Sabá teriam sido descobertas


A Bíblia é pródiga em relatos sobre a riqueza (e a beleza) da rainha de Sabá, que, encantada com as histórias que ouvia a respeito de Salomão, vai em caravana visitá-lo levando presentes preciosos e ouro, muito ouro… (1ª Reis 10 e 2ª Crônicas 9). Em 2ª Crônicas 9:9 está registrado que ela presenteou Salomão com 120 talentos de ouro, o que – traduzindo a medida antiga – equivaleria a mais de 4 toneladas (4.112,64 kg, para ser mais preciso). Era ouro pra dedéu. Apenas para se ter uma ideia, fazendo uma comparação completamente inapropriada, essa quantidade de ouro seria negociada hoje no Brasil pelo valor de mais de R$ 390 milhões. Salomão deve ter ficado tão impressionado com a quantidade de ouro que recebeu da rainha que, ao compor – inspiradamente – o salmo messiânico (de nº 72 no saltério), diz que o Salvador prometido (o Rei que haveria de vir, personificado posteriormente em Jesus Cristo) merece o ouro de Sabá (v. 15).


A Bíblia não dá mais detalhes sobre a rainha de Sabá, o Alcorão também faz alguma referência sem acrescentar mais nada, e a lenda diz que ela chegou a se envolver romanticamente com Salomão, e ao retornar para seu país teria tido um filho dele, dos quais seriam descendentes os atuais judeus etíopes. Inclusive a célebre dinastia de imperadores etíopes (propositalmente chamada de “salomônica”), cujo último imperador foi Hailé Selassié (1892-1975), invocava essa ancestralidade judaica. Curiosamente, o nome de batismo de Selassié era Tafari Makonnen, e era conhecido como “Ras” (“príncipe”) Tafari. Qualquer semelhança com o movimento rastafári de Bob Marley não é mera coincidência, se é que você está se perguntando isso agora. Selassié foi venerado como o “Leão de Judá” e a “Raiz de Davi” do século XX, o Jah (aquele da Tribo de Jah). Como você já deve ter desconfiado, Hailé Selassié (que significa “O Poder da Trindade” em etíope) é tido pelo movimento rastafári como o Messias prometido, o Jesus Cristo encarnado. Pelo menos isso deve ter inspirado os jamaicanos a comporem bons reggaes.


Pois bem, deixando essas curiosidades histórico-musicais ao abrigo da fumaça jamaicana, imagina-se que o território do antigo reino de Sabá equivaleria modernamente à região ocupada por Etiópia, Eritreia, Somália e Iêmen. Por muito tempo, se pensava que era apenas um reino mítico, que desafiava a historicidade bíblica, já que havia pouquíssimas evidências (além da tradição oral etíope) que comprovassem cabalmente que o relato do Velho Testamento corresponde, de alguma maneira, à verdade dos fatos de 3.000 anos atrás. Parece que essa dúvida está chegando ao fim e – se a descoberta for realmente confirmada – os céticos terão que engolir em seco mais esse atestado arqueológico de veracidade bíblica. É que o British Museum está patrocinando a escavação do platô de Gheralta, no norte da Etiópia, e a arqueóloga que comanda a expedição, Louise Schofield (foto), informa em matéria publicada ontem, 12/02/12, pelo jornal britânico The Guardian, que os esforços da equipe finalmente descobriram uma enorme e antiga mina de ouro, ao lado das ruínas de um templo e das marcas de um campo de batalha.


Diz a arqueóloga: “uma das coisas que eu sempre adorei na arqueologia é a maneira com que ela pode se vincular com lendas e mitos. O fato de que nós podemos ter encontrado as minas da rainha de Sabá é algo extraordinário”. Tudo começou com uma “estela”, uma rocha em formato de cubo com pouco mais de 6 metros de altura, esculpida com um sol e uma lua crescente, “que representavam o selo do reino de Sabá”, segundo Schofield. Ela se engatinhou por baixo da rocha, com medo de uma cobra enorme que lhe avisaram que vivia ali, e ficou cara a cara com uma antiga inscrição no idioma que o povo de Sabá falava. Ali perto foram encontradas partes de colunas e pedras talhadas de um templo enterrado na areia, que parece ter sido dedicado à deusa Lua, que era a principal divindade de Sabá no séc. VIII a. C., em razão de uma vitória obtida numa batalha a poucos metros dali.


Ainda que algumas pessoas do local até hoje procurem esporadicamente por ouro naquela região, ninguém nunca percebeu que havia uma mina de ouro (arqueológico, pelo menos) embaixo de alguns metros de terra. Talvez o que assustasse os garimpeiros fosse o fato de que muitos urubus ficavam exatamente em cima desse monte, como que guardando uma história ancestral. Ainda não é possível se dizer o tamanho exato da mina, apenas se imagina que ela seja gigantesca, dadas as características de seu portal, e uma escavação muito mais aprofundada será iniciada em breve, se houver recursos que a financiem. Parece que finalmente descobriram onde ficavam as lendárias minas do Rei Salomão.
Via Megaphone Adventista

domingo, 29 de janeiro de 2012

Origem da Escrita – Livros Primitivos


Tem sido difícil determinar com exatidão, onde, como e quando a escrita teve a sua origem. A escrita se originou quando o ser humano sentiu a necessidade de guardar seus feitos para que a posteridade os conhecesse.


A escrita primitiva foi pictogrâmica onde figuras representavam objetos. Logo a seguir aparece a ideogrâmica, assim chamada pelo fato das figuras representarem idéias. Num terceiro estágio aparece o fonograma – figuras representando sons.


Dos povos antigos, os dois que mais se destacaram, no desenvolvimento da escrita, foram os babilônicos e os egípcios. Cada um destes teve a sua destacada e particular escrita: os babilônicos criaram a escrita cuneiforme, assim denominada por consistir de pequenas cunhas, feitas especialmente em pedras; enquanto os egípcios usavam pequenas figuras para representar objetos e idéias, os famosos hieróglifos. A história nos relata que a decifração dessas escritas exigiu muito esforço e concentração. A escrita cuneiforme foi decifrada pelo oficial inglês Henrique Rawlinson, após 18 anos de labores intensos. Quanto à escrita hieroglífica, todos sabem, que foi Champollion, o notável egiptólogo francês, o primeiro a desvendar-lhe os mistérios.


A Escrita Cuneiforme


“A princípio, certa espécie de marca representava uma palavra inteira, ou uma combinação de palavras. Desenvolvendo-se a arte de escrever, passou a haver ‘marcas’ que representavam partes de palavras, ou sílabas. Era este o gênero de escrita em uso na Babilônia no alvorecer do período histórico. Havia mais de 500 marcas diferentes, com umas 30.000 combinações. Geralmente, essas marcas se faziam em tijolos ou placas de barro macio (úmido), medindo de 2 a 50 centímetros de comprimento, uns dois terços de largura, e escritos de ambos os lados; depois eram secados ao sol ou cozidos no forno. Por meio dessas inscrições cuneiformes, em placas de barro, é que chegou até nós a vasta literatura dos primitivos babilônios.” (Manual Bíblico, p. 45).


Origem do Alfabeto


Tem sido um assunto bastante controvertido a origem do alfabeto. Em geral se aceita que o alfabeto de 22 letras foi inventado pelos fenícios e por eles levado aos gregos e depois aos latinos.


Até há pouco afirmava-se que a descoberta do alfabeto tinha sido pelos séculos XII ou XI A.C., sendo este argumento apresentado para provar que Moisés não podia ter escrito o Pentateuco, visto que em seu tempo não tinham ainda inventado a arte de escrever.


Ira M. Price no livro The Ancestry of Our English Bible, página 13, escreveu: “A escrita é muito antiga na Palestina. . . O trabalho dos arqueólogos nos mostra muitos exemplos de escrita antes de Moisés”.


Escavações arqueológicas em Ur têm provado que Abraão era cidadão de uma metrópole altamente civilizada. Nas escolas de Ur os meninos aprendiam leitura, escrita, aritmética e geografia.


Três alfabetos foram descobertos: junto do Sinai, em Biblos e em Ras Shamra, que são bem anteriores ao tempo de Moisés (1.500 A.C.). Estudiosos modernos, baseados em evidências irrefutáveis, sustentam que Moisés escolheu a escrita fonética para escrever o Pentateuco. O arqueólogo W. F. Albright datou esta escrita de início do século XV A.C. (tempo de Moisés). Interessante é notar que esta escrita foi encontrada no lugar onde Moisés recebeu a incumbência de escrever seus livros. Em Êxodo 17:14 encontramos a ordem divina para que Moisés escrevesse num livro.


Note-se ainda a frase de Merril Unger sobre a escrita do Antigo Testamento:


“A coisa importante é que Deus tinha uma língua alfabética simples, pronta para registrar a divina revelação, em vez do difícil e incômodo cuneiforme de Babilônia e Assíria, ou o complexo hieróglifo do Egito.”


Sobre o problema de Moisés ter escrito ou não seus livros vale acrescentar o que escreveu o Dr. Renato Oberg:


“Os primeiros livros da Bíblia a serem escritos foram os que compõem o Pentateuco e o de Jó, sendo a autoria deles atribuída a Moisés pela tradição judaica que, por sua vez, é aceita sem contestação por grande número de cristãos. O Talmude Babilônico afirma que ‘Moisés escreveu o seu próprio livro e as passagens a respeito de Balaão e Jó’. (SDABC, vol. III, p. 493).


Como vimos, nem todos aceitam Moisés como sendo o real autor destes livros, especialmente o de Jó. Os que o fazem, dão Jó como tendo sido o primeiro dos livros escritos, e Moisés o teria feito quando pastoreava os rebanhos do seu sogro nas campinas de Midiã, após ter fugido do Egito. Os cinco livros que compõem o Pentateuco foram escritos posteriormente. Os que não aceitam esta tese, já escreveram muito a respeito do assunto, procurando arrazoar com argumentos os mais variados, inclusive a diferença de estilo entre os livros e até dentro de cada um deles. . . .


Um dos argumentos mais fortes, porém senão o mais forte de todos, foi o que começou a dominar desde o fim do último quartel do século passado, quando Wellhausen, professor da Universidade de Greifswald, chegou a afirmar que se fosse tão-somente possível saber que Moisés pudesse escrever, seria ridículo não aceitá-lo. Evidentemente, segundo tudo o que se conhecia até então, quando as primeiras grandes descobertas arqueológicas começaram a empolgar o mundo e quando se dizia que tudo tem de ser decidido pela razão, tinha-se como certo que a invenção do nosso alfabeto se devia aos fenícios que o tinham criado no afã de facilitar suas transações comerciais pelo mundo todo. Foi então que a decifração dos hieróglifos feita por Champollion revelou o conteúdo de uma série enorme de documentos com sinais tidos por muitos como decoração e misticismo religioso, e cujo conteúdo era, até então, desconhecido completamente. Ora sendo o alfabeto inventado pelos fenícios, cuja existência foi bem posterior à de Moisés, e se as escritas anteriores, hieróglifos e cuneiformes, foram apenas decifradas no século passado, como poderia Moisés ter escrito aqueles livros? Se o tivesse feito, só o poderia fazer em hieróglifos, língua na qual a própria Bíblia diz que Moisés era perito (Atos 7:22) e, neste caso ela, a Bíblia do Velho Testamento, teria ficado desconhecida por nós até Champollion! Daí a frase de Wellhausen.


Acontece, porém, que no princípio do século XX ou, mais precisamente, nos anos de 1904 e 1905, Sir Flinders Petrie, fazendo escavações na Península do Sinai, patrocinadas pela Escola Britânica de Arqueologia no Egito, descobriu algumas inscrições muito diferentes do cuneiforme mas, embora aparentassem alguma semelhança com o hieróglifo, não o eram, em absoluto. O caso despertou enorme interesse entre os que cuidavam do assunto, especialmente quando começaram a aparecer mais vasos e óstracos (cacos de vasos com inscrições) portadores de sinais idênticos, em outros lugares na Palestina. Para encurtar a história, os estudos que arqueólogos famosos como, inclusive, W. F. Allbright fizeram, elucidaram completamente o caso e hoje se sabe perfeitamente que os sinais descobertos por Flinders Petrie pertencem à escrita chamada de proto-fenícia, proto-sinaítica ou cananita e . . . era alfabética! Com esta descoberta, a origem do nosso alfabeto se transportava da época dos fenícios para a dos seus antecessores, séculos antes, os cananitas que viveram no tempo de Moisés e antes dele. Foram estes antepassados dos Fenícios que simplificaram a escrita, passando a usar o alfabeto em lugar dos hieróglifos, isto é, sinais que representam sons ao invés de sinais que representam idéias. Para nós, porém, assume importância igualmente grande o fato de estes cananitas, inventores da escrita alfabética, serem justamente os da região onde Moisés pastoreava as ovelhas do seu sogro. Convém, portanto que os conheçamos um pouco mais.


A partir da XII dinastia, os egípcios começaram a explorar as minas de cobre e turquesa da região do Sinai, e uma das maiores delas ficava em Serabitel-Khaden, a cerca de oitenta quilômetros do tradicional Monte Sinai, onde foram dados os Dez Mandamentos. Em termos de jornada, esta região distava cerca de três dias de viagem do Egito. Neste local trabalhavam para os egípcios muitos semitas que praticavam uma religião muito semelhante à dos israelitas, tal como pôde ser observado pelos restos deixados por eles e descobertos pelos arqueólogos. Esta região era a mesma naquele tempo conhecida também pelo nome de ‘Terra de Midiã’, para onde Moisés fugiu da presença de Deus (Êxo. 2:15). Com estas descobertas, perderam sua razão de ser muitos dos argumentos contrários à Bíblia feitos pela Crítica Histórica, porque se verificou que a história bíblica daquele período passou a ser perfeitamente compreensível dentro dos costumes da época, inclusive a boa convivência de Moisés com o sacerdote Jetro, cujas religiões eram fundamentalmente as mesmas.


Ora vivendo Moisés quarenta anos nesta região, é óbvio que tomou contato com a escrita rude daquele povo, viu nela a escrita do futuro e passou a usá-la por duas grandes razões que teria julgado decisivas: a primeira foi a impressão grandiosa que teve de usar uma língua alfabética para seus escritos e que se compunha apenas de vinte e dois sinais bastante simples comparados com os ideográficos que aprendera nas Escolas do Egito; a outra teria sido o fato de compreender que estava escrevendo para seu próprio povo, cuja origem era semita como a dos habitantes da terra onde vivia, tendo estes uma religião idêntica à dos primeiros, ambas, porém, deturpadas pelas influências pagãs e oriundas do pecado; seus leitores seriam homens e mulheres, moços e moças do povo, especialmente israelitas que, não sendo versados em hieróglifos por causa da sua posição de escravos no Egito, aprenderam com muito mais facilidade os poucos e simples sinais alfabéticos que representavam sons do que os inúmeros e complicados hieróglifos que representavam idéias. . .


A frase de Wellhausen, se tida por verdadeira pelos seus discípulos antes das descobertas de Sir Flinders Petrie, deveria ser respeitada por eles mesmos depois delas, e seus seguidores deveriam passar a aceitar, sem mais contestações, a autoria mosaica destes livros.” (Revista Adventista, agosto de 1980, pp. 13 e 14).


Materiais Usados Para Escrever


Sendo que o papel só começou a ser usado na Europa por volta do décimo século A.D., antes disso eram usados os seguintes materiais para escrever: blocos de barro, ossos, pedras, tijolos de barro, couro, vários metais, tabuinhas cobertas de cera ou gesso, óstraco (cacos de vasos de barro), papiros e pergaminhos. Os museus do Velho Mundo estão repletos destes incipientes materiais de escrita. Dos escritos em blocos de pedra há documentos que se tornaram famosos pela antiguidade e conteúdo. Dentre estes se destacam: o Código de Hamurábi, a Pedra de Roseta, a Pedra Moabita e a Pedra de Siloé.


Seguem-se as sínteses dos dois mais famosos blocos de pedra apresentados por H. H. Halley em seu Manual Bíblico, pp. 50 a 54.


Código de Hamurabi


“Foi esta uma das mais importantes descobertas arqueológicas que já se fizeram. Hamurábi, rei da cidade de Babilônia, cuja data parece ser 1792-1750 a.C., é comumente identificado pelos assiriólogos com o “Anrafel” de Gên. 14, um dos reis que Abraão perseguiu para libertar Ló. Foi um dos maiores e mais célebres dos primitivos reis babilônios. Fez seus escribas coligir e codificar as leis do seu reino; e fez que estas se gravassem em pedras para serem erigidas nas principais cidades. Uma dessas pedras originalmente colocada na Babilônia, foi achada em 1902, nas ruínas de Susa (levada para lá por um rei elamita, que saqueara a cidade de Babilônia no século 12 a.C.) por uma expedição francesa dirigida por M. J. de Morgan. Acha-se hoje no Museu do Louvre, em Paris. Trata-se de um bloco lindamente polido de duro e negro diorito, de 2 m 60 cm de altura, 60 cm de largura, meio metro de espessura, um tanto oval na forma, belamente talhada nas quatro faces, com gravações cuneiformes da língua semito-babilônica (a mesma que Abraão falava). Consta de umas 4.000 linhas, equivalendo, quanto à matéria, ao volume médio de um livro da Bíblia; é a placa cuneiforme mais extensa que já se descobriu. Representa Hamurabi recebendo as leis das mãos do rei-sol Chamás: leis sobre o culto dos deuses dos templos, a administração da justiça, impostos, salários, juros, empréstimos de dinheiro, disputas sobre propriedades, casamento, sociedade comercial, trabalho em obras públicas, isenção de impostos, construção de canais, a manutenção dos mesmos, regulamento de passageiros e serviço de transporte pelos canais e em caravanas, comércio internacional e muitos outros assuntos.


Temos aí um livro, escrito em pedra, não uma cópia, mas o próprio autógrafo original, feito nos dias de Abraão, ainda existente hoje para testemunhar não só a favor de um sistema bem desenvolvido de jurisprudência, senão, também, do fato de que já nos dias de Abraão a capacidade literária do homem havia atingido um grau notável de adiantamento.”


A Pedra de Roseta


“É a chave da língua egípcia antiga. A língua da antigo Egito era hieroglífica, escrita de figuras, um símbolo para cada palavra. Pelo ano 700 a.C. uma forma mais simples de escrita entrou em uso, chamada ‘demótica’, mais aproximada do sistema alfabético, e que continuou como língua do povo até aos tempos dos romanos. No 5º século d.C. ambas caíram em desuso e foram esquecidas. De sorte que tais inscrições se tornaram ininteligíveis, até que se achou a chave de sua tradução. Essa chave foi a Pedra de Roseta.


Achou-a M. Boussard, um dos sábios franceses que acompanharam Napoleão ao Egito (1799), numa cidade sobre a foz mais ocidental do Nilo, chamada Roseta. Encontra-se hoje no Museu Britânico. É de granito negro, cerca de 1,30 m de altura, 80 cm de largura, 30 cm de espessura, com três inscrições, uma acima da outra, em grego, egípcio demótico, e egípcio hieroglífico, O grego era conhecido. Tratava-se de um decreto de Ptolomeu V, Epífanes, feito em 196 a.C. nas três línguas usadas então em todo o país, para ser colocado em várias cidades. Um sábio francês, de nome Champollion, depois de quatro anos (1818-22) de trabalho meticuloso e paciente, comparando os valores conhecidos das letras gregas com os caracteres egípcios desconhecidos, conseguiu deslindar os mistérios da língua egípcia antiga.”


Papiro


O papiro se destaca como o principal material antigo usado para escrever.


Planta originária do Egito, muito comum nas margens lodosas do Nilo, e usada abundantemente na preparação de uma espécie de papel. Ele só cresce em terrenos alagadiços, por isso em Jó 8:11 há a seguinte pergunta: Pode o papiro crescer sem lodo?


Normalmente se escrevia só de um lado do papiro e as folhas mais longas eram enroladas. Estes rolos recebiam o nome de volumes, palavra do latim – volvere que significa enrolar.


Os egípcios guardavam ciosamente o segredo da preparação do papiro para a escrita. No século VI a.C. começaram a exportá-lo para a Grécia e depois para outros povos que habitavam nas margens do Mediterrâneo, onde se criou um importante comércio desta especialidade, mormente na cidade da Biblos.


Quem hoje chega ao Cairo, capital do Egito, pode visitar, às margens do rio Nilo um navio-escola, onde se prepara o papiro com finalidades culturais e turísticas, mas não comerciais.


The Interpreter’s Dictionary of the Bible, vol. 3, p. 649, diz o seguinte sobre o papiro:


“O papel, palavra derivada de papiro, era preparado de finas faixas da parte interior da folha do papiro arranjadas verticalmente, com outra camada aplicada horizontalmente em cima. Um adesivo era empregado (Plínio diz que era água do Nilo!) e pressão aplicada para ligá-las formando uma folha. Após secar, era polida com instrumentos de concha ou pedra; depois as folhas eram atadas, formando rolos.”


Pergaminho


A preparação do pergaminho para receber a escrita tem uma interessante história. De acordo com a História Natural de Plínio, o Velho (Livro XIII, capítulo XXI), foi o rei Eumene de Pérgamo, uma cidade da Ásia Menor, quem promoveu a preparação e o uso do pergaminho. Este rei planejou fundar uma biblioteca em sua cidade, que se rivalizasse com a famosa biblioteca de Alexandria. Esta ambição não agradou a Ptolomeu do Egito, que imediatamente proibiu a exportação de papiro para Pérgamo. Esta proibição forçou Eumene a preparar peles de carneiro ou ovelha para receber a escrita, dando-lhe o nome do lugar de origem – pergaminho. O pergaminho era muito superior ao papiro, por causa da maior durabilidade. Os principais manuscritos bíblicos estão escritos em Pergaminhos. Paulo na sua II Epístola a Timóteo (4:13) roga ao jovem ministro para que lhe trouxesse os pergaminhos. Em grego a palavra não é pergaminho mas membrana.


O pergaminho continuou a ser usado até o fim da Idade Média quando o papel inventado pelos chineses e introduzido na Europa pelos comerciantes árabes tornou-se popular, suplantando todos os outros materiais da escrita. Os judeus eram bastante cuidadosos com a preparação de manuscritos destinados a receber os escritos sagrados, exigindo que a pele fosse de animal limpo e preparada por um judeu.


Palimpsesto


Em virtude de crises econômicas o pergaminho tornava-se muito caro, era então raspado, lavado e usado novamente. Estes manuscritos eram chamados palimpsestos (do grego palin = de novo e psesto = raspado).


Um famoso manuscrito – o Códice Efraimita está escrito em um palimpsesto. Por meio de reagentes químicos e raios ultravioletas eruditos têm conseguido fazer reaparecer a escrita primitiva desses palimpsestos. Dos 250 manuscritos unciais conhecidos hoje, do Novo Testamento, 52 são palimpsestos.


Formato dos Livros


O livro, através da sua longa existência, apresentou duas formas bem distintas: o rolo e o códice.


I) Rolo
Entre o povo judeu, bem como no mundo grego-latino, os livros eram normalmente publicados em forma de um rolo feito de papiro ou pergaminho. Formava-se o rolo colocando várias folhas de papiro ou couro uma ao lado da outra. O tamanho médio de um rolo entre os gregos era de 11 metros. Alguns rolos chegaram a ter o comprimento de 30 metros. O maior rolo de papiro, conhecido, é uma crônica do rei egípcio Ramsés II, com a extensão de 40 metros, conhecido como o Papiro Harris. O comprimento médio de um rolo bíblico estava entre 9 e 11 metros. Livros longos como Reis, Crônicas e Isaías eram divididos em dois rolos. Os dois maiores livros do Novo Testamento, Lucas e Atos, cada um preencheria um rolo de mais ou menos 10 metros de comprimento.


O manuseio de um rolo era mais difícil do que o de um livro atual, porque o leitor necessitava empregar as duas mãos, uma para desenrolá-lo e a outra para enrolá-lo. Além disso, as comunidades cristãs primitivas, em breve descobriram que era difícil encontrar específicos tópicos das escrituras num rolo. Diante dessas dificuldades, o engenho humano idealizou o livro nos moldes em que o temos hoje. Estes livros em seus primórdios eram chamados códices.


II) Códices
A palavra códice vem do latim “codex”, que designava primitivamente um bloco de madeira cortado em várias folhas ou tabletes para escrever. O códice era formado de várias folhas de papiro ou pergaminho sobrepostas e costuradas. Estes códices começaram a substituir os primitivos rolos no segundo século A.D. A afirmativa de que as comunidades cristãs, começaram a usar os códices nas igrejas, para diferençar dos rolos, usados nas sinagogas, pode ser verdadeira, levando-se em conta o seguinte. Dos 476 manuscritos não cristãos descobertos no Egito, copiados no segundo século A.D., 97% estão na forma de rolo. Em contrapartida, dos 111 manuscritos bíblicos cristãos dos primeiros 4 séculos da Era Cristã, 99 estão na forma de códice.


As vantagens dos códices sobre os rolos, no caso dos manuscritos bíblicos, são evidentes pelas seguintes razões:


1) Permitia que os quatro Evangelhos, ou todas as Epístolas paulinas se achassem num livro:
2) Era bem mais fácil o manuseio do livro;
3) Adaptava-se melhor para receber a escrita de ambos os lados, baixando assim o custo do livro;
4) A procura de determinadas passagens era mais rápida.


Tipos de Escrita


Na antiguidade havia dois tipos distintos de escrita em grego:


I) O cursivo, escrita rápida, empregado em escritos não literários, tais como: cartas, pedidos, recibos. Neste tipo de escrita eram comuns as contrações e abreviações.


II) O uncial, usado mais em obras literárias, caracterizava-se por serem as letras maiores e separadas umas das outras. Assemelhar-se-iam às nossas letras maiúsculas.


Os manuscritos bíblicos apresentam estes dois tipos de escrita, porém, não nos devemos esquecer que os principais se encontram em letras unciais.


No início do século IX A.D., houve uma reforma na maneira de escrever e uma escrita com letras pequenas, chamadas minúsculas, era usada na produção de livros. Letras minúsculas, economizando tempo e material, faziam com que os livros ficassem mais baratos e pudessem ser adquiridos por maior número de pessoas.


Nos manuscritos bíblicos primitivos, normalmente, nenhum espaço era deixado entre as palavras e até o século VIII a pontuação era escassamente usada. De acordo com J. Angus em História, Doutrina e Interpretação da Bíblia, Vol, I, p. 39, somente no século VIII é que foram introduzidos nos manuscritos alguns sinais de pontuação e no século IX introduziram o ponto de interrogação e a vírgula. Sentidos distintos têm surgido, quando uma simples vírgula é mudada de lugar, como se evidencia da leitura da conhecida passagem: “Em verdade te digo hoje, comigo estarás no paraíso”.


Muitas outras passagens bíblicas podem ser lidas com sentido totalmente diferente ao ser mudada a sua pontuação como nos confirmam os seguintes exemplos: “Ressuscitou, não está aqui.” “Ressuscitou? não, está aqui.” “A voz daquele que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor”; “A voz daquele que clama: no deserto preparai o caminho do Senhor.”


Texto de Pedro Apolinário, História do Texto Bíblico, Capítulo 8.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

8- Testemunhando em Roma - (As Pedras que Clamam) - Dr. Rodrigo Silva

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

7- Uma Ceia no Oriente - (As Pedras que Clamam) - Dr. Rodrigo Silva

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

6- Mensagem de Laodiceia - (As Pedras que Clamam) - Dr. Rodrigo Silva

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

5 - Enfrentando o Deserto da Judeia - (As Pedras que Clamam) - Dr. Rodrigo Silva

domingo, 11 de dezembro de 2011

4- Achados em Cafarnaum (As Pedras que Clamam) - Dr. Rodrigo Silva

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

2 Descobrindo a Porta Dourada Rodrigo Silva

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

1- Escavando a Babilônia - (As Pedras que Clamam) - Dr. Rodrigo Silva

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

3- O Escaravelho do Egito - (As Pedras que Clamam) Dr. Rodrigo Silva

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Arqueólogos descobrem fábrica de vinho em área próxima onde Noé cultivou uvas após o Dilúvio

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Figura 1. Primeiro centro de vinificação conhecido, situado em uma caverna na Armênia, próximo à fronteira sul com o Irã (Fonte: BibArch).

Em um recente artigo no Journal of Archaeological Science, arqueólogos, a partir de uma expedição conjunta entre armenios, americanos e irlandeses, anunciaram a descoberta do primeiro centro de operação de vinificação conhecido em uma caverna perto da fronteira sul da Armênia com o Irã. Este sítio encontra-se bem preservado graças a temperatura seca e a uma cama de fezes de ovelhas que acabou protegendo os artefatos. O mais interessante é que este achado fica a apenas 97 km de distância do Monte Ararat na Turquia, local onde o relato histórico-bíblico da vida de Noé relata que seu barco repousou quando as águas daquela catástrofe global baixaram.
É possível supor, portanto, que Noé foi o primeiro fabricante de vinho na era pós-diluviana.
“Sendo Noé lavrador, passou a plantar uma vinha” (Gênesis 9:20).
A palavra hebraica utilizada no verso acima é כּרם (kerem) que significa literalmente atividade de campo com videiras. O relato acima, infelizmente, levou a uma história triste que demonstra a realidade do ser humano quando, mesmo num simples descuido, se afasta de Deus, a famosa nudez de Noé quando estava embrigado.
“Bebendo vinho, embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda” (Gênesis 9:21).
A palavra original utilizada para vinho acima dá a entender que não era simplesmente o suco da uva, mas o suco da uva acrescentado de um processo de fermentação, tornando-o alcoólico. Tanto que, a palavra embriagado (heb: shâkar) remete a uma pessoa que saciou-se com bebida estimulante e a consumiu em abundância permitindo sua influência.
E embora muitos acadêmicos possam ser tentados a negar a historicidade das vinhas de Noé, a descoberta de evidências arqueológicas nas proximidades da mesma área onde a Bíblia registra que Noé também exerceu as mesmas atividades pode não ser tanta coincidência assim.
 

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