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segunda-feira, 25 de maio de 2015

Bíblia Fácil Apocalipse - João e o Livrinho Aberto

Como o capítulo 7, o capítulo 10 de Apocalipse é uma profecia parentética. Ela se encontra entre a sexta e a sétima trombeta dos capítulos 8, 9 e 11:15. Ela apresenta um quadro da última mensagem de Deus antes da Segunda Vinda de Cristo. A linguagem do capítulo sugere que o livrinho que o anjo traz em suas mãos não estivera sempre aberto, mas agora seu conteúdo será revelado. Na lição de hoje, aprenderemos sobre esse livrinho misterioso e os impressionantes desdobramentos da descoberta de seu significado.



segunda-feira, 4 de maio de 2015

Bíblia Fácil Apocalipse - Tema 4 - Os Sete Selos do Apocalipse

domingo, 3 de maio de 2015

Bíblia Fácil Apocalipse - Tema 3 - O trono de Deus

Bíblia Fácil Apocalipse - Tema 2 - As 7 igrejas

terça-feira, 28 de abril de 2015

Bíblia Fácil Apocalipse - Tema 1 - Contagem Regressiva

domingo, 29 de março de 2015

Download Revista Apocalipse – Fim ou Recomeço

Apocalipse


O que vem a sua mente quando você ouve a palavra Apocalipse? Muitos relacionam essa palavra com destruição do planeta terra e o fim da humanidade, como popularizado por muitos filmes de Hollywood. Porém, o livro do Apocalipse não tem nada a ver com essas ficções. Nele Deus tem uma mensagem para os cristãos de todas as épocas e, por mais incrível que possa parecer, é um dos livros mais belos. Nele todos os livros da Bíblia se encontram e se cumprem.

BÍBLIA FÁCIL APOCALIPSE, será uma série de estudos que cobrirá todos os 22 capítulos do livro do Apocalipse. Será apresentada por Arilton Oliveira, Mestre em Teologia e apresentador do programa Bíblia Fácil, da TV Novo Tempo. Durante 18 semanas, se estudarão variados temas do livro.

quinta-feira, 19 de março de 2015

A Atualidade do Apocalipse

Imagem: Fotolia

Todos os dias, os acontecimentos indicam que o mundo caminha para o fim. E, nesse contexto, um dos livros bíblicos mais relevantes é o que encerra o cânon: o Apocalipse. Foi num cenário semelhante ao das descrições bíblicas dos eventos finais que Jesus apareceu a João em Patmos, dando-lhe a mais completa profecia bíblica, a chave para entender todas as promessas ainda não cumpridas do Antigo Testamento, todas as enigmáticas palavras de Cristo e todas as explanações escatológicas dos apóstolos.

O Apocalipse é o livro da revelação. Seu título vem do grego apokalypsis, derivado do verbo apokalypto, palavra formada por apo (“de”) e kalypto (“esconder”, “ocultar”). A ideia é a de desvendar algo anteriormente oculto. O Apocalipse poderia ser chamado de O Evangelho de Jesus Cristo no Céu, pois há nele a apresentação do ministério de Cristo após sua ascensão e até sua prometida volta.

O termo apokalypsis e a forma verbal apokalypto são frequentes no Novo Testamento grego em relação ao retorno de Cristo e aos acontecimentos simultâneos, como a glorificação dos salvos e o castigo dos ímpios.

REVELAÇÃO ANTECIPADA

Um fato curioso a respeito do Apocalipse é que, bem antes de Deus revelar as visões escritas nesse livro, ele deu profecias antecipando que haveria de enviar as profecias do Apocalipse. Em Amós 3:7, o verbo usado para “revelar” na Septuaginta, a versão grega do Antigo Testamento usada pela igreja primitiva, é apocalypto. Ou seja, Deus já havia dito ao profeta Amós que, no futuro, haveria uma revelação ou um “apocalipse”.

Mais clara que a profecia de Amós é a que Paulo registrou em Romanos 16:25: “conforme a revelação ­[apocalypsis] do mistério guardado em silêncio nos tempos eternos”. O livro do Apocalipse refere-se a si mesmo como a revelação do mistério de Deus (Ap 1:20; 10:7). Assim, tanto o apóstolo Paulo quanto o profeta Amós tiveram conhecimento de que uma revelação especial do mistério de Deus viria a ser dada à igreja por meio de profecia.

Para o apóstolo Paulo, a revelação (ou apocalipse) de Jesus Cristo era a maneira pela qual ele pôde receber e aprender o evangelho: “o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação [apokalypsis] de Jesus Cristo”, pois “aprouve [a Deus] revelar [apokalypsai, aoristo do indicativo ativo do verbo apokalypto] seu Filho em mim” (Gl 1:11, 12, 15, 16).

Parece que Paulo recebeu diretamente de Cristo revelações que mais tarde foram repetidas e ampliadas no Apocalipse de João. Em 2 Coríntios 12:1-6, ele descreve “revelações” (apokalypseis, plural de apokalypsis) do Senhor. Ele recebeu seu “apocalipse” 14 anos antes de escrever essa carta. Sendo que 2 Coríntios data do verão de 57, essas visões e revelações do Céu devem ter ocorrido em 43.

As descrições nas suas cartas de detalhes inéditos dos eventos relacionados à vinda de Cristo evidenciam que ele tinha um conhecimento prévio de revelações que o restante da igreja só teria com a publicação do Apocalipse de João. Ele chegou a afirmar que tomou conhecimento dos detalhes da ressurreição dos justos descritos em 1 Tessalonicenses 4:15-18 “por palavra do Senhor”. Duas vezes Paulo associou a ressurreição dos salvos e a vinda do Senhor com o “ressoar da última trombeta” (1Co 15:52; 1Ts 4:16). O detalhe de ser a última trombeta só faria sentido se ele soubesse que haveria outras trombetas proféticas anteriores, e só o Apocalipse dá essa informação.

Usando a mesma expressão com que João introduziria seu livro, o apóstolo Paulo exortou a igreja a aguardar a revelação (apocalipse) de Jesus Cristo, o dom do testemunho de Jesus (Espírito de Profecia) que faltava para que a igreja estivesse enriquecida (1Co 1:4-9). O Apocalipse deveria ser aguardado pelos crentes porque essa revelação iria prepará-los para a volta de Jesus.

DÁDIVA DE ESPERANÇA

Jesus não revelou toda a sua mensagem, mas deixou que o Espírito da verdade revelasse as coisas que haveriam de vir (Jo 16:12, 13). No Apocalipse, o Espírito é diversas vezes mencionado como o autor da mensagem do livro, o testemunho de Jesus (Ap 1:1, 9; 12:17; 19:10; 20:4). O mais interessante é que o Apocalipse é o livro que anuncia as coisas que haveriam de vir (Ap 1:1, 19).

Um dos mais importantes papéis do Espírito Santo seria revelar o que hoje está escrito no Apocalipse. Mas isso não exclui a possibilidade de outros apóstolos que morreram antes da composição do livro terem recebido de Cristo suas próprias revelações das coisas vindouras. Se Paulo recebeu essas revelações, Pedro e Judas também registram em suas cartas revelações escatológicas semelhantes ao conteúdo do Apocalipse.

“Cada promessa do Apocalipse é destinada ao vencedor, aquele que perseverar até o fim e conservar pura sua fé”

Em sua primeira epístola, o apóstolo Pedro usou duas vezes a expressão grega apokalypsis Iesou Christou (revelação de Jesus Cristo [1Pe 1:7, 13]), a mesma frase inicial do Apocalipse de João, e uma vez a expressão en te apokalypsei tes doxes autou (na revelação de sua [de Cristo] glória [4:13]). Ele também falou da plenitude da salvação “preparada para revelar-se [apokalyphthenai, infinitivo aoristo passivo do verbo apokalypto] no último tempo” (1:5). Também se referiu à glória da qual os presbíteros fiéis participarão: “há de ser revelada [apokalyptesthai, presente do indicativo médio do verbo apokalypto]”.

Entretanto, foi em sua segunda epístola que Pedro expôs mais à vontade seu conhecimento dos temas apocalípticos. Aliás, o próprio objetivo que o apóstolo mencionou para escrever sua segunda carta foi a necessidade de deixar para a igreja uma compreensão correta da vinda do Senhor Jesus Cristo (2Pe 1:12-16).

Apesar de não usar o termo grego apokalypsis nem o verbo apokalypto, 2 Pedro, assim como a carta de Judas, traz grande número de semelhanças com o texto de Apocalipse. Nas epístolas de Pedro e Judas são antecipados muitos temas do Apocalipse, inclusive usando as mesmas imagens.

A igreja primitiva viveu uma ardente expectativa do segundo advento de Cristo para seus dias. Seria muito desmotivador para a florescente comunidade cristã tomar conhecimento de que um longo período de apostasia precederia a vinda de Cristo (2Ts 2:1-3; Ap 11:2, 3; 12:14). Parece que Deus, em sua sabedoria, anunciou a vinda de uma revelação maior sobre o segundo advento que seria outorgada ao apóstolo João (Jo 21:22). Essa revelação, o livro do Apocalipse, veio em um momento de perseguição da igreja, quando haviam se esgotado todas as expectativas a respeito dos sinais da segunda vinda de Jesus, do ponto de vista dos cristãos do 1º século.

O Apocalipse foi uma dádiva de esperança para uma igreja que atravessaria séculos de perseguição e de apostasia e ainda teria que ter fôlego para cumprir a missão de pregar a salvação em Cristo a todo o mundo.

Artigo de FERNANDO DIAS DE SOUZA,pastor em Nova Serrana (MG). Publicado Originalmente na Revista Adventista de Março de 2015

domingo, 8 de março de 2015

Bíblia Fácil Apocalipse - Pr. Arilton Oliveira (18 Temas - Completo)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Estudo Completo do Apocalipse - Pr. Luís Gonçalves - 27 Temas



sábado, 31 de janeiro de 2015

Profecias do Apocalipse - Estudo Bíblico Completo - Pr. Alejandro Bullón (18 Temas)


sábado, 14 de junho de 2014

Apocalipse Ilustrado em 3D COMPLETO voz de Cid Moreira

domingo, 28 de abril de 2013

Apocalipse 21:1- “o mar não mais existirá...”?



“Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.” Apocalipse 21:1.

            Ao escrever o apóstolo do amor as palavras: o mar já não existe, seu gozo deve ter sido inexprimível, pois isolado como estava na ilha penal de Patmos, o mar só tornava mais real a cruel separação e a solidão que lhe consumiam a alma. Mas quando Deus refizer a Terra, tudo que lembre a triste história do pecado e da tristeza será apagado. Na Terra feita nova não haverá fúria de tempestades, praias juncadas de destroços, mas tão somente a calma paz da eternidade. Não haverá apenas uma nova humanidade, mas uma nova geografia.
            Este presente mundo tem muito mais água em sua superfície do que terra; com efeito, três quintos da superfície da Terra estão cobertos por oceanos. Nos dias de Noé “irromperam-se as fontes do grande abismo”. Gn. 7:11. Isto foi o que provocou o dilúvio, não meramente a queda de chuvas. A Terra foi convulsionada, resultando em tremendas mudanças físicas. Depois do dilúvio, Deus disse: “Não tornarei mais a amaldiçoar a Terra por amor do homem.” Gn. 8:21. O dilúvio foi a última maldição em virtude do pecado e corrupção do homem.
            Por toda parte da Terra acumulam-se evidências de uma vasta destruição pela água. Não somente poderosos oceanos, mas enormes abismos e contorcidos estratos geológicos permanecem como lápides tumulares de uma civilização sepultada. A Palavra de Deus diz: “Pereceu o mundo de então, sendo sepultado pelas águas do dilúvio.” II Pedro 3:6. Somente a ação da água poderia depositar a abundante vida marinha que se encontra hoje na forma de fósseis em montanhas com 15 a 20 mil pés de altura. O mundo de hoje é, na verdade, um vasto cemitério. Mas quando Deus recriá-lo, não haverá mais “depósitos” a nos lembrar pecado e catástrofes.
Assim como para João o mar representava separação e solidão, para muitos o mar só lembra tragédias e perdas envolvendo pessoas queridas. Contudo o plano de Deus é que na Nova Terra não tenhamos mais que sofrer separações e tão pouco perdas, por isso o mar não mais existirá. 1



Débora Christina Teixeira
Instrutora Bíblica – Conselheiro Espiritual




1 Roy Allan Anderson, As Revelações do Apocalipse, pág. 223 e 224.

segunda-feira, 11 de março de 2013

A profecia de Apocalipse 17 já se cumpriu? É realmente uma profecia?


Se uma pessoa morre, devo deixar de orar por ela, ou orando ainda, Deus pode mudar seu destino?
O selo de Deus é o sábado ou o Espírito Santo?
Qual a conseqüência ao cometer o pecado contra o Espírito Santo?
Qual a correta genealogia de Jesus?
Quem esteve envolvido na criação do ser humano?

domingo, 27 de janeiro de 2013

Administração Obama: vamos forçar os cristãos a agirem contra a sua fé



(CNSNews.com) - Em um argumento legal, formalmente apresentado em um tribunal federal no caso da Hobby Lobby vs Kathleen Sebelius, a administração Obama está afirmando que a Primeira Emenda - que nega expressamente ao governo a autoridade para proibir o "livre exercício" da religião - mesmo assim permite forçar os cristãos a violar diretamente suas crenças religiosas, mesmo em um assunto que envolve a vida e a morte de seres humanos inocentes.

Porque os juízes - inclusive a juíza da Suprema Corte Sonia Sotomayor - recusaram-se a conceder uma liminar protegendo os proprietários de Hobby Lobby de serem forçados a agir contra a sua fé cristã, que assim estarão sujeitos a multas federais de até US $ 1,3 milhões por dia a partir de terça-feira por se recusarem a incluir drogas indutoras de aborto no plano de saúde do empregado.

A administração Obama está usando um argumento duplo do porquê ele pode forçar os cristãos a agirem contra a sua fé, em conformidade com a regulação emitida sob a lei Obamacare, que requer praticamente a todos os planos de saúde cobrirem - sem contraprestação - esterilizações, contraceptivos e drogas de indução de aborto. 

Leia mais: http://nation.foxnews.com/obamacare/2012/12/30/obama-administration-we-will-force-christians-act-against-their-faith#ixzz2IprxuNJ9

Fonte - FoxNews

Nota DDP: Uma a uma, todas as emendas estão sendo relativizadas. Como se percebe, a primeira emenda, após a questão do desarmamento, parece ser a questão da vez. E é através da inobservância da mesma que se verá os EUA cumprindo integralmente seu papel profético...
Fonte: Diário da Profecia

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Por que algumas pessoas têm medo de estudar o Apocalipse?



Apocalipse quer dizer “revelação”. Foi escrito durante um tempo em que as autoridades romanas estavam perseguindo os cristãos porque eles não prestavam culto ao Imperador romano, que chamava a si mesmo de “Senhor” e “Deus”. O livro foi escrito por João, que estava preso na ilha de Patmos por ter anunciado a boa notícia do evangelho (Apocalipse 1.9). Ele escreveu o livro para as sete igrejas da província romana da Ásia (Apocalipse 1.4,11), que ficava numa região que hoje faz parte da Turquia. Ele anima os seus leitores a continuarem fiéis a Jesus Cristo em tempos de perseguições e sofrimentos.
Depois das cartas às sete igrejas (Apocalipse 2-3), João descreve uma série de visões que teve. Elas mostram que as forças do mal não vencerão, que a vitória pertence a Deus e a Jesus Cristo, e aqueles que continuarem fiéis na sua fé receberão o prêmio da vida eterna no novo céu que Deus vai preparar. João usa figuras estranhas, símbolos e números que os seus leitores entendiam, mas que não seriam entendidos pelas autoridades romanas. Os leitores de hoje têm dificuldade de compreender completamente as visões de João, mas a lição principal do livro é simples e clara: “O poder para governar o mundo pertence agora a Deus, o nosso Senhor, e ao Messias que ele escolheu. E o Messias reinará para todo o sempre!” (Apocalipse 11:15).
O apocalipse para muitos é um livro difícil, enigmático, no qual são apresentados símbolos estranhos. Mas há promessas lindíssimas, e verdades de extrema importância, que não podem fugir a nossa compreensão. Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo (Apocalipse 1:3).
A maioria dos meios de comunicação de hoje transmite a idéia de que o apocalipse é o fim do mundo, onde aparecem monstros, e feras, e bestas, e os quatro cavaleiros para matar a humanidade.
Devido a isso, muitas pessoas não compreendem as verdades do apocalipse, e com isso não podem receber suas bênçãos; não compreendem que os símbolos do Apocalipse são apenas um “pano de fundo” que visam mostrar a atuação do personagem central do livro O Senhor Jesus Cristo.
Mas nós podemos estar certos de que a própria palavra apocalipse, significa revelação, e logo no primeiro versículo lemos que este livro é a “revelação de Jesus Cristo”. Jesus é o tema central do apocalipse. As profecias deste fantástico livro foram também escritas especialmente para nosso tempo, além de ser escrito para o povo da época também. É um livro para todas as gerações.
No fim do livro, lemos a declaração: “Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Apocalipse 22:20) Podemos ter a certeza de que Jesus irá voltar, muito breve. E todos aqueles que estiverem preparados para seu retorno a esse mundo, irão com Ele, para o céu. Não tema o Apocalipse, pois neste livro Deus tem uma linda a grande mensagem para sua vida.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Apocalipse 18:8 – tempo literal ou profético?



Alguns creem que se trata de tempo profético, e que, portanto, representa um ano literal; mas outros consideram que o anjo está realçando o aspecto repentino e inesperado das "pragas" que cairão sobre a Babilônia simbólica, especialmente por seu falso sentido de segurança (vers. 7); ou ainda está falando de um lapso de tempo indefinido. 
Em vista do que se diz sobre o mesmo acontecimento ocorrer em "uma hora" (vers. 10, 17, 19), parece preferível a segunda explicação (ver Jeremias 50: 29, 31). Ademais, o tempo dos verbos que acompanham as palavras "dia" e "hora" (Apocalipse 18: 10) sugere bem mais “um momento” do que “um período”, e, portanto, parece muito mais uma ênfase sobre o repentino e inesperado aspecto das pragas do que a duração. (Isaías 47: 9, 11; Jeremias 50: 31; 51: 8). 
Um “período de tempo" pode ser de um ano, de um mês, ou de um dia. “Hora”, “tempo” em Mateus 14:15;18:1; Marcos 6:35; Lucas 2: 38; João 16:2, 4, 25; 2 Coríntios 7: 8; Filemon 15; 1 João 2: 18; Apocalipse 14: 15 traduz-se como “pouco tempo”; em 1 Tessalonicenses 2:17 “breve tempo”; em Marcos 11:11 “entardecia”. É óbvio que o significado de hora deve ser determinado em cada caso pelo contexto.
Alguns usam o termo “hora” do capítulo 17 verso 12 como um tempo profético, o que representaria um lapso literal de umas duas semanas; mas o contexto parece indicar algo distinto. Reconhece-se geralmente que no capítulo 18 há uma explicação mais detalhada dos fatos descritos no capítulo 17:12-17; mas o lapso designado como “um dia” no capítulo 18 verso 8 também é chamado “uma hora” nos versos 10, 17, 19, de onde pode ser deduzido que a Inspiração se propôs a indicar um período breve sem especificar sua duração exata. Pelo que foi exposto, parece preferível entender a expressão “uma hora” do capítulo 17 verso 12 como um período breve, indeterminado.
Os lapsos de tempo mencionados nas passagens proféticas nem sempre designam o que comumente se conhece como tempo profético. Os sete anos de fome preditos por José, por exemplo, foram anos literais (Gênesis 41:25-31), da mesma forma os 40 anos de peregrinação preditos em Números 14:34. 
O mesmo pode ser dito dos 400 anos de Gênesis 15:13, dos 70 anos de Jeremias 25:12; 29:10, e dos 1.000 anos de Apocalipse 20:4.
Portanto, o termo “dia” ou “hora” pode ser melhor entendido como um período de tempo indeterminado, ou breve período de tempo indeterminado.


por Hudson Cavalcanti, colunista do Site Bíblia e a Ciência

sábado, 3 de novembro de 2012

O Número Sete no Apocalipse



Apoc. 1:4 Sete Igrejas 
Apoc. 1:4 Sete Espíritos
Apoc. 1:12 Sete Candieiros
Apoc. 1:16 Sete Estrelas
Apoc. 4:5 Sete Lâmpadas
Apoc. 5:1 Sete Selos
Apoc. 5:6 Sete Pontas
Apoc. 5:6 Sete Olhos
Apoc. 8:2 Sete Anjos
Apoc. 8:2 Sete Trombetas
Apoc. 10:3 Sete Trovões
Apoc. 12:3 Sete Cabeças
Apoc. 12:3 Sete Coroas
Apoc. 15:1 Sete Anjos 
Apoc. 15:1  Sete Pragas
Apoc. 17:9 Sete Montes
Apoc. 17:9 Sete Reis
Apoc. 1:3 Sete Bem-aventuranças (14:13; 16:15; 19:9; 20:6;
22:7, 14)

Sete é a palavra favorita no alfabeto de Deus.  Há sete dias na 
semana; sete notas na música; sete cores no arco-íris. O número 
sete é a  própria assinatura de Deus.  “O número sete indica 
plenitude,” e perfeição.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O Sábado no Livro de Apocalipse


Um dos ensinos mais divulgados pelos Adventistas do Sétimo Dia é que a questão central no conflito final da história do mundo diz respeito ao mandamento do sábado no decálogo.

Os adventistas crêem que os habitantes da Terra terão que escolher um dia entre o culto ao Deus verdadeiro, no dia de sábado, e o culto a um deus falso em um outro dia.
Contudo, tal ensinamento tem sofrido crescentes ataques, tanto de dentro da Igreja quanto de fora dela. Como muitos adventistas perceberam que o termo sábado não ocorre em parte alguma do Apocalipse, alguns deles vieram a questionar se esse ensino tem base bíblica ou se é fundamentado unicamente nos escritos de ElIen White.
Além disso, a questão em si quanto à oposição entre sábado e domingo parece ter perdido a relevância para as pessoas do mundo de hoje. Se perguntarmos a uma pessoa comum, nas ruas, se o sábado ou o domingo seria o dia correto de adoração, essa pessoa provavelmente responderá:
— Se vocês cristãos brigam por coisas tão irrelevantes, então para que serve ir à igreja?
Num ambiente tão negativo quanto a um ensino da Igreja, eu pensei que seria adequado fazer uma re-análise do sábado no livro do Apocalipse. Há uma base exegética para a declaração de que o sábado é uma questão central na crise final da história do mundo? O autor do Apocalipse nos aponta a direção do sábado na crise final ou os adventistas têm defendido essa posição sem uma justificativa bíblica?

A Linguagem da Alusão

Para compreendermos essa questão, é necessário entender uma característica básica do livro do Apocalipse. O Apocalipse está cheio da linguagem, idéias, lugares e pessoas do Antigo Testamento. Embora se trate de um livro do Novo Testamento, a estrutura lingüística básica do Apocalipse se fundamenta nas experiências do povo de Deus como estas se encontram registradas no Antigo Testamento.
Sendo assim, muitas pessoas deixam de perceber, em plenitude, a mensagem do Apocalipse porque elas não levam em consideração a natureza veterotestamentária de sua linguagem.
Mas aqueles que buscam compreender as raízes veterotestamentárias do Apocalipse logo encontram um problema considerável. O livro nunca cita o Antigo Testamento, ele somente alude a ele com uma palavra aqui, urna frase ali e um nome acolá.
Embora seja essencial identificar as referências veterotestamentárias no Apocalipse, pode ser bastante difícil reconhecer exatamente quando seu autor pretende aludir ao Antigo Testamento. Estratégias rigorosas precisam ser empregadas para garantir que o intérprete do Apocalipse compreenda o significado real do texto sem lhe impor qualquer significado externo.
Eu escrevi minha própria dissertação de doutorado acerca das sete trombetas do Apocalipse. Poucos assuntos poderão ser mais desafiadores. Eu logo descobri que faria pouco progresso com respeito às trombetas sem uma estratégia consistentemente bíblica para determinar as raízes veterotestamentárias das passagens. Primeiro, eu vou apresentas essa estratégia brevemente e, depois, vou ilustrá-la mais detalhadamente.

Uma Estratégia para Avaliar Alusões

Primeiro, utilize os rodapés da Bíblia, os comentários, as concordâncias e as listas de alusões (como as listas que aparecem no texto grego padrão de Nestlé-Aland); com essas informações, crie uma lista de alusões em potencial (que essas várias fontes admitem ocorrer em uma determinada passagem do Apocalipse em referência ao Antigo Testamento). Essa lista não deve ser aceita sem criticismo, mas deve ser criteriosamente avaliada da forma como sugiro a seguir.
Em segundo lugar, coloque a passagem selecionada do Apocalipse lado a lado com as várias passagens do Antigo Testamento em sua lista. Tente identificar paralelos verbais, temáticos e estruturais entre o Apocalipse e cada uma das passagens veterotestamentárias que estão sendo avaliadas.
Em terceiro lugar, pese essa evidência verbal, temática e estrutural para determinar se há uma alusão (uma referência intencional do autor a um contexto específico na literatura anterior) ao Antigo Testamento ou meramente um eco (uma referência não intencional baseada no conhecimento geral do autor acerca da literatura anterior e/ou sua influência no ambiente do autor).
Em quarto lugar, aplique os “insights” apropriados ao texto do Apocalipse. Se o autor estiver conscientemente aludindo ao Antigo Testamento, ele deve assumir que o leitor está familiarizado com o texto específico do Antigo Testamento e seu contexto mais amplo. Seria essencial para o intérprete, em tal caso, que ele estivesse atento à alusão e ao impacto de seu contexto na passagem do Apocalipse.
Se o autor estiver meramente fazendo eco ao texto do Antigo Testamento sem pretender, conscientemente, fazê-lo, o intérprete deve se acautelar para não importar o contexto veterotestamentário que o autor do Apocalipse não tinha em mente. Em outras palavras, pode-se falhar na interpretação do Apocalipse de duas formas: ignorando o papel do Antigo Testamento na linguagem do autor ou excessivamente valorizando tal papel.
A titulo de exemplificação de como o Antigo Testamento tem impacto na interpretação de um texto do Apocalipse, pode-se mencionar Apocalipse 13:1-2.
Essa passagem contém uma alusão fascinante ao Antigo Testamento: “Vi emergir do mar uma besta, que tinha dez chifres e sete cabeças e. sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia. A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso, e boca como boca de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade.” A maioria dos eruditos bíblicos presume que Apocalipse 13 se baseia em Daniel 7 onde quatro bestas saem do mar. Vamos avaliar esse ponto de vista.
Daniel 7 descreve quatro animais que saem do mar: um leão, um urso, um leopardo e um monstro bizarro e indescritível com dentes de ferro e dez chifres na cabeça. Já que o leopardo é caracterizado com quatro cabeças, essa quadrilha tem um total de sete cabeças.
Esses animais também têm um total de dez chifres. Lembra-se da besta de Apocalipse 13? Assim como as bestas de Daniel 7, ela sai do mar. Além disso, ela tem características de leão, urso e leopardo. Ela tem sete cabeças e dez chifres, um nítido paralelo com o total de cabeças e chifres das quatro bestas de Daniel 7. Parece claro, portanto, que Apocalipse 13:1-2 tem por base a visão de Daniel 7.

Paralelos Verbais, Temáticos e Estruturais

As coisas, no entanto, dificilmente se apresentam tão claramente em Apocalipse. Como, então, avaliar o pano de fundo veterotestamentário do Apocalipse quando a evidência é menos clara do que no caso de Apocalipse 13? Para tal, é necessário que se coloque o texto de Apocalipse lado a lado com a possível fonte do Antigo Testamento. É preciso compará-los cuidadosamente, buscando três tipos de evidência: paralelos verbais, paralelos temáticos e paralelos estruturais entre os textos.
Os paralelos verbais ocorrem quando há palavras de destaque em comum entre a passagem do Apocalipse e a possível fonte do Antigo Testamento. Palavras menos importantes como preposições, conjunções e artigos definidos geralmente não contam.
Quanto mais palavras em destaque as duas passagens tiverem em comum, mais provavelmente o autor tenha tido a intenção de chamar a atenção do leitor para o Antigo Testamento a fim de que ele aplique o significado veterotestamentário à sua compreensão do Apocalipse.
No exemplo de Apocalipse 13 e Daniel 7, os paralelos verbais são “mar,”“leão,”“urso”, “leopardo”, “cabeças” e “chifres.” Esse é um dos paralelos mais fortes com o Antigo Testamento em todo o livro do Apocalipse.
Os paralelos temáticos podem ocorrer entre passagens mesmo quando há somente uma palavra (e, às vezes, nenhuma palavra) em comum entre elas. Paralelos temáticos envolvem um paralelo de tema ou idéia, não necessariamente assinalado por palavras paralelas.
Em si mesmos, os paralelos temáticos são o mais fraco dos três tipos de evidência em favor de uma alusão direta. Em Apocalipse 13 há um paralelo temático com Daniel 7 em termos de animais que saem do mar e representam poderes mundiais.
Os paralelos estruturais ocorrem quando várias palavras e temas de uma seção do Apocalipse aparecem em paralelo com um contexto específico do Antigo Testamento. Esses paralelos estruturais com o Antigo Testamento fornecem, de modo geral, forte evidência em favor das alusões intencionais nos detalhes mais específicos do texto apocalíptico.
Exemplos de paralelos estruturais bem organizados em Apocalipse incluem o uso do texto de Ezequiel (em Apocalipse 4, 7 e 17-22); o uso de Daniel em Apocalipse 5, 13 e 17; o uso de Gênesis 3 em Apocalipse 12; as pragas de Êxodo nas trombetas e nas pragas apocalípticas, e a queda da antiga Babilônia em Apocalipse 16-19. Em Apocalipse 13, há numerosos e marcantes paralelos com Daniel 7, embora eles não ocorram exatamente na mesma ordem. Nas duas passagens bestas emergem do mar, sete cabeças e dez chifres estão envolvidos e referências são feitas a um leão, um urso e um leopardo.
Em conclusão, enquanto que o uso que o autor faz do Antigo Testamento no livro de Apocalipse é mais ambíguo do que gostaríamos que fosse, uma atenção cuidadosa às palavras, temas e estruturas dentro daquele livro pode nos aproximar muito das intenções originais do autor quanto a seu uso do Antigo Testamento e, portanto, oferecer-nos uma visão mais clara de como o autor gostaria que suas palavras fossem interpretadas.

O Contexto de Apocalipse 12 e 14

Voltemos agora à questão que motivou este artigo: o papel do sábado na crise final da história deste planeta. O texto básico acerca deste assunto, no livro de Apocalipse, é o capítulo 12 verso 17. Ali encontramos uma descrição da guerra entre o dragão e o remanescente, uma guerra que é pormenorizada em Apocalipse 13 e 14.
Em certo sentido, Apocalipse 12:17 é um resumo antecipado da crise final como um todo. Assim, os capítulos 13 e 14 servem como uma exegese e um desenvolvimento da declaração básica feita em 12:17: Apocalipse 13 pormenoriza a guerra do dragão e Apocalipse 14 elabora acerca do caráter e da mensagem do Remanescente.
O dragão faz guerra contra o Remanescente no capítulo 13. Ele busca o auxílio de dois aliados no conflito, um emerge do mar e o outro emerge da terra. Os três protagonistas (o dragão, a besta do mar e a besta da terra) formam uma trindade iníqua que busca contrafazer a obra da verdadeira Trindade. O dragão contrafaz a obra de Deus, o Pai; a besta do mar, a obra de Deus; o Filho; e a besta da terra, a obra do Espírito Santo. Essa tríplice e iníqua aliança ataca o Remanescente na batalha final.
Qual é a questão básica em tal ataque? Os capítulos 13 e 14 não nos deixam qualquer dúvida. Em sete ocasiões diferentes (Ap 13:4, 8, 12, 15; 14:9, l1), o texto desses capítulos fala sobre a adoração do dragão, sobre a adoração da besta do mar e sobre a adoração da imagem da besta. A questão na crise final da história deste planeta é claramente uma questão relativa à adoração.
Em contraste com esse apelo que é proferido sete vezes para que adoremos a iníqua trindade ou a imagem da besta. há um único apelo, nesses capítulos, para que adoremos a Deus (Ap 14:7). O chamado para adorar “Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” torna-se, portanto, a afirmação central de toda essa seção do Apocalipse e, talvez, o apelo central de todo o livro. Tudo o que está escrito nos capítulos 12-14 focaliza esse chamado para a adoração. A adoração é de forma patente, a questão central envolvida na derradeira crise da história deste planeta.
Um aspecto interessante é que a linguagem dessa afirmação central se baseia nas expressões encontradas no quarto mandamento, em Êxodo 20:11. Ali é declarado que “em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há...” Esses dizeres se encontram refletidos em Apocalipse 14:7 — “Adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” O ponto central e nevrálgico da descrição apocalíptica da crise final é uma alusão direta a Êxodo 20.
A atenção ao mandamento do sábado é, portanto, a resposta ideal ao chamado final de Deus para a adoração e, da mesma forma, a resposta ideal aos sete apelos que a besta faz para a adoração da trindade iníqua.

Os Paralelos de Apocalipse 14:7 com o Antigo Testamento

Paralelos Verbais:
Nesse ponto, leitores argutos podem suscitar uma objeção. Como podemos saber que o autor do Apocalipse conscientemente pretendia que o leitor compreendesse uma alusão ao quarto mandamento exatamente aqui (Ap 14:7) em sua narrativa? O Salmo 146:6 não contém exatamente a mesma linguagem de Êxodo 20? Como podemos saber que João estava citando Êxodo 20 e não o Salmo 146? Ele não poderia estar aludindo ao referido salmo, em cujo caso não haveria referência alguma ao quarto mandamento?
Essa é uma argumentação válida. O Salmo 146:5-6 afirma: “Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxilio, e cuja esperança está no Senhor seu Deus que fez os céus e a terra, o mar e tudo quanto neles há, e que guarda a verdade para sempre.” Isso se aproxima muito de “adorai Aquele que fez o céu e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14:7).
Com efeito, na Septuaginta (uma tradução grega do Antigo Testamento disponível no período neotestamentário), as palavras do Salmo 146:6 (SI 145:6, na Septuaginta) são praticamente as mesmas encontradas em Apocalipse 14:7. Portanto, há fortes paralelos verbais em Apocalipse 14 tanto em relação a Êxodo 20 quanto ao Salmo 146, com uma pequena vantagem talvez para o Salmo 146.

Paralelos Temáticos:
Contudo, os paralelos verbais são apenas um tipo de evidência em favor de urna alusão consciente ao Antigo Testamento em Apocalipse. Os paralelos temáticos e estruturais são também importantes. Há paralelos temáticos entre Apocalipse 14:7 e Êxodo 20? Sim. Os primeiros quatro dos dez mandamentos (Êxodo 20:3-11) contêm três motivações para a obediência.
Primeiramente, há a motivação da salvação. O preâmbulo do decálogo (Êxodo 20:2-3) diz: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim.” Nossa obediência deve ser uma resposta ao que Deus já fez por nós.
Em segundo lugar, há a motivação do juízo. O segundo mandamento fala acerca de visitar “a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração” (Êxodo 20:5). Isto é, há conseqüências para a desobediência.
Finalmente, em terceiro lugar, há a motivação da criação. “Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou” (Êxodo 20:11). Deus criou o homem e sabe o que é melhor para ele. Portanto, há três motivações para a obediência na primeira parte da lei: salvação, juízo e criação.
As mesmas três motivações ocorrem no contexto de Apocalipse 14:7. Apocalipse 14:6 fala de um anjo que proclama “o evangelho eterno”. Aqui vemos o tema da salvação. Em Apocalipse 14:7 encontramos também o tema do juízo:
“Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é chegada a hora do seu juízo.” E, anteriormente, já havíamos visto o tema da criação em Apocalipse 14:7: “adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.”

Sendo assim. Apocalipse 14:6-7 tem as mesmas três motivações que induzem a uma mesma reação às quais encontramos na primeira tábua da lei (isto é, nos quatro mandamentos que normatizam a relação entre a criatura e o Criador): salvação, juízo e criação. E, além disso, esses ocorrem na mesma ordem em que aparecem em Êxodo 20!
Algum desses temas ocorre no Salmo 146? Sim. Ali aparece o tema da salvação: “Não confieis em príncipes, nem em filho de homem, em quem não há auxílio... Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, e cuja esperança está no Senhor seu Deus” — vs. 3 e 5. Há também ali o tema da criação:

que fez os céus e a terra, o mar e tudo quanto neles há” — v. 6.

Há ainda o tema do juízo: “que faz justiça aos oprimidos” — v. 7. Os paralelos temáticos com o Salmo 146 são, portanto, tão fortes quanto aqueles com Êxodo 20, mas não na mesma ordem. Sendo assim, pode-se afirmar que há forte evidência em favor de ambos contextos no Antigo Testamento, mas há uma ligeira vantagem para Êxodo 20, sob a perspectiva de que os temas ocorrem na mesma ordem em Apocalipse 14 e Êxodo 20.

Paralelos Estruturais:

Isso nos conduz à busca de paralelos estruturais. Examinemos, agora, a evidência estrutural de Apocalipse 12-14. Os dez mandamentos, dos quais Êxodo 20:11 é uma parte, parecem ser uma estrutura principal subjacente a toda essa seção do Apocalipse. O remanescente e caracterizado, entre outras coisas, como sendo aqueles que “guardam os mandamentos de Deus” (Apocalipse 12:17; 14:12).
Entretanto, a questão, aqui, não envolve os mandamentos de forma indiscriminada. O ponto nevrálgico se centraliza no aspecto da adoração. E, especificamente, esse aspecto é enfocado na primeira tábua do decálogo (isto é, nos quatro primeiros preceitos): os mandamentos que dizem respeito a nosso relacionamento com Deus.
Quando se compreende essa realidade, não é surpreendente que, em Apocalipse 13, as bestas contrafaçam não apenas a Trindade, mas também cada um dos quatro primeiros mandamentos do decálogo. O primeiro mandamento declara: “Não terás outros deuses diante de mim” (Ex 20:3), mas a besta que emerge do mar pretende tomar o lugar de Deus ao receber adoração (Ap 13:4, 8).
O segundo mandamento adverte-nos com respeito à adoração de imagens, no entanto, a besta que emerge da terra erige uma imagem a fim de ser adorada (Ap 13:14-15). O terceiro mandamento diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão”, mas a besta do mar “abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome” (Ap 13:6).
O quarto mandamento diz: “Lembra-te do dia de sábado.” Os tabletes que continham os antigos pactos eram lacrados com selos estampados sobre eles. Tais selos eram um sinal de propriedade e autoridade. Uma vez que o decálogo segue a forma desses antigos tabletes de concerto, ele também tem um selo de propriedade e autoridade estampado sobre ele — o mandamento do sábado: “Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado. e o santificou” (Ex 20:11).
A declaração acima é a única contida nos dez mandamentos em que é declarado o fundamento da autoridade de Deus sobre toda a criação: Ele é o Criador. De igual forma, o conceito do selo é importante também em Apocalipse: os 144 mil são selados em suas frontes (Ap 14:1; cf. 7:3-4; Ex 31:13 e 17).

A trindade iníqua oferece, também, uma contrafação do selo, a marca da besta (Ap 13:16-17). Destarte, todos os quatro mandamentos da primeira tábua do decálogo sofrem ataque por parte da trindade iníqua de Apocalipse 13. A primeira tábua da lei está no centro do conflito entre o dragão e o remanescente.
Essa série de conexões verbais e temáticas entre o conteúdo dessa parte do Apocalipse e passagens relacionadas aos dez mandamentos, indica que um importante paralelo estrutural dá-se em relação ao decálogo, especialmente no que tange à porção que diz respeito à relação entre o adorador e a Divindade.
Essa evidência estrutural oferece um apoio incontestável à probabilidade de que o significativo paralelo verbal entre Apocalipse 14:7 e Êxodo 20:11 tenha sido intencional. Não há absolutamente nenhuma relação entre Apocalipse e Salmo 146 que se assemelhe a essa.
A evidência cumulativa é tão forte que um intérprete bem pode afirmar que não há nenhuma alusão direta ao Antigo Testamento (em Apocalipse) que seja mais certa do que a alusão ao quarto mandamento em Apocalipse 14:7.
Quando o autor de Apocalipse descreve o apelo final de Deus à raça humana, no contexto do engodo do tempo do fim, ele o faz em termos de um chamado à adoração do Criador no contexto do quarto mandamento.

A Questão da Relevância

Não obstante, ainda que biblicamente correto, faz qualquer sentido ver o sábado corno uma espécie de questão definidora na crise final da história deste planeta? Por que Deus escolheria esse tipo de questão como centro focal da crise escatológica?
No centro da questão está o fato de que o sábado é uma forma ideal de testar se as pessoas são, de fato, leais a Deus. O mandamento sabático é diferente dos outros nove. Todos os demais têm uma fundamentação racional motivada pelo interesse próprio: afinal de contas, os princípios da segunda tábua do decálogo são mesmo a legitima base de governo em muitos países.
Vejamos: “Não matarás” é uma lei lógica para qualquer um que não queira morrer. “Não furtarás” faz perfeito sentido para qualquer um que queira proteger suas propriedades adquiridas com muito esforço pessoal. Mandamentos assim são racionais e chegam até a apelar a uma certa parcela de interesse próprio.
A mesma coisa acontece com os três primeiros mandamentos, que dizem respeito a nosso relacionamento com Deus, Se Deus é quem Ele alega ser, não faz sentido adorar a nenhum outro.
A única parte do decálogo que não é lógica é o mandamento de adorar no sábado, em vez de em qualquer outro dia da semana1 Tal mandamento é tão destituído de lógica que as pessoas seculares o acham até difícil de considerar seriamente, pois não vêem nenhum beneficio ou interesse próprio em tal princípio.
Afinal de contas, ninguém conseguiu até hoje demonstrar qualquer base cientifica ou racional para se considerar um dia mais especial para Deus do que os demais. O sol brilha e a chuva cai de igual maneira tanto no sábado quanto no domingo. Guardar o sábado requer que confiemos em Deus, mesmo quando os cinco sentidos nos informam que não há nenhuma razão lógica para fazer isso.
O sábado representa, escatologicamente, aquilo que a árvore do conhecimento do bem e do mal representava no princípio. O fruto da árvore era, provavelmente, tanto palatável quanto nutritivo. A única razão para não comê-lo era o fato de Deus o ter proibido.
Assim é com o sábado. A única razão de preferir o sábado ao domingo é porque Deus assim o ordenou, não há nenhuma outra explicação. Aceitamos o sábado respaldados unicamente pela Palavra de Deus, pois cremos que as Escrituras são um relato confiável da mente e da vontade de Deus.
O sábado é, portanto, um bom teste de nossa fidelidade a Deus e Sua Palavra. As Escrituras são um registro tão fiel das ações de Deus no passado quanto das realidades futuras no tempo do fim, É porque cremos nas Escrituras que damos crédito àqueles eventos do tempo do fim por elas descritos.

Em conclusão, o Apocalipse pinta o fim do mundo como tempo de um grande engodo mundial, que vai transcender os cinco sentidos, mesmo entre o povo de Deus. Entretanto, aqueles que crerem, aceitarem e seguirem os reclamos da Palavra de Deus, esses não perderão o rumo durante esse tempo do engano final.

Autor: John Paulien, Ph.D, professor de Novo Testamento na Andrews University, EUA; artigo traduzido do manuscrito original em Inglês pelo Dr. Milton L. Torres e publicado na Revista Teológica do SALT – IAENE de Janeiro-Junho de 1999.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Apocalipse (O Fim Revelado) 24 - A sétima trombeta

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