quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Por que a medicina ignora a teoria da evolução?



Por Everton F. Alves (e-Book)

Ao mesmo tempo em que a Medicina avançou muito no século 20, ela também cometeu atrocidades ao abraçar o dogmatismo evolucionista. Milhares de pacientes "tratados" com os princípios médicos darwinianos sofreram desnecessariamente, experimentando confusão, cirurgias dolorosas e desumanas e até mesmo a morte. Um dos exemplos e o mais notório dentre eles foi a defesa médica da promoção e prática de eugenia.

A eugenia surgiu de uma missão em melhorar a composição genética geral da raça humana por meio de experiências científicas, onde os médicos eugenistas selecionavam e produziam biologicamente pessoas “superiores” ao forçar a eliminação de “defeitos” genéticos por esterilização, aborto ou eutanásia de pessoas “inferiores”. Essa prática foi devida à medicina darwiniana [1]. Muitas vidas foram destruídas durante a primeira manifestação em grande escala a partir da crença de Charles Darwin de que "as raças civilizadas do homem quase certamente exterminaria e substituiria as raças selvagens em todo o mundo" [2: p.241-242].

Os métodos eugenistas utilizados ganharam destaques científicos e serviram como um protótipo para a introdução de ideias evolucionistas na medicina [3]. Foram criadas revistas científicas, tais como os Annals of Eugenics e Eugenics Quarterly desde fóruns de discussão intelectual com revisão por pares. As principais revistas de ciência da época também promoveram a eugenia. Aos defensores da medicina darwiniana foram dadas altas honras acadêmicas, enquanto os dissidentes foram marginalizados.

Essas ações deram à eugenia uma aparência de respeitabilidade científica, seguida de aceitabilidade médica. Qual foi o resultado? Somente nos Estados Unidos, mais de 70.000 vítimas foram esterilizadas, incluindo 8.000 procedimentos em Lynchburg, Virginia [4]. Em muitos outros países, como o genocídio dos Hereros (povo que habita a Namíbia) e mais notoriamente na Alemanha, milhares de incontáveis sofreram os horrores da eugenia [5, 6].

Portanto, a Medicina darwiniana esteve diretamente à serviço do nazismo, e muitos cientistas médicos seguiram Hitler sem resistência [7, 8]. Mas por que a evolução está ausente nos pensamentos e práticas dos médicos modernos? A literatura relata que "quando os horrores nazistas foram divulgados no final da II Guerra Mundial, as publicações científicas sobre evolução e medicina cessaram de repente” [9: p.1801].

E o que dizer do conceito de órgãos vestigiais? Por causa do livro The Descent of Man de Darwin e da subsequente medicina darwiniana, que considerou órgãos perfeitamente saudáveis como rudimentares e inúteis, a Ciência estagnou e/ou regrediu durante décadas [3]. Milhares de órgãos foram extirpados “profilaticamente”! Muitos desses órgãos, discutidos nos capítulos anteriores, somente hoje suas funções são reconhecidas cientificamente.

Entretanto, ignorando o histórico médico darwiniano, alguns cientistas neodarwinistas ainda hoje alegam que a Medicina seria “impossível” sem uma profunda crença na teoria da evolução [10, 11]. Aliás, é visível o desespero da comunidade científica representada principalmente por biólogos evolucionistas na tentativa de trazer a Medicina de volta para o seu lado, e até mesmo em discipliná-la rigorosamente na forma como devem aprender, quando devem aprender e como devem aprender [9, 10].

Biólogos neodarwinistas defendem a introdução de uma nova disciplina no curso de Medicina: medicina darwiniana [9, 10]. Eles oferecem garantias de que a aplicação de princípios evolutivos para o cenário atual da saúde pública não deve ser temido, porque, eles escrevem, "novas abordagens evolutivas para a medicina são quase inteiramente desconectadas com esses movimentos anteriores" [9: p.1801]. Dois proponentes do neodarwinismo, George Williams da Universidade Estadual de Stony Brook, e Randolf Nesse da Universidade de Michigan, afirmam:

Biologia Evolutiva [...] não tem sido enfatizada nos currículos médicos. Isso é lamentável, porque novas aplicações de princípios evolutivos para problemas médicos mostram que os avanços seriam ainda mais rápidos se os profissionais médicos estivessem tão sintonizados com Darwin como têm sido para Pasteur [12: p.2].

No entanto, é provável que os autores desconheçam o fato de que as contribuições de Louis Pasteur para a medicina foram completamente independentes de hipóteses evolutivas [3]. Ele dirigiu a investigação em áreas que têm inegavelmente salvado milhões de vidas ao contrário das explicações insignificantes da abordagem darwinista. Outro exemplo é o de Paul Sherman, biólogo evolucionista da Universidade de Cornell, o qual analisa se os sintomas são “adaptações úteis” ou verdadeiras patologias. Ele refere que:

“[...] uma febre ligeira [...] é muitas vezes a resposta natural do organismo à infecção. Estudos mostram que uma febre leve induz a um tempo de recuperação mais rápido. [...] Com este conhecimento, [...] um médico pode sugerir que uma febre leve pode ser vencida [sozinha] como a cura mais facilitada para uma doença. [...] [Sherman] observou que a abordagem da medicina darwiniana é um acréscimo à caixa de ferramentas do médico para oferecer uma ampla gama de tratamentos, incluindo aconselhamento de um paciente em alguns casos, para ajudar o [próprio] sistema evoluído do corpo a fazer a cura” [13].

As teorias darwinianas “inovadoras” sobre a doença incluem: 1) o daltonismo ligado ao X evoluiu para ajudar os caçadores masculinos paleolíticos a enxergar camuflagem; 2) a coceira associada a picadas de insetos evoluiu para que as pessoas evitassem ser mordidas; 3) a miopia pode ser resultado de uma interação entre genes e de uma característica do trabalho próxima de sociedades alfabetizadas; 4) salivação, lacrimejamento, tosse, espirros, vômitos (particularmente "doença matutina"), e diarreia evoluíram para expulsar substâncias nocivas e agentes microbiológicos; e 5) repugnância natural dos seres humanos para com lixo, fezes, vômito, e purulência é uma defesa evoluída contra o contágio [14, 15].

Como pode ser visto a medicina darwiniana não acrescenta nada à caixa de ferramentas do médico. Por exemplo, o único aspecto darwiniano para a interpretação de Sherman acerca da interação febre-infecção observada é a suposição inexplicável de que a febre é uma resposta evoluída [3]. Tais explicações falham diante dos padrões científicos aceitos, visto que não podem ser testadas. Mesmo aquelas observações benéficas putativas da seleção natural, tais como a resistência bacteriana aos antibióticos, a vantagem heterozigota da doença falciforme na resistência à malária e a deficiência da enzima G6PD que causa anemia hemolítica, mas também oferece proteção contra a malária, não são baseadas em medicina darwiniana, mas foram observadas através das ciências básicas relevantes de microbiologia e genética molecular.

É também importante notar que nenhuma das explicações darwinianas integra (muito menos são baseadas em ensaios) de filogenia ou desenvolvimento evolutivo físico real do próprio organismo [3]. Hipóteses evolucionistas sobre a fisiologia humana são notoriamente difíceis de investigar, dado longos períodos de geração dos seres humanos [16]. Essa falha, juntamente com necessidades acrescidas de ensinar uma nova pesquisa médica se dá, possivelmente, porque a medicina evolutiva foi deixada de fora dos currículos de cada escola médica americana [3]. "Adicione a isso o fato de que o campo não conseguiu até agora fornecer resultados clinicamente úteis e você verá por que as escolas de medicina não têm interesse", admitiu o proponente da medicina evolutiva Stephen Lewis [16].

Mas não se engane! Stephen Lewis não é o único a admitir a falta de utilidade da teoria que ele próprio defende. O biólogo neodarwinista Jerry Coyne também afirmou na revista Nature:

“Verdade seja dita, a [teoria da] evolução não tem produzido muitos benefícios práticos ou comerciais. Sim, a bactéria evolui resistência aos medicamentos, e sim, nós devemos tomar medidas defensivas, mas além disso não há muito o que dizer. A [teoria da] evolução não pode nos ajudar a predizer quais novas vacinas a fabricar porque os micróbios evoluem de modo imprevisível. Mas a [teoria da] evolução não ajudou a guiar o melhoramento do cruzamento animal e de plantas? Não muito. A maioria do melhoramento do cruzamento de plantas e animais ocorreu muito antes de nós sabermos qualquer coisa sobre a [teoria da] evolução, e isso veio pelas pessoas que seguiram o princípio genético de que “os semelhantes geram semelhantes”. Mesmo hoje, como seus praticantes admitem, o campo da genética quantitativa tem sido de pouco valor em ajudar a melhorar as variedades. Os avanços futuros quase que certamente virão dos transgênicos, que não são de jeito nenhum baseados na [teoria da] evolução” [17: p.984].

No entanto, até mesmo a resistência bacteriana ao antibiótico a qual Coyne se refere não tem nada a ver com a macroevolução. Na verdade, a suposição de que as características de resistência têm realmente evoluído em patógenos é errônea [18]. A resistência aos antibióticos envolve a seleção natural e o embaralhamento genético de genes que a bactéria já possui. É por isso que a resistência aos antibióticos em uma população de bactérias pode desenvolver-se rapidamente, sem a necessidade de milhões de anos. Além do mais, bactérias que exibem um crescimento mais rápido e um aumento na capacidade competitiva das cepas (metabolização de citrato na ausência de oxigênio ou resistência a antibióticos, por exemplo), também apresentam custo de fitness, ou seja, perda de informação genética devido à ocorrência de acúmulo de mutações deletérias, o que resulta em diminuição de seus genomas [19, 20].

Entretanto sabemos que, contra fatos, não há argumento. Sendo assim, em 2007, uma pesquisa norte-americana realizada pelo Seminário Teológico Judaico, em âmbito nacional, analisou 1.472 médicos e descobriu que 38% deles acreditam que os seres humanos evoluíram naturalmente, sem envolvimento sobrenatural. Por outro lado, do total de entrevistados, 34% acham que uma inteligência superior desempenhou um papel na origem dos seres humanos [44]. Essa é uma parte muito significativa dos médicos que apoiam o design inteligente. Além disso, metade dos médicos pesquisados acredita que as escolas deveriam ser autorizadas, mas não obrigadas, a ensinar a teoria do design inteligente (TDI).

Diante desses resultados, alguns neodarwinistas se adiantaram em argumentar que médicos não são cientistas. Para David Gorski, cirurgião e pesquisador da Universidade Estadual de Wayne, por exemplo, “a maioria dos médicos não são cientistas. Isso não é uma crítica negativa, mas eles são mais parecidos com os engenheiros” [45]. Será mesmo? Como vimos anteriormente [arquivo 1 e 2], cientistas médicos fizeram parte dos principais avanços da “História da ciência médica”, e olha que nessa compilação nem mesmo de longe se encontram os principais contribuintes. Para conhecer mais cientistas que fizeram a diferença nas ciências médicas, sem, no entanto, se utilizar dos princípios evolutivos, eu sugiro a leitura do livro de Henry Morris, intitulado Men of Science, Men of God: Great Scientists Who Believed the Bible.

Percebemos em sua fala que, Gorski tenta justificar sua afirmação com uma tentativa de compensação comparando médicos a engenheiros. Mas consideremos sua afirmação por um breve momento. Para os proponentes do design inteligente, exercer uma rotina diária e estafante é algo que os biólogos evolucionistas nunca o fazem [46]. A responsabilidade do médico ou do engenheiro é manter, desenvolver ou construir sistemas complexos, mesmo a partir do zero, sistemas estes que devem operar de forma contínua, sem falha. Se o sistema falhar, então o médico ou o engenheiro fracassou em seu trabalho. Nesse sentido, os resultados de uma falha podem ser fatais − para o paciente na mesa de operações ou para o passageiro do avião, por exemplo.

Para Michael Egnor, neurocirurgião do departamento de Pediatria da Universidade Stony Brook e proponente do design inteligente, “se você precisou de tratamento para um tumor no cérebro, sua equipe médica iria incluir um físico (que projetou a ressonância magnética que diagnosticou o tumor), um químico e um farmacologista (que fez o medicamento para tratá-lo), um engenheiro e um anestesista (que projetou e usou a máquina que lhe dar anestesia), um neurocirurgião (que fez a cirurgia para remover seu tumor), um patologista (que estudou o tumor sob um microscópio e determinou que tipo de tumor era), e as enfermeiras e oncologistas (que cuidaram de você para que se recuperasse e garantisse que o tumor não voltaria). Não haveria biólogos evolutivos em sua equipe” [47].

Portanto, em um ponto os neodarwinistas estão certos: os médicos não precisam da teoria da evolução. Segundo o Pacific Standard, “embora os médicos usem muitos insights da Biologia, muitos realmente não precisam entender ou acreditar na evolução corretamente para fazer seus trabalhos” [45]. Para Gilbert Omenn, médico e pesquisador da Universidade de Michigan, “cuidados médicos de rotina não requer um monte de pensar sobre a biologia subjacente ou evolução". Ele acrescenta que: "o porquê e até mesmo a forma como [se dá tal processo] não é essencial se você tem [um bom conjunto] de evidências publicadas de algo que funciona e você já viu isso funcionar em alguns de seus pacientes, então, é suficiente para tentar ajudar o seu paciente no melhor que puder".

Como podemos perceber neste capítulo, está claro que a medicina darwiniana é uma farsa! Nenhum prêmio Nobel de medicina já foi concedido para o trabalho na biologia evolutiva. Por muito tempo ela se ergueu sobre os ombros de verdadeiros pesquisadores, se apropriou dos principais insights médicos, e, em seguida, os afirmou como sendo seus, enquanto desviava grandes quantidades de dinheiro para longe da boa e significativa pesquisa médica [3]. O legado das ideias de Darwin para a medicina é irrelevante e desastroso.

Além do desperdício de tempo, talento e recursos da comunidade médica, o legado mais duradouro de Darwin para esse campo é, e sempre será, o sofrimento de milhares incontáveis de pessoas a quem a medicina foi originalmente concebida para curar. Que a Medicina, como a conhecemos hoje, permaneça fiel à ciência empírica, distante dos caminhos escuros os quais passou sob o domínio do dogmatismo evolucionista!

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REFERÊNCIAS

[1] Weikart R. From Darwin to Hitler: Evolutionary Ethics, Eugenics, and Racism in Germany. New York: Palgrave Macmillan, 2004. Edwin Black documentou a reprodução seletiva da América e do programa de esterilização forçada em “War Against the Weak: Eugenics and America's Campaign to Create a Master Race”.

[2] Darwin C. The Descent of Man. London: John Murray, 1901.

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[4] Wieland C. The Lies of Lynchburg. Journal of Creation 1997; 19(4):22-23. Disponível em: http://creation.com/the-lies-of-lynchburg

[5] Bullock A. Hitler: A Study in Tyranny. 5. Ed. New York: Harper Perennial, 1991.

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[10] Nesse RM, Stearns SC, Omenn GS. Medicine needs evolution. Science. 2006; 311(5764):1071.

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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Por que Deus permite que pessoas inocentes sofram?


Esta é uma das questões mais difíceis para um cristão responder.

O “problema da dor”, como o famoso estudioso cristão, C.S. Lewis, uma vez chamou, é a arma mais poderosa do ateísmo contra a fé cristã.

Toda a ciência verdadeira e a História, se bem entendidas, apóiam a existência de Deus. Esta evidência é tão forte que, como diz a Bíblia, " Diz o néscio no seu coração: Não há Deus" (Salmo 14:1).
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Muitos ateus, portanto, sem qualquer evidência objetiva sobre quê basear sua fé na inexistência de Deus, finalmente recorrem a objeções filosóficas. E o problema do sofrimento é a maior destas.

Isto é _ dizem _ como pode um Deus de amor permitir coisas como guerras, doenças, dor e morte em seu mundo, especialmente quando seus efeitos são freqüentemente mais intensos contra pessoas que são aparentemente inocentes? Ou Ele não é um Deus de amor e é indiferente ao sofrimento humano, ou não é um Deus de poder e é inútil para fazer algo a respeito. Em qualquer dos casos, o Deus da Bíblia, que é supostamente um Deus de poder absoluto e de amor perfeito, se transforma num anacronismo impossível. Ou é isso que eles dizem!

Esta é uma grande dificuldade, porém, o ateísmo, certamente, não é a solução, e tampouco o agnosticismo. Mesmo havendo muita coisa má no mundo, existem muito mais coisas boas. Isto é provado pelo simples fato de que as pessoas normalmente tentam agarrar- se à vida o quanto podem. Além disso, todos reconhecem instintivamente a superioridade do “bem” contra o “mal”.

Precisamos reconhecer também que as nossas próprias mentes foram criadas por Deus. Nós só podemos usá-las até onde Ele nos permite, e é, portanto, altamente presunçoso de nossa parte usá-las para questionar a Ele e aos seus motivos.

"Não fará justiça o juiz de toda a terra?" (Gênesis 18:25).
"Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?" (Romanos 9:20).
Não somos nós que traçamos o padrão do que é certo, mas apenas o Criador de tudo. Precisamos ter em nossas mentes e corações que, quer entendamos ou não, tudo o que Deus faz é, por definição, certo.

Tendo aceitado isto pela fé, somos libertos para pensar em como podemos crescer espiritualmente com os sofrimentos e bênçãos da vida. Ao considerarmos tais assuntos, é útil cativar em nossas mentes as grandes verdades seguintes:

Não existem “inocentes” no sofrimento.

Desde que "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3:23), não existe ninguém que tenha o direito de escapar da ira de Deus com base em sua própria inocência.

No que concerne aos bebês e outras pessoas que são impossibilitadas mentalmente de distinguir entre certo e errado, é claro, tanto pela Escritura quanto pela experiência universal, que eles são pecadores por natureza, e, por isso, serão, inevitavelmente, pecadores voluntários tão logo possam fazê-lo.

O mundo está agora sob a maldição de Deus (Genesis 3:17) devido à rebelião do homem contra a palavra de Deus.

Este “cativeiro da corrupção” ligado ao fato de que "toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto " (Romanos 8:21, 22) é universal, afetando todas as pessoas em toda parte. Deus não criou o mundo assim, e um dia Ele restaurará todas as coisas. Nesse dia, "Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor…" (Apocalipse 21:4).

Jesus on the cross. Click here to read about Jesus. (Illustration copyrighted)

O Senhor Jesus Cristo, foi o único verdadeiro “inocente” e “justo” em toda a história humana, todavia sofreu mais que qualquer um.

E Ele fez isso por nós! "Cristo morreu por nossos pecados" (I Coríntios 15:3). Ele sofreu e morreu para finalmente libertar o mundo da maldição e para que, mesmo agora, Ele pudesse salvar do pecado e da escravidão deste todos os que O receberem pela fé como Senhor e Salvador pessoal. Esta grande libertação da pena do pecado herdado, bem como dos pecados que cometemos, muito possivelmente também assegura a salvação daqueles que morreram antes de atingir uma idade de consciente escolha do errado sobre o certo.

Com toda a nossa fé na bondade de Deus e na redenção de Cristo, podemos reconhecer que o nosso sofrimento atual pode ser transformado para a Sua glória e para o nosso bem.

Os sofrimentos das pessoas que ainda não foram salvas são freqüentemente usados pelo Espírito Santo para levá-las a perceber que precisam de salvação e que precisam voltar-se para Cristo em arrependimento e fé. Os sofrimentos dos cristãos devem ser sempre um meio de desenvolver uma mais forte dependência de Deus e um caráter mais semelhante ao de Cristo, se neles eles forem “exercitados” (Hebreus 12:11).

Assim, Deus é amor e é misericordioso mesmo que “no presente” Ele permita que provações e sofrimentos entrem em nossas vidas.

"E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28).
Via Cristians Answer

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Dez evidências científicas confirmam histórias bíblicas




1. A física da Arca de Noé. Em 2014, quatro estudantes de física da Universidade de Leicester (Reino Unido) testaram as instruções dadas no livro de Gênesis para construir a Arca de Noé. Eles queriam ver se a arca, de 300 cúbitos de comprimento, 50 de largura e 30 de altura, realmente flutuaria. Um cúbito é o comprimento da ponta do dedo médio de uma pessoa ao seu cotovelo, que os alunos padronizaram como cerca de 48 centímetros. Isso significa que a arca em si teria tido cerca de 145 metros de comprimento, 24 metros de largura e 14 metros de altura. A Bíblia diz que a arca foi feita de madeira de Gofer, mas hoje ninguém sabe o que é isso. Uma suposição comum é que essa madeira era algum tipo de cipreste. Quando vazia, uma arca de cipreste pesaria aproximadamente 1,2 milhão de quilos. Quanto peso a arca poderia aguentar sem afundar? Supondo que o navio tinha a forma de uma caixa, o peso máximo que poderia deter era quase 51 milhões de quilos, equivalente a 2,1 milhões de ovinos.

Então, a arca poderia ter transportado dois de cada animal do mundo? Existem até oito milhões de espécies distintas hoje, mas a maioria poderia sobreviver a uma inundação sem precisar da arca. Além disso, os estudiosos bíblicos notam que o Gênesis se refere a dois de cada “tipo criado”, o que provavelmente se refere a um número menor de animais do que cada espécie distinta. Assumindo que toda a vida aquática ficou no mar, os estudantes estimam que somente 35 mil pares de animais tiveram que ser colocados a bordo da arca, o que ela facilmente era capaz de aguentar. Para reduzir o espaço necessário dentro da arca, filhotes ou espécimes jovens de grandes animais como elefantes poderiam ter sido levados.

2. O poder de Jezabel. Jezabel, a mulher mais perversa da Bíblia, é mencionada em várias passagens. No século IX a.C., ela se casou com o rei Acabe de Israel, mesmo sendo uma fenícia que adorava a divindade Baal. De acordo com a Bíblia, em uma passagem, a rainha Jezabel usa o selo de Acabe em documentos para persuadir os israelitas a aceitar sua religião, o que a fez ser jogada de uma janela para ser comida por cães. Os historiadores há muito tempo se perguntam se a rainha Jezabel tinha influência independente da autoridade de Acabe. Em outras palavras, será que ela realmente poderia ser tão ruim quanto parece na Bíblia? A resposta pode estar em um selo de pedra descoberto em Israel em 1964.

A iconografia do selo inclui duas cobras, um falcão Hórus e um disco solar alado, que a estudiosa do Antigo Testamento Marjo Korpel interpreta como sugerindo uma ligação à realeza. Além disso, uma flor de lótus e uma esfinge com uma cabeça de mulher e uma coroa implica que o selo foi usado por uma rainha. Se o selo pertenceu a Jezabel, isso significa que ela tinha seu próprio poder político considerável.

Os arqueólogos inicialmente tiveram problemas em conectar o selo à rainha Jezabel. As letras gravadas na pedra eram confusas. Seu nome parecia grafado incorretamente. No entanto, quando comparado a outros de seu tempo, notou-se que a borda superior do selo estava faltando, que provavelmente continha as duas letras que faltavam para soletrar o nome de Jezabel corretamente, em hebraico antigo.

Alguns problemas ainda restam, no entanto. Como o selo não foi encontrado por arqueólogos, mas simplesmente apareceu no mercado de antiguidades de Israel, isso complica a identificação de suas origens, mesmo que não seja algo incomum (apenas 10% dos selos judaicos antigos são descobertos em escavações científicas). Além disso, especialistas como Christopher Rollston observam que a parte que falta do selo é grande o suficiente para sugerir, pelo menos, cinco letras a mais, e não apenas duas. As letras que faltam poderiam formar qualquer número de nomes ou palavras diferentes. Em última análise, nós provavelmente nunca saberemos a origem do selo com certeza, embora possamos dizer que ele pertencia a uma mulher muito poderosa.


3. O sumo sacerdote judeu Caifás. Aparecendo nos evangelhos do Novo Testamento de João, Mateus, Lucas e Atos, Caifás foi o sumo sacerdote de Israel que presidiu o julgamento de Jesus antes de entregá-Lo para o governador romano Pôncio Pilatos para a crucificação. (Aliás, existe uma pedra que é uma evidência física de que Pôncio Pilatos realmente existiu.) Em 1990, trabalhadores de uma estrada em Jerusalém tropeçaram em uma caverna antiga contendo doze caixas de calcário com ossos de mortos. Em um desses ossuários, particularmente ornamentado, estava inscrito “Joseph, filho de Caifás”. Esse nome é próximo do historiador judeu do primeiro século Flávio Josefo, que se referiu a Caifás como “Joseph, que se chamava Caifás do sumo sacerdócio”.


O ossuário elaboradamente decorado continha os ossos de um homem de 60 anos de idade, aproximadamente a idade de Caifás quando morreu. Os arqueólogos também observaram que a escrita nas caixas e na parede da caverna era uma linguagem usada pelos trabalhadores de cemitérios no primeiro século. Um dos ossuários continha uma moeda de bronze de 43 d.C., mais uma prova de que os ossuários foram colocados na caverna durante o primeiro século depois de Cristo.

Dito isso, o achado é controverso. Arqueólogos céticos notam que o ossuário não é tão “chique” quanto se esperaria do lugar de enterro de um sumo sacerdote. E enquanto outros judeus ricos da época tinham seus ossuários delicadamente inscritos, a escrita no de Caifás parece ter sido grosseiramente riscada com um prego. Além disso, alguns linguistas têm argumentado que o nome hebraico no túmulo não tem sílabas o suficiente para ser a origem do grego “Caifás”, e teria realmente soado mais como “Qopha”. Outros rejeitam essa observação afirmando que os gregos costumavam acrescentar sílabas extras para nomes estrangeiros confusos.

O ossuário está agora no Museu de Israel em Jerusalém, embora os ossos tenham sido enterrados no Monte das Oliveiras. Em 2008, outro ossuário foi descoberto em Israel e identificado como pertencente à filha de Caifás. Ele é gravado com as palavras: “Miriam, filha de Yeshua, filho de Caifás. Sacerdotes (de) Ma’aziah de Inri Beth”.

4. A Piscina de Siloé. O Evangelho segundo João conta a história de quando Jesus restaurou a visão de um cego colocando argila em seus olhos e lavando-os com água da Piscina de Siloé. A piscina foi um grande reservatório em Jerusalém durante o Antigo Testamento, mas foi destruída por invasores vários séculos antes de Jesus nascer. Mais tarde, foi reconstruída em várias ocasiões, mas não havia nenhuma menção de uma versão da piscina no primeiro século. Em 2004, trabalhadores que tentavam reparar uma linha de esgoto danificada descobriram dois degraus que levavam até uma piscina. Arqueólogos rapidamente escavaram o local e encontraram uma piscina em formato de trapézio de cerca de 69 metros de comprimento. Eles também encontraram moedas e cerâmica que datavam o local em torno da época de Jesus. Em particular, quatro moedas Alexander Janeu estavam enterradas no gesso sob a fachada de pedra da piscina. Janeu governou Jerusalém de 103 a.C. a 76 a.C. Em um canto da piscina, os arqueólogos ainda descobriram cerca de 12 moedas no lodo datadas de 66 d.C. a 70 d.C., indicando que a piscina estava pelo menos parcialmente preenchida nessa época. Juntos, os dois grupos de moedas dão uma estimativa de por quanto tempo a piscina foi utilizada.

O local pode ter sido usado para banhos rituais, natação ou fornecimento de água potável para os moradores da cidade. Algumas pessoas acreditam que os judeus ritualmente submergiam nessa piscina quando faziam suas peregrinações para Jerusalém e, como Jesus teria feito essas peregrinações também, faz sentido que tenha estado na área.

5. Possível casa onde Jesus cresceu. Embora algumas pessoas argumentem que Jesus nunca existiu, os estudiosos mais sérios acreditam que o Jesus histórico nasceu por volta de 4 a.C. e foi educado na fé judaica em Nazaré. E o arqueólogo Ken Dark acredita que encontrou uma casa nazarena do primeiro século em que Jesus pode ter vivido quando criança. Na década de 1880, freiras descobriram pela primeira vez essa estrutura de argamassa e pedra construída em uma encosta. Artefatos encontrados no interior da casa sugerem que era a residência de uma família judia. Por exemplo, panelas de pedra calcária teriam sido usadas pelos judeus porque se acreditava que o material era particularmente puro. Dark também citou um texto escocês do século VI descrevendo uma peregrinação à Terra Santa e incluindo uma parada em uma igreja em Nazaré “onde antes havia a casa em que o Senhor passou Sua infância”. Essa referência parece correta. Embora a casa tenha sido abandonada durante o primeiro século d.C., Dark afirma que foi identificada como a casa de Jesus durante o período bizantino, quando foi decorada com mosaicos. Os bizantinos também construíram uma igreja sobre o local, para protegê-lo. Mesmo assim, a casa foi incendiada no século 13.



 Dark se esforça para notar que não sabemos se a casa, na verdade, pertencia a Jesus, só que os bizantinos acreditavam que pertencia. Também outros arqueólogos acham que Dark tem “necessidade de localizar tudo mencionado nas Sagradas Escrituras”, o que leva a fazer alegações precipitadas. Por fim, existem algumas outras questões ainda não respondidas. Por exemplo, por que a única menção desse lugar é em uma carta escocesa obscura?


6. Muro do Rei Salomão. No Primeiro Livro dos Reis, nos é dito que o rei Salomão construiu um muro em torno de Jerusalém. No início de 2010, a arqueóloga Eilat Mazar anunciou a descoberta de um muro, juntamente com outras estruturas defensivas, que parecem datar dos tempos de Salomão, no século X a.C. A parede tem cerca de 70 metros de comprimento e 6 de altura. Está localizada em Jerusalém e abrange o que teria sido a Cidade de Davi (agora o bairro árabe de Silwan) e o Monte do Templo. A equipe de Mazar escavou partes de outras estruturas defensivas nessa área, incluindo uma torre de guarda e uma portaria que acessava a parte real da cidade. Mazar acredita que só o rei Davi ou seu filho, o rei Salomão, poderiam ter construído tal estrutura naquele momento. Cacos de grandes jarros de cerâmica descobertos no local o datam do final do século X a.C, o que poderia colocá-los na época de Salomão. Além disso, um dos frascos de armazenamento tinha uma inscrição que apontava sua propriedade por um funcionário hebreu de alto escalão.

O arqueólogo Israel Finkelstein reconheceu que era possível que Salomão tivesse construído o muro, mas afirmou que há riscos na utilização de textos religiosos para identificar locais históricos. “Há a questão de quando foi escrito, 300 anos depois, ou no momento dos acontecimentos? Quais são suas metas e sua ideologia? Por que foi escrito?”, disse em entrevista à National Geographic. [É bom lembrar que Finkelstein é ateu e vive falando contra a Bíblia. – MB]

7. O poder das minas de cobre. Na Bíblia, o rei Davi lutou contra os edomitas. Muitos estudiosos acreditam que o conflito bíblico foi exagerado porque Edom e Israel antigo (ou Judá) não estavam suficientemente desenvolvidos para montar grandes exércitos. Eles veem Davi mais como um chefe tribal do que um rei. Porém, em 1997, arqueólogos explorando as terras baixas de Edom, no que é hoje o sul da Jordânia, encontraram evidências de uma sociedade mais complexa que incidiu sobre a mineração de cobre e poderio militar. Ao concentrar seus esforços em Khirbat en-Nahas (que significa “ruínas de cobre”, em árabe), esses arqueólogos concluíram que a sociedade não era apenas de pastoreio. Se os estudiosos tivessem olhado antes para as terras baixas, teriam encontrado locais de mineração de cobre. Com base na idade da cerâmica nesses locais, os cientistas creem que eles operaram mais fortemente em torno da época do rei Salomão. Os arqueólogos também encontraram uma grande fortaleza da Idade do Ferro. A datação por radiocarbono coloca a região no século X a.C., aproximadamente contemporâneo aos reinados de Davi e Salomão na Bíblia.

É possível que a produção de cobre significativa (sem um propósito militar, mas com uma sociedade complexa) tenha ocorrido no século XII a.C. ou mesmo antes, na área. Isso dá credibilidade a Gênesis 36:31, que se refere a reis em Edom antes de existirem reis em Israel. A Bíblia também diz que o Rei Salomão foi escolhido por Deus para construir o primeiro templo em Jerusalém usando centenas de toneladas de cobre. Entre as minas de Edom e outros locais de cobre datando do século X a.C., é possível que Salomão tivesse acesso a produção suficiente para construir um templo.

A Bíblia também fala sobre um rei egípcio chamado Sisaque, que invadiu a área cinco anos após a morte de Salomão. Recentemente, um amuleto egípcio inscrito com o nome do faraó Shesonq I (também conhecido como “Sisaque”) foi encontrado em uma mina de cobre chamada Khirbat Hamra Ifdan. Os arqueólogos acreditam que essa pode ser uma evidência das façanhas militares de Sheshonq I interrompendo a produção de cobre edomita no século X a.C.

8. Muro de Neemias. Já falamos sobre o muro de Salomão ao redor de Jerusalém. Mas a cidade e seus habitantes tiveram uma história tão tumultuada que suas paredes mudam frequentemente para espelhá-la. Segundo a Bíblia, no século VI a.C., Babilônia conquistou o Reino de Judá e mandou os judeus para o exílio, que continuou até a Pérsia derrotar Babilônia e permitir que os judeus voltassem para Jerusalém. Escrito na primeira pessoa, o Livro de Neemias conta a história de como Neemias mobilizou os judeus para reconstruir os muros e as portas de Jerusalém em apenas 52 dias.

Em 2007, Eilat Mazar revelou que sua equipe tinha descoberto um muro de 5 metros de largura que podia ser de Neemias, enquanto escavavam o que acreditavam ser o palácio do rei Davi na antiga Cidade de Davi. Quando uma torre de pedra nas proximidades começou a desmoronar, os arqueólogos falharam em repará-la, mas acabaram encontrando nela cerâmica, selos e outros artefatos que datam do sexto e quinto séculos a.C. Quando não encontraram cerâmica de um período anterior, concluíram que a torre foi construída em torno do mesmo tempo em que Neemias reconstruiu a muralha de Jerusalém. Alguns dos nomes sobre os artefatos são encontrados na Bíblia.


9. Cidadela da Primavera (ou do Rei Davi). Como parte de uma escavação de quase 20 anos na Cidade de Davi, arqueólogos anunciaram em 2014 a descoberta da “Cidadela da Primavera”, uma enorme fortaleza do século 18 a.C. que protegia a Fonte de Giom dos invasores nos tempos antigos. Suas paredes tinham 7 metros de espessura, permitindo apenas o acesso à fonte de dentro da cidade. “A fim de proteger a fonte de água, eles construíram não só a torre, mas também uma passagem fortificada”, disse o arqueólogo G. Uziel. “Essa estrutura muito impressionante foi operante até o fim da Idade do Ferro, e foi só quando o Primeiro Templo foi destruído que a fortaleza caiu em ruínas e deixou de ser utilizada.”

Os pesquisadores acreditam que a cidadela é a fortaleza que foi conquistada pelo rei Davi em 2 Samuel 5:6, 7. Ela serviu então para proteger a Fonte de Giom onde Salomão foi ungido rei de Israel. em 1 Reis 1:32-34.

10. Possível cidade natal de Golias. Os arqueólogos acreditam ter encontrado a cidade natal de Golias, Gath, uma cidade filisteia entre Ashkelon e Jerusalém, mencionada em 1 Samuel 6:17. Durante a escavação, os pesquisadores descobriram um altar de pedra de três mil anos com chifres em excelente estado, semelhantes aos descritos nos livros de Reis e Êxodo. No entanto, o altar dos filisteus tem dois chifres, enquanto os altares bíblicos têm quatro.

Os filisteus são vilões bíblicos que viviam em torno de Gath durante os séculos X e IX a.C., a era de Davi e Salomão. Aspectos da cultura filisteia parecem ter sido descritos com precisão na Bíblia. Por exemplo, os arqueólogos encontraram uma estrutura maciça com dois pilares semelhante ao templo filisteu da história de Sansão. Eles também descobriram fragmentos de cerâmica com nomes inscritos que são semelhantes ao nome Golias, de origem indo-europeia. Os israelitas e cananeus locais não teriam usado esse nome, mas, obviamente, os filisteus sim. Isso é consistente com outros achados que revelam que os filisteus mantiveram parte de sua cultura histórica, enquanto abraçaram um pouco da cultura local. Por exemplo, eles comiam cães e porcos, animais considerados impuros na cultura judaica. Eles também continuaram a adorar seus próprios deuses.

Embora a escavação tenha apresentado elementos que podem indicar batalhas violentas entre os reis de Jerusalém e os filisteus, os arqueólogos também encontraram indícios da destruição de Gath por um exército invasor no século IX a.C., semelhante à história da conquista da cidade pelo rei Hazael, no Livro de Reis. 

(Hypescience)

sábado, 1 de agosto de 2015

Bíblia Fácil Apocalipse - A Nova Jerusalém

Existem cidades deslumbrantes em nosso mundo. Algumas alcançaram fama mundial. Nova York, a cidade cosmopolita. Paris, cidade luz. Curitiba, cidade modelo. Rio de janeiro, cidade maravilhosa. Certamente você tem uma cidade que mais gosta, Admira! A Bíblia fala também de uma cidade maravilhosa. Todavia, nossa imaginação não consegue alcançar todo o esplendor desta cidade nem, muito menos, compararmos esta cidade com as que conhecemos. Ela se chama Nova Jerusalém.


sexta-feira, 31 de julho de 2015

ORIGENS EP13 - O mistério das Sequoias gigantes

As sequoias gigantes pertencem a uma classe de espécies tecnicamente dotadas do que cientistas denominam “imortalidade biológica”. São organismos que, embora possam ser mortos por predadores ou alterações catastróficas no ambiente, raramente morrem por envelhecimento. Pelo contrário – enquanto vivos continuam a se desenvolver em pleno vigor. O que nos revela isto acerca da nossa origem? E, por que as Sequoias quase desapareceram do planeta?



Bíblia Fácil Apocalipse 16 - Um Reinado de Mil anos

A primeira respiração do bebê é irredutivelmente complexa




Por Everton F. Alves (e-Book)

Ninguém ensina um bebê a respirar. A compressão do tórax fetal no canal de parto pode ser o fator de impulso que o leva a executar a primeira respiração. Imagine a cena! Ele está sendo comprimido, está preso, precisa de espaço, então o seu instinto inato é o de respirar. É provavelmente a primeira coisa que ele faz por si mesmo, mas como é que ele sabe o que fazer? Por muito tempo tem sido um mistério a maneira que os bebês realizam a sua primeira respiração após a vida em um útero cheio de líquido. Ainda mais porque essa transição do útero para o mundo externo passa por várias mudanças radicais.

Durante o período uterino, o bebê não respira – pelo menos não no sentido usual. Ele recebe todo o oxigênio necessário para as funções do seu organismo através do chamado sistema circulatório fetal, em que a placenta e o cordão umbilical são responsáveis por fornecer oxigênio e nutrientes para o desenvolvimento do feto, bem como pela remoção de produtos residuais (trocas gasosas) [1]. Portanto, o oxigênio chega pelo sangue da mãe e circula do coração para os pulmões do feto, em seguida, para fora do corpo. 

Enquanto isso, o sistema respiratório (vias aéreas, pulmões, etc…) está sendo formado [1]. Além dos pulmões do feto estar inativos para troca de oxigênio, eles estão preenchidos por fluido pulmonar fetal (que difere do fluido amniótico que rodeia o feto no útero). Nesse sentido, para que um bebê possa sobreviver, devem existir três grandes diferenças estruturais que permitam a vida em sua casa temporária (útero). Conforme explica Guliuzza:

“Em primeiro lugar, o bebê deve ter um pulmão substituto – uma tarefa bem difícil, mesmo para brilhantes engenheiros biomédicos. A placenta, um órgão notável, tem uma breve existência, mas cumpre uma miríade de funções vitais − especialmente como o pulmão fetal e rim. Em segundo lugar, o circuito para os pulmões deve ser ignorado, por isso os vasos sanguíneos devem mudar para permitir esse desvio temporário (a nova rota que desvia em torno de um circuito é chamado de derivação). Em terceiro lugar, os vasos sanguíneos não devem apenas conectar a placenta ao bebê, mas também dentro do ponto de ligação para os vasos normais que levam para o coração. O cordão umbilical satisfaz a necessidade de uma ligação placentária-fetal por meio de uma veia de grande diâmetro e duas artérias menores. Dentro do bebê, elas continuam como a veia umbilical e artérias umbilicais” [2].

Antes do nascimento, o corpo do bebê começa a preparar-se para fazer a mudança de um receptor de oxigênio pela placenta para uma respiração pulmonar. Por volta das 35 semanas de gestação, as células alveolares nos pulmões começam a produzir surfactante (líquido que atua nos alvéolos), o que impedirá o colapso dos alvéolos quando o bebê exalar pela primeira vez [1]. Durante o parto, hormônios e outros fatores fazem com que o fluido fetal pare de ser produzido nos pulmões do bebê [3].

À medida que o bebê passa através do canal de parto, o peito é comprimido (as costelas são cartilaginosas nesse momento), forçando a saída de 5 a 10 mililitros de fluido para fora dos pulmões. Quando o bebê emerge, a libertação de pressão no tórax faz com que o ar seja aspirado para dentro dos pulmões. No entanto, a quantidade de ar ainda é insuficiente para preencher os alvéolos; o bebê deve conseguir isso por conta própria [1].

Em 2010, um estudo francês sugeriu que um único gene chamado Teashirt 3 (Tshz3) está presente na zona parafacial do tronco cerebral e é capaz de controlar o desenvolvimento de vários componentes em neurônios presentes nessa área cerebral, essenciais para a respiração no momento do nascimento [4]. Alguns desses componentes, por exemplo, seriam os músculos torácicos do bebê e um tipo de marca-passo no tronco cerebral que geraria um constante ritmo respiratório. Para os autores, a incapacidade de respirar ao nascer está correlacionada à ausência de atividade rítmica; além do mais, sem Tshz3, as células cerebrais responsáveis pelo controle das vias aéreas superiores estariam morrendo dias antes do nascimento. Aqui percebemos o ajuste fino nessas complexas redes neurais que regulam a respiração!

No momento em que o bebê nasce, diversas estruturas e funções têm de ser rapidamente reordenadas. Conforme Guliuzza, “menos de um minuto após o nascimento, os sinais do sistema nervoso do bebê causam fortes estímulos nos músculos do esfíncter [ao redor do cordão umbilical] para fechar a veia umbilical [que transporta o sangue da placenta para o bebê] [...], e também para fechar a artéria pulmonar temporária (esse grande vaso fecha permanentemente ao longo de 2 dias)” [2].

Em 2015, um estudo francês contribuiu para o entendimento dessa transição rápida e complexa [5]. Os autores descobriram o papel de duas proteínas na via de sinalização que fecha esse desvio de sangue do cordão umbilical para o sistema pulmonar do bebê. Além disso, elas são reguladas por oito genes no cromossomo 2. Embora essas proteínas não estejam aparentemente envolvidas no encerramento funcional inicial do canal arterial – uma conexão arterial no feto que direciona o fluxo de sangue para fora da circulação pulmonar –, elas são importantes para o encerramento anatômico completo dentro de 24 horas. 

A falha dessa etapa é uma das principais causas de morte nos partos prematuros, mas é raro em partos normais, afirmam os autores. Isso envolve uma "profunda remodelação das células dentro do antigo lúmen do canal arterial", assim como a cascata de sinalização recruta células epiteliais e novos vasos sanguíneos e outros tecidos em um programa de reconstrução de alta velocidade devem manter para o tempo de vida do recém-nascido, potencialmente, 100 anos ou mais [5].

Os autores não tentam explicar como esse sistema evoluiu. Na verdade, como poderiam? Visto que a seleção natural depende de reprodução, uma falha em quaisquer componentes dessa complexa transição faria o sistema entrar em colapso, e impediria o recém-nascido de passar quaisquer mutações benéficas para a próxima geração. O sistema parece irredutivelmente complexo, uma vez que todas as peças são necessárias no momento do nascimento, e não poderiam ter sido acumuladas gradualmente.

Quer saber mais? Acesse o eBook e venha conhecer a assinatura de um projeto intencional nas estruturas biológicas complexas presentes na natureza e nos seres vivos: https://www.widbook.com/ebook/teoria-do-design-inteligente

REFERÊNCIAS:

[1] Samuels M, Samuels N. The new well pregnancy book. New York: Fireside, Simon and Schuster, Inc., 1996.

[2] Guliuzza RJ. Made in His Image: Baby's First Breath. Acts & Facts 2009; 38(12):10-11. Disponível em: https://www.icr.org/article/5044

[3] James A. Baby's First Breath. About Kids Health, 2009. Disponível em: http://www.aboutkidshealth.ca/en/resourcecentres/pregnancybabies/newbornbabies/yournewbornbabysbody/pages/babys-first-breath.aspx

[4] Caubit X, Thoby-Brisson M, Voituron N, Filippi P, Bévengut M, Faralli H, Zanella S, Fortin G, Hilaire G, Fasano L. Teashirt 3 Regulates Development of Neurons Involved in Both Respiratory Rhythm and Airflow Control. J Neurosci. 2010; 30(28):9465-76.

[5] Levet S, Ouarné M, Ciais D, Coutton C, Subileau M, Mallet C, Ricard N, Bidart M, Debillon T, Faravelli F, Rooryck C, Feige JJ, Tillet E, Bailly S. BMP9 and BMP10 are necessary for proper closure of the ductus arteriosus. Proc Natl Acad Sci U S A. 2015; 112(25):E3207-15.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Dinossauros eram Herbívoros




Por Everton F. Alves

A Bíblia fala sobre os dinossauros em vários trechos. Porém, vale lembrar que a palavra “dinossauro” não aparece na Bíblia, pois é um termo recente criado em 1841 por Sir Richard Owen a partir da junção de palavras gregas dando o significado de “lagarto terrível”. A Bíblia diz que Deus fez os dinossauros, juntamente com os outros animais terrestres, no sexto dia da semana da Criação (Gênesis 1:20-25, 31).

Originalmente, antes do pecado, todos os animais, incluindo os dinossauros, eram vegetarianos. Gênesis 1:30 declara: “E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus e a todos os seres vivos que sobre a terra existem e se movem, igualmente dou por alimento toda a erva verde que a terra produzir; e assim aconteceu.”. Portanto, de acordo com a cronologia bíblica, sabemos que os dinossauros foram criados há aproximadamente 6000 anos atrás [1].

E o que dizer sobre as unhas e dentes afiados? Esse argumento tem sido utilizado para inferir que eles eram carnívoros. Mas a simples presença de dentes afiados não mostra a forma como um dinossauro se comportava, ou o tipo de alimento que comia. Hoje, muitos animais têm dentes afiados e são basicamente vegetarianos. A panda gigante tem dentes afiados como um carnívoro, mas come somente bambu. Espécies diferentes de morcegos comem fruta, néctar, insetos, pequenos animais e sangue, mas os seus dentes não indicam claramente o que comem.

O Dr. Henry Morris afirma: “Se características como unhas e dentes afiados faziam parte do aspecto original, ou eram recessivas e só se tornaram dominantes mais tarde devido a processos de seleção, ou surgiram através de mutações depois da Maldição, ou o que for exatamente, precisa de mais investigação.” [1: p.78]. 

Depois do Dilúvio (há cerca de 4500 anos), os sobreviventes dentre os animais terrestres, incluindo os dinossauros, saíram da arca e viveram aqui na Terra, juntamente com as pessoas. Por causa do dilúvio, o ecossistema da terra mudou bastante. Mudanças climáticas pós-diluvianas, escassez de alimento, doenças [mutações genéticas rápidas em uma mesma geração devida ação de transpósons] e a ação do homem (caça aos dinossauros), os levaram à extinção. Note que, depois do dilúvio, Deus disse a Noé que a partir daí, os animais o temeriam e o homem poderia comer da sua carne (Gên. 9:1-7).

Sendo assim, os seres humanos e dinossauros viveram juntos! É claro que a maior parte dos dinossauros era herbívora e a Ciência já comprovou o relato bíblico. Possivelmente, devido à presença do pecado e à escassez de alimentos pós-dilúvio, alguns deles tornaram-se carnívoros.

Em 1994, ao estudar fósseis de fezes de dinossauro, os cientistas foram capazes de determinar a dieta de alguns deles [2]. Em 2011, um estudo norte-americano analisou 90 espécies de dinossauros e afirmou que a maior parte deles era vegetariana (assim como sugere uma análise bíblica) [3]. 

CONCLUSÃO: Isso contraria os filmes que mostram o Tiranossauro Rex como um dinossauro que causa o terror ao rasgar a carne com as suas poderosas mandíbulas. A Bíblia mais uma fez está à frente de seu tempo.

(Everton Fernando Alves é enfermeiro e mestre em Ciências da Saúde pela UEM; seu e-book pode ser lido aqui:https://www.widbook.com/ebook/teoria-do-design-inteligente)

REFERÊNCIAS:

[1] Morris JD. The Young Earth. Green Forest, AR: Master Books, 1994.

[2] Lucas SG. Dinosaurs: The Textbook. Dubuque, IA: Wm C. Brown Publishers, 1994, págs. 194–196.

[3] Zanno LE, Makovicky PJ. Herbivorous ecomorphology and specialization patterns in theropod dinosaur evolution. Proc Natl Acad Sci U S A. 2011; 108(1): 232–237. http://www.pnas.org/content/108/1/232

A Serpente do Éden tinha patas




Por Everton F. Alves

A teoria da evolução explica que as cobras evoluíram dos lagartos. Ao longo de milhões de anos, elas teriam perdido as patas porque estas começaram a crescer de forma mais lenta ou por um período de tempo mais curto.[1] Segundo os evolucionistas, ambos, cobras e lagartos, caminhavam em terra e nadavam no oceano (origem marinha).

As patas teriam se tornado cada vez menos úteis à medida que a cobra ia evoluindo. Para fazer essa afirmação, pesquisadores analisaram o fóssil de uma cobra designada Eupodophis descouensi.[1] Esse réptil pré-histórico teria vivido durante o período Cretáceo (correspondente ao período bíblico diluviano), no lugar que hoje é conhecido como Líbano.

Mas ainda não há consenso. Muitas questões ainda deixam os pesquisadores confusos: Por que as cobras atuais não têm patas? Em que fase da evolução elas teriam perdido os membros? Alguns pesquisadores afirmaram que as cobras nunca perderam seus membros. Ao invés disso, teriam sido os mamíferos e as aves que ganharam os membros de forma independente.[2]

Em 2015, a descoberta do primeiro fóssil de uma cobra com quatro patas (origem terrestre) já encontrada está forçando os cientistas a repensar a forma como as cobras teriam evoluído de lagartos.[3] O fóssil de Tetrapodophis amplectus, nome científico da cobra, foi encontrado décadas atrás no Nordeste do Brasil, mas demorou bastante tempo até que os cientistas descobrissem as patas – até porque o material estava em uma coleção particular. O fóssil foi datado da época do Cretáceo inferior (aptiano), de supostos 113-125 milhões de anos atrás (correspondente ao período bíblico diluviano).

Embora os pesquisadores já o estejam considerando um elo de transição entre cobras e lagartos, existe outra hipótese que sequer foi levantada. A Bíblia menciona que no Jardim do Éden havia uma cobra com origem terrestre que possuía patas (ou asas) e esta persuadiu Eva a comer do fruto proibido. Diante do que a cobra (na verdade um médium utilizado pelo anjo caído) havia feito, Deus a amaldiçoou, conforme mencionado em Gênesis 3:14: “Por causa do que você fez você será castigada. Entre todos os animais só você receberá esta maldição: de hoje em diante você vai andar se arrastando pelo chão e vai comer o pó da terra.”

A Bíblia não fornece detalhes sobre a quantidade de espécies de cobras que tinham patas nem o tempo que levou para que elas perdessem as patas e passassem a rastejar. Todavia, os achados podem, sim, estar relacionados à descoberta de espécies primitivas de cobras que possuíam patas e que perfaziam a fauna original da criação.

(Everton Fernando Alves é enfermeiro e mestre em Ciências da Saúde pela UEM; seu e-book pode ser lido aqui: https://www.widbook.com/ebook/teoria-do-design-inteligente)

REFERENCIAS:

[1] Houssaye A, Xu F, Helfen L, Buffrénil V, Baumbach T, Tafforeau P. Three-dimensional pelvis and limb anatomy of the Cenomanian hind-limbed snakeEupodophis descouensi (Squamata, Ophidia) revealed by synchrotron-radiation computed laminography. Journal of Vertebrate Paleontology 2011; 31(1):2-7.
http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/02724634.2011.539650#.VbFn2qRVj2N

[2] Head JJ, Polly PD. Evolution of the snake body form reveals homoplasy in amniote Hox gene function. Nature. 2015; 520(7545):86-9. 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25539083

[3] Martill DM, Tischlinger H, Longrich NR. A four-legged snake from the Early Cretaceous of Gondwana. Science. 2015; 349(6246):416-9.
http://www.sciencemag.org/content/349/6246/416

[3] Martill DM, Tischlinger H, Longrich NR. A four-legged snake from the Early Cretaceous of Gondwana. Science. 2015; 349(6246):416-9.
http://www.sciencemag.org/content/349/6246/416

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Dinossauros e Humanos Conviveram Juntos após o Dilúvio




Por Everton F. Alves

Alguns criacionistas acreditam que os dinossauros foram extintos no dilúvio devido ao fato de a maioria dos fósseis serem encontrados na coluna geológica até o período evolutivo Cretáceo-Terciário (correspondente ao período bíblico diluviano). Mas as evidências apontam para a sobrevivência dos dinos após o dilúvio, como afirma Gênesis 6:19 e 20. Nesse texto, vemos que “todas as espécies” entraram na arca. Possivelmente, alguns dinossauros de pequeno porte e/ou filhotes tenham entrado e permaneceram em estado de hibernação. 

Os capítulos 40 e 41 do livro de Jó descrevem os monstros beemote e leviatã, respectivamente. Algumas traduções atuais da Bíblia deram a eles os nomes de hipopótamo e crocodilo, mas uma análise mais aprofundada revela que os detalhes contidos nas descrições do livro de Jó fazem menção, sem dúvida alguma, aos dinossauros. Isso quer dizer que Jó conviveu com esses animais, cuja maioria era herbívora.

Alguns criacionistas também argumentam que esses capítulos apresentariam uma linguagem poética, portanto, não condizente com características realísticas. Não vou me ater aos fatos, pois não é o objetivo desse texto, mas há um grande perigo teológico em considerar essas descrições como totalmente poéticas, sem base histórica. Para quem quiser saber mais sobre o tema, há uma infinidade de materiais disponíveis na literatura especializada. Mas adianto que, entre todas as descrições magníficas e detalhistas da fisionomia e do comportamento desses animais dadas por Deus a Jó, e que de modo algum diriam respeito a tão singelos animais como o hipopótamo e o crocodilo, uma delas que me chama a atenção é a seguinte: “obra-prima de Deus” (Jó 40:19), a qual sugere que aquele era o maior animal que Deus havia feito.

Na Bíblia, há ainda outra referência importante no período pós-diluviano de uma serpente voadora: as “áspides voadoras” (Isaías 30:6). Isso poderia estar se referindo a um dos pterodáctilos, que são populares como dinossauros voadores, tais como o pteranodonte, o ramforinco ou ornitocheiro [1]. Esse verso menciona, inclusive, vários outros animais conhecidos, tais como leões, víboras, burros, etc. Aparentemente, as serpentes voadoras eram animais tais como os outros, existentes naquela região do mundo e durante aquele tempo. Possivelmente, daí derivaram as lendas de dragões presentes em muitas culturas.

Mas como um amante da ciência e um pesquisador curioso, vou apresentar algumas evidências científicas que jogam por terra a ideia de que todos os dinossauros foram extintos há 65 milhões de anos pelo impacto de um cometa em um evento chamado extinção Cretáceo-Terciário (KT), ou seja, período este condizente com o dilúvio bíblico. Em 2009, um estudo sugeriu que alguns dinossauros não aviários sobreviveram até o Paleoceno e, portanto, a extinção dos dinossauros teria sido gradual [2]. Muitos céticos argumentaram que os fósseis analisados pudessem ter sido reformulados geologicamente, isto é, lavados e arrastados por córregos e rios para fora de seus locais originais e, em seguida, reenterrados em sedimentos muito posteriores.

Em 2012, outro estudo usou um novo método de datação para analisar diretamente uma amostra de osso (não a rocha onde ele foi encontrado) de um dinossauro saurópode (Alamosaurus sanjuanensis) e determinou que esse osso tem 64,8 ± 0,9 milhão de anos, portanto, 700 mil anos mais jovem do que qualquer outro osso de dinossauro conhecido (relativo ao Paleoceno, primeira época do Paleogeno) [3]. A fim de evitar novas alegações de reformulação geológica, os autores confirmaram que as áreas de amostragem dos ossos analisados representaram sistemas geoquímicos fechados a partir do momento da sua mineralização original até o presente.

Ademais, a teoria da extinção dos dinossauros devido ao impacto de um asteroide com a Terra tem sido contestada por cientistas evolucionistas. Em 2009, um estudo sugeriu que o impacto do asteroide (Península de Yucatan) não teve o efeito dramático na diversidade de espécies, como se pensava [4]. Durante escavações na cratera de Chicxulub, na região de El Penon, México, o grupo encontrou registros de 52 espécies em sedimentos abaixo da camada do período do impacto (fronteira KT) e as mesmas 52 em sedimentos acima, ou mais recentes. Segundos os cientistas, “não encontramos sinal de uma única espécie que foi extinta como resultado do impacto de Chicxulub”.

Existem outros artigos publicados que também relatam achados de dinossauros que sobreviveram ao suposto período da extinção KT (ou período exato do dilúvio bíblico universal), no entanto, decidi apresentar apenas as principais evidências científicas. Como vemos, mais uma vez a ciência tem confirmado as narrativas bíblicas pós-diluvianas da sobrevivência de dinossauros, tais como apresentadas em Jó 40:15-24, Jó 41:1-34, Salmo 74:13, Isaías 27:1 e Malaquias 1:3.

(Everton Fernando Alves é enfermeiro e mestre em Ciências da Saúde pela UEM; seu e-book pode ser lido aqui: https://www.widbook.com/ebook/teoria-do-design-inteligente)

REFERÊNCIA:

[1] Wellnhofer P, Sibbick J. Pterosaurs: The Illustrated Encyclopedia of Prehistoric Flying Reptiles. New York: Barnes and Noble Books, 1996.

[2] Fassett JE. New geochronologic and stratigraphic evidence confirms the Paleocene age of the dinosaur-bearing Ojo Alamo Sandstone and Animas Formation in the San Juan Basin, New Mexico and Colorado. Palaeontologia Electronica 2009; 12(1):3A:146p. Disponível em: http://palaeo-electronica.org/2009_1/149/149.pdf

[3] Fassett JE, Heaman LM, Simonetti A. Direct U-Pb dating of Cretaceous and Paleocene dinosaur bones, San Juan Basin, New Mexico. Geology. 2012; 40(4):e260-e261. Disponível em: http://geology.gsapubs.org/content/40/4/e260.full

[4] Keller G, Adatte T, Juez AP, Lopez-Oliva JG. New evidence concerning the age and biotic effects of the Chicxulub impact in NE Mexico. Journal of the Geological Society 2009; 166(3):393-411.

Paleobiologia e as descobertas de tecidos moles em dinossauros




Por Everton F. Alves (Web-Book)

A Paleobiologia é um campo científico que se dedica ao estudo dos organismos fósseis sob a ótica da Biologia, utiliza conceitos e ferramentas desta ciência para esclarecer aspectos fundamentais sobre a história e processos evolutivos dos organismos [1]. Nas últimas décadas, paleobiólogos têm descobertos tecidos moles - embora os evolucionistas prefiram o termo ‘tecido não resistente’ − no interior dos ossos de dinossauros fossilizados [2]. Eles parecem tão frescos a ponto de sugerir que os corpos foram enterrados a apenas alguns milhares de anos atrás.

Em 2005, um estudo norte-americano liderado pela Dr. Mary Schweitzer desafiou as evidências de uma cronologia que infere a 65 milhões anos de idade a extinção dos dinossauros. Os autores resolveram quebrar um precioso fóssil um fêmur de Tyrannosaurus rex − ainda que com certa relutância, para estudá-lo por dentro e procurar tecidos moles preservados. Para tanto, eles usaram alguns ossos isolados de um espécime procedente da Formação Hell Creek, em Montana (Estados Unidos), e obtiveram certo sucesso [3]. Os autores descobriram filamentos flexíveis e transparentes que se assemelham a vasos sanguíneos (mantêm elasticidade, são transparentes e ocos). 

Dentro desses supostos vasos sanguíneos havia vestígios do que parecia ser hemácias; e outras que pareciam osteócitos - células que constroem e mantêm o osso. Para os autores, o processo que preservou essas estruturas é diferente da fossilização comum, um meio desconhecido de preservação, que ainda faz os pesquisadores pensar duas vezes antes de dar um palpite a respeito. Embora o material estivesse preservado (confirmado pela elasticidade), apenas as proteínas não poderiam ser utilizadas para dar detalhes do DNA do animal [3]. Os autores forneceram apenas uma vaga explicação de fatores geoquímicos e ambientais que poderiam ter preservado os tecidos, mas acrescentaram que a causa ainda era indeterminada.

Como era de se esperar, o anúncio de Schweitzer foi recebido com grande ceticismo por parte da comunidade evolucionista. Schweitzer, inclusive, teve problemas para publicar os seus resultados. Segundo a pesquisadora: "Eu tive um revisor que me disse que ele não se importava com o que dizia os dados, ele sabia que o que eu tinha encontrado não era possível. Eu escrevi de volta e disse: Bem, quais dados convenceriam você? E ele disse: Nenhum” [4: p.37]. 

A melhor maneira dos evolucionistas descartarem esta forte evidência contra o cenário darwinista era alegar contaminação ou algo do gênero. Foi então que, Jeffrey Bada, um geoquímico orgânico do Instituto Scripps de Oceanografia em San Diego disse: “não posso imaginar tecido mole sobreviver milhões de anos” [5]. Ele acrescentou que o material celular encontrado deveria ser a “contaminação de fontes externas”. Em 2008, um estudo publicado na revista PLoS One interpretou os restos de tecidos moles vasculares (túbulos ramificados e os glóbulos) nos fósseis de T. rex como sendo produtos de biofilmes bacterianos [6]. Mas, mesmo se os vasos sanguíneos fossem produtos do biofilme, este dificilmente poderia ter explicado a presença de proteínas e DNA [7].

Schwetzer, entretanto, buscou levantar objeções contra a interpretação de biofilmes e, em estudos posteriores, acrescentou outros argumentos e mostrou linhas de evidência complementares para corroborar a interpretação de que os restos eram, sim, tecidos biológicos de dinossauros. Foi então que, em 2009, Schwetzer e colaboradores identificaram sinais de vasos sanguíneos e colágeno por meio de uma análise feita em um fêmur de Hadrosaur B. canadenses (Hadrossauro), o dinossauro bico-de-pato, um fóssil de 80 milhões de anos, encontrado na formação do rio Judith, um sítio paleontológico no estado de Montana [8].

Em vez de escavar o fóssil no local, os cientistas removeram a peça juntamente com a camada de arenito que a envolvia. O bloco foi selado e transportado para o laboratório a fim de evitar uma contaminação e degradação do material - a fim de evitar novamente as críticas sobre contaminação [8]. Os pesquisadores, então, usaram análises independentes e distintas como microscopia de tunelamento de elétrons para examinar a aparência e a estrutura dos tecidos, e espectrometria de massa e testes de ligação de anticorpos para identificar proteínas. Os resultados mostraram evidências de colágeno, bem como de laminina e elastina, duas proteínas encontradas em vasos sanguíneos.

Em 2013, Schwetzer e colaboradores testaram uma hipótese anterior de que o ferro poderia desempenhar um papel na preservação de tecidos antigos dentro de fósseis de dinossauros [9, 10]. Os resultados sugeriram que a presença de hemoglobina − a molécula que contém ferro que transporta o oxigênio nas células vermelhas do sangue - pode ser a chave para preservar tecidos antigos dentro de fósseis de dinossauros, mas também pode escondê-los de detecção. Ao morrer, as células liberariam ferro nos tecidos que desencadearia a formação de radicais livres (antioxidante), funcionando como o formaldeído na preservação dos tecidos e proteínas.

No entanto, a experiência realizada em laboratório é pouco representativa em comparação com o mundo real [11]. Eles mergulharam um grupo de vasos sanguíneos em líquido rico em ferro feito de células vermelhas do sangue, isto é, hemoglobina pura; e outro grupo foi mergulhado em água. Eles afirmaram que o grupo que permaneceu na água ficou irreconhecível dentro de dias, e o outro grupo em hemoglobina pura ficou reconhecível durante 2 anos. Será que se a hemoglobina fosse diluída ela agiria da mesma maneira? E a sugestão de que os vasos sanguíneos ficaram 'reconhecível' por dois anos de alguma forma demonstra que estes poderiam durar trinta e cinco milhões de vezes mais?

Em 2012, uma equipe de pesquisadores do grupo Paleocronologia fez uma apresentação no período de 13-17 de agosto em uma reunião anual de Geofísica do Pacífico Ocidental em Cingapura, idealizada pela conferência da União Americana de Geofísica (AGU) e pela Sociedade de Geociências da Oceania Asiática (AOGS) [12]. Os autores descobriram uma razão para a sobrevivência intrigante dos tecidos moles e colágeno em ossos de dinossauros. Segundo eles, os ossos são mais jovens do que tem sido relatado. Para tanto, eles utilizaram o método de datação por radiocarbono (carbono-14) em múltiplas amostras de ossos de 8 dinossauros encontrados no Texas, Alasca, Colorado e Montana. E, pasmem! Eles reportaram a presença do carbono-14 (que decai rapidamente) nos ossos, revelando que eles tinham apenas entre 22.000 a 39.000 anos de idade.

Como era de se esperar, embora o trabalho tivesse sido aceito, os cientistas foram censurados e o resumo foi removido do site da conferência por dois presidentes, porque não podiam aceitar as conclusões. Quando os autores questionaram, eles receberam uma carta. Mas qual seria o motivo para isso? O pressuposto dos presidentes era o de que o carbono-14 não poderia estar presente em tais fósseis "velhos". Negativas como essa é o que tem impedido a realização de testes com a datação por carbono e prejudicado o progresso da ciência. Isso porque os evolucionistas sabem que, se uma análise fosse feita utilizando este método de datação, é altamente provável que mostraria uma "idade de radiocarbono" de milhares de anos, e não a de "milhões de anos” como a da previsão evolutiva.

Em, 2013, um estudo experimental realizado nos Estados Unidos por um cientista da microscopia, criacionista, encontrou tecidos fibrilares moles obtidos da região supraorbital de um chifre de Triceratops horridus (Tricerátopo) coletados na Formação Hell Creek, em Montana, EUA [13]. O tecido mole estava presente no osso pré e pós-descalcificado. Foram retiradas amostras da matriz óssea lamelar onde foram encontradas microestruturas parecidas com osteócitos. Os osteócitos são células derivadas dos osteoblastos que se diferenciam e preenchem a estrutura lamelar compreendendo diversas funções histológicas, como por exemplo, remodelação do esqueleto ou mesmo crescimento ósseo. Os autores notaram que alguns osteócitos apresentavam extensões filipodiais e, segundo ele, não havia nenhuma evidência de permineralização ou cristalização. Mas, o que isso significa? Isso quer dizer que o material ósseo conservou proteínas ativas e, inesperadamente, DNA (que se degrada rapidamente). Ou seja, ele não foi degradado e nem passou por processo de fossilização. Teoricamente, o material continua ileso, íntegro, desde a morte do dinossauro.

Após a publicação do artigo sobre a descoberta de tecidos moles, Mark Armitage foi demitido da Universidade Estadual da Califórnia por inferir que tais estruturas, talvez, tivessem milhares de anos em vez dos supostos milhões de anos [14]. Armitage, é claro, está processando a Universidade por ter sido despedido sem uma justa causa. O caso legal em torno da demissão de Armitage abre muitas questões importantes sobre a liberdade acadêmica. Na verdade, numerosos exemplos de supressão da “liberdade acadêmica” podem ser citados em que os cientistas têm sido discriminados por apresentar pontos de vista conflitantes com as perspectivas tradicionais.

Em 2015, foram encontradas fibras e estruturas celulares preservadas em espécimes de dinossauro de supostos 75 milhões de anos [15]. Os pesquisadores examinaram amostras de oito ossos de dinossauros do Cretáceo. Eles encontraram material consistente com as estruturas de fibra de colágeno endógeno e fragmentos de aminoácidos típicos de fibrilas de colágeno. Também observaram estruturas compatíveis com eritrócitos com espectros semelhantes à do sangue total. Para a equipe, mesmo sem DNA, as células dos tecidos moles e as moléculas poderiam ajudar a aprender muito mais sobre a fisiologia e o comportamento dos dinossauros. Por exemplo, o tamanho das células do sangue pode revelar insights sobre o metabolismo e a suposta transição do sangue frio para o sangue quente. Exames tridimensionais das células do sangue revelaram que elas possuem núcleos, o que significa que as células do sangue humano não podem ter contaminado a amostra, porque não possuem núcleos.

Em 2015, pesquisadores norte-americanos publicaram os resultados de seu projeto iDINO (investigation of Dinosaur Intact Natural Osteo-tissue), cujo objetivo é a investigação da permanência de tecidos moles em ossos de dinossauros [16]. Os autores encontraram quantidades mensuráveis de carbono-14 em 16 amostras a partir de 14 espécimes fósseis de peixes, madeira, plantas e animais de toda a coluna geológica, Mioceno a Permiano, de todas as três eras: Cenozóica, Mesozóica e Paleozóica. As amostras vieram do Canadá, Alemanha e Austrália. Cerca de metade eram de ossos de dinossauros (7 espécimes). Todas as amostras foram preparadas por processos padrão para eliminar a contaminação e, em seguida, foram submetidas a um laboratório para espectrometria de massa atômica. As idades variaram entre 17.850 a 49.470 anos de radiocarbono.

Como pode ser visto, parece que está cada vez mais difícil defender o dogma de que os dinossauros viveram há milhões de anos na escala geológica, pois se há tecido mole em fósseis de dinossauros e até mesmo células sanguíneas e DNA, eles não podem ter morrido há tanto tempo, ainda que suposições sobre influências do ambiente e do ferro na preservação das biomoléculas tenham sido levantadas. Fato é que, evidências científicas indicam que biomoléculas em restos fósseis não sobrevivem por até 80 milhões de anos, como algumas pesquisas apontam. Há evidências de que a degradação de biomoléculas ocorre depois da morte em um tempo entre semanas a décadas, com alguns fragmentos moleculares resistentes que poderiam sobreviver até no máximo 100 mil anos [9, 17]. Outra pesquisa sugeriu que o colágeno não deveria aguentar num organismo fóssil por mais de 2,7 milhões de anos, na melhor das hipóteses [18]. 

Além disso, é curioso observar as tentativas de evolucionistas em relacionar muitas destas descobertas com uma suposta contaminação, e também o modo que eles agem para abafar as descobertas ou métodos conflitantes com suas hipóteses de “milhões de anos”. Um pesquisador que segue apenas as evidências deve-se perguntar: Por quê? O público tem o direito de saber a cronologia real dos dinossauros, e a verdade sobre a história da Terra.

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REFERÊNCIAS

[1] Soares LPCM, Kerber BB, Osés GL, Oliveira AM, Pacheco MLAF. Paleobiologia e Evolução: o potencial do registro fossilífero brasileiro. Revista Espinhaço 2013; 2(1): 24-40.

[2] Morell V. Dino DNA: the hunt and the hype. Science. 1993; 261(5118):160-2.

[3] Schweitzer MH, Wittmeyer JL, Horner JR, Toporski JK. Soft-Tissue Vessels and Cellular Preservation in Tyrannosaurus rex. Science. 2005; 307(5717):1952-5. 

[4] Yeoman B. Schweitzer's Dangerous Discovery. Discover magazine 2006; 27(4):37-41. Disponível em: http://discovermagazine.com/2006/apr/dinosaur-dna ou 
ou https://web.archive.org/web/20121020174529/http://discovermagazine.com/2006/apr/dinosaur-dna

[5] Entrevista concedida por Jeffrey Bada. In: Yeoman B. Schweitzer's Dangerous Discovery. Discover magazine 2006; 27(4):37-41. Disponível em: http://discovermagazine.com/2006/apr/dinosaur-dna

[6] Kaye TG, Gaugler G, Sawlowicz Z. Dinosaurian soft tissues interpreted as bacterial biofilms. PLoS One. 2008; 3(7):e2808. 

[7] Wieland C. More confirmation for dinosaur soft tissue and protein. Journal of creation 2009; 23(3):10–11. Disponível em: http://creation.com/images/pdfs/tj/j23_3/j23_3_10-11.pdf

[8] Schweitzer MH, Zheng W, Organ CL, Avci R, Suo Z, Freimark LM, Lebleu VS, Duncan MB, Vander Heiden MG, Neveu JM, Lane WS, Cottrell JS, Horner JR,Cantley LC, Kalluri R, Asara JM. Biomolecular Characterization and Protein Sequences of the Campanian Hadrosaur B. Canadensis. Science. 2009; 324(5927):626-31. 

[9] Schweitzer MH, Wittmeyer JL. Dinosaurian soft tissue taphonomy and implications. In: AAAS Annual meeting, Abstracts with Programs, St. Louis, Missouri, USA, 16-20 de Fevereiro de 2006.

[10] Schweitzer MH, Zheng W, Cleland TP, Goodwin MB, Boatman E, Theil E, Marcus MA, Fakra SC. A role for iron and oxygen chemistry in preserving soft tissues, cells and molecules from deep time. Proc Biol Sci. 2013; 281(1775):20132741.

[11] Smith C. Dinosaur soft tissue. [Jan. 2014]. Creation, 2014. Disponível em: http://creation.com/dinosaur-soft-tissue

[12] Miller H, Owen H, Bennett R, De Pontcharra J, Giertych M, Taylor J, Van Oosterwych MC, Kline O, Wilder D, Dunkel B. A comparison of δ13C & pMC Values for Ten Cretaceous-jurassic Dinosaur Bones from Texas to Alaska, USA, China and Europe. In: AOGS 9th Annual General Meeting. 13 to 17 Aug 2012, Singapore. Disponível em: http://4.static.img-dpreview.com/files/p/E~forums/50713079/dfdc0a3fdc564435bb159bce43a40d77

[13] Armitage MH, Anderson KL. Soft sheets of fibrillar bone from a fossil of the supraorbital horn of the dinosaur Triceratops horridus. Acta Histochem. 2013; 115(6):603-8. 

[14] CBS Los Angeles. Lawsuit: CSUN Scientist Fired After Soft Tissue Found On Dinosaur Fossil. [Jul. 2014]. CBS Los Angeles, 2014. Disponível em: http://losangeles.cbslocal.com/2014/07/24/scientist-alleges-csun-fired-him-for-discovery-of-soft-tissue-on-dinosaur-fossil/

[15] Bertazzo S, Maidment SC, Kallepitis C, Fearn S, Stevens MM, Xie HN. Fibres and cellular structures preserved in 75-million–year-old dinosaur specimens. Nat Commun. 2015; 6:7352.

[16] Thomas B, Nelson V. Radiocarbon in Dinosaur and Other Fossils. Creation Research Society Quarterly 2015; 51(4):299-311.
https://creationresearch.org/index.php/extensions/crs-quarterly/s5-frontpage-display/item/117

[17] Entrevista concedida por Mary Schweitzer. Protein links T. rex to chickens. [Abr. 2007]. Entrevistador: Paul Rincon. BBC News, 2007. Disponível em: http://news.bbc.co.uk/2/hi/6548719.stm

[18] Nielsen-Marsh C. Biomolecules in fossil remains: Multidisciplinary approach to endurance. The Biochemist 2002; 24(3):12-14.


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