quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Deus endureceu o coração de faraó?



Se Deus foi o culpado pelo “endurecimento do coração de faraó”, Ele se tornou o responsável pelo pecado e, portanto, o diabo pode se desculpar para não enfrentar o juízo.

Êxodo 7:3 pode ser entendido com duas informações:

1) Uma bíblica

2) Outra cultural.

A informação bíblica vem de Êxodo 7:13, 8:19, 9:7, 34, 13:15. Esses textos afirmam que faraó se endureceu.

A informação cultural que nos ajuda na interpretação é de que os hebreus, por não fazerem uma separação entre o que Deus fazia (o bem) e não fazia (o mal), apresentavam a Deus como o responsável por tudo o que acontecia no mundo. Era comum eles apresentarem a Deus “fazendo coisas que, na verdade, Ele não impede de acontecerem”.

Unindo as duas informações, podemos concluir que em Êxodo 7:3, quando a Bíblia afirma que “Deus endureceu o coração de faraó”, Moisés usa um idiomatismo hebraico. É simplesmente uma maneira hebraica de dizer que Deus permitiu que faraó se endurecesse.

O endurecimento de Deus nunca é direto, mas, indireto. E isso, não por culpa dEle. Quando o Espírito atua no coração, a pessoa pode aceitar ou ficar mais endurecida ainda. Nesse sentido, indiretamente Deus pode endurecer o coração de alguém. Porém, a culpa não é de Deus, mas, do pecador que se rebela contra a Palavra dEle e se torna ainda mais endurecido.

O desejo de Deus é sempre que o pecador – por mais perverso que seja – se arrependa e tenha a vida eterna:

“Acaso, tenho eu prazer na morte do perverso? — diz o SENHOR Deus; não desejo eu, antes, que ele se converta dos seus caminhos e viva? Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o SENHOR Deus. Portanto, convertei-vos e vivei.” (Ez 18:23, 32).

[Veja a incoerência do calvinismo: Deus "endurece" alguém e, ao mesmo tempo, pede para a pessoa se converter! Como alguém pode acreditar numa coisa dessas?]

Deus atua no coração, mas, sem forçar (Ap 3:20). Por isso, a Bíblia diz que a salvação é dada “a quem quiser” (Ap 22:17). Isso é possível por que, de acordo com Gênesis 3:15, Deus colocou uma inimizade entre o ser humano e satanás, de modo que, apesar de estarmos totalmente depravados (Rm 3), pela graça de Deus podemos exercer as nossas escolhas (Js 24:15).

Os que creem na predestinação determinista usam Êxodo 7:3 (entre outros textos) e reinterpretam estes versículos supracitados (que são claros) para ensinar que Deus, através de Sua predestinação, exclui alguns da vida eterna.

Através de um breve estudo do texto, contextualizando-o (1) com todas as declarações bíblicas sobre a atitude rebelde de faraó e (2) com os demais textos bíblicos que mostram ser desejo de Deus que cada pecador se converta, não restam dúvidas de que o determinismo é insustentável.

Os filhos de Deus não podem aceitar uma doutrina (predestinação determinista) que denigre o caráter de Deus e é totalmente contrária a todo o plano de salvação que oferece a cada pecador a oportunidade de ser salvo, caso aceite a Jesus Cristo como Salvador e Senhor (Jo 3:16; 3:36; Rm 10:9).

Graças a Deus há muitos calvinistas sinceros que têm abandonado tal heresia e encontrado o verdadeiro significado do evangelho!

Leandro Quadros.

Como compreender Daniel 9 e as 70 semanas?



Aos 30 anos de idade, começando Seu ministério no ano 27 d.C., Jesus cumpre uma das mais lindas profecias de tempo que predizia o tempo de Sua unção (Seu batismo em 27 d.C.), o ano de Sua morte e o fim do tempo determinado para a nação de Israel como representante de Deus aqui na terra. Isso aconteceu com o apedrejamento de Estevão no ano 34 d.C., mas, de onde vieram todas essas datas precisas? 
Vejamos o capítulo 9 de Daniel versos 24 a 29:
“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniqüidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos. Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas. Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele.”
Em profecia, 1 dia representa 1 ano literal (veja Ezequiel 4:6-7; Números 14:34). Setenta semanas representam 490 anos literais. Qual é a data que marca o início desse período profético? O verso 25 responde: Sabe e entende: “desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém”. Isso sucedeu quando Artaxerxes, rei da pérsia decretou a reconstrução de Jerusalém no ano 457 a.C. (ver Esdras 6:14 e 7).
A reconstrução do templo levaria 7 semanas, ou seja, 49 anos. O início da reconstrução aconteceu no ano 457 a.C. e terminou em 408 a.C. (total de 49 anos ou 7 semanas).

457 – 49 = 408 a.C.

A profecia nos diz então que depois das primeiras 7 semanas (ou 49 anos), mais 62 semanas (ou 434 anos) seriam necessárias para o batismo de Jesus (até ao Ungido) que aconteceu no ano 27 d. C. Faça as contas. Já estamos no ano 408 a. C., ao término da reedificação de Jerusalém. Até ao Ungido, mais 62 semanas ou 434 anos. Vejamos o cálculo:
408 – 434 = – 26 

Contudo, esse cálculo não conta o primeiro ano que começa com zero. Portanto deve ser adicionado mais um ano ao cálculo, o que nos leva ao número ano 27, data do batismo de Cristo. De acordo com o texto, seriam necessárias 7 semanas mais 62 semanas para “ungir o Santo dos Santos”. Outra forma de fazer o cálculo é somar 62+7 que é igual a 69 semanas, ou 483 anos. Calcule então. Vamos pegar a data inicial da profecia, ano 457 a.C. e subtrair 483, levando em conta o primeiro ano que não é contado. 

457 – 483 = – 26 (mais 1 referente ao primeiro ano nos leva a 27 d. C.

Esta foi a data do batismo de Jesus. Tudo isso era necessário se cumprir, pois estava predito por Daniel 500 anos antes. A profecia ainda fala de uma semana e que na metade da semana Ele “fará cessar o sacrifício” (Daniel 9:29). Metade de uma semana são três dias e meio ou três anos e meio, profeticamente. Portanto a profecia faz alusão à morte de Cristo que aconteceu no ano 31 d.C., na metade da semana, fazendo cessar o sacrifício: “E o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo” (Marcos 15:38).
Mas ainda faltam três anos e meio para completar a semana profética. Esses três anos e meio era um tempo para o povo judeu que acabou em 34 d. C. E qual acontecimento marca o final do período das 70 semanas ou 490 anos? Estevão foi apedrejado em 34 d.C., e a partir dessa data a igreja de Deus, como uma continuação do judaísmo, passou a representar Cristo e a proclamar as Boas Novas de salvação em Jesus.
Portanto, Daniel 9 revela com precisão datas importantíssimas, confirmando o caráter profético das Escrituras e sua confiabilidade.

por Hudson Cavalcanti, parceiro do Site Bíblia e a Ciência

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Os discípulos foram batizados?



Realmente a Bíblia não menciona em nenhum lugar que os discípulos tenham sido batizados, mas há alguns relatos interessantes com os quais podemos tirar algumas conclusões importantes.
Em primeiro lugar, não há dificuldade nenhuma para crer que Paulo tenha sido batizado por Ananias (Atos 22:16). Inclusive Paulo explica de forma muito clara o profundo significado do batismo em sua carta à igreja de Roma no capítulo 6. Portanto concluo que esse era um ensinamento, primeiramente de Cristo (Mateus 28:19) e uma prática apostólica com aqueles que aceitavam o Evangelho. 
Outro texto importante é o de 1 Pedro 3:20 e 21 que faz uma alusão ao dilúvio e àqueles que foram salvos "por meio da água" (ver verso 20). 
As águas do dilúvio que sepultaram os pecadores que "desobedeceram" nos dias de Noé, foram o meio para salvar aos que estavam dentro da arca de salvação, e assim se lhes conservou a vida. A possível razão para Pedro referir-se a esse episódio é uma lição que pode ser deduzida, pois da mesma maneira que no passado "foram salvos por meio da água", assim também o "batismo agora nos salva". O batismo é um símbolo da morte e ressurreição de Cristo que indubitavelmente deve significar a morte para o pecado e o ressurgimento em novidade de vida para uma nova vida em Cristo. 
Cremos que os apóstolos conheciam as palavras de Jesus, Marcos 16:16, e concluímos que todos eles foram batizados (1 Coríntios 10:1 e 2).

por Hudson Cavalcanti, colunista do Site Bíblia e a Ciência

Senhor, Perdoa-me

Por que devo pregar o evangelho?


Paulo diz, em Romanos 2:14-16, que os gentios serão julgados por aquilo que a consciência lhes disse. E que eles “servem de lei para si mesmos” (Rm 2:14). Então, por que pregar o Evangelho às pessoas? Precisariam um indígena, um pagão africano ou um budista, por exemplo, ouvir o evangelho para ser salvo? 


Essa é uma questão que intriga muitos cristãos. Mas, com base na Bíblia, podemos ver pelo menos dez razões para cumprir o “Ide” de Cristo. Devo pregar o Evangelho porque:

1. Cristo ordenou. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28:19). Uma vez que Ele mandou, deve haver razões para isso. Do contrário, Ele não teria mandado.

2. Contribui para a minha própria salvação. “Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor” (Fp 2:12), é o conselho do apóstolo Paulo. Ao pregar para os outros sobre a vida eterna, eu mesmo não desejarei ficar fora dela.

3. O Evangelho apresenta um correto conceito sobre Deus, que, acima de tudo, é amor. “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1Jo 4:8). O conceito de um Deus que ama Suas criaturas a ponto de morrer por elas não está presente nas religiões pagãs. Mesmo entre oscristãos, muitos veem Deus como um ser duro, juiz severo, pronto a punir pelo menor erro cometido.

4. Com a pregação do Evangelho, começa a restauração da imagem de Deus em quem o aceita: “Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como fi lhos da luz” (Ef 5:8). “E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas” (Cl 1:21). Pela aceitação do Evangelho, a imagem de Deus já começa a ser restaurada no ser humano e há grande melhora na qualidade de vida de quem o aceita: canibais se tornam seres ternos e amáveis; pessoas sujas, doentes e quase sem nenhuma higiene se tornam limpas e saudáveis; o medo dos deuses e dos espíritos dá lugar à adoração a Deus pelo amor, etc.

5. A pregação do Evangelho prepara o mundo para o fim: “E será pregado este Evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”(Mt 24:14). Obviamente, Deus não ficará como nosso refém quanto a vir ao mundo somente quando pregarmos o Evangelho. Se não o fizermos, Ele empregará outros meios e outras pessoas. O fato é que a pregação do Evangelho preparacas pessoas para os eventos finais da história deste mundo.

6. A pregação do Evangelho é a regra pela qual as pessoas conhecem o plano da salvação e podem ser salvas: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28:19, 20). Um indígena ou pagão que morre sem conhecer o Evangelho será salvo ou se perderá de acordo com a luz que teve quanto ao certo e errado (Rm 2:14, 15), mas essa é a exceção ao plano normal de Deus quanto à salvação. A exceção só confirma a regra.

7. Ajuda-me a ser altruísta e a cumprir o mandamento “Amarás o teu próximo, como a ti mesmo” (Mc 12:31). O que desejo para mim (salvação, vida eterna, uma pátria celestial, reencontro com os entes queridos mortos, etc.) devo desejar também para meu semelhante.

8. Faz-me empático e parecido com Deus, o qual “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2:4). Ao pregar, engajo-me na mesma obra salvífica de Deus. Que privilégio o dos pregadores do Evangelho!

9. Pela pregação do Evangelho, o reino de Cristo invade o reino de Satanás, limitando, e mesmo quebrando, o poder desse inimigo sobre os pecadores. “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor” (Cl 1:13).

10. A palavra de um pecador convertido tem mais credibilidade para outro pecador do que as palavras de um anjo de Deus, pois anjos não conhecem, por experiência, as lutas, tentações e limitações de um ser humano. São os seres humanos que devem ser “embaixadores de Deus”. “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2Co 5:20). Também somos “carta de Cristo”: “Estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações” (2Co 3:3). O papel de “embaixador” e “carta” é dado aos seres humanos, e não a anjos, que nunca pecaram.

Como está você no assunto da pregação do Evangelho? Engajado? Se não, por quê? A verdade é que Deus não tem outra boca a não ser a nossa, outros pés que não os nossos, outras mãos que não as nossas. Ele poderia pregar o Evangelho mais rapidamente e melhor por outros meios, mas Ele prefere contar com você. 

Ozeas C. Moura - Doutor em Teologia Bíblica

Apocalipse 18:8 – tempo literal ou profético?



Alguns creem que se trata de tempo profético, e que, portanto, representa um ano literal; mas outros consideram que o anjo está realçando o aspecto repentino e inesperado das "pragas" que cairão sobre a Babilônia simbólica, especialmente por seu falso sentido de segurança (vers. 7); ou ainda está falando de um lapso de tempo indefinido. 
Em vista do que se diz sobre o mesmo acontecimento ocorrer em "uma hora" (vers. 10, 17, 19), parece preferível a segunda explicação (ver Jeremias 50: 29, 31). Ademais, o tempo dos verbos que acompanham as palavras "dia" e "hora" (Apocalipse 18: 10) sugere bem mais “um momento” do que “um período”, e, portanto, parece muito mais uma ênfase sobre o repentino e inesperado aspecto das pragas do que a duração. (Isaías 47: 9, 11; Jeremias 50: 31; 51: 8). 
Um “período de tempo" pode ser de um ano, de um mês, ou de um dia. “Hora”, “tempo” em Mateus 14:15;18:1; Marcos 6:35; Lucas 2: 38; João 16:2, 4, 25; 2 Coríntios 7: 8; Filemon 15; 1 João 2: 18; Apocalipse 14: 15 traduz-se como “pouco tempo”; em 1 Tessalonicenses 2:17 “breve tempo”; em Marcos 11:11 “entardecia”. É óbvio que o significado de hora deve ser determinado em cada caso pelo contexto.
Alguns usam o termo “hora” do capítulo 17 verso 12 como um tempo profético, o que representaria um lapso literal de umas duas semanas; mas o contexto parece indicar algo distinto. Reconhece-se geralmente que no capítulo 18 há uma explicação mais detalhada dos fatos descritos no capítulo 17:12-17; mas o lapso designado como “um dia” no capítulo 18 verso 8 também é chamado “uma hora” nos versos 10, 17, 19, de onde pode ser deduzido que a Inspiração se propôs a indicar um período breve sem especificar sua duração exata. Pelo que foi exposto, parece preferível entender a expressão “uma hora” do capítulo 17 verso 12 como um período breve, indeterminado.
Os lapsos de tempo mencionados nas passagens proféticas nem sempre designam o que comumente se conhece como tempo profético. Os sete anos de fome preditos por José, por exemplo, foram anos literais (Gênesis 41:25-31), da mesma forma os 40 anos de peregrinação preditos em Números 14:34. 
O mesmo pode ser dito dos 400 anos de Gênesis 15:13, dos 70 anos de Jeremias 25:12; 29:10, e dos 1.000 anos de Apocalipse 20:4.
Portanto, o termo “dia” ou “hora” pode ser melhor entendido como um período de tempo indeterminado, ou breve período de tempo indeterminado.


por Hudson Cavalcanti, colunista do Site Bíblia e a Ciência

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Que tipo de vinho Paulo pediu que Timóteo bebesse?


Em 1 Timóteo 5:23 Paulo dá um conselho a Timóteo para que bebesse “um pouco de vinho”. É apenas suco de uva ou é vinho alcoólico? 


Esse texto do apóstolo Paulo tem sido frequentemente usado por aqueles que desejam fazer a Bíblia apoiar o uso de bebidas alcoólicas. Alguns chegam a dizer que o problema seria a ingestão de “muito” vinho; sendo que “um pouco” não seria problema. Mas o que realmente Paulo teria aconselhado Timóteo a fazer?

Primeiramente, deve-se notar o contexto no qual está inserido o texto (1Tm 5:23). Ele está na seção “Conselhos”, que vai de 1 Timóteo 4:7–5:23, sendo o último verso de uma série de conselhos dados pelo apóstolo Paulo. No caso do que foi dado a Timóteo, vê-se que se trata de uma recomendação a alguém com problemas de estômago e acometido por outras enfermidades não mencionadas. Então, o conselho tem que ver com uma situação médica e a um doente, e não aos membros da igreja indiscriminadamente.

Há basicamente duas hipóteses quanto ao vinho recomendado para as enfermidades de Timóteo: (1) Seria vinho alcoólico; (2) Seria vinho sem álcool, o puro suco de uva.

Às vezes, uma palavra no idioma original ajuda a esclarecer um texto bíblico, mas tal não acontece com 1 Timóteo 5:23, onde “vinho” é tradução da palavra grega “oinos” – palavra que tanto pode indicar vinho com álcool como vinho sem álcool.

Analisemos a primeira hipótese, a de que o vinho fosse alcoólico: essa hipótese estaria de acordo com uma ideia do tempo de Paulo, a de que o vinho fermentado era um medicamento útil na cura de várias doenças (R. N. Champlin, O Novo Testamento Interpretado, v. 5, p. 341). Se se tratasse de vinho fermentado, a ser ingerido como remédio, tal conselho se assemelha ao que aparece em Provérbios 31:6: “Dai bebida forte [shekar] aos que perecem e vinho [yaîn], aos amargurados de espírito”. Esses que estavam “perecendo” (doentes terminais), certamente estavam “amargurados de espírito”, ou seja, preocupados consigo mesmos e com o futuro de seus familiares, e deviam tomar alguma coisa que anestesiasse a dor. Note que também aqui o conselho é dado a doentes, e não a pessoas sadias.

Passemos, agora, à segunda hipótese: O vinho seria sem álcool, o puro suco de uva. Essa hipótese levanta um questionamento, o de que Timóteo já devia beber suco de uva não fermentado, pois o mesmo não é condenado pela Escritura. 

Se aceitamos a hipótese de que o vinho recomendado por Paulo era sem álcool, então Timóteo devia estar seguindo uma dieta tipo “nazireu”, ou seja, não beber ou comer nada que viesse da videira, como a prescrita em Números 6:3: ”Abster-se-á de vinho e de bebida forte; não beberá vinagre de vinho, nem vinagre de bebida forte, nem tomará beberagens de uvas, nem comerá uvas frescas nem secas”. Se for esse o caso, Timóteo devia estar sendo influenciado pelos hereges gnósticos, com suas regras ascéticas e dietéticas (ver 1 Tm 4:3; Cl 2:21-23), seguidas para impressionar os demais membros da igreja. Paulo os denuncia como tendo “aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético” (Cl 2:23).

Paulo, então, estaria dizendo a Timóteo que suco de uva seria benéfico ao seu estômago, de preferência à água muitas vezes de qualidade duvidosa e contaminada, como acontecia já naqueles dias. “Nos dias de Paulo, como agora, a água em muitas localidades não era segura para o uso. Doenças físicas, como a disenteria, frequentemente estavam relacionadas com água contaminada, sendo de comum ocorrência. Consequentemente, outras maneiras de matar a sede eram frequentemente recomendadas” (SDA Bible Commentary, v. 7, p. 314). Nesse caso, vinho (suco de uva) seria preferível à água impura (J. N. D. Kelly. I e II Timóteo e Tito, p. 123).

Como vimos, se Paulo tivesse recomendado vinho alcoólico a Timóteo, estaria receitando um remédio (ao menos se pensava assim em sua época), a alguém doente. E isso não deve servir de justificativa para seu uso por alguém sadio.

Se, ao contrário, Paulo recomendou suco de uva não fermentado, teve o propósito de que Timóteo evitasse água contaminada, que agravaria ainda mais seu problema de estômago e suas “frequentes enfermidades”.

Em conclusão, dizemos que seguro mesmo é ficar longe das bebidas alcoólicas. A Bíblia as descreve como “alvoroçadoras” (Pv 20:1), causadoras de ais, pesares, rixas, queixas, feridas sem causa, olhos vermelhos (23:29).

Ozeas C. Moura - Doutor em Teologia Bíblica

O que é o período intertestamentário?



Entre a última parte do Antigo Testamento e o início da narrativa do Novo Testamento há um período de aproximadamente quatro séculos, chamado de período intertestamentário, considerado por muitos como um “período de silêncio”, pois não temos nenhuma obra inspirada, ou registro profético. Houve muitos acontecimentos que transformaram o cenário político, social e religioso de Israel durante esse período. 
Durante o quarto século a. C. os judeus viveram sob o domínio Persa, que não interferiu na religião judaica. Foi em 457 a. C. que Artaxerxes decretou a reconstrução de Jerusalém, restabelecendo-a como CIDADE CAPITAL. 
A unificação dos gregos e macedônios fez surgir um império forte e poderoso, que sob a liderança de Alexandre o Grande, derrotou o rei persa e o seu exército na batalha de Arbela em outubro de 331. 
Alexandre, conhecedor da filosofia grega e discípulo de Aristóteles, empenhou-se por conquistar todo mundo antigo e exigiu que a cultura grega fosse espalhada por todo território conquistado. Como os judeus estavam sob o domínio dos gregos, havia uma forte tendência de humanização e corrupção dos valores e conceitos da religião de Israel. Embora Israel desfrutasse de liberdade religiosa, essa realidade durou até o aparecimento de Antíoco Epines IV, um dos sucessores do império selêucida que perseguiu os judeus, profanou o templo de Jerusalém em 168 a.C. e interrompeu o sacrifício diário do templo, erigindo altares idólatras na frente do templo para o sacrifício de porco. Queimou algumas edificações e destruiu parte dos muros da cidade, isso gerou muito conflito entre os judeus, sentimento de revolta e desencadeando muita instabilidade e conflito, como a revolta dos acabeus, que conseguiu restabelecer a ordem e o serviço do templo em 165 a.C. 
Em 63 a.C., Pompeu de Roma conquistou a palestina dando fim ao reinado Macabeu e colocando toda a Judéia sob o domínio de César (imperador Romano). Foi no ano 40 a.C. que se iniciou a dinastia herodiana, pois Herodes ganhou o favor de Antônio e Otaviano, que na época tinham aliança, e o senado votou unanimemente Herodes como rei da Judéia. Ele não foi aceito pelos judeus, houve conflitos e resistência, mas logo estava no trono de uma cidade em ruínas e de uma nação que o odiava. 
Nesta época as culturas gregas, romanas e judaicas estavam misturadas. Havia um sincretismo religioso muito grande, e os israelitas aguardavam uma libertação. Acreditavam ser o povo escolhido e criam que Deus enviaria um libertador para escaparem do jugo Romano. Roma havia ampliado suas estradas e rotas comerciais, com um sistema político bem avançado. Os gregos haviam contribuído com a língua que era vastamente falada. O palco estava montado, o cenário preparado, essa era a “plenitude do tempo... [em que] Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher” (Gálatas 4:4). Todo ambiente contribuiria para a pregação do evangelho, mas foi sob o domínio dos Romanos que Jesus foi condenado, morto, mas ressuscitou e hoje vive. 
Essas sãos as boas novas decorrentes da vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
por Hudson Cavalcanti, parceiro do Site Bíblia e a Ciência

Para me tornar adventista preciso crer em Ellen White?

Evidências Inglaterra - TV Novo Tempo

domingo, 4 de novembro de 2012

Jesus teve "irmãos"?


mc331-35
Um dia desses, um conhecido e copiado pregador neo-pestecostal da televisão disse mais uma de suas "pérolas" teológicas.

Falando sobre Maria, mãe de Jesus, o pregador (que prefere não ser chamado de "pastor"), disse que Maria teve vários filhos além de Jesus, e apresentou o seguinte texto em apoio ao seu pensamento:

"Muita gente estava assentada ao redor dele e lhe disseram: Olha, tua mãe, teus irmãos e irmãs estão lá fora à tua procura" (Marcos 3:32).

De um modo geral, os evangélicos crêem que estes "irmãos e irmãs" eram mesmo filhos de Maria, sendo Jesus seu "primogênito".

Já os católicos, devido à "mariolatria", não aceitam esta tese e dizem que os "irmãos", na verdade, eram "primos" de Jesus. Para isso, fazem um malabarismo hermenêutico com o termo grego ADELPHOS. Aliás, a igreja romana defende que Maria não só permaneceu virgem mesmo depois do parto de Jesus, mas que já era "imaculada" desde sua própria concepção, ou seja, que a avó materna de Jesus já concebeu Maria de forma miraculosa, e transmitiu uma "carne santa" àquela que seria a "Mãe de Deus", segundo os católicos. Para completar o rol de tradições dogmáticas, os católicos agora também acreditam que Maria foi "assunta", em vida, ao Céu, e que de lá intercede em favor dos seus "filhos", como a "Mãe de Todos".

Para os Adventistas do 7º Dia, nenhuma destas explicações está correta, pois os "irmãos de Jesus" eram mesmo Seus irmãos, porém apenas por parte de José. Ou seja, os Adventistas crêem que Maria teve apenas Jesus como filho (apesar de ela ter permanecido em relacionamento conjugal completo com José, seu esposo - cf. Mat. 1:25), e que os "irmãos e irmãs" do Senhor eram filhos de José, de relacionamento(s) anterior(es) ao casamento com Maria.

E de onde tiramos esta compreensão?

1. A maneira como os irmãos de Jesus O tratavam (cf. João 7:3-10).

Nesta conhecida ocasião, os Seus irmãos querem impor sobre Ele a maneira como deveria conduzir Seu ministério de pregação. Jesus prontamente rejeita as orientações deles, e determina que eles deveriam ir sozinhos à festa judaica. Porém o texto mostra que Jesus estava querendo deixar claro que era Ele, e Ele apenas, que dava a direção à Sua missão, pois logo que Seus irmãos se retiram, Ele vai para a festa. É como se Ele dissesse: "Vou porque quero ir, e não porque vocês estão Me mandando ir".

Este comportamento dos irmãos de Jesus, e Sua maneira de confrontá-los neste episódio, demonstra que Ele não era o irmão mais velho da família, pois os irmãos menores, na cultura paternalista judaica, não tinham autoridade para darem ordens ao primogênito. O exemplo clássico desta manifestação cultural foi a reação que os irmãos de José (e seu próprio pai) tiveram aos seus sonhos (cf. Gên. 37:7-10).

2. A atitude de Jesus no momento da Cruz (cf. João 19:25-27).

Se Maria tivesse outros filhos, de modo algum Jesus a teria deixado sob os cuidados de João, o discípulo amado. O texto mostra claramente que Maria, agora viúva e sem seu único filho, ficaria desamparada na sociedade machista de sua época. Para protegê-la, Jesus pede que Seu apóstolo mais querido cuide dela, o que é prontamente atendido.

Também no Antigo Testamento encontramos diversos relatos que comprovam a determinação cultural de que um irmão deveria assumir as obrigações de outro que falecesse. Caso Maria tivesse mesmo outros filhos além de Jesus, como defendem os evangélicos, então a preocupação de Jesus em Seus minutos finais teria sido totalmente infundada (cf. Gên. 38:8; Deut. 25:5-10).

Se não bastassem estas fortes evidências na própria Bíblia, ainda temos as declarações do Espírito de Profecia, conforme o Senhor revelou a Ellen White:

"Desde mui tenra idade, começara Jesus a agir por Si na formação de Seu caráter, e nem mesmo o respeito e o amor aos pais O podiam desviar de obedecer à Palavra de Deus. "Está escrito", era Sua razão para cada ato que destoasse dos costumes domésticos. A influência dos rabinos, porém, tornou-Lhe amarga a vida. Mesmo na mocidade teve que aprender a dura lição do silêncio e da paciência no sofrimento.

Seus irmãos, como eram chamados os filhos de José, tomavam o lado dos rabinos. Insistiam em que a tradição deveria ser atendida, como se fossem ordens divinas. Consideravam até os preceitos dos homens como mais altos que a Palavra de Deus, e ficavam sobremaneira aborrecidos com a clara penetração de Jesus em distinguir entre o falso e o verdadeiro. Sua estrita obediência à lei de Deus, condenavam como obstinação. Ficavam surpreendidos do conhecimento e sabedoria que revelava em Suas respostas aos rabis. Sabiam que não recebera instruções dos sábios e, no entanto, não podiam deixar de ver que era para eles um instrutor. Reconheciam que Sua educação era de mais alta ordem que a deles próprios. Não discerniam, entretanto, que havia tido acesso à árvore da vida, fonte de saber para eles desconhecida" (DTN, pág. 86).

"Os filhos de José longe estavam de ter simpatia pela obra de Jesus. As notícias que lhes chegavam aos ouvidos acerca de Sua vida e trabalhos, enchiam-nos de surpresa e terror. Ouviram que dedicava noites inteiras à oração, que durante o dia era oprimido por grande quantidade de gente, e não Se permitia sequer o tempo necessário para comer. Os amigos achavam que Se estava consumindo por Seu incessante labor; não podiam explicar a atitude que tinha para com os fariseus, e alguns havia que receavam pelo equilíbrio de Sua razão.

Isso chegou aos ouvidos de Seus irmãos, bem como a acusação dos fariseus de que Ele expulsava demônios pelo poder de Satanás. Sentiram vivamente a vergonha que lhes sobrevinha devido a seu parentesco com Jesus. Sabiam que tumulto Suas palavras e obras ocasionavam, e não somente se alarmavam com as ousadas declarações dEle, mas ficavam indignados com a acusação que fazia aos escribas e fariseus. Resolveram persuadi-Lo ou constrangê-Lo a deixar esse método de trabalhar, e induziram Maria a unir-se a eles, pensando que, em vista de Seu amor por ela, poderia conseguir levá-Lo a maior prudência" (DTN, pág. 321).

"Quando os filhos de José faziam seus preparativos para assistir à festa dos tabernáculos, viram que Cristo não dava nenhum passo que Lhe indicasse a intenção de a ela assistir. Observavam-nO com ansiedade. Desde a cura de Betesda, Ele não concorrera mais às reuniões nacionais. Para evitar inúteis conflitos com os chefes em Jerusalém, restringira Seus labores à Galiléia. Seu aparente desprezo das grandes assembléias religiosas e a inimizade para com Ele manifestada pelos sacerdotes e rabis, eram causa de perplexidade para os que O rodeavam, mesmo os próprios discípulos e parentes. Acentuara em Seus ensinos as bênçãos da obediência à lei de Deus e, não obstante, parecia Ele próprio ser indiferente ao serviço divinamente estabelecido. O misturar-Se com publicanos e outros de má reputação, Seu menosprezo pelas observâncias dos rabis e a liberdade com que punha de lado as exigências tradicionais quanto ao sábado, tudo parecendo colocá-Lo em antagonismo com as autoridades religiosas, despertava muita indagação. Seus irmãos pensavam ser um erro de Sua parte alienar de Si os grandes e doutos da nação. Achavam que esses homens deviam ter razão, e que era erro de Jesus colocar-Se em oposição aos mesmos. Tinham, porém, testemunhado Sua vida irrepreensível e, conquanto não se classificassem entre Seus discípulos, haviam sido profundamente impressionados por Suas obras. A popularidade dEle na Galiléia aprazia-lhes às ambições; ainda esperavam que desse um testemunho de poder que levasse os fariseus a ver que era o que pretendia ser" (DTN, pág. 405).

Conclusões

1. Maria teve apenas Jesus como filho.

2. Ela não permaneceu virgem, pois a Bíblia diz que José a "conheceu" depois do nascimento de Jesus.

3. Os irmãos e irmãs de Jesus eram filhos de José apenas, sendo, portanto, mais velhos que Jesus.

Se você ainda não leu o livro DESEJADO DE TODAS AS NAÇÕES, não sabe o que está perdendo! Este livro maravilhoso vai mudar sua vida com Deus.

"e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8:32).

Autor: Prof. Gilson Medeiro

Quando começou a graça?


Há alguns meses, um famoso pregador pentecostal da atualidade, que mantém um programa diário em horário nobre na TV, disse que a graça só começou a existir depois de Jesus. Segundo ele, antes de Jesus não havia graça no mundo. Para confirmar sua declaração, o aclamado missionário citou o seguinte verso do Evangelho de João: 

"Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo" (1:17).

Mas... há algum fundo de verdade nisso? 

Primeiramente, precisamos definir o que é a graça divina. 

Uma passagem bíblica chave para entendermos o que significa a graça é a seguinte: 

"pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus" (Rom. 3:23-24).
Vemos que, para Paulo, a graça era a resposta de Deus ao problema do pecado, ou seja, para o pecador arrependido, o Senhor concede um "perdão" especial, uma "absolvição" legal da condenação do pecado. Para o filho de Deus que foi revestido pela "graça" não há mais penalidade dos pecados passados, pois o Senhor Jesus pagou o preço por todos eles ao derramar Seu sangue, inocente, no Calvário. Paulo ainda acrescenta que esta "graça" divina para o pecador é concedida gratuitamente, ou seja, NADA do que o homem faça ou deixe de fazer pode "comprar" este dom precioso de Deus em seu benefício.
No site Bibliaonline, mantido por Adventistas, encontramos também a seguinte definição para a graça:
"No N.T. é aquele favor que o homem não merece, mas que Deus livremente lhe concede - algumas vezes é posta em contraste com a lei (Rm 6.14) - e também exprime a corrente de misericórdia divina, pela qual o homem é chamado, é salvo, é justificado, e habilitado para viver bem e achar isso suficiente para ele (Gál. 1.15 - Efés. 2.8 - Rom. 3.24 - 1Cor. 15.10 - 2Cor. 12.9)".

Esclarecido, então, o que seja a graça, vejamos se há referências a ela no AT.
A Graça no Antigo Testamento

A passagem bíblica considerada por muitos como o primeiro "pacto" de salvação entre Deus e o homem é Gên. 3:15, quando o Senhor promete que, no futuro, o inimigo seria derrotado por um "descendente" da mulher. Isso nos mostra que desde o Éden já foi incutida no homem pecador a esperança de salvação para as consequências terríveis que o pecado traria sobre todos. 

Poderíamos também citar diversos exemplos de pessoas que foram "agraciadas" (rsrs) com o perdão divino, começando pelo próprio casal edênico e passando por personagens muito conhecidos, como por exemplo Abraão, Jacó, Moisés, Raabe, Sansão, etc. 

Mas, e a expressão "graça"? Encontramos ela no AT, com o mesmo sentido com que é tratada no NT? Na minha opinião, alguns dos mais significativos estão nos Salmos: 

"Volta-Te, SENHOR, e livra a minha alma; salva-me por Tua graça" (6:4). 

"No tocante a mim, confio na Tua graça; regozije-se o meu coração na Tua salvação" (13:5). 

"Não ocultei no coração a Tua justiça; proclamei a Tua fidelidade e a Tua salvação; não escondi da grande congregação a Tua graça e a Tua verdade. Não retenhas de mim, SENHOR, as Tuas misericórdias; guardem-me sempre a Tua graça e a Tua verdade" (40:10-11). É curioso como, aqui, o salmista usa o mesmo vocabulário usado por João no texto citado pelo pregador da TV... 

"e a Ti, Senhor, pertence a graça, pois a cada um retribuis segundo as suas obras" (62:12). 

"Porque a Tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios Te louvam" (63:3).



"Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem aparta de mim a Sua graça" (66:20). Este é o meu verso favorito de toda a Bíblia. 


"Quanto a mim, porém, SENHOR, faço a Ti, em tempo favorável, a minha oração. Responde-me, ó Deus, pela riqueza da Tua graça; pela Tua fidelidade em socorrer" (69:13). 


"Responde-me, SENHOR, pois compassiva é a Tua graça; volta-Te para mim segundo a riqueza das Tuas misericórdias" (69:16). 


"Porque o SENHOR Deus é sol e escudo; o SENHOR dá graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam retamente" (84:11). 


"Justiça e direito são o fundamento do teu Trono; graça e verdade Te precedem" (89:14). 


"Ele é quem perdoa todas as tuas iniqüidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia" (103:3-4). 


E tantos outros... 


Pelo visto, alguém que não concordaria com o prezado pregador que mencionei acima era Davi. Afinal, ele foi um dos muitos personagens do AT que sabiam por experiência própria que a graça do Senhor já se manifestava naqueles dias. 


Portanto, neste início de semana, é importante saber que a GRAÇA não se iniciou com o ministério terrestre de Jesus, pois a graça, a misericórdia, o perdão... SEMPRE EXISTIRAM, desde quando o pecado passou a ser uma realidade na vida dos filhos de Deus. 


O que Jesus veio fazer foi dar uma revelação mais ampla, mais abrangente sobre este precioso dom divino. Conforme o Comentário Adventista de João 1:17, "João não tem o propósito de insinuar que era mau o sistema revelado por meio de Moisés, em comparação com o que agora era revelado por meio de Cristo, a não ser que, embora era bom o sistema de Moisés, o de Cristo é melhor (ver Heb. 7:22; 8:6; 9:23; 10:34). (...) Ao afirmar que a 'verdade' vem por meio de Cristo, João O identifica como a realidade que era assinalada por todos os símbolos e cerimônias do AT, que não eram mais que uma sombra dos bens vindouros. Em Cristo o símbolo acha seu cumprimento na realidade (Colos. 2:16-17). Em nenhum sentido João indicou que o sistema do AT era falso ou errôneo".
Louvado seja Deus, porque não nos deixa nas trevas em nenhum tema importante para nossa salvação! 


"Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem aparta de mim a sua graça" (Salmo 66:20). 
Oh glória!
Por Gilson Medeiros

Quem representa o bode Azazel?



Os Adventistas são freqüentemente criticados, através de publicações preconceituosas e destituídas de embasamento bíblico, de fazerem de satanás um “co-redentor”, juntamente com Cristo, devido à interpretação que damos à figura do bode utilizado no serviço do santuário de Israel, no Dia da Expiação. Entretanto, um estudo coerente e livre de preconceitos mostrará que a Igreja Adventista está correta em sua interpretação acerca desse bode, chamado de AZAZEL. Vejamos...



O DIA DA EXPIAÇÃO

Lv 16:1-34 traz a descrição dos eventos que ocorriam no Dia da Expiação, que era o encerramento do calendário judaico, e a ocasião na qual se realizava uma “purificação” do santuário (v. 19).

O v. 5 declara que os dois bodes seriam tomados para servirem de oferta pelo pecado, porém os vv. 7-9 mostram que era feito um “sorteio” (heb. GOWRAL) para saber qual seria o bode que realmente seria utilizado no serviço de expiação. O v. 5 diz que os dois eram, inicialmente, tomados como oferta pelo pecado (heb. CHATTAAH), porque ainda não havia sido realizado o sorteio; por isso, a princípio, os dois eram apresentados como podendo ser o animal da oferta pelo pecado.

Os vv. 9-10 descrevem claramente que havia uma visível diferença na participação dos dois bodes, pois apenas um era oferecido como oferta, enquanto que o outro (o chamado AZAZEL, ou “bode emissário”) deveria ser levado ao deserto, para morrer por lá, sem ter seu sangue derramado no serviço do Dia da Expiação, no santuário. Ora, o próprio livro de Levítico esclarece que apenas pelo sangue se poderia fazer a expiação pelos pecados (17:10-12), por isso não se pode afirmar, com base bíblica, que o bode AZAZEL também seria um tipo de Cristo, pois o seu sangue não era derramado (cf. Hb 9:22).

Para deixar mais claro ainda, temos a límpida declaração do v. 20, que diz que apenas após ter “acabado” (heb. KALAH) o serviço da expiação pelos pecados, é que o bode vivo deveria ser trazido, ou seja, é evidente que ele não participava em nenhum momento da cerimônia de expiação.



Portanto, não é correto dizer que os Adventistas fazem de satanás um co-participando no plano de redenção, tomando-se como base para tão absurda declaração o nosso ensinamento sobre a figura de AZAZEL ser um símbolo de satanás, pois a Bíblia é bastante clara em afirmar que ele levará sobre seus ombros o peso de ter sido o mentor da destruição da raça humana, através do pecado (cf. Ap 20:1-10; 12:9-12; Lc 13:16; At 5:3; etc.).

Dos dois bodes, como vimos, apenas um tinha parte no plano da redenção esboçado no serviço do santuário – e este era aquele que derramava seu sangue, prefigurando ao sacrifício de Jesus na Cruz do Calvário.



Prof. Gilson Medeiros

www.elpisteologia.net

O Armagedom e o Secamento do Rio Eufrates



O que é o Armagedom e em que consiste o secamento do rio Eufrates (Ap 16:12-16)? As guerras no Oriente têm que ver com o cumprimento das profecias?

A palavra Armagedom vem de duas outras palavras hebraicas: AR = monte, montanha, e MEGIDO = cidade localizada perto dos vales de Sarom e Jezreel, onde se cruzavam duas importantes rotas comerciais. A cidade foi fortificada por Salomão (1 Rs 9:15) e se tornou cenário de grandes batalhas (Jz 5:19-21; 2Rs 23:29). Etimologicamente, Armagedom significa “Monte de Megido”.

Como no Armagedom ocorreram grandes batalhas, esse lugar passou a figurar nas profecias como o lugar da batalha final entre Deus e Seu povo, de um lado, e Satanás e os ímpios, do outro. A batalha ocorrerá quando as forças do mal tentarem acabar com o povo de Deus, mas Ele os protegerá. Isso ocorrerá pouco antes da segunda vinda de Cristo. A sexta praga tem que ver com a preparação das nações para o Armagedom, e a sétima com a batalha propriamente dita (ver Ap 16:12-21).

O secamento do rio Eufrates está diretamente relacionado com essa batalha final entre as forças do bem e do mal. Alguns de nossos pioneiros pensavam que o secamento desse rio seria o desaparecimento da Turquia (país onde o rio Eufrates se forma pela junção de dois outros: o Kara (Eufrates Ocidental), que nasce nas montanhas orientais da Turquia, e o Murat (Eufrates Oriental), que se origina no lago Van). Pensavam que o Eufrates secaria para dar passagem às tropas em guerra, numa batalha física entre nações inimigas. Mas, como o Apocalipse é um livro bastante simbólico, o “secamento do Eufrates” e a ”guerra” ou batalha final (o Armagedom) também devem ser simbólicos. Assim sendo, essa guerra final será uma batalha espiritual entre a verdade e o erro. O secamento das águas do Eufrates será, então, a retirada do apoio humano à Babilônia simbólica (poderes religiosos, que antes estavam coligados e unidos contra a verdade e o povo de Deus). Essa idéia tem apoio em Apocalipse 17:1-3,15, onde “águas” representam povos e nações.

Comentando sobre o Armagedom, diz Ellen G. White: ”Todo o mundo estará em um ou no outro lado da questão. Será travada a batalha do Armagedom. E nesse dia nenhum de nós deverá estar dormindo. Precisamos estar bem despertos, como as virgens prudentes, tendo azeite em nossas vasilhas com nossas lâmpadas. O poder do Espírito Santo deve estar sobre nós, e o Capitão do exército do Senhor estará à frente dos anjos para dirigir a batalha…. Precisamos estudar o derramamento da sétima taça (Ap 16:17-21). Os poderes do mal não capitularão no conflito sem uma luta. Mas a Providência Divina tem uma parte a desempenhar na batalha do Armagedom. Quando a Terra for iluminada com a glória do anjo de Apocalipse 18, os elementos religiosos, bons e maus, despertarão do sono, e os exércitos do Deus vivo pôr-se-ão em campo. Em breve será travada a batalha do Armagedom. Aquele em cuja vestimenta está escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores, conduz os exércitos do Céu montados em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro [Ap 19:11-16]” (Ellen G. White, Eventos Finais, p. 250, 251).

Seriam as guerras no Oriente Médio o cumprimento das profecias? Não vemos base bíblica para se afirmar que as guerras que ocorreram ou ocorrem no Oriente Médio sejam o cumprimento direto das profecias. No máximo, a elas podem-se aplicar as palavras de Jesus de que, antes do fim, “haveria guerras e rumores de guerras” ( Mt 24:6 e Mc 13:7). Mas, atualmente, essas palavras podem ser aplicadas a qualquer guerra, em qualquer parte do mundo.

Ozeas C. Moura, editor na Casa Publicadora Brasileira. 

sábado, 3 de novembro de 2012

O Número Sete no Apocalipse



Apoc. 1:4 Sete Igrejas 
Apoc. 1:4 Sete Espíritos
Apoc. 1:12 Sete Candieiros
Apoc. 1:16 Sete Estrelas
Apoc. 4:5 Sete Lâmpadas
Apoc. 5:1 Sete Selos
Apoc. 5:6 Sete Pontas
Apoc. 5:6 Sete Olhos
Apoc. 8:2 Sete Anjos
Apoc. 8:2 Sete Trombetas
Apoc. 10:3 Sete Trovões
Apoc. 12:3 Sete Cabeças
Apoc. 12:3 Sete Coroas
Apoc. 15:1 Sete Anjos 
Apoc. 15:1  Sete Pragas
Apoc. 17:9 Sete Montes
Apoc. 17:9 Sete Reis
Apoc. 1:3 Sete Bem-aventuranças (14:13; 16:15; 19:9; 20:6;
22:7, 14)

Sete é a palavra favorita no alfabeto de Deus.  Há sete dias na 
semana; sete notas na música; sete cores no arco-íris. O número 
sete é a  própria assinatura de Deus.  “O número sete indica 
plenitude,” e perfeição.

O Número Sete na Bíblia



Gen. 2:2 Semana de sete dias

Gen. 7:2 Animais limpos foram tomados para a arca de sete em sete

Exo. 25:37 Sete lâmpadas para o candieiro

Lev. 4:6 O sangue era espargido sete vezes

Lev. 14:16 O óleo era espargido sete vezes

Lev. 23:15 Sete sábados

Lev. 23:39 Festa de sete dias

Num. 12:15Miriam ficou sete dias fora do acampamento

Deut. 15:1 Servos eram libertos dos credores depois de sete anos

Jos. 6:4 Sete sacerdotes diante da arca, com Sete Trombetas

Jos. 6:15 Jericó foi rodeada sete vezes, no Sétimo Dia

Rute 4:15 Sete filhos

Jó 42:8 Sete bezerros e sete carneiros

Sal. 119:164 Louvor a Deus sete vezes ao dia

Atos 6:3 Sete Diáconos

Pregação de Cristo aos “espíritos em prisão”



Quais são os significados destas citações de Pedro sobre Jesus , em 1 Pedro 3:18 b – 20? Entre as várias interpretações, está a de que Noé foi incumbido por Cristo de pregar aos ímpios de sua época. Outra afirma que Cristo, entre Sua morte e ressurreição, pregou aos mortos ímpios pré-diluvianos. Afinal, qual interpretação tem base bíblica?

Nesse texto, a parte que traz dificuldade de interpretação é: “Pois também Cristo…, morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão” (I Pe 3:18-19).

Entre as várias interpretações, uma é comum aos católicos e evangélicos: Cristo, entre Sua morte e ressurreição, teria ido ao Hades pregar a espíritos. Para os que crêem na imortalidade da alma, o Hades seria um lugar intermediário para onde supostamente vão os espíritos desincorporados. Essa interpretação não tem base bíblica pelas seguintes razões:

1. Com a morte, encerra-se o tempo de preparo para a salvação. O passo seguinte após a morte é o juízo: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo…” (Hb 9:27). O tempo de preparo para a vida eterna é “hoje” e “agora”: ‘Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hb 3:7,8); “Porque Ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação” (2Co 6:2).

2. Os mortos não podem ouvir a pregação do evangelho; tampouco podem aceitá-lo, pois viraram pó: “… até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás” (Gn 3:19). Como conseqüência disso, quem morreu não têm consciência: “Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos os seus desígnios” (SI 146:4); “Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem à região do silêncio” (Sl 115:17); “… os mortos não sabem coisa nenhuma…; a sua memória jaz no esquecimento…; porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma” (Ec 9:5,10).

A própria Bíblia e o contexto de 1 Pedro 3:18-21 nos ajudam a entender o texto em questão:

1. Jesus foi “vivificado no espírito” (1 Pe 3:18). Pelo original grego, podemos também traduzir essa frase como: ”Vivificado pelo Espírito” Ou seja, o Espírito Santo participou na ressurreição de Cristo (ver Rm 8:11).

2. “No qual também foi e pregou aos espíritos em prisão.” A expressão “no qual” se refere ao Espírito Santo, mencionado na parte final de 1 Pe 3:18. Então, Jesus, através do Espírito Santo, pregou a esses “espíritos em prisão”. No entanto, o elemento humano usado pelo Espírito Santo foi Noé (ver IPe 3:20). A menção a esse patriarca fornece a pista para se saber em que tempo foi feita essa pregação.

3. A pregação se deu, não no período entre a morte e a ressurreição de Cristo, mas “nos dias de Noé” (3:20), isto é, no tempo anterior ao Dilúvio, “enquanto se preparava a arca” (3:20).

4. Quem seriam esses “espíritos” aos quais foi feita a pregação? O próprio contexto nos esclarece: foram os “desobedientes nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca” (3:20). Ou seja, a pregação foi feita aos antediluvianos, e não a espíritos desincorporados no Hades. A parte final de 3:20 nos esclarece que “poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos” A palavra “pessoas” aqui, é psychai (psychê significa “alma, vida, pessoa, criatura”). Então, vê-se que os oito “espíritos” que foram salvos são as oito pessoas da família de Noé (ele, a esposa, três filhos e três noras).

5. E qual seria a “prisão” mencionada em 1 Pedro 3:19? A Bíblia nos diz que a prisão é o pecado: “Tira a minha alma do cárcere, para que eu dê graças ao Teu nome…” (Sl 142:7); “Quanto ao perverso, as suas iniquidades o prenderão, e com as cordas do seu pecado será detido” (Pv 5:22). É digno de nota que um dos atos do Messias seria ”tirar da prisão o cativo e do cárcere, os que jazem em trevas” (Is 42:7). E isso foi feito por Jesus, para todos aqueles que O aceitaram como Salvador. Portanto, podemos concluir dizendo que o texto de 1 Pedro 3:18-20 afirma que Jesus, através da atuação do Espírito Santo em Noé, pregou aos antediluvianos, mas somente oito deles (Noé e sua
família) aceitaram a pregação e foram salvos.

Está você aproveitando o dia de hoje, o presente momento, para entregar sua vida ao Senhor Jesus, para que esteja a salvo quando vier o dilúvio de fogo? Não se esqueça de que “hoje” é o dia da salvação, ”agora” é o momento oportuno.

Por Ozeas C. Moura, editor na Casa Publicadora Brasileira. 

Os adventistas creem no dom da cura?



Sim, cremos! Segundo as Escrituras, Deus pode ouvir nossas orações e curar aqueles por quem oramos (Tg 5:13-15). Alguns têm dificuldade de compreender a natureza desse dom, por duas razões, pelo menos: Primeira, pode parecer que hoje, a manifestação desse dom não seja tão comum quanto nos tempos apostólicos; segunda, nossa percepção foi manchada pelo que vemos entre as igrejas cristãs carismáticas. Alguns tendem a crer que esse dom deveria se manifestar entre nós do mesmo modo como é manifesto entre essas comunidades cristãs.

1. É um Dom de Deus: Um fenômeno interessante nas Escrituras em relação aos milagres e curas é que há muito poucos descritos ali! A história registrada na Bíblia cobre um período de vários milhares de anos. Examinea-a como um todo, e logo concluirá que os milagres e curas não eram tão comuns quanto pensamos. Se você contar, verá não apenas que o número deles é limitado, mas que também tendem a ocorrer em sequência em determinadas conjunturas históricas. Por exemplo, um número significativo de milagres aconteceu durante o êxodo do Egito. Aquele foi um momento de crise quando Deus teve que manifestar o Seu poder para mostrar que Ele era o Deus verdadeiro. Aconteceu um número incomum de milagres durante o ministério de Elias e Eliseu. Aquela também foi uma época de grande apostasia em Israel e Deus estava demonstrando que Ele era o verdadeiro Deus de Israel.

Testemunhamos outra grande manifestação de milagres de curas durante o ministério de Cristo e dos apóstolos. Aquela demonstração singular do poder divino tinha vários propósitos. O principal era validar a missão divina e a autenticidade da obra de Jesus. Mas, por toda a história bíblica, também encontramos manifestações esporádicas do dom da cura. Em outras palavras, o dom era permanente entre o povo de Deus, mas Deus escolhia quando esse dom devia ser manifestado de maneira mais poderosa ou intensa. Isso acontecia em momentos de crise, quando Deus estava revelando que Ele estava ativo no ministério de Seu povo, dando-lhe credibilidade e assistindo os que estavam em dúvida.

2. Experiência Presente e Futura do Dom: O dom ainda está em Sua igreja; mas o Senhor escolhe quando e como deve manifestá-lo. Os milagres de cura acontecem entre o povo remanescente de Deus, em todo mundo, como resposta às orações fervorosas de pastores e membros. Isso ocorre esporadicamente, isolados uns dos outros, por meio da silenciosa presença do Espírito entre nós. O Senhor provavelmente escolheu que fosse assim porque no final do conflito cósmico, as forças do mal usarão os milagres para validar seus atos como vindos de Deus (Ap 13:13; 16:14). Nossa segurança não está em
milagres e nas curas, mas nos ensinamentos das Escrituras.

Ao nos aproximarmos do final do conflito cósmico, a apostasia e a confusão atingirão dimensões globais e Deus manifestará o poder do Espírito gloriosamente. Ele intensificará a manifestação de Seu Espírito entre nós e a profecia de Joel finalmente se cumprirá (Joel 2:28-32). Deus confirmará a mensagem e a missão do Seu povo remanescente por meio das Escrituras e por meio de magnífica demonstração do poder do Espírito.

3. A Cura e a Medicina: Hoje, experimentamos o dom da cura por meio dos serviços médicos, sim, serviços médicos. Jesus combatia os poderes do mal por meio de suas curas, e hoje, Ele pode fazer a mesma coisa por meio daqueles que encontram maneiras de prevenir, tratar e curar doenças. Os que estão envolvidos na obra médico-missionária e em pesquisas, estão participando do conflito cósmico em nível celular e o Senhor lhes dá sabedoria para que O ajudem a levar cura a um mundo em perigo e em sofrimento. A sabedoria concedida pelo Senhor é Seu dom para Sua igreja a fim de beneficiar a humanidade. Portanto, a obra médico-missionária, realizada por pessoas consagradas ao Senhor que se dedicam a dar-Lhe glória somente, é a verdadeira manifestação do dom da cura de nosso soberano Senhor, que transpõe os limites da igreja.

Ángel Manuel Rodríguez aposentou-se recentemente como diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral.

Programa Fatos em Foco com Artur Eduardo que entrevista com o Dr. Rodrigo Silva (Programa Evidências) veiculada dia 17/10/2012.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Informativo Mundial das Missões – 03/11/12

Informativo Mundial das Missões – 03/11/12
Vídeo em HD (33,3 mb): Clique Aqui
Vídeo com Alta Resolução (17,4 mb): Clique Aqui
Vídeo com Baixa Resolução (7,00 mb): Clique Aqui
Áudio: Clique Aqui
Texto: Clique Aqui



Furacão Sandy, imagens inéditas

A Lei de Deus foi abolida por Cristo?


O texto de Isaías 17 é uma profecia referente à guerra no Oriente Médio?
Se a carne e sangue não herdarão o céu, como afirmar que vamos para o céu com o nosso corpo?
Em Marcos 4:12 diz que Deus não queria que o povo se convertesse?
Mateus 19:12 afirma que Deus é a favor da homossexualidade?
Existe a predestinação? Deus escolhe alguns para salvação e outros para perdição?
Deus mandou entregar o espírito do pecador ao diabo?
Quando pedimos algo a Deus,fazemos jejum e ele nos concede o que pedimos, isso é a vontade de Deus?
Em Mateus 24, o que significa o principio das dores? Isso já está acontecendo atualmente?

▲ TOPO DA PÁGINA