segunda-feira, 2 de maio de 2011

Meditações Diárias de Maio de 2011

1º de maio Domingo


Andando a Segunda Milha


Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas. Mateus 5:41

Não gostamos de fazer as coisas por obrigação. Dá a impressão de que estamos nos submetendo a um pedido despropositado e sendo inferiorizados. Esperneamos, argumentamos, reclamamos, mas não adianta. Obrigação significa ausência de diálogo. Não há opção. Não opine! Não discuta! Não há escolha.

Acredito que, fora do momento de combate, em nenhum outro momento o soldado romano era mais odiado do que quando recrutava um civil para carregar suas armas e equipamento. Mas Jesus não limitou a questão ao soldado romano: “Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas.”

Uma das características do verdadeiro cristianismo é produzir homens e mulheres da segunda milha. E o importante é como caminhar a segunda milha. Tenho que andar nela com alegria, com entusiasmo, sem ressentimento e sem reclamação.

Na primeira milha, você vai se encontrar com gente que chega na hora e sai na hora. Na segunda, vai se encontrar com quem chega antes e sai depois.

Na primeira milha, você vai ver pessoas que fazem até 95% do trabalho. Na segunda, pessoas que vão dos 95% aos 100%. Na primeira milha, você vai se encontrar com gente que inventa qualquer motivo para se ausentar do trabalho. Na segunda, vai se unir a gente disposta a dar mais energia do que se espera e até a se sacrificar.

A primeira milha está sempre cheia, congestionada. Os que viajam nela são os que perguntam: “Como é que eu posso fazer o mínimo e, mesmo assim, sobreviver no emprego?”

Somos chamados a andar a segunda milha mesmo quando a mesa está abarrotada de trabalho e as pessoas chegam fora de hora. Quando vem um pedido no fim do expediente e você está com acúmulo de trabalho. Quando passam para você uma carga extra de trabalho de outra pessoa que é “folgada” e preguiçosa. Você anda a segunda milha quando faz mais do que estão lhe pedindo. Até mesmo quando lhe pedem que faça uma coisa de que você não gosta, ou que seja desinteressante para você.

Em todos os postos de trabalho, em todas as posições, precisamos hoje de gente da segunda milha. Se a lei do menor esforço prevaleceu durante algum tempo, você deve estar atento porque, mesmo sem se falar de “segunda milha”, valoriza-se a tenacidade e a dedicação no trabalho.

Será que você pode honestamente dizer que é uma pessoa da segunda milha?




2 de maio Segunda


Espírito de Equipe


Completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude. Filipenses 2:2

Paulo mostrou sua preocupação em relação ao espírito de cooperação na igreja dizendo: “Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função” (Ef 4:16).

Tim Hensel conta, em seu livro The Holy Sweat, a história de Jimmy Durante, um dos grandes humoristas entre os anos 1920 e 1970. Pediram que ele participasse de um show para veteranos da Segunda Guerra Mundial. Ele respondeu que sua agenda estava cheia, mas poderia reservar alguns minutos para uma breve apresentação. Disse que, se eles não se incomodassem de que ele fizesse um curto monólogo e saísse imediatamente para o próximo compromisso, ele aceitaria.

Mas, quando Jimmy subiu ao palco, alguma coisa interessante aconteceu. Ele terminou o monólogo e continuou ali. O aplauso tornou-se cada vez mais forte, e ele permaneceu. Logo, já haviam se passado 15 minutos, 20 minutos e até 30 minutos. Finalmente, fez sua última apresentação e saiu do palco.

A pessoa responsável o abordou e disse: “Eu pensei que você ficaria apenas alguns minutos. O que aconteceu?”

Jimmy respondeu: “Eu tinha que ir, mas quero lhe mostrar algo. Está vendo ali na primeira fila?” Na primeira fila havia dois homens, cada um deles perdeu um dos braços na guerra. Um tinha perdido o braço direito, e o outro o braço esquerdo. Juntos, eles conseguiam aplaudir, e foi exatamente o que eles fizeram com alegria e vibração. Estavam contentes, mesmo diante de suas limitações, sabendo que elas desapareceriam quando um se unisse ao outro.

Converse com os administradores que se esmeraram na escolha dos seus liderados e verá que a frustração de muitos deles é a mesma de Casey Stengel, técnico de futebol americano, que disse: “É fácil conseguir bons jogadores. Fazer com que joguem juntos é a parte mais difícil.”

Hoje, os bons jogadores entendem que as preferências pessoais devem ser colocadas de lado por aquilo que o time pede. Entendem que no centro de atuação de qualquer grupo – seja o time, a escola ou a igreja – o propósito comum do grupo está acima dos objetivos individuais.

“Cada um ajuda o outro e diz a seu irmão: ‘seja forte!’ O artesão encoraja o ourives, e aquele que alisa com o martelo incentiva o que bate na bigorna” (Is 41:6, 7).


DNA confirma morte de Osama Bin Laden

Os resultados iniciais do exame de DNA realizado pelas autoridades americanas confirmam a morte do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, informaram nesta segunda-feira fontes do governo citados pela agência de notícias Reuters e a TV CNN.
O teste mostrou “grande nível de confirmação” de que Bin Laden é um dos homens mortos na operação de um comando americano, em uma mansão na cidade paquistanesa de Abbottabad.
Fontes do governo haviam dito mais cedo que as autoridades americanas realizavam um teste de DNA em sangue coletado do corpo identificado como Bin Laden. O líder terrorista, contudo, já havia sido identificado por outras técnicas, como reconhecimento facial.
O líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, foi morto com um tiro de um dos cerca de 20 militares da Marinha dos Estados Unidos que invadiram, de helicóptero, sua mansão de alta segurança em Abbottabad, a cerca de 50 km da capital paquistanesa.
A operação durou 40 minutos e deixou ainda um dos filhos de Bin Laden, uma mulher e dois homens mortos. Nenhum militar americano ficou ferido.
Os detalhes da ação ainda não foram confirmados pelo governo dos EUA, mas autoridades americanas e testemunhas paquistanesas revelaram algumas informações à imprensa.
“Depois da meia noite [16h em Brasília], um grande número de militares cercou o complexo residencial [de Bin Laden]. Três helicópteros estavam sobrevoando o local”, disse Nasir Khan, morador da cidade de Abbottabad, onde fica a mansão do líder terrorista.
“De repente, houve tiros do chão em direção aos helicópteros. Houve um intenso tiroteio e eu vi um dos helicópteros cair”, disse Khan, que viu a batalha de seu telhado.
Oficiais americanos consultados pela agência de notícias Reuters confirmaram que um dos helicópteros americanos foi perdido, mas disseram que houve uma falha mecânica e que todos os tripulantes foram retirados em segurança.
Um oficial americano citado pelo jornal “Telegraph” descreveu a operação como “cirúrgica”, realizada por uma equipe pequena para minimizar efeitos colaterais, termo que designa morte de civis.
Os militares teriam descido de corda no complexo de Bin Laden, iniciando um novo tiroteio no local. Os disparos dos marines americanos mataram o homem mais procurado do mundo, além de um de seus filhos e dois aliados que viviam no complexo com suas famílias. Uma mulher também foi morta após ser usada como escudo humano por um dos homens de Bin Laden. Outras duas mulheres ficaram feridas.
O governo paquistanês afirmou que só soube da operação quando ela havia acabado. Em pronunciamento feito na TV na noite deste domingo (1º), o presidente norte-americano, Barack Obama, confirmou a morte e agradeceu a ajuda do Paquistão. O trabalho conjunto foi mencionado no discurso.
A identidade da equipe que matou Bin Laden também está sendo mantida sob sigilo, mas o próprio Barack Obama revelou que a CIA (agência de inteligência americana) esteve envolvida no planejamento e execução da operação.
O que se sabe é que os homens fazem parte de uma unidade SEAL –a força de elite da Marinha, cujo nome é um anagrama com as iniciais de sea, air e land (mar, ar e terra em inglês).
MANSÃO
Abbottabad é um destino popular de férias de verão, localizado em um vale cercado de morros verdes perto da Caxemira paquistanesa. Militantes islâmicos, principalmente os que lutam na Caxemira indiana, costumavam ter campos de treinamento perto da cidade.
A mansão de Bin Laden na cidade foi construída em 2005. Alguns jornais especulam que ela já tenha sido construída com todos os recursos de segurança para manter o líder da Al Qaeda seguro.
Na época em que foi construído, o complexo residencial ficava em uma área isolada, no fim de uma estrada de terra. Com os anos, contudo, mais casas surgiram nos arredores.
Mesmo assim, a mansão se destacava das demais. Segundo o jornal “Telegraph”, ela ocupava uma área oito vezes maior que qualquer vizinho. Era protegida ainda por dois portões de segurança e muros de cinco metros, com arame farpado no topo.
O prédio principal, a casa de Bin Laden, tem três andares. Poucas janelas de todo o complexo tinham vista para a parte externa e o terraço era escondido dos vizinhos por um muro de dois metros.
Apesar do tamanho, não havia telefone ou internet e todo o lixo produzido no complexo era queimado, segundo oficiais americanos consultados pela Reuters.
“Tudo que vimos, a segurança extremamente elaborada, o passado dos moradores e seu comportamento e a localização do complexo eram perfeitamente consistentes com o que nossos especialistas esperavam de um refúgio de Bin Laden”, disse um dos nomes da administração Obama, em condição de anonimato.
INVESTIGAÇÃO
A inteligência americana chegou ao complexo residencial após mais de quatro anos investigando um dos aliados mais confiáveis de Bin Laden, que oficiais americanos disseram ter sido identificado pelos homens capturados após os ataques de 11 de Setembro.
“Detentos também identificaram esse homem como um dos poucos espiões de confiança de Bin Laden. Eles indicaram que ele estaria vivendo com Bin Laden ou sendo protegido por ele”, disse um funcionário de alto escalão do governo americano.
Em agosto de 2010, as autoridades descobriram que o espião vivia com seu irmão e familiares em um prédio de alta segurança. O espião e um de seus irmãos estariam entre os mortos na operação.
“Quando nós vimos o complexo onde os irmãos viviam, ficamos chocados com o que vimos: um complexo extremamente único”, disse o funcionário.
“O resumo de nossa investigação é que lá havia um alvo terrorista de grande valor. Os especialistas que trabalharam neste tema por anos descobriram uma grande probabilidade de que o terrorista que se escondia lá era Osama bin Laden”, disse outro funcionário da administração Obama.
Os EUA chegaram a consideram um ataque de míssil por um avião não tripulado, mas excluíram a possibilidade pelos riscos de um grande número de civis mortos. Em vez disso, Obama autorizou na sexta-feira (29) uma operação de helicóptero que seria realizada nas primeiras horas de domingo, no horário paquistanês.
Novo Tempo

Com Espírito de Oração

Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da Tua lei. Sal. 119:18.

Muitas porções das Escrituras que homens doutos declaram ser mistério, ou que não consideram como tendo importância, estão repletas de conforto e instrução para aquele que aprender na escola de Cristo. Um dos motivos por que muitos teólogos não têm compreensão mais clara da Palavra de Deus é o cerrarem os olhos às verdades que não desejam praticar. O compreender a verdade bíblica não depende tanto do vigor do intelecto aplicado à pesquisa como da singeleza de propósito, do fervoroso anelo pela justiça.
Nunca se deve estudar a Bíblia sem oração. Somente o Espírito Santo nos pode fazer compreender a importância das coisas fáceis de se perceberem, ou impedir-nos de torcer verdades difíceis de serem entendidas. É o mister dos anjos celestiais preparar o coração para de tal maneira compreender a Palavra de Deus que fiquemos encantados com sua beleza, admoestados por suas advertências, ou animados e fortalecidos por suas promessas. Façamos nossa a petição do salmista: “Desvenda os meus olhos para que veja as maravilhas da Tua lei.” Sal. 119:18.
As tentações muitas vezes parecem irresistíveis porque, pela negligência da oração e estudo da Bíblia, o que é tentado não pode facilmente lembrar-se das promessas de Deus e enfrentar Satanás com as armas das Escrituras. Anjos, porém, acham-se em redor dos que estão desejosos de serem ensinados nas coisas divinas; e no tempo de grande necessidade lhes trarão à lembrança as mesmas verdades de que necessitam. Assim, “vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a Sua bandeira”. Isa. 59:19.
Jesus prometeu a Seus discípulos: “Aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu nome, Esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” João 14:26. Mas os ensinos de Cristo devem previamente ser armazenados na memória, a fim de que o Espírito de Deus no-los traga à lembrança no tempo de perigo. “Escondi a Tua Palavra no meu coração, para eu não pecar contra Ti”, disse Davi. Sal. 119:11. O Grande Conflito, págs. 599 e 600.

Desenhos Bíblicos para Colorir- Melquisedeque

E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de tudo – Gn 14.18-20


Melquisedeque apresentou-se como precursor ou tipo do grande Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, que desempenharia uma função sacerdotal muito mais elevada e eficaz do que Arão e os levitas. Isso foi ensinado nos dias de Davi, no Salmo 110.4, referindo-se ao futuro Libertador de Israel: “O Senhor jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque”. Hebreus 7.1,2 salienta as características de Melquisedeque como tipo de Cristo:

1. Melchi-sedeq de fato significa “Rei de Justiça”.

2. Ele era rei de Salém, que vem da mesma raiz de shalom, “paz”.

3. É apresentado sem menção, filiação e genealogia, como convém ao tipo do Verbo, o Deus Eterno, que não tem começo nem fim de dias, que se encarnou em Jesus de Nazaré.

4. Como o Sumo Sacerdote eterno, segundo a “ordem de Melquisedeque” (Sl 110.4), Cristo desempenharia um sacerdócio que substituiria de modo total o de Arão, estabelecido sob a Lei de Moisés, o qual duraria para sempre por causa da eternidade do Sumo sacerdote divino, e por isso imperecível (Hb 7.22-24).
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Evidências Vol. II - 29 A História da Ciência Moderna

Espaçonave Terra - SEMANA 18 - NETUNO; PLUTÃO

domingo, 1 de maio de 2011

Mulheres Podem Falar na Igreja?

por Rubem M. Scheffel
Muitas pessoas acham difícil entender a Bíblia. Outras ficam confusas ou tiram conclusões erradas, por desconhecerem o tempo, circunstâncias e cultura relacionados com certa passagem. Nesta curiosa matéria, o autor comenta alguns desses equívocos e dá importantes dicas para compreender melhor a Bíblia.
O rei Salomão, que tinha muita experiência no trato com as mulheres, dirigiu certa vez o seguinte galanteio à sua amada Sulamita: "Às éguas dos carros de Faraó te comparo, ó querida minha." Cantares de Salomão 1:9. E a Sulamita deve ter-se sentido lisonjeada com tais palavras. Entretanto, se um rapaz de nossa sociedade quisesse imitar Salomão, e comparasse sua namorada a uma égua, estaria cometendo uma gros­seria que talvez lhe custasse um olho roxo.
Por que essa diferença de reação? Simplesmente porque os tempos, as circunstâncias e a cultura são outros. Mil anos antes de Cristo, na Palesti­na, comparar uma jovem às éguas de Faraó era considerado um elogio, pois as parelhas dos carros de Faraó eram animais de estirpe, luzidios, ri­camente adornados com laços, plu­mas e chocalhos, o que os tornavam realmente figuras elegantes e admi­radas.
Por isso, o que naquela época, no Oriente, era elogio, hoje no Ocidente é grosseria. Aqui e agora, rapazes e mocinhas se comparam com gatinhos e gatinhas. Entre nós a comparação com equinos é sempre ofensiva.
Linguagem e costumes diferentes
A versão bíblica do rei Jaime (King James Version) foi traduzida para o in­glês em 1611. Em 1955, quase 350 anos mais tarde, Luther A. Weigle, deão da Escola de Divindades da Universidade de Yale, publicou uma lista de 857 palavras bíblicas que ha­viam mudado de significado. Hoje, essa lista poderia ser ainda maior.1
Ora, se em 350 anos a linguagem mudou tanto, o que não terá aconte­cido em 3.500 anos, que é mais ou menos o tempo que nos separa de Moisés – o autor do livro de Jó e do Pentateuco?
Mas a linguagem não é tudo. É pre­ciso levar em consideração também a cultura da época, as circunstâncias em que o texto foi escrito, e a quem se destinava em primeiro plano, pa­ra termos uma compreensão adequa­da das Escrituras. A falha em obser­var esses fatores tem levado os ho­mens a praticar inúmeras distorções das verdades bíblicas. Vamos men­cionar apenas algumas.
O livro de Gênesis relata, no capí­tulo 3, a queda do homem. E como uma das consequências do pecado, a mulher sofreria durante a gravidez, e "em meio de dores" daria à luz fi­lhos. Por causa dessa afirmação, há extremistas que se opõem a todo e qualquer método que alivie as dores de parto.
Outros leem, também no Gênesis: "Sede fecundos, multiplicai-vos, en­chei a Terra", e se recusam a fazer qualquer planejamento familiar, en­tendendo que essa ordem divina pressupõe ter o maior número possível de filhos. Qualquer método anti­concepcional seria, nesse caso, con­trário à vontade de Deus.
Por outro lado, mentes liberais leem, no Antigo Testamento, que mui­tos patriarcas praticavam a poligamia, e concluem que isso constitui licença para praticá-la.
Deus falou através dos profetas, e o que Ele disse precisa ser interpre­tado corretamente. Essa necessidade aumenta à medida que o texto se dis­tancia de nossa época e cultura. Quanto mais remoto o autor, no tem­po e no espaço, tanto mais as opi­niões e circunstâncias de sua época e país diferirão da nossa, e maior a necessidade de observarmos algu­mas regras específicas a fim de en­tendermos suas declarações.
A ciência que procura interpretar corretamente as Escrituras se chama hermenêutica. O seu objetivo é des­cobrir o pensamento dos escritores bíblicos, expresso em palavras sob circunstâncias especificas.2
Três regras simples
Há mais de 30 anos, T. House Je­mison, professor de religião na Uni­versidade Andrews, Estados Unidos, sugeriu três regras simples de inter­pretação dos escritos inspirados:
1. Analise tudo que o profeta dis­se sobre o tópico em questão, an­tes de tirar uma conclusão final. A razão para essa regra é óbvia: declarações isoladas podem apre­sentar apenas um ângulo da questão. Tomadas isoladamente, servirão ape­nas para distorcer a verdade.3
Temos um exemplo desse fato em São Mateus 17:12 e 13: "Eu, porém, vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram Então os discípu­los entenderam que [Jesus] lhes fala­ra a respeito de João Batista."
Tomando esses textos isoladamen­te, os proponentes da doutrina da reencarnação pretendem encontrar aqui uma base bíblica para esse ponto de vista. João Batista seria a re­encarnação de Elias. Aplicando, porém, o princípio de Jemison, e ana­lisando outra declaração bíblica, veremos não terem fundamentos tais pretensões. Quando os sacerdotes e levitas perguntaram a João Batis­ta: "Quem és, pois? És tu Elias? Ele disse: Não sou." São João 1:21.
João, portanto, rejeita aqui a ideia da reencarnação, que havia se intro­duzido na teologia rabínica por influên­cia do helenismo grego. "O Elias que havia de vir" (Malaquias 4:5 e 6) era uma mensagem, e não um homem.

2. Se uma declaração parece destoar do sentido geral de ou­tras declarações correlatas, estu­de o contexto interno e exter­no — em seu esforço para solucionar a aparente discrepância.
O contexto interno tem a ver com o que o escritor inspirado escreveu imediatamente antes ou imediatamen­te depois do texto em questão. O con­texto externo procura responder as seguintes indagações: A quem foi endereçada a mensagem? Quando e por que foi escrita? Que circunstan­cias a tomaram necessária?

3. Procure verificar se o conselho do profeta é um princípio ou uma norma de conduta.
De um modo geral, podemos dizer que todos os profetas, ao dar conse­lhos e instruções, estarão fazendo uma de duas coisas: declarando um prin­cípio (padrão imutável de conduta humana que se aplica a todos, em to­das as épocas e em todos os lugares), ou aplicando um princípio a uma situação imediata. Essa aplicação po­de ser chamada norma. Os princípios nunca mudam. As normas, porem, podem mudar de acordo com as circunstâncias.
Mulheres na igreja
Vamos agora aplicar es­sas três regras de interpretação a um caso especifi­co, e ver como funcionam. O apóstolo Paulo diz em I Timóteo 2:12: "E não per­mito que a mulher ensine, nem que exerça autoridade sobre o marido; esteja, porém, em silêncio." O mes­mo apóstolo diz ainda, em I Coríntios 14:34: "Conser­vem-se as mulheres cala­das nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina."
Isto é tudo o que o após­tolo escreveu sobre o as­sunto. Portanto, passemos para a regra no. 2. Comece­mos analisando o contexto interno, a fim de ver o que Paulo disse antes e depois dos textos em questão.
"Quero, portanto, que os varões orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem animosida­de. Da mesma sorte, que as mulheres, em traje de­cente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisa­da e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas). A mu­lher aprenda em silencio, com toda a submissão. E não permito que a mulher ensine, nem que exerça autorida­de sobre o marido; esteja, porém, em silêncio." I Timóteo 2:8-12.

"Porque Deus não é de confusão; e, sim, de paz. Como em todas as igrejas dos santos, conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina. Se, porem, querem apren­der alguma coisa, interroguem, em casa, a seus próprios maridos; por­que para a mulher é vergonhoso fa­lar na igreja." I Coríntios 14:33-35.
Em ambos os textos Paulo esta falando da oração e de outras práticas religiosas em lugares públicos de adoração. Ele esta obviamente preo­cupado em manter um espírito de re­verência. Aparentemente havia um problema nas igrejas cristas de Éfe­so e Corinto.
Com respeito às mulheres crentes em particular, Paulo expressou preocupação no tocante a uma possível falta de modéstia e discrição. E ele não apenas investiu contra as jóias ornamentais, mas também contra o fri­sado dos cabelos.
Historiadores da bacia do Mediterrâneo, do primeiro século AC, referem que algumas mulheres ousadas entremeavam fios de prata e ouro nas tranças de seus cabelos. E quando caminhavam sob luz solar direta, as raios solares incidiam com força nes­ses fios metálicos, ofuscando as olhos dos homens que estivessem muito próximos. Por motivos ligados às jóias ornamentais, Paulo tinha preocupação em que as mulheres cristãs não atraíssem atenção indevida a si próprias e a seus corpos — uma prática preferida por mulheres pagãs e mui­tas vezes despudoradas.
Nada havia de imodesto ou indis­creto no fato de as mulheres trança­rem o cabelo. O que desagradou o apóstolo, tanto por razões praticas co­mo teológicas, é o que as mulheres colocavam no cabelo.
O contexto externo
Ao examinarmos a contexto exter­no, veremos que Paulo estava com­batendo três problemas: irreverência, imoralidade sexual, e a cultura greco­ - judaica daquela época.
Irreverência. Parece que havia difi­culdade em manter reverência nas igrejas cristãs primitivas. Ao contrário do costume nas sinagogas judaicas, homens e mulheres adoravam juntos. E as mulheres, que sempre haviam sido obrigadas a permanecer em si­lêncio nas sinagogas, exerciam ago­ra a sua liberdade fazendo perguntas quando não entendiam alguma coisa que o pregador havia dito. Isto cau­sava irreverência e confusão nas igre­jas de Corinto e Éfeso.
Imoralidade Sexual. Em segundo lugar, os problemas relacionados com imoralidade sexual nessas cidades ameaçavam a própria existência da igreja cristã. Corinto era uma metrópole comer­cial da Grécia, e uma das maiores e mais ricas cidades do Império Roma­no. Com uma população de 400 mil habitantes, era conhecida por sua desenfreada imoralidade. Chamar uma mulher de "coríntia" equivalia a cha­má-la de prostituta. No topo de um monte, nas cercanias da cidade, erguia-se a templo de Afrodite, o qual possuía mil sacerdotisas-prostitutas cujos salários provinham de impostos locais.
A idade de Éfeso também tinha os seus templos, e o templo de Diana mantinha centenas de sacerdotisas­-prostitutas semelhantes as do templo de Afrodite. O paganismo sempre procurou misturar espiritismo com imoralidade sexual. Isso era o que Paulo estava, em parte, combatendo.
E a que isso tem a ver com as mulheres cristãs de Corinto e Éfeso? A se­guinte ilustração facilitará a compreensão do problema: Digamos que um cristão da igreja de Corinto e um pagão tenham feito amizade. Um dia o cristão convida o pagão para ir à igre­ja. O pagão aceita, e juntamente com seu amigo cristão se assentam em meio a congregação. O convidado no­ta então que há várias irmãs de boa aparência, e uma delas, ainda mais atraente, está regendo os hinos, e par­ticipando ativamente do culto divino.
Inocentemente, o pagão cochicha ao seu amigo, dizendo-lhe que gos­taria de conhecer aquela irmã. Após o culto, os dois são apresentados, e o visitante, habituado às sacerdotisas pagãs, lhe faz uma proposta obsce­na. Nossa irmã fica horrorizada, e se retira chocada. O amigo cristão fica constrangido, e o visitante surpreso com essa reação. O que teria feito de errado?
Dá para entender? Não houve nada de imoral. Mas se você deixar um visitante envergonhado em sua igreja, ele jamais retornará. Por isso o apóstolo Paulo achou necessário estabelecer algumas regras, a fim de evitar situações perigosas como essa: as mulheres cristãs de Corinto e Éfeso deveriam permanecer caladas na igreja para não serem confundidas com as sacerdotisas pagãs locais.
Cultura. Em terceiro lugar, Paulo estava desafiando as culturas grega e judaica. A cultura judaica, na qual o cristianismo se desenvolveu, relegava as mulheres a uma posição inferior. Elas simplesmente não tinham importância. 4
William Barclay diz que “segundo a lei judaica, a mulher não era uma pessoa mas uma coisa: ela estava inteiramente à disposição de seu pai ou marido. E estava proibida de aprender a lei; instruir na lei uma mulher era como lançar pérolas aos porcos. As mulheres não participavam do serviço na sinagoga; ficavam isoladas numa seção ou galeria, onde não pudessem ser vistas. ... Mulheres, escravos e crianças tinham a mesma classificação. Em sua oração matinal um judeu agradecia a Deus por não ter nascido gentio, escravo ou mulher.”5
“No mundo grego a posição da mulher era semelhante. As mulheres gregas honradas viviam uma vida reclusa. ... elas nunca andavam sozinhas na rua, e nunca iam a uma reunião pública. Portanto, se numa cidade grega as mulheres cristãs tornassem parte ativa e falassem na igreja, estas inevitavelmente conquistariam a reputação de mulheres dissolutas.”6
Assim sendo, Paulo não teve alternativa, senão de impor normas que governassem as atividades das mulheres cristãs em seu tempo e lugar.
Princípio ou norma?
Se o silêncio que Paulo impôs às mulheres nas igrejas cristãs fosse um princípio – o qual nunca muda – isto se aplicaria com a mesma força hoje e em qualquer tempo. Mas nesse caso teríamos de explicar por que Ana, que profetizou no templo com respeito à obra futura do menino Jesus, não foi censurada pelo sacerdote que testemunhou esse fato (ver São Lucas 1:25-38).
Quatro profetizas são mencionadas pelo nome no Velho Testamento e uma delas, Miriam, liderou um coral perante toda a congregação (ver Êxodo 15:20-21).
Assim, a lógica e a coerência levam a crer que Paulo, ao impor silêncio às mulheres nas igrejas de Corinto e Éfeso, não estava estabelecendo um princípio, e sim, uma norma adequada às circunstâncias locais. O seu permanente princípio, com respeito à igualdade de todos perante Deus é encontrado em Gálatas 3:27 e 28: “Porque todos quantos foste batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes. Dessarte, não pode haver judeus nem grego, nem escravo nem liberto, nem homem, nem mulher, porque todos vós sois um em Cristo Jesus.”
Referências:
1. Roger W. Coon. Journal of Adventist Education, Sumer, 1988, pág. 17.
2. Gordon M. Hyde. A Symposium on Biblical Hermeneutics. Washington D.C., Review and Herald Publ. Ass. 1974, pág. 2
3. Coon, op. cit. pág. 19.
4. Ibid, págs. 23,026-28.
5. W. Barclay, Timothy, págs, 66 e 67.
6. Coon, op. cit. pág. 29.

O Santuário Celestial

A correta compreensão do ministério de Cristo no santuário celestial é o fundamento da fé cristã.O santuário terrestre foi construído por Moisés, conforme o modelo que lhe foi mostrado pelo Senhor no monte (Êxo. 25:9).
Esse santuário era apenas um símbolo ou representação em miniatura do verdadeiro santuário celestial; um “modelo e sombra das coisas celestes” (Heb. 8:5; 9:9).
De igual forma, todo o serviço religioso que os sacerdotes realizavam nos dias do Antigo Testamento foi estabelecido “até o tempo oportuno da reforma” (Heb. 9:10).
Se o santuário terrestre simbolizava o santuário celestial, os sacerdotes então representavam o verdadeiro sacerdote: nosso Senhor Jesus Cristo (Heb. 8:1 e 2).
Templo no Céu
O livro do Apocalipse registra uma visão do apóstolo João na qual ele pôde ver o templo no Céu. Naquela ocasião, o vidente observou que “diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo” (Apoc. 4:5).
Também lhe foi permitido contemplar o lugar santo do santuário celestial com “sete lâmpadas de fogo ardendo” e o “altar de ouro”, tendo como equivalentes o candelabro de ouro e o altar do incenso do santuário terrestre.
Novamente, “o templo de Deus foi aberto no Céu” (Apoc. 11:19), e João viu o lugar santíssimo atrás do véu interior. Ali contemplou a arca do concerto, representada pela arca sagrada construída por Moisés para guardar a Lei de Deus.
João relatou que viu o santuário celestial. Aquele santuário, no qual Jesus ministra em nosso favor, é o grande original do qual o santuário construído por Moisés era uma cópia.
Nenhum edifício terrestre podia representar a grandeza e a glória do templo celestial, a morada do Rei dos reis, onde milhares e milhares O servem, e milhões e milhões se prostram diante dEle (Dan. 7:10).
Nesse templo, cheio da glória do trono eterno, os serafins, guardiães resplandecentes, velam o rosto em adoração diante de Deus.(Is 6)
As verdades importantes acerca do santuário celestial e a grande obra ali efetuada em favor da redenção do homem deviam ser ensinadas através do santuário terrestre e seus serviços.
Ministério de Intercessão
Depois de Sua ascensão, nosso Salvador iniciou Seu trabalho como Sumo Sacerdote. O escritor do Livro aos Hebreus registra:
“Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus” (Heb. 9:24).
Como o ministério de Jesus consistiria em duas grandes divisões, ocupando cada uma um período de tempo e tendo um lugar distinto no santuário celestial, da mesma forma o culto simbólico (no santuário terrestre) consistia no serviço diário e anual, e a cada um deles se dedicava uma seção do tabernáculo.
Jesus Cristo, depois de ascender ao Céu, compareceu à presença de Deus para oferecer Seu sangue em benefício dos crentes arrependidos.
No símbolo, o sacerdote espargia o sangue por ocasião do serviço diário, no lugar santo, em favor dos pecadores.
Embora o sangue de Cristo possa livrar o pecador arrependido da condenação da Lei, não anula o pecado. Este permanece registrado no santuário até a expiação final.
No tabernáculo terrestre, o sangue da vítima garantia o perdão ao pecador arrependido, mas seu pecado continuava no santuário até o dia da expiação, quando o santuário era purificado.
Dia do Juízo
Segundo o Apocalipse, no grande dia do juízo final, os mortos serão julgados “segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros” (Apoc. 20:12).
Então, em virtude do sacrifício expiatório de Cristo, os pecados de todos os que se tenham arrependido sinceramente serão apagados dos livros celestiais. Dessa forma, o santuário será libertado ou purificado dos registros do pecado.
No santuário terrestre, essa obra de expiação, ou o ato de apagar os pecados, estava representado pelos serviços do dia da expiação, ou seja, da purificação do santuário terrestre que se realizava em virtude do sangue do animal oferecido como vítima e por eliminação dos pecados que o manchavam.
Salvação Individual
Satanás inventa meios inumeráveis para distrair nossa mente da obra em que precisamente devemos estar ocupados. O arquienganador aborrece as grandes verdades que ressaltam a importância do sacrifício expiatório de um Mediador todo-poderoso. Sabe que o êxito de seus projetos reside em desviar a mente de homens e mulheres de Jesus e Sua obra.
Porém, Cristo Jesus advoga em nosso favor com Suas mãos feridas, Seu corpo marcado pelas cicatrizes da coroa de espinhos, dos cravos e lança, e declara a todos os que desejam segui-Lo: “Minha graça te basta” (II Cor. 12:9).
“Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma, porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve” (Mar. 11:28-30).
Portanto, ninguém deve considerar seus defeitos como sendo incuráveis. Deus concederá fé e graça para vencê-los.
Estamos vivendo no grande dia da expiação. Quando o sacerdote fazia propiciação por Israel, no serviço do santuário terrestre, todos deviam afligir suas almas arrependendo-se dos seus pecados e humilhando-se perante o Senhor, sob pena de se verem separados do povo.
Semelhantemente, todos os que desejam ter o nome conservado no livro da vida, devem agora, nos poucos dias que nos restam do tempo de graça, tomar algumas atitudes imperiosas:
• Afligir a alma diante de Deus, com verdadeiro arrependimento e dor pelos pecados cometidos.
• Esquadrinhar profunda e sinceramente o coração.
• Deixar o espírito leviano e frívolo que caracteriza muitos cristãos professos.

Uma luta renhida aguarda a todos aqueles que desejam subjugar as más inclinações que tentam dominá-los. A obra de preparo é individual. Não somos salvos em grupo. A pureza e a devoção de alguém não suprirá a falta dessas qualidades em outra pessoa.
Embora todas as nações devam ser julgadas por Deus, Ele examinará o caso de cada indivíduo de um modo tão criterioso e justo como se não houvesse mais ninguém sobre a Terra. Cada pessoa deve ser provada e encontrada sem mácula, nem ruga ou coisa semelhante; limpa pelo sangue de Cristo. As cenas relacionadas com a obra de expiação são muito solenes. Os interesses que a envolvem são incalculáveis. O juízo pré-advento está em andamento agora, no santuário celestial, desde 1844.
Logo serão julgados os vivos. Nossa vida será passada em revista na augusta presença de Deus. Mais que em qualquer outro tempo, devemos agora atentar para a admoestação do Senhor; “Vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo” (Mar. 13:33).
Momento Decisivo
Quando for concluída a obra do juízo pré-advento, também estará decidida a sorte de todos, para a vida ou para a morte. O tempo de graça terminará pouco antes de o Senhor aparecer nas nuvens do céu. Olhando esse momento, Cristo declara, segundo o Apocalipse: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se. E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras” (Apoc. 22:11 e 12).
Os justos e os ímpios continuarão vivendo na Terra em seu estado mortal, os homens seguirão plantando, colhendo, edificando, comendo e bebendo, inconscientes de que a decisão final e irrevogável foi pronunciada no santuário celestial. De repente, como o ladrão à meia-noite, chegará a hora decisiva que fixa o destino de cada um, quando será retirado definitivamente o oferecimento de graça aos culpados. Longe de produzir um sentimento de tristeza, culpa ou angústia, essa realidade deve conduzir-nos à alegria da salvação, ao gozo de nos sentirmos perdoados, à confiança na intercessão de Jesus. Sim, devemos ser levados a depender unicamente da Sua graça que nos molda e habilita para os acontecimentos finais.
Autor: Roberto Pinto, Secretário ministerial da associação Argentina Central
Fonte: Ministério Maio/Junho de 2001.

Oração de Joelhos: Um Ato de Adoração

por Angel Manuel Rodríguez

Qual é o seu conceito sobre o entendimento bíblico da oração de joelhos? Por que isto é importante?
Este é um tópico que se tornará mais relevante quando nos aproximarmos do retorno de nosso Senhor. (Ap 14:6-7). A religião vista como negócio a fim de aumentar a assistência na igreja, bem como a invasão da psicologia e da sociologia na esfera dos serviços da igreja, está lentamente deslocando a Deus do centro da adoração, tornando esta mais centrada no homem.
O sentimentalismo está tomando as rédeas numa tentativa de serenar o descontentamento com a, em geral, fraca condição de nossas vidas espirituais. Os homens preferem escutar os profetas da paz à escutarem a Palavra do Senhor. Porém eu faço uma digressão. Ajoelhar é uma postura maravilhosa para os crentes.
 Entre os usos mais especializados estão os seguintes:
1. Uma expressão de honra e submissão: Temendo por sua vida, um dos capitães enviado pelo Rei Acazias a Elias “Indo ele, pôs-se de joelhos diante de Elias” dizendo, “Homem de Deus, ... por favor, peço que seja preciosa aos teus olhos a minha vida e a vida destes cinquenta homens” (2 Reis 1:13). Ele se ajoelhou mostrando respeito e submissão ao profeta. Quando Xerxes (Assuero) promoveu Hamã, os oficiais trabalhando sob as ordens de Hamã demonstraram-lhe respeito e submissão por se dobrarem de joelhos diante dele. (Ester 3:2).
2. Um símbolo da derrota: Quando os indivíduos eram mortalmente feridos eles entravam em colapso, se dobravam sobre os joelhos, caindo e morrendo. (Juízes 5:27; 2 Reis 9:24). O salmista ora ao Senhor por que seus adversários “se dobram aos meus pés” (Salmo 18:39). A oração do justo é que pode levar Deus a dobrar o adversário sobre seus joelhos derrotado pelo Senhor. (Salmo 17:13). A idéia de derrota é evidentemente expressa em Salmo 20:7-8: “Alguns confiam em carruagens e outros em cavalos, mas nós confiamos no nome do Senhor nosso Deus. Eles se encurvam sobre os joelhos e caem; nós, porém, nós nos levantamos e nos mantemos firmes.”
3. Uma expressão de adoração: Orar a Deus é muito freqüentemente feito de pé, mas há casos em que a pessoa se ajoelha para orar e adorar ao Senhor. (2 Crônicas 7:3; 29:29; Esdras 9:5; Efésios 3:14). Ajoelhar-se diante do Senhor é um ato voluntário de honra, submissão, e adoração. O salmista nos convida a “dobrarmo-nos em adoração”, e “ajoelharmo-nos diante do Senhor nosso Criador”. (Salmo 95:6). O motivo para nos ajoelharmos diante dEle é que Ele é o Criador. O Senhor nos aponta para o futuro glorioso quando todo o joelho se dobrará, reconhecendo que a salvação vem somente dEle. (Isaías 45:22-23; conf. Filipenses 2:10). Entretanto, o Senhor destinará os pecadores rebeldes para se dobrarem na morte. (Isaías 65:12). No contexto da adoração ajoelhar-se é a expressão “ritual” da profunda convicção que controla a vida diária do adorador. Aqueles que caem sobre os joelhos estão descendo ao solo, ao pó. (Salmo 72:9). Nós fomos tomados do pó, e é nosso destino retornar a ele. (Gênesis 3:19). Nosso retorno ao pó não é comumente um ato voluntário; é na verdade algo que a natureza humana tende a resistir.
Mas na adoração alguma coisa maravilhosa acontece. Por nos ajoelharmos nós estamos, na verdade, voluntariamente devolvendo (consagrando) nossas vidas ao Senhor, reconhecendo-O ser a própria fonte e o motivo de nossa existência, o Criador (Atos 7:59-60). Este ato ritualístico externo de auto entrega é uma manifestação de um compromisso interior, de submissão, da total entrega de nossas vidas ao Senhor. Nós estamos dizendo: “Tu és meu Criador e Redentor; e em gratidão de amor eu estou voluntariamente entregando minha vida inteira a Ti. Tu não tens que esperar até que eu morra para a recebê-la de volta. Hoje eu a estou liberando para Ti.” É através da auto renúncia que nossa vida é preservada e enriquecida para o serviço. (Lucas 5:9-11).
A próxima vez que tu te ajoelhares em adoração tu estás, na verdade, fazendo uma declaração não verbalizada: “Senhor, aqui está minha vida, ela é Tua. Toma-a e use-me como bem Te parecer agradável.”
Vamos nos ajoelhar?
*As citações das Escrituras no artigo original são da Nova Versão Internacional (NIV)

John MacArthur - Repense seu Amor por Cristo

Evidências Vol. II - 28 História da Evolução II

sábado, 30 de abril de 2011

A Destruição de Lúcifer e o Fim do Mal


Jesus e a Cidade Santa descem à Terra
"No final de mil anos, Jesus, o Rei da glória, desce da cidade santa, vestido com glória, como o relâmpago, em cima do Monte das Oliveiras - o mesmo monte de onde ele subiu depois de sua ressurreição. Como seus pés tocam o monte, ela se reparte, e se transforma numa grande planície, preparada para a receber a cidade santa, que inclui o paraíso de Deus, o jardim do Éden, que foi levado após a transgressão do homem. Agora ele desce com a cidade, mais bonito e gloriosamente adornado do que quando foi removido da Terra. A cidade de Deus vem e é assentada no enorme plano que foi preparado para ela. (Spiritual Gifts Vl.3, p. 83 e 84)."
"Jesus desce sobre o imponente monte, o qual logo que seus pés tocaram, partiu em pedaços, e se tornou uma grande planície. Em seguida, olhou para cima e viu a grande e bela cidade, com doze fundamentos, doze portas, três de cada lado, e um anjo em cada porta. Nós exclamamos: Eis a cidade! A grande cidade! Ela veio do Céu da parte de Deus! E ela desceu em todo seu esplendor e glória deslumbrante, e assentou na grande planície que Jesus havia preparado para ela."(Spiritual Gifts V.1. p. 213).
Marcas do pecado nos ímpios ressuscitados
"Então Jesus em terrível e imponente majestade, convocou os ímpios mortos, e eles ressuscitam com as mesmas fraquezas e corpos doentios, como  morreram. Que espetáculo, que cena impressionante! Na primeira ressurreição todos saem revestidos de um vigor imortal; mas na segunda, as marcas do pecado são visíveis em todos." (Spiritual Gifts V.1, p.214).
A Última Luta
"Agora Satanás se prepara para a última e grande luta pela supremacia. Enquanto despojado de seu poder e separado de sua obra de engano, o príncipe do mal se achava infeliz e abatido; mas, sendo ressuscitados os ímpios mortos, e vendo ele as vastas multidões a seu lado, revivem-lhe as esperanças, e decide-se a não render-se no grande conflito. Arregimentará sob sua bandeira todos os exércitos dos perdidos, e por meio deles se esforçará por executar seus planos. Os ímpios são cativos de Satanás. Rejeitando a Cristo, aceitaram o governo do chefe rebelde. Estão prontos para receber suas sugestões e executar-lhe as ordens. Contudo, fiel à sua astúcia original, ele não se reconhece como Satanás. Pretende ser o príncipe que é o legítimo dono do mundo, e cuja herança foi dele ilicitamente extorquida. Representa-se a si mesmo, ante seus súditos iludidos, como um redentor, assegurando-lhes que seu poder os tirou da sepultura, e que ele está prestes a resgatá-los da mais cruel tirania. Havendo sido removida a presença de Cristo, Satanás opera maravilhas para apoiar suas pretensões. Faz do fraco forte, e a todos inspira com seu próprio espírito e energia. Propõe-se guiá-los contra o acampamento dos santos e tomar posse da cidade de Deus. Com diabólica exultação aponta para os incontáveis milhões que ressuscitaram dos mortos, e declara que como seu guia é muito capaz de tomar a cidade, reavendo seu trono e reino." ( Grande Conflito, p.663)

Satanás e seu exército contra a Cidade Santa
"Finalmente é dada a ordem de avançar, e o inumerável exército se põe em movimento - exército tal como nunca foi constituído por conquistadores terrestres, tal como jamais poderiam igualar as forças combinadas de todas as eras, desde que a guerra existe sobre a Terra. Satanás, o mais forte dos guerreiros, toma a dianteira, e seus anjos unem as forças para esta luta final. Reis e guerreiros estão em seu séquito, e as multidões seguem em vastas companhias, cada qual sob as ordens de seu designado chefe. Com precisão militar as fileiras cerradas avançam pela superfície da Terra, quebrada e desigual, em direção à cidade de Deus. Por ordem de Jesus são fechadas as portas da Nova Jerusalém, e os exércitos de Satanás rodeiam a cidade, preparando-se para o assalto."( Grande Conflito p.664) 

A Coroação do Filho de Deus
"Agora Cristo de novo aparece à vista de Seus inimigos. Muito acima da cidade, sobre um fundamento de ouro polido, está um trono, alto e sublime. Sobre este trono assenta-Se o Filho de Deus, e em redor dEle estão os súditos de Seu reino. O poder e majestade de Cristo nenhuma língua os pode descrever, nem pena alguma retratar. A glória do Pai eterno envolve Seu Filho. O resplandor de Sua presença enche a cidade de Deus e estende-se para além das portas, inundando a Terra inteira com seu fulgor.
Mais próximo do trono estão os que já foram zelosos na causa de Satanás, mas que, arrancados como tições do fogo, seguiram seu Salvador com devoção profunda, intensa. Em seguida estão os que aperfeiçoaram um caráter cristão em meio de falsidade e incredulidade, os que honraram a lei de Deus quando o mundo cristão a declarava nula, e os milhões de todos os séculos que se tornaram mártires pela sua fé. E além está a "multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, ... trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos". Apoc. 7:9. Terminou a sua luta, a vitória está ganha. Correram no estádio e alcançaram o prêmio. O ramo de palmas em suas mãos é um símbolo de seu triunfo, as vestes brancas, um emblema da imaculada justiça de Cristo, a qual agora possuem. Os resgatados entoam um cântico de louvor que ecoa repetidas vezes pelas abóbadas do Céu: "Salvação ao nosso Deus que está assentado no trono, e ao Cordeiro." E anjos e serafins unem sua voz em adoração. Tendo os remidos contemplado o poder e malignidade de Satanás, viram, como nunca dantes, que poder algum, a não ser o de Cristo, poderia tê-los feito vencedores. Em toda aquela resplendente multidão ninguém há que atribua a salvação a si mesmo, como se houvesse prevalecido pelo próprio poder e bondade. Nada se diz do que fizeram ou sofreram; antes, o motivo de cada cântico, a nota fundamental de toda antífona, é - Salvação ao nosso Deus, e ao Cordeiro.
Na presença dos habitantes da Terra e do Céu, reunidos, é efetuada a coroação final do Filho de Deus. "(Grande Conflito, p. 665 e 666).
Os ímpios perante o tribunal de Deus
"E agora, investido de majestade e poder supremos, o Rei dos reis pronuncia a sentença sobre os rebeldes contra Seu governo, e executa justiça sobre aqueles que transgrediram Sua lei e oprimiram Seu povo. Diz o profeta de Deus: "Vi um grande trono branco, e O que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a Terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." Apoc. 20:11 e 12.
Logo que se abrem os livros de registro e o olhar de Jesus incide sobre os ímpios, eles se tornam cônscios de todo pecado cometido. Vêem exatamente onde seus pés se desviaram do caminho da pureza e santidade, precisamente até onde o orgulho e rebelião os levaram na violação da lei de Deus. As sedutoras tentações que incentivaram na condescendência com o pecado, as bênçãos pervertidas, os mensageiros de Deus desprezados, as advertências rejeitadas, as ondas de misericórdia rebatidas pelo coração obstinado, impenitente - tudo aparece como que escrito com letras de fogo.
O mundo ímpio todo acha-se em julgamento perante o tribunal de Deus, acusado de alta traição contra o governo do Céu. Ninguém há para pleitear sua causa; estão sem desculpa; e a sentença de morte eterna é pronunciada contra eles.
É agora evidente a todos que o salário do pecado não é nobre independência e vida eterna, mas escravidão, ruína e morte. Os ímpios vêem o que perderam em virtude de sua vida de rebeldia. O peso eterno de glória mui excelente foi desprezado quando lhes foi oferecido; mas quão desejável agora se mostra! "Tudo isto", exclama a alma perdida, "eu poderia ter tido; mas preferi conservar estas coisas longe de mim. Oh! estranha presunção! Troquei a paz, a felicidade e a honra pela miséria, infâmia e desespero." Todos vêem que sua exclusão do Céu é justa. Por sua vida declararam: "Não queremos que este Jesus reine sobre nós."( Grande Conflito, p. 665,666,668).
Satanás percebe que se excluiu do Céu
"Satanás vê que sua rebelião voluntária o inabilitou para o Céu. Adestrou suas faculdades para guerrear contra Deus; a pureza, paz e harmonia do Céu ser-lhe-iam suprema tortura. Suas acusações contra a misericórdia e justiça de Deus silenciaram agora. A exprobração que se esforçou por lançar sobre Jeová repousa inteiramente sobre ele. E agora Satanás se curva e confessa a justiça de sua sentença." (Grande Conflito, p. 670)
Ímpios reconhecem a justiça de Deus 
"Como que extasiados, os ímpios contemplam a coroação do Filho de Deus. Vêem em Suas mãos as tábuas da lei divina, os estatutos que desprezaram e transgrediram. Testemunham o irromper de admiração, transportes e adoração por parte dos salvos, e, ao propagar-se a onda de melodia sobre as multidões fora da cidade, todos, a uma, exclamam: "Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos" (Apoc. 15:3); e, prostrando-se, adoram o Príncipe da vida. "(Grande Conflito, p. 668 e 669).
Deus é vindicado perante o Universo
"Todas as questões sobre a verdade e o erro no prolongado conflito foram agora esclarecidas. Os resultados da rebelião, os frutos de se porem de parte os estatutos divinos, foram patenteados à vista de todos os seres criados. Os resultados do governo de Satanás em contraste com o de Deus, foram apresentados a todo o Universo. As próprias obras de Satanás o condenaram. A sabedoria de Deus, Sua justiça e bondade, acham-se plenamente reivindicadas. Vê-se que toda a Sua ação no grande conflito foi orientada com respeito ao bem eterno de Seu povo, e ao bem de todos os mundos que criou. "Todas as Tuas obras Te louvarão, ó Senhor, e os Teus santos Te bendirão." Sal. 145:10. A história do pecado permanecerá por toda a eternidade como testemunha de que à existência da lei de Deus se acha ligada a felicidade de todos os seres por Ele criados. À vista de todos os fatos do grande conflito, o Universo inteiro, tanto os que são fiéis como os rebeldes, de comum acordo declara: "Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos."Ap 15:3 (Grande Conflito, p.668,671).
Ímpios se voltam contra Satanás
"Apesar de ter sido Satanás constrangido a reconhecer a justiça de Deus e a curvar-se à supremacia de Cristo, seu caráter permanece sem mudança. O espírito de rebelião, qual poderosa torrente, explode de novo. Cheio de delírio, decide-se a não capitular no grande conflito. É chegado o tempo para a última  e desesperada luta contra o Rei do Céu. Arremessa-se para o meio de seus súditos e esforça-se por inspirá-los com sua fúria, incitando-os a uma batalha imediata. Mas dentre todos os incontáveis milhões que seduziu à rebelião, ninguém há agora que lhe reconheça a supremacia. Seu poder chegou ao fim. Os ímpios estão cheios do mesmo ódio a Deus, o qual inspira Satanás; mas vêem que seu caso é sem esperança, que não podem prevalecer contra Jeová. Sua ira se acende contra Satanás e os que foram seus agentes no engano. Com furor de demônios voltam-se contra eles e segue-se aí uma cena de conflito universal."( História da Redenção, p. 427,428)
Terminada a Obra de Satanás
Os ímpios recebem sua recompensa na Terra (Prov. 11:31). "Serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos exércitos." Mal. 4:1. Alguns são destruídos em um momento, enquanto outros sofrem muitos dias. Todos são punidos segundo as suas ações. Tendo sido os pecados dos justos transferidos para Satanás, tem ele de sofrer não somente pela sua própria rebelião, mas por todos os pecados que fez o povo de Deus cometer. Seu castigo deve ser muito maior do que o daqueles a quem enganou. Depois que perecerem os que pelos seus enganos caíram, deve ele ainda viver e sofrer. Nas chamas purificadoras os ímpios são finalmente destruídos, raiz e ramos - Satanás a raiz, seus seguidores os ramos. A penalidade completa da lei foi aplicada; satisfeitas as exigências da justiça; e o Céu e a Terra, contemplando-o, declaram a justiça de Jeová.
Está para sempre terminada a obra de ruína de Satanás. Durante seis mil anos efetuou a sua vontade, enchendo a Terra de miséria e causando pesar por todo o Universo. A criação inteira tem igualmente gemido e estado em dores de parto. Agora as criaturas de Deus estão para sempre livres de sua presença e tentações. "Já descansa, já está sossegada toda a Terra! exclamam [os justos] com júbilo." Isa. 14:7. E uma aclamação de louvor e triunfo sobe de todo o Universo fiel. "A voz de uma grande multidão", "como a voz de muitas águas, e a voz de fortes trovões", é ouvida, dizendo: "Aleluia! pois o Senhor Deus onipotente reina." Apoc. 19:6.
(Grande Conflito, p. 673)
Por Misericórdia
"É em misericórdia para com o Universo que Deus finalmente destruirá os que rejeitam a Sua graça."O salário do pecado é a morte; mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor." Rom. 6:23. Ao passo que a vida é a herança dos justos, a morte é a porção dos ímpios. Moisés declarou a Israel: "Hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal." Deut. 30:15. A morte a que se faz referência nestas passagens, não é a que foi pronunciada sobre Adão, pois a humanidade toda sofre a pena de sua transgressão. É a "segunda morte" que se põe em contraste com a vida eterna.
Assim se porá termo ao pecado, juntamente com toda a desgraça e ruína que dele resultaram. Diz o salmista: "Destruíste os ímpios; apagaste o seu nome para sempre e eternamente. Oh! inimigo! consumaram-se as assolações." Sal. 9:5 e 6. João, no Apocalipse, olhando para a futura condição eterna, ouve uma antífona universal de louvor, imperturbada por qualquer nota de discórdia. Toda criatura no Céu e na Terra atribuía glória a Deus. Apoc. 5:13. Não haverá então almas perdidas para blasfemarem de Deus, contorcendo-se em tormento interminável; tampouco seres desditosos no inferno unirão seus gritos aos cânticos dos salvos." (Grande Conflito, p.543, 545)
 
A Terra Purificada com fogo
"Enquanto a Terra está envolta nos fogos da destruição, os justos habitam em segurança na Santa Cidade. Sobre os que tiveram parte na primeira ressurreição, a segunda morte não tem poder. Ao mesmo tempo em que Deus é para os ímpios um fogo consumidor, é para o Seu povo tanto Sol como Escudo. (Apoc. 20:6; Sal. 84:11). "Vi um novo céu, e uma nova Terra. Porque já o primeiro céu e a primeira Terra passaram." Apoc. 21:1. O fogo que consome os ímpios, purifica a Terra. Todo vestígio de maldição é removido. Nenhum inferno a arder eternamente conservará perante os resgatados as terríveis conseqüências do pecado. "(Grande Conflito, p.673, 674).
Uma marca do pecado permanece
"Apenas uma lembrança permanece: nosso Redentor sempre levará os sinais de Sua crucifixão. Em Sua fronte ferida, em Seu lado, em Suas mãos e pés, estão os únicos vestígios da obra cruel que o pecado efetuou. Diz o profeta, contemplando Cristo em Sua glória: "Raios brilhantes saíam da Sua mão, e ali estava o esconderijo da Sua força." Hab. 3:4. Suas mãos, Seu lado ferido donde fluiu a corrente carmesim, que reconciliou o homem com Deus - ali está a glória do Salvador, ali está "o esconderijo da Sua força". "Poderoso para salvar" mediante o sacrifício da redenção, foi Ele, portanto, forte para executar justiça sobre aqueles que desprezaram a misericórdia de Deus. E os sinais de Sua humilhação são a Sua mais elevada honra; através das eras intérminas os ferimentos do Calvário Lhe proclamarão o louvor e declararão o poder."(Grande Conflito, p.674).

Por Douglas Zanatta, adm Site Bíblia e a Ciência. Todos textos foram extraídos dos escritos de Ellen G. White, em especial Livro Visões do Céu Cap.14

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